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INTERNET-REDES-SOCIAIS-E-COMUNICAÇÃO-INTERPESSOAL-DIAGRAMADA

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Internet, Redes Sociais e 
Comunicação Interpessoal 
 
 02 
 
 
 
1. Comunicação Virtual 4 
 
2. Redes Sociais no Cotidiano 12 
 
3. Redes Sociais e Seu Uso Indevido 18 
3.1. Redes Sociais e Exposição Excessiva 19 
3.2. Redes Sociais e Captação e Venda de Informações 19 
3.3. Uso de Algoritmos e Padronização de 
Comportamentos 20 
3.4. Redes sociais e Cyberbullying 20 
3.5. Redes sociais e Dependência 20 
3.6. Redes Sociais e Fake News 21 
3.7.Redes Sociais e Sites de Namoros 23 
3.8.Redes Sociais e Discursos de Ódio 27 
 
4. Internet 32 
4.1.Conceito, Uso na Comunicação e Pesquisa 32 
4.2. Uso Indevido da Internet e Privacidade 37 
4.3. Qualidade do Sinal 38 
 
5. Referências Bibliográficas 43 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
1. Comunicação Virtual 
 
 
Fonte: lonax.com.br1 
 
s tecnologias de comunicação 
trazem cada vez mais opções. 
Mas, na verdade, a possibilidade de 
interação é muito maior do que a in-
teração efetiva. Existe um acordo 
“tácito” entre os produtores e o con-
sumidor, são oferecidas mais alter-
nativas nas áreas de entretenimento 
(filmes, jogos) e de serviços (tele-
marketing, home banking) do que 
em outras áreas, como a da informa-
ção ou de debates (WAGNER, 
VERZA, SPIZZIRRI e SARAIVA, 
2015). 
 
1 Retirado em lonax.com.br 
De acordo com Marques 
(2012), o rápido desenvolvimento de 
tecnologias pessoais, móveis, bara-
tas e interativas está levando a gran-
des mudanças no trabalho, lazer e 
comunicação com pessoas próximas 
e distantes. Modifica-se o conceito 
de tempo e espaço, seja real ou vir-
tual, tradicional e inovador. A extra-
ordinária expansão dessas tecnolo-
gias deslumbrou muitas pessoas, e 
concluiu-se que elas seriam capazes 
de resolver os grandes problemas 
A 
 
 
5 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
que afligem a humanidade, redu-
zindo as desigualdades sociais, e de-
mocratizando o acesso a produtos 
culturais e econômicos. 
Para os autores Lemos e Di Fe-
lice (2014), a internet permite que as 
pessoas tenham diferentes conexões 
com o espaço e o tempo, falando, ob-
servando e cooperando com atitu-
des, não importa a que distância es-
tejam e gastando o mínimo. Possibi-
lita encontros, ouvir a distância, fa-
zer compras sem sair de casa, pagar 
contas sem ir ao banco, estudar e 
trabalhar, e ficar cada vez mais em 
casa. Por outro lado, também há 
muitos críticos desta tecnologia, re-
pleta de soluções na resolução de 
problemas, que aumentam a acomo-
dação das pessoas, tornando-as cada 
vez mais fechadas em casa e redu-
zindo o contato físico, ao mesmo 
tempo que aumentam o individua-
lismo e alienação. 
Segundo Polito e Polito 
(2021), nem o deslumbramento nem 
as críticas radicais ajudam a enten-
der como lidar da melhor forma com 
as tecnologias. Eles nos ajudam e 
nos complicam, nenhuma tecnolo-
gia é inocente. Na sociedade, elas 
são introduzidos por grandes grupos 
para facilitar a vida das pessoas, mas 
após a fase de resistência, as pessoas 
as usarão extensivamente por um 
período de tempo e serão impostos à 
sociedade. Hoje em dia, o computa-
dor já atingiu esse estágio domi-
nante, querendo ou não já está ins-
talado em quase todos os aspectos 
da vida e a tendência é estar pre-
sente em todos os momentos e ativi-
dades pessoais, grupais e sociais, por 
meio da miniaturização. 
Em consonância com os auto-
res Timms e Heimans (2018), é cor-
reto afirmar que, do ponto de vista 
pessoal, depende de como ele é utili-
zado. As novas tecnologias são uma 
extensão do pensamento humano, e 
cada um faz dela o que faz com a pró-
pria vida, ampliando assim a busca 
por comunicação e ação na mesma 
direção. A tecnologia simplifica 
muito a vida, mas o excesso de con-
fiança na tecnologia pode tornar as 
pessoas vulneráveis, pessoal e cole-
tivamente. Muitos usos diferentes 
podem ser criados para as tecnolo-
gias, e é nesse ponto que se encontra 
o seu encantamento, o seu poder de 
sedução. 
Conforme Martino e Marques 
(2018), os produtores estudam as 
coisas em que os consumidores es-
tão interessados e as criam, adaptam 
e distribuem para aproximá-los. A 
sociedade parte gradualmente do 
uso originalmente previsto, para ou-
tros usos inovadores ou inespera-
dos. É possível realizar diferentes 
coisas com as mesmas tecnologias. 
 
 
6 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
Com a ajuda da Internet, as pessoas 
podem se comunicar pelo mundo 
virtual, buscar informações, anun-
ciar, ganhar dinheiro, entreter ou 
navegar curiosamente, como os “vo-
yeurs”. 
Cada tecnologia modificou 
certas dimensões da relação entre os 
seres humanos e o mundo, da per-
cepção da realidade e da interação 
com o tempo e o espaço. Os telefones 
celulares oferecem uma mobilidade 
inimaginável há alguns anos atrás, 
as pessoas podem ser contatadas, 
caso desejam, ou podem ser conec-
tadas em qualquer lugar, sem de-
pender de cabos ou redes físicas nas 
proximidades. A miniaturização das 
tecnologias de comunicação trouxe 
grande flexibilidade, mobilidade e 
personalização, promovendo a indi-
vidualização dos processos de comu-
nicação, deixando as pessoas dispo-
níveis a qualquer hora e em qual-
quer lugar. Essas tecnologias portá-
teis expressam claramente a impor-
tância que o capitalismo atribui ao 
indivíduo e não ao coletivo, ou seja, 
a importância da liberdade de esco-
lha e da capacidade de agir de 
acordo com seus próprios desejos 
(MARTINO e MARQUES, 2018). 
De acordo com Wagner, Verza, 
Spizzirri e Saraiva (2015), a tecnolo-
gia de rede eletrônica mudou pro-
fundamente o conceito de tempo e 
espaço. Uma pessoa pode morar em 
um local isolado e está sempre co-
nectada a grandes centros de pes-
quisa, grandes bibliotecas, colegas 
de profissão e inúmeros serviços. 
Pode fazer a maior parte do trabalho 
sem sair de casa, levar o laptop para 
a praia e estudar, se comunicar e 
manter distância de outras pessoas 
enquanto descansa. São possibilida-
des reais, inimagináveis há alguns 
anos, que estabelecem novos víncu-
los, situações e serviços, depen-
dendo da aceitação de cada pessoa 
para funcionar com eficácia. 
Para o autor Marques (2012), 
uma importante mudança, que vem 
se destacando nos últimos anos, é a 
premência de comunicação por 
meio de sons, imagens e textos, en-
globando mensagens e tecnologias 
multimídia. O computador abrange 
todas as telas anteriormente separa-
das, tornando-se, concomitante-
mente, um instrumento de trabalho, 
de comunicação e de lazer. A mesma 
tela pode ser usada para assistir um 
programa de TV, fazer compras, en-
viar mensagens, participar de um 
debate através de videoconferência, 
participar da realização, ao vivo, de 
um projeto com vários colegas, espa-
lhados em vários continentes. 
Segundo Lemos e Di Felice 
(2014), cada vez mais a comunica-
ção está se tornando extremamente 
sensorial, multidimensional e não li-
near. Hoje em dia, as técnicas de 
 
 
7 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
apresentação são muito mais fáceis e 
atraentes do que eram há anos atrás, 
e consequente o padrão de exigência 
para apresentar qualquer trabalho 
através de sistemas multimídia au-
mentou significativamente. O som 
não é apenas mais um acessório, e 
sim uma parte integral da narrativa. 
O texto na tela é muito mais impor-
tante, devido a sua flexibilidade, 
simplicidade de correção, cópia, 
deslocamento e transmissão. 
Em consonância com os auto-
res Polito e Polito (2021), é correto 
afirmar que, as novas tecnologias 
podem ser alvos de críticas violentas 
por parte de intelectuais ou serem 
vistas como possibilidades dos no-
vos meios para a participação dos ci-
dadãos de elevar seu nível cultural. 
Quando surgiram o cinema, o rádio 
e, depois, a televisão foi ressaltadasas possibilidades educacionais, cul-
turais e comunicacionais de cada um 
desses meios. Mas, na realidade es-
ses meios foram tomados pelo capi-
talismo, que os transformaram em 
um tipo de indústria, em busca de 
lucro fácil e universal, levando ao 
predomínio de conteúdos de entre-
tenimento e a maneiras de comuni-
cação mais dirigidas do que partici-
pativas. 
Conforme Timms e Heimans 
(2018), basicamente, não são as tec-
nologias de comunicação que trans-
formam a sociedade, e sim a sua uti-
lização no modo de produção capita-
lista, que tem como objetivo maior o 
lucro, a expansão, a internacionali-
zação de tudo o que tem valor econô-
mico. Os mecanismos inerentes de 
expansão do capitalismo aceleram a 
disseminação das tecnologias, passi-
veis de produzir ou veicular todas as 
formas de lucro. Por isso existe inte-
resse em aumentar o alcance da sua 
propagação, afim de alcançar o má-
ximo de pessoas que são produtivas 
economicamente, ou seja, pessoas 
que tem capacidade de consumir. Os 
meios de comunicação, especial-
mente os eletrônicos, possibilitam e 
demandam atualmente diversas es-
colhas constantes, abrem um leque 
de opções de interação, fazendo com 
que a sociedade mais e mais se inte-
resse pelo campo da multimídia. 
Diante da crise das institui-
ções políticas, muitas pessoas pro-
curam nos Meios de Comunicação, 
principalmente na televisão, as saí-
das pessoais para alguns dos seus 
problemas. Como a prática da jus-
tiça no Brasil costuma ser demo-
rada, é comum procurar a televisão 
para resolver conflitos, principal-
mente no campo econômico. Atra-
vés dos Meios de comunicação as 
pessoas procuram se informar, para 
se divertir e voltar ao cotidiano para 
intercambiar suas percepções, senti-
 
 
8 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
mentos, e ideias mediadas pela tele-
visão. Essa interação começa a ser 
ampliada através da Internet, da te-
levisão paga, mas ainda é na televi-
são aberta que se reencontra a iden-
tidade pessoal, nacional e internaci-
onal das pessoas (TIMMS e HEI-
MANS, 2018). 
De acordo com Martino e Mar-
ques (2018), a maioria das notícias, 
das informações que chegam até as 
pessoas não são presenciadas, elas 
vem por intermédio de profissio-
nais, de diversas mídias. Uma 
grande parcela da informação sobre 
o mundo é virtual, ela é fornecida 
por terceiros. O contato com o 
mundo não é muito grande, pelo 
contrário ele é um tanto quanto pe-
queno, presencialmente, as pessoas 
interagem umas com as outras, vi-
vem em poucos lugares, ocupam 
poucos espaços. Simultaneamente, 
elas se encontram conectadas com o 
mundo todo por meio da comunica-
ção via satélite, pelo cabo, pela In-
ternet, pelo telefone celular, pelos 
jornais, revistas, rádio, televisão. 
Através destas tecnologias pode-se 
ter acesso a milhões de notícias, in-
formações, conversar com diversas 
pessoas, direta e indiretamente, em 
tempo real ou não. A probabilidade 
de navegar virtualmente aumenta-
ram potencialmente nos últimos 
anos e continuam a evoluir inces-
santemente. 
Para as autoras Wagner, 
Verza, Spizzirri e Saraiva (2015), de-
vido à grande expansão da comuni-
cação virtual, ao seu baixo custo e 
sua facilidade, ela se tornou um in-
centivo para as pessoas se acomoda-
rem e resolverem tudo o que é possí-
vel por meio das tecnologias, o que 
possibilita que as pessoas passem 
mais tempo no conforto de suas ca-
sas, quartos ou ganhem tempo tra-
balhando em seus escritórios. Cada 
vez mais, as pessoas tendem a passar 
mais tempo solitárias e conectadas 
com outras pessoas, em chamadas 
de vídeo ou apenas conversando 
pela internet. Por outro lado, os con-
tatos pessoais sempre são necessá-
rios, o toque, o olho-no-olho, sentir 
a pessoa ao lado, compartilhando 
momentos da vida são importantes, 
o tempo que reservam aos amigos, 
aos namorados, à família são muito 
enriquecedores. Esses contatos po-
dem ser alimentados também virtu-
almente, mas ganham uma dimen-
são qualitativamente superior atra-
vés do contato físico, tudo o que é es-
sencial não é feito presencialmente. 
As tarefas, serviços, trabalho e a ma-
nutenção dos grupos a que se per-
tence pode ser feito de forma virtual. 
Segundo Marques (2012), a 
fase de vida de cada um, influencia 
no grau de interação virtual e física 
de uma pessoa, geralmente um ado-
lescente necessita de ter muito mais 
 
 
9 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
contatos físicos do que um adulto. O 
tipo de personalidade também inter-
fere na quantidade de contatos físi-
cos e virtuais que uma pessoa esta-
belece, pessoas com personalidades 
mais extrovertidas, necessitam do 
contato físico e outras mais introver-
tidas, preferem ficar mais tempo so-
zinhas. 
Em consonância com os auto-
res Lemos e Di Felice (2014), é cor-
reto afirmar que, alguns intelectuais 
exageram em relação a força da co-
municação em rede, eles atribuem 
consequências apocalípticas, como 
se tudo girasse em torno da rede vir-
tual. 
A comunicação virtual ocorre 
há muito tempo, nas atitudes bási-
cas das pessoas, quando uma pessoa 
passa várias horas por dia vendo no-
velas da televisão, ela está em con-
tato durante cinco horas com histó-
rias virtuais, ela sai do seu entorno 
físico para vivenciar, interagir com 
outras histórias fora de seu mundo. 
O que a tecnologia acrescenta agora 
é a facilidade de estabelecer intera-
ções com pessoas reais a distância, 
ao vivo, a um custo reduzido. 
Quem quiser interagir hoje vai 
encontrar muitas possibilidades, e 
quem não quiser interagir, quem 
quiser isolar-se ou viver só num 
grupo afetivo presencial, continuará 
vivendo assim tranquilamente. 
Conforme Polito e Polito 
(2021), as relações interativas den-
tro do ciberespaço possui muitas ca-
racterísticas que vem dos espaços 
frequentados pelo usuário em sua 
vida cotidiana. O ciberespaço jamais 
deixará de ser uma extensão do indi-
víduo. Para pesquisadores da área, o 
estudo de como os diferentes tipos 
de personalidade interagem no cibe-
respaço para se chegar a um estudo 
completo de suas dimensões psico-
lógicas. Algumas suposições podem 
ser feitas: 
 Esquizofrênicos podem apro-
veitar a falta de intimidade 
provocada pela menor proxi-
midade; 
 Narcisistas podem gostar da 
internet pela possibilidade de 
numerosos relacionamentos 
como um meio de conseguir 
uma plateia; 
 Compulsivos podem gostar da 
possibilidade de controle e 
manipulação do meio ambi-
ente. 
 
Afinal, a Internet oferece um 
ambiente extremamente atraente 
para os adolescentes, pois oferece 
todas as visões do mundo real (sexo, 
novos amigos e outros) em seus 
quartos, quase sem perigo para os 
jovens que navegam pela internet. 
Ao analisar as características psico-
lógicas das redes interativas e as ca-
racterísticas das relações físicas ab- 
 
 
10 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
sorvidas pelo ambiente, pode-se 
constatar que redes como a Internet 
têm dinâmicas muito próprias (PO-
LITO e POLITO, 2021). 
De acordo com Timms e Hei-
mans (2018), até agora, a Internet 
tem sido a mídia mais aberta, des-
centralizada e, portanto, a mais 
ameaçadora entre as organizações 
políticas e econômicas hegemônicas. 
Nas universidades, não representa 
uma ameaça social. À medida que 
ela vai conquistando um número 
maior de pessoas, a “tentação” do 
Estado e dos grupos mais poderosos 
de tirar-lhe o controle é cada vez 
mais forte. Devido ao conteúdo pro-
blemático e pessoas antiéticas na In-
ternet, a pressão pelo controle sem-
pre aumenta. 
Para os autores Martino e 
Marques (2018), a maior ameaça à 
Internet não é o conteúdo violento 
ou pornográfico, mas a possibili-
dade real de as pessoas fornecerem 
serviços que podem competir com os 
serviços tradicionais de outras mí-
dias. Uma pessoa ou grupo pequenopode produzir revistas e estabelecer 
estações de rádio ou televisão sem a 
permissão de ninguém. O surgi-
mento dessas novas condições espe-
cíficas testará a liberdade da Inter-
net. Universidades, associações e 
ONGs precisam demonstrar suas ca-
pacidades nos espaços existentes 
atualmente, e se esforçar para obter 
essas capacidades nas emissoras de 
baixa potência e se tornarem mem-
bros de conselhos que podem nego-
ciar novas formas de participação na 
mídia social, e estabelecer limites à 
força do poder econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
2. Redes Sociais no Cotidiano 
 
Fonte: sendpulse.com2 
 
egundo Wagner, Verza, Spiz-
zirri e Saraiva (2015), desde as 
épocas mais antigas, as pessoas con-
seguiram sobreviver e manter sua 
espécie após viverem juntas em gru-
pos, no primeiro estágio da história 
humana, não haviam povos ou esta-
dos independentes, os humanos vi-
viam em pequenos grupos, clãs ou 
tribos. A estrutura do cérebro dos 
homens das cavernas é relativa-
mente mais limitada e rudimentar, e 
conseguia se comunicar por meio de 
 
2 Retirado em sendpulse.com 
formas mais simples e menos refina-
das, como gestos, posturas, gritos e 
grunhidos. Acredita-se que em al-
gum momento no passado, esse ho-
mem primitivo desenvolveu gradu-
almente uma estrutura de aprendi-
zagem que lhe permitiu se relacionar 
com objetos e criar artefatos que o 
ajudariam a caçar e se proteger, e o 
mais importante, ele conseguiu pas-
sar esse conhecimento para as pró-
ximas gerações, por meio de gestos e 
processos de repetição, criando uma 
S 
 
 13 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
forma de linguagem primitiva e sim-
ples. 
Em consonância com o autor 
Marques (2012), é correto afirmar 
que, seja na primitiva ou na mo-
derna, um problema comum em to-
das as épocas é a necessidade de se 
relacionar e garantir contato com os 
grupos. A diferença para os dias de 
hoje é a velocidade e a forma como 
isso acontece, de lento e limitado a 
mais rápido e fácil. Tudo isso se deve 
ao surgimento da Internet e das mí-
dias relacionais, fazendo com que a 
distância deixe de ser um obstáculo. 
Como todos sabemos, a mídia tem 
feito grandes contribuições para o 
desenvolvimento da humanidade 
devido à sua grande influência. 
Conforme Lemos e Di Felice 
(2014), com o advento da Internet, a 
comunicação deixou de ser um ele-
mento social importante, para tor-
nar-se indispensável. Para a maioria 
dos usuários de redes sociais, o 
acesso a elas se tornou uma necessi-
dade contínua. Pelas estatísticas, 
como número de visitas diárias, ve-
rifica-se que as redes sociais deixa-
ram de ser apenas uma forma de 
manter contatos, e passaram a ser 
uma fonte de informação, captação 
de novos clientes, publicidade, opor-
tunidades e lazer. Nas redes sociais, 
cada um tem seu próprio papel e 
identidade cultural. 
As relações com outros indiví-
duos formam um todo coeso, que re-
presenta a rede e a criação de grupos 
de interesse como esporte, cultura, 
entretenimento, educação, dentre 
outros. 
Nos dias de hoje, houve a for-
mação de uma nova sociedade, que é 
chamada de Aldeia Global. Ela influ-
encia diretamente o comportamento 
social e vice-versa, e se alguém acha 
que não sofre influência dessas mí-
dias se engana. 
As mudanças desses recursos 
afetam diretamente a vida diária, a 
maneira de agir e também de pensar 
dos seres humanos. Uma das manei-
ras mais eficazes de não se deixar 
manipular é tentar ser sempre se in-
formar e conhecer os fatos com visão 
própria e conhecimento. Como não 
há como reconstruir, isolar ou dizer 
que não é parte, pois a tecnologia e 
os meios de comunicação que exis-
tem hoje estão vinculados a todos as 
outros, desde de serviços básicos, 
como a educação, até a maneira 
como as pessoas compram. Essa vi-
são da comunicação, tenta preen-
cher a lacuna do indivíduo, que é ser 
um ser social, que deseja viver em 
comunidade, e para isso a comuni-
cação sempre foi essencial para sua 
sobrevivência e desenvolvimento 
(LEMOS e DI FELICE, 2014). De 
acordo com Polito e Polito (2021), o 
 
 14 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
mundo está passando por um pro-
cesso de mudança estrutural há vá-
rias décadas, um processo multidi-
mensional, que está associado ao 
surgimento de um novo paradigma 
tecnológico com base nas tecnolo-
gias de comunicação e informação, 
que começaram a surgir na década 
de 1960, e se estenderam desigual-
mente para o mundo inteiro. Sabe-
se que a tecnologia não determina a 
sociedade, é a sociedade que deter-
mina os padrões de comportamento. 
A sociedade é que molda a tecnolo-
gia de acordo com as necessidades, 
valores e interesses das pessoas que 
as usam. Além disso, as tecnologias 
de comunicação e informação são 
especialmente sensíveis aos efeitos 
dos usos sociais da própria tecnolo-
gia. 
Para os autores Timms e Hei-
mans (2018), ao analisar as redes so-
ciais, percebe-se que elas são estru-
turas sociais com base em sistemas 
digitais, objetivando ligar diversos 
tipos de pessoas e organizações que 
tendem a ter objetivos e valores se-
melhantes. As mudanças de com-
portamento acontecem em uma ve-
locidade tão surpreendente, como 
mudanças significativas e inespera-
das como, transformar uma pessoa 
boa ou má instantaneamente, base-
ado em conceitos dos internautas 
sobre o que foi postado. 
Segundo Martino e Marques 
(2018), as redes sociais também são 
muito usadas para a auto promoção, 
são inúmeros casos de usuários que 
obtiveram projeção global devido às 
suas publicações. O que leva artistas 
a divulgar seu trabalho através de 
microblogging, mantendo assim um 
contato maior com seu público. Or-
ganizações, motivadas por essa nova 
maneira de fazer publicidade, por 
meio de anúncios de seus produtos e 
oferecendo mais ofertas para seus 
clientes por meio de redes sociais, 
observando que cada rede social 
atinge um público específico. Como 
qualquer outra coisa na vida, tem o 
lado bom e o ruim. Essas ferramen-
tas possibilitam que seus usuários 
expressem o que pensam, se sentem 
e vivem sem filtro, transformando 
essas ferramentas em um tipo de di-
ário virtual. Este usuário é o que 
passa mais tempo na Internet, são 
pessoas que gostam de expor suas 
vidas, publicam vídeos e fotos pesso-
ais. Em consonância com as autoras 
Wagner, Verza, Spizzirri e Saraiva 
(2015), é correto afirmar que, as re-
des sociais permitem maior interati-
vidade entre diferentes povos, en-
curtando a distância entre as pes-
soas, o que facilita os intercâmbios 
culturais. É inegável o baixo custo 
que as redes sociais oferecem aos 
usuários que se propõem usá-las 
 
 15 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
para se comunicar com várias pes-
soas. Como a maioria das mídias so-
ciais lucra com o marketing de ou-
tras organizações, o custo para as 
pessoas que interagem com as mes-
mas é relativamente baixo, quando 
não é gratuito. Através das redes so-
ciais, as empresas potencializam sua 
visibilidade no mercado de trabalho, 
aumentam sua publicidade e por ser 
um investimento de baixo custo, é 
muito acessível. É possível estabele-
cer cruzamento de dados trocando 
informações sobre medicina, doen-
ças, mercado de trabalho, hobbies, 
dentre outros. 
Conforme Marques (2012), a 
política também é outro nicho que 
usou as redes sociais. O que ocorreu 
devido ao sucesso alcançado por Ba-
rack Obama, durante sua campanha 
de 2008 nas eleições americanas, 
que usaram vários tipos de mídia so-
cial, como Facebook, Flickr, You-
Tube, Twitter, Myspace, dentre ou-
tros. O candidato a presidente dos 
Estados Unidos divulgavaseus pen-
samentos por toda a sua trajetória, 
uma estratégia que se espalhou em 
todo o mundo, e hoje é praticamente 
impossível para um candidato não 
usar redes sociais para espalhar seu 
plano governamental e atrair ainda 
mais possíveis eleitores. A exposição 
da imagem de uma empresa ou de 
uma pessoa, seus gostos, as atitu-
des que podem ser tomadas, são 
exemplos de danos que as redes so-
ciais causam na comunicação hu-
mana. Devido ao fato de não levar 
em conta esses problemas e se dei-
xar levar apenas pelos benefícios das 
mídias sociais, os adolescentes, por 
exemplo, podem ser, vítimas dessa 
exposição exagerada. A maioria das 
redes sociais permite uma relação 
aberta entre os usuários, existem 
muitos perfis falsos ciados para pre-
judicar e enganar os usuários. Se 
uma organização recebe um comen-
tário negativo, isso pode ser consul-
tado por seus concorrentes e ser 
usado de maneira prejudicial para a 
organização que o recebeu (MAR-
QUES, 2012). 
De acordo com Lemos e Di Fe-
lice (2014), o Facebook, é uma rede 
social muito utilizada no Brasil, e 
pode ajudar na disseminação da pe-
dofilia, racismo, tráfico de drogas, 
dentre outros. Existem várias comu-
nidades que incitam esses tipos de 
práticas, e até mesmo fóruns e en-
quetes que geram discussões entre 
membros dos grupos sobre esses te-
mas. 
O próprio Facebook pronun-
ciou, tomando uma posição e algu-
mas medidas objetivando combater 
tais práticas. Os ataques às empre-
sas, tirando proveito da falta de co-
nhecimento do funcionário ao utili-
zar as redes sociais, são cada vez 
mais constantes. 
 
 16 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
Para os autores Polito e Polito 
(2021), é cada vez mais comum o 
emprego de ferramentas de pesquisa 
nas redes sociais para procurar pro-
fissionais que possam revelar dados 
sobre as empresas nos seus perfis ou 
por meio da criação de novas amiza-
des virtuais. Esses contatos buscam 
ter informações como o cargo que 
um determinado funcionário ocupa 
dentro de uma empresa ou até 
mesmo informações confidenciais 
de seus projetos. 
Segundo Timms e Heimans 
(2018), as redes sociais podem en-
contrar ruído ou interferência no ca-
nal de comunicação estabelecido, 
que são responsáveis por vários pro-
blemas na sociedade. As informa-
ções publicadas nas redes sociais 
nem sempre são interpretadas da 
maneira mais apropriada e podem 
alcançar seus receptores com algu-
mas mudanças. Portanto, alguns 
grandes portais de notícias estão 
sendo recomendados a buscar inves-
tigar as informações que publicam. 
Em consonância com os auto-
res Martino e Marques (2018), é cor-
reto afirmar que, tanto as redes soci-
ais quanto a Internet são excelentes 
ferramentas para a educação na era 
digital. No entanto, alguns caminhos 
mostram que sem a devida atenção, 
eles podem causar problemas na 
aprendizagem, no entanto, é possí-
vel contornar esses problemas. O 
primeiro problema das redes sociais 
é o uso excessivo de gírias e abrevia-
ções, devido ao uso constante de 
uma maneira mais informal de es-
crever, os alunos acabam por levar 
essa linguagem da Internet para a 
realidade. 
Conforme Wagner, Verza, 
Spizzirri e Saraiva (2015), é comum 
encontrar erros como este nas avali-
ações e redações, afinal, é a forma 
mais comumente usada para comu-
nicação no dia-a-dia. Apesar de ter 
bons aplicativos e ferramentas que 
ajudam no ensino, aas redes sociais 
e a Internet, podem ser uma cons-
tante fonte de distração. E pode se 
tornar mais sério ainda, se agra-
vando e causando transtornos de an-
siedade, pois é comum que os alunos 
fiquem tensos e ansiosos para volta-
rem logo aos dispositivos e ficarem a 
par do que está acontecendo na rede. 
A solução para as desvantagens das 
redes sociais e o uso da Internet é 
simples, você precisa usar com equi-
líbrio, como qualquer outro instru-
mento, o uso excessivo pode atrapa-
lhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
3. Redes Sociais e Seu Uso Indevido 
 
 
Fonte: exame.com3 
 
ublicar fotos de momentos im-
portante e marcantes com ami-
gos, de reuniões de família, os me-
lhores momentos das tão sonhadas 
férias, as brincadeiras com o bichi-
nho de estimação, falar sobre opini-
ões políticas, seguir as celebridades 
favoritas e tantas outras coisas são 
apenas uma fração do que as redes 
sociais podem oferecer. Neste ambi-
ente de interação virtual, uma par-
cela significativa das pessoas não 
 
3 Retirado em exame.com 
consegue imaginar os perigos envol-
vendo o uso dessas redes sociais 
(LANIER, 2018). 
De acordo com Moura (2016), 
em todo o mundo, existem mais de 3 
bilhões de usuários de redes sociais, 
um número muito expressivo, em 
uma população mundial de quase 8 
bilhões de pessoas. 
Somente o Facebook possui 
mais de 2,5 bilhões de contas ativas 
mensalmente. O YouTube, conside-
P 
 
 19 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
rada a maior plataforma de strea-
ming do mundo, tem mais de 2 bi-
lhões de usuários ativos no mundo 
inteiro. O VK, a rede social russa 
mais famosa, conta com mais de 100 
milhões de usuários, enquanto que o 
app chinês WeChat possui mais de 
800 milhões de usuários ativos 
mensalmente. O Twitter, uma rede 
social muito grande e conhecida, 
possui cerca de 330 milhões de por 
dia. 
Para o autor Teixeira (2019), 
as redes sociais são ferramentas sig-
nificativas para publicidade de pro-
dutos e serviços, pesquisas de pa-
drões comportamentais de consu-
midores e até mesmo preferências 
pessoais, políticas e ideológicas. 
Portanto, as redes sociais podem ser 
consideradas como qualquer coisa, 
menos como simples para lugares 
para postar mensagens e curtir fo-
tos. 
 
3.1. Redes Sociais e Exposi-
ção Excessiva 
 
Segundo Faustino (2016), 
pode parecer contraditório falar em 
exposição nas redes sociais, pois 
esse é um dos principais propósitos 
dessas plataformas: postar fotos, fa-
lar sobre a própria vida, mostrar o 
dia a dia, expor o que gosta e não 
gosta, e assim por diante, é o que se 
espera de um perfil nas redes soci-
ais. Mas, a superexposição é um pro-
blema real. A informação trazida pe-
las informações divulgadas pelas 
próprias vítimas sobre seus dados 
pessoais causa muitos atos crimino-
sos. Falar muito sobre o trabalho di-
ário, a vida das pessoas da casa, os 
bens que possuem e as coisas que 
gostam de fazer, fornece aos crimi-
nosos dicas valiosas sobre o que fa-
zer e como age, pode prejudicar a 
própria pessoa e aquelas que ela 
ama. É muito importante saber o 
que postar e o melhor e aquilo que é 
melhor manter privado. 
 
3.2. Redes Sociais e Captação e 
Venda de Informações 
 
Em consonância com o autor 
Heilmann (2020), é correto afirmar 
que, pode-se até limitar a exposição 
pessoal e evitar inserir detalhes 
muito pessoais nos perfis, mas isso 
não elimina o fato de que as próprias 
redes sociais apresentam grandes la-
cunas e riscos na segurança das in-
formações pessoais e na privacidade 
do usuário. Na verdade, redes soci-
ais e privacidade são duas coisas 
praticamente impossíveis de se con-
ciliar. Isso acontece sem que os usu-
ários tenham noção do processo e, 
nos próprios contratos de termos de 
serviço para os usuários, esses pon-
 
 20 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
tos são bastante contraditórios. Ba-
sicamente, para as redes sociais, os 
usuários significam fluxo de infor-
mações, e esse fluxo de informações 
é caro, valioso e muito procurado 
por empresas gigantes que desejam 
expandir seus negócios. 
 
3.3. Uso de Algoritmos e Padro-
nização de Comportamentos 
 
Conforme Nuna e Penido 
(2020), vários tipos de algoritmos 
penetram nas redes sociais, que pos-
suem capacidadenão apenas de pa-
dronizar, mas até mesmo de prever 
padrões de comportamento do usu-
ário. Esses algoritmos podem utili-
zar, por exemplo, dados sobre bus-
cas de usuários nos mais diversos 
motores de busca e até preferências 
políticas para construir padrões de 
consumo. Isso significa que esses al-
goritmos usam todos os gostos, co-
mentários, pesquisas e até mesmo 
mensagens privadas para mapear o 
comportamento, desde os mais ino-
fensivos até as opiniões mais sérias 
dos usuários. Isso não apenas repre-
senta uma ameaça à integridade es-
pecífica das informações, mas tam-
bém prejudica os padrões éticos en-
tre indivíduos, empresas e governos, 
e enfraquece a transparência e a cre-
dibilidade dos processos políticos. 
Tudo isso acontece indepen-
dentemente do consentimento dos 
usuários de redes sociais (GONÇAL-
VES, 2018). 
 
3.4. Redes sociais e Cyberbul-
lying 
 
De acordo com Lanier (2018), 
o cyberbullying ou bullying virtual é 
um dos riscos proporcionados pelas 
redes sociais. O bullying é o compor-
tamento agressivo de intimidação, 
assédio, ataques físicos, verbais e 
psicológicos a alguém. As redes soci-
ais fornecem a distância física entre 
a vítima e o agressor. Esta parece ser 
uma vantagem de segurança, mas na 
verdade é um catalisador para a 
agressividade. 
Para o autor Moura (2016), a 
sensação de impunidade e anoni-
mato levam a um comportamento 
agressivo e abusivo em relação à ví-
tima. Além disso, devido à fácil di-
vulgação de informações na inter-
net, a humilhação fica exposta a inú-
meras pessoas. Esse assédio afeta 
outras formas de agressão, como 
slut shaming, que é a prática de hu-
milhar alguém, especialmente mu-
lheres, por comportamentos sexu-
ais, e chantagens envolvendo fotos e 
vídeos íntimos. 
 
3.5. Redes sociais e Dependên-
cia 
 
Segundo Teixeira (2019), 
como as plataformas usadas nas re-
 
 21 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
des sociais são movidas por prefe-
rências, comentários e quanta aten-
ção a pessoa pode receber, elas ati-
vam fortemente áreas do cérebro 
responsáveis pelo prazer, como a 
dopamina, que estão relacionadas a 
fatores que podem causar depen-
dência. Ou seja, a pessoa passa a de-
pender de likes para sentir mais e 
mais prazer, e quanto mais obtém 
essa sensação, mais precisa dela. 
Em consonância com o autor 
Faustino (2016), é correto afirmar 
que, o impacto das redes sociais no 
cérebro humano tem várias seme-
lhanças com o efeito de várias dro-
gas. Eles distorcem o sistema de re-
compensas e fazem com que os usu-
ários fiquem cada vez mais depen-
dentes delas. Portanto, é importante 
saber não basta só medir o que posta 
nas redes sociais, mas também me-
dir o tempo que passa nessas plata-
formas. 
 
3.6. Redes Sociais e Fake News 
 
Conforme Heilmann (2020), 
as fake news se referem a notícias ou 
informações falsas espalhadas pela 
Internet (nas redes sociais e outras 
mídias), como se fossem notícias re-
ais. O objetivo é confundir as pes-
soas, legitimar um determinado 
ponto de vista, ou mesmo prejudicar 
outra pessoa ou grupo. Normal-
mente, essas notícias falsas têm um 
forte poder viral e se espalham rapi-
damente. Isso porque apelam para o 
lado emocional de quem recebe a 
mensagem, e fazem com que as pes-
soas passem adiante a fake news, 
achando que estão espalhando uma 
mensagem muito importante. Como 
as pessoas geralmente não checam 
as informações quando as recebem 
nas redes sociais ou de amigos, esses 
boatos se espalham e se disseminam 
e se espalham mais rapidamente en-
tre pessoas que usam apenas as re-
des sociais para se informar. 
Existem muitas maneiras de 
criar e divulgar fake news nas redes 
sociais. Uma simples postagem no 
perfil pode acabar viralizando. No 
entanto, a maioria das notícias falsas 
importantes é criada por empresas 
especializadas. Geralmente, elas 
criam páginas falsas na Internet com 
o objetivo de criar e divulgar as fake 
news. Esta página está associada a 
um robô que será responsável por 
divulgar links das postagens das no-
tícias falsas nas redes sociais, divul-
gando-as em grupos, páginas e ou-
tros canais de várias maneiras. 
Dessa forma, a informação chega a 
muitas pessoas, que passam a repe-
tir a fake news cada vez mais, em um 
grau inimaginável. As fake news 
também são baseadas na crise de 
confiança dos leitores na mídia tra-
dicional. Por não acreditar na im-
prensa, as pessoas passam a dar 
 
 22 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
mais credibilidade às informações 
postadas nas redes sociais, por acha-
rem que são pessoas reais falando 
sobre o assunto, e dessa forma se dá 
a propagação e intensificação do bo-
ato (NUNA e PENIDO, 2020). 
De acordo com Gonçalves 
(2018), no Brasil, divulgar fake news 
nas redes sociais ainda não é consi-
derado crime, no entanto, já existe 
um projeto de lei que visa mudar 
essa realidade. O Projeto 1416/20 
estipula que o compartilhamento ou 
disseminação de notícias falsas, di-
famatórias ou infundadas por pes-
soas que ocupe emprego, cargo ou 
função pública constituirá crime de 
responsabilidade. A proposta é da 
deputada Marília Arraes. Outro pro-
jeto de lei é o PL 2630/2020, apro-
vado no Senado. O projeto estabele-
ceu a Lei Brasileira de Liberdade, 
Responsabilidade e Transparência 
na Internet, com regras para servi-
ços de mensagens como Telegram e 
WhatsApp. O projeto, que agora se-
gue para a Câmara dos Deputados, 
tem como objetivos: obrigar as redes 
sociais a excluírem contas falsas, 
obrigar os provedores a desenvolve-
rem mecanismos para detectar irre-
gularidades, proibir o uso de robôs 
não identificados, entre outras pro-
vidências. 
Para o autor Lanier (2018), 
embora não seja considerada crime, 
a divulgação de fake news nas redes 
sociais pode causar uma série de 
prejuízos. Diante disso, o Facebook 
introduziu medidas que visam coibir 
esse problema. Zuckerberg, anun-
ciou em 2019, que postar fotos e ví-
deos com informações falsas no Fa-
cebook e Instagram começariam a 
ser marcadas com tags de fakes 
news. A etiqueta seria acompanhada 
de links do órgão fiscalizador que ex-
plicam os motivos da marcação 
desta forma. Além disso, em alguns 
países, quando a rede mostrar sinais 
de que a mensagem é falsa, sua dis-
tribuição será temporariamente re-
duzida até que seja verificada pelo 
órgão fiscalizador. 
Segundo Moura (2016), outras 
ações implementadas pelo Facebook 
para reduzir a disseminação das fake 
news nas redes sociais são: 
 Botão de contexto que oferece 
mais detalhes sobre as notícias 
compartilhadas. A função abre 
um painel que descreve o site e 
conta com outros links sobre o 
mesmo assunto para que o 
usuário possa comparar a in-
formação; 
 Expulsão de páginas destina-
das às fake news. A exclusão 
pode ser uma das punições dos 
conteúdos denunciados pelos 
usuários por meio do feed-
back; 
 Denúncia de fake news, os 
próprios usuários podem fazer 
essa denúncia, basta abrir o 
menu da publicação, acessar a 
 
 23 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
opção feedback e enviar o post 
para a análise; 
 Parceria com agências de che-
cagem, no Brasil, o Facebook 
tem parceria com as agências 
Lupa e Aos Fatos, vinculadas à 
rede internacional de checa-
gem dos fatos; 
 Uso de inteligência artificial 
para reconhecimento das fake 
news. A tecnologia analisa ví-
deos e imagens de maneira au-
tomática e usa como base fake 
news já identificadas, sinali-
zando os conteúdos suspeitos. 
 
 
Em consonância com o autor 
Teixeira (2019), é correto afirmar 
que, o Twitter também busca tomar 
medidas para combater as fake news 
nas redes sociais. Atualmente, a rede 
já contém etiquetas e notificações 
que indicam que determinados 
tweets contêm informações suspei-
tas ou enganosas, principalmente 
quando se trata donovo coronaví-
rus. Em casos leves, a plataforma 
fornece links com informações com-
provadas sobre o assunto. Em casos 
mais graves, as postagens são exclu-
ídas. 
Conforme Faustino (2016), as 
fake news nas redes sociais são, na 
verdade, um assunto muito sério. 
Até porque essas notícias falsas tem 
um forte apelo e desempenham um 
papel decisivo nas disputas eleito-
rais e podem colocar em risco a sa-
úde das pessoas. Embora esse tipo 
de comportamento não seja consi-
derado crime no Brasil e medidas 
sutis tenham sido tomadas nas prin-
cipais redes sociais para resistir à 
disseminação dessas notícias falsas, 
o papel dos usuários é fundamental. 
Desenvolver o hábito de verificar 
sempre as informações antes de re-
passá-las, é a melhor forma de com-
bater as fake news nas redes sociais. 
Uma simples verificação por meio 
de uma pesquisa no Google já pode 
revelar se um tópico está correto ou 
não. Por este motivo, existem tam-
bém diversos sites e agências dedi-
cados à avaliação e verificação das 
informações, que os usuários pode-
rão consultar com frequência para 
evitar a propagação de boatos e difa-
mações. 
 
3.7. Redes Sociais e Sites de 
Namoros 
 
É cada vez mais comum o uso 
de aplicativos famosos de relaciona-
mento, paquera ou namoro, que es-
tão se tornando cada vez mais popu-
lares em todo o mundo. Com apenas 
alguns cliques na tela, uma pessoa 
pode conhecer pessoas de todo o 
mundo. No entanto, para ter sucesso 
nessas plataformas, uma variedade 
de dados pessoais deve ser forne- 
 
 24 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
cida. É aí que começam os riscos dos 
aplicativos de relacionamento, al-
guns deles podem tornar os dados 
do usuário vulneráveis. Em outras 
palavras, a Internet pode jogar con-
tra o usuário se não souber usá-la 
com responsabilidade.A maioria das 
pessoas que se inscreve em um apli-
cativo de relacionamento não está 
atenta a sua segurança digital 
(HEILMANN, 2020). 
De acordo com Nuna e Penido 
(2020), os riscos ao usar esses apps 
incluem: 
 Descoberta da identidade e da 
localização aproximada do 
usuário; 
 Transferência de dados; 
 Chantagem; 
 Extorsão; 
 Abuso digital. 
 
Para o autor Gonçalves (2018), 
afim de evitar esses perigos, é pre-
ciso entender como funcionam os 
aplicativos de relacionamento. Sa-
ber dos principais riscos relaciona-
dos a esses aplicativos e como fazer 
para se proteger. 
Segundo Lanier (2018), cada 
aplicativo de relacionamento possui 
suas diferenças, mas a maioria fun-
ciona acessando dados pessoais dis-
poníveis na rede social do usuário ou 
fornecidos pelo telefone celular. 
Além disso, quase todos esses apli-
cativos podem acessar outras fun-
ções do dispositivo móvel, como câ-
mera, microfone, armazenamento, 
localização por GPS ou aplicativos 
de pagamento. A maioria dos aplica-
tivos precisa desses dados para exe-
cutar um algoritmo, que é usado 
para determinar os hobbies e prefe-
rências comuns entre os inscritos e, 
em seguida, sugerir os encontros. Os 
problemas surgem quando esses 
aplicativos não usam comunicações 
seguras e violam a privacidade dos 
usuários.Em consonância com os 
autores Moura (2016), é correto afir-
mar que, em um mercado onde o nú-
mero de usuários está aumentando a 
cada dia e a concorrência é muito 
acirrada, muitas empresas deram 
um passo além e acabam fornecendo 
produtos sem os níveis de segurança 
adequados. Assim, devido à natu-
reza dos aplicativos de relaciona-
mento, muitos usuários não desejam 
ser identificados ou relacionados a 
suas outras redes sociais, o que 
torna qualquer tipo de vazamento de 
informação ainda mais preocu-
pante. 
Conforme Teixeira (2019), 
atualmente os principais aplicativos 
de relacionamento são: 
 Tinder - um dos apps de rela-
cionamento mais populares, 
aceito pelos sistemas Android, 
iOS e Windows Phone. A partir 
de dados do Facebook, o apli-
cativo utiliza algoritmos para 
 
 25 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
mostrar os contatos e interes-
ses em comum entre duas pes-
soas, permitindo que se criem 
vínculos amorosos ou até 
mesmo amizades. 
 Happn - tem um grande dife-
rencial em relação ao Tinder, 
pois seu principal mecanismo 
de busca baseia-se na geoloca-
lização do usuário, e não em 
amigos ou interesses em co-
mum. Dessa forma, utilizando 
o serviço de localização do 
smartphone, o aplicativo ma-
peia as regiões por onde o usu-
ário passa, mostrando uma 
lista de pessoas com quem ele 
cruzou nestes lugares. 
 Badoo - é outro aplicativo gra-
tuito disponível pra paquera. 
Funciona em diversos siste-
mas, da web ao aplicativo para 
Android, iOS e Windows 
Phone. Faz-se um cadastro no 
site ou aplicativo próprio do 
Badoo, ou pode logar através 
do Facebook também. Assim 
como nos tempos de Orkut, no 
Badoo é possível ver quem vi-
sitou o seu perfil. Em 2013, ele 
chegou a ser a terceira rede so-
cial mais acessada do Brasil. 
 Grindr - conhecido como a 
versão do Tinder para homens 
homossexuais. A interface é 
semelhante à do Happn, com 
diversos pretendentes na pá-
gina inicial, e é possível filtrá-
los em categorias como “pai”, 
“discreto” e “geek”. Também é 
possível determinar caracte-
rísticas como idade, peso, al-
tura, tipos de corpo e status de 
relacionamento. 
 
A descoberta de identidades 
de usuários em aplicativos de relaci-
onamento é um dos perigos associa-
dos à segurança, pois permite que 
qualquer pessoa use os dados forne-
cidos pelo usuário para descobrir 
quem está por trás do apelido. Na 
maioria dos casos, pode-se associar 
o apelido de um usuário a uma conta 
em outra mídia social. Em outras pa-
lavras, desde o nome completo até o 
local de trabalho, com pouco esforço 
qualquer pessoa pode descobrir fa-
cilmente a identidade do usuário 
(FAUSTINO,2016). 
De acordo com Heilmann 
(2020), muitos desses aplicativos 
estão vinculados a redes sociais, 
como Facebook ou Instagram. Em-
bora seja melhor informar quais co-
nexões se tem com as pessoas com 
quem interage, o problema com isso 
é que se pode revelar detalhes muito 
pessoais a estranhos que podem 
usar esses dados para entender as 
atividades diárias e saber da rotina 
dos usuários para aplicar golpes. O 
ideal é não fazer a integração com a 
rede social, ou, caso seja necessário 
fazer, limitar a visualização dos 
posts, fotos, local de trabalho e e-
mail apenas para amigos. 
 
 
 26 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
Para as autoras Nuna e Penido 
(2020), a engenharia social é um 
método de ataque que usa a vulnera-
bilidade emocional das pessoas para 
induzi-las a enviar dinheiro, núme-
ros de arquivos ou simplesmente cli-
car em links maliciosos, que infecta-
rão seus dispositivos com vírus. Ao 
fazer amizade com alguém online, o 
usuário deve permanecer desconfi-
ado se as declarações emocionais co-
meçarem a se vincular a solicitação 
de dinheiro ou informações pessoais 
não relacionadas à continuidade de 
uma conversa. 
Além disso, é preciso evitar cli-
car em links que levam para sites 
desconhecidos, e enviar vídeos e fo-
tos íntimas. Embora seja uma prá-
tica comum, pode ser muito peri-
goso se o destinatário optar por 
chantagear alguém de quem se apro-
ximou apenas para esse propósito. 
Além disso, se os dispositivos de en-
vio e recebimento do usuário estive-
rem infectados com vírus ou acessa-
rem redes Wi-Fi públicas ou despro-
tegidas, essas informações podem 
ser interceptadas. 
Segundo Gonçalves (2018), 
hoje em dia, os aplicativos de na-
moro se tornaram parte do dia a dia 
de muitas pessoas e são uma das 
principais formas de interação social 
da atualidade. 
 Neste mundo altamente co-
nectado, eles podem ser facilitado-
res incríveis. No entanto, para usá-
los sem riscos e poder tirar o má-
ximo proveito deles, as pessoas de-
vem prestar atenção à privacidadede suas informações e ter cuidado ao 
compartilhar dados confidenciais 
com quem interage. 
Em consonância com o autor 
Lanier (2018), é correto afirmar que, 
para se proteger nos aplicativos de 
relacionamento existem alguns cui-
dados a seguir: 
 Prestar bastante atenção aos 
dados que está facilitando na 
hora de baixar um app de rela-
cionamento. Jamais revelar 
endereço de e-mail pessoal ou 
de trabalho nem relacionar 
com a conta de redes sociais. 
Evitar fornecer nome com-
pleto e local de trabalho. 
 Se conectar a redes seguras e 
privadas. Assim, será mais di-
fícil que os hackers roubem in-
formações. 
 Instalar no smartphone siste-
mas antivírus e de segurança 
digital. Eles evitam o acesso a 
páginas sem criptografia e im-
pedem a execução de códigos 
maliciosos no dispositivo. 
 Nunca revelar informações 
pessoais a estranhos como nú-
meros de telefone, perfis em 
outras redes, ou números de 
contas bancárias ou cartões de 
crédito. 
 
 
 27 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
3.8. Redes Sociais e Discursos 
de Ódio 
 
Conforme Moura (2016), as 
redes sociais têm produzido mudan-
ças nas formas de interação social 
entre os indivíduos e, devido às ca-
racterísticas da rede e à redução das 
barreiras de interação social entre os 
usuários, neste ambiente, a dissemi-
nação do discurso de ódio e da vio-
lência simbólica tende a aumentar. 
Em primeiro lugar, deve-se conside-
rar que as redes sociais são compos-
tas por dois elementos: participan-
tes sociais, ou seja, pessoas, institui-
ções ou grupos, os nós da rede e suas 
conexões, ou seja, suas interações ou 
vínculos sociais. 
As redes sociais online são es-
truturas sociais, onde atores sociais 
tomam conta um sistema e o usam 
para estabelecer conexões entre vá-
rios sujeitos que estão inseridos 
neste sistema. Através dessas cone-
xões, os atores estabelecem vínculos 
sociais que, consequentemente, se-
rão formados das relações e das in-
terações sociais entre os sujeitos. A 
interação, por sua vez, pode ser mú-
tua ou reativa. Nas trocas conversa-
cionais, a interação é mútua, e 
ocorre através do sistema simbólico 
(signos e símbolos da linguagem) 
presente nesse ambiente. Os sites de 
redes sociais são espaços que supor-
tam as redes sociais e permitem que 
elas se expressem na internet (TEI-
XEIRA, 2019). 
De acordo com Faustino 
(2016), os sites de redes sociais per-
mitem que os usuários estabeleçam 
funções por meio de um perfil ou pá-
ginas pessoais, interajam com co-
mentários e exibam publicamente 
suas redes. Para criar uma rede so-
cial, os usuários precisam fornecer 
informações pessoais como nome, 
idade, sexo e fotos no site. No en-
tanto, a estrutura desses dados pes-
soais nem sempre é verdadeira, um 
indivíduo pode criar dados pessoais 
falsos e ser protegido pelo anoni-
mato, assim, ele tende a se compor-
tar de forma diferente do que na vida 
real. Além disso, os sites de redes so-
ciais permitem compartilhar e obter 
capital social, como visibilidade, po-
pularidade, reputação e influência. 
Para o autor Heilmann 
(2020), as redes sociais na Internet 
são sistemas simbólicos, ou seja, 
permitem que os usuários se expres-
sem na Internet por meio de símbo-
los e signos da linguagem, portanto, 
se houver linguagem, pode haver vi-
olência simbólica e ódio. As redes 
sociais online são compostas por 
usuários e suas conexões, como re-
sultado, os sujeitos do mundo digital 
estão em constante contato entre si, 
e esse contato pode ser perturbador 
e violento, podendo levar a senti-
mentos de ódio. No entanto, sentir 
 
 28 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
ódio não é um problema, porque faz 
parte da natureza humana. A partir 
do momento em ele deixa de ser um 
sentimento, e passa a ser uma neces-
sidade que deve ser exteriorizada 
por meio da linguagem, ele passa a 
ser um problema social. Neste sen-
tido, as redes sociais permitem que 
o ódio apareça por meio de um es-
paço de comunicação e diálogo mú-
tuos. 
Segundo Nuna e Penido 
(2020), o termo hater, odiador em 
português, é uma gíria originada na 
Internet que veio do hip-hop norte-
americano e está relacionada à ex-
pressão “Haters Gonna Hate” (odia-
dores vão odiar), usado para classi-
ficar as pessoas que falam mal dos 
outros através dos espaços de intera-
ção e diálogo na Internet. Os haters 
sempre existiram, antes de se torna-
rem populares na Internet, eles apa-
reciam em reuniões públicas, como 
comícios eleitorais, manifestos fe-
ministas, declarações religiosas, 
dentre outros. Os haters são pessoas 
que violam as regras de boa fé e con-
duta cívica para chamar a atenção. É 
por isso que o termo hater é tão de-
preciativo, porque se refere a uma 
pessoa que expressa o ódio em um 
espaço de interação e diálogo. São os 
sujeitos que não estão dispostos a 
debater e dialogar construtiva-
mente, apenas criticam negativa-
mente e não respeitam as opiniões 
divergentes. Quem odeia quer ser te-
mido e ouvido, e com o surgimento 
das redes sociais, devido às caracte-
rísticas da rede, ele ganha voz e visi-
bilidade. 
Em consonância com o autor 
Gonçalves (2018), é correto afirmar 
que, o comportamento sexual dis-
ruptivo é o alvo preferencial do ata-
que dos haters, principalmente se o 
indivíduo for do sexo feminino, ou 
seja, quando a mulher se desvia dos 
padrões morais, das regras do “re-
cato feminino” impostas por um 
grupo social, ela será classificada e 
estigmatizada através da linguagem, 
pelos haters com o uso de termos pe-
jorativos. 
Uma pessoa que sente ódio de-
sempenha o papel de um juiz em um 
julgamento, de modo que o compor-
tamento e as ações de pessoas consi-
deradas perversas sejam submetidas 
ao sufrágio público, neste caso, se 
ele está com raiva do verdadeiro ini-
migo, ela possui um valor político. 
No entanto, os haters presentes nas 
redes sociais não têm nada a ver com 
o conceito de justiça social, mas sim 
com emoções, como a raiva e o ódio, 
que são geradas nos haters, porque o 
alvo não atendeu às suas expectati-
vas. Os haters, nas redes sociais es-
tão comprometidos em desmascarar 
e expor publicamente os indivíduos 
que se opõem ao grupo social em 
que fazem parte. Esta forma de ódio 
 
 29 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
online consiste em insultos, precon-
ceitos, cyberbullying e estigmas so-
ciais, na forma de texto, imagens ou 
vídeos. 
Conforme Lanier (2018), com 
o aumento e visibilidade dos discur-
sos de ódio descritos pelos haters em 
sites de redes sociais, surgiu um pro-
blema social, a exposição do estigma 
social se intensificou, pois os discur-
sos dos haters, frequentemente, es-
tão cheios de preconceito e termos 
pejorativos. 
Por meio da linguagem, eles 
buscam influenciar o comporta-
mento coletivo nos espaços de diá-
logo das redes sociais, tentando se 
tornar influentes e dominantes ex-
pondo a fragilidade e o estigma so-
cial da vítima na internet. 
 No ambiente que constitui as 
redes sociais na Internet, pequenas 
ações podem ter um grande impacto 
na rede. Portanto, quando um hater 
publica discursos contendo ódio e 
violência simbólica, nos espaços de 
interação e diálogo, esse comporta-
mento pode ter um grande impacto 
nos indivíduos conectados neste sis-
tema, ou seja, os haters podem enco-
rajar outros usuários que comparti-
lham das mesmas ideias a exibir pu-
blicamente seus pensamentos de 
distinção através da linguagem 
(MOURA, 2016). 
De acordo com Teixeira 
(2019), a reputação está intrinseca-
mente relacionada a “quem somos”, 
“o que pensamentos” e “como nos 
comportamos” na Internet, en-
quanto visibilidade é a habilidade de 
se fazer ser notado em uma rede so-
cial. 
A popularidade está relacio-
nada ao público, ou seja, o número 
de comentários do site ou visitas a 
páginas da Internet, o númerode vi-
sitas a um determinado site ou links 
compartilhados, dentre outros. A 
autoridade, por sua vez, está relacio-
nada ao poder de influência que um 
nó tem sobre a rede. Ela compre-
ende, também, a reputação, porém 
não se resume a ela, ou seja, a auto-
ridade seria a capacidade de gerar 
conversação na rede a partir do que 
diz. 
Para o autor Faustino (2016), 
na Internet, a informação flui mais 
rápido do que nunca, ou seja, as 
ideias podem ser trocadas e compar-
tilhadas, mas esses fragmentos de 
informações deixam rastros no cibe-
respaço. Ao mesmo tempo, as pes-
soas tem mais liberdade de expres-
são, mas menos privacidade. Na era 
digital, se é forçado a viver com os 
próprios registros detalhados, e 
qualquer pessoa no mundo pode 
pesquisar e acessar esses registros, 
 
 30 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
usando a pesquisa do Google ou 
qualquer outro motor de busca. Es-
ses dados nem sempre são confiá-
veis, pois qualquer pessoa pode criar 
informações falsas e compartilhar 
com a rede, e assim, influenciar di-
retamente na reputação de alguém. 
Segundo Heilmann (2020), os 
haters tem o desejo de ter diversos 
tipos de capital social, e especial-
mente, eles querem ser ter mais in-
fluência, para poderem ser mais do-
minantes na internet e reestruturar 
a realidade, mesmo que seja por 
meio da condenação de suas vítimas, 
e de sua popularidade negativa. Eles 
agem de forma direta na destruição 
da reputação de suas vítimas, geral-
mente compartilhando informações 
falsas e preconceituosas, colabo-
rando para o estabelecimento de es-
tigmas sociais. 
Em consonância com as auto-
ras Nuna e Penido (2020), é correto 
afirmar que, outros fatores que pos-
sibilitam a disseminação dos discur-
sos da violência simbólica e do ódio 
por haters, e a consolidação de estig-
mas sociais são: 
 Persistência; 
 Capacidade de Busca (Search-
ability); 
 Replicabilidade; 
 Audiências Invisíveis. 
 
Conforme Gonçalves (2018), 
os discursos de ódio e os estigmas 
sociais espalhados pelos haters nas 
redes sociais deixam cicatrizes pro-
fundas tanto na vítima atingida, 
como nas redes. Embora a repercus-
são da polêmica não dure eterna-
mente, seus vestígios sempre esta-
rão presentes no ciberespaço, e po-
dem ser acessadas a qualquer mo-
mento por alguma pessoa, devido às 
características da rede, como por 
exemplo a persistência e a memória, 
retomando assim o ciclo e até 
mesmo dando um novo significado a 
reputação das pessoas. 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 32 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
4. Internet 
 
 
Fonte: www.zoom.com.br4 
 
4.1. Conceito, Uso na Co-
municação e Pesquisa 
 
e acordo com Kurose (2013), a 
Internet é uma rede global de 
computadores ou terminais conecta-
dos entre si, que possuem em co-
mum um grupamento de protocolos 
e serviços, de maneira que os usuá-
rios interligados consigam utilizar 
os serviços de informação e comuni-
cação de alcance global por meio de 
linhas telefônicas comuns, linhas de 
comunicação privadas, satélites e 
outros serviços de telecomunica-
ções. 
 
4 Retirado em www.zoom.com.br 
Para o autor Alencar (2010), 
com o surgimento da World Wide 
Web, a internet foi muito valorizada, 
seu conteúdo se tornou mais atra-
ente com a possibilidade de anexar 
imagens e sons, além de textos. Os 
sistemas operacionais, inclusive o 
Vista e Windows 7, geraram um am-
biente em que cada informação pos-
sui um endereço único, e pode ser 
encontrada por qualquer usuário, 
tanto na rede local, como na inter-
net. 
Segundo Cabral e Seraggi 
(2017), a Internet também é vista 
D 
 
 33 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
como o maior agregado de informa-
ções disponibilizadas para o púbico, 
o que destaca o lado informativo da 
rede, decorrência da utilização da 
internet para novos serviços, adicio-
nais aos serviços considerados bási-
cos e direcionados para a divulgação 
de informações. Ultimamente, a In-
ternet tem sido considerada como 
um super meio de comunicação, nos 
aspectos universal, bidirecional e de 
multimeios da comunicação propor-
cionada pela rede, que não leva em 
conta o tempo e o espaço. 
Em consonância com os auto-
res Carvalho e Lorena (2017), é cor-
reto afirmar que, a Web é a versão 
multimídia da Internet. Em termos 
técnicos, Web significa uma sub-
rede da Internet, constituída pelos 
computadores que fornecem servi-
ços com base na tecnologia Web. En-
quanto na Internet a informação 
textual é a predominante, na Web 
imagens e cores são mais constan-
tes. Ela é conhecida como World 
Wide Web, “a Web” ou “WWW”. 
Conforme Pinochet (2014), 
conceitualmente a Web é: 
 Uma rede de abrangência 
mundial; 
 Uma rede de computadores na 
Internet que fornece informa-
ção em forma de hipertexto; 
 Um dos muitos serviços ofere-
cidos na Internet; 
 Um sistema de informação 
mais recente que emprega a 
Internet como meio de trans-
missão. 
 
De acordo com Wazlawick 
(2021), a Web em escala reduzida é 
uma imagem refletida do mundo em 
se vive atualmente. Existem alguns 
locais na Web que é possível fazer 
uma viagem pelo mundo sem sair de 
casa. Esses locais (virtuais) habita-
dos encontrados na Web são chama-
dos de websites. 
Para o autor Kurose (2013), a 
Web possui uma linguagem própria 
para se comunicar, apelo visual, ela 
tem uma mistura estimulante de ca-
racterísticas de mídia impressa e te-
levisiva, o que mudou de forma defi-
nitiva a Internet. Os usuários da in-
ternet chamam essa nova forma da 
Web de navegar na Rede Internet. A 
Web é capaz de prestar todos os ti-
pos de serviço com base em con-
sulta, recuperação ou divulgação de 
informações pela Internet. 
Segundo Alencar (2010), a 
Web também é um grande banco de 
dados, possui informações oriundas 
de centenas de milhares de autores 
(pessoas e instituições). O acesso a 
essas informações pode ser contro-
lado e personalizado, de acordo com 
os interesses de cada usuário, atra-
vés da aplicação do conceito de hi-
pertextos. Frequentemente, tam-
bém podem ser encontradas na Web 
 
 34 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
empresas prestando serviços comer-
ciais, como vendas home-banking, 
dentre outros. 
Em consonância com os auto-
res Cabral e Seraggi (2017), é correto 
afirmar que, existem uma variedade 
de termos diferentes para explicar 
“Web”. Alguns termos que podem 
facilitar o entendimento do que é a 
Web, são: 
 “Web” - termo utilizado 
quando se refere à imensidão 
de páginas existentes em toda 
a Internet; 
 Páginas “Web” - termo utili-
zado para se referir a uma de-
terminada página; 
 Website - também conhecido 
por “site” ou sítio, é o conjunto 
de páginas web num determi-
nado endereço, mais conhe-
cido pelos nomes em inglês, 
site ou Website. 
 
Conforme Carvalho e Lorena 
(2017), os principais tipos de websi-
tes são: 
 Websites estáticos - nos quais 
não existe nenhum tipo de 
personalização. Toda e qual-
quer informação está disponí-
veis da mesma forma para o 
público em geral; 
 Websites dinâmicos - ao con-
trário dos estáticos, são websi-
tes que trabalham com perso-
nalização. Isso quer dizer que 
as informações e os serviços 
disponíveis no website serão 
tratados de forma pessoal, 
com características que aten-
dam o visitante. 
 
 
De acordo com Pinochet 
(2014), para navegar e ter acesso as 
informações na Web é preciso utili-
zar um software chamado navega-
dor (browser) para mostrar as infor-
mações de servidores de Internet 
(ou “sites”) e exibi-las na tela do usu-
ário. O usuário pode seguir os links 
(ligações) na página para outros do-
cumentos ou mesmo enviar infor-
mações de volta para o servidor, 
para interagir com ele. Na Internet, 
geralmente, a informação é colocada 
em documentosdenominados “si-
tes” ou páginas da Web, no formato 
HTML (HyperText Markup Lan-
guage, que significa Linguagem de 
Marcação de Hipertexto) que é 
usada para criar páginas na Web. 
Para o autor Wazlawick 
(2021), essas páginas são formadas 
por arquivos que se encontram em 
computadores no mundo inteiro, 
identificados por servidores da Web. 
Sendo assim, os servidores são res-
ponsáveis pelo armazenamento das 
páginas e possibilitam o acesso ao 
conteúdo da rede. Para ativar um 
documento é necessário que o usuá-
rio saiba corretamente qual o URL 
(Uniform Resource Locator) que 
quer localizar, ou seja, o URL é o lo-
calizador padrão de recursos, que 
 
 35 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
pode ser um arquivo ou uma impres-
sora, disponível em uma rede local, 
dentro de uma rede corporativa, In-
tranet ou Internet. 
Segundo Kurose (2013), o 
URL é um caso particular do Identi-
ficador Uniforme de Recursos, o 
URI ou (Uniform Resource Identi-
fier), que são os endereços que iden-
tificam um “ponto de conteúdo” da 
World Wide Web, seja este uma pá-
gina de texto, vídeo, imagem ou áu-
dio. O tipo mais comum de URI é o 
URL, que descreve o endereço de 
uma página na Web, o servidor que 
a hospeda, o nome do documento 
neste servidor e o mecanismo utili-
zado para o acesso. Um URI pode 
ser classificado como um localiza-
dor, um nome, ou os dois. 
Em consonância com o autor 
Alencar (2010), é correto afirmar 
que, um navegador é um programa 
que possibilita a visualização dos hi-
pertextos disponibilizados na Inter-
net. 
 O navegador é comumente 
chamado de browser e disponibili-
zado gratuitamente na própria In-
ternet. É um cliente para a extração 
de informações em um servidor 
Web. O primeiro navegador ou 
browser foi chamado WorldWide-
Web, quando foi escrito em 1990, foi 
a única maneira de ver a web. Mui-
tos anos depois, foi rebatizado de 
Nexus, com o objetivo de salvar a 
confusão entre o programa e o es-
paço abstrato de informações (que 
agora é soletrado World Wide Web 
com espaços). 
Conforme Cabral e Seraggi 
(2017), algumas das facilidades im-
plementadas pelos navegadores, 
são: 
 Facilidade de manipulação de 
documentos carregados; 
 Suporte de imagens, nos for-
matos GIF, JPEG, PNG; 
 Recuperação simultânea de 
textos e imagens; 
 Seguranças, que incluem co-
municação privada e servido-
res certificados. 
 
De acordo com Carvalho e Lo-
rena (2017), um navegador é um sof-
tware usado para visualizar as pági-
nas da Web. Existem vários tipos de 
navegadores diferentes, mas todos 
têm características muito semelhan-
tes. 
Para o autor Pinochet (2014), 
os principais navegadores/browsers 
são: 
 Internet Explorer - é um nave-
gador de licença proprietária 
produzido inicialmente pela 
Microsoft em agosto de 1995, 
uma vez que é distribuído em 
cada versão do sistema opera-
cional Windows, porém desde 
2004 vem perdendo espaço 
para outros navegadores re-
distribuindo sua fatia para ou-
tros concorrentes. Atualmente 
 
 36 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
o navegador Internet Explorer 
é um componente integrado 
nas versões mais recentes do 
sistema operacional Microsoft 
Windows, tornando-se dispo-
nível como um produto grátis 
e separado para as versões 
mais antigas de sistema opera-
cional. 
 Mozilla Firefox - é considerado 
um dos melhores navegadores 
reconhecido pelos universitá-
rios brasileiros e pelos usuá-
rios que utilizam o sistema 
operacional Linux. Além de 
ser grátis, ele também é open-
source (código fonte aberta). É 
um produto leve, com uma ve-
locidade impressionante e 
com menos problemas que ou-
tros navegadores, desenvolvi-
dos pelos métodos tradicio-
nais, apresentam. 
 Google Chrome - é um navega-
dor desenvolvido pelo Google 
para ser rápido de todas as for-
mas possíveis. Ele inicia rapi-
damente a partir da sua área 
de trabalho, carrega páginas 
da web em um piscar de olhos 
e executa aplicativos comple-
xos da web de forma muito rá-
pida. Em menos de dois anos 
de uso, o Google Chrome já é o 
terceiro browser mais usado 
do mundo. 
 Opera - foi produzido em 1994 
pela empresa estatal de teleco-
municações da Noruega e foi a 
primeira alternativa leve para 
os usuários. É um navegador 
de alta qualidade, suportando 
diversas plataformas, sistemas 
operacionais e inclusive siste-
mas embarcados de navegação 
web, tais como PDA’s e celula-
res. Utiliza para tanto um ren-
derizador chamado ‘Opera 
Mobile Accelerator’ que per-
mite uma boa visualização de 
conteúdo, mesmo em peque-
nas telas. 
 Safari - é um navegador desen-
volvido pela Apple Inc. e inclu-
ído como o navegador padrão 
a partir do sistema operacio-
nal Mac OS X v10.3 (Panther). 
Apresenta uma interface sim-
ples característica dos produ-
tos da Apple. Suas funções são 
básicas: abas, bloqueador de 
pop-ups, baixador de arqui-
vos, leitor de notícias RSS, 
modo privado que evita o mo-
nitoramento da navegação por 
terceiros, dentre outros. 
 
 
Segundo Wazlawick (2021), 
um motor de busca ou Site de buscas 
é um software construído para auxi-
liar na procura de informações ar-
mazenadas tanto no computador 
pessoal, nas redes de uma empresa 
ou escola e principalmente na rede 
mundial (WWW). Os primeiros sof-
twares de busca eram baseados na 
indexação de páginas através da sua 
categorização. Nos Estados Unidos 
era o Altavista e o Yahoo e, no Brasil, 
o site (www.cade.com.br) foi um dos 
pioneiros nacionais, que marcou os 
 
 37 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
primeiros usuários de internet bra-
sileiros, mais tarde ele foi comprado 
pelo Yahoo. Em seguida, surgiram 
as meta-buscas ou meta-pesquisas, 
sites que possibilitam fazer buscar 
simplificadas e avançadas de seus 
conteúdos. 
Em consonância com o autor 
Kurose (2013), é correto afirmar 
que, a mais recente geração de mo-
tores de busca, bem como o mais co-
nhecido e usado é o Google, que usa 
várias tecnologias como a procura 
por palavras-chave diretamente nas 
páginas e o uso de referências exter-
nas disseminadas pela web, possibi-
litando até a tradução direta de pá-
ginas, com algumas inconsistências 
de vocabulários e gramáticas relaci-
onadas ao idioma escolhido para 
tradução. 
Hoje em dia, os softwares de 
busca são um dos serviços mais usa-
dos pelos internautas no cotidiano, 
seja no trabalho ou em casa, não im-
porta o local, eles sempre são utiliza-
dos. 
 
4.2. Uso Indevido da Internet e 
Privacidade 
 
Conforme Alencar (2010), a 
implantação de serviços de segu-
rança no uso da internet diminui 
muito os riscos de ocorrerem pro-
blemas de segurança e colabora com 
a administração das redes e recursos 
de forma segura. É fundamental 
destacar que estes serviços são o mí-
nimo a se fazer em meio a diversas 
opções que existem em relação a 
práticas de segurança, é o mesmo 
que dizer que a sua adoção é um bom 
começo, mas não necessariamente é 
suficiente em todas as situações. 
De acordo com Cabral e Se-
raggi (2017), para estabelecer um ní-
vel apropriado de segurança, a em-
presa deve instalar um firewall em 
suas dependências. O firewall é ins-
talado entre a rede local e a Internet, 
ele auxilia a estabelecer um link con-
trolado com as redes externas, pro-
tege a rede local de ataques origina-
dos em redes externas, como a Inter-
net, e fornece um único ponto de 
barragem de dados. 
Para os autores Carvalho e Lo-
rena (2017), as principais funções do 
firewall são: 
 Todo o tráfego de dados que 
entra ou sai da empresa deve, 
obrigatoriamente, passar atra-
vés do firewall. 
 Somente tráfego autorizado, 
de acordo com políticas pré-
estabelecidas, tem permissão 
de passar. 
 O próprio firewall deve ser 
imune a ataques. Para isso é 
necessário que ele seja confi-
gurado corretamente, com 
atenção total na segurança. 
 
Segundo Pinochet (2014), as 
característicasdo firewall, são: 
 
 38 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
 Controle de Serviço – deter-
mina os tipos de serviços que 
podem ser acessados. O fire-
wall pode filtrar o tráfego de 
acordo com um endereço IP ou 
uma porta. 
 Controle de direção – deter-
mina a direção em que um ser-
viço requisitado pode ser aces-
sado através do firewall. 
 Controle de usuário – controla 
o acesso a serviços de acordo 
com os usuários que estão ten-
tando acessar. Esta carac-
terística é normalmente 
aplicada para usuários inter-
nos. 
 
Em consonância com o autor 
Wazlawick (2021), é correto afirmar 
que, em relação à privacidade na in-
ternet, percebe-se que essa tecnolo-
gia permite o monitoramento do 
comportamento das pessoas cons-
tantemente a um baixo custo. Um 
desafio contínuo para os formadores 
de políticas públicas é responder 
qual seria a quantidade de lei e tec-
nologia necessária para restaurar o 
nível adequado de controle da priva-
cidade uma vez que esse nível deve 
equilibrar os interesses privados e 
públicos. 
A privacidade apesar de ser 
um conceito amplo, pode ser anali-
sada a partir de dois aspectos, um 
voltado para o âmbito privado e ou-
tro para o público. No ambiente pri-
vado, a tradicional questão de “pri-
vacidade” está associada com o li-
mite que a lei coloca para que uma 
pessoa ou governo possam invadir o 
espaço privado de outra, assim, fo-
ram estabelecidas imposições legais 
como as leis e instrumentos norma-
tivos. 
Conforme Kurose (2013), é 
importante destacar que, normal-
mente, a privacidade tende a ser dei-
xada de lado, quando o assunto en-
volve segurança nacional, terro-
rismo, eficiência ou empreendedo-
rismo. Conforme a teoria política li-
beral, a privacidade é definida como 
uma maneira de proteger a liber-
dade individual, mas essa privaci-
dade não existe. Porém, a liberdade 
das práticas de vigilância pública ou 
privada é essencial para a prática de 
informação e reflexão da cidadania. 
Ou seja, atualmente, as tecnologias 
das informações permitem que as 
atividades das pessoas sejam moni-
toradas, de forma que as empresas 
e/ou governo possam manipular as 
informações disponíveis ao público 
através do uso de ferramentas de 
pesquisas, filtros, plataformas soci-
ais e propagandas. 
 
4.3. Qualidade do Sinal 
 
De acordo com Alencar 
(2010), a topologia de uma rede 
 
 39 
INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
pode ser definida como sendo um 
mapa da rede. É a forma de conexão 
dos dispositivos na rede, ou seja, 
como eles estão ligados. 
Os pontos onde são conecta-
dos recebem a denominação de nós, 
sendo que estes nós sempre estão re-
lacionados a um endereço, para que 
possam ser reconhecidos pela rede. 
Para os autores Cabral e Se-
raggi (2017), a topologia de uma 
rede pode ser física ou lógica: 
 A topologia física descreve por 
onde os cabos passam e onde 
as estações, nós, roteadores e 
gateways se localizam; 
 A topologia lógica refere-se 
aos percursos das mensagens 
entre os usuários da rede. 
 
Segundo Carvalho e Lorena 
(2017), existem quatro tipos de to-
pologias físicas: 
 Barra - todas as estações são li-
gadas em paralelo ao cabo. A 
atenuação do sinal transmi-
tido no cabo é determinada 
pelo comprimento do cabo, 
pelo número máximo de esta-
ções em uma rede e pela quali-
dade das placas de rede. Uma 
rede é determinada pela ate-
nuação do sinal no cabo e pela 
qualidade das placas de rede. 
O fluxo de dados é bidirecio-
nal. As extremidades do barra-
mento são terminadores dos 
sinais. Um pedaço do circuito 
em curto causa a queda da 
rede. 
 Anel - é caracterizada como 
um caminho unidirecional de 
transmissão, formando um 
círculo lógico, sem um final 
definido. A saída de cada esta-
ção está ligada na entrada da 
estação seguinte. Um grande 
comprimento total de cabo é 
permitido, pelo fato de cada 
estação ser um repetidor de si-
nal. A confiabilidade da rede 
depende da confiabilidade de 
cada nó (estação) e da confia-
bilidade da implementação do 
anel. O fluxo de dados é em 
uma única direção. 
 Estrela - é caracterizada por 
um determinado número de 
nós, conectados em uma con-
troladora especializada em co-
municações. Ela tem a necessi-
dade de um nó central ou con-
centrador. O tamanho da rede 
dependente do comprimento 
máximo do cabo entre o nó 
central e uma estação. O nú-
mero de estações é limitado 
pelo nó central. A confiabili-
dade da rede é extremamente 
dependente do nó central. O 
fluxo de dados entre o nó cen-
tral e as estações depende da 
topologia lógica. 
 Mista ou híbrida - é caracteri-
zada quando tem a necessi-
dade de vários tipos de topolo-
gias formando uma única 
rede. 
 
 
Em consonância com o autor 
Pinochet (2014), é correto afirmar 
 
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INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
que, os computadores são interliga-
dos, e os seus dados são transmiti-
dos através dos cabos e fios interli-
gados entre eles. 
Os meios de transmissão mais 
comuns utilizados, são: 
 Cabo coaxial - é composto por 
um revestimento de plástico 
externo, tela de cobre, isolador 
dielétrico de cobre e núcleo de 
cobre, utilizando os conectores 
do tipo BNC e BNC Tipo “T”. É 
um tipo de cabo muito utili-
zado pela TV a cabo, para con-
dução de sinal. Antigamente o 
cabo coaxial era muito utili-
zado nas empresas e indús-
trias como meio de transmis-
são pelas redes de computado-
res. A sua velocidade máxima 
de transmissão é de 10 Mbps. 
 Par trançado - sua vantagem 
está nas taxas de transmissão 
que são de 10 Mbps (Ether-
net), 100 Mbps (Fast Ether-
net) ou 1000 Mbps (Gigabit 
Ethernet). A maioria das redes 
utiliza as velocidades de 100 
Mbps, mas a sua escolha ficam 
pela demanda de tráfego de 
dados, voz, imagens e vídeos. 
Ele hoje está presente nos 
equipamentos que utilizam os 
serviços de banda larga, como 
ADSL e NET VIRTUAL, para 
conectar a placa de rede no 
Switch ou Roteador. 
 Fibras ópticas é para uso de al-
tas taxas de transmissão, e 
serve para interligar grandes 
redes de telecomunicação e 
computadores. Ela transmite 
feixe de luz ou sinais lumi-
nosos. 
 Radiodifusão - é a transmissão 
de ondas de radiofrequência 
que, por sua vez, são modula-
das. Estas se propagam eletro-
magneticamente através do 
espaço até chegar ao receptor 
de rádio de destino. Sua prin-
cipal característica é a trans-
missão de dados sem fio, 
sendo uma alternativa para lo-
cais onde é difícil passar os 
fios. Entre outros meios de 
transmissão sem fio, podemos 
destacar a transmissão por mi-
cro-ondas. 
 Backbone - É o canal principal 
de comunicação de uma rede, 
onde outras redes de computa-
dores estão conectadas, ou 
seja, é a “espinha dorsal” de 
uma rede de comunicação. 
Normalmente é o canal de co-
municação mais rápido de 
toda rede. 
 
Conforme Wazlawick (2021), 
alguns equipamentos são necessá-
rios para que a transmissão do sinal 
de internet seja realizada, são eles: 
 Placa de rede - para poder co-
nectar os meios de transmis-
são através dos cabos de trans-
missão, cada computador da 
rede deve ter uma placa de co-
municação, onde deverá ser 
conectado o cabo da rede. 
 Hub - tem a função de concen-
trar os cabos de acordo com o 
número de entradas. 
 
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INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 
 Roteador - tem como função 
indicar quando um computa-
dor se conecta à rede e então 
acionar a geração de um ende-
reço IP para esse computador, 
determinar a melhor rota e 
transportar os pacotes pela 
rede, verificar o endereço de 
rede para quem a mensagem 
está destinada, identificar este 
endereço e, por fim, traduzir 
para um novo endereço físico e 
enviar pacote. 
 Repetidor - pode interligar 
dois segmentos de rede, rege-
nerando o sinal e permitindo 
que distâncias maiores sejam 
atingidas. 
 Modem - é um dispositivo con-
versor de sinais que faz a co-
municação entre computado-
res através

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