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Lei Penal no Tempo

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Lei penal no tempo 
Aula 01 
LEI PENAL NO TEMPO: 
Regra: 
Princípio da irretroatividade: 
- quando uma lei penal surge, ela só vai ser 
aplicada a partir da sua vigência 
Ex.: crime de violência psicológica contra a 
mulher 
- a lei penal não retroage 
Ex.: lei anticrime altera pena máxima para 40 
anos (pessoas que estão com 30 anos irão 
continuar, pois ela é irretroativa) 
NÃO É ABSOLUTO!1 
- tem uma exceção para isso, que é: 
Principio da retroatividade mais benigna: 
Ela retroage se for para beneficiar o réu e 
alcança todos os fatos passados, inclusive, para 
os casos que já há uma sentença penal 
obrigaria em trânsito em julgado 
- + benéfica ao réu 
- lei que de qualquer modo favoreça o réu 
→ Vamos de casinho: 
Ares Hidalgo foi pego no dia 01/01/20 
 
(uma foto do meliante) com drogas por Jake 
Peralta e está cumprindo pena desde então. 
Quando foi no dia 01/01/22 saiu uma lei que 
revogou a lei de drogas, tornando-as lícitas. 
O que vai acontecer com Ares Hidalgo? 
De acordo com o princípio da retroatividade, a 
nova lei beneficia o réu, logo Ares será solto. 
 
(Jake Peralta) 
Princípio da ultratividade: 
- vamos aplicar a um caso concreto uma lei já 
revogada 
- vamos ressuscitar essa lei 
→ Vamos de casinho: 
Chuck Bass cometeu um crime em 21/03/19, 
onde estava em vigor a lei penal A 
Lei penal A: 4 a 12 anos 
 
(Chuck Bass) 
O processo ainda estava em tramitação quando 
em 21/03/20 entra a lei penal B alterando a 
pena e revogando a lei penal A 
Lei penal B: 6 a 20 anos 
Em 21/03/21, o Juiz vai dar a sentença 
condenatória 
Qual lei penal ele vai utilizar? 
O juiz vai utilizar a lei penal A, segundo o 
princípio da ultratividade da lei mais benigna, 
pois ele praticou o crime quando ela ainda 
estava em vigor 
Obs.: Só poderá ressuscitar a lei já revogada se 
o réu praticou o crime quando a lei ainda 
estava em vigor. 
Princípios da Lei Penal no tempo: 
→ Abolitio Criminis 
- art. 2°, CP 
- nova lei penal entra em vigor e extingue 
conduta tipificada como crime 
- aboliu um crime 
- extinção da punibilidade (acabar a pena) 
Ex.: Adultério 
- revogado 11 106/05 
- a doutrina já considerada anacrônica há 
tempos a incriminação por adultério 
PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE 
- todos os efeitos penais serão cessados 
Obs.: só extingue os efeitos penais, mas os civis 
não. 
- não fica antecedentes 
Divergência doutrinária na vacatio legis (é o 
tempo entre a publicação e a vigência da lei) 
- doutrinador x: fala que pode aplicar a abolitio 
criminis, que não precisa esperar entrar em 
vigor 
- doutrinador y: só será solto quando a lei entrar 
em vigência. 
Mas, se fomos pensar, se a lei for uma abolitio 
criminis ela vai ser imediata. 
→ Vamos de casinho: 
Nosso querido Arthur Aguiar 
 
(Arthur A.., simplesmente viciado em ser fiel) 
Cometeu o crime de adultério em 10/01/2004 
- ele traiu 19 vezes e já está cumprindo pena 
(já está em trânsito julgado) 
Em 2005 apareceu a lei 11 106 acabando com o 
crime de adultério 
Arthur Aguiar continuará preso? 
Não, salvo o princípio da abolitio criminis, essa 
nova lei irá retroagir e alcançar todos os fatos 
passados. Arthur será solto e se tornará o 
homem mais fiel do brasil. 
 
→ Continuidade típico-normativo 
- não se trata de um abolitio criminis 
- a pena só vai mudar de um dispositivo para 
outro 
Ex.: Crime de sedução 
- art. 217, CP 
- foi revogado e considerado estupro (art. 217-
A, CP) 
- mudou o dispositivo legal 
- há a migração da conduta considerada crime 
para outro dispositivo legal 
- só uma mudança de artigo 
Foi uma mudança de apartamento, você 
continua no mesmo prédio, mudou do 
apartamento 500 para o 502. 
Qual vai ser utilizado para o réu? 
- se ele cometeu o crime quando a lei estava 
no outro dispositivo legal, e ela era melhor, será 
utilizada ela. 
- tem que ter sido praticado dentro da vigência 
da lei 
(alguns casos ela não beneficia o réu) 
→ Novatio legis incriminadora 
- cria um crime 
- irretroativa, só será aplicada aos fatos a partir 
da sua vigência 
Ex.: violência psicológica 
→ Novatio legis in pejus 
- não cria um novo crime, ela piora 
- torna algo mais severo 
Ex.: pena máxima de prisão foi alterada de 30 
anos para 40 anos 
Ex.: feminicídio 
- deixou de ser considerado homicídio simples e 
passou a ser considerado homicídio qualificado 
- irretroativa 
Lei de crimes hediondos: 
- crimes mais graves 
O crime já existia, só tornou pior para o réu 
→ Novatio legis in mellius 
- lei melhor 
- o crime permanece o mesmo, só tem uma 
alteração para beneficiar o réu 
Ex.: em 2019 teve um benefício de diminuição 
de pena para apenadas: 
- grávidas 
- com filhos melhores 
- deficiência 
Ela retroage 
Quem deve aplicar a lei penal mais 
benéfica? 
- abolitio criminis 
- novatio legis mellius 
Juiz de primeiro grau 
- inquérito policial (delegado de polícia remete 
ao juiz de 1° grau) 
Fase recursal: 
- já tem sentença 
- está em fase de recurso 
- tribunal competente 
Fase executória: 
- já está em transito julgado 
- execução de pena 
- juiz da vara da execução penal 
STF editou a súmula 611: 
- VEP 
- Juiz vai acompanhar o processo de execução 
de pena, é ele que vai aplicar a lei melhor 
Lei penal intermediária: 
- aplicar a lei intermediária, que estava no meio, 
que é a mais benéfica 
- STF: fala que sim, mesmo não sendo a lei 
que estava em vigor no dia do crime, e a que 
está agora, ela é a mais benéfica 
Fundamento em quais princípios: 
- retroatividade 
- ultratividade 
Conceito: não é a lei que estava em vigor 
quando o crime ocorreu, não é a lei 
atualmente, surgiu no curso do processo, 
porém é mais benéfica. 
Pode combinar lei para beneficiar o réu? 
- não pode 
- STF: fala que não 
- Posição do STJ: Súmula 501 
- Posição do CPM 
Não é possível, pois ao combinar uma lei, 
estaria criando uma nova lei 
 Lei penal temporária: 
- são leis autor revogáveis 
- na própria lei fala a data limite 
- tem uma vigência predeterminada na lei 
Ex.: lei geral da copa do mundo de futebol de 
2014 
- art. 3° 
- tem ultratividade 
- os fatos praticados durante a vigência os 
efeitos penais perdurarão 
- tem que ser praticado durante a vigência da 
lei 
Lei penal excepcional: 
- auto revogável 
- ultratividade 
- criada em situação de urgência 
Ex.: uso de máscara 
- a lei valerá até aquela situação de urgência 
existir 
Crimes permanentes ou continuados: 
Súmula 711, STF 
Crime permanente x instantâneo 
- momento consumativo 
Ex.: crime de homicídio, lesão corporal, 
autoaborto (instantâneo) 
Permanente: 
- execução se prolonga durante o tempo 
Ex.: crime de extorsão mediante cárcere 
privado 
- foi executado durante o tempo 
- enquanto a liberdade da vítima estiver sendo 
privada o crime é permanente 
Ex.: trafico 
- tem as drogas guardadas em sua casa 
Súmula 711: 
- durante a execução do crime permanente se 
entrar em vigor uma lei pior será aplicada essa 
lei pior porque não tem um dia certo que o 
crime foi executado 
Continuado: 
- cometido levando em consideração as 
mesmas circunstâncias de: 
1. tempo 
2. lugar 
3. maneira de execução 
- pode ser praticado com a mesma vitima ou 
diferente 
- é um crime instantâneo 
- continuidade delitiva 
Serial Killer 
Ex.: Mario, padrasto de Maria, estuprava ela 
durante 1 ano. (continuidade delitiva) 
Ex.: professor que estuprava alunas 
- aplica a pena de 1, só que com o aumento de 
pena 
Lei penal em branco e o conflito de leis 
no tempo 
- alteração na norma complementadora 
Norma complementadora: 
- mudança de apenas um tópico, a lei continua 
intacta 
+ benéfica (retroage) 
Maléfica (irretroage) 
Complementadora normal: 
- alteração na legislação penal normal- principio da retroatividade salvo para beneficiar 
o réu 
Complementadora excepcional: 
- analogia com a lei penal excepcional 
- não existe no nosso ordenamento 
Ex.: acetona 
- ultratividade 
Vigência: prazo determinado 
Tempo do crime: 
Quando o crime ocorreu: 
Teoria da atividade: 
- tempo da ação mesmo que outro seja o 
resultado 
Teoria do resultado: 
- será o momento do resultado 
Teoria mista: 
- tento o momento da ação quando o do 
resultado 
art. Teoria da atividade 
adotamos a teoria da atividade prevista no art. 
4, CP.

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