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Sistema Petrolífero - Bacia do Paraná

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Sistema Petrolífero na Bacia do Paraná
Fm. Ponta Grossa - Grupo Itararé e Fm. Irati - Fm. Rio 
Bonito
Integrantes: Lauren Brito e Vitória Azevedo
Disciplina: Sistemas Petrolíferos
Departamento: DEPA
Docentes: Wilson Luiz Lanzarini e René Rodrigues
Período: 8°
04/02/2023
Sumário
● Introdução
○ Localização
○ Contexto Geológico da Bacia
○ Unidades e Sequências estratigráficas
● Rocha Geradora
○ Fácies sedimentar e paleoambiente
○ Teores: COT, ST, RI
○ Tipo de evolução térmica da M.O.
● Rocha Reservatório
○ Fácies sedimentar e ambiente 
deposicional
○ Textura e composição da rocha
○ Características do Reservatório
Localização
● A bacia do Paraná se localiza na porção centro-leste da América do Sul e 
abrange uma área de aproximadamente 1.500.000 km², sendo 1.100.000 
km² pertencentes ao território brasileiro;
● Possui forma ovalada, com semi-eixo maior a norte-sul;
● É uma bacia intracratônica;
● Com uma ampla região sedimentar do continente sul-americano, inclui 
porções territoriais do Brasil meridional, Paraguai oriental, nordeste da 
Argentina e norte do Uruguai.
● No seu depocentro tem um pacote sedimentar-magmático de 7.000 
metros de espessura, inclui horizontes com características de rochas 
geradoras e outros com atributos de reservatório.
Figura 1: Mapa geológico simplificado da Bacia do Paraná e a distribuição no 
tempo das unidades do registro estratigráfico. Fonte: Milani (2004).
Introdução
Contexto Geológico da Bacia
● As rochas sedimentares da Bacia do Paraná estão assentadas sobre núcleos cratônicos estáveis, composto por rochas metamórficas, como 
terrenos granulíticos e granito-greenstones, são rodeados por cinturões orogênicos e cobertos por restos de bacias de antepaís, todos do Ciclo 
Brasiliano (ZALÁN et al., 1987).
● A Bacia do Paraná sofreu uma influência de esforços compressivos originados pela convergência de placas ao longo da faixa de colisão, na zona 
móvel dos Gondwanides (MILANI & RAMOS, 1998). 
● Na região central da sinéclise é onde ocorrem as maiores espessuras de rochas da Bacia do Paraná.
● A estratigrafia da Bacia do Paraná possui seis sequências deposicionais de 2ª que se sobrepuseram ao longo de quase 400 M.a, desde o final do 
Ordoviciano até o final do Cretáceo (ZALÁN et al., 1987). 
● As sequências da bacia são delimitadas por discordâncias erosivas, descontinuidades no registro sedimentar durante as quais a bacia foi 
submetida a grandes ações erosivas. 
Introdução
Unidades, Sequências estratigráficas e Idades
● A Bacia do Paraná é uma vasta área de sedimentação 
paleozóica-mesozóica.
● Composta por seis super sequências: 
○ Rio Ivaí (Ordoviciano - Siluriano);
○ Paraná (Devoniano);
○ Gondwana I (Carbonífero - Eotriássico);
○ Gondwana II (Meso a Neotriássico);
○ Gondwana III (NeoJurássico - Eocretáceo) e;
○ Bauru (Neocretáceo).
Figura 2: Unidades de 2॰ ordem. Fonte: Milani, 1997.
Introdução
Sistemas Petrolíferos
● Os dois principais sistemas petrolíferos da Bacia do Paraná são Ponta Grossa-Irati e Itararé-Rio Bonito/Pirambóia. 
● Nestes sistemas possuem mecanismos de maturação da matéria orgânica, migração de fluidos e trapeamento influenciados pela 
intrusão dos corpos ígneos (diques e soleiras) do período Jurássico-Cretáceo.
● O tipo de petróleo gerado depende do tipo de matéria orgânica preservada nos reservatórios e do estágio de evolução térmica.
● A matéria orgânica derivada de plantas superiores tende a gerar gás.
● A matéria orgânica derivada de zooplâncton e fitoplâncton, marinho ou lacustre tende a gerar óleo.
● Ambas as Formações Irati e Ponta Grossa, apresentam tendência para geração de óleo e gás.
Figura 3: Carta estratigráfica da Bacia do Paraná. Fonte: Milani 
et al., 2007.
Rocha Geradora Potencial Gerador
● É considerado gerador secundário da bacia do Paraná.
● Faz parte da Supersequência Gondwana I.
● Modelo atípico de geração, através de intrusão ígnea.
● Gera oléo.
● Fácies sedimentar (rocha): folhelhos pirobetuminosos ricos em matéria orgânica
amorfa (intercalados com carbonatos dolomíticos e siltitos).
● Paleoambiente: Marinho restrito hipersalino;
● Teores: COT: 1 a 23%, ST: 0,79 a 6,04, RI: 40 e 90 %;
● Tipo e Evolução Térmica da M.O.;
○ Pirólise inclui:
S1: 0,07 a 9,22 mg HC/g de rocha;
S2: 100 – 200 mg HC/g de rocha;
Tmax: 398 °C
S3: 0,04 - 0,79 mg CO2/g rocha;
IH: 500 e 600 mg HC/g COT,
IO: 31,32 mg de CO2/g de COT.
○ Petrografia orgânica inclui:
Tipo de MO: Tipo I (amorfa e palinomorfos); Ro: 0,46-0,75%, ICE: 1,0-4,0.
● Biomarcadores e correlação: gamacerano, esterano e terpano.
● Idade: Permiano
Formação Ponta Grossa
● Faz parte da Supersequência Paraná, é a rocha geradora principal;
● Gerado por soterramento (2.000 m de profundidade, atinge temperatura mínima
para geração de óleo) e por ígnea que contribuíram para o aumento significativo
da maturação.
● Gera gás.
● Fácies sedimentar (rocha): folhelho carbonoso (folhelhos siltosos e siltitos
carbonosos, fossilíferos e micáceos com intercalações de arenitos cinza claros);
● Paleoambiente: Marinho/Lacustre.
● Teores: COT 1 a 3%; ST: 0,05 - 2,57; RI: 54 e 96 %
● Tipo e Evolução Térmica da M.O.;
○ Pirólise inclui:
S1: 0,01 a 0,97 mg HC/g de rocha;
S2: 6,6 mg/g de rocha;
Tmax: 441 °C;
S3: 0,05 - 0,60 mg CO2/g rocha;
IH: 300 mg HC/g COT;
IO: 100 mg CO2/g de COT.
○ Petrografia orgânica inclui:
Tipo de MO: Tipo II e III (amorfa e lenhosa); Ro: 0,40-0,80; ICE:
variação de 1,5-4,0.
● Biomarcadores e correlação: esterano, fitano (amb. redutor) e pristano (amb.
oxidante).
● Idade: Devoniano superior (Frasniano).
Formação Irati
Figura 4: Formação Irati, com folhelhos intercalados com carbonatos e o dique de 
diabásio. Membro Assistência. Fonte: Vitória Azevedo.
Figura 5: Folhelho com pirita. Fonte: Vitória Azevedo.
Figura 6: Restos fósseis de mesossauro. 
Fonte: Vitória Azevedo.
Figura 7: Distribuição dos valores de Carbono Orgânico Total (COT, %) para as amostras 
coletadas da Formação Ponta Grossa. Fonte: Silva, C. G. A. D. (2007).
Figura 8: Distribuição dos valores de Carbono Orgânico Total (COT, %) para as amostras coletadas da 
Formação Irati. Fonte: Silva, C. G. A. D. (2007).
Figura 9: Diagrama do tipo Van Krevelen para as amostras das Formações Irati e Ponta 
Grossa com relação entre COT e índice de Hidrogênio (IH). Fonte: Silva, C. G. A. D. 
(2007).
Figura 10: Relação entre os teores de carbono orgânico total (COT) e os valores de 
potencial gerador (S₂) para as amostras de rocha da Formação Irati e Ponta Grossa 
analisadas, onde I, II e III, referem-se ao tipo de querogênio. Fonte: Silva, C. G. A. D. 
(2007).
● A porção inferior da Superseqüência Gondwana I é representada pelos depósitos ainda diretamente 
ligados à fase de degelo dos grandes glaciares mississipianos. 
● Para o Grupo Itararé e Formação Aquidauana, França e Potter (1988) definiram ciclos de sedimentação 
com afinamento de grão para cima que corresponderiam a mudanças climáticas cíclicas dentro do 
regime glacial, cada um deles ligado a uma subida do nível relativo do mar. Tais ciclos iniciam em 
pacotes arenosos que gradam para cima a seções argilosas, nessas últimas sendo comuns intercalações 
de lamitos seixosos (diamictitos).
● Constituem os depósitos glaciogênicos da Bacia do Paraná, diamictitos maciços ou estratificados, com 
seixos e blocos de múltiplas litologias e áreas-fonte que evidenciam o trabalho das geleiras carreando 
imenso volume sedimentar para a bacia.
● As fácies arenosas, maciças, gradadas ou com ondulações unidirecionais totalizam o maior volume 
sedimentar do pacote glacial e correspondem a contextos de sedimentação turbidítica. 
● A Fm. Aquidauana equivale estratigraficamente ao Grupo Itararé;
Figura 11: Seção de referência de subsuperfície para a 
Supersequência Gondwana I. Fonte: Milani, E. J., França, A. B., & 
Medeiros, R. A. (2006). 
Rocha Reservatório 
(Grupo Itararé + For. Aquidauana)
Supersequência Gondwana I
Rocha Reservatório 
(Grupo Itararé+ For. Aquidauana)
Supersequência Gondwana I
Tabela 1: Dados experimentais petrofísicos e petrográficos, em que: “Porosidade Lab” refere-
se a petrofísica e “Porosidade Lam” obtida por lâminas petrográficas. Fonte: SILVA et al. 
(2018). Figura 12. Correlação da permeabilidade com a porosidade.
Fonte: SILVA et al. (2018).
● A Formação Rio Bonito corresponde à parte basal do Grupo Guatá (Neopermiano), inserido na Supersequência Gondwana I. Seu intervalo 
de deposição na Bacia do Paraná foi descrito por Lavina e Lopes (1986) como a transgressão permiana que sucede os depósitos de origem 
glacial presentes no Grupo Itararé.
● Schneider et al. (1974) evidenciam na Formação Rio Bonito a predominância de arenitos, folhelhos, siltitos e intercalações de camadas 
de carvão em seu topo. A deposição dos sedimentos apresenta caráter cíclico, alternando-se entre estratos com dominância arenosa ou 
pelítica, atribuído às oscilações do nível de base na bacia de acumulação. Sugere-se ambientes flúvio-deltáico, litorâneo e marinho 
plataformal (WILDNER et al. 2008).
● O valor médio de porosidade obtido foi de 10,92%, sendo a máxima de 14,07% e mínima de 1,7%. Para os valores obtidos de 
permeabilidade a média apresentada foi de 0,548mD, sendo o valor máximo de 2,85mD e o valor mínimo de 0,096mD.
Rocha Reservatório 
(Fm. Rio Bonito)
Supersequência Gondwana I
Figura 13: Carta de eventos da Bacia do Paraná. A contemporaneidade de eventos caracteriza os sistemas petrolíferos da bacia. Fonte: Adaptado de 
Araújo et al., 2000. 
História do Soterramento
● Dois processos são os responsáveis pela geração de petróleo nas formações Ponta Grossa e Irati: 
(a) soterramento no depocentro da bacia; 
(b) ação direta de intrusões ígneas, como derrame basáltico Serra Geral (Jurássico - Cretáceo), que marcou o fim de eventos de 
sedimentação extensiva na grande área interior do megacontinente. (Milani et al., 1990; Zalán et al., 1990).
● No Permiano tem uma subsidência da bacia, no Triássico e Jurássico não acontece quase nada na bacia. No início do Cretáceo tem 
uma segunda queda, com forte subsidência. Depois começa a ter uma ascensão até chegar a profundidade atual (283 m).
Figura 14: Gráfico de Soterramento. 
Fonte: Milani e Ramos (1998).
Referências bibliográficas
GALHANO, Francisco de Assis Prado. Petróleo e gás na bacia do Paraná. 2006. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
MILANI, Edison José et al. Bacias sedimentares brasileiras: cartas estratigráficas. Boletim de Geociências da PETROBRAS, v. 15, n. 2, p. 
183-205, 2007.
OLIVEIRA, Alexandra Fernandes. Paleotemperaturas e paleofluidos da Formação Irati na borda leste da Bacia do Paraná: Implicações 
para a geração e migração de hidrocarbonetos. 2012. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
SILVA, Carla Grazieli Azevedo da. Caracterização geoquímica orgânica das rochas geradoras de petróleo das formações Irati e Ponta 
Grossa da Bacia do Paraná. 2007.
SILVA, Carlos André Maximiano da. STAEL, Giovanni Chaves. Integração entre os Parâmetros Petrofísicos e Petrográficos em Arenitos do 
Grupo Itararé da Bacia do Paraná. Apresentação no VIII Simpósio Brasileiro de Geofísica, Salinópolis, SBGf. 18 a 20 de setembro de 2018.
	Slide 1: Sistema Petrolífero na Bacia do Paraná Fm. Ponta Grossa - Grupo Itararé e Fm. Irati - Fm. Rio Bonito
	Slide 2: Sumário
	Slide 3: Introdução
	Slide 4: Introdução
	Slide 5: Introdução
	Slide 6: Sistemas Petrolíferos
	Slide 7
	Slide 8: Rocha Geradora
	Slide 9: Figura 4: Formação Irati, com folhelhos intercalados com carbonatos e o dique de diabásio. Membro Assistência. Fonte: Vitória Azevedo.
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16: História do Soterramento
	Slide 17: Referências bibliográficas

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