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DIREITO PENAL Alguns temas de Penal Geral - continuação Princípios no D. Penal Norteiam a criação das leis limitam o poder do Estado em punir são garantias do cidadão em face do direito de punir estatal P. LEGALIDADE NÃO HÁ CRIME SEM LEI anterior que o defina. NÃO HÁ PENA sem prévia cominação legal. ANALOGIA SÓ PARA BENEFICIAR P. RESERVA LEGAL SOMENTE LEI PRODUZIDA PELO CONGRESSO NACIONAL MP DECRETO LEI ESTADUAL RESOLUÇÃO P. DA TAXATIVIDADE A lei deve ser clara e precisa: não cabe interpretações ampliando seu significado P. DA ANTERIORIDADE a lei que considera determinada conduta como crime deve ser anterior a pratica da conduta P. DA IRRETROTIVIDADE DA LEI PENAL a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu P. DA ANTERIORIDADE P.DA IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL A LEI QUE CRIA O CRIME NÃO OLHA PARA TRAS O CRIME SÓ EXISTE DEPOIS QUE A LEI EXISTE PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA P. DA INTERVENÇÃO MÍNIMA SUBSIDIARIEDADE FRAGMENTARIEDADE PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PESSOAL nenhuma pena passará da pessoa do condenado podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser alcançar sucessores P. DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA Todo acusado tem direito a uma avaliação individualizada sobre o fato criminoso Direito Penal 10. Princípio da presunção de inocência (ou da não culpa) art. 5º, LVII , CF “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;” A pessoa só será considerada culpada no final do processo quando não cabe mais nenhum recurso, antes disso é considerado somente acusado esse princípio ganhou relevância com a prisão de alguns políticos na operação lava jato possibilidade ou não de prisão após confirmação da decisão de 2º grau. Princípio da Insignificância (ou criminalidade da bagatela): Esse princípio não encontra previsão na legislação, mas foi incorporado ao Direito Penal pela doutrina e pelos tribunais. O princípio da insignificância traduz a ideia de que não há crime quando a conduta praticada pelo agente é insignificante, não é capaz de ofender ou colocar em perigo o bem jurídico tutelado pela norma penal. Ex. pessoa que não tem como meio de vida a pratica de crimes, furta um pacote de balas em um supermercado. Embora seja uma conduta criminalizada como furto, o agente não será condenado por tal conduta. Direito Penal Requisitos objetivos a serem analisados pelo juiz: a) mínima ofensividade da conduta; b) ausência de periculosidade social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; d) inexpressividade da lesão jurídica. Direito Penal Princípio da proporcionalidade O princípio da proporcionalidade deve ser observado: pelo Legislativo na criação de condutas criminosas pelo Judiciário na aplicação e execução da pena. A sanção penal deve ser vantajosa para sociedade e trazer mais vantagens do que desvantagens Direito Penal Princípio da proporcionalidade O princípio da proporcionalidade tem duas vertentes a serem observadas tanto na criação como aplicação da lei penal adequação meio mais adequado para se obter o fim desejado necessidade não há outro meio de se obter o fim desejado. Direito Penal Proporcionalidade Proibição do excesso X proibição da proteção deficiente de bens jurídicos. Direito Penal Princípio da Exclusiva Proteção dos Bens Jurídicos a norma penal deve ser criada apenas para tutelar bens jurídicos cuja relevância mereça a proteção que o Direito Penal oferece. Direito Penal Princípio da Adequação Social Condutas socialmente aceitas e adequadas não podem ser criminalizadas. Está é a premissa do chamado princípio da adequação social Ex.: lutador profissional que causa lesão grave no seu adversário não é crime embora tenham ocorridos lesões Princípio da ofensividade ou lesividade Não há crime sem ofensa ao bem jurídico.” Somente condutas que causem dano ou ao menos perigo de dano podem ser consideradas ilícitas pelo Direito Penal. Temos os crime e dano e de perigo de dano Os crimes podem ser de dano ou de perigo. O crime de dano é aquele que se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico (ex: homicídio). Já os crimes de perigo se consumam tão-só com a possibilidade do dano (ex: crime de contágio venéreo) Explicando ...... CRIME DANO PERIGO DE DANO se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico se consumam tão-só com a possibilidade do dano homicídio crime de contágio venéreo Princípio da Humanidade O princípio da humanidade garante que os infratores da lei não sejam submetidos a penas cruéis ou degradantes O art. 5º, XLVII, da Constituição Federal trata sobre o tema, ao proibir penas: • De morte, salvo em caso de guerra declarada; • De caráter perpétuo; • De trabalhos forçados; • De banimento; • Cruéis. Princípio da Culpabilidade Esse princípio aponta para a reprovabilidade da conduta do agente. A conduta típica e ilícita praticada pelo agente considerada como reprovável é aquela conduta levada a efeito pelo agente que, nas condições em que se encontrava, podia agir de outro modo. Assim temos que no Direito Penal somente se admite a responsabilidade subjetiva, ou seja, o agente para ser punido deve agir com dolo ou culpa. CULPABILIDADE RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DOLO CULPA Ano: 2017. Banca: FAPEMS. Órgão: PC-MS. Prova: Delegado de Polícia. No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao Direito Penal, analise os textos a seguir. A proteção de bens jurídicos não se realiza só mediante o Direito Penal, senão que nessa missão cooperam todo o instrumental do ordenamento jurídico. ROXIN, Claus. Der echo penai- parte geral. Madrid: Civitas, 1997.1.1, p. 65. A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de ataques contra bens jurídicos importantes. BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratada de direito penal: parte geral. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 54. Nesse sentido, é correto afirmar que os textos se referem ao a) Princípio da intervenção mínima, imputando ao Direito Penal somente fatos que escapem aos meios extrapenais de controle social, em virtude da gravidade da agressão e da importância do bem jurídico para a convivência social. b) Princípio da insignificância, que reserva ao Direito Penal a aplicação de pena somente aos crimes que produzirem ataques graves a bem jurídicos protegidos por esse Direito, sendo que agir de forma diferente causa afronta à tipicidade material.. c) Princípio da adequação social em que as condutas previstas como ilícitas não necessariamente revelam-se como relevantes para sofrerem a intervenção do Estado, em particular quando se tornarem socialmente permitidas ou toleradas.. d) Princípio da ofensividade, pois somente se justifica a intervenção do Estado para reprimir a infração com aplicação de pena, quando houver dano ou perigo concreto de dano a determinado interesse socialmente relevante e protegido pelo ordenamento jurídico. e) Princípio da proporcionalidade, em que somente se reserva a intervenção do Estado, quando for estritamente necessária a aplicação de pena em quantidade e qualidade proporcionais à gravidade do dano produzido e a necessária prevenção futura. Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF. a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais favoráveis aoacusado. c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do patrimônio transferido. d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimentoe as cruéis. O Presidente da República, diante da nova onda de protestos, decide, por meio de medida provisória, criar um novo tipo penal para coibir os atos de vandalismo. A medida provisória foi convertida em lei, sem impugnações. Com base nos dados fornecidos, assinale a opção correta. a) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, quando convertida em lei. b) Não há ofensa ao princípio da reserva legal na criação de tipos penais por meio de medida provisória, pois houve avaliação prévia do Congresso Nacional. c) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não é possível a criação de tipos penais por meio de medida provisória. d) Há ofensa ao princípio da reserva legal, pois não cabe ao Presidente da República a iniciativa de lei em matéria penal. Acerca dos princípios que limitam e informam o Direito Penal, assinale a afirmativa correta. a) O princípio da insignificância diz respeito aos comportamentos aceitos no meio social. b) A conduta da mãe que autoriza determinada enfermeira da maternidade a furar a orelha de sua filha recém-nascida não configura crime de lesão corporal por conta do princípio da adequação social. c) O princípio da legalidade diz que a lei deve ser clara e precisa: não cabe interpretações ampliando seu significado d) O princípio da lesividade impõe que a responsabilidade penal seja exclusivamente subjetiva, ou seja, a conduta penalmente relevante deve ter sido praticada com consciência e vontade ou, ao menos, com a inobservância de um dever objetivo de cuidado. IBADE/PC-AC/DELEGADO DE POLÍCIA/2017 É correto afirmar que responsabilização de terceiros pela conduta de alguém viola o princípio penal, denominado: a) individualização judicial da pena. b) taxatividade c) intranscendência. d) ofensividade. e) inderrogabilidade. (FCC/SEGEP-MA/AUDITOR FISCAL/2016) O princípio do direito penal que possui claro sentido de garantia fundamental da pessoa, impedindo que alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do seu cometimento, não constituía delito é a) atipicidade. b) reserva legal. c) punibilidade. d) analogia. e) anterioridade (CESPE/PC-PE/AGENTE DE POLÍCIA/2016) Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção correta. a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo da descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal. b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à sua vigência, seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja para contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser crime. d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana será considerada insignificante, sendo que todas deverão ser protegidas. e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o permitir. (FUNCAB/SEGEP-MA/AGENTE PENITENCIÁRIO) O direito penal não admite analogias incriminadoras. Essa afirmativa é uma decorrência do princípio da: a) adequação social. b) responsabilidade penal pessoal. c) individualização das penas. d) legalidade. e) responsabilidade penal subjetiva. (FUNCAB/PJC-MT/INVESTIGADOR) O princípio da fragmentariedade do Direito Penal significa: a) que, uma vez escolhidos aqueles bens fundamentais, comprovada a lesividade e a inadequação das condutas que os ofendem, esses bens passarão a fazer parte de uma pequena parcela que é protegida pelo Direito Penal. b) que o legislador valora as condutas, cominando-lhes penas que variam de acordo com a importância do bem a ser tutelado. c) que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal não será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada d) que as proibições penais somente se justificam quando se referem a condutas que afetem gravemente direitos de terceiros. e) que a lei é a única fonte do Direito Penal quando se quer proibir ou impor condutas sob a ameaça de sanção. FCC/2015/TCM-RJ/AUDITOR) Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato”. Para um fato cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei a) fere o princípio da legalidade. b) fere o princípio da anterioridade. c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. e) é uma norma penal em branco. (FCC/2018/MPE-PE/TÉCNICO MINISTERIAL) Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado. Tal enunciado refere-se ao princípio da a) proporcionalidade. b) intervenção mínima. c) ofensividade. d) bagatela imprópria. e) alteridade. Eficácia da Lei Penal no Tempo Como analisamos o princípio da legalidade, aplica-se, em regra, a lei penal vigente ao tempo da realização do fato criminoso – tempus regit actum. Mas como já mencionei .... No Direito existem muitas exceções: Excepcionalmente será permitida a retroatividade da lei penal para alcançar os fatos passados, desde que benéfica ao réu. Eficácia da Lei Penal no Tempo Lembram do princípio da irretroatividade ? A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu Assim é possível que a lei penal se movimente no tempo para beneficiar o réu Esse fenômeno é denominado de extratividade da lei penal. EXTRA-ATIVIDADE DA LEI PENAL ULTRATIVIDADE RETROATIVIDADE Lei A pena de 1 a 4 anos Lei B pena de 2 a 5 anos. Lei B revoga lei A A lei A (revogada) continua sendo aplicada para os fatos praticados na sua vigência, pois a lei revogadora é prejudicial ao réu. NÃO DEVERÁ SER APLICA, evitando-se assim a retroatividade maléfica da Lei B. Lei “A” pena de 2 a 5 anos Lei B pena de 1 a 4 anos Lei A revoga Lei B Nesse caso, a Lei B retroage para alcançar os fatos passados, pois mais benéfica do que a Lei A. Admite-se a retroatividade benéfica LEI A Mais grave LEI B Mais benéfica CRIME RETROATIVIDADE A Lei B por ser mais favorável ao réu será aplicada ao crime cometido durante a vigência da Lei A Direito Penal Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. É o chamado abolitio criminis intenção do legislador de não considerar mais o fato como sendo criminoso. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado É a retroatividade da lei penal mais benéfica LEI A Mais benéfica LEI B Mais grave CRIME ULTRATIVIDADE Ao crime praticado durante a vigência da Lei A que foi posteriormente revogada pela Lei B, continuará (Lei A) a ser aplicada por ser mais favorável ao réuSignificado de Ultra prefixo Extremamente; que está além de; em excesso; ao extremo Direito Penal Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. É o chamado abolitio criminis intenção do legislador de não considerar mais o fato como sendo criminoso. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado É a retroatividade da lei penal mais benéfica Calma ... Vamos exemplificar.... Exemplo de Retro e Ultratividade da Lei penal... Vamos imaginar a seguinte situação: O crime de homicídio é apenado com uma pena máxima de 20 anos. José mata alguém na segunda. Na terça o Congresso aprova uma lei aumentando a pena máxima para 40 anos. Na quinta começa julgamento de José que será julgado com base na lei antiga, ou seja, será condenado a, no máximo, 20 anos. A lei, novamente, não retroagirá para prejudicá-lo.(ultratividade da lei penal mais benéfica) Por outro lado, a lei retroage para beneficiar uma pessoa. Se o caso acima fosse inverso, ou seja, a nova lei previsse uma pena menor, José seria julgado pela nova lei. Outro exemplo: se o crime deixasse de existir na nova lei, José teria sua punibilidade extinta, ainda que sua sentença já tivesse transitado em julgado.(retroatividade da lei penal mais benéfica) SE ÑÃO CONSEGUIU ENTENDER NÃO HÁ PROBLEMA Volta e revisa tudo que voce vai entender.... Mas vou te ajudar com uma dica... Se a questão vier falando que a Lei X mais benéfica foi revogada, estaremos falando de ultratividade. Portanto a palavra chave é lei mais benéfica ao réu + revogada Se a questão falar que veio Lei X nova mais benéfica estaremos falando de retroatividade. Palavra chave lei nova benéfica Direito Penal Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência A lei temporária é a que tem pré fixada na lei o seu tempo de vigência dentro do ordenamento jurídico. A lei excepcional é a que atende a necessidades estatais transitórias. Ex. guerra, calamidades, epidemias, perdurando por todo o tempo excepcional. Fatos praticados na vigência desta lei continuam sendo punidos mesmo após cessada a sua vigência Aqui também ocorre a ultratividade da lei penal L P TEMPORÁRIA L P EXCEPCIONA L Vigência pré- determinada Situação de anormalidade LEI TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL Início da vigência autorrevogação Mesmo após revogação a lei excepcional ou temporária será aplicável aos fatos praticados durante a vigência delas MESMO QUE ESSA LEI SEJA MAIS GRAVOSA QUE LEI POSTERIOR QUE TRATE DO MESMO CRIME Direito Penal Exemplificando ... Lei 12.663/12 Dispõe sobre as medidas relativas à Copa das Confederações FIFA 2013, à Copa do Mundo FIFA 2014 Art. 30. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer Símbolos Oficiais de titularidade da FIFA: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 36. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de dezembro de 2014 Ultra-atividade: por serem ultrativas, alcançam os fatos praticados durante a sua vigência, ainda que as circunstâncias de prazo (lei temporária) e de emergência (lei excepcional) tenham se extinguido Direito Penal Ex. Pedro praticou a conduta prevista na lei da copa em julho de 2014. Em 05/01/2015 Pedro irá a julgamento pela pratica desse crime e será condenado embora a lei já não esteja mais em vigor. Assim nesses casos de lei excepcional e temporária não se aplicam a abolitio criminis, embora em janeiro de 2015 a conduta não seja mais crime. Se não fosse lei temporária não poderia ser condenado, pois a época do julgamento ( janeiro de 2015) a conduta não seria mais crime. Lei temporária e Lei normal excepcional Ultratividade e Ultratividade X Retroatividade Lei lei Lei temporária e Excepcional Ultratividade a lei penal revogada será aplicada mesmo que seja mais prejudicial ao acusado. Ex. Lei da copa, estatuto do desarmamento Lei normal Retroatividade/ ultra a lei penal sempre irá beneficiar o réu nunca prejudicar Ex. adultério era crime até 2005, quem até a data havia cometido o crime e foi punido ou estava respondendo pelo crime em 2005 foi absolvido (abolitio criminis) SOMENTE NOS CASOS DA LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA A ULTRATIVIDADE DA LEI OCORRERÁ MESMO QUE SEJA PREJUDICIAL Direito Penal – TEMPO DO CRIME Teoria da atividade Art. 4º do CP – tempo do crime “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.” Ex. Pedro com 17 anos acerta 2 tiros contra Cássio que foi levado ao hospital com vida. 2 dias após o crime Pedro completou 18 anos Nesse mesmo dia Cássio veio a falecer vítima dos disparos. Pedro irá responder pelo ECA e não pelo código penal pois na época da conduta tinha 17 anos, não importando que logo em seguida completou 18 anos TEMPO DO CRIME AÇÃO OMISSÃO TEORIA DA ATIVIDADE Ano: 2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC- ES - Delegado de Polícia. Tício, morador do Rio de Janeiro, começou a namorar Gabriela, uma jovem moradora da cidade de São Paulo. Com o passar do tempo e os efeitos da distância, Tício, motivado por ciúmes, resolveu tirar a vida de Gabriela. Pôs-se então a planejar a prática do crime em sua casa, no Rio de Janeiro, tendo adquirido uma faca, instrumento com o qual planejou executar o crime. No dia em que seguiu para São Paulo para encontrar Gabriela, que lhe o esperava na rodoviária, Tício combinou com a jovem uma viagem a passeio para o Espírito Santo. Ao ingressarem no ônibus que os levaria de São Paulo para o Espírito Santo, Tício afirmou para Gabriela que iria matá-la. Todavia, dada a calma de Tício, a jovem achou que se tratava de uma brincadeira. Durante o trajeto, Tício, ofereceu a ela uma bebida contendo substância que causava a perda dos sentidos. Após Gabriela beber e dormir, sob efeito da substância, enquanto passavam pela BR-101, no Rio de Janeiro, Tício passou a desferir golpes com a faca no peito da jovem. Quando chegou ao destino, Tício se entregou para polícia, e Gabriela, embora tenha sido socorrida, veio a óbito ao chegar ao Hospital. O crime descrito no texto foi praticado, de acordo com a lei penal, no momento A. da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se, portanto, do momento em que Tício desferiu os golpes em Gabriela. B. em que o agente se prepara para a promoção da conduta criminosa. Ou seja, trata-se do momento em que Tício planejou e adquiriu as ferramentas necessárias ao cometimento do crime. C. em que a autoridade policial toma conhecimento do crime. Ou seja, quando Tício se entregou para a polícia. D. em que é alcançada a consumação do crime. Trata-se, portanto, do momento da morte de Gabriela, que ocorreu no hospital. E. da ação ou omissão, se este for concomitante ao resultado. Não sendo possível determiná-lo, no presente caso, em razão da separação temporal entre a conduta e o resultado. Direito Penal Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Teoria da ubiquidade LUGAR AÇÃO OU OMISSÃO LUGAR DO RESULTADO LUGAR DO CRIME Direito Penal Atenção LUGAR do crime xTEMPO do crime teoria da ubiquidade Teoria da atividade Em relação à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal: A A lei posterior, que de qualquer modo desfavorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. B Considera-se praticado o crime no momento do resultado. C A lei excepcional ou temporária aplica-se exclusivamente ao fato praticado e julgado durante sua vigência. D Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. A respeito da aplicação da retroatividade da lei no direito penal, assinale a opção correta. A A aplicação da retroatividade ocorre mesmo em caso de aumento de pena, como forma de garantir a justiça para o réu que tiver cometido o crime após a entrada em vigor da lei mais severa. B A retroatividade de lei mais benéfica não pode ser aplicada a medida de segurança. C A retroatividade de lei mais benéfica somente será cabível no caso de haver abolitio criminis. D A aplicação da retroatividade da lei é concebível, desde que em benefício do réu como medida de justiça. E A aplicação da retroatividade da lei é vedada constitucionalmente em qualquer circunstância, a fim de garantir a segurança jurídica.
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