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Semiologia do sistema nervoso

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Semiologia do Sistema Nervoso
Estruturas Anatômicas
Para que o animal se locomova,
é necessário que haja uma integração
entre o SNC, periférico e o órgão
efetor.
O encéfalo é dividido em
cérebro (telencéfalo, diencéfalo,
mesencéfalo), cerebelo e tronco
encefálico (ponte e bulbo). A medula
espinhal é dividida em segmento
cervical (C1-C5), cervico torácica
(C6-T2 - membros torácicos), tóraco
lombar (T3-L3) e lombossacra (L4-S2
- membros pélvicos).
O nervo vestíbulo coclear tem
ramificações na orelha média/interna.
Os nervos periféricos são 36 pares
espinhais e 12 pares cranianos.
Propriocepção
É o reconhecimento espacial do
corpo (antes de se iniciar um
movimento, o sistema nervoso é
alimentado pela propriocepção por
meio de receptores, que caminham a
informação por meio da substância
branca).
Quando se inicia uma
compressão medular, as primeiras
estruturas a serem prejudicadas são os
receptores proprioceptivos (levam
informação no sentido ascendente), o
que faz com que o animal caminhe de
forma anormal (arrasta o membro,
andar cruzado, incoordenação do
movimento, ataxia).
Tipos celulares
Neurônios
Formado de um corpo celular e
um axônio. A substância cinzenta é
composta pelo corpo celular e a
branca pelo axônio.
O neurônio motor superior tem
o corpo celular no SNC e seu axônio
não sai do sistema nervoso central. O
motor inferior possui um corpo
celular no sistema nervoso central e
um axônio que sai do SNC e forma o
nervo periférico ➤ C6 a T2
(membros torácicos) e L4 a S2
(membros pélvicos).
O nervo periférico é uma
porção do neurônio motor. O
neurônio superior modula a atividade
do inferior, como um freio.
Células da glia
Protegem e nutrem os
neurônios.
Movimento Voluntário X Arco
Reflexo
A informação ascende por meio
dos receptores proprioceptivos para o
superior, é processada pelo corpo
celular e enviada pelo axônio do
superior para o inferior, que se
conecta com o órgão efetor pelos
nervos periféricos, levando a liberação
de acetilcolina, o que resulta na
contração muscular (movimento
voluntário).
O arco reflexo é uma resposta
simples e involuntária. Ao pisar em
uma estrutura quente, a resposta
ascende pelo inferior e retorna pelo
inferior, como um arco. A contração
da bexiga é um tipo de arco reflexo
que independe de fatores externos.
Para que ocorra é preciso ter o
neurônio motor inferior íntegro
Lesão Cervical - C1 a C5
A informação é processada pelo
superior, mas não consegue chegar
nos membros torácicos e pélvicos.
Com isso, os inferiores não possuem
mais efeito inibitório, o que faz com
que o animal apresente espasticidade,
paralisia e hiperreflexia nos membros
torácicos e pélvicos.
Lesão Cervico-Torácica - C6 a T2
A informação é processada pelo
superior, mas não consegue chegar
nos membros torácicos e pélvicos, o
que faz com que o animal apresente
paralisia nos membros torácicos e
pélvicos. Além disso, no membro
torácico ocorre lesão no nervo
inferior, o que faz com que o animal
tenha flacidez nesse membro.
O pélvico se mantém espástico
e com hiperreflexia.
Lesão Toracolombar - T3 a L3
O animal não anda com
membro pélvico (paraparesia ou
paraplegia), que ficam rígidos, pois
não houve lesão no nervo inferior.
Lesão Lombossacra - L4 a S2
O animal não anda com
membros pélvicos (paraparesia ou
paraplegia), que ficam flácidos devido
a lesão no nervo inferior.
Conceitos
● Hemiplegia ou hemiparesia:
um lado do corpo
● Tetraparesia ou tetraplegia:
todos os membros
● Paraparesia ou paraplegia:
membros pélvicos
Lesão do tronco
O tronco cerebral é parecido em
termos motores com a região cervical,
por isso em lesões no tronco cerebral
os sinais são similares à lesão
cervical.
Com lesão no tronco, o animal
perde influência inibitória para tudo
que está caudal, levando a
hiperreflexia e rigidez dos membros
pélvicos e torácicos. A única
diferença é que lesões no tronco estão
associadas a alterações no nervos
cranianos, SARA, e
consequentemente podem ter
alterações no nível de consciência, o
que não ocorre em lesões cervicais.
Lesão neuromuscular
Não ocorre liberação de
acetilcolina e apresenta paralisia
flácida e ausência de reflexo.
Síndromes Neurológicas
Síndrome mesencefálica
Com lesões no SARA o animal
pode ter alterações no nível de
consciência, como depressão, estupor
(animal acorda com estímulo
doloroso) e coma (estado de
inconsciência em que não se pode
acordar o animal nem com estímulo
doloroso).
Com lesões no trato
rubroespinhal, o animal apresenta
opistótono, decúbito lateral e rigidez
em extensão - descerebração. O nível
de consciência dessa lesão é de
depressão, estupor ou comatoso.
O terceiro par de nervo
craniano, que é o óculo motor, está no
mesencéfalo. lesões no nervo fazem
com que o animal apresente
estrabismo.
O nervo oculomotor carreia as
fibras parassimpáticas para o olho,
podendo levar a pupila com
predomínio simpático (midríase
irresponsiva) que não responde a foco
de luz → paciente comatoso, pupila
dilatada não responsiva a luz.
Lesões em nervo oculomotor
(III - ventrolateral), troclear (IV -
ventrolateral) e abducente (VI - mais
para o tronco - estrabismo
ventromedial) podem levar a
estrabismo.
Orelha interna → núcleos
vestibulares (par de nervo VIII)
Leva a alterações na posição,
movimentação da cabeça (head tilt),
equilíbrio (quedas, rolamentos, andar
em círculos), movimentação dos olhos
(nistagmo horizontal ou vertical e
pode modificar sua forma de acordo
com posição da cabeça, estrabismo).
Pergunta da prova - como diferenciar
uma lesão periférica de uma lesão
central
É central quando ocorre
alteração do nível de consciência e
com envolvimento de pares nervos
cranianos 5 e 6 - pode ocorrer
alteração na consciência. É periférica
(vestibulopatias periféricas associadas
à otite média - inervação simpática da
face - nervo facial 7) quando possui o
nível de consciência alerta e apresenta
ptose labial ou palpebral (perde o
reflexo palpebral), com acometimento
de um lado da face. A inervação
simpática do olho também pode ser
comprometida, levando a miose,
protrusão de terceira pálpebra,
enoftalmia e ptose palpebral -
síndrome de horner (prejuízo da
inervação simpática do olho, pode
ocorrer em lesões cervicotorácicas).
Quando a pupila tem tamanhos
diferentes → anisocoria
Síndrome cerebelar
O cerebelo é um órgão que
coordena toda atividade motora da
cabeça, tórax e membros → controla
o tônus muscular e faz parte do
sistema vestibular. Lesões neste órgão
podem fazer com que o animal tenha
uma medição inexata da distância -
ataxia, hipermetria ou hipometria. O
animal também pode ficar com base
ampla e tremor intencional (vai e vem,
joão bobo). Além disso, também pode
apresentar espasticidade. O vírus da
cinomose tem tropismo pelo cerebelo.
O animal não para de andar, apenas
tem dificuldade em realizar o
movimento.
Uma incoordenação do
movimento não fecha diagnóstico,
podendo se tratar de o início de lesão
medular com a perda dos receptores
proprioceptivos ou de uma síndrome
cerebelar.
Síndrome vestibular
O sistema vestibular é
composto por uma porção central
(tronco cerebral, onde emerge o
oitavo par de nervo craniano , e parte
do cerebelo - lóbulo floculonodular) e
periférica (o oitavo par tem uma
ramificação na orelha média interna).
Os sinais que mais chamam a atenção
são desequilíbrios, quedas, cabeça
posicionada lateralmente, andar em
círculos (não é compulsivo) - red tilt -,
e oscilações do globo ocular.
A etiologia de uma doença
periférica difere de uma doença
central, sendo o prognóstico da
central mais reservado que o da
periférica. Lesões na região de tronco
cerebral se assemelham com as
alterações de locomoção de lesões
cervicais, sendo que a diferença é que
no tronco ocorrem alterações em
nervos cranianos - o animal pode ter
alterações no nível de consciência. Se
afetar o oitavo par o animal apresenta
sinais vestibulares.Síndrome cervical
Ocorre lesão e C1-C5, levando
a tetraparesia ou tetraplegia espástica
e hiperreflexia. Pode ocorrer também
hemiparesia ou hemiplegia espástica
(mesmo lado da lesão).
Síndrome cérvico-torácica
O
Síndrome toracolombar - T3 a L3
Há uma relação normal do
neurônio superior para com o inferior
nos membros torácicos, ou seja as
reações posturais dos membros
torácicos estão normais. A
propriocepção dos membros pélvicos
está alterada, fazendo com que animal
consiga suportar o peso nos membros
torácicos, mas não nos pélvicos, que
ficam com paralisia espástica. Comum
em raças com hérnia de disco, que
leva a compressão da medula pelo
disco.
A bexiga possui três
inervações: nervo hipogástrico
(simpático), pélvico (parassimpático)
e pudendo (somática visceral -
controle voluntário). Durante a fase de
enchimento, há um predomínio
simpático, fazendo com que a bexiga
fique relaxada, fazendo com que a
bexiga se encha. Após isso, se inibe o
simpático e ativa o parassimpático,
iniciando a fase de esvaziamento.
Quando ocorre lesão toracolombar,
não chega informação do neurônio
superior, levando a uma ausência de
inibição e, consequentemente, a uma
ativação do pudendo, que opõe
resistência ao esvaziamento da bexiga
→ a bexiga repleta fica incapaz de
esvaziar na primeira semana. A
distensão da bexiga por muito tempo
altera sua elasticidade, levando a
incontinência urinária e predispondo o
animal a infecções do trato urinário.
O esfíncter uretral interno contrai com
o estímulo alfa adrenérgico. o
estrógeno aumenta a sensibilidade ao
alfa adrenérgico, sendo que o
hipoestrogenismo leva a uma
diminuição da ação. Fêmeas
castradas muito jovens podem ter
incontinência por hipoestrogenismo.
Lesões agudas e severas do
início da região toraco-lombar podem
atingir o trato próprio (neurônio motor
faz comunicação retrógrada para o
membro torácico), levando a
espasticidade do membro torácico
(extensão), quando em decúbito
lateral. Essa lesão é chamada de
Schiff- Sherrington.
Síndrome lombosacra - L4 a S3
Os membros torácicos estão
normais e o animal pode apresentar
paresia ou paralisia flácida do membro
pẽlvico e cauda. Nos membros
pélvicos pode ocorrer ataxia
proprioceptiva, hipo ou arreflexia.
Além disso, pode ter retenção e
incontinência urinária. Afetando o
pudendo, o animal pode ter esfincter
anal flácido e dilatado.
Exame Neurológico