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CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO PIAUÍ FACULDADE UNINASSAU/ UNIDADE REDENÇÃO BACHARELADO EM PSICOLOGIA LYSLANE KARINE DOS SANTOS E SILVA RESENHA DA OBRA: O que é Existencialismo TERESINA-PI 2022 LYSLANE KARINE DOS SANTOS E SILVA RESENHA DA OBRA: O que é Existencialismo Trabalho acadêmico referente à nota parcial da segunda avaliação da disciplina de Fundamentos da Fenomenologia e Existencialismo sob a orientação da professora Flavia Juliana Dourado Paixão, no curso de Psicologia, 4º Semestre. TERESINA-PI 2022 Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa caiu por causa do conflito, perseguição e problemas gerais, espalhando-se do continente europeu, pelo mundo, o movimento filosófico existente. A terrível experiência da guerra provocou um estado de depressão e desespero, sentimentos que afetaram principalmente a juventude, que não acreditava nos valores burgueses tradicionais e na capacidade das pessoas de resolver racionalmente os conflitos sociais. O existencialismo surgiu e se desenvolveu justamente em meio a essa crise, soando como seu texto correspondente e definindo o período histórico do pós-guerra. Daí, é claro, a razão pela qual o movimento se espalhou tão rapidamente. Como doutrina da filosofia, o existencialismo passou a ser conhecido como modo de vida, comportamento, definindo qualquer caráter excêntrico, que a mídia retransmitiu com alarde, criando um verdadeiro mito em torno do movimento de seus seguidores. Os existencialistas foram acusados de pregar propaganda. Essas pessoas, em resposta, declararam que suas ações não podem ser julgadas de acordo com os princípios poderosos, pois sua tarefa é justamente lançar as bases de novas ações. A preocupação com a existência virou foco e se espalhou até mesmo para shows populares, como o festival brasileiro de festas de fim de ano. A música elevou o número de mulheres que aceitariam apenas se cobrir com uma casca de banana anã, porque ele é "existencialista, e por um bom motivo / só faz o que manda no coração dela". O filósofo francês Henri Léfèbvre chamou o pensamento do mais famoso filósofo da existência, Jean-Paul Sartre, "a metafísica da merda". Jacques Maritain, um católico, chamou a filosofia de Sartre de "o mistério do inferno". No seu tratado dedicado à filosofia moderna, afirma a sua existência como uma das doutrinas que mais ameaça os fundamentos da fé cristã. Deve-se notar, primeiro, que a palavra "existencialismo" pertence à categoria de palavras que ganham por ter uma declaração, perdem por entender. Ao se colocar como a filosofia mais falada nas décadas de 1940 e 1950, o existencialismo tornou-se sinônimo de realidade ou de pessoas do processo usual. Qualquer coisa que viole as regras estabelecidas, a divisão entre o bem e o mal, é considerada real. O uso excessivo da palavra "existencialista" transformou-a em um dos léxicos mais incompreendidos da filosofia. Origem do termo O crítico francês Jean Beaufret, em ensaio apresentado neste artigo, aponta que quando dizemos a palavra existencialismo, primeiramente nos referimos à existência. Embora a palavra seja existente, existência, que vem de existir, que significa sair de casa, terreno, lugar secreto, vem do latim. Portanto, qualificar como existencialista qualquer filosofia que fale diretamente sobre a existência humana. Entretanto, a existência, é uma doutrina filosófica que se fundamenta em sua reflexão sobre a existência humana, discutida em seus aspectos próprios, individuais e óbvios. Mesmo entre os seguidores do movimento existencialista, há quem peça de forma clara palavras para explicar sua doutrina, escolhendo, algumas delas, e uma declaração filosófica da existência. Mas explicar a existência apenas em termos etimológicos não a torna clara. Além disso, tal explicação mostra que antes do início do movimento, nenhuma outra filosofia se preocupava em analisar a existência humana, o que seria falso. E, no entanto, eles não podem ser separados de certas coisas comuns que mais tarde se tornaram o que hoje é chamado de existencialismo. Porém, não é necessário recuar a um tempo tão distante, pois quando nos referimos ao existencialismo, estamos tentando mostrar, de forma correta, um sistema filosófico recente. A existência desse tempo, como movimento, surgiu na França há quase quarenta anos, e ainda continua, embora não tão enérgica quanto sua primeira manifestação. Filosoficamente, trata-se de uma ideia unificada, a existência desta época advém da reflexão religiosa do dinamarquês Sõren A. Kierkegaard. Antecedentes filosóficos Kierkegaard (1813-1855) Por isso mesmo, a existência será menos uma doutrina, no sentido correto da palavra, do que uma filosofia, uma forma de o homem se revelar, de se compreender verdadeiramente nesta ação. Kierkegaard é um dos filósofos mais bem documentados em tal detalhe. Um pensador solitário, sua própria maldade, o ambiente em que foi criado, um forte puritanismo luterano, tiveram forte influência em sua filosofia, uma simples tentativa, como dizem alguns, de explicar a maldade dele, a relação conflituosa dela com o pai e com ela noiva, que apoiam eventos essenciais à sua existência. Criado nos estritos princípios do luteranismo, que reconhece a natureza pecaminosa do homem e sua inexorável tendência à corrupção, Kierkegaard se interessou pelos efeitos do pecado. Terminado o período de exílio, Kierkegaard retomou seus estudos universitários e logo se tornou pastor luterano. Fascinante, sem esquecer que o pai a carregou como culpa até ao fim da vida. Outro evento que marcou a existência negativa de Kierkegaard foi seu rompimento com a garota Regina Olsen. Mas o mal de Kierkegaard não se limita à família. Kierkegaard das vicissitudes pelas quais passou. Portanto, nos absteremos de fazer uma descrição detalhada da história de Kierkegaard, como se os eventos que provaram sua existência fossem a única base de seus pensamentos. Não há forma de pensar Kierkegaard que nos exime de nos referirmos a Hegel, cujas ideias contradizem as suas. A princípio entusiasmado, como muitos de seus contemporâneos, do ponto de vista de Hegel, Kierkegaard logo passou a resistir fortemente aos esforços de Hegel para reunir a verdade em um sistema. A partir de um método, trata-se de explicar tudo, que é sobre tudo, para estabelecer uma visão completa da realidade, e suas menores partes, com base em certos princípios que se encadeiam em ordem. Absoluto, toda a verdade do mundo. No processo que leva a esse fim, a pessoa é apenas um de seus processos. Não acreditando na possibilidade de um processo que resolva os conflitos entre os indivíduos, Kierkegaard se rebelou contra tal pensamento. Essa pessoa, disse ele, não poderia ser uma simples expressão da ideia. Hegel, criticou Kierkegaard, teria ignorado a existência do indivíduo. A existência humana, segundo Kierkegaard, não pode ser explicada pela lógica, pelo planejamento abstrato. O método, ele insiste, promete tudo, mas não pode entregar nada, porque não pode lidar com a verdade, especialmente a verdade humana. O sistema é comum, a verdade é a coisa. O sistema é racional, a verdade é irracional. A realidade é tudo menos um processo. Mas por que esse processo? Como a verdade que os indivíduos conhecem melhor é a sua própria verdade, apenas uma coisa realmente importa. Apenas uma verdade diferente e dura é interessante, e somente ele pode conhecer a pessoa. A realidade só pode ser organizada por si mesma. "O assunto é a verdade, o assunto é a verdade", escreveu Kierkegaard. A diferença é o homem. Ao contrário dos animais, cada um deles é mais valioso do que a espécie. Portanto, o homem é a forma básica da existência. A existência individual, como Kierkegaarda imaginou, sobreviveria, sem precisar ser definida racionalmente, como queria Hegel. Em contraste com a visão hegeliana do homem, que é chamado apenas no que dá como um todo e o comum, Kierkegaard coloca a coisa, a coisa diferente, o homem como a cabeça. No caso de Kierkegaard, o inimigo, ninguém duvida, é qualquer tipo de sistema. E como é tratada a existência humana? No primeiro nível, a estética, o homem busca sentido em sua existência. Nesse período, a pessoa vive sob o signo da escolha, ideia que estará em posição crítica na teoria existencial, principalmente na agora sartreana, como veremos adiante. Segundo Kierkegaard, não há uma boa razão que determine como cada pessoa deve se comportar na vida. Logicamente, é impossível para uma pessoa encontrar a razão pela qual este ou aquele modo de vida é correto. Porém, no coração de uma pessoa, ela sente que o desejo constante de agir de acordo com seus próprios padrões não lhe traz satisfação. As experiências emocionais, guardadas na memória como forma de captar o momento que passa, não proporcionam a recompensa necessária, nomeadamente a revelação do sentido da sua existência. Mas o avião acaba sendo inútil, pois através dele a pessoa continua avançando na solução de seu problema. Em vez de se libertar, o homem se fecha na vida vazia. Insatisfeito com esse desejo de beleza, o homem se tortura e cai no desespero. Kierkegaard não é uma pessoa condescendente. Em Desespero humano, ele escreveu que a superioridade do homem sobre os animais está justamente em sua capacidade de se frustrar. É através do desespero que a pessoa atinge outro patamar, o da ética, pois só assim ela deixará as experiências negativas e as atitudes negativas pela verdade. Porém, conforme ele se apega a quem ele é, ele vai perceber que não pode ignorar o mundo exterior, junto com seus valores e princípios. Quem é responsável por seus atos, conhece seus erros, admite seus erros. Durante o processo moral, a personalidade de cada pessoa permanece independente, mas dentro dos limites estabelecidos pela sociedade. Se as exigências da ética tornam a pessoa consciente de seus erros, não podem assegurar-lhe a existência daquilo que almeja. Através da religião, o homem alcança um relacionamento único com o Absoluto. Deus se torna o governante do homem, a única fonte que pode entendê-lo completamente. Em Fear and Trembling, Kierkegaard explora a transição da ética para a religião através de suas interpretações da história bíblica de Abraão e Isaac. Claro que Deus tudo pode, Abraão rejeitou a ética e a racionalidade e escolheu a fé, "paixão humana", declara Kierkegaard. A pessoa só pode escolher, decidir o que fazer ou ser, é impossível fugir dessa liberdade de escolha. As ideias de Kierkegaard, como mencionada acima, conseguiram ir muito além das fronteiras dinamarquesas durante este século. Logo, seus livros foram traduzidos para o francês. Através dos ensinamentos de Kierkegaard, os existencialistas trouxeram à tona os pontos importantes de sua meditação. Husserl (1859-1938) O escritor francês conta que seu amigo Raymond Aron, de volta a Paris após um ano estudando em Berlim, passa uma noite com Sartre em um bar. Beauvoir e Sartre reagiram emocionados ao que ouviram. O filósofo cujo pensamento provocou tal reação em Sartre foi Edmund Husserl. Husserl é o criador do método fenomenológico, que se baseia na distinção entre eventos físicos e eventos espirituais estabelecida por seu primeiro mestre, o ex-padre Franz Brentano. Matemático de formação, Husserl começou a frequentar cursos de filosofia ministrados por Brentano, que era altamente respeitado na academia alemã como especialista em Aristóteles. Decidindo dedicar- se inteiramente à pesquisa filosófica, Husserl pôs para si o melhor dos fundamentos da ciência, ou seja, torná-la plenamente científica, conferindo-lhe o nível de conhecimento. A filosofia, no sentido husserliano, deve tornar-se uma ciência universal, ou seja, nada ficará fora de seu campo de investigação. Eventualmente, a filosofia se tornará uma forma de ciência. A fonte de Husserl é sua crítica de que o pensamento científico, especialmente o espiritismo, coloca limites ao objetivo e a crença de que a realidade se reduz ao que percebemos por meio da percepção. Husserl desenvolve sua teoria. Em consonância com o "humanismo" da ciência, Husserl introduz o conceito de objetividade. Husserl é semelhante ao postulado cartesiano de que a consciência é a principal condição do conhecimento. O próprio Husserl, novamente, em uma obra intitulada Meditações Cartesianas, comparou a fenomenologia ao novo cartesianismo, embora rejeitasse muitos dos ensinamentos do filósofo francês. Mas o que queremos dizer quando dizemos que o propósito é a característica primária da consciência? Por meio dele, Husserl pretende revisar as principais ideias da psicologia clássica. De acordo com isso, a consciência carrega imagens ou representações de coisas que afetam nossa mente, colocando-as nela como uma espécie de conteúdo. É como se objetos do mundo exterior entrassem na mente e lá permanecessem como imagens. Husserl protestou contra tal ideia, pois aceitá-la é reduzir a consciência a uma simples passividade, quando na verdade ela é liberdade, portanto ativa, e é, por isso mesmo, e passa a fazer sentido das coisas. A sabedoria, desta forma, sabe dirigir-se às coisas, dirigi-las de forma direta, é procurando as coisas, conduzindo às coisas. Por meio de uma abordagem fenomenológica, Husserl afirma ter superado o que parecem ser aspectos do materialismo e do racionalismo. Para conseguir isso, Husserl sugeriu que o indivíduo suspendesse todos os julgamentos sobre o que o cerca. Husserl pegou emprestado o termo da filosofia clássica, que então exigia um estado de repouso da mente que não se acredita nem se nega. A famosa admoestação de Husserl para retornar à própria coisa visa transcender a extrema oposição entre natureza e natureza. As coisas, como diz o criador da fenomenologia, são como fenômenos em nossa consciência. Os fenômenos, quando objetivos, revelam essa situação apenas quando se apresentam à nossa consciência. Nesse tempo, o mundo objetivo, real, situa-se, segundo as palavras de Husserl, entre o signo materno e a experiência fenomenológica, permanecendo apenas no espírito que, pelo seu testemunho, é impossível negar. Mas o filósofo alemão Martin Heidegger, ex-aluno de Husserl, que o ajudou na cadeira de filosofia, foi o primeiro a utilizá-la como ferramenta de pesquisa. As correntes existencialistas Heidegger (1889-1976) A objeção mais irritante veio de Heidegger. Por isso, escreveu um panfleto, Carta Sobre o Humanismo, no qual deixou claro que seu objetivo, desde a publicação de sua famosa obra, ser e tempo, era explicitar as pesquisas existentes. Mas qual é a diferença entre as duas situações - análise real e real? Do que isso depende? Vale também pensar por que aqueles, além das qualificações de Heidegger como realista, o escolheram como pioneiro. Ser e tempo, seguindo o conselho de Husserlian, o propósito de Heidegger é discutir o ser, estabelecer uma ontologia geral, explicando as coisas que o mostram como aparecem na consciência. Mas o que é o Eu? Para Heidegger, há uma “questão do ser”, uma questão não resolvida. Heidegger chama isso de esquecimento do ser, fato gravíssimo segundo ele, pois a questão do ser corresponde ao futuro do Ocidente. O pensamento ocidental nunca resolveu a questão do ser, que é o seu fundamento. Porque no início do pensamento ocidental, na Grécia antiga, a questão da identidade é a principal, a primeira preocupação. Mas, se assim é porque os filósofos pré-socráticos não entendiam o ser como algo evidente, como algo que é imediatamente compreendido por todos, mas como algo que não existe, inusitado, perturbador. Como Husserl, Heidegger não sepreocupa em perguntar o que é, qual é o seu significado. Heidegger não pensa nisso como uma entidade separada, ou como uma organização de todas as diferentes coisas com as quais temos que lidar em nossa experiência diária. Heidegger e a descoberta do sentido do ser? Dissemos que Heidegger compartilha as ideias dos pré-socráticos e o segredo do conceito de ser. Explicá-la, segundo Heidegger, não significa necessariamente transformá-la em uma coisa viva, isto é, em uma coisa plenamente determinada, algo que, logicamente, a despojará de seu caráter de conceito universal. Para Heidegger, o problema do ser é diferente do problema das pessoas. O problema da criação abrangeu a primeira questão, que é a questão do ser. O ser não pode falar do ser sem estar associado a uma pessoa. Neste momento, nos deteremos em uma parte importante da obra de Heidegger, sem a qual se torna impossível prosseguir, ao menos em termos de compreensão, na apresentação de suas ideias. O crítico, por outro lado, ridiculariza sua linguagem, escrevendo que Heidegger tornou inofensivas as palavras inúteis, uma arte, acrescenta, que faz o coração deleitar na mente sem pensamento crítico, próximo da graça e da felicidade. O próprio Heidegger contribuiu para a difusão desse tipo de explicação. Como se não bastasse o testemunho negativo de seus escritos a esse respeito, ele o enfatizou dizendo que a principal tarefa da filosofia é tornar as coisas mais pesadas e difíceis. Estando isolada do contexto, a frase torna-se uma ajuda valiosa para o trabalho de quem a dá como escritor e o estilo não pode ser feito. Para ser honesto, ninguém, exceto os heideggerianos extremos, negaria que o estilo de Heidegger é muito diferente, isto é, diferente do estilo usual de discurso. Desde o início de sua análise filosófica, uma de suas principais preocupações foi investigar as raízes da linguagem, o que lhe permitiu explorar em profundidade as manifestações da língua alemã. Como resultado, a estreita ligação de seu pensamento com a análise linguística, que é visível em seu interesse em controlar o estudo das palavras, método em que tenta produzir algo diferente do que elas costumam oferecer. Caso contrário, quando, por meio do truque da ortografia, ele revelou o significado oculto da palavra. Dasein, que Hegel usou para definir uma coisa, existe no tempo e no espaço. Dasein é a nossa vida cotidiana* é humano, é humano. A existência é a existência do Dasein puro. A tentativa de Heidegger de inovar em termos de filosofia é em grande parte explicada por seu desejo expresso de superar o erro, segundo ele, que o próprio pensamento ocidental cometeu, é a ideia de propriedade pessoal para os homens. É a real natureza do homem, segundo Heidegger, que lhe permite representar tais pessoas e conhecê-las, qualidade que o torna diferente dos demais. Só os humanos existem. É apenas para os humanos que as coisas que existem têm significado. É precisamente a partir da existência que uma pessoa pode definir-se apenas com base na sua existência, ou seja, é a realidade que existe que permite à pessoa ser ou não o que é. Enquanto a pedra existir e for assim, existe uma pessoa e agora define o que deve ser. É com base nessas ideias que Heidegger faz a distinção entre "ser-no- mundo" e "ser-no-mundo-humano", que se expressa, em linguagem filosófica, pelas diferenças que originalmente surgiram entre. Ontológico e ontológico. O homem está no mundo, sim, mas diferente das coisas. Heidegger introduz o conceito de autenticidade, também no pensamento de Sartre, mas que o elevou dando-lhe outro sentido, como veremos adiante. Uma boa pessoa é alguém que sabe a diferença entre humano e não-humano. Em primeiro lugar, o sujeito humilde comanda a consciência de todo homem, levando-o a agir segundo o que diz ser bom ou mau, a obedecer à lei e à prevenção das coisas sem buscar sua origem ou motivação. Perde-se entre outros Daseins, buscando a justificação de seu comportamento em um sujeito externo, impessoal. A conclusão de Heidegger, constitui a estrutura essencial das relações humanas, excluindo a realidade humana da existência. Heidegger, ao contrário de Sartre, esta questão está no meio. A morte, como Heidegger a concebe, é um estado de extrema humanidade. Dasein é "ser-no- fim", basicamente "ser-na-morte". Se a morte, como o fim da vida, acontece apenas uma vez, a sensação de “ser-para-morte”, mas nós a vivenciamos permanentemente, todos os dias, minuto a minuto. É na morte, diz Heidegger, como possibilidade última da existência, como fim da presunção do Dasein, que o homem se recolhe. Não é o fim da existência humana, este termo é entendido como a chegada, o fim da jornada. Quando chegamos ao fim da jornada, ainda existimos, vivemos, sabemos que realizamos algo. No entanto, a morte é um fim que pode chegar repentinamente, encerrando assim a existência individual. Basicamente, parece algo fora de nós, além do nosso controle, que nos leva embora sem avisar. A morte é a palavra final do nosso trabalho, diz Heidegger. Temendo a face da morte, conhecendo-se como "ser-para-a- morte", evitando a realidade que ela representa, o Dasein se depara com uma existência sem sentido. Desta forma, a pessoa quer escapar da dor da morte. Mas o homem, como advertiu Heidegger, atinge a plenitude de seu ser no medo. É por meio dele que o Dasein transcende certos momentos de sua existência, o mantém em sua totalidade, na totalidade de suas manifestações, experimentando a morte e o nada no futuro. Só o homem sofre, porque é o único que vive toda a sua vida a cada momento, e neste ato reflete sobre a totalidade da sua vida. Através do sofrimento, a pessoa entra no fim de sua existência. Dasein adquire sua existência. Portanto, para alcançar a verdade, superando assim a condição de fracasso, de degradação, a pessoa deve colocar no pensamento a morte. Ao pensar em sua morte, o Dasein encontra sua verdade, pois não a teme. Mas a preocupação permanece. De lugar nenhum. Mas o que é qualquer coisa? A tradição filosófica não deu verdade ao conceito de nada. Lógica, o primeiro filósofo a estudar a relação entre sendo nada, conclui que ambos têm o mesmo estatuto ontológico, ou seja, ser nada é a mesma coisa. E nada, respondeu Hegel. No entanto, Heidegger inverte os dados da questão. Nada, diz ele, não surge da negação do ser. Pelo contrário, não há razão para reclamar. Não devemos, aconselham os filósofos, apoiar o desapaixonado e o científico ao lidar com qualquer coisa que não existe, rejeitando-o como algo que não existe. Em O que é a metafísica? Heidegger sugere um texto para analisar tudo. Heidegger, fica claro na passagem citada acima, não pensa em nada como uma coisa, como algo que existe propriamente. Nada é nada. Nada surge do ato do nada que o Dasein pode. Portanto, é sem nada que o Dasein se une, se completa. Por fim, a biografia de Heidegger é empanada por um acontecimento que seus adeptos pretendem reduzir a um mero episódio e seus opositores consideram a consequência lógica de suas ideias. Trata-se de sua adesão ao nazismo. Sartre (1905-1980) Nenhum filósofo foi mais popular neste século do que Jean-Paul Sartre. Na verdade, essas oposições anti existencialistas, se primeiro se concentram no movimento em geral, quase sempre se concentram na obra de Sartre em particular. Ao longo de sua jornada intelectual, a luta contra Sartre é constante. A campanha de alerta contra os efeitos negativos do existencialismo na juventude se baseia tanto na luta contra o filósofo quanto contra o homem Jean-Paul Sartre. Não existe "um livro vazio de decepção, sujeira e inutilidade". Sartre frequentava o Le Flore, no bairro parisiense de Saint-Germain-de-Prés, cujo dono mantinha um sótão para que seus clientes literários pudessem trabalhar ali quando o restaurante fechava. Sartre escrevia mesmo quando o lugar estava cheio de gente,o que provavelmente explica as muitas referências em O ser e o nada a pessoas, coisas e ao estado do ambiente. Ainda hoje, muitas injustiças ocorreram a Sartre. O mais delicado é a satisfação de conhecê-lo como escritor, percebendo que é a arte e obra da divulgação literária do pensamento de Heidegger. Poder-se-ia continuar na linha, quase indefinidamente, dos inúmeros ataques e oposições contra Sartre, caso quase sempre que não deveria ser considerado. Pode-se dizer, sem erro, que a percepção da existência do falso recebido não teria sido ruidosa e permanente se Sartre tivesse participado do movimento inexistente. Sua influência no pensamento filosófico moderno é muito menor, sem sua contribuição intelectual. Mesmo que não tivesse nascido o cidadão Jean-Paul Sartre, ainda existiria um grupo de filosofia chamado existencialismo, fruto, como vimos, da situação histórica. O que queremos explicar aqui é determinar a presença de Sartre na existência, sem a qual sua difusão não teria ultrapassado as fronteiras do continente europeu. Ainda pensamos no grande escritor e crítico literário Sartre e entendemos muito bem as razões de seu sucesso. O papel de Sartre no mundo é o Ser e o Ser Nada representa a culminância de ideias que Sartre vem ponderando há muito tempo, como mostram os nomes citados acima. De qualquer forma, Sartre, especialmente porque admite oposição a esse conteúdo, que, melhor para divulgar suas ideias para um público maior. Apesar disso, o texto em questão permanece até hoje como a melhor coleção das principais ideias de Sartre e, além disso, da existência em geral. Sartre começa esta palestra delineando as críticas mais comuns contra a existência de marxistas e católicos. Posteriormente, estabelece o caráter que define todas as correntes da existência, ou seja, aceitar os princípios tornados conhecidos pela ordem da existência que a precede. Como mencionado anteriormente, os conceitos de essência e existência são opostos um ao outro. O ponto é o que é. A coisa mais importante, por exemplo, a cadeira em que estou sentado enquanto escrevo este livro é a própria cadeira. Outras cadeiras existentes estão incluídas nesta, independentemente do estilo ou material. Mesmo que eu me mude para outra parte da casa, não serei impedido de pensar na cadeira que está colocada na minha mesa de trabalho, porque tenho a ideia da cadeira, da sua cabeceira e do sumário. Portanto, este ponto não significa que exista a existência do que eu penso nele. Portanto, a existência será sólida, enquanto sua essência cairá no comum. A essência de uma coisa é o que essa coisa é em si, sem nenhuma outra necessidade de alcançá-la. Não faz sentido, por exemplo, falar do azul mais importante da cadeira, que não torna a sua existência, característica, descrever concretamente a sua forma, tamanho, cor, tipo o material de que é feita, etc. características que são diferentes de outros assentos. A palavra principal, vimos estudando a origem da palavra, primeiro escolhida para ser ela mesma, o que é a própria coisa. "Para o existencialismo, o princípio de Heidegger, por sua vez, rejeita a abordagem 'a existência vem primeiro'. Segundo ele, Sartre concebe as questões em questão em seu sentido clássico, apenas invertendo a forma como aparecem na cultura. Tal deslocamento, segundo ele, não impede que o pensamento de Sartre continue seguindo os princípios estabelecidos pela tradição filosófica. Portanto, a ideia de uma carta introdutória, sua principal, neste caso, foi pensada antes dela existir. Mas, mesmo que alguém não acredite que Deus existe, é possível aceitar essa pessoa, e desta forma, o homem primitivo e o homem civilizado compartilharão uma coisa. No entanto, Sartre rejeitou tanto a crença em Deus quanto o conceito de natureza humana. Ele diz que, se Deus não existe, há pelo menos uma coisa que existia antes, algo que existia antes que pudesse ser explicado por qualquer lógica, e essa pessoa é uma pessoa. Ou, como diz Heidegger, a verdade do homem. Suas coisas mais importantes aparecem por causa de suas ações, do que ele faz consigo mesmo, do que fará. Este é o primeiro princípio da existência, insiste Sartre. Se, numa pessoa, a existência vem em primeiro lugar, será o que ela fizer na sua vida, nada fora dela, a sua vontade, determina o seu futuro. Sartre quer dizer que, quando nasce, o homem não é nada. Não existe pensamento natural, anterior à natureza do homem e destinado a orientar sua vida, indicando o caminho a seguir. As ideias que as pessoas obtêm de suas próprias experiências. É o seu comportamento que define o seu ponto. Finalmente, da existência flui a essência. Ao contrário de outras coisas, as pessoas são predestinadas. O homem está lá, onde está a pedra. Essa diferença mostra que o homem, ao contrário de outras coisas no mundo, é livre. A cada momento, o homem tem que escolher o que será no futuro. O homem deve se inventar todos os dias, conclui Sartre. Se o homem existiu primeiro, ele não foi a primeira coisa, se a ideia de Deus foi retirada, se em algum momento o homem teve que escolher o que seria, só ele foi o responsável por criar princípios. Conduzir sua vida. O homem, diz Sartre, nada mais é do que sua obra, ele só existe na medida em que a compreende através do curso de suas ações. Se, no homem, a essência existe primeiro, ela não pode | ser livre, porque desde o início sua vida estará determinada. Se uma pessoa é totalmente livre, ela é responsável por tudo que escolhe e faz. Em vão, o autocontrole é restrito aos humanos. Para a existência, a liberdade é o direito de cada pessoa determinar a sua vida, escolhendo-a e responsabilizando-se por ela. Porém, essa liberdade não é completa, pois o homem vive uma vida real, que está no tempo e no espaço, e por isso é aprovada, por uma sociedade com suas regras e acordos, de seus membros se estabelecerá. Como resultado, em algum momento, uma pessoa tem um conflito entre a sociedade da qual faz parte. Então o homem reconhecerá os obstáculos que se colocam à expressão da sua existência livre. Se o elemento mais importante da liberdade é a escolha, se a liberdade é o fundamento de todos os valores, isso mostra sua proteção pelas pessoas. E ao proteger a liberdade, o homem reconhece seu caráter universal, pois, ao protegê-la, o faz para si e para todas as pessoas. Porque, quando ele escolhe, a pessoa define o que parece ter uma coincidência geral, universal. Diante de um grande público, o ensinamento do Existencialismo é um humanismo que se repete diante de um público composto por marxistas e cristãos, e o tempo de duas primaveras que são capazes de revelar uma vez que rejeitam o existencialismo. De forma mais enfocada do que a utilizada quando dirigiu a palestra pela primeira vez, Sartre refuta a crítica de que a existência é um incentivo ao silêncio, e fim absoluto, contribuindo assim para a destruição das pessoas. O existencialismo é uma prática moral e é um humanismo. a ética da ação porque defende a superioridade da moral e nega o poder, obrigando as pessoas a agir destruindo ilusões irracionais. O existencialismo é humano porque é a única filosofia que pode melhorar a vida humana. Segundo os opositores do existencialismo, o silêncio dessa doutrina deriva de seu próprio fundamento. Assim, argumentaram, o homem se vê incapaz de se solidarizar com seus semelhantes, separado como está da esfera pública existente, lançado a um mundo vazio, sem o que ela significa, a lei, como código moral que a explica existencialista, seu princípio de poder, como fonte, ele pode removê-los. Sartre disse então que o sujeito é o começo de qualquer filosofia: é o sujeito que impede as pessoas de se tornarem coisas, fazendo prevalecer a posição de sujeito. O existencialismo, proclama Sartre, declara que a humanidade está sofrendo. Isso significa que, ao se compreender como pessoalivre, compreende que não é apenas o que escolheu ser, mas também um legislador que, ao se escolher, escolheu também para o mundo inteiro o 'homem'. A pessoa fica frustrada porque se vê em condições de escolher sua vida, seu destino, sem pedir conselho ou apoio a ninguém. Depende apenas do homem, de sua liberdade. "O ateísmo nunca foi feito para fazer as pessoas se sentirem para baixo." Existencialismo e sabedoria nacional. Portanto, continuou o autor, os ataques à existência não mostram tanto interesse em outros ensinamentos quanto a rejeição da filosofia em geral. Se muitos o escolhem, é apenas por preguiça mental. Em defesa do existencialismo, de Beauvoir quer mostrar que não há divórcio entre filosofia e vida. Ele lembra que muitas vezes existem escolas filosóficas que descrevem os homens com pouca generosidade, o que não impediu que seus criadores e seus seguidores ganhassem apoio público. A questão do sofrimento humano, disse ele, não é nova. Toda a tradição cristã teve o cuidado de incutir no homem o sentimento de rejeição. Ambos negam à humanidade qualquer virtude. A esses olhos, explica de Beauvoir, a verdadeira amizade entre homens e mulheres é impossível. A heresia cristã enfatiza mais do que considera a miséria do corpo humano, seus desejos e sua carne, a atitude de moralistas como La Fontaine, que critica dois e o absurdo dos seres humanos, firmemente convencido de que só eles os conduzem. Interesse próprio? Pessoal. Pequenos detalhes não deixam as pessoas com raiva. Desconfiados, procuram motivos ocultos para cada comportamento, suspeitando que algo os prejudique. Eles se mantêm apenas quando veem claramente o benefício de uma pessoa em uma empresa, mesmo por causa de traição, calúnia, mentira ou qualquer outro mau comportamento. Eles não lhe pedem perdão, desde que descubram a existência de suas ações. Ele explica-lhes uma contradição óbvia, ou seja, um egoísmo profundamente enraizado, que os leva a dedicar-se inteiramente aos seus próprios interesses. Portanto, é falso dizer que um existencialista não acredita que as pessoas são obrigadas a julgar o sofrimento moral. Para isso, o homem tem sua liberdade, que lhe permite escolher seu destino, conceito que só uma filosofia otimista pode defender. Beauvoir, que refuta os detratores do existencialismo. Não porque sejam tão deprimentes quanto as explicações existentes e examinem a raiva, mas porque revelam que o mal vem da liberdade humana. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PENHA, João da. O que é existencialismo. 10ª Edição. São Paulo: Brasiliense, 2001
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