Buscar

Aula 1 - Introdução à Virologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Microbiologia Malu Lima – T24 
Introdução à Virologia 
VIROLOGIA BÁSICA 
 Organismos não capazes de se replicar 
independentemente, nem de sintetizar sua 
própria energia e proteínas. Além de serem 
extremamente pequenos para serem vistos por 
microscopia óptica. 
 Vírus são partículas compostas por um cerne 
interno que contém DNA ou RNA (genoma, que 
pode ser tanto de fita simples, quanto de fita 
dupla) coberto por um capsídeo proteico 
protetor. 
 Alguns apresentam membrana lipoproteica 
externa (envelope). 
 São considerados parasitas intracelulares 
obrigatórios. 
ESTRUTURA: ÁCIDOS NUCLEICOS, 
PROTEÍNAS E ENVELOPE VIRAL 
 
 Possuem uma capa proteica (capsídeo), que 
recobre o genoma, formada pelos capsômeros 
(proteínas que constituem o capsídeo, podendo 
ser essas iguais ou diferentes). 
 Em alguns vírus, o capsídeo representa a 
superfície externas, mas em outros, é 
coberto por um envelope lipoproteico que 
se torna a superfície externa da partícula. 
 A estrutura composta pelo genoma (de 
ácido nucleico) e pelas proteínas do 
capsídeo = nucleocapsídeo 
 As proteínas de superfície virais medeiam a 
ligação com os receptores celulares do 
hospedeiro. 
 A interação determina a especificidade de 
hospedeiro e de órgãos/tecidos do vírus. 
Assim, as proteínas de superfície são alvos 
de anticorpos. 
 
o Capsídeo (a proteína conecta com o receptor) 
interage com os receptores das células, 
garantindo especificidade de órgãos e tecidos no 
hospedeiro. 
Microbiologia Malu Lima – T24 
o Importante para vírus não envelopado, que 
permite a ligação do vírus com a célula 
hospedeira. 
 
o Proteínas do capsídeio são reconhecidas por 
receptores do hospedeiro  as células ativam 
e produzem citocinas  ativação de outras 
células, como linfócitos B, que diferenciam em 
plasmócitos para produzir anticorpos que 
neutralizam essas proteínas (reconhecem o 
vírus). 
o Proteínas virais ativam linfócitos T citotóxicos ou 
LTCD8+  combate do agente viral. 
o Sorotipo: quando tem apenas um tipo de 
proteína ou vários tipos, podendo ter vários 
sorotipos. 
 Vírus também possuem proteínas internas, das 
quais algumas são de DNA ou RNA-polimerase. 
 
o Há proteínas que são responsáveis pela síntese 
estrutural do vírus ou parte enzimática  
dependem se o vírus é evelopado ou não. 
 A proteína de matriz medeia a interação 
entre as proteínas do núcleocapsídeo viral e 
as proteínas do envelope. 
 Alguns vírus produzem variantes antigênicos 
de suas proteínas de superfície, permitindo 
ao vírus evadir as defesas do hospedeiro. 
 O envelope viral consiste em uma 
membrana que contém lipídeos originados 
da célula do hospedeiro e proteínas 
codificadas pelo vírus. Na maioria dos casos, 
o envelope é adquirido enquanto o vírus 
deixa a célula por brotamento. 
o O envelope viral é sensível ao calor e solventes 
lipídicos (álcool e éter). 
o OBS: a maioria dos vírus que precisam 
sobreviver no ambiente (transmitido pela via 
fecal-oral) não possuem envelope; os que são 
transmitidos por gotículas de aerossol 
respiratório (influenza, sarampo – envelopado): 
se as gotículas não infectarem imediatamente, 
‘’elas podem secar no ambiente’’. 
 Vírus com envelope são menos estáveis do 
que vírus não envelopados. 
 
Microbiologia Malu Lima – T24 
o Espículas (podem estar presentes em ambos) 
permitem a adesão no hospedeiro. 
o Vírus não envelopado  proteínas do capsídeo 
são reconhecidas pelo receptor da célula. 
o O envelope possui lipídios e proteínas  as 
proteínas muitas vezes são reconhecidas por 
receptores presentes na célula hospedeira. Após 
serem reconhecidas, se fundem na membrana 
hospedeira, de modo que os lipídeos interagem 
com as membranas da célula hospedeira, e, 
quando sai, forma a estrutura que é o envelope. 
 
REPLICAÇÃO 
 A partícula viral infectante parental liga-se à 
membrana celular e, então, penetra na célula 
hospedeira. 
 O genoma viral é ‘’desnudado’’ pela remoção das 
proteínas do capsídeo, deixando o genoma livre 
para funcionar. 
 São sintetizados o mRNA e as proteínas 
precoces, que são enzimas usadas para replicar 
o genoma viral. Proteínas tardias são proteínas 
estruturais do capsídeo. 
 Vírions da progênie são montados a partir do 
material genético replicado e das proteínas do 
capsídeo recém-produzidas, e são então, 
liberados da célula. 
 As fases são: adsorção, penetração, 
desnudamento, síntese de proteínas e de ácido 
nucleico, montagem e liberação. 
 
1. ADSORÇÃO: ligação do vírus ao receptor de 
celular determina a especificidade de interação. 
Os receptores para vírus na superfície celular 
são proteínas que possuem outras funções na 
vida da célula. 
2. PENETRAÇÃO: 
A. PENETRAÇÃO DIRETA: apenas para vírus não 
envelopados. 
 
B. PENETRAÇÃO (FUSÃO DO ENVELOPE VIRAL 
COM A MEMBRANA CITOPLASMÁTICA): 
somente para vírus envelopados: HIV, 
herpesvírus. 
 
o Proteínas do envelope são reconhecidas  
fusão das membranas  entrada do capsídeo 
com o genoma. 
Microbiologia Malu Lima – T24 
C. PENETRAÇÃO (ENDOCITOSE MEDIADA POR 
RECEPTOR): para vírus envelopados e não 
envelopados. 
 
3. DESNUDAMENTO OU DESCAPSIDAÇÃO: 
separação física entre proteínas de capsídeo e 
o genoma viral. Após o desnudamento, o 
genoma viral fica livre no citoplasma ou núcleo 
da célula para o processo de replicação viral. 
4. EXPRESSÃO GÊNICA E REPLICAÇÃO: 
A. 1º etapa: síntese do mRNA 
 DNA (maioria replicam-se no núcleo e 
utilizam a RNA-polimerase da célula 
hospedeira). 
 RNA (maioria realiza o ciclo replicativo no 
citoplasma). 
B. 2º etapa: tradução em proteínas virais 
 Depois que o mRNA do vírus de DNA ou 
RNA é sintetizado, ele é traduzido pelos 
ribossomos em proteínas virais. 
 Proteínas precoces (enzimas necessárias 
para replicação: polimerase). 
 Proteínas tardias (proteínas estruturais: 
capsídeo). 
5. MONTAGEM: associação de componentes pré-
formados (genoma + proteínas estruturais). As 
proteínas estruturais se associam 
espontaneamente  capsômeros  capsídeo 
viral onde o ácido nucleico é inserido. 
6. LIBERAÇÃO: vírus não envelopados: lise da 
célula. Vírus envelopados: brotamento (adquire o 
envelope a partir da membrana) e exocitose 
(envelope de membranas internas). 
 
 
CURVA DE CRESCIMENTO VIRAL 
 
o Um vírion (partícula viral) infecta uma célula e 
centenas de vírions da progênie são produzidos 
dentro de horas. 
Microbiologia Malu Lima – T24 
o O período eclipse é o momento em que 
nenhuma partícula viral é detectada dentro da 
célula infectada (ocorre logo após a célula ser 
infectada). 
o Efeito citopático (ECP) é o termo usado para 
descrever o dano morfológico e funcional (nem 
todos os vírus passam por essa fase). Há a 
formação de células gigantes (sincício) e de 
corpúsculos de inclusão). 
PATOGÊNESE 
1. Invadir o hospedeiro. 
2. Estabelecer primeiro contato (pela replicação 
em células suscetíveis no local da inoculação). 
3. Superar defesas locais 
4. Disseminar-se a partir do sitio de inoculação 
(para a área alvo de forma localizada ou 
generalizada). 
5. Sair do hospedeiro (em quantidades suficientes 
para infectar outros hospedeiros suscetíveis e 
garantir sua própria sobrevivência). 
 
o Há 2 tipos de células: as de imunidade nata 
(imediata) ou as de imunidade adaptativa. 
o NK e interferon tipo 1 (IFN-1): são as células da 
imunidade imediata  são as primeiras células 
que tentam controlar o vírus. 
o Anticorpos e linfócitos T são os de resposta 
adquirida. 
DEFESAS DO HOSPEDEIRO CONTRA 
A INFECÇÃO VIRAL 
 Nas superfícies epiteliais, a replicação viral é 
impedida por mecanismos inespecíficos de 
defesa. 
 IgA protege a entrada de vírus 
 No interior dos vasos sanguíneos os vírus são 
neutralizados pelos anticorpos circulantes. 
 Células infectadas que expõem antígenos viraisem suas membranas são destruídas por células 
T citotóxicas. 
 NK não sendo suficiente, ativa linfócitos T 
citotóxicos  lise de célula contaminada 
 
o NK (reconhecimento viral) é ativada por citocinas 
INF 1 (interferon, que é uma citocina) produzidas 
pela célula-alvo. Depois de ser ativada, libera 
grânulos de perfurina (formam poros na célula 
alvo) e granzyma (entram pelos poros e lisam a 
célula-alvo). 
o NK produz INF 1, que de modo controlado é bom, 
porém, exacerbado é prejudicial. 
Microbiologia Malu Lima – T24 
 Resposta imune específica frente ao vírus: 
 Resposta imune humoral: envolve a síntese 
de anticorpos específicos contra antígenos 
virais pelos plasmócitos, que são linfócitos B 
estimulados a multiplicar-se pelo contato 
com o antígeno específico. 
 O resultado de uma infecção viral depende de 
alguns fatores: 
1. Capacidade do vírus de penetrar pela via 
adequada. 
2. Replicação primária em tecidos próximos ao local 
de entrada. 
3. Evasão dos mecanismos naturais de defesa. 
4. Disseminação para órgãos/ tecidos-alvo. 
5. Replicação eficiente dos tecidos. 
6. Produção ou não da injúria tecidual. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 Reação de neutralização – RN: 
 Se o vírus e o anticorpo forem homólogos, 
o anticorpo ligado à superfície do vírus 
bloqueia sua entrada na célula. Isso neutraliza 
a infectividade do vírus, uma vez que 
impede a replicação viral e a subsequente 
formação de ECP. 
 Este teste pode ser usado para identificação 
de vírus ou para avaliação do nível de 
anticorpos. O teste de neutralização detecta 
anticorpos totais (IgM e IgG), sem discriminar 
a classe de imunoglobulina. 
 Pesquisa de anticorpos no soro ou outros 
líquidos biológicos do paciente: TITULAÇÃO 
VIRAL. 
 Título significativo: menor concentração de 
soro capaz de neutralizar o vírus no 
indivíduo

Outros materiais