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podcast 4 - direito ambiental internacional

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Podcast 
Disciplina: Direito Ambiental Internacional 
Título do tema: Proteção do Clima 
Autoria: Fernanda Brusa Molino 
Leitura crítica: Alessandra Aparecida Sanches 
 
 
Abertura: 
Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre o REDD+. 
Com o advento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do 
Clima, verifica-se o incremento e a atenção ofertada ao clima em especial aos 
gases causadores do efeito estufa que acarretam o aquecimento da Terra, 
sendo assim criado artifícios, mecanismos, ações e documentos vinculativos 
internacionais entre os Estados com o objetivo de redução dos níveis de 
emissão desses gases. 
Assim, surgem a Conferência das Partes (COP), que consiste no órgão 
supremo de tomada de decisão e implementação junto à Convenção-Quadro 
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, com reuniões anuais para 
debates e definição sobre a implementação da Convenção-Quadro e seus 
instrumentos complementares. 
Com isso, surgem diversos documentos complementares sendo os mais 
importante o Protocolo de Quioto de 1997 e o Acordo de Paris, de 2015. 
Em relação ao Protocolo de Quioto, esse documento surge com a terceira 
Conferência das Partes, e estabelece meta vinculativa para os países e alguns 
princípios que se consolidaram e são empregados até hoje. 
O Protocolo de Quioto ainda estabelece alguns mecanismos de implementação 
de redução de emissão de gases por meio da cooperação internacional entre 
os Estados-partes sendo chamados de mecanismos de flexibilização, sendo 
bastante utilizados, especialmente junto aos países menos desenvolvidos 
industrialmente. 
O prazo de duração do Protocolo de Quioto perduraria até 2012, contudo 
diante das dificuldades, foi realizada sua emenda na COP 18, em 2012, 
prorrogando sua vigência até o ano de 2020, dando folego para o surgimento 
de um novo instrumento implementador de novas medidas. 
Assim, na COP 19, ocorrida em Varsóvia no ano de 2013, surge um novo 
mecanismo de redução de emissão, sendo o único avanço em relação ao 
pagamento de Redução de Emissão Proveniente de Desmatamento e 
Degradação Florestal, conhecido popularmente como REDD+, sendo 
estabelecido o compromisso de alcançar 280 (duzentos e oitenta) milhões de 
dólares para financiamentos desta espécie. 
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Na COP 21, realizada em 2015 em Paris, foi firmado o novo instrumento que 
substituiu o Protocolo de Quioto, estabelecendo uma nova meta de redução, 
agora categorizada em graus centigrados, sendo todos os esforços 
mensurados para esse fim. Nesse documento, o pagamento de Redução de 
Emissão Proveniente de Desmatamento e Degradação Florestal também é 
incentivado, junto ao seu artigo 5º, sendo um novo mecanismo que pode ser 
implementado por diversos países, inclusive o Brasil. 
Assim, o REDD+ se baseia no uso das florestas como mecanismo de mitigação 
da emissão de gases causadores do efeito estufa, com potencialidade de 
mitigação de mais de 5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (GtCO₂) 
por ano. Essa efetivação é possível de ser implementada com a não 
degradação florestal, por meio do manejo florestal sustentável e da 
restauração. 
Atualmente, mais de cento e dezoito países incluíram florestas e uso de terra 
em suas promessas de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), 
que corresponde ao novo mecanismo previsto junto ao Acordo de Paris. 
Portanto, o REDD+ é um mecanismo que pode ser muito utilizado pelo Brasil, 
conciliando inclusive a preservação de suas florestas diante de incêndios e 
desmatamentos recorrentemente presentes no território brasileiro. 
 
Fechamento: 
Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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