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Aula 9,10 Penal

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DIREITO PENAL 
Alguns temas de Penal Geral - 
continuação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios no D. 
Penal 
Norteiam a criação 
das leis 
 limitam o poder 
do Estado em 
punir 
 
são garantias do 
cidadão em face do 
direito de punir 
estatal 
P. LEGALIDADE 
NÃO HÁ CRIME SEM LEI anterior 
que o defina. 
NÃO HÁ PENA sem prévia 
cominação legal. 
 
ANALOGIA 
SÓ PARA 
BENEFICIAR 
P. RESERVA LEGAL 
SOMENTE LEI 
PRODUZIDA PELO 
CONGRESSO 
NACIONAL 
MP 
DECRETO 
LEI 
ESTADUAL 
RESOLUÇÃO 
P. DA 
TAXATIVIDADE 
A lei deve ser clara e 
precisa: não cabe 
interpretações 
ampliando seu 
significado 
P. DA 
ANTERIORIDADE 
a lei que considera 
determinada conduta 
como crime deve ser 
anterior a pratica da 
conduta 
P. DA 
IRRETROTIVIDADE 
DA LEI PENAL 
a lei penal não retroagirá, 
salvo para beneficiar o réu 
P. DA ANTERIORIDADE P.DA IRRETROATIVIDADE DA 
LEI PENAL 
A LEI QUE CRIA O CRIME NÃO 
OLHA PARA TRAS 
O CRIME SÓ EXISTE DEPOIS QUE 
A LEI EXISTE 
PRINCÍPIO DO DEVIDO 
PROCESSO LEGAL 
PRINCÍPIO DO 
CONTRADITÓRIO 
E DA AMPLA 
DEFESA 
P. DA INTERVENÇÃO 
MÍNIMA 
SUBSIDIARIEDADE FRAGMENTARIEDADE 
PRINCÍPIO DA 
RESPONSABILIDADE PESSOAL 
nenhuma pena 
passará da 
pessoa do 
condenado 
podendo a obrigação de 
reparar o dano e a 
decretação do perdimento 
de bens ser alcançar 
sucessores 
P. DA INDIVIDUALIZAÇÃO 
DA PENA 
Todo acusado tem direito a 
uma avaliação 
individualizada sobre o fato 
criminoso 
Direito Penal 
 
10. Princípio da presunção de inocência (ou da não culpa) 
 
art. 5º, LVII , CF “ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória;” 
 
A pessoa só será considerada culpada no final do processo quando 
não cabe mais nenhum recurso, antes disso é considerado somente 
acusado 
 
 esse princípio ganhou relevância com a prisão de alguns políticos 
na operação lava jato  possibilidade ou não de prisão após 
confirmação da decisão de 2º grau. 
 
 
 
 
Princípio da Insignificância (ou criminalidade da bagatela): 
 
Esse princípio não encontra previsão na legislação, mas foi incorporado 
ao Direito Penal pela doutrina e pelos tribunais. 
O princípio da insignificância traduz a ideia de que não há crime quando 
a conduta praticada pelo agente é insignificante, não é capaz de ofender 
ou colocar em perigo o bem jurídico tutelado pela norma penal. 
 
 Ex. pessoa que não tem como meio de vida a pratica de crimes, furta 
um pacote de balas em um supermercado. 
 
Embora seja uma conduta criminalizada como furto, o agente não será 
condenado por tal conduta. 
 
Direito Penal 
 
Requisitos objetivos a serem analisados pelo juiz: 
 
 
a) mínima ofensividade da conduta; 
 
b) ausência de periculosidade social da ação; 
 
c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; 
 
d) inexpressividade da lesão jurídica. 
 
 
Direito Penal 
 
Princípio da proporcionalidade 
 
O princípio da proporcionalidade deve ser observado: 
 
 pelo Legislativo  na criação de condutas criminosas 
 
 pelo Judiciário  na aplicação e execução da pena. 
 
 A sanção penal deve ser vantajosa para sociedade e 
trazer mais vantagens do que desvantagens 
 
Direito Penal 
 
Princípio da proporcionalidade 
 
O princípio da proporcionalidade tem duas vertentes a 
serem observadas tanto na criação como aplicação da lei 
penal 
 
 adequação meio mais adequado para se obter o fim 
desejado 
 
 necessidade não há outro meio de se obter o fim 
desejado. 
Direito Penal 
 
Proporcionalidade 
 
Proibição do excesso X proibição da proteção deficiente 
de bens jurídicos. 
Direito Penal 
 
Princípio da Exclusiva Proteção dos Bens Jurídicos 
 
 a norma penal deve ser criada apenas para tutelar bens 
jurídicos cuja relevância mereça a proteção que o Direito 
Penal oferece. 
Direito Penal 
 
Princípio da Adequação Social 
 
Condutas socialmente aceitas e adequadas não podem ser 
criminalizadas. Está é a premissa do chamado princípio da 
adequação social 
 
Ex.: lutador profissional que causa lesão grave no seu 
adversário não é crime embora tenham ocorridos lesões 
Princípio da ofensividade ou lesividade 
 
Não há crime sem ofensa ao bem jurídico.” 
 
 Somente condutas que causem dano ou ao 
menos perigo de dano podem ser consideradas ilícitas pelo 
Direito Penal. 
 
 Temos os crime e dano e de perigo de dano 
 
Os crimes podem ser de dano ou de perigo. O crime de dano é aquele 
que se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico (ex: homicídio). Já 
os crimes de perigo se consumam tão-só com a possibilidade 
do dano (ex: crime de contágio venéreo) 
Explicando ...... 
CRIME 
DANO 
PERIGO DE 
DANO 
se consuma com a 
efetiva lesão do bem 
jurídico 
se consumam tão-só com a 
possibilidade do dano 
homicídio 
crime de 
contágio 
venéreo 
Princípio da Humanidade 
 
 O princípio da humanidade garante que os infratores da lei 
não sejam submetidos a penas cruéis ou degradantes 
 
O art. 5º, XLVII, da Constituição Federal trata sobre o tema, 
ao proibir penas: 
 
• De morte, salvo em caso de guerra declarada; 
• De caráter perpétuo; 
• De trabalhos forçados; 
• De banimento; 
• Cruéis. 
Princípio da Culpabilidade 
 
Esse princípio aponta para a reprovabilidade da conduta do 
agente. 
 
A conduta típica e ilícita praticada pelo agente considerada 
como reprovável é aquela conduta levada a efeito pelo 
agente que, nas condições em que se encontrava, podia agir 
de outro modo. 
 
Assim temos que no Direito Penal somente se admite a 
responsabilidade subjetiva, ou seja, o agente para ser punido 
deve agir com dolo ou culpa. 
CULPABILIDADE 
RESPONSABILIDADE 
SUBJETIVA 
DOLO CULPA 
Ano: 2017. Banca: FAPEMS. Órgão: PC-MS. Prova: Delegado de Polícia. 
 
No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, analise 
os textos a seguir. 
 
A proteção de bens jurídicos não se realiza só mediante o Direito 
Penal, senão que nessa missão cooperam todo o instrumental do 
ordenamento jurídico. ROXIN, Claus. Der echo penai- parte geral. 
Madrid: Civitas, 1997.1.1, p. 65. 
 
A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio 
necessário para a proteção de ataques contra bens jurídicos 
importantes. BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratada de direito penal: 
parte geral. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 54. 
 
 
 
Nesse sentido, é correto afirmar que os textos se referem ao 
 
a) Princípio da intervenção mínima, imputando ao Direito Penal somente fatos 
que escapem aos meios extrapenais de controle social, em virtude da gravidade 
da agressão e da importância do bem jurídico para a convivência social. 
b) Princípio da insignificância, que reserva ao Direito Penal a aplicação de pena 
somente aos crimes que produzirem ataques graves a bem jurídicos protegidos por 
esse Direito, sendo que agir de forma diferente causa afronta à tipicidade material.. 
c) Princípio da adequação social em que as condutas previstas como ilícitas não 
necessariamente revelam-se como relevantes para sofrerem a intervenção do 
Estado, em particular quando se tornarem socialmente permitidas ou toleradas.. 
d) Princípio da ofensividade, pois somente se justifica a intervenção do Estado para 
reprimir a infração com aplicação de pena, quando houver dano ou perigo concreto 
de dano a determinado interesse socialmente relevante e protegido pelo 
ordenamento jurídico. 
e) Princípio da proporcionalidade, em que somente se reserva a intervenção do 
Estado, quando for estritamente necessária a aplicação de pena em quantidade e 
qualidade proporcionais à gravidade do dano produzido e a necessária prevenção 
futura. 
 
 
Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF. 
 
a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência 
da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. 
b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais 
favoráveis aoacusado. 
c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o 
dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os 
sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do 
patrimônio transferido. 
d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra 
declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimentoe 
as cruéis. 
 
O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de 
medida provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A 
medida provisória foi convertida em lei, sem impugnações. 
 
Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta. 
 
a) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de 
medida provisória, quando convertida em lei. 
b) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de 
medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional. 
c) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos 
penais por meio de medida provisória. 
d) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a 
iniciativa de lei em matéria penal. 
Acerca dos princípios que limitam e informam o Direito Penal, assinale a 
afirmativa correta. 
 
a) O princípio da insignificância diz respeito aos comportamentos 
aceitos no meio social. 
b) A conduta da mãe que autoriza determinada enfermeira da 
maternidade a furar a orelha de sua filha recém-nascida não configura 
crime de lesão corporal por conta do princípio da adequação social. 
c) O princípio da legalidade diz que a lei deve ser clara e precisa: não 
cabe interpretações ampliando seu significado 
d) O princípio da lesividade impõe que a responsabilidade penal seja 
exclusivamente subjetiva, ou seja, a conduta penalmente relevante deve 
ter sido praticada com consciência e vontade ou, ao menos, com a 
inobservância de um dever objetivo de cuidado. 
IBADE/PC-AC/DELEGADO DE POLÍCIA/2017 
 
 É correto afirmar que responsabilização de terceiros pela conduta de 
alguém viola o princípio penal, denominado: 
 
 
a) individualização judicial da pena. 
b) taxatividade 
c) intranscendência. 
d) ofensividade. 
e) inderrogabilidade. 
(FCC/SEGEP-MA/AUDITOR FISCAL/2016) 
 
O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia 
fundamental da pessoa, impedindo que alguém possa ser punido por 
fato que, ao tempo do seu cometimento, não constituía delito é 
 
a) atipicidade. 
b) reserva legal. 
c) punibilidade. 
d) analogia. 
e) anterioridade 
(CESPE/PC-PE/AGENTE DE POLÍCIA/2016) 
 Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção correta. 
 
a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer 
dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da 
descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal. 
b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido 
sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser 
prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir 
c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à sua 
vigência, seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja para 
contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser crime. 
d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana 
será considerada insignificante, sendo que todas deverão ser protegidas. 
e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a 
pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir. 
(FUNCAB/SEGEP-MA/AGENTE PENITENCIÁRIO) 
 
O direito penal não admite analogias incriminadoras. 
 
Essa afirmativa é uma decorrência do princípio da: 
 
a) adequação social. 
b) responsabilidade penal pessoal. 
c) individualização das penas. 
d) legalidade. 
e) responsabilidade penal subjetiva. 
(FUNCAB/PJC-MT/INVESTIGADOR) O princípio da fragmentariedade 
do Direito Penal significa: 
a) que, uma vez escolhidos aqueles bens fundamentais, comprovada a 
lesividade e a inadequação das condutas que os ofendem, esses bens 
passarão a fazer parte de uma pequena parcela que é protegida pelo 
Direito Penal. 
b) que o legislador valora as condutas, cominando-lhes penas que 
variam de acordo com a importância do bem a ser tutelado. 
c) que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal não será 
considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto é, 
se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente 
condicionada 
d) que as proibições penais somente se justificam quando se referem a 
condutas que afetem gravemente direitos de terceiros. 
e) que a lei é a única fonte do Direito Penal quando se quer proibir ou 
impor condutas sob a ameaça de sanção. 
FCC/2015/TCM-RJ/AUDITOR) Determinada lei dispõe: “Subtrair 
objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as 
circunstâncias do fato”. 
 
Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a 
referida lei 
a) fere o princípio da legalidade. 
b) fere o princípio da anterioridade. 
c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. 
d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. 
e) é uma norma penal em branco. 
 
(FCC/2018/MPE-PE/TÉCNICO MINISTERIAL) Não há crime sem lesão 
efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado. Tal enunciado 
refere-se ao princípio da 
 
a) proporcionalidade. 
b) intervenção mínima. 
c) ofensividade. 
d) bagatela imprópria. 
e) alteridade. 
Eficácia da Lei Penal no Tempo 
 
Como analisamos o princípio da legalidade, aplica-se, em 
regra, a lei penal vigente ao tempo da realização do fato 
criminoso – tempus regit actum. 
 
Mas como já mencionei .... No Direito existem muitas 
exceções: 
 
 Excepcionalmente será permitida a retroatividade da lei 
penal para alcançar os fatos passados, desde que benéfica ao 
réu. 
 
Eficácia da Lei Penal no Tempo 
 
Lembram do princípio da irretroatividade ? 
 
A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu 
 
Assim é possível que a lei penal se movimente no tempo para 
beneficiar o réu 
 
 Esse fenômeno é denominado de extratividade da lei 
penal. 
 EXTRA-ATIVIDADE DA LEI PENAL 
ULTRATIVIDADE RETROATIVIDADE 
Lei A pena de 1 a 4 anos 
 
Lei B  pena de 2 a 5 anos. 
 
Lei B revoga lei A 
 
A lei A (revogada) continua sendo 
aplicada para os fatos praticados na sua 
vigência, pois a lei revogadora é 
prejudicial ao réu. NÃO DEVERÁ 
SER APLICA, evitando-se assim a 
retroatividade maléfica da Lei B. 
Lei “A”  pena de 2 a 5 anos 
 
Lei B  pena de 1 a 4 anos 
 
Lei A revoga Lei B 
 
Nesse caso, a Lei B retroage para alcançar 
os fatos passados, pois mais benéfica do 
que a Lei A. 
 
Admite-se a retroatividade benéfica 
LEI A 
Mais grave 
LEI B 
Mais benéfica 
CRIME 
RETROATIVIDADE 
A Lei B por ser mais favorável ao réu será aplicada ao crime 
cometido durante a vigência da Lei A 
Direito Penal 
 
Lei penal no tempo 
 
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa 
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos 
penais da sentença condenatória. 
 
É o chamado abolitio criminis  intenção do legislador de não 
considerar mais o fato como sendo criminoso. 
 
 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença 
condenatória transitada em julgado 
 
 É a retroatividade da lei penal mais benéfica 
LEI A 
Mais benéfica 
LEI B 
Mais grave 
CRIME 
ULTRATIVIDADE 
Ao crime praticado durante a vigência da Lei A que foi 
posteriormente revogada pela Lei B, continuará (Lei A) a ser 
aplicada por ser mais favorável ao réuSignificado de Ultra 
 
prefixo Extremamente; que está além de; em excesso; ao extremo 
Direito Penal 
 
Lei penal no tempo 
 
 Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa 
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos 
penais da sentença condenatória. 
 
É o chamado abolitio criminis  intenção do legislador de não 
considerar mais o fato como sendo criminoso. 
 
 Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença 
condenatória transitada em julgado 
 
 É a retroatividade da lei penal mais benéfica 
 
 
 
Calma ... Vamos exemplificar.... 
Exemplo de Retro e Ultratividade da Lei penal... 
 
Vamos imaginar a seguinte situação: 
 
O crime de homicídio é apenado com uma pena máxima de 20 anos. 
José mata alguém na segunda. Na terça o Congresso aprova uma lei 
aumentando a pena máxima para 40 anos. Na quinta começa 
julgamento de José que será julgado com base na lei antiga, ou seja, 
será condenado a, no máximo, 20 anos. A lei, novamente, não retroagirá 
para prejudicá-lo.(ultratividade da lei penal mais benéfica) 
 
Por outro lado, a lei retroage para beneficiar uma pessoa. Se o caso 
acima fosse inverso, ou seja, a nova lei previsse uma pena menor, José 
seria julgado pela nova lei. Outro exemplo: se o crime deixasse de existir 
na nova lei, José teria sua punibilidade extinta, ainda que sua sentença 
já tivesse transitado em julgado.(retroatividade da lei penal mais 
benéfica) 
 
SE ÑÃO CONSEGUIU ENTENDER NÃO HÁ PROBLEMA 
 
Volta e revisa tudo que voce vai entender.... 
 
 
Mas vou te ajudar com uma dica... 
 
Se a questão vier falando que a Lei X mais benéfica foi 
revogada, estaremos falando de ultratividade. Portanto a 
palavra chave é lei mais benéfica ao réu + revogada 
 
Se a questão falar que veio Lei X nova mais benéfica 
estaremos falando de retroatividade. Palavra chave lei 
nova benéfica 
Direito Penal 
 
Lei excepcional ou temporária 
 
 Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o 
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência 
 
A lei temporária é a que tem pré fixada na lei o seu tempo de vigência 
dentro do ordenamento jurídico. 
A lei excepcional é a que atende a necessidades estatais transitórias. 
Ex. guerra, calamidades, epidemias, perdurando por todo o tempo 
excepcional. 
Fatos praticados na vigência desta lei continuam sendo punidos 
mesmo após cessada a sua vigência 
 
Aqui também ocorre a ultratividade da lei penal 
L P 
TEMPORÁRIA 
L P 
EXCEPCIONA
L 
Vigência pré- 
determinada 
Situação de 
anormalidade 
LEI TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL 
Início da 
vigência 
autorrevogação 
Mesmo após revogação a lei excepcional ou temporária será 
aplicável aos fatos praticados durante a vigência delas MESMO 
QUE ESSA LEI SEJA MAIS GRAVOSA QUE LEI POSTERIOR QUE TRATE DO MESMO 
CRIME 
Direito Penal 
 
Exemplificando ... 
 
Lei 12.663/12 Dispõe sobre as medidas relativas à Copa das 
Confederações FIFA 2013, à Copa do Mundo FIFA 2014 
 
Art. 30. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente 
quaisquer Símbolos Oficiais de titularidade da FIFA: 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. 
 
 Art. 36. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 
31 de dezembro de 2014 
 
Ultra-atividade: por serem ultrativas, alcançam os fatos praticados 
durante a sua vigência, ainda que as circunstâncias de prazo (lei 
temporária) e de emergência (lei excepcional) tenham se extinguido 
 
Direito Penal 
 
Ex. Pedro praticou a conduta prevista na lei da copa em julho de 
2014. 
 
Em 05/01/2015 Pedro irá a julgamento pela pratica desse crime e 
será condenado embora a lei já não esteja mais em vigor. 
Assim nesses casos de lei excepcional e temporária não se aplicam 
a abolitio criminis, embora em janeiro de 2015 a conduta não seja 
mais crime. 
Se não fosse lei temporária não poderia ser condenado, pois a 
época do julgamento ( janeiro de 2015) a conduta não seria mais 
crime. 
 
Lei temporária e Lei normal 
 excepcional 
 Ultratividade e 
 
Ultratividade X Retroatividade 
 
 
 
 
 
 
Lei lei 
Lei temporária e Excepcional 
 
Ultratividade  a lei penal revogada será aplicada 
mesmo que seja mais prejudicial ao acusado. 
 
 
Ex. Lei da copa, estatuto do desarmamento 
 
Lei normal 
Retroatividade/ ultra  a lei penal sempre irá beneficiar o 
réu nunca prejudicar 
 
Ex. adultério era crime até 2005, quem até a data havia 
cometido o crime e foi punido ou estava respondendo pelo 
crime em 2005 foi absolvido (abolitio criminis) 
SOMENTE NOS CASOS DA LEI EXCEPCIONAL OU 
TEMPORÁRIA A ULTRATIVIDADE DA LEI OCORRERÁ 
MESMO QUE SEJA PREJUDICIAL 
Direito Penal – TEMPO DO CRIME 
 
Teoria da atividade 
 
Art. 4º do CP – tempo do crime 
 
“Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, 
ainda que outro seja o momento do resultado.” 
 
Ex. Pedro com 17 anos acerta 2 tiros contra Cássio que foi levado ao 
hospital com vida. 2 dias após o crime Pedro completou 18 anos 
Nesse mesmo dia Cássio veio a falecer vítima dos disparos. 
Pedro irá responder pelo ECA e não pelo código penal pois na época 
da conduta tinha 17 anos, não importando que logo em seguida 
completou 18 anos 
TEMPO DO 
CRIME 
AÇÃO 
OMISSÃO 
TEORIA DA 
ATIVIDADE 
Ano: 2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-
ES - Delegado de Polícia. 
Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem 
moradora da cidade de São Paulo. 
Com o passar do tempo e os efeitos da distância, Tício, motivado por ciúmes, 
resolveu tirar a vida de Gabriela. 
Pôs-se então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo 
adquirido uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia em 
que seguiu para São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na 
rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito 
Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito Santo, 
Tício afirmou para Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de Tício, a 
jovem achou que se tratava de uma brincadeira. 
Durante o trajeto, Tício, ofereceu a ela uma bebida contendo substância que 
causava a perda dos sentidos. 
Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto passavam pela 
BR-101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com a faca no peito da 
jovem. Quando chegou ao destino, Tício se entregou para polícia, e Gabriela, 
embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao Hospital. 
 
O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no momento 
 
A. da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, 
portanto, do momento em que Tício desferiu os golpes em Gabriela. 
B. em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, 
trata-se do momento em que Tício planejou e adquiriu as ferramentas necessárias 
ao cometimento do crime. 
C. em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando Tício 
se entregou para a polícia. 
D. em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento da 
morte de Gabriela, que ocorreu no hospital. 
E. da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo possível 
determiná-lo, no presente caso, em razão da separação temporal entre a conduta e 
o resultado. 
Direito Penal 
 
Lugar do crime 
 
 
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em 
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
 
 Teoria da ubiquidade 
LUGAR AÇÃO OU 
OMISSÃO 
LUGAR DO 
RESULTADO 
LUGAR DO CRIME 
Direito Penal 
 
 
 Atenção 
 
 
 LUGAR do crime xTEMPO do crime 
 
 
 
 
 
 teoria da 
ubiquidade 
Teoria da 
atividade 
Em relação à aplicação da lei penal, assinale a alternativa 
correta de acordo com o Código Penal: 
 
A A lei posterior, que de qualquer modo desfavorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos 
por sentença condenatória transitada em julgado. 
B Considera-se praticado o crime no momento do 
resultado. 
C A lei excepcional ou temporária aplica-se exclusivamente 
ao fato praticado e julgado durante sua vigência. 
D Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu 
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde 
se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
A respeito da aplicação da retroatividade da lei no direito penal, 
assinale a opção correta. 
 
A A aplicação da retroatividade ocorre mesmo em caso de aumento 
de pena, como forma de garantir a justiça para o réu que tiver 
cometido o crime após a entrada em vigor da lei mais severa. 
B A retroatividade de lei mais benéfica não pode ser aplicada a 
medida de segurança. 
C A retroatividade de lei mais benéfica somente será cabível no caso 
de haver abolitio criminis. 
D A aplicação da retroatividade da lei é concebível, desde que em 
benefício do réu como medida de justiça. 
E A aplicação da retroatividade da lei é vedada constitucionalmente 
em qualquer circunstância, a fim de garantir a segurança jurídica.

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