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Internet, Redes Sociais e Comunicação Interpessoal 02 1. Comunicação Virtual 4 2. Redes Sociais no Cotidiano 12 3. Redes Sociais e Seu Uso Indevido 18 3.1. Redes Sociais e Exposição Excessiva 19 3.2. Redes Sociais e Captação e Venda de Informações 19 3.3. Uso de Algoritmos e Padronização de Comportamentos 20 3.4. Redes sociais e Cyberbullying 20 3.5. Redes sociais e Dependência 20 3.6. Redes Sociais e Fake News 21 3.7.Redes Sociais e Sites de Namoros 23 3.8.Redes Sociais e Discursos de Ódio 27 4. Internet 32 4.1.Conceito, Uso na Comunicação e Pesquisa 32 4.2. Uso Indevido da Internet e Privacidade 37 4.3. Qualidade do Sinal 38 5. Referências Bibliográficas 43 03 4 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 1. Comunicação Virtual Fonte: lonax.com.br1 s tecnologias de comunicação trazem cada vez mais opções. Mas, na verdade, a possibilidade de interação é muito maior do que a in- teração efetiva. Existe um acordo “tácito” entre os produtores e o con- sumidor, são oferecidas mais alter- nativas nas áreas de entretenimento (filmes, jogos) e de serviços (tele- marketing, home banking) do que em outras áreas, como a da informa- ção ou de debates (WAGNER, VERZA, SPIZZIRRI e SARAIVA, 2015). 1 Retirado em lonax.com.br De acordo com Marques (2012), o rápido desenvolvimento de tecnologias pessoais, móveis, bara- tas e interativas está levando a gran- des mudanças no trabalho, lazer e comunicação com pessoas próximas e distantes. Modifica-se o conceito de tempo e espaço, seja real ou vir- tual, tradicional e inovador. A extra- ordinária expansão dessas tecnolo- gias deslumbrou muitas pessoas, e concluiu-se que elas seriam capazes de resolver os grandes problemas A 5 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL que afligem a humanidade, redu- zindo as desigualdades sociais, e de- mocratizando o acesso a produtos culturais e econômicos. Para os autores Lemos e Di Fe- lice (2014), a internet permite que as pessoas tenham diferentes conexões com o espaço e o tempo, falando, ob- servando e cooperando com atitu- des, não importa a que distância es- tejam e gastando o mínimo. Possibi- lita encontros, ouvir a distância, fa- zer compras sem sair de casa, pagar contas sem ir ao banco, estudar e trabalhar, e ficar cada vez mais em casa. Por outro lado, também há muitos críticos desta tecnologia, re- pleta de soluções na resolução de problemas, que aumentam a acomo- dação das pessoas, tornando-as cada vez mais fechadas em casa e redu- zindo o contato físico, ao mesmo tempo que aumentam o individua- lismo e alienação. Segundo Polito e Polito (2021), nem o deslumbramento nem as críticas radicais ajudam a enten- der como lidar da melhor forma com as tecnologias. Eles nos ajudam e nos complicam, nenhuma tecnolo- gia é inocente. Na sociedade, elas são introduzidos por grandes grupos para facilitar a vida das pessoas, mas após a fase de resistência, as pessoas as usarão extensivamente por um período de tempo e serão impostos à sociedade. Hoje em dia, o computa- dor já atingiu esse estágio domi- nante, querendo ou não já está ins- talado em quase todos os aspectos da vida e a tendência é estar pre- sente em todos os momentos e ativi- dades pessoais, grupais e sociais, por meio da miniaturização. Em consonância com os auto- res Timms e Heimans (2018), é cor- reto afirmar que, do ponto de vista pessoal, depende de como ele é utili- zado. As novas tecnologias são uma extensão do pensamento humano, e cada um faz dela o que faz com a pró- pria vida, ampliando assim a busca por comunicação e ação na mesma direção. A tecnologia simplifica muito a vida, mas o excesso de con- fiança na tecnologia pode tornar as pessoas vulneráveis, pessoal e cole- tivamente. Muitos usos diferentes podem ser criados para as tecnolo- gias, e é nesse ponto que se encontra o seu encantamento, o seu poder de sedução. Conforme Martino e Marques (2018), os produtores estudam as coisas em que os consumidores es- tão interessados e as criam, adaptam e distribuem para aproximá-los. A sociedade parte gradualmente do uso originalmente previsto, para ou- tros usos inovadores ou inespera- dos. É possível realizar diferentes coisas com as mesmas tecnologias. 6 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Com a ajuda da Internet, as pessoas podem se comunicar pelo mundo virtual, buscar informações, anun- ciar, ganhar dinheiro, entreter ou navegar curiosamente, como os “vo- yeurs”. Cada tecnologia modificou certas dimensões da relação entre os seres humanos e o mundo, da per- cepção da realidade e da interação com o tempo e o espaço. Os telefones celulares oferecem uma mobilidade inimaginável há alguns anos atrás, as pessoas podem ser contatadas, caso desejam, ou podem ser conec- tadas em qualquer lugar, sem de- pender de cabos ou redes físicas nas proximidades. A miniaturização das tecnologias de comunicação trouxe grande flexibilidade, mobilidade e personalização, promovendo a indi- vidualização dos processos de comu- nicação, deixando as pessoas dispo- níveis a qualquer hora e em qual- quer lugar. Essas tecnologias portá- teis expressam claramente a impor- tância que o capitalismo atribui ao indivíduo e não ao coletivo, ou seja, a importância da liberdade de esco- lha e da capacidade de agir de acordo com seus próprios desejos (MARTINO e MARQUES, 2018). De acordo com Wagner, Verza, Spizzirri e Saraiva (2015), a tecnolo- gia de rede eletrônica mudou pro- fundamente o conceito de tempo e espaço. Uma pessoa pode morar em um local isolado e está sempre co- nectada a grandes centros de pes- quisa, grandes bibliotecas, colegas de profissão e inúmeros serviços. Pode fazer a maior parte do trabalho sem sair de casa, levar o laptop para a praia e estudar, se comunicar e manter distância de outras pessoas enquanto descansa. São possibilida- des reais, inimagináveis há alguns anos, que estabelecem novos víncu- los, situações e serviços, depen- dendo da aceitação de cada pessoa para funcionar com eficácia. Para o autor Marques (2012), uma importante mudança, que vem se destacando nos últimos anos, é a premência de comunicação por meio de sons, imagens e textos, en- globando mensagens e tecnologias multimídia. O computador abrange todas as telas anteriormente separa- das, tornando-se, concomitante- mente, um instrumento de trabalho, de comunicação e de lazer. A mesma tela pode ser usada para assistir um programa de TV, fazer compras, en- viar mensagens, participar de um debate através de videoconferência, participar da realização, ao vivo, de um projeto com vários colegas, espa- lhados em vários continentes. Segundo Lemos e Di Felice (2014), cada vez mais a comunica- ção está se tornando extremamente sensorial, multidimensional e não li- near. Hoje em dia, as técnicas de 7 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL apresentação são muito mais fáceis e atraentes do que eram há anos atrás, e consequente o padrão de exigência para apresentar qualquer trabalho através de sistemas multimídia au- mentou significativamente. O som não é apenas mais um acessório, e sim uma parte integral da narrativa. O texto na tela é muito mais impor- tante, devido a sua flexibilidade, simplicidade de correção, cópia, deslocamento e transmissão. Em consonância com os auto- res Polito e Polito (2021), é correto afirmar que, as novas tecnologias podem ser alvos de críticas violentas por parte de intelectuais ou serem vistas como possibilidades dos no- vos meios para a participação dos ci- dadãos de elevar seu nível cultural. Quando surgiram o cinema, o rádio e, depois, a televisão foi ressaltadasas possibilidades educacionais, cul- turais e comunicacionais de cada um desses meios. Mas, na realidade es- ses meios foram tomados pelo capi- talismo, que os transformaram em um tipo de indústria, em busca de lucro fácil e universal, levando ao predomínio de conteúdos de entre- tenimento e a maneiras de comuni- cação mais dirigidas do que partici- pativas. Conforme Timms e Heimans (2018), basicamente, não são as tec- nologias de comunicação que trans- formam a sociedade, e sim a sua uti- lização no modo de produção capita- lista, que tem como objetivo maior o lucro, a expansão, a internacionali- zação de tudo o que tem valor econô- mico. Os mecanismos inerentes de expansão do capitalismo aceleram a disseminação das tecnologias, passi- veis de produzir ou veicular todas as formas de lucro. Por isso existe inte- resse em aumentar o alcance da sua propagação, afim de alcançar o má- ximo de pessoas que são produtivas economicamente, ou seja, pessoas que tem capacidade de consumir. Os meios de comunicação, especial- mente os eletrônicos, possibilitam e demandam atualmente diversas es- colhas constantes, abrem um leque de opções de interação, fazendo com que a sociedade mais e mais se inte- resse pelo campo da multimídia. Diante da crise das institui- ções políticas, muitas pessoas pro- curam nos Meios de Comunicação, principalmente na televisão, as saí- das pessoais para alguns dos seus problemas. Como a prática da jus- tiça no Brasil costuma ser demo- rada, é comum procurar a televisão para resolver conflitos, principal- mente no campo econômico. Atra- vés dos Meios de comunicação as pessoas procuram se informar, para se divertir e voltar ao cotidiano para intercambiar suas percepções, senti- 8 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL mentos, e ideias mediadas pela tele- visão. Essa interação começa a ser ampliada através da Internet, da te- levisão paga, mas ainda é na televi- são aberta que se reencontra a iden- tidade pessoal, nacional e internaci- onal das pessoas (TIMMS e HEI- MANS, 2018). De acordo com Martino e Mar- ques (2018), a maioria das notícias, das informações que chegam até as pessoas não são presenciadas, elas vem por intermédio de profissio- nais, de diversas mídias. Uma grande parcela da informação sobre o mundo é virtual, ela é fornecida por terceiros. O contato com o mundo não é muito grande, pelo contrário ele é um tanto quanto pe- queno, presencialmente, as pessoas interagem umas com as outras, vi- vem em poucos lugares, ocupam poucos espaços. Simultaneamente, elas se encontram conectadas com o mundo todo por meio da comunica- ção via satélite, pelo cabo, pela In- ternet, pelo telefone celular, pelos jornais, revistas, rádio, televisão. Através destas tecnologias pode-se ter acesso a milhões de notícias, in- formações, conversar com diversas pessoas, direta e indiretamente, em tempo real ou não. A probabilidade de navegar virtualmente aumenta- ram potencialmente nos últimos anos e continuam a evoluir inces- santemente. Para as autoras Wagner, Verza, Spizzirri e Saraiva (2015), de- vido à grande expansão da comuni- cação virtual, ao seu baixo custo e sua facilidade, ela se tornou um in- centivo para as pessoas se acomoda- rem e resolverem tudo o que é possí- vel por meio das tecnologias, o que possibilita que as pessoas passem mais tempo no conforto de suas ca- sas, quartos ou ganhem tempo tra- balhando em seus escritórios. Cada vez mais, as pessoas tendem a passar mais tempo solitárias e conectadas com outras pessoas, em chamadas de vídeo ou apenas conversando pela internet. Por outro lado, os con- tatos pessoais sempre são necessá- rios, o toque, o olho-no-olho, sentir a pessoa ao lado, compartilhando momentos da vida são importantes, o tempo que reservam aos amigos, aos namorados, à família são muito enriquecedores. Esses contatos po- dem ser alimentados também virtu- almente, mas ganham uma dimen- são qualitativamente superior atra- vés do contato físico, tudo o que é es- sencial não é feito presencialmente. As tarefas, serviços, trabalho e a ma- nutenção dos grupos a que se per- tence pode ser feito de forma virtual. Segundo Marques (2012), a fase de vida de cada um, influencia no grau de interação virtual e física de uma pessoa, geralmente um ado- lescente necessita de ter muito mais 9 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL contatos físicos do que um adulto. O tipo de personalidade também inter- fere na quantidade de contatos físi- cos e virtuais que uma pessoa esta- belece, pessoas com personalidades mais extrovertidas, necessitam do contato físico e outras mais introver- tidas, preferem ficar mais tempo so- zinhas. Em consonância com os auto- res Lemos e Di Felice (2014), é cor- reto afirmar que, alguns intelectuais exageram em relação a força da co- municação em rede, eles atribuem consequências apocalípticas, como se tudo girasse em torno da rede vir- tual. A comunicação virtual ocorre há muito tempo, nas atitudes bási- cas das pessoas, quando uma pessoa passa várias horas por dia vendo no- velas da televisão, ela está em con- tato durante cinco horas com histó- rias virtuais, ela sai do seu entorno físico para vivenciar, interagir com outras histórias fora de seu mundo. O que a tecnologia acrescenta agora é a facilidade de estabelecer intera- ções com pessoas reais a distância, ao vivo, a um custo reduzido. Quem quiser interagir hoje vai encontrar muitas possibilidades, e quem não quiser interagir, quem quiser isolar-se ou viver só num grupo afetivo presencial, continuará vivendo assim tranquilamente. Conforme Polito e Polito (2021), as relações interativas den- tro do ciberespaço possui muitas ca- racterísticas que vem dos espaços frequentados pelo usuário em sua vida cotidiana. O ciberespaço jamais deixará de ser uma extensão do indi- víduo. Para pesquisadores da área, o estudo de como os diferentes tipos de personalidade interagem no cibe- respaço para se chegar a um estudo completo de suas dimensões psico- lógicas. Algumas suposições podem ser feitas: Esquizofrênicos podem apro- veitar a falta de intimidade provocada pela menor proxi- midade; Narcisistas podem gostar da internet pela possibilidade de numerosos relacionamentos como um meio de conseguir uma plateia; Compulsivos podem gostar da possibilidade de controle e manipulação do meio ambi- ente. Afinal, a Internet oferece um ambiente extremamente atraente para os adolescentes, pois oferece todas as visões do mundo real (sexo, novos amigos e outros) em seus quartos, quase sem perigo para os jovens que navegam pela internet. Ao analisar as características psico- lógicas das redes interativas e as ca- racterísticas das relações físicas ab- 10 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL sorvidas pelo ambiente, pode-se constatar que redes como a Internet têm dinâmicas muito próprias (PO- LITO e POLITO, 2021). De acordo com Timms e Hei- mans (2018), até agora, a Internet tem sido a mídia mais aberta, des- centralizada e, portanto, a mais ameaçadora entre as organizações políticas e econômicas hegemônicas. Nas universidades, não representa uma ameaça social. À medida que ela vai conquistando um número maior de pessoas, a “tentação” do Estado e dos grupos mais poderosos de tirar-lhe o controle é cada vez mais forte. Devido ao conteúdo pro- blemático e pessoas antiéticas na In- ternet, a pressão pelo controle sem- pre aumenta. Para os autores Martino e Marques (2018), a maior ameaça à Internet não é o conteúdo violento ou pornográfico, mas a possibili- dade real de as pessoas fornecerem serviços que podem competir com os serviços tradicionais de outras mí- dias. Uma pessoa ou grupo pequenopode produzir revistas e estabelecer estações de rádio ou televisão sem a permissão de ninguém. O surgi- mento dessas novas condições espe- cíficas testará a liberdade da Inter- net. Universidades, associações e ONGs precisam demonstrar suas ca- pacidades nos espaços existentes atualmente, e se esforçar para obter essas capacidades nas emissoras de baixa potência e se tornarem mem- bros de conselhos que podem nego- ciar novas formas de participação na mídia social, e estabelecer limites à força do poder econômico. 12 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 2. Redes Sociais no Cotidiano Fonte: sendpulse.com2 egundo Wagner, Verza, Spiz- zirri e Saraiva (2015), desde as épocas mais antigas, as pessoas con- seguiram sobreviver e manter sua espécie após viverem juntas em gru- pos, no primeiro estágio da história humana, não haviam povos ou esta- dos independentes, os humanos vi- viam em pequenos grupos, clãs ou tribos. A estrutura do cérebro dos homens das cavernas é relativa- mente mais limitada e rudimentar, e conseguia se comunicar por meio de 2 Retirado em sendpulse.com formas mais simples e menos refina- das, como gestos, posturas, gritos e grunhidos. Acredita-se que em al- gum momento no passado, esse ho- mem primitivo desenvolveu gradu- almente uma estrutura de aprendi- zagem que lhe permitiu se relacionar com objetos e criar artefatos que o ajudariam a caçar e se proteger, e o mais importante, ele conseguiu pas- sar esse conhecimento para as pró- ximas gerações, por meio de gestos e processos de repetição, criando uma S 13 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL forma de linguagem primitiva e sim- ples. Em consonância com o autor Marques (2012), é correto afirmar que, seja na primitiva ou na mo- derna, um problema comum em to- das as épocas é a necessidade de se relacionar e garantir contato com os grupos. A diferença para os dias de hoje é a velocidade e a forma como isso acontece, de lento e limitado a mais rápido e fácil. Tudo isso se deve ao surgimento da Internet e das mí- dias relacionais, fazendo com que a distância deixe de ser um obstáculo. Como todos sabemos, a mídia tem feito grandes contribuições para o desenvolvimento da humanidade devido à sua grande influência. Conforme Lemos e Di Felice (2014), com o advento da Internet, a comunicação deixou de ser um ele- mento social importante, para tor- nar-se indispensável. Para a maioria dos usuários de redes sociais, o acesso a elas se tornou uma necessi- dade contínua. Pelas estatísticas, como número de visitas diárias, ve- rifica-se que as redes sociais deixa- ram de ser apenas uma forma de manter contatos, e passaram a ser uma fonte de informação, captação de novos clientes, publicidade, opor- tunidades e lazer. Nas redes sociais, cada um tem seu próprio papel e identidade cultural. As relações com outros indiví- duos formam um todo coeso, que re- presenta a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação, dentre outros. Nos dias de hoje, houve a for- mação de uma nova sociedade, que é chamada de Aldeia Global. Ela influ- encia diretamente o comportamento social e vice-versa, e se alguém acha que não sofre influência dessas mí- dias se engana. As mudanças desses recursos afetam diretamente a vida diária, a maneira de agir e também de pensar dos seres humanos. Uma das manei- ras mais eficazes de não se deixar manipular é tentar ser sempre se in- formar e conhecer os fatos com visão própria e conhecimento. Como não há como reconstruir, isolar ou dizer que não é parte, pois a tecnologia e os meios de comunicação que exis- tem hoje estão vinculados a todos as outros, desde de serviços básicos, como a educação, até a maneira como as pessoas compram. Essa vi- são da comunicação, tenta preen- cher a lacuna do indivíduo, que é ser um ser social, que deseja viver em comunidade, e para isso a comuni- cação sempre foi essencial para sua sobrevivência e desenvolvimento (LEMOS e DI FELICE, 2014). De acordo com Polito e Polito (2021), o 14 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL mundo está passando por um pro- cesso de mudança estrutural há vá- rias décadas, um processo multidi- mensional, que está associado ao surgimento de um novo paradigma tecnológico com base nas tecnolo- gias de comunicação e informação, que começaram a surgir na década de 1960, e se estenderam desigual- mente para o mundo inteiro. Sabe- se que a tecnologia não determina a sociedade, é a sociedade que deter- mina os padrões de comportamento. A sociedade é que molda a tecnolo- gia de acordo com as necessidades, valores e interesses das pessoas que as usam. Além disso, as tecnologias de comunicação e informação são especialmente sensíveis aos efeitos dos usos sociais da própria tecnolo- gia. Para os autores Timms e Hei- mans (2018), ao analisar as redes so- ciais, percebe-se que elas são estru- turas sociais com base em sistemas digitais, objetivando ligar diversos tipos de pessoas e organizações que tendem a ter objetivos e valores se- melhantes. As mudanças de com- portamento acontecem em uma ve- locidade tão surpreendente, como mudanças significativas e inespera- das como, transformar uma pessoa boa ou má instantaneamente, base- ado em conceitos dos internautas sobre o que foi postado. Segundo Martino e Marques (2018), as redes sociais também são muito usadas para a auto promoção, são inúmeros casos de usuários que obtiveram projeção global devido às suas publicações. O que leva artistas a divulgar seu trabalho através de microblogging, mantendo assim um contato maior com seu público. Or- ganizações, motivadas por essa nova maneira de fazer publicidade, por meio de anúncios de seus produtos e oferecendo mais ofertas para seus clientes por meio de redes sociais, observando que cada rede social atinge um público específico. Como qualquer outra coisa na vida, tem o lado bom e o ruim. Essas ferramen- tas possibilitam que seus usuários expressem o que pensam, se sentem e vivem sem filtro, transformando essas ferramentas em um tipo de di- ário virtual. Este usuário é o que passa mais tempo na Internet, são pessoas que gostam de expor suas vidas, publicam vídeos e fotos pesso- ais. Em consonância com as autoras Wagner, Verza, Spizzirri e Saraiva (2015), é correto afirmar que, as re- des sociais permitem maior interati- vidade entre diferentes povos, en- curtando a distância entre as pes- soas, o que facilita os intercâmbios culturais. É inegável o baixo custo que as redes sociais oferecem aos usuários que se propõem usá-las 15 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL para se comunicar com várias pes- soas. Como a maioria das mídias so- ciais lucra com o marketing de ou- tras organizações, o custo para as pessoas que interagem com as mes- mas é relativamente baixo, quando não é gratuito. Através das redes so- ciais, as empresas potencializam sua visibilidade no mercado de trabalho, aumentam sua publicidade e por ser um investimento de baixo custo, é muito acessível. É possível estabele- cer cruzamento de dados trocando informações sobre medicina, doen- ças, mercado de trabalho, hobbies, dentre outros. Conforme Marques (2012), a política também é outro nicho que usou as redes sociais. O que ocorreu devido ao sucesso alcançado por Ba- rack Obama, durante sua campanha de 2008 nas eleições americanas, que usaram vários tipos de mídia so- cial, como Facebook, Flickr, You- Tube, Twitter, Myspace, dentre ou- tros. O candidato a presidente dos Estados Unidos divulgavaseus pen- samentos por toda a sua trajetória, uma estratégia que se espalhou em todo o mundo, e hoje é praticamente impossível para um candidato não usar redes sociais para espalhar seu plano governamental e atrair ainda mais possíveis eleitores. A exposição da imagem de uma empresa ou de uma pessoa, seus gostos, as atitu- des que podem ser tomadas, são exemplos de danos que as redes so- ciais causam na comunicação hu- mana. Devido ao fato de não levar em conta esses problemas e se dei- xar levar apenas pelos benefícios das mídias sociais, os adolescentes, por exemplo, podem ser, vítimas dessa exposição exagerada. A maioria das redes sociais permite uma relação aberta entre os usuários, existem muitos perfis falsos ciados para pre- judicar e enganar os usuários. Se uma organização recebe um comen- tário negativo, isso pode ser consul- tado por seus concorrentes e ser usado de maneira prejudicial para a organização que o recebeu (MAR- QUES, 2012). De acordo com Lemos e Di Fe- lice (2014), o Facebook, é uma rede social muito utilizada no Brasil, e pode ajudar na disseminação da pe- dofilia, racismo, tráfico de drogas, dentre outros. Existem várias comu- nidades que incitam esses tipos de práticas, e até mesmo fóruns e en- quetes que geram discussões entre membros dos grupos sobre esses te- mas. O próprio Facebook pronun- ciou, tomando uma posição e algu- mas medidas objetivando combater tais práticas. Os ataques às empre- sas, tirando proveito da falta de co- nhecimento do funcionário ao utili- zar as redes sociais, são cada vez mais constantes. 16 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Para os autores Polito e Polito (2021), é cada vez mais comum o emprego de ferramentas de pesquisa nas redes sociais para procurar pro- fissionais que possam revelar dados sobre as empresas nos seus perfis ou por meio da criação de novas amiza- des virtuais. Esses contatos buscam ter informações como o cargo que um determinado funcionário ocupa dentro de uma empresa ou até mesmo informações confidenciais de seus projetos. Segundo Timms e Heimans (2018), as redes sociais podem en- contrar ruído ou interferência no ca- nal de comunicação estabelecido, que são responsáveis por vários pro- blemas na sociedade. As informa- ções publicadas nas redes sociais nem sempre são interpretadas da maneira mais apropriada e podem alcançar seus receptores com algu- mas mudanças. Portanto, alguns grandes portais de notícias estão sendo recomendados a buscar inves- tigar as informações que publicam. Em consonância com os auto- res Martino e Marques (2018), é cor- reto afirmar que, tanto as redes soci- ais quanto a Internet são excelentes ferramentas para a educação na era digital. No entanto, alguns caminhos mostram que sem a devida atenção, eles podem causar problemas na aprendizagem, no entanto, é possí- vel contornar esses problemas. O primeiro problema das redes sociais é o uso excessivo de gírias e abrevia- ções, devido ao uso constante de uma maneira mais informal de es- crever, os alunos acabam por levar essa linguagem da Internet para a realidade. Conforme Wagner, Verza, Spizzirri e Saraiva (2015), é comum encontrar erros como este nas avali- ações e redações, afinal, é a forma mais comumente usada para comu- nicação no dia-a-dia. Apesar de ter bons aplicativos e ferramentas que ajudam no ensino, aas redes sociais e a Internet, podem ser uma cons- tante fonte de distração. E pode se tornar mais sério ainda, se agra- vando e causando transtornos de an- siedade, pois é comum que os alunos fiquem tensos e ansiosos para volta- rem logo aos dispositivos e ficarem a par do que está acontecendo na rede. A solução para as desvantagens das redes sociais e o uso da Internet é simples, você precisa usar com equi- líbrio, como qualquer outro instru- mento, o uso excessivo pode atrapa- lhar. 18 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 3. Redes Sociais e Seu Uso Indevido Fonte: exame.com3 ublicar fotos de momentos im- portante e marcantes com ami- gos, de reuniões de família, os me- lhores momentos das tão sonhadas férias, as brincadeiras com o bichi- nho de estimação, falar sobre opini- ões políticas, seguir as celebridades favoritas e tantas outras coisas são apenas uma fração do que as redes sociais podem oferecer. Neste ambi- ente de interação virtual, uma par- cela significativa das pessoas não 3 Retirado em exame.com consegue imaginar os perigos envol- vendo o uso dessas redes sociais (LANIER, 2018). De acordo com Moura (2016), em todo o mundo, existem mais de 3 bilhões de usuários de redes sociais, um número muito expressivo, em uma população mundial de quase 8 bilhões de pessoas. Somente o Facebook possui mais de 2,5 bilhões de contas ativas mensalmente. O YouTube, conside- P 19 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL rada a maior plataforma de strea- ming do mundo, tem mais de 2 bi- lhões de usuários ativos no mundo inteiro. O VK, a rede social russa mais famosa, conta com mais de 100 milhões de usuários, enquanto que o app chinês WeChat possui mais de 800 milhões de usuários ativos mensalmente. O Twitter, uma rede social muito grande e conhecida, possui cerca de 330 milhões de por dia. Para o autor Teixeira (2019), as redes sociais são ferramentas sig- nificativas para publicidade de pro- dutos e serviços, pesquisas de pa- drões comportamentais de consu- midores e até mesmo preferências pessoais, políticas e ideológicas. Portanto, as redes sociais podem ser consideradas como qualquer coisa, menos como simples para lugares para postar mensagens e curtir fo- tos. 3.1. Redes Sociais e Exposi- ção Excessiva Segundo Faustino (2016), pode parecer contraditório falar em exposição nas redes sociais, pois esse é um dos principais propósitos dessas plataformas: postar fotos, fa- lar sobre a própria vida, mostrar o dia a dia, expor o que gosta e não gosta, e assim por diante, é o que se espera de um perfil nas redes soci- ais. Mas, a superexposição é um pro- blema real. A informação trazida pe- las informações divulgadas pelas próprias vítimas sobre seus dados pessoais causa muitos atos crimino- sos. Falar muito sobre o trabalho di- ário, a vida das pessoas da casa, os bens que possuem e as coisas que gostam de fazer, fornece aos crimi- nosos dicas valiosas sobre o que fa- zer e como age, pode prejudicar a própria pessoa e aquelas que ela ama. É muito importante saber o que postar e o melhor e aquilo que é melhor manter privado. 3.2. Redes Sociais e Captação e Venda de Informações Em consonância com o autor Heilmann (2020), é correto afirmar que, pode-se até limitar a exposição pessoal e evitar inserir detalhes muito pessoais nos perfis, mas isso não elimina o fato de que as próprias redes sociais apresentam grandes la- cunas e riscos na segurança das in- formações pessoais e na privacidade do usuário. Na verdade, redes soci- ais e privacidade são duas coisas praticamente impossíveis de se con- ciliar. Isso acontece sem que os usu- ários tenham noção do processo e, nos próprios contratos de termos de serviço para os usuários, esses pon- 20 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL tos são bastante contraditórios. Ba- sicamente, para as redes sociais, os usuários significam fluxo de infor- mações, e esse fluxo de informações é caro, valioso e muito procurado por empresas gigantes que desejam expandir seus negócios. 3.3. Uso de Algoritmos e Padro- nização de Comportamentos Conforme Nuna e Penido (2020), vários tipos de algoritmos penetram nas redes sociais, que pos- suem capacidadenão apenas de pa- dronizar, mas até mesmo de prever padrões de comportamento do usu- ário. Esses algoritmos podem utili- zar, por exemplo, dados sobre bus- cas de usuários nos mais diversos motores de busca e até preferências políticas para construir padrões de consumo. Isso significa que esses al- goritmos usam todos os gostos, co- mentários, pesquisas e até mesmo mensagens privadas para mapear o comportamento, desde os mais ino- fensivos até as opiniões mais sérias dos usuários. Isso não apenas repre- senta uma ameaça à integridade es- pecífica das informações, mas tam- bém prejudica os padrões éticos en- tre indivíduos, empresas e governos, e enfraquece a transparência e a cre- dibilidade dos processos políticos. Tudo isso acontece indepen- dentemente do consentimento dos usuários de redes sociais (GONÇAL- VES, 2018). 3.4. Redes sociais e Cyberbul- lying De acordo com Lanier (2018), o cyberbullying ou bullying virtual é um dos riscos proporcionados pelas redes sociais. O bullying é o compor- tamento agressivo de intimidação, assédio, ataques físicos, verbais e psicológicos a alguém. As redes soci- ais fornecem a distância física entre a vítima e o agressor. Esta parece ser uma vantagem de segurança, mas na verdade é um catalisador para a agressividade. Para o autor Moura (2016), a sensação de impunidade e anoni- mato levam a um comportamento agressivo e abusivo em relação à ví- tima. Além disso, devido à fácil di- vulgação de informações na inter- net, a humilhação fica exposta a inú- meras pessoas. Esse assédio afeta outras formas de agressão, como slut shaming, que é a prática de hu- milhar alguém, especialmente mu- lheres, por comportamentos sexu- ais, e chantagens envolvendo fotos e vídeos íntimos. 3.5. Redes sociais e Dependên- cia Segundo Teixeira (2019), como as plataformas usadas nas re- 21 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL des sociais são movidas por prefe- rências, comentários e quanta aten- ção a pessoa pode receber, elas ati- vam fortemente áreas do cérebro responsáveis pelo prazer, como a dopamina, que estão relacionadas a fatores que podem causar depen- dência. Ou seja, a pessoa passa a de- pender de likes para sentir mais e mais prazer, e quanto mais obtém essa sensação, mais precisa dela. Em consonância com o autor Faustino (2016), é correto afirmar que, o impacto das redes sociais no cérebro humano tem várias seme- lhanças com o efeito de várias dro- gas. Eles distorcem o sistema de re- compensas e fazem com que os usu- ários fiquem cada vez mais depen- dentes delas. Portanto, é importante saber não basta só medir o que posta nas redes sociais, mas também me- dir o tempo que passa nessas plata- formas. 3.6. Redes Sociais e Fake News Conforme Heilmann (2020), as fake news se referem a notícias ou informações falsas espalhadas pela Internet (nas redes sociais e outras mídias), como se fossem notícias re- ais. O objetivo é confundir as pes- soas, legitimar um determinado ponto de vista, ou mesmo prejudicar outra pessoa ou grupo. Normal- mente, essas notícias falsas têm um forte poder viral e se espalham rapi- damente. Isso porque apelam para o lado emocional de quem recebe a mensagem, e fazem com que as pes- soas passem adiante a fake news, achando que estão espalhando uma mensagem muito importante. Como as pessoas geralmente não checam as informações quando as recebem nas redes sociais ou de amigos, esses boatos se espalham e se disseminam e se espalham mais rapidamente en- tre pessoas que usam apenas as re- des sociais para se informar. Existem muitas maneiras de criar e divulgar fake news nas redes sociais. Uma simples postagem no perfil pode acabar viralizando. No entanto, a maioria das notícias falsas importantes é criada por empresas especializadas. Geralmente, elas criam páginas falsas na Internet com o objetivo de criar e divulgar as fake news. Esta página está associada a um robô que será responsável por divulgar links das postagens das no- tícias falsas nas redes sociais, divul- gando-as em grupos, páginas e ou- tros canais de várias maneiras. Dessa forma, a informação chega a muitas pessoas, que passam a repe- tir a fake news cada vez mais, em um grau inimaginável. As fake news também são baseadas na crise de confiança dos leitores na mídia tra- dicional. Por não acreditar na im- prensa, as pessoas passam a dar 22 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL mais credibilidade às informações postadas nas redes sociais, por acha- rem que são pessoas reais falando sobre o assunto, e dessa forma se dá a propagação e intensificação do bo- ato (NUNA e PENIDO, 2020). De acordo com Gonçalves (2018), no Brasil, divulgar fake news nas redes sociais ainda não é consi- derado crime, no entanto, já existe um projeto de lei que visa mudar essa realidade. O Projeto 1416/20 estipula que o compartilhamento ou disseminação de notícias falsas, di- famatórias ou infundadas por pes- soas que ocupe emprego, cargo ou função pública constituirá crime de responsabilidade. A proposta é da deputada Marília Arraes. Outro pro- jeto de lei é o PL 2630/2020, apro- vado no Senado. O projeto estabele- ceu a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, com regras para servi- ços de mensagens como Telegram e WhatsApp. O projeto, que agora se- gue para a Câmara dos Deputados, tem como objetivos: obrigar as redes sociais a excluírem contas falsas, obrigar os provedores a desenvolve- rem mecanismos para detectar irre- gularidades, proibir o uso de robôs não identificados, entre outras pro- vidências. Para o autor Lanier (2018), embora não seja considerada crime, a divulgação de fake news nas redes sociais pode causar uma série de prejuízos. Diante disso, o Facebook introduziu medidas que visam coibir esse problema. Zuckerberg, anun- ciou em 2019, que postar fotos e ví- deos com informações falsas no Fa- cebook e Instagram começariam a ser marcadas com tags de fakes news. A etiqueta seria acompanhada de links do órgão fiscalizador que ex- plicam os motivos da marcação desta forma. Além disso, em alguns países, quando a rede mostrar sinais de que a mensagem é falsa, sua dis- tribuição será temporariamente re- duzida até que seja verificada pelo órgão fiscalizador. Segundo Moura (2016), outras ações implementadas pelo Facebook para reduzir a disseminação das fake news nas redes sociais são: Botão de contexto que oferece mais detalhes sobre as notícias compartilhadas. A função abre um painel que descreve o site e conta com outros links sobre o mesmo assunto para que o usuário possa comparar a in- formação; Expulsão de páginas destina- das às fake news. A exclusão pode ser uma das punições dos conteúdos denunciados pelos usuários por meio do feed- back; Denúncia de fake news, os próprios usuários podem fazer essa denúncia, basta abrir o menu da publicação, acessar a 23 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL opção feedback e enviar o post para a análise; Parceria com agências de che- cagem, no Brasil, o Facebook tem parceria com as agências Lupa e Aos Fatos, vinculadas à rede internacional de checa- gem dos fatos; Uso de inteligência artificial para reconhecimento das fake news. A tecnologia analisa ví- deos e imagens de maneira au- tomática e usa como base fake news já identificadas, sinali- zando os conteúdos suspeitos. Em consonância com o autor Teixeira (2019), é correto afirmar que, o Twitter também busca tomar medidas para combater as fake news nas redes sociais. Atualmente, a rede já contém etiquetas e notificações que indicam que determinados tweets contêm informações suspei- tas ou enganosas, principalmente quando se trata donovo coronaví- rus. Em casos leves, a plataforma fornece links com informações com- provadas sobre o assunto. Em casos mais graves, as postagens são exclu- ídas. Conforme Faustino (2016), as fake news nas redes sociais são, na verdade, um assunto muito sério. Até porque essas notícias falsas tem um forte apelo e desempenham um papel decisivo nas disputas eleito- rais e podem colocar em risco a sa- úde das pessoas. Embora esse tipo de comportamento não seja consi- derado crime no Brasil e medidas sutis tenham sido tomadas nas prin- cipais redes sociais para resistir à disseminação dessas notícias falsas, o papel dos usuários é fundamental. Desenvolver o hábito de verificar sempre as informações antes de re- passá-las, é a melhor forma de com- bater as fake news nas redes sociais. Uma simples verificação por meio de uma pesquisa no Google já pode revelar se um tópico está correto ou não. Por este motivo, existem tam- bém diversos sites e agências dedi- cados à avaliação e verificação das informações, que os usuários pode- rão consultar com frequência para evitar a propagação de boatos e difa- mações. 3.7. Redes Sociais e Sites de Namoros É cada vez mais comum o uso de aplicativos famosos de relaciona- mento, paquera ou namoro, que es- tão se tornando cada vez mais popu- lares em todo o mundo. Com apenas alguns cliques na tela, uma pessoa pode conhecer pessoas de todo o mundo. No entanto, para ter sucesso nessas plataformas, uma variedade de dados pessoais deve ser forne- 24 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL cida. É aí que começam os riscos dos aplicativos de relacionamento, al- guns deles podem tornar os dados do usuário vulneráveis. Em outras palavras, a Internet pode jogar con- tra o usuário se não souber usá-la com responsabilidade.A maioria das pessoas que se inscreve em um apli- cativo de relacionamento não está atenta a sua segurança digital (HEILMANN, 2020). De acordo com Nuna e Penido (2020), os riscos ao usar esses apps incluem: Descoberta da identidade e da localização aproximada do usuário; Transferência de dados; Chantagem; Extorsão; Abuso digital. Para o autor Gonçalves (2018), afim de evitar esses perigos, é pre- ciso entender como funcionam os aplicativos de relacionamento. Sa- ber dos principais riscos relaciona- dos a esses aplicativos e como fazer para se proteger. Segundo Lanier (2018), cada aplicativo de relacionamento possui suas diferenças, mas a maioria fun- ciona acessando dados pessoais dis- poníveis na rede social do usuário ou fornecidos pelo telefone celular. Além disso, quase todos esses apli- cativos podem acessar outras fun- ções do dispositivo móvel, como câ- mera, microfone, armazenamento, localização por GPS ou aplicativos de pagamento. A maioria dos aplica- tivos precisa desses dados para exe- cutar um algoritmo, que é usado para determinar os hobbies e prefe- rências comuns entre os inscritos e, em seguida, sugerir os encontros. Os problemas surgem quando esses aplicativos não usam comunicações seguras e violam a privacidade dos usuários.Em consonância com os autores Moura (2016), é correto afir- mar que, em um mercado onde o nú- mero de usuários está aumentando a cada dia e a concorrência é muito acirrada, muitas empresas deram um passo além e acabam fornecendo produtos sem os níveis de segurança adequados. Assim, devido à natu- reza dos aplicativos de relaciona- mento, muitos usuários não desejam ser identificados ou relacionados a suas outras redes sociais, o que torna qualquer tipo de vazamento de informação ainda mais preocu- pante. Conforme Teixeira (2019), atualmente os principais aplicativos de relacionamento são: Tinder - um dos apps de rela- cionamento mais populares, aceito pelos sistemas Android, iOS e Windows Phone. A partir de dados do Facebook, o apli- cativo utiliza algoritmos para 25 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL mostrar os contatos e interes- ses em comum entre duas pes- soas, permitindo que se criem vínculos amorosos ou até mesmo amizades. Happn - tem um grande dife- rencial em relação ao Tinder, pois seu principal mecanismo de busca baseia-se na geoloca- lização do usuário, e não em amigos ou interesses em co- mum. Dessa forma, utilizando o serviço de localização do smartphone, o aplicativo ma- peia as regiões por onde o usu- ário passa, mostrando uma lista de pessoas com quem ele cruzou nestes lugares. Badoo - é outro aplicativo gra- tuito disponível pra paquera. Funciona em diversos siste- mas, da web ao aplicativo para Android, iOS e Windows Phone. Faz-se um cadastro no site ou aplicativo próprio do Badoo, ou pode logar através do Facebook também. Assim como nos tempos de Orkut, no Badoo é possível ver quem vi- sitou o seu perfil. Em 2013, ele chegou a ser a terceira rede so- cial mais acessada do Brasil. Grindr - conhecido como a versão do Tinder para homens homossexuais. A interface é semelhante à do Happn, com diversos pretendentes na pá- gina inicial, e é possível filtrá- los em categorias como “pai”, “discreto” e “geek”. Também é possível determinar caracte- rísticas como idade, peso, al- tura, tipos de corpo e status de relacionamento. A descoberta de identidades de usuários em aplicativos de relaci- onamento é um dos perigos associa- dos à segurança, pois permite que qualquer pessoa use os dados forne- cidos pelo usuário para descobrir quem está por trás do apelido. Na maioria dos casos, pode-se associar o apelido de um usuário a uma conta em outra mídia social. Em outras pa- lavras, desde o nome completo até o local de trabalho, com pouco esforço qualquer pessoa pode descobrir fa- cilmente a identidade do usuário (FAUSTINO,2016). De acordo com Heilmann (2020), muitos desses aplicativos estão vinculados a redes sociais, como Facebook ou Instagram. Em- bora seja melhor informar quais co- nexões se tem com as pessoas com quem interage, o problema com isso é que se pode revelar detalhes muito pessoais a estranhos que podem usar esses dados para entender as atividades diárias e saber da rotina dos usuários para aplicar golpes. O ideal é não fazer a integração com a rede social, ou, caso seja necessário fazer, limitar a visualização dos posts, fotos, local de trabalho e e- mail apenas para amigos. 26 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Para as autoras Nuna e Penido (2020), a engenharia social é um método de ataque que usa a vulnera- bilidade emocional das pessoas para induzi-las a enviar dinheiro, núme- ros de arquivos ou simplesmente cli- car em links maliciosos, que infecta- rão seus dispositivos com vírus. Ao fazer amizade com alguém online, o usuário deve permanecer desconfi- ado se as declarações emocionais co- meçarem a se vincular a solicitação de dinheiro ou informações pessoais não relacionadas à continuidade de uma conversa. Além disso, é preciso evitar cli- car em links que levam para sites desconhecidos, e enviar vídeos e fo- tos íntimas. Embora seja uma prá- tica comum, pode ser muito peri- goso se o destinatário optar por chantagear alguém de quem se apro- ximou apenas para esse propósito. Além disso, se os dispositivos de en- vio e recebimento do usuário estive- rem infectados com vírus ou acessa- rem redes Wi-Fi públicas ou despro- tegidas, essas informações podem ser interceptadas. Segundo Gonçalves (2018), hoje em dia, os aplicativos de na- moro se tornaram parte do dia a dia de muitas pessoas e são uma das principais formas de interação social da atualidade. Neste mundo altamente co- nectado, eles podem ser facilitado- res incríveis. No entanto, para usá- los sem riscos e poder tirar o má- ximo proveito deles, as pessoas de- vem prestar atenção à privacidadede suas informações e ter cuidado ao compartilhar dados confidenciais com quem interage. Em consonância com o autor Lanier (2018), é correto afirmar que, para se proteger nos aplicativos de relacionamento existem alguns cui- dados a seguir: Prestar bastante atenção aos dados que está facilitando na hora de baixar um app de rela- cionamento. Jamais revelar endereço de e-mail pessoal ou de trabalho nem relacionar com a conta de redes sociais. Evitar fornecer nome com- pleto e local de trabalho. Se conectar a redes seguras e privadas. Assim, será mais di- fícil que os hackers roubem in- formações. Instalar no smartphone siste- mas antivírus e de segurança digital. Eles evitam o acesso a páginas sem criptografia e im- pedem a execução de códigos maliciosos no dispositivo. Nunca revelar informações pessoais a estranhos como nú- meros de telefone, perfis em outras redes, ou números de contas bancárias ou cartões de crédito. 27 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 3.8. Redes Sociais e Discursos de Ódio Conforme Moura (2016), as redes sociais têm produzido mudan- ças nas formas de interação social entre os indivíduos e, devido às ca- racterísticas da rede e à redução das barreiras de interação social entre os usuários, neste ambiente, a dissemi- nação do discurso de ódio e da vio- lência simbólica tende a aumentar. Em primeiro lugar, deve-se conside- rar que as redes sociais são compos- tas por dois elementos: participan- tes sociais, ou seja, pessoas, institui- ções ou grupos, os nós da rede e suas conexões, ou seja, suas interações ou vínculos sociais. As redes sociais online são es- truturas sociais, onde atores sociais tomam conta um sistema e o usam para estabelecer conexões entre vá- rios sujeitos que estão inseridos neste sistema. Através dessas cone- xões, os atores estabelecem vínculos sociais que, consequentemente, se- rão formados das relações e das in- terações sociais entre os sujeitos. A interação, por sua vez, pode ser mú- tua ou reativa. Nas trocas conversa- cionais, a interação é mútua, e ocorre através do sistema simbólico (signos e símbolos da linguagem) presente nesse ambiente. Os sites de redes sociais são espaços que supor- tam as redes sociais e permitem que elas se expressem na internet (TEI- XEIRA, 2019). De acordo com Faustino (2016), os sites de redes sociais per- mitem que os usuários estabeleçam funções por meio de um perfil ou pá- ginas pessoais, interajam com co- mentários e exibam publicamente suas redes. Para criar uma rede so- cial, os usuários precisam fornecer informações pessoais como nome, idade, sexo e fotos no site. No en- tanto, a estrutura desses dados pes- soais nem sempre é verdadeira, um indivíduo pode criar dados pessoais falsos e ser protegido pelo anoni- mato, assim, ele tende a se compor- tar de forma diferente do que na vida real. Além disso, os sites de redes so- ciais permitem compartilhar e obter capital social, como visibilidade, po- pularidade, reputação e influência. Para o autor Heilmann (2020), as redes sociais na Internet são sistemas simbólicos, ou seja, permitem que os usuários se expres- sem na Internet por meio de símbo- los e signos da linguagem, portanto, se houver linguagem, pode haver vi- olência simbólica e ódio. As redes sociais online são compostas por usuários e suas conexões, como re- sultado, os sujeitos do mundo digital estão em constante contato entre si, e esse contato pode ser perturbador e violento, podendo levar a senti- mentos de ódio. No entanto, sentir 28 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL ódio não é um problema, porque faz parte da natureza humana. A partir do momento em ele deixa de ser um sentimento, e passa a ser uma neces- sidade que deve ser exteriorizada por meio da linguagem, ele passa a ser um problema social. Neste sen- tido, as redes sociais permitem que o ódio apareça por meio de um es- paço de comunicação e diálogo mú- tuos. Segundo Nuna e Penido (2020), o termo hater, odiador em português, é uma gíria originada na Internet que veio do hip-hop norte- americano e está relacionada à ex- pressão “Haters Gonna Hate” (odia- dores vão odiar), usado para classi- ficar as pessoas que falam mal dos outros através dos espaços de intera- ção e diálogo na Internet. Os haters sempre existiram, antes de se torna- rem populares na Internet, eles apa- reciam em reuniões públicas, como comícios eleitorais, manifestos fe- ministas, declarações religiosas, dentre outros. Os haters são pessoas que violam as regras de boa fé e con- duta cívica para chamar a atenção. É por isso que o termo hater é tão de- preciativo, porque se refere a uma pessoa que expressa o ódio em um espaço de interação e diálogo. São os sujeitos que não estão dispostos a debater e dialogar construtiva- mente, apenas criticam negativa- mente e não respeitam as opiniões divergentes. Quem odeia quer ser te- mido e ouvido, e com o surgimento das redes sociais, devido às caracte- rísticas da rede, ele ganha voz e visi- bilidade. Em consonância com o autor Gonçalves (2018), é correto afirmar que, o comportamento sexual dis- ruptivo é o alvo preferencial do ata- que dos haters, principalmente se o indivíduo for do sexo feminino, ou seja, quando a mulher se desvia dos padrões morais, das regras do “re- cato feminino” impostas por um grupo social, ela será classificada e estigmatizada através da linguagem, pelos haters com o uso de termos pe- jorativos. Uma pessoa que sente ódio de- sempenha o papel de um juiz em um julgamento, de modo que o compor- tamento e as ações de pessoas consi- deradas perversas sejam submetidas ao sufrágio público, neste caso, se ele está com raiva do verdadeiro ini- migo, ela possui um valor político. No entanto, os haters presentes nas redes sociais não têm nada a ver com o conceito de justiça social, mas sim com emoções, como a raiva e o ódio, que são geradas nos haters, porque o alvo não atendeu às suas expectati- vas. Os haters, nas redes sociais es- tão comprometidos em desmascarar e expor publicamente os indivíduos que se opõem ao grupo social em que fazem parte. Esta forma de ódio 29 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL online consiste em insultos, precon- ceitos, cyberbullying e estigmas so- ciais, na forma de texto, imagens ou vídeos. Conforme Lanier (2018), com o aumento e visibilidade dos discur- sos de ódio descritos pelos haters em sites de redes sociais, surgiu um pro- blema social, a exposição do estigma social se intensificou, pois os discur- sos dos haters, frequentemente, es- tão cheios de preconceito e termos pejorativos. Por meio da linguagem, eles buscam influenciar o comporta- mento coletivo nos espaços de diá- logo das redes sociais, tentando se tornar influentes e dominantes ex- pondo a fragilidade e o estigma so- cial da vítima na internet. No ambiente que constitui as redes sociais na Internet, pequenas ações podem ter um grande impacto na rede. Portanto, quando um hater publica discursos contendo ódio e violência simbólica, nos espaços de interação e diálogo, esse comporta- mento pode ter um grande impacto nos indivíduos conectados neste sis- tema, ou seja, os haters podem enco- rajar outros usuários que comparti- lham das mesmas ideias a exibir pu- blicamente seus pensamentos de distinção através da linguagem (MOURA, 2016). De acordo com Teixeira (2019), a reputação está intrinseca- mente relacionada a “quem somos”, “o que pensamentos” e “como nos comportamos” na Internet, en- quanto visibilidade é a habilidade de se fazer ser notado em uma rede so- cial. A popularidade está relacio- nada ao público, ou seja, o número de comentários do site ou visitas a páginas da Internet, o númerode vi- sitas a um determinado site ou links compartilhados, dentre outros. A autoridade, por sua vez, está relacio- nada ao poder de influência que um nó tem sobre a rede. Ela compre- ende, também, a reputação, porém não se resume a ela, ou seja, a auto- ridade seria a capacidade de gerar conversação na rede a partir do que diz. Para o autor Faustino (2016), na Internet, a informação flui mais rápido do que nunca, ou seja, as ideias podem ser trocadas e compar- tilhadas, mas esses fragmentos de informações deixam rastros no cibe- respaço. Ao mesmo tempo, as pes- soas tem mais liberdade de expres- são, mas menos privacidade. Na era digital, se é forçado a viver com os próprios registros detalhados, e qualquer pessoa no mundo pode pesquisar e acessar esses registros, 30 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL usando a pesquisa do Google ou qualquer outro motor de busca. Es- ses dados nem sempre são confiá- veis, pois qualquer pessoa pode criar informações falsas e compartilhar com a rede, e assim, influenciar di- retamente na reputação de alguém. Segundo Heilmann (2020), os haters tem o desejo de ter diversos tipos de capital social, e especial- mente, eles querem ser ter mais in- fluência, para poderem ser mais do- minantes na internet e reestruturar a realidade, mesmo que seja por meio da condenação de suas vítimas, e de sua popularidade negativa. Eles agem de forma direta na destruição da reputação de suas vítimas, geral- mente compartilhando informações falsas e preconceituosas, colabo- rando para o estabelecimento de es- tigmas sociais. Em consonância com as auto- ras Nuna e Penido (2020), é correto afirmar que, outros fatores que pos- sibilitam a disseminação dos discur- sos da violência simbólica e do ódio por haters, e a consolidação de estig- mas sociais são: Persistência; Capacidade de Busca (Search- ability); Replicabilidade; Audiências Invisíveis. Conforme Gonçalves (2018), os discursos de ódio e os estigmas sociais espalhados pelos haters nas redes sociais deixam cicatrizes pro- fundas tanto na vítima atingida, como nas redes. Embora a repercus- são da polêmica não dure eterna- mente, seus vestígios sempre esta- rão presentes no ciberespaço, e po- dem ser acessadas a qualquer mo- mento por alguma pessoa, devido às características da rede, como por exemplo a persistência e a memória, retomando assim o ciclo e até mesmo dando um novo significado a reputação das pessoas. 31 32 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL 4. Internet Fonte: www.zoom.com.br4 4.1. Conceito, Uso na Co- municação e Pesquisa e acordo com Kurose (2013), a Internet é uma rede global de computadores ou terminais conecta- dos entre si, que possuem em co- mum um grupamento de protocolos e serviços, de maneira que os usuá- rios interligados consigam utilizar os serviços de informação e comuni- cação de alcance global por meio de linhas telefônicas comuns, linhas de comunicação privadas, satélites e outros serviços de telecomunica- ções. 4 Retirado em www.zoom.com.br Para o autor Alencar (2010), com o surgimento da World Wide Web, a internet foi muito valorizada, seu conteúdo se tornou mais atra- ente com a possibilidade de anexar imagens e sons, além de textos. Os sistemas operacionais, inclusive o Vista e Windows 7, geraram um am- biente em que cada informação pos- sui um endereço único, e pode ser encontrada por qualquer usuário, tanto na rede local, como na inter- net. Segundo Cabral e Seraggi (2017), a Internet também é vista D 33 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL como o maior agregado de informa- ções disponibilizadas para o púbico, o que destaca o lado informativo da rede, decorrência da utilização da internet para novos serviços, adicio- nais aos serviços considerados bási- cos e direcionados para a divulgação de informações. Ultimamente, a In- ternet tem sido considerada como um super meio de comunicação, nos aspectos universal, bidirecional e de multimeios da comunicação propor- cionada pela rede, que não leva em conta o tempo e o espaço. Em consonância com os auto- res Carvalho e Lorena (2017), é cor- reto afirmar que, a Web é a versão multimídia da Internet. Em termos técnicos, Web significa uma sub- rede da Internet, constituída pelos computadores que fornecem servi- ços com base na tecnologia Web. En- quanto na Internet a informação textual é a predominante, na Web imagens e cores são mais constan- tes. Ela é conhecida como World Wide Web, “a Web” ou “WWW”. Conforme Pinochet (2014), conceitualmente a Web é: Uma rede de abrangência mundial; Uma rede de computadores na Internet que fornece informa- ção em forma de hipertexto; Um dos muitos serviços ofere- cidos na Internet; Um sistema de informação mais recente que emprega a Internet como meio de trans- missão. De acordo com Wazlawick (2021), a Web em escala reduzida é uma imagem refletida do mundo em se vive atualmente. Existem alguns locais na Web que é possível fazer uma viagem pelo mundo sem sair de casa. Esses locais (virtuais) habita- dos encontrados na Web são chama- dos de websites. Para o autor Kurose (2013), a Web possui uma linguagem própria para se comunicar, apelo visual, ela tem uma mistura estimulante de ca- racterísticas de mídia impressa e te- levisiva, o que mudou de forma defi- nitiva a Internet. Os usuários da in- ternet chamam essa nova forma da Web de navegar na Rede Internet. A Web é capaz de prestar todos os ti- pos de serviço com base em con- sulta, recuperação ou divulgação de informações pela Internet. Segundo Alencar (2010), a Web também é um grande banco de dados, possui informações oriundas de centenas de milhares de autores (pessoas e instituições). O acesso a essas informações pode ser contro- lado e personalizado, de acordo com os interesses de cada usuário, atra- vés da aplicação do conceito de hi- pertextos. Frequentemente, tam- bém podem ser encontradas na Web 34 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL empresas prestando serviços comer- ciais, como vendas home-banking, dentre outros. Em consonância com os auto- res Cabral e Seraggi (2017), é correto afirmar que, existem uma variedade de termos diferentes para explicar “Web”. Alguns termos que podem facilitar o entendimento do que é a Web, são: “Web” - termo utilizado quando se refere à imensidão de páginas existentes em toda a Internet; Páginas “Web” - termo utili- zado para se referir a uma de- terminada página; Website - também conhecido por “site” ou sítio, é o conjunto de páginas web num determi- nado endereço, mais conhe- cido pelos nomes em inglês, site ou Website. Conforme Carvalho e Lorena (2017), os principais tipos de websi- tes são: Websites estáticos - nos quais não existe nenhum tipo de personalização. Toda e qual- quer informação está disponí- veis da mesma forma para o público em geral; Websites dinâmicos - ao con- trário dos estáticos, são websi- tes que trabalham com perso- nalização. Isso quer dizer que as informações e os serviços disponíveis no website serão tratados de forma pessoal, com características que aten- dam o visitante. De acordo com Pinochet (2014), para navegar e ter acesso as informações na Web é preciso utili- zar um software chamado navega- dor (browser) para mostrar as infor- mações de servidores de Internet (ou “sites”) e exibi-las na tela do usu- ário. O usuário pode seguir os links (ligações) na página para outros do- cumentos ou mesmo enviar infor- mações de volta para o servidor, para interagir com ele. Na Internet, geralmente, a informação é colocada em documentosdenominados “si- tes” ou páginas da Web, no formato HTML (HyperText Markup Lan- guage, que significa Linguagem de Marcação de Hipertexto) que é usada para criar páginas na Web. Para o autor Wazlawick (2021), essas páginas são formadas por arquivos que se encontram em computadores no mundo inteiro, identificados por servidores da Web. Sendo assim, os servidores são res- ponsáveis pelo armazenamento das páginas e possibilitam o acesso ao conteúdo da rede. Para ativar um documento é necessário que o usuá- rio saiba corretamente qual o URL (Uniform Resource Locator) que quer localizar, ou seja, o URL é o lo- calizador padrão de recursos, que 35 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL pode ser um arquivo ou uma impres- sora, disponível em uma rede local, dentro de uma rede corporativa, In- tranet ou Internet. Segundo Kurose (2013), o URL é um caso particular do Identi- ficador Uniforme de Recursos, o URI ou (Uniform Resource Identi- fier), que são os endereços que iden- tificam um “ponto de conteúdo” da World Wide Web, seja este uma pá- gina de texto, vídeo, imagem ou áu- dio. O tipo mais comum de URI é o URL, que descreve o endereço de uma página na Web, o servidor que a hospeda, o nome do documento neste servidor e o mecanismo utili- zado para o acesso. Um URI pode ser classificado como um localiza- dor, um nome, ou os dois. Em consonância com o autor Alencar (2010), é correto afirmar que, um navegador é um programa que possibilita a visualização dos hi- pertextos disponibilizados na Inter- net. O navegador é comumente chamado de browser e disponibili- zado gratuitamente na própria In- ternet. É um cliente para a extração de informações em um servidor Web. O primeiro navegador ou browser foi chamado WorldWide- Web, quando foi escrito em 1990, foi a única maneira de ver a web. Mui- tos anos depois, foi rebatizado de Nexus, com o objetivo de salvar a confusão entre o programa e o es- paço abstrato de informações (que agora é soletrado World Wide Web com espaços). Conforme Cabral e Seraggi (2017), algumas das facilidades im- plementadas pelos navegadores, são: Facilidade de manipulação de documentos carregados; Suporte de imagens, nos for- matos GIF, JPEG, PNG; Recuperação simultânea de textos e imagens; Seguranças, que incluem co- municação privada e servido- res certificados. De acordo com Carvalho e Lo- rena (2017), um navegador é um sof- tware usado para visualizar as pági- nas da Web. Existem vários tipos de navegadores diferentes, mas todos têm características muito semelhan- tes. Para o autor Pinochet (2014), os principais navegadores/browsers são: Internet Explorer - é um nave- gador de licença proprietária produzido inicialmente pela Microsoft em agosto de 1995, uma vez que é distribuído em cada versão do sistema opera- cional Windows, porém desde 2004 vem perdendo espaço para outros navegadores re- distribuindo sua fatia para ou- tros concorrentes. Atualmente 36 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL o navegador Internet Explorer é um componente integrado nas versões mais recentes do sistema operacional Microsoft Windows, tornando-se dispo- nível como um produto grátis e separado para as versões mais antigas de sistema opera- cional. Mozilla Firefox - é considerado um dos melhores navegadores reconhecido pelos universitá- rios brasileiros e pelos usuá- rios que utilizam o sistema operacional Linux. Além de ser grátis, ele também é open- source (código fonte aberta). É um produto leve, com uma ve- locidade impressionante e com menos problemas que ou- tros navegadores, desenvolvi- dos pelos métodos tradicio- nais, apresentam. Google Chrome - é um navega- dor desenvolvido pelo Google para ser rápido de todas as for- mas possíveis. Ele inicia rapi- damente a partir da sua área de trabalho, carrega páginas da web em um piscar de olhos e executa aplicativos comple- xos da web de forma muito rá- pida. Em menos de dois anos de uso, o Google Chrome já é o terceiro browser mais usado do mundo. Opera - foi produzido em 1994 pela empresa estatal de teleco- municações da Noruega e foi a primeira alternativa leve para os usuários. É um navegador de alta qualidade, suportando diversas plataformas, sistemas operacionais e inclusive siste- mas embarcados de navegação web, tais como PDA’s e celula- res. Utiliza para tanto um ren- derizador chamado ‘Opera Mobile Accelerator’ que per- mite uma boa visualização de conteúdo, mesmo em peque- nas telas. Safari - é um navegador desen- volvido pela Apple Inc. e inclu- ído como o navegador padrão a partir do sistema operacio- nal Mac OS X v10.3 (Panther). Apresenta uma interface sim- ples característica dos produ- tos da Apple. Suas funções são básicas: abas, bloqueador de pop-ups, baixador de arqui- vos, leitor de notícias RSS, modo privado que evita o mo- nitoramento da navegação por terceiros, dentre outros. Segundo Wazlawick (2021), um motor de busca ou Site de buscas é um software construído para auxi- liar na procura de informações ar- mazenadas tanto no computador pessoal, nas redes de uma empresa ou escola e principalmente na rede mundial (WWW). Os primeiros sof- twares de busca eram baseados na indexação de páginas através da sua categorização. Nos Estados Unidos era o Altavista e o Yahoo e, no Brasil, o site (www.cade.com.br) foi um dos pioneiros nacionais, que marcou os 37 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL primeiros usuários de internet bra- sileiros, mais tarde ele foi comprado pelo Yahoo. Em seguida, surgiram as meta-buscas ou meta-pesquisas, sites que possibilitam fazer buscar simplificadas e avançadas de seus conteúdos. Em consonância com o autor Kurose (2013), é correto afirmar que, a mais recente geração de mo- tores de busca, bem como o mais co- nhecido e usado é o Google, que usa várias tecnologias como a procura por palavras-chave diretamente nas páginas e o uso de referências exter- nas disseminadas pela web, possibi- litando até a tradução direta de pá- ginas, com algumas inconsistências de vocabulários e gramáticas relaci- onadas ao idioma escolhido para tradução. Hoje em dia, os softwares de busca são um dos serviços mais usa- dos pelos internautas no cotidiano, seja no trabalho ou em casa, não im- porta o local, eles sempre são utiliza- dos. 4.2. Uso Indevido da Internet e Privacidade Conforme Alencar (2010), a implantação de serviços de segu- rança no uso da internet diminui muito os riscos de ocorrerem pro- blemas de segurança e colabora com a administração das redes e recursos de forma segura. É fundamental destacar que estes serviços são o mí- nimo a se fazer em meio a diversas opções que existem em relação a práticas de segurança, é o mesmo que dizer que a sua adoção é um bom começo, mas não necessariamente é suficiente em todas as situações. De acordo com Cabral e Se- raggi (2017), para estabelecer um ní- vel apropriado de segurança, a em- presa deve instalar um firewall em suas dependências. O firewall é ins- talado entre a rede local e a Internet, ele auxilia a estabelecer um link con- trolado com as redes externas, pro- tege a rede local de ataques origina- dos em redes externas, como a Inter- net, e fornece um único ponto de barragem de dados. Para os autores Carvalho e Lo- rena (2017), as principais funções do firewall são: Todo o tráfego de dados que entra ou sai da empresa deve, obrigatoriamente, passar atra- vés do firewall. Somente tráfego autorizado, de acordo com políticas pré- estabelecidas, tem permissão de passar. O próprio firewall deve ser imune a ataques. Para isso é necessário que ele seja confi- gurado corretamente, com atenção total na segurança. Segundo Pinochet (2014), as característicasdo firewall, são: 38 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Controle de Serviço – deter- mina os tipos de serviços que podem ser acessados. O fire- wall pode filtrar o tráfego de acordo com um endereço IP ou uma porta. Controle de direção – deter- mina a direção em que um ser- viço requisitado pode ser aces- sado através do firewall. Controle de usuário – controla o acesso a serviços de acordo com os usuários que estão ten- tando acessar. Esta carac- terística é normalmente aplicada para usuários inter- nos. Em consonância com o autor Wazlawick (2021), é correto afirmar que, em relação à privacidade na in- ternet, percebe-se que essa tecnolo- gia permite o monitoramento do comportamento das pessoas cons- tantemente a um baixo custo. Um desafio contínuo para os formadores de políticas públicas é responder qual seria a quantidade de lei e tec- nologia necessária para restaurar o nível adequado de controle da priva- cidade uma vez que esse nível deve equilibrar os interesses privados e públicos. A privacidade apesar de ser um conceito amplo, pode ser anali- sada a partir de dois aspectos, um voltado para o âmbito privado e ou- tro para o público. No ambiente pri- vado, a tradicional questão de “pri- vacidade” está associada com o li- mite que a lei coloca para que uma pessoa ou governo possam invadir o espaço privado de outra, assim, fo- ram estabelecidas imposições legais como as leis e instrumentos norma- tivos. Conforme Kurose (2013), é importante destacar que, normal- mente, a privacidade tende a ser dei- xada de lado, quando o assunto en- volve segurança nacional, terro- rismo, eficiência ou empreendedo- rismo. Conforme a teoria política li- beral, a privacidade é definida como uma maneira de proteger a liber- dade individual, mas essa privaci- dade não existe. Porém, a liberdade das práticas de vigilância pública ou privada é essencial para a prática de informação e reflexão da cidadania. Ou seja, atualmente, as tecnologias das informações permitem que as atividades das pessoas sejam moni- toradas, de forma que as empresas e/ou governo possam manipular as informações disponíveis ao público através do uso de ferramentas de pesquisas, filtros, plataformas soci- ais e propagandas. 4.3. Qualidade do Sinal De acordo com Alencar (2010), a topologia de uma rede 39 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL pode ser definida como sendo um mapa da rede. É a forma de conexão dos dispositivos na rede, ou seja, como eles estão ligados. Os pontos onde são conecta- dos recebem a denominação de nós, sendo que estes nós sempre estão re- lacionados a um endereço, para que possam ser reconhecidos pela rede. Para os autores Cabral e Se- raggi (2017), a topologia de uma rede pode ser física ou lógica: A topologia física descreve por onde os cabos passam e onde as estações, nós, roteadores e gateways se localizam; A topologia lógica refere-se aos percursos das mensagens entre os usuários da rede. Segundo Carvalho e Lorena (2017), existem quatro tipos de to- pologias físicas: Barra - todas as estações são li- gadas em paralelo ao cabo. A atenuação do sinal transmi- tido no cabo é determinada pelo comprimento do cabo, pelo número máximo de esta- ções em uma rede e pela quali- dade das placas de rede. Uma rede é determinada pela ate- nuação do sinal no cabo e pela qualidade das placas de rede. O fluxo de dados é bidirecio- nal. As extremidades do barra- mento são terminadores dos sinais. Um pedaço do circuito em curto causa a queda da rede. Anel - é caracterizada como um caminho unidirecional de transmissão, formando um círculo lógico, sem um final definido. A saída de cada esta- ção está ligada na entrada da estação seguinte. Um grande comprimento total de cabo é permitido, pelo fato de cada estação ser um repetidor de si- nal. A confiabilidade da rede depende da confiabilidade de cada nó (estação) e da confia- bilidade da implementação do anel. O fluxo de dados é em uma única direção. Estrela - é caracterizada por um determinado número de nós, conectados em uma con- troladora especializada em co- municações. Ela tem a necessi- dade de um nó central ou con- centrador. O tamanho da rede dependente do comprimento máximo do cabo entre o nó central e uma estação. O nú- mero de estações é limitado pelo nó central. A confiabili- dade da rede é extremamente dependente do nó central. O fluxo de dados entre o nó cen- tral e as estações depende da topologia lógica. Mista ou híbrida - é caracteri- zada quando tem a necessi- dade de vários tipos de topolo- gias formando uma única rede. Em consonância com o autor Pinochet (2014), é correto afirmar 4 0 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL que, os computadores são interliga- dos, e os seus dados são transmiti- dos através dos cabos e fios interli- gados entre eles. Os meios de transmissão mais comuns utilizados, são: Cabo coaxial - é composto por um revestimento de plástico externo, tela de cobre, isolador dielétrico de cobre e núcleo de cobre, utilizando os conectores do tipo BNC e BNC Tipo “T”. É um tipo de cabo muito utili- zado pela TV a cabo, para con- dução de sinal. Antigamente o cabo coaxial era muito utili- zado nas empresas e indús- trias como meio de transmis- são pelas redes de computado- res. A sua velocidade máxima de transmissão é de 10 Mbps. Par trançado - sua vantagem está nas taxas de transmissão que são de 10 Mbps (Ether- net), 100 Mbps (Fast Ether- net) ou 1000 Mbps (Gigabit Ethernet). A maioria das redes utiliza as velocidades de 100 Mbps, mas a sua escolha ficam pela demanda de tráfego de dados, voz, imagens e vídeos. Ele hoje está presente nos equipamentos que utilizam os serviços de banda larga, como ADSL e NET VIRTUAL, para conectar a placa de rede no Switch ou Roteador. Fibras ópticas é para uso de al- tas taxas de transmissão, e serve para interligar grandes redes de telecomunicação e computadores. Ela transmite feixe de luz ou sinais lumi- nosos. Radiodifusão - é a transmissão de ondas de radiofrequência que, por sua vez, são modula- das. Estas se propagam eletro- magneticamente através do espaço até chegar ao receptor de rádio de destino. Sua prin- cipal característica é a trans- missão de dados sem fio, sendo uma alternativa para lo- cais onde é difícil passar os fios. Entre outros meios de transmissão sem fio, podemos destacar a transmissão por mi- cro-ondas. Backbone - É o canal principal de comunicação de uma rede, onde outras redes de computa- dores estão conectadas, ou seja, é a “espinha dorsal” de uma rede de comunicação. Normalmente é o canal de co- municação mais rápido de toda rede. Conforme Wazlawick (2021), alguns equipamentos são necessá- rios para que a transmissão do sinal de internet seja realizada, são eles: Placa de rede - para poder co- nectar os meios de transmis- são através dos cabos de trans- missão, cada computador da rede deve ter uma placa de co- municação, onde deverá ser conectado o cabo da rede. Hub - tem a função de concen- trar os cabos de acordo com o número de entradas. 41 INTERNET, REDES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Roteador - tem como função indicar quando um computa- dor se conecta à rede e então acionar a geração de um ende- reço IP para esse computador, determinar a melhor rota e transportar os pacotes pela rede, verificar o endereço de rede para quem a mensagem está destinada, identificar este endereço e, por fim, traduzir para um novo endereço físico e enviar pacote. Repetidor - pode interligar dois segmentos de rede, rege- nerando o sinal e permitindo que distâncias maiores sejam atingidas. Modem - é um dispositivo con- versor de sinais que faz a co- municação entre computado- res através
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