Buscar

Ebook Psicopedagogia Institucional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Psicopedagogia Institucional
Psicopedagogia
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
VIVIANNE SOUSA 
AUTORIA
Vivianne Sousa 
Sou professora e apaixonada pela educação e acredito que este 
é um caminho de grandes transformações para a sociedade. Ao longo 
da minha carreira acadêmica, conclui Graduação em Letras pela UEPB 
e Ciências Sociais pela UFPB, Especialização em Educação em Direitos 
Humanos pela UFPB, Mestrado em Direitos Humanos, Cidadania e 
Políticas Públicas pela UFPB. Atualmente sou Doutoranda em Ciência 
Sociais pela UFCG. No aspecto profissional, tenho construído experiências 
valiosas que me possibilitam aplicar os conhecimentos acadêmicos na 
prática. Nesse sentido, atuei como Assessora Pedagógica do Projeto 
Orçamento Participativo Criança e Adolescente do Município de João 
Pessoa, Especialista Pedagógica da Comissão de Implantação do Ensino 
Integral na Paraíba, Professora do Programa de Formação Continuada 
para Conselheiros Dos Direitos e Conselheiros Tutelares do Estado da 
Paraíba e Membro da Comissão Estadual de Elaboração e Implementação 
da Proposta Curricular do Ensino Médio da Paraíba. Estas são algumas 
das experiências que colaboram diretamente para uma visão global sobre 
educação e seus impactos sociais. Por isso, fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Sinto-me 
imensamente feliz e honrada em poder ajudar você nesta fase de muito 
estudo e trabalho! Conte comigo.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Teoria da Psicopedagogia Institucional ............................................ 12
Reflexões Sobre a Psicopedagogia Institucional ..................................................... 12
As Dificuldades de Aprendizagem no Ambiente Escolar ...........23
O Papel do Psicopedagogo na Escola ............................................................................23
Os Métodos e Técnicas da Psicopedagogia Institucional .......... 33
Reflexões Sobre o Cotidiano da Psicopedagogia Institucional .....................33
Intervenção e Análise dos Problemas Escolares ...........................44
O Psicopedagogo no Contexto Escolar ..........................................................................44
9
UNIDADE
04
Psicopedagogia
10
INTRODUÇÃO
Olá estudante! Bem-vindo à discussão sobre Psicopedagogia. 
Chegamos na a Unidade 4. Esta é uma área de discussões contundentes 
e impactos no campo da educação e da psicologia. Nesta unidade, iremos 
aprender sobre os desafios da Psicopedagogia Institucional, percebendo 
os avanços nesse campo no Brasil e no mundo. Vamos também 
estabelecer conexões entre a psicopedagogia e a institucionalidade 
como um todo. Vai ser muito importante identificar e superar as 
dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar, sob o ponto de vista 
do psicopedagogo e da instituição educacional. Entendeu? Ao longo 
desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Psicopedagogia
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Discernir sobre a importância da teoria da psicopedagogia 
institucional.
2. Identificar e superar as dificuldades de aprendizagem no ambiente 
escolar, sob o ponto de vista do psicopedagogo e da instituição 
educacional.
3. Aplicar os métodos e as técnicas utilizadas na psicopedagogia 
institucional.
4. Entender como se dá a intervenção da psicopedagogia institucional 
em relação aos problemas escolares.
Psicopedagogia
12
Teoria da Psicopedagogia Institucional
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como se constituem os desafios da psicopedagogia, no 
ambiente institucional, sobretudo como os profissionais 
dessa área poderão conduzir ações colaborativas e efetivas 
em relação ao desenvolvimento da aprendizagem. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
Reflexões Sobre a Psicopedagogia 
Institucional
Este capítulo nos conduzirá a reflexões sobre a psicopedagogia 
institucional, uma área de estudo que se encontra em constante 
desenvolvimento e expansão, tendo em vista ter em sua concepção a 
prática da ação preventiva como uma das suas prioridades.
Contudo, diante das perspectivas relacionadas à contribuição 
do desenvolvimento da aprendizagem no ambiente escolar, ainda 
sofre inúmeras resistências pela ausência de compreensão sobre suas 
dimensões epistemológicas e práticas, tendo em vista que um dos seus 
objetivos age em torno do fortalecimento da identidade do grupo e da 
transformação da realidade escolar, pois para avançarmos no campo 
educacional, faz-se necessária a quebra de vários paradigmas, sobretudo 
no campo da aprendizagem.
Psicopedagogia
13
Figura 1 - Educandos no desenvolvimento da aprendizagem
Fonte: Freepik (2022).
Nesse sentido, no campo da psicopedagogia institucional, é 
possível perceber o profissional da psicopedagogia agindo na perspectiva 
de proposição de mudanças e desconstruções culturais, provocando o 
cenário para contribuir direta e objetivamente para o desenvolvimento de 
uma aprendizagem eficaz e eficiente. 
É muito comum encontrar no contexto do cenário escolar, nas 
comunidades escolares, bastante resistência a mudanças e realização de 
discussões em torno da aprendizagem. 
Assim, quando observamos o objetivo da psicopedagogia, passamos 
a compreender que a Psicopedagogia Institucional é capaz de gerar um 
impacto crucial na ação preventiva no cotidiano escolar, pois os educandos 
que não são compreendidos em suas dificuldades e deficiências iniciais 
poderão bloquear o desenvolvimento da aprendizagem e necessitar de 
atendimento clínico.
Psicopedagogia
14
IMPORTANTE:
Consideramos que o profissional da psicopedagogia 
deverá contribuir diretamente com a equipe escolar na 
transformação do ambiente escolar em um cenário de 
construção do conhecimento que tenha acolhimento, 
atrativos, motivação e contemple a diversidade. Nesse 
sentido, é de suma importância fortalecer o vínculo com 
os professores para participarem na elaboração do Projeto 
Político Pedagógico e outros documentos norteadores da 
escola, de modo que possam contemplar a resposta para 
três pontos de reflexão no campo da aprendizagem: o que 
ensinar, como ensinar e para que ensinar.
Figura 2- Questões de planejamento educacional
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
Muitas escolas apontam que grande parte dos professores 
solicitam o apoio em torno de formações, novas ferramentas e a presença 
do profissional da psicopedagogia no ambiente escolar, assim também 
como assessorias com esse profissional. Contudo, quandoatividades 
inovadoras são implementadas para potencializar a aprendizagem dos 
educandos, são, na maioria das vezes, descredibilizadas como se o 
objetivo fosse alterar a cultura que está instaurada e que se defende até 
hoje, que sempre deu certo. Nessa perspectiva, temos algumas questões: 
 • As práticas em vigor potencializam a aprendizagem dos 
estudantes?
 • A escola tem ambientes de aprendizagem acolhedores?
 • A escola tem educandos e professores engajados?
 • A escola consegue monitorar as dificuldades de aprendizagem?
 • O que a escola planeja em torno da solução das dificuldades de 
aprendizagem?
Psicopedagogia
15
Estes questionamentos orientam-nos a refletir sobre a importância 
do profissional da psicopedagogia institucional no ambiente da escola, de 
forma efetiva e que contemple as dinâmicas culturais, sociais e políticas 
dessa escola.
Figura 3- O educando na escola
Fonte: Freepik (2022).
O profissional da psicopedagogia tem por finalidade a realização 
de um diagnóstico institucional para levantar quais os problemas que 
estão gerando interferência no desenvolvimento da aprendizagem 
dos educandos nesse contexto educacional. É de suma importância 
conduzir o professor a avaliar sua metodologia e quais métodos estão 
sendo utilizados, percebendo se a sua forma de ensinar contempla todas 
as dimensões, trajetórias e vivências inseridas no ambiente escolar, 
sobretudo se a forma que está se ensinando é possível que o educando 
possa aprender.
Neste sentido, o profissional da psicopedagogia deverá elaborar 
uma orientação para o professor com a finalidade de buscar a forma 
ideal de colaborar com o desenvolvimento do educando que demonstra 
dificuldade de aprendizagem. 
Psicopedagogia
16
Pode ser que em alguns casos, seja necessária uma intervenção 
que necessite encaminhamento. Assim junto com a equipe escolar, 
encaminhar o educando para outros profissionais:
 • Psicólogo. 
 • Fonoaudiólogo. 
 • Neurologista. 
Quando ocorrem situações de encaminhamento orienta-se que 
seja feito, após esgotadas todas as possibilidades de intervenção escolar, 
assim. a dinâmica entre professor versus psicopedagogo deverá sempre 
ser alinhada, conectada e dialogada de forma coesa e efetiva.
É sempre importante lembrar que a ação do profissional da 
psicopedagogia institucional tem perspectiva preventiva, ou seja, seu 
olhar deve contemplar a escola como um todo e toda a instituição deverá 
ser acompanhada e percebida; o trabalho não pode ser feito de forma 
isolada e sim coletiva.
Figura 4- Trabalho coletivo
Fonte: Freepik(2022).
Psicopedagogia
17
Dessa forma, poderemos perceber e acompanhar o nível de um 
trabalho coletivo e de impacto, realizado de forma alinhada e dialogada, 
no qual todos contribuem diretamente com o desenvolvimento da 
aprendizagem.
Nesse sentido, Bossa (1999) salienta que o psicopedagogo deverá 
ter as seguintes ações:
Figura 5 - Ações do Psicopedagogo
Fonte: Elaborado pela autora própria (2022)
Quando o profissional da psicopedagogia inicia o trabalho no 
campo educacional, especificamente em uma escola, é importante que 
os educadores tenham as seguintes atitudes:
 • Abertura.
 • Disponibilidade para aprender.
 • Motivação para contribuir.
 • Inclinação para o entrosamento.
 • Identificação com o desenvolvimento da aprendizagem.
Após os seguintes pontos serem detectados, no ambiente 
dos profissionais da educação, o psicopedagogo deverá conduzir os 
professores por dois tipos de reflexão:
 • Individual.
 • Coletiva.
Psicopedagogia
18
O foco dessas reflexões deverá ser motivado pelas seguintes 
questões:
 • O planejamento da aula conecta-se diretamente com as 
possibilidades de aprendizagem?
 • Consigo identificar as dificuldades de aprendizagem dos 
estudantes em sala de aula?
 • O que é feito para sanar as dificuldades de aprendizagem?
Essas reflexões iniciais irão conduzir os professores pela centralidade 
do papel do psicopedagogo que é contribuir com o desenvolvimento da 
aprendizagem dos educandos na escola. 
A partir desse contexto, é de suma importância que o profissional 
da psicopedagogia institucional possa criar, elaborar, realizar, conduzir 
momentos de formação continuada sobre o desenvolvimento da 
aprendizagem, metodologias e formas de incentivar o aprendizado, 
sobretudo, como estabelecer conexões em tempos de ensino híbrido. 
Uma importante tarefa, que pode ser realizada pelo profissional da 
psicopedagogia, é solicitar que os professores respondam os seguintes 
questionamentos:
Figura 6- Questões de aprendizagem
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
Nesta perspectiva é importante entendermos que na área da 
educação, cada escola/instituição tem seu método e alinhamento teórico 
a ser seguido e desenvolvido, assim também como sua missão, metas e 
objetivos. Cabe ao profissional da psicopedagogia institucional apreender 
e se apropriar destas questões para que possa colaborar, de forma 
Psicopedagogia
19
coerente, com as expectativas de desenvolvimento de aprendizagem 
dos estudantes. Para que isto ocorra de forma plena e efetiva, é de suma 
importância que a equipe escolar tenha as seguintes atitudes:
 • Confiança no profissional da psicopedagogia.
 • Acredite no psicopedagogo.
 • Esteja aberta a mudanças e disposta a realizar ações.
Com este sentimento e atitude, percebe-se que é, extremamente, 
possível construir mudanças efetivas no ambiente escolar.
Figura 7 - Planejamento efetivo com a participação de todos
Fonte: Freepik(2022).
Assim, a conduta do profissional da psicopedagogia deverá ser em 
torno da prevenção, contemplando como os elementos de aprendizagem 
vão se constituindo neste processo de desenvolvimento, de modo que 
os ambientes de aprendizagem sejam sempre acolhedores, coletivos e 
participativos.
IMPORTANTE:
É de suma importância que seja construída e cultivada uma 
relação dialógica entre o professor e o educando. Desse 
modo horizontal e participativo será possível incentivar e criar 
motivação para a aprendizagem de forma saudável e inclusiva.
Psicopedagogia
20
Nesse sentido, é fundamental que a escola tenha uma dinâmica 
bem estabelecida de planejamento, ou seja, é importante a cultura de 
planejar, perceber aonde se quer chegar e como pode chegar a este 
objetivo. Desse modo, é essencial:
 • Elaborar planejamentos executáveis e reais.
 • Seguir esses planejamentos.
 • Avaliar o que deu certo e o que deu errado.
 • Replanejar.
Tendo em vista que se isso não ocorre, é fundamental que a equipe 
escolar, com auxílio do profissional da psicopedagogia, crie o momento de 
reelaboração do planejamento e realize uma reflexão do porquê alguns 
alunos não se envolvem e desenvolvem a aprendizagem no respectivo 
ambiente.
Nessa perspectiva é de suma importância que o profissional da 
psicopedagogia busque e discuta com a equipe escolar alternativas 
inovadoras de aprendizagem e de como abordar o conhecimento, sendo 
um excelente caminho para a apresentação de novas metodologias a 
serem aplicadas em sala de aula.
Figura 8 - Buscar estratégias de alcance do aprendizado
Fonte: Freepik(2022).
Psicopedagogia
21
Nesse contexto, entendemos que todas as metodologias 
pedagógicas deverão ser adaptadas e contextualizadas, de acordo com 
os seguintes pontos:
 • Perfil da turma de estudantes.
 • Contexto escolar.
 • Questões sociais, culturais e econômicas.
 • Faixa etária da turma.
Com a adaptação adequada às questões que permeiam o ambiente 
escolar, será possível desenvolver o prazer no ensinar e no aprender.
Figura 9 - Refletir e adaptar metodologias é fundamental
Fonte: Freepik(2022).
Assim, de forma alguma a escola poderá se isentar da sua 
responsabilidade efetiva com a aprendizagem dos estudantes. É papel 
do psicopedagogo institucional, em parceria com a equipe escolar, 
diagnosticar os fatores que potencializam ou enfraquecem a aprendizagem 
e elaborar um planejamento efetivo que colabore no desenvolvimentode 
metodologias e busque mudanças no que não produz êxito.
Psicopedagogia
22
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido como 
se constituem os desafios da psicopedagogia no ambiente 
institucional, sobretudo como os profissionais dessa área 
poderão conduzir ações colaborativas e efetivas no que tange 
ao desenvolvimento da aprendizagem. Isto será fundamental 
para o exercício de sua profissão. Nesse sentido, no campo 
da psicopedagogia institucional, é possível perceber o 
profissional da psicopedagogia, agindo na perspectiva 
de proposição de mudanças e desconstruções culturais, 
provocando o cenário a contribuir direta e objetivamente para 
o desenvolvimento de uma aprendizagem eficaz e eficiente. 
Assim, quando observamos o objetivo da psicopedagogia, 
passamos a compreender que a psicopedagogia institucional 
é capaz de gerar um impacto crucial na ação preventiva 
no cotidiano escolar, pois os educandos que não são 
compreendidos, em suas dificuldades e deficiências iniciais, 
poderão bloquear o desenvolvimento da aprendizagem e 
necessitar de atendimento clínico.
Psicopedagogia
23
As Dificuldades de Aprendizagem no 
Ambiente Escolar
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
qual é o papel do psicopedagogo na escola e o que são 
as dificuldades de aprendizagem. Isso se faz importante 
pelo fato de que o psicopedagogo pode atuar em diversas 
áreas e sendo o ambiente escolar uma delas é interessante 
conhecer como esse profissional irá lidar nesse ambiente. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!.
O Papel do Psicopedagogo na Escola
A psicopedagogia, de acordo com Bossa (2007), surgiu sob o viés de 
duas possibilidades. Primeiro, refere-se ao fato dela ter sido criada como 
área de pesquisa, por meio de uma tentativa de explicar as razões pelo 
fracasso escolar, por um viés que não fosse nem voltado apenas para 
a pedagogia e nem tampouco, apenas para a psicologia. Em segundo, 
foi uma forma de sugerir que essa área surgiu como uma “fusão” para 
poder garantir o atendimento de crianças que estavam apresentando 
dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar, funcionando a 
psicopedagogia como uma fronteira entre a pedagogia e a psicologia.
Tem-se que a psicopedagogia apresenta um campo epistemológico 
bastante definido: o processo de ensino e aprendizagem do ser humano. 
Entretanto, pode-se verificar que se trata de algo multifacetado, ou seja, 
um objeto multidimensional que depende de diversos fatores que podem 
ser divididos em pré-subjetivos e subjetivos, da seguinte forma:
Psicopedagogia
24
Figura 10 - Elementos que são objetos do campo epistemológico da Psicopedagogia
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
Sobre o exposto, tem-se ainda o pensamento de Lemme (2009):
Dificuldade de aprendizagem é um termo genérico que se 
refere a um grupo heterogêneo de desordens, manifestadas 
por dificuldades na aquisição e no uso da audição, da fala, 
da leitura, da escrita, do raciocínio ou das habilidades 
matemáticas. É importante não confundir dificuldade de 
aprendizagem com fracasso escolar, que embora tenham 
semelhanças na forma de se manifestarem, pertencem a 
categorias diferentes. (LEMME, 2009)
Assim, há o processo de aprendizagem do ser humano como o 
objeto central de estudo da psicopedagogia, levando em consideração 
padrões de cunho patológico e normal, considerando-se a própria 
influência do meio no processo de aprendizagem, por exemplo, a escola, 
a sociedade e a própria família como figuras impactantes nesse processo 
e no desenvolvimento do educando. Com base nisso, vários teóricos 
latino-americanos focaram, especificamente, no tema de aprendizagem, 
buscando identificar os motivos e as causas das suas dificuldades, tendo 
como foco de pesquisa a pessoa que não tinha condições de aprender 
(SÁNCHEZ, 2008).
Psicopedagogia
25
Sánchez (2008) pensava de forma diferente, definindo o campo 
epistemológico da psicopedagogia como uma metodologia de 
intervenção, aliada a um raciocínio diagnóstico, com vias de observar o 
comportamento do sujeito, diante do objeto de conhecimento, quando ele 
se encontrava diante de uma situação comum de aprendizagem. Dessa 
forma, estaria buscando a associação indissociável entre objeto e sujeito 
e concebia esse sujeito em seu contexto histórico e social, admitindo 
a possibilidade de existência de conhecimentos que transcendem 
disciplinas, ainda que seja construído de forma interdisciplinar. Por fim, 
acreditava o autor que a clínica de dificuldades de aprendizagem seria 
um espaço ideal para o desenvolvimento da psicopedagogia como área.
De forma resumida, Sánchez (2008) acreditava no seguinte:
Figura 12 - Campo epistemológico da Psicopedagogia
Fonte- Elaborado pela autora (2022).
Os teóricos latino-americanos definem como área de foco 
a necessidade de considerar o quão importante é o elo entre a 
psicopedagogia e o seu contexto de aplicação. Deve-se ter conhecimento 
Psicopedagogia
26
acerca do ambiente no qual o educando está inserto, sendo este um 
dos principais pontos a serem considerados para fazer o levantamento 
inicial de suas necessidades. A ação psicopedagógica, dessa forma, tem 
como intuito buscar uma definição de ensino e aprendizagem que tenha 
como resultado interações pessoais, podendo estimular e transformar 
a comunidade educativa para que esta busque realizar inovações no 
contexto escolar.
A atuação do psicopedagogo faz-se bastante necessária na escola, 
voltada mais para um caráter preventivo e com intuito de assessorar os 
professores e alunos que se encontram no contexto educacional. Bossa 
(2007) diz que:
pensar a escola à luz da Psicopedagogia, significa analisar 
um processo que inclui questões metodológicas, relacionais 
e socioculturais, englobando o ponto de vista de quem 
ensina e de quem aprende, abrangendo a participação da 
família e da sociedade. (BOSSA, 2007, p. 32)
Assim, deve o psicopedagogo trabalhar tanto para assessorar os 
alunos como os professores, sendo essencial em sua prática que sejam 
consideradas as relações que existem entre as oportunidades reais que se 
apresentam na sociedade e o que a escola produz. Isso se faz necessário 
porque a sociedade e escola não devem ser vistas como realidades 
separadas, posto que uma reflete na outra. Um exemplo clássico é o fato 
do ensino público ser bastante estigmatizado e seus alunos são, muitas 
vezes, considerados como deficientes, independente de rendimento. 
Figura 13 - A psicopedagoga auxilia tanto o aluno quanto o professor
Fonte: Freepik(2022).
Psicopedagogia
27
Sobre o tema, Gasparian (1997) traz o seguinte:
A escola caracteriza-se como um espaço concebido 
para realização do processo de ensino/aprendizagem do 
conhecimento historicamente construído; lugar no qual, 
muitas vezes, os desequilíbrios não são compreendidos. 
(GASPARIAN, 1997, p.24)
Historicamente, as escolas são palco de diversas formas de 
desequilíbrio e não é a simples chegada do psicopedagogo que irá 
solucionar todos os problemas e as demandas que existem na escola. 
Vários são os problemas do contexto escolar, por exemplo:
 • Evasão de alunos.
 • Desmotivação dos professores.
 • Indisciplina dos alunos.
 • Dificuldades de aprendizagem.
Figura 14 - A equipe deve estar sempre motivada para atender aos educandos
Fonte: Freepik(2022).
Diante desses problemas, o psicopedagogo pode até influenciar 
e auxiliar na busca de uma solução, mas isso não acontece de forma 
Psicopedagogia
28
imediata, precisa de tempo e de um trabalho de equipe consistente com 
todos que fazem parte do processo de ensino e aprendizagem, sendo 
esse conjunto composto por:
 • Equipe técnica.
 • Docentes.
 • Discentes.
 • Gestores.
 • Família.• Demais funcionários da escola.
Assim, o psicopedagogo pode ter uma visão geral da escola e atuar 
quando for necessário, mesmo se tratando de um lugar que tem muitos 
desequilíbrios. 
Assim, a aprendizagem escolar foi vista como algo que basicamente 
era oposta a atividades prazerosas, associada a uma tarefa forçada e um 
mal necessário. O maior obstáculo hodierno fazer com que os educandos 
despertem o interesse e a vontade de aprender, além de sentir prazer no 
aprendizado. Sobre essa necessidade de transformar o aprender em uma 
atividade prazerosa, Barbosa(2001) diz o seguinte:
Transformar a aprendizagem em prazer não significa realizar 
uma atividade prazerosa, e sim descobrir o prazer no ato de: 
construir ou de desconstruir o conhecimento; transformar 
ou ampliar o que se sabe; relacionar conhecimentos entre 
si e com vida; ser coautor ou autor do conhecimento; 
permitir-se experimentar diante de hipóteses; partir de 
um contexto para a descontextualização e vice-versa; 
operar sobre o conhecimento já existente; buscar o saber 
a partir do não saber; compartilhar suas descobertas; 
integrar ação, emoção e cognição; usar a reflexão sobre o 
conhecimento e a realidade; conhecer a história para criar 
novas possibilidades (BARBOSA, 2001, p. 56).
Nota-se que a autora relata que não deve haver uma literal 
transformação do processo de aprendizagem para mudar essa atividade 
em algo prazeroso, e sim uma busca por uma mudança de pensamento, 
no sentido de encontrar o prazer ao realizar a atividade.
Psicopedagogia
29
Figura 15 - Aprender deve ser prazeroso
Fonte: Freepik(2022).
Como já visto, um dos principais objetivos do psicopedagogo é 
combater o fracasso escolar e ele faz isso ao buscar maneiras de prevenir 
ou remediar as dificuldades de aprendizagem. Para Veiga (2006), as 
dificuldades de aprendizagem não têm um conceito definido e firmado 
em rocha, pois várias são as possíveis definições, sendo este um termo 
de certa forma genérico que é utilizado para distinguir uma gama de 
diferentes distúrbios que irão impactar na aquisição, desenvolvimento e 
no uso de habilidades relativas à oralidade, capacidade de fala, leitura, 
compreensão de leitura e de fala, capacidade de escrita, raciocínio e 
pensamento matemático.
Veiga (2006) acredita, ainda, que esse conjunto de distúrbios está 
ligado a questões bem características do indivíduo e que estas estariam 
focadas em problemas do sistema nervoso central, posto que essas 
dificuldades podem ocorrer de forma concorrente com outros problemas 
sofridos pelo educando como os seguintes (VEIGA, 2006):
 • Atraso mental.
 • Perturbações de cunho social.
Psicopedagogia
30
 • Questões de cunho sensorial.
 • Perturbações emocionais.
 • Fala, ainda, sobre problemas que sofrem influência ambiental 
como:
 • Instrução insuficiente.
 • Instrução inadequada.
 • Diferenças culturais.
Na opinião de Chabanne (2006), a dificuldade de aprendizagem 
estaria ligada à situação do aluno, levanto em consideração as 
características individuais, o contexto social, histórico, escolar, as 
avaliações realizadas e até o seu comportamento.
Figura 16 - Dificuldades de aprendizagem
Fonte: Freepik (2022).
Krieger (2013), por sua vez, acredita que a dificuldade ocorreria não 
por conta da ação isolada de um professor que supostamente estaria 
despreparado, assim como não derivaria apenas da falta de estímulo 
para o aprendizado, a dificuldade estaria ligada também com os quesitos 
emocionais do educando, a sua relação com o professor e o contexto 
escolar, algo que nem sempre é detectado pelo docente por questões de 
despreparo pessoal.
Psicopedagogia
31
IMPORTANTE:
Grassi (2013), por sua vez, entende que o objetivo final da 
psicopedagogia seria o estudo do processo de ensino 
e aprendizagem, o que é algo bastante complexo e que 
leva em consideração diversos fatores e conceitos teóricos. 
Com isso, o foco da psicopedagogia seria a dificuldade de 
aprendizagem, aliada ao atendimento terapêutico, focando 
tanto nessa aprendizagem como na não aprendizagem.
Já ao conceito de dificuldade de aprendizagem seria algo diferente, 
de acordo com Kirk (1962):
Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a um 
retardamento, transtorno, ou desenvolvimento lento 
em um ou mais processos da fala, linguagem, leitura, 
escrita ou outras áreas cognitivas, resultantes de uma 
deficiência causada por uma possível disfunção cerebral 
ou alteração emocional ou condutual. Não é o resultado 
de retardamento mental, deprivação sensorial ou fatores 
culturais e instrucionais. (KIRK, 1962, p. 263)
Vários são os fatores que podem levar à dificuldade de 
aprendizagem, não necessitando ser necessariamente algo permanente. 
Alguns desses fatores:
 • Cansaço.
 • Tristeza.
 • Sono.
 • Agitação.
 • Desordem.
 • Preguiça.
Todos esses são fatores que podem influenciar no processo de 
ensino e aprendizagem. Em termos de espécies, existem algumas 
dificuldades de aprendizagem bastante específicas como:
 • Disgrafia -dificuldade na escrita com letras mal traçadas, trocadas 
ou invertidas, muitas vezes ilegíveis.
 • Dislexia - dificuldade na leitura que impede o aluno de se tornar 
fluente. Caracterizada pela troca de caracteres ou inversão de 
sílabas, leitura lenta, pula linhas quando lê.
Psicopedagogia
32
 • Discalculia -dificuldade com números, realização de cálculos, 
não compreende ou não sabe realizar cálculos. Dificuldades em 
compreender e aplicar raciocínio lógico.
 • Disortografia - dificuldade na ortografia, aparecendo como 
consequência, muitas vezes, da dislexia, junção de sílabas ou 
separação desnecessárias, falta de percepção de sinais de 
pontuação e acentuação.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo desse capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a psicopedagogia apresenta um campo epistemológico 
bastante definido: o processo de ensino e aprendizagem do 
ser humano. Entretanto, pode-se verificar que se trata de 
algo multifacetado, ou seja, um objeto multidimensional. 
A atuação do psicopedagogo faz-se bastante necessária 
na escola, voltada mais para um caráter preventivo e 
com intuito de assessorar os professores e alunos que 
se encontram no contexto educacional. Assim, deve o 
psicopedagogo trabalhar tanto para assessorar os alunos, 
como para os professores, sendo essencial em sua prática 
que sejam consideradas as relações que existem entre 
as oportunidades reais que se apresentam na sociedade 
e o que a escola produz. Entende que o objetivo final da 
psicopedagogia seria o estudo do processo de ensino 
e aprendizagem, o que é algo bastante complexo e que 
leva em consideração diversos fatores e conceitos teóricos. 
As dificuldades de aprendizagem não têm um conceito 
definido e firmado em rocha, pois várias são as possíveis 
definições, sendo este um termo de certa forma genérico 
que é utilizado para distinguir uma gama de diferentes 
distúrbios que irão impactar na aquisição, desenvolvimento 
e no uso de habilidades relativas à oralidade, capacidade de 
fala, leitura, compreensão de leitura e de fala, capacidade 
de escrita, raciocínio e pensamento matemático.
Psicopedagogia
33
Os Métodos e Técnicas da Psicopedagogia 
Institucional
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funcionam os métodos e técnicas da psicopedagoga 
institucional de forma prática e como o desenvolvimento 
dessas atividades influencia, diretamente, no contexto 
da escola. Torna-se de grande valia esse conhecimento, 
uma vez que são atribuições de impacto e, a partir da sua 
execução, irão atuar em conjunto para garantir um melhor 
aproveitamento no processo de ensino e aprendizagem. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!.
Reflexões Sobre o Cotidiano da 
Psicopedagogia Institucional
Após discutirmoscomo vai se desenhando e se estruturando a 
psicopedagogia institucional, é importante sempre mantermos em mente 
o ambiente em que ela se desenvolve: a escola.
Entender a escola, é perceber os desafios, as experiências e 
as vivências que farão parte da dimensão prática da psicopedagogia 
institucional. Assim, é importante refletir como esta dimensão teórica 
aplica-se de forma prática no cotidiano.
Psicopedagogia
34
Figura 17- A escola como espaço de diálogos 
Fonte: Freepik(2022).
Nesse sentido, elencamos alguns pontos de reflexão presentes 
neste âmbito de atuação da psicopedagogia institucional:
Figura 18- Para refletir sobre a escola
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
Psicopedagogia
35
Nesse sentido, buscamos compreender que a análise dos desafios 
é proporcional à complexidade do ambiente escolar, tendo em vista a 
dimensão diversa que ele abarca. 
Pensar sobre essa diversidade e toda esta dimensão complexa, 
inclui refletir sobre os seguintes pontos:
 • Qual a metodologia adequada para as aulas?
 • Qual o planejamento eficaz?
 • Qual a avaliação efetiva?
 • Como podemos abordar os casos de indisciplina?
Todas essas perguntas conectam-se com a ação prática e cotidiana 
do profissional da psicopedagogia, de modo que a educação se conecta, 
diretamente, com a sociedade e isto significa uma série de mudanças 
intensas e constantes que geram inúmeras reflexões e modos de agir, 
diferenciados de acordo com os tempos em que vivemos. Contudo, 
a educação pode agir de forma excludente ou includente. Para isso, a 
psicopedagogia institucional deverá adotar um pensamento dialógico que 
converse com as realidades e as dimensões vivenciadas no momento.
Figura 19 - A escola como espaço aberto para as diversas realidades
Fonte: Freepik (2022).
Psicopedagogia
36
Portanto, para a ação prática do profissional da psicopedagogia 
faz-se necessário conhecer os desafios a serem enfrentados para que 
as estratégias sejam refletidas e planejadas. Dessa forma, elencamos os 
principais desafios que estão presentes no campo escolar:
 • O currículo
Quando pensamos sobre currículo, imaginamos que este é o 
momento decisivo que reúne as respostas para a pergunta-chave: o 
que devemos ensinar? Desse modo, a partir dessa responsabilidade, 
percebemos que a tarefa de organizar o currículo é atividade de 
toda a escola como um todo, envolvendo todos os que compõem o 
espaço educacional. É de suma importância que a escola fundamente, 
teoricamente, o seu trabalho e elabore um currículo que contemple as 
condições afetivas, cognitivas e biológicas de cada educando. Se ele 
não tiver acessibilidade, fabricaremos dificuldades de aprendizagem 
na escola, impedindo o desenvolvimento do estudante, portanto, para 
esta ação, o psicopedagogo institucional deverá se encontrar atento e 
disponível para esta contribuição.
 • A realização de um planejamento efetivo
O momento do planejamento é o instante-chave para a condução 
de uma atividade que tenha objetivo claro e conciso, ou seja, planejar o 
que de fato possa acontecer e possa gerar resultados.
Para este momento, o profissional da psicopedagogia deverá 
delimitar:
 • Objetivos.
 • Estratégias.
 • Procedimentos.
 • Recursos didáticos.
 • Avaliação.
Dessa maneira, a atividade do psicopedagogo, no planejamento 
escolar, é conduzir a reflexão sobre as ações a serem realizadas, 
academicamente, que tenham impactos nos processos de aprendizagem.
Psicopedagogia
37
Figura 20 - O planejamento deve ser subsidiado por fundamentações teóricas e elementos 
da aprendizagem
Fonte: Freepik (2022).
 • O desenvolvimento de trabalhos com projetos
O trabalho, elaborado e desenvolvido com projetos, possibilita 
agregar diferentes áreas e assim garantir o desenvolvimento da 
aprendizagem por meio da interdisciplinaridade, de modo a integrar 
diversas áreas no intuito de promover o conhecimento. Desse modo, o 
psicopedagogo deverá conduzir os professores a despertarem para 
esta metodologia e a partir daí pensar atividades que possam engajar os 
estudantes como:
 • Realização de pesquisas.
 • Realização de gincanas.
 • Promoção de feiras de Ciência.
 • Realização de atividades de intervenção na comunidade.
Estes são alguns exemplos que possibilitam a realização de 
atividades por meio do trabalho com projetos que pode ser incentivado, 
mobilizado e orientado pelo profissional da psicopedagogia institucional.
Psicopedagogia
38
Figura 21 - A feira de ciência para vivenciar experiências teóricas na prática
Fonte: Freepik (2022).
 • O formato da reunião dos pais
Vivenciamos uma grande realidade de acompanharmos várias 
queixas, por parte dos professores e da gestão escolar, sobre a 
baixa participação dos pais na vida escolar dos seus filhos. Podemos 
acompanhar na prática as reuniões de família com baixa frequência. Para 
isso é importante, que o psicopedagogo esteja atento a estes casos, para 
que possa agir em direção da resolução dessas questões, por exemplo:
 • Adequar o horário das reuniões ao momento com maior adesão e 
participação das famílias.
 • Criar estratégias que chamem a atenção e tornem o ambiente 
acolhedor.
 • Realizar acolhimentos e dinâmicas de interação.
 • Explicar em uma linguagem acessível sobre o funcionamento e 
ações da escola.
Psicopedagogia
39
 • Convidar as famílias a sempre estarem presentes no ambiente 
escolar.
 • Os assuntos individuais devem ser restritos a conversas 
particulares.
Criar formatos de reuniões de famílias é uma tarefa urgente, tendo 
em vista que a sociedade mudou e a dinâmica cotidiana da vida das 
pessoas também. 
Figura 22 - Perceber e incluir os diversos tipos de família é tarefa da escola
Fonte: Freepik(2022).
 • Realização de uma formação continuada que contemple os 
anseios dos professores e as necessidades da escola
Quando pensamos sobre a realização da formação continuada, é 
importante perceber o impacto que pode gerar, quando uma equipe tem 
o hábito de desenvolver suas aprendizagens e estar sempre pronta para 
lidar com questões desafiadoras do cotidiano.
Psicopedagogia
40
Assim, entendemos como profissionais da educação/professores/
gestores da aprendizagem, sabemos que a formação é um processo que 
deve ser permanente. 
Desse modo, o profissional da psicopedagogia tem os seguintes 
papéis:
 • Despertar a equipe para a importância da formação continuada.
 • Incentivar a formação continuada autônoma, realizada de forma 
individual.
 • Realizar momentos de formação com toda a equipe, contemplando 
temáticas que são elencadas pelo grupo e temáticas que 
colaborem com o bom desempenho da escola.
É sempre importante criar uma atmosfera de aprendizado contínuo, 
cada canto da escola deve ser considerado um espaço para aprender e 
ensinar, de modo que este processo seja prazeroso e satisfatório.
Figura 23- A busca pelo conhecimento deve ser constante
Fonte: Freepik(2022).
Psicopedagogia
41
 • Promoção da inclusão na escola
Para promoção da inclusão na escola é de suma importância 
trabalhar, coletivamente, englobando a família e o próprio sujeito. Nesse 
sentido, é essencial que o profissional da psicopedagogia esteja sempre 
atento a situações de bullying que ocorrem no cotidiano de modo que 
possa agir de forma preventiva em situações de discriminações, exclusões 
e preconceitos frente às diversidades.
Desse modo, o psicopedagogo poderá realizar:
 • Palestras educativas.
 • Campanhas preventivas.
 • Diálogos inclusivos.
 • Debates conscientizadores.
Assim, estaremos construindo uma escola que respeita as 
diferenças e acolhe todas as formas de ser e viver dos indivíduos. Essa é 
uma demanda que requer bastante compromisso e que gera impactos na 
vida dos estudantes.
Figura 24 - Respeitar as diversidades e promover a inclusão são tarefas da escola
Fonte: Freepik(2022).
Psicopedagogia
42
 • O desenvolvimento de ações que contemplem as competências 
socioemocionaisA escola é um ambiente que necessita ver o estudante, a partir da 
sua integralidade, isto é, como um todo e não apenas como um mero 
receptor de conteúdos. Assim é de fundamental importância trabalhar as 
emoções e as sensações no ambiente escolar.
Figura 25- As emoções no ambiente escolar
Fonte: Freepik(2022).
Para a realização deste acompanhamento, a equipe escolar 
deverá estar sensível a estas questões, de modo que o profissional da 
psicopedagogia deverá sensibilizar sobre a importância desse tema com 
a equipe de professores, pois tais temáticas socioemocionais deverão 
transversalizar as aulas e fazer parte do cotidiano escolar. 
Algumas ações que podem ser realizadas com o psicopedagogo, a 
equipe escolar e os estudantes:
 • Acolhimento na entrada da escola.
 • Despedida na saída da escola.
 • Construção da árvore dos sonhos com os anseios e sonhos de 
todos da escola.
 • Mapa da empatia ou dos sentimentos.
Psicopedagogia
43
Estas são alguns exemplos de atividades que poderão contribuir 
com a inserção das competências socioemocionais no ambiente escolar. 
Após acompanharmos a exemplificação de ações em torno de tais 
situações no ambiente escolar, queremos deixar claro que elas não se 
esgotam e não se resumem apenas e esses pontos porque o ambiente 
escolar é vasto de situações que exigem uma dinâmica atenta e proativa 
que não gere prejuízos no aprendizado dos estudantes. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
como funcionam os métodos e técnicas da psicopedagoga 
institucional e que acontecem de forma prática e como o 
desenvolvimento dessas atividades influencia diretamente 
no contexto da escola. Torna-se de grande valia esse 
conhecimento, uma vez que são atribuições de impacto, a 
partir da sua execução irão atuar em conjunto para garantir 
um melhor aproveitamento no processo de ensino e 
aprendizagem. Entender a escola, é perceber os desafios, 
experiências e vivências que farão parte da dimensão 
prática da psicopedagogia institucional. Assim, é sempre 
importante refletir como esta dimensão teórica aplica-
se de forma prática no cotidiano vigente. Portanto, para 
a ação prática do profissional da psicopedagogia faz-se 
necessário conhecer os desafios a serem enfrentados para 
que as estratégias sejam refletidas e planejadas de forma 
intencional e organizada. 
Psicopedagogia
44
Intervenção e Análise dos Problemas 
Escolares
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como se origina a intervenção psicopedagógica nas 
escolas. É importante deter esse conhecimento, pois é uma 
forma de aplicação prática da psicopedagogia, o que o leva 
diretamente ao campo de atuação. E então? Motivado para 
desenvolver essa competência? Então vamos lá. Avante!
O Psicopedagogo no Contexto Escolar
O trabalho do psicopedagogo na escola tem tendências a se 
desenvolver de forma preventiva e em forma de assessoramento por 
meio da análise do contexto educacional.
VOCÊ SABIA?
Cabe ao psicopedagogo atuar como um verdadeiro 
mediador, com a sua intervenção, acontecendo de maneira 
antecipada e em caráter preventivo e investigativo para 
poder prever quais os tipos de problemas de aprendizagem 
que irá enfrentar ao atuar na escola, diante das crianças. Se já 
for detectado de imediato que a criança apresenta alguma 
dificuldade de aprendizagem ou distúrbio, fica evidenciada 
a necessidade de intervenção do psicopedagogo. Parte-
se, nesse caso, para um diagnóstico acerca de qual é o 
problema de aprendizagem ou distúrbio presente para, só 
então, haver, de fato, a intervenção psicopedagógica.
Assim, vão acontecer as devidas interações, orientações e 
integrações para a criança e o adolescente, depois de detectado algum 
problema de aprendizagem, sendo este percebido pelo psicopedagogo, 
conforme afirma Grassi (2015).
Entretanto, detectar esses problemas nem sempre é uma atividade 
fácil, devendo o psicopedagogo realizar toda uma fase investigativa 
Psicopedagogia
45
para compreender os verdadeiros motivos das dificuldades e distúrbios 
encontrados. Não é incomum que preguiça, desinteresse ou falta de 
atenção estejam entre as causas de dificuldade de aprendizagem. 
Contudo, é por meio da avaliação psicopedagógica que o profissional irá 
analisar que alguns alunos precisam, de fato, de uma intervenção, por isso 
há sempre a busca por outras alternativas, antes da intervenção.
Figura 26 - Ação interventiva do psicopedagogo nos problemas de aprendizagem
Fonte: Freepik(2022).
Só após o diagnóstico, é que ocorrerá a intervenção, estando esta 
interligada com o processo de ensino e aprendizagem, deve contemplar 
não apenas os alunos, mas também os professores. Problemas que são, 
muitas vezes, considerados como banais, podem ser alvo de intervenção 
psicopedagógica escolar como indisciplina. Em todo caso, pode haver 
atuação do profissional, conforme afirma Drouet (2015).
Deve-se levar em consideração, também, que para que haja uma 
correta intervenção psicopedagógica, deve o profissional conhecer o 
processo de ensino e aprendizagem, ter noção das interferências que 
irá causar no sistema e que métodos educativos são aplicados e que 
problemas estruturais serão analisados para serem alvo de intervenção. 
Psicopedagogia
46
Para isso, segundo Bossa (2016), cabe ao psicopedagogo buscar as 
teorias que tratam do ensino e aprendizagem aliada à influência afetiva. 
Barbosa (2016) complementa o pensamento de Bossa ao afirmar que na 
escola, deve-se considerar a aprendizagem por meio de todos os sujeitos 
envolvidos, tendo em vista que é um processo que envolve diversos 
protagonistas que atuam em conjunto para uma correta construção de 
conhecimento.
Com base nisso, pode-se afirmar que a psicopedagogia é de 
grande valia para as instituições de ensino, mas deve o psicopedagogo 
ter a consciência do seu desafio e a noção de que deve considerar os 
sujeitos para os quais irá atuar em sua totalidade, conforme afirma Scoz 
(2013). Assim, é de suma importância a ação do psicopedagogo para 
poder auxiliar na reformulação e reorganização do processo de ensino e 
aprendizagem.
Figura 27 - O psicopedagogo ajuda no processo de ensino e aprendizagem nas escolas
Fonte: Freepik (2022).
Não é incomum que os alunos apresentem sentimento de medo, 
diante da possibilidade de fracasso escolar no processo de ensino 
e aprendizagem, assim como o professor pode sofrer julgamentos 
desnecessários por não estar ser competente o suficiente no exercício 
da sua função. Isso pode gerar uma desmotivação para ambos os 
protagonistas do processo de ensino e aprendizagem, o que pode gerar 
Psicopedagogia
47
um efeito em espiral e se tornar um problema de difícil solução. Grassi 
(2013) afirma o seguinte sobre o assunto:
A perspectiva criada a partir dessa proposta com Oficinas 
Psicopedagógicas deve estar voltada para redescoberta, 
para a criação e a recriação, para a construção permanente 
de outros caminhos para conviver em processo de 
aprendizagem. (GRASSI, 2013, p.95)
Assim, a utilização de oficinas psicopedagógicas para auxiliar, na 
intervenção a ser realizada na escola, pode ajudar o psicopedagogo a 
ter um conhecimento mais aprofundado acerca dos sujeitos com os 
quais trabalha e pode ter como consequência uma melhoria no que diz 
respeito à compreensão das dificuldades desse sujeito. Segundo Grassi 
(2013), o primeiro contato com o psicopedagogo acontece por meio da 
realização de uma queixa, que irá levar a uma reunião, com a direção da 
escola e a equipe pedagógica, para que possam começar a ser alinhadas 
as diretrizes que serão executadas.
Isso possibilita que as dificuldades sejam superadas e pode 
acabar com uma implementação até das relações interpessoais entre os 
profissionais, o que tem como consequênciauma reorganização até nos 
sentimentos da equipe e pensamentos, podendo trazer bons resultados 
para a autoestima como um todo.
IMPORTANTE:
Um dos objetivos do psicopedagogo, quando está 
praticando uma intervenção na escola, é prestar auxílio à 
gestão e à coordenação pedagógica, no sentido de elaborar 
estratégias que irão servir de orientação para os docentes, 
explicando como devem agir diante das dificuldades que 
foram narradas (GRASSI, 2013).
Grassi (2013) aponta, ainda, quatro passos que podem ser seguidos 
na realização de uma oficina de psicopedagogia com o intuito de realizar 
a intervenção em uma instituição educacional:
 • Sensibilização.
 • Utilização de atividades lúdicas ou dinâmicas.
Psicopedagogia
48
 • Reflexões e feedback no momento de fechamento das aulas.
 • Avaliação das vivências com um aspecto crítico.
Figura 28 - Momentos de união e autoconhecimento nas oficinas
Fonte: Freepik(2022).
Essas oficinas, dessa forma, resultam em um diagnóstico e são 
formadas de momentos que envolvem:
 • Conhecimento.
 • Interação.
 • Superação.
 • Planejamento de ações.
Figura 29 - Momentos de superação nas oficinas
Fonte: Freepik(2022).
Psicopedagogia
49
Por meio da união desses elementos, o psicopedagogo pode traçar 
diversas estratégias para continuar o procedimento de intervenção, sendo 
várias as espécies de estratégia, mas nenhuma delas tem 100% de chance 
de eficácia, tendo em vista que sempre deve ser levado em consideração 
as individualidades dos alunos.
Retomando um pouco, deve-se sempre destacar a necessidade do 
olhar do psicopedagogo sobre a intervenção escolar, sendo necessária 
sempre a análise do objeto de estudo da psicopedagogia. A psicopedagogia 
estuda o sujeito em qualquer hipótese, seja seu meio familiar, seja seu 
meio escolar, sua relação com o objeto de aprendizagem, o sujeito de 
forma isolada. Desse jeito, a psicopedagogia lida com a aprendizagem de 
forma geral, e não apenas com a aprendizagem escolar.
É necessário que o psicopedagogo compreenda como esse sujeito 
se constitui, o que é feito, geralmente, por meio de uma anamnese, 
que é realizada com sujeito na presença de sua família. Isso permite 
que o psicopedagogo compreenda como o sujeito age, como reage, 
como se transforma, diante de mudanças e tudo que ele pode fazer, 
compreendendo suas potencialidades.
Assim como as potencialidades, o psicopedagogo, também, 
compreende como o sujeito tem dificuldades, em especial a dificuldade 
de aprendizagem.
IMPORTANTE:
O fracasso escolar e a incapacidade de aprendizado 
não são ligados apenas a fatores de origem orgânica, 
estão intimamente ligados a questões emocionais, que 
perpassam toda e qualquer modalidade de relação 
que pode ser concebida pelo sujeito, sendo necessária 
inteligência emocional para poder lidar com as próprias 
limitações.
Psicopedagogia
50
Figura 30 - Para ser ajudado, há a capacidade de reconhecer os problemas interpessoais 
Fonte: Freepik(2022).
Quando está preparando uma intervenção escolar, o psicopedagogo 
leva em consideração não apenas o que o educando aprende, mas 
também o que deixa de aprender e, acima de tudo, como este pensa para 
compreender o seu processo de pensamento e assimilar o seu processo 
de aprendizagem.
Na escola, esse profissional buscará formas de trazer fortalecimento 
para a própria instituição, solidificando a sua identidade, buscando fazer 
com que esta esteja de acordo com o que prega o seu próprio Projeto 
Político Pedagógico (PPP). É nessas horas que entra a psicopedagogia 
institucional para compreender as inconsistências das instituições de 
ensino e identificar as suas possibilidades de crescimento.
Sobre o exposto, Barbosa (2001) traz que: 
Na instituição escolar, convive-se com o ensinar e com 
o aprender de uma forma muito dinâmica, não sendo 
possível, na prática, haver uma intervenção que recaia 
somente sobre o aprender. (BARBOSA, 2001, p. 79)
Psicopedagogia
51
Continua o autor ao dizer que:
Quando dizemos que a Psicopedagogia se preocupa com 
o ser completo, que aprende, não podemos esquecer 
que faz parte da completude deste ser a capacidade 
de aprender em interação com aquilo ou aquele que 
ensina; e que a ação de ensinar não é sempre exercida 
pelo professor, assim como a de aprender não é de 
responsabilidade somente do aluno. (BARBOSA, 2001, p. 
96)
Figura 31- O professor é protagonista do processo de ensino e aprendizagem
Fonte: Freepik(2022).
O psicopedagogo irá atuar na escola de forma preventiva por meio 
de um trabalho institucional para averiguar:
 • A formação dos professores.
 • Currículo ofertado na instituição de ensino.
 • Se o currículo ofertado se enquadra nas necessidades dos alunos.
 • Se o professor está pronto para atender o aluno, conforme suas 
formações e o currículo ofertado.
Psicopedagogia
52
Há, com o trabalho do psicopedagogo, uma intervenção direta no 
trabalho do professor, assim como no trabalho do supervisor e orientador 
e no trabalho do gestor escolar.
Com base no exposto, pode o psicopedagogo, por exemplo, 
solicitar intervenções, realizadas no próprio currículo ofertado, ou a busca 
por novos cursos de formação continuada para serem realizados com os 
professores.
Figura 32 - A formação continuada para os professores e supervisores pode ser 
fundamental para o trabalho do psicopedagogo
Fonte: Freepik(2022).
Não só é necessária a intervenção direta do psicopedagogo, como 
a família também deve ser chamada para participar do processo de ensino 
e aprendizagem.
Devem, também, estarem cientes de seus papéis todos os 
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Sobre o exposto, 
Barbosa (2001) diz o seguinte:
A atuação psicopedagógica junto a um grupo ou 
instituição, para ser operante, precisa interpretar os 
papéis desempenhados, a forma como foram atribuídos e 
assumidos, assim como as expectativas que se encontram 
latentes neste movimento de atribuir e aceitar o papel. [...] 
A tarefa de cada um deve estar voltada para o aprender, 
Psicopedagogia
53
desde a direção até a portaria ou o serviço de limpeza. 
(BARBOSA, 2001, p. 103)
Assim, cabem a todos os participantes do processo de ensino e 
aprendizagem a apropriação e o empoderamento, acerca das funções 
que irão desempenhar, para fazer da sua atuação algo que será relevante 
para combater o fracasso escolar dos educandos que participam desse 
processo.
A participação de todos os agentes é de extrema importância 
para que tudo ocorra de forma fluida e sem necessidade de maiores 
intercorrências.
Figura 33 - Deve o psicopedagogo fazer um planejamento do que será realizado
Fonte: Freepik(2022).
Uma forma de intervenção do psicopedagogo pode ser realizada 
da seguinte forma:
1. O estudante está apresentando dificuldades de aprendizagem ou 
tem algum tipo de distúrbio.
2. O psicopedagogo é acionado.
3. É realizada a anamnese com os pais e o educando.
4. São realizadas as entrevistas familiares.
5. É questionado acerca de sua atuação em todos os contextos que 
participa, em especial, o contexto escolar.
Psicopedagogia
54
6. Psicopedagogo traça o que seria a hipótese de diagnóstico do 
educando.
7. Inicia-se a orientação escolar com base no diagnóstico 
apresentado.
8. É realizada a intervenção psicopedagógica e a orientação familiar 
ao longo do processo.
9. O psicopedagogo realiza os encaminhamentos que achar 
necessário para o psiquiatra, neurologista, pediatra, fonoaudiólogo, 
terapeuta, mediador escolar, entre outros.
10. É realizado o relatório de desempenho do educando.
11. Realização de uma reavaliação para adaptação em virtude do 
feedback do relatório.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo desse 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que o trabalho do psicopedagogo na escola 
tem tendências a se desenvolverde forma preventiva 
e em forma de assessoramento por meio da análise do 
contexto educacional. Assim, haverá as devidas interações, 
orientações e integrações para a criança ou adolescente, 
depois de detectado algum problema de aprendizagem, 
sendo este percebido pelo psicopedagogo. Deve-se 
levar em consideração, também, que para que haja uma 
correta intervenção psicopedagógica, deve o profissional 
conhecer o processo de ensino e aprendizagem, ter noção 
das interferências que irá causar no sistema e que métodos 
educativos são aplicados aos problemas estruturais. 
Quando está preparando uma intervenção escolar, o 
psicopedagogo leva em consideração não apenas o que o 
educando aprende, mas também o que deixa de aprender 
e, acima de tudo, como este compreende o seu processo 
de pensamento e assimila o seu processo de aprendizagem. 
Com base nesse exposto, pode o psicopedagogo, por 
exemplo, solicitar intervenções realizadas no próprio 
currículo ofertado ou a busca por novos cursos de formação 
continuada para serem realizados com os professores.
Psicopedagogia
55
REFERÊNCIAS
BARBOSA L.M.S. A psicopedagogia no âmbito da instituição 
escolar. Curitiba: Expoente; 2001.
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da 
prática. 2ª Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da 
prática. Rio Grande do Sul, Artmed, 2007.
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da 
prática. Porto Alegre: Artmed, 2016.
CHABANNE, J. L. Dificuldades de aprendizagem: um enfoque 
inovador do ensino escolar. São Paulo: Ática, 2006.
DROUET, R. C. R. Distúrbios de aprendizagem. São Paulo. Ática, 
2015.
FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1990.
GASPARIAN, M.C. C. Contribuições do modelo relacional sistêmico 
para a psicopedagogia institucional. São Paulo: Lemos Editorial, 1997.
GRASSI, T. M. Psicopedagogia: um olhar, uma escuta. Curitiba: 
Intersaberes, 2013.
GRASSI, T. M. Oficinas psicopedagógicas. Curitiba. Ibpex, 2013.
KRIEGER, M.G. T.; SILVA, K. C.da; MAIA, C. M.; JUSTO, J.C. R. 
Psicodinâmica da aprendizagem. Curitiba: Intersaberes,2013.
SÁNCHEZ-YCANO, M.; BONALS, J. et al. Avaliação psicopedagógica. 
Rio Grande do Sul: Artmed, 2008.
SCOZ, B. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar 
e de aprendizagem. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2013.
Psicopedagogia
56
VEIGA, E. C. da; GARCIA, E. Psicopedagogia e a teoria modular 
da mente: uma nova perspectiva para a aprendizagem. São José dos 
Campos: Pulso, 2006.
Psicopedagogia
	_GoBack
	Teoria da Psicopedagogia Institucional
	Reflexões Sobre a Psicopedagogia Institucional
	As Dificuldades de Aprendizagem no Ambiente Escolar
	O Papel do Psicopedagogo na Escola
	Os Métodos e Técnicas da Psicopedagogia Institucional
	Reflexões Sobre o Cotidiano da Psicopedagogia Institucional
	Intervenção e Análise dos Problemas Escolares
	O Psicopedagogo no Contexto Escolar

Continue navegando