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ESTABELECIMENTO DA PASTAGEM 
 
Ademir Hugo Zimmer1 
Valdemir Antônio Laura2 
Manuel C.M. Macedo3 
Armindo Neivo Kichel4 
Roberto Giolo de Almeida5 
José Alexandre Agiova Costa6 
Cacilda Borges do Valle7 
 
 
 A semeadura da pastagem envolve inúmeras atividades, além das descritas nos textos 
anteriores. Devem ser observados diversos fatores, como: época de semeadura, profundidade de 
plantio, métodos de semeadura, estabelecimento de consorciações, estabelecimento com culturas 
anuais, plantio por mudas, manejo de formação, etc. 
 
Época de semeadura 
A época de semeadura tradicionalmente utilizada na implantação de pastagens é bastante 
ampla, vai desde as primeiras chuvas, no início de setembro, até março. São diversos os fatores 
que levam os produtores à semeadura em diferentes épocas. Muitas semeaduras são feitas 
tardiamente, devido à impossibilidade de completarem o preparo do solo em tempo hábil ou à falta 
de sementes disponíveis na época mais adequada. Muitas vezes, a falta de equipamentos ou 
mão-de-obra está associada ao desenvolvimento de outras atividades nas fazendas. Muitos 
produtores, além da criação de bovinos, dedicam-se à agricultura, utilizando o maquinário para a 
semeadura das lavouras na época adequada a estas, o que coincide com a das pastagens. A 
semeadura das forrageiras é feita, então, antes ou após a das lavouras, mesmo não sendo estas 
as épocas mais adequadas. Outros levam em conta, também, sua preferência, experiência 
pessoal ou de outros produtores. 
A época de semeadura é importante e deve ser considerada para uma boa germinação da 
semente e rápida formação da pastagem. Dessa forma, ocorrem menores perdas de solo por 
erosão e utilização mais rápida da pastagem. Outra medida usada para reduzir a erosão é a 
semeadura no final das chuvas, obtendo-se apenas um crescimento inicial da pastagem que 
completará a sua formação no início da estação chuvosa seguinte, cobrindo rapidamente o solo e 
evitando, assim, a erosão. 
Poucos experimentos têm sido conduzidos no sentido de determinar épocas de semeadura 
para forrageiras no Brasil tropical. Para a região de Campo Grande, MS, foram estudadas épocas 
de semeadura de setembro a fevereiro, por um período de três anos, para Brachiaria decumbens 
cv. Basilisk, B. ruziziensis e B. humidicola (Zimmer et al., 1992). 
Estes estudos indicam a B. decumbens como a mais versátil das três braquiárias 
estudadas, adaptando-se bem a semeaduras realizadas entre meados de outubro e meados de 
janeiro. Dentro deste período, esta espécie se estabeleceu rapidamente (em torno de 60 dias), 
cobrindo 30% a 45% da área, com cerca de 12 a 20 plantas/m2 e produzindo de 3,0 a 5,5 t/ha de 
matéria seca aos 90 dias após a semeadura (Figuras 1 e 2). Para a B. ruziziensis, o período mais 
favorável de semeadura ocorreu entre o início de novembro e meados de fevereiro, 
estabelecendo-se, também, rapidamente (em até 60 dias), cobrindo 35% a 40% da área com 
apenas oito a 10 plantas/m2. Quanto à B. humidicola, seu estabelecimento foi restrito às épocas 
de semeadura de mais alta e freqüente pluviosidade, ou entre meados de novembro e início de 
janeiro; mesmo assim, observaram-se baixos valores para os diversos parâmetros avaliados: 10% 
 
1 Pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: zimmer@cnpgc.embrapa.br 
2 Pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: valdemir@cnpgc.embrapa.br 
3 Pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: macedo@cnpgc.embrapa.br 
4 Pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: armindo@cnpgc.embrapa.br 
5 Pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: robertogiolo@cnpgc.embrapa.br 
6 Pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: alexandre@cnpgc.embrapa.br 
7 Pesquisador da Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: cacilda@cnpgc.embrapa.br 
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a 20% de cobertura do solo aos 90 dias após a semeadura, quatro a seis plantas/m2 (Figura 1) e 
100 a 500 kg/ha de matéria seca aos 90 dias (Figura 2). Esta espécie mostrou ser bastante 
agressiva na competição com invasoras, mas é de estabelecimento muito lento, só alcançando 
condições de pastejo no início do 2o ano após a semeadura. Esta espécie, mesmo com um 
número muito reduzido de plantas, cobriu totalmente o solo devido ao intenso crescimento de 
seus estolões. Cabe ressaltar que nesses experimentos houve uma grande competição de plantas 
daninhas nos meses de setembro e outubro, por ser uma área ocupada por cultivos anteriores, o 
que prejudicou sensivelmente o estabelecimento das forrageiras. Isto pode indicar que, para estas 
condições, é importante realizar o controle prévio de plantas daninhas e realizar a semeadura 
mais tardiamente, já em áreas novas, livres de plantas daninhas, as semeaduras mais precoces 
podem ser satisfatórias. 
 
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B. decumbens
B. ruziziensis
B. humidicola
 
Figura 1. Efeito da época de semeadura no número de plantas/m² de Brachiaria decumbens cv. 
Basilisk, B. ruziziensis cv. Kennedy e B. humidicola cv. Comum, aos 90 dias após a 
semeadura. Média de três anos, 1978 a 1981. 
 
 
 
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B. decumbens
B. ruziziensis
B. humidicola
 
Figura 2. Efeito da época de semeadura na produção de matéria seca (kg/ha), de Brachiaria 
decumbens cv. Basilisk, B. ruziziensis cv. Kennedy e B. humidicola cv. Comum, aos 90 
dias após a semeadura.. Média de três anos, 1978 a 1981. 
 
 
Também, no mesmo sentido, foi conduzido outro experimento, em que foram estudadas as 
épocas de semeadura de três consorciações de Setaria anceps cv. Kazungula com as 
leguminosas centrosema (Centrosema pubescens IRI-1292), siratro (Macroptilium atropurpureum) 
e estilosantes (Stylosanthes capitata). Os resultados indicam que, de um modo geral, as melhores 
épocas de semeadura ocorreram entre meados de outubro e meados de janeiro, tanto para a 
gramínea como para as leguminosas. As semeaduras efetuadas nesse período resultaram em 
maiores produções de matéria seca aos 90 dias após semeadura e em maiores densidades de 
plantas, em comparação com as demais épocas (Figuras 3 e 4). Também, como nas gramíneas 
puras, a competição das plantas daninhas no início da estação foi muito grande. A quantidade de 
leguminosas nas consorciações foi pequena, tanto em número de plantas como em produção de 
matéria seca. Isto se deve, provavelmente, às reduzidas taxas de semeadura utilizadas para as 
leguminosas, ou seja, a quantidade de sementes das gramíneas foi relativamente maior do que a 
das leguminosas (Figuras 3 e 4). Portanto, para consorciações de leguminosas com gramíneas 
tropicais, é importante reduzir a taxa de semeadura da gramínea para favorecer o 
estabelecimento e crescimento inicial da leguminosa. 
 
 
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Setária
Centrosema
Siratro
Estilosantes
 
Figura 3. Efeito da época de semeadura no número de plantas em consorciações de Setaria 
anceps cv. Kazungula com as leguminosas centrosema (Centrosema pubescens IRI-
1292), siratro (Macroptilium atropurpureum cv. Siratro) e estilosantes (Stylosanthes 
capitata), aos 45 dias após a semeadura. Média de três anos, 1978 a 1981. 
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Centrosema
Siratro
Estilosantes
 
Figura 4. Efeito da época desemeadura na produção de matéria seca (kg/ha) de consorciações 
de Setaria anceps cv. Kazungula com as leguminosas centrosema (Centrosema 
pubescens IRI-1292), siratro (Macroptilium atropurpureum cv. Siratro) e estilosantes 
(Stylosanthes capitata), aos 90 dias após a semeadura. Média de três anos, 1978 a 
1981. 
 
 52
 
Para todos estes experimentos, deve-se ressaltar que, de um modo geral, as semeaduras 
efetuadas fora das épocas mais favoráveis acabaram proporcionando o pasto formado no 2o ano, 
mas o produtor deve atentar para o fato de que, com a semeadura feita na época correta, está 
obtendo mais plantas com uma mesma quantidade de sementes, o que resulta numa maior 
capacidade de competição com as plantas daninhas, maior rapidez na formação da pastagem, 
menos erosão do solo e, o que é mais importante, a pastagem poderá ser usada mais 
rapidamente, o que resulta em um retorno mais rápido do investimento na formação de pastagens. 
Para as semeaduras feitas fora das épocas mais favoráveis, pode-se aumentar a taxa de 
semeadura, mas isto só é viável para forrageiras cujas sementes sejam baratas. Para as espécies 
de sementes de preço muito elevado, como os novos lançamentos e para espécies de difícil 
estabelecimento, deve-se procurar semear no período mais adequado. 
A melhor época de semeadura para capins como, B. brizantha (cvs. Marandu, Xaraés e 
Piatã), B. decumbens, B. ruziziensis, P. maximum (cvs. Tanzânia, Mombaça e Massai), 
Andropogon gayanus (cvs. Planaltina e Baeti) e Paspalum atratum cv. Pojuca, é entre os meses 
de novembro e dezembro. Sendo esta época fundamental para o andropógon, que é o mais 
exigente. Capins do gênero Brachiaria e Panicum toleram uma faixa de semeadura mais ampla, 
de outubro a março, desde que a taxa de semeadura seja ajustada. 
Em anos mais recentes, com a rotação de pastos com culturas anuais ou associados a 
estas, capins do gênero Brachiaria e Panicum têm sido semeados após a colheita das sojas 
precoces ou milho ou, ainda, semeados junto com o milho safrinha. Muitos destes plantios têm 
sido realizados com sucesso desde que a taxa de semeadura seja aumentada e que ocorram 
algumas chuvas que possibilitem o estabelecimento da pastagem. Estes estabelecimentos são 
rápidos devidos, principalmente, ao efeito residual da adubação das culturas; já no plantio com 
milho safrinha, a formação é mais lenta e poderá ocorrer somente na estação seguinte. 
Como a germinação em semeaduras antecipadas ou tardias tende a ser menor, pode-se 
aumentar a taxa de semeadura para garantir o estabelecimento de maior número de plantas. 
Outro aspecto a ser ressaltado é a semeadura em áreas de grãos, com plantas daninhas anuais, 
onde as semeaduras antecipadas sofrem forte concorrência destas, causando prejuízos no 
estabelecimento. Isto pode ser contornado pela semeadura mais tardia, quando o estoque de 
sementes das plantas daninhas já germinou ou pelo aumento da taxa de semeadura ou aplicação 
de herbicidas. 
Leguminosas, por terem crescimento inicial lento, não podem ser semeadas tardiamente, 
principalmente, as que dependem da produção de sementes para ressemeadura natural como 
calopogônio e estilosantes-campo-grande, pois a sua persistência pode ser comprometida. 
 
Profundidade de semeadura 
É comum a generalização de que as semeaduras de forrageiras devem ser feitas na 
camada superficial. Esta, provavelmente, origina-se do fato de que algumas espécies como, 
jaraguá, braquiária, colonião, gordura, etc. estabelecem-se bem em semeaduras superficiais, 
desde que as condições climáticas sejam muito favoráveis. 
Outros motivos que têm levado a esta preferência pela semeadura superficial, são os 
próprios resultados de pesquisa, já que os experimentos de profundidade de semeadura, na sua 
maioria, foram realizados em casas de vegetação, com controle de radiação, temperatura e 
umidade do ar e do solo. Nestas condições ótimas, as semeaduras superficiais são melhores. As 
sementes de tamanho médio, como as de Neonotonia wightii e Galactia striata, apresentaram 
germinação semelhante nas semeaduras na superfície, a 2,5 cm ou a 5,0 cm de profundidade 
(Tabela 1); já P. maximum e B. decumbens foram favorecidos pela semeadura superficial. A 
exceção foi o Macroptilium lablab, com sementes grandes, que germinaram melhor com 
semeadura mais profunda. 
O que ocorre em campo pode ser bem diferente. A deficiência hídrica do solo, por 
exemplo, principalmente nas camadas mais superficiais, que após algumas horas de insolação já 
estão ressequidas, impede a fixação das raízes da plântula. A temperatura do solo que, 
freqüentemente, ultrapassa os 50°C, é um outro fator negativo. Estas altas temperaturas, muitas 
vezes, são fatais para as sementes em início de germinação, principalmente, se são 
acompanhadas de deficiência hídrica. Para leguminosas, o problema de altas temperaturas se 
 53
acentua, pois as bactérias simbiontes do gênero Rhizobium são mais sensíveis a altas 
temperaturas do que a própria semente. 
Zimmer et al. (1992) observaram que as semeaduras nas profundidades de 2 cm a 8 cm 
resultaram em maior número de plantas estabelecidas das forrageiras B. decumbens cv. Basilisk, 
B. brizantha cv. Marandu e P. maximum cv. Tobiatã (Tabela 2) do que em semeaduras 
superficiais; já o A. gayanus cv. Planaltina foi mais tolerante a semeaduras superficiais e foi 
prejudicado com semeaduras mais profundas. 
 
 
Tabela 1. Número de plantas germinadas de três leguminosas e duas gramíneas semeadas em 
três profundidades 
Espécie Profundidade de semeadura (cm) No de plantas emergidas 
Macroptilium lablab 0,0 58 
 2,5 92 
 5,0 92 
Neonotonia wightii 0,0 27 
 2,5 26 
 5,0 23 
Galactia striata 0,0 74 
 2,5 73 
 5,0 68 
Panicum maximum 0,0 9 
 2,5 7 
 5,0 6 
Brachiaria decumbens 0,0 3 
 2,5 1 
 5,0 1 
Fonte: Alcântara et al. (1977). 
 
 
Tabela 2. Percentagem de plantas estabelecidas (%) de quatro gramíneas, obtidas de sementes 
puras viáveis em semeaduras a campo, em cinco diferentes profundidades, em LVE. 
Média de duas épocas de semeadura, Campo Grande, MS 
Forrageira 
Profundidade 
de 
semeadura 
 
B. 
decumbens 
cv. Basilisk* 
B. brizantha 
cv. Marandu** 
P. maximum 
cv. Tobiatã** 
A. gayanus cv. 
Planaltina** Média 
Superfície/SC 11,2 4,6 4,2 20,4 10,1 
Superfície/CC - 5,4 4,2 22,2 10,6 
2 cm 32,5 29,2 19,3 34,7 28,9 
4 cm 24,4 26,9 18,2 19,9 22,3 
8 cm 20,0 16,9 6,5 6,9 12,6 
Média 22,0 20,0 10,4 20,8 18,3 
SC - superficial sem compactação; CC - superficial com compactação. 
*Semeadura: Dez./1979 e Fev./1980. 
** Semeadura: Out./1980 e Dez./1980. 
Fonte: Adaptado de Zimmer et al. (1992). 
 
 
 Com forrageiras de lançamentos mais recentes, também, semeaduras a profundidades de 
2 cm a 6 cm resultaram em melhor estabelecimento, mas os efeitos foram diferenciados em 
função da época de semeadura, como pode ser visto na Tabela 3. 
 
Tabela 3. Percentagem de plantas estabelecidas (%) obtidas de sementes puras viáveis, de três 
gramíneas tropicais, em três épocas de semeadura e em seis profundidades de 
semeadura, em um Latossolo Roxo, Campo Grande, MS 
 54
Profundidade de semeadura Forrageira Data 
0 cm 2cm 4cm 6cm 8 cm 10 cm Média 
05/12/2002 2 17 7 6 1 1 6 
26/11/2003 3 15 18 15 5 1 10 
. 
Tanzânia 
13/02/2004 1 8 6 5 1 0 6 
Média 1 13 11 9 2 1 7 
 
05/12/2002 1 7 7 5 3 1 4 
26/11/2003 5 32 42 41 28 2 25 
 
Massai 
13/02/2004 1 10 10 8 1 0 5 
Média 2 16 20 18 11 1 11 
 
05/12/2002 9 49 51 39 21 10 30 
26/11/2003 3 67 72 69 69 33 52 
 
Xaraés 
13/02/2004 2 33 36 34 29 7 24 
Média 5 50 50 48 40 17 35 
Média geral 3 26 27 25 18 6 18 
Fonte: Zimmer, A.H. (Dados não publicados). 
 
 Pode-se verificar que as forrageiras do gênero Panicum (Massai e Tanzânia) têm 
comportamento distinto da B. brizantha cv. Xaraés, com relação à eficiência de germinação em 
condições de semeaduras a campo. De uma maneira geral, observou-se ao longo dos anos, em 
diversos testes que, para forrageiras do gênero Panicum, 10 a 20% das sementespuras viáveis 
se estabelecem e, para forrageiras do gênero Brachiaria, este valor é da ordem de 40 a 50%, por 
serem sementes maiores e com mais reservas. Estas últimas também conseguem germinar em 
profundidades maiores. 
Importante salientar que estas semeaduras foram realizadas em épocas distintas e as 
condições climáticas foram diferentes, especialmente, quanto à precipitação. Na semeadura de 
05/12/2002, ocorreu forte chuva, três dias antes da semeadura, e após esta, faltou chuva por mais 
de 12 dias, o que prejudicou a germinação e o estabelecimento das cultivares de Panicum, mais 
acentuadamente o capim-massai. Nas semeaduras de 26/11/2003, as precipitações foram 
normais e com tempo nublado, o que foi favorável a estas duas cultivares. Na terceira época 
(13/02/2004), ocorreu uma redução nas chuvas, o que é freqüente nesta época, na região, e 
prejudicou o estabelecimento das forrageiras. 
 Mas observando-se os dados de um modo geral, verifica-se que, independente das 
condições, o capim-massai apresentou melhor estabelecimento nas profundidades de 2 cm a 6 
cm. O número de plantas foi de 7 a 10 vezes maior do que na semeadura superficial com 
compactação, isto em um Latossolo com cerca de 50% de argila. Para o capim-xaraés, as 
melhores profundidades variaram de 2 a 8 cm, com 5 a 10 vezes mais plantas que na semeadura 
superficial; ainda nesta cultivar, mesmo na semeadura a 10 cm de profundidade, o 
estabelecimento foi muito superior ao observado na semeadura superficial. 
A germinação é mais dependente das condições de umidade do solo do que da 
profundidade de semeadura. Em trabalhos em casa de vegetação, Gagliardi Netto (1980), em 
Jaboticabal, SP, observou emergência mais rápida de B. decumbens com semeaduras mais 
superficiais, em três solos mantidos em torno de 50% do seu poder de embebição. Aos cinco dias, 
a emergência foi maior nas semeaduras de 0 e 2 cm; já aos sete dias, a diferença foi pequena, 
especialmente, no solo franco-arenoso, mas aos 15 dias, todas as profundidades apresentaram 
semelhança no número de plantas emergidas nas profundidades de 0 a 8 cm, independentemente 
da textura do solo, como pode ser visto na Tabela 4. 
 
Tabela 4. Efeito de diferentes profundidades de semeadura na emergência de sementes de 
Brachiaria decumbens, em três diferentes tipos de solo 
Número de plantas emergidas Tipo de solo (% de areia) Profundidade(cm) 5 dias 7 dias 15 dias 
Argilo-arenoso 0 8,2 12,8 13,5 
(54% de areia) 2 8,2 10,2 12,0 
 4 4,5 10,5 12,2 
 6 2,5 8,0 10,2 
 55
 8 0,0 8,5 8,8 
Franco-argilo-arenoso 0 11,0 14,8 16,0 
(67% de areia) 2 7,0 10,2 12,2 
 4 6,5 10,5 12,8 
 6 2,0 7,8 9,5 
 8 0,2 8,8 10,0 
Franco-arenoso 0 8,8 9,8 11,2 
(76% de areia) 2 10,8 14,2 15,8 
 4 9,8 14,8 16,2 
 6 3,8 13,8 15,5 
 8 0,0 9,8 13,8 
Fonte: Adaptado de Gagliardi Netto (1980). 
 
O mesmo autor obteve maior quantidade de matéria seca de raízes e de parte aérea na 
semeadura mais profunda, quando foram aplicados 100 kg/ha de P2O5, do que na semeadura 
superficial. Sem adubação, este efeito não ocorreu, como pode ser visto na Tabela 5. A 
semeadura mais profunda favoreceu a absorção do P, o que resultou em crescimento mais rápido 
das plântulas. 
 
Tabela 5. Efeito da profundidade de semeadura e da fertilização fosfatada (100 kg/ha de P2O5) na 
emergência, matéria seca de raízes e da parte aérea de Brachiaria decumbens em dois 
solos, aos 31 dias 
Matéria seca (g) Tipo de solo (% de areia) Adubação Profundidade (cm) Raiz Parte aérea 
Argilo-arenoso Sim 0 0,11 0,22 
(54% de areia) Sim 2 0,17 0,25 
 Sim 4 0,21 0,39 
 Não 0 0,03 0,02 
 Não 2 0,01 0,02 
 Não 4 0,01 0,02 
Franco-arenoso Sim 0 0,19 0,38 
(76% de areia) Sim 2 0,23 0,35 
 Sim 4 0,39 0,50 
 Não 0 0,03 0,03 
 Não 2 0,04 0,05 
 Não 4 0,04 0,05 
Fonte: Adaptado de Gagliardi Netto (1980). 
 
Em Viçosa, MG, Obeid et al. (1991) obtiveram o melhor estabelecimento em campo de 
capim-andropógon, capim-colonião e B. brizantha, com semeaduras a 2 cm e 4 cm de 
profundidade. Os autores consideraram que, para B. brizantha, a profundidade poderá chegar a 6 
cm, sem que haja comprometimento da produção. À exceção do capim-andropógon, as 
semeaduras superficiais, mesmo com compactação, foram pouco eficientes, sendo inviáveis para 
o estabelecimento de pastagens naquelas condições. 
Para leguminosas forrageiras, de modo semelhante às gramíneas, aquelas com sementes 
maiores têm maior potencial de emergência a maiores profundidades de semeadura do que 
aquelas com sementes pequenas. Calopogonium mucunoides e Centrosema pubescens 
emergiram melhor em semeaduras mais profundas e Stylosanthes capitata, em semeaduras 
superficiais, como pode ser visto na Tabela 6. 
 
Tabela 6. Percentagem de plantas estabelecidas (%) de três leguminosas forrageiras, obtidas de 
sementes puras viáveis semeadas a campo em diferentes profundidades, em LVE. 
Média de duas épocas de plantio, Campo Grande, MS 
Forrageira 
Profundidade 
de semeadura Calopogonium mucunoides* 
Centrosema 
pubescens* 
Stylosanthes 
capitata* Média 
Superfície/CC 1,8 3,3 17,4 7,5 
2 cm 41,1 31,7 17,1 30,0 
4 cm 37,5 30,0 3,4 23,6 
 56
8 cm 23,2 15,0 0,3 12,9 
Média 25,0 20,0 9,5 18,2 
CC - superficial com compactação. 
*Semeadura: Dez./1979 e Fev./1980. 
 Fonte: Adaptado de Zimmer et al. (1992). 
 
Em geral, a cobertura das sementes, principalmente, nas profundidades de 2 cm e 4 cm, 
favoreceu a emergência e o estabelecimento das espécies testadas, entretanto, na semeadura a 
8 cm, o número de plantas foi consideravelmente menor que à 2 e 4 cm, mas, ainda assim, foi 
maior que na semeadura superficial, para colopogônio e centrosema. Já o estilosantes, 
apresentou-se melhor nas semeaduras à superfície e a 2 cm de profundidade. A mesma 
tendência ocorreu com as espécies componentes do estilosantes-campo-grande (Stylosanthes 
macrocephala e S. capitata), como consta na Talela 7. O melhor estabelecimento ocorreu com 
semeaduras a 2 e 3 cm de profundidade, sendo que estas espécies não toleram semeaduras a 
profundidades maiores que 4 cm. 
Estes resultados evidenciam a importância da cobertura da semente, proporcionada pela 
adequada profundidade de semeadura, que varia em função da espécie, e mostram uma baixa 
eficiência de estabelecimento em semeadura superficial, prática tradicionalmente usada e de 
forma errônea, na formação de pastagens em nosso meio. 
Na semeadura de consorciações, é necessário estabelecer a profundidade adequada para 
cada uma das espécies envolvidas, seja em semeadura simultânea como em semeadura 
seqüencial das espécies. 
 
Tabela 7. Percentagem de plantas estabelecidas (%) das espécies componentes do estilosantes-
campo-grande, obtidas de sementes puras viáveis semeadas a campo em diferentes 
profundidades, em LVE. Média de duas épocas de plantio, Campo Grande, MS 
Profundidade de semeadura Forrageira Data 
0 cm 2cm 3cm 4cm 6 cm Média 
28/11/2002 8 41 - 2 1 13 Stylosanthes 
 capitata 10/04/2003 4 28 43 16 - 23 
 Média 6 34 43 9 1 18 
 
28/11/2002 5 15 - 2 1 7 Stylosanthes 
macrocephala 10/04/2003 4 25 15 3 - 12 
 Média 4 20 15 2 1 10 
Média geral 5 27 29 6 1 14 
Fonte: Zimmer, A.H. (Dados não publicados). 
Método de semeadura 
 
Estabelecimento de gramíneas em monocultivo 
O método de semeadura depende dos equipamentos e condições disponíveis na fazenda. 
Mas cabe ressaltar que muitos dos equipamentos para semeadura, desenvolvidos no Brasil, são 
máquinas destinadas à semeadura de cereais e não se prestam para utilização com sementes 
pequenas e em volume reduzido, como é o caso de forrageiras. Na atualidade, algumas indústrias 
estão colocando no mercado semeadeiras e máquinas de plantio direto, com regulagens mais 
precisas, o que facilita a semeadura de pequenos volumes de sementes. 
A falta de equipamentos apropriados para distribuição e semeadura de forrageiras implica, 
na prática, na utilização de outros materiais junto às sementes, como areia, calcário, ou 
fertilizantes, condição que nem sempre resulta em distribuiçãouniforme. A mistura das sementes 
com o adubo, sob certas circunstâncias, é desejável pela facilidade operacional. 
A semeadura das forrageiras, de um modo geral, é feita a lanço, seguida de compactação 
ou incorporação com grade leve ou, ainda, com semeadeiras de cereais. 
Na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, MS, foram testados vários métodos de 
semeadura de B. decumbens em Latossolo Roxo álico fase cerrado. O preparo do solo constou de 
aração e gradagem em outubro e no dia da semeadura. Os métodos de semeadura básicos foram 
quatro: semeadura a lanço na superfície, a lanço e incorporação com grade, com semeadeira a ± 
3 cm e com semeadeira a ± 6 cm de profundidade, com ou sem passagem do rolo compactador. A 
adubação constou da aplicação de 200 kg/ha de superfosfato simples, incorporado na segunda 
 57
gradagem, e nas semeaduras com semeadeira, a semente e o adubo foram misturados. A 
densidade de semeadura foi de 1,9 kg/ha de sementes puras viáveis, o que corresponde a cerca 
de 40 sementes viáveis/m2. Os efeitos de cada método de semeadura na localização da semente 
no perfil do solo podem ser vistos na Tabela 8. Verificou-se que as semeaduras com grade e 
semeadeira proporcionaram melhor distribuição das sementes no perfil do solo, com melhores 
condições de umidade, proporcionando germinação mais rápida e melhor estabelecimento, 
cobrindo mais rapidamente o solo (Tabela 9), assim sendo, também, as tendências das produções 
de matéria seca (Tabela 10). Na semeadura superficial, as sementes concentram-se entre 0,5 e 
2,5 cm de profundidade, o que é um risco, principalmente, se houver falta de chuvas no início da 
germinação. A distribuição no perfil, de 0,5 a 6 cm de profundidade, garante que, pelo menos, 
parte delas germinará: se chover bem, as mais superficiais poderão ser beneficiadas e algumas 
mais profundas poderão ser prejudicadas; se faltar chuva, haverá prejuízo nas superficiais mas as 
mais profundas estarão em contato com a umidade. 
 
Tabela 8. Distribuição percentual de sementes de Brachiaria decumbens cv. Basilisk no perfil do 
solo, de acordo com o método de semeadura, aos 20 dias após a semeadura 
Profundidade (cm)* Método de semeadura 
0,5 a 1,5 1,6 a 2,5 2,6 a 3,5 3,6 a 4,5 4,6 a 5,5 5,6 a 6,5 
Lanço na superfície 80 14 3 3 - - 
Lanço na superfície + rolo 78 22 - - - - 
Lanço + grade 20 24 23 18 5 12 
Lanço + grade + rolo 11 15 37 37 12 6 
Semeadeira a 3 cm 18 28 23 17 12 2 
Semeadeira a 3 cm + rolo 19 22 34 17 8 - 
Semeadeira a 6 cm 5 17 26 16 19 16 
Semeadeira a 6 cm + rolo 8 7 17 23 22 23 
* Medição do comprimento do mesocótilo com mais 1cm até a superfície do solo. 
Fonte: Adaptado de Zimmer et al. (1992). 
 
 
 58
Tabela 9. Número de plantas/m2 de Brachiaria decumbens cv. Basilisk, cobertura do solo pela 
gramínea e pelas plantas daninhas e solo descoberto, de acordo com o método de 
semeadura, aos 50 dias após a semeadura 
Cobertura (%) 
Método de semeadura N
o de plantas 
B. decumbens Plantas daninhas 
Solo descoberto 
(%) 
Lanço na superfície 70 13,8 14,0 72,2 
Lanço na superfície + rolo 10,0 17,2 15,7 67,1 
Lanço + grade 9,1 29,3 9,2 61,5 
Lanço + grade + rolo 10,7 28,1 11,7 60,2 
Semeadeira a 3 cm 7,9 23,6 16,0 60,4 
Semeadeira a 3 cm + rolo 9,6 25,3 16,2 58,5 
Semeadeira a 6 cm 7,1 19,7 24,6 55,7 
Semeadeira a 6 cm + rolo 11,2 24,4 26,3 49,3 
Fonte: Adaptado de Zimmer et al. (1992). 
 
Tabela 10. Produção de matéria seca de Brachiaria decumbens cv. Basilisk e de plantas 
daninhas, e respectivas porcentagens na composição botânica, de acordo com o 
método de semeadura, aos 84 dias após a semeadura 
Matéria seca (kg/ha) Composição botânica (%) 
Método de semeadura B. decumbens Plantas daninhas B. decumbens 
Plantas 
daninhas 
Lanço na superfície 915 39 97 3 
Lanço na superfície + rolo 1.144 40 97 3 
Lanço + grade 1.738 33 98 2 
Lanço + grade + rolo 1.533 33 98 2 
Semeadeira a 3 cm 1.180 23 98 2 
Semeadeira a 3 cm + rolo 1.440 42 97 3 
Semeadeira a 6 cm 1.392 57 96 4 
Semeadeira a 6 cm + rolo 1.729 85 96 4 
Fonte: Adaptado de Zimmer et al. (1992). 
 
Os resultados também indicam que a grade foi tão eficiente quanto à semeadura com 
semeadeira e que a compactação, de modo geral, favorece o estabelecimento da forrageira. 
A cobertura das sementes dos capins Piatã e Mombaça, com rolo ou com grade 
niveladora, favoreceu o estabelecimento destas forrageiras, como pode ser visto na Tabela 11. 
Entretanto, a cobertura com grade reduziu o número de plantas do capim-mombaça, em relação à 
compactação com rolo, mas cabe ressaltar que a semeadura ocorreu em solo bem preparado e, 
após a semeadura, a ocorrência de chuvas foi adequada, o que beneficiou as semeaduras mais 
superficiais. 
 
 59
Tabela 11. Número de plantas/m2 dos capins Piatã e Mombaça, de acordo com a taxa de 
semeadura (sementes puras viáveis, SPV) e o método de incorporação da semente, 
em Campo Grande, MS* 
Taxa de semeadura Método de incorporação da semente 
Forrageira SPV 
(kg/ha) 
SPV 
(nº/m2) Superfície Rolo 
Grade 
fechada 
Grade 
aberta Média 
2,8 33 10 20 24 28 20 
4,4 52 20 42 38 32 33 
6,0 71 19 44 51 48 40 
 
Piatã 
Média 52 16 35 38 36 31 
 
1,5 115 14 54 54 70 48 
3,0 231 45 125 77 128 94 
4,5 346 53 191 154 117 129 
 
Mombaça 
Média 231 37 123 95 105 90 
Média geral 26 79 66 70 60 
* Semeadura em 16/02/2007. Contagem de plantas em 14/03/2007. 
Fonte: Zimmer, A.H. (Dados não publicados). 
 
 
Obeid et al. (1991) obtiveram melhor estabelecimento de B. brizantha com semeadura a 4 
cm de profundidade, sem compactação, e a 2 cm de profundidade, com compactação com rolo de 
ferro fundido. A compactação teve efeito marcante na produção, chegando, em algumas 
profundidades, a dobrá-la. Observaram, também, que a B. brizantha pode ser semeada a 6 cm de 
profundidade sem comprometimento do estabelecimento, sendo que esta foi a maior profundidade 
testada neste experimento, realizado em Latossolo Vermelho-Escuro fase arenosa. 
 
Estabelecimento de forrageiras em consórcio 
O estabelecimento de consorciações de braquiárias com leguminosas é pouco freqüente 
em função da alta competitividade da gramínea. Por isto, faz-se necessário reduzir a taxa de 
semeadura da gramínea e aumentar a da leguminosa. A taxa de semeadura das gramíneas deve 
ser reduzida de 20 a 40% e a taxa de semeadura da leguminosa deve ser tal que se obtenha, no 
início, pelo menos 10 a 15 plantas/m2. 
Nas nossas condições, poucas leguminosas têm mostrado potencial para consorciação 
com braquiárias mas, sob certas condições, tem sido possível a consorciação destas gramíneas 
com Desmodium ovalifolium, Calopogonium mucunoides e Stylosanthes guianensis var. vulgaris 
cv. Mineirão. Mais recentemente, tem-se mostrado promissor o estilosantes-campo-grande, 
cultivar lançada pela Embrapa em 2000, composta pelas espécies Stylosanthes capitata (80%) e 
S. macrocephala (20%). 
 Na semeadura de consorciações é muito importante utilizar métodos de semeadura que 
possibilitem um bom estabelecimento das duas ou mais forrageiras envolvidas. No 
estabelecimento de consorciações de estilosantes-campo-grande e de estilosantes-mineirão com 
as gramíneas B. decumbes cv. Basilisk (Zimmer et al., 2004), B. brizantha cv. Marandu (Zimmer et 
al., 2005a) e A. gayanus cv. Planaltina (Zimmer et al., 2005b), observou-se um número crescente 
de plantas de leguminosas com maiores taxas de semeadura das duas cultivares de estilosantes, 
em ambos os métodos de semeadura. Quanto aos métodos de semeadura, somente na 
consorciação de estilosantes-campo-grande com B. decumbens, o número de plantas 
estabelecidas da leguminosa foi maior com a cobertura das sementes com rolo compactador do 
que com grade niveladora. Nas demais consorciações, o número de plantas foi semelhante nos 
dois métodos de semeadura (Tabela 12). Nestas condições as leguminosas apresentaram um 
bom estabelecimento, pois o preparo do solo foi adequado e as condições climáticas foram 
favoráveis. 
 
 
Tabela 12. Número de plantas deleguminosa (nº/m²) de acordo com a taxa de semeadura, 
gramínea em consórcio e método de incorporação da semente, com grade niveladora* 
ou rolo compactador 
Leguminosa Taxa de B. decumbens Marandu Andropógon 
 60
 semeadura (kg 
SPV/ha) Grade Rolo Grade Rolo Grade Rolo 
1 10,0 21,3 18,0 18,6 9,9 12,9 
2 21,9 36,5 32,5 36,2 13,8 15,7 
Estilosantes 
Campo Grande 
3 32,3 56,5 48,6 47,0 19,3 27,2 
 Média 21,4 B 38,1 A 33,0 A 33,9 A 14,3 A 18,6 A 
 
1 12,3 16,7 19,1 16,4 20,5 20,2 
2 25,5 22,2 30,0 30,0 27,3 23,3 
Estilosantes 
Mineirão 
3 35,7 32,9 40,5 51,5 30,1 31,2 
 Média 24,5 A 23,9 A 29,9 A 32,7 A 25,9 A 25,6 A 
*com abertura de dois furos. 
Fonte: Adaptado de Zimmer et al.(2004), Zimmer et al. ( 2005a) e Zimmer et al.(2005b). 
 
Como o estilosantes-campo grande é a leguminosa mais utilizada na atualidade, algumas 
considerações devem ser levadas em conta para o seu estabelecimento. A taxa de semeadura da 
leguminosa deve ser de 1,5 a 3,0 kg/ha de sementes puras viáveis (SPV) e a taxa de semeadura 
das gramíneas deve ser reduzida em 20% a 30%. Os métodos de semeadura podem ser 
realizados em várias combinações, em função das características da gramínea utilizada na 
consorciação. Com gramíneas que apresentam baixa emergência em plantios mais profundos que 
4 cm, como Andropogon gayanus, recomenda-se a distribuição a lanço das duas forrageiras, 
seguida de compactação com rolo, ou incorporar com grade niveladora bem aberta. Para 
gramíneas dos gêneros Brachiaria e Panicum, em que é desejável o plantio mais profundo, de 2 a 
6 cm de profundidade, pode-se fazer a semeadura da gramínea a lanço e incorporar as sementes 
com uma grade niveladora, com discos em abertura média e, logo após, semear a leguminosa, 
também a lanço na superfície e compactar. Para reduzir o número de operações com máquinas, a 
semeadura pode ser conjunta, com posterior compactação com rolo ou incorporação com grade 
niveladora, com discos fechados. 
Almeida et al. (2008) avaliaram o estabelecimento de estilosantes-campo-grande em três 
taxas de semeadura e em consórcio com três capins (Tabela 13). As taxas de semeadura dos 
capins foram diminuídas em 30% e a semeadura das forrageiras foi realizada simultaneamente, a 
lanço, com posterior compactação, em solo previamente preparado e adubado. Após um ano do 
estabelecimento, com as forrageiras sofrendo cortes freqüentes, para os consórcios com o capim-
marandu e o capim-xaraés, a taxa de semeadura da leguminosa não alterou a porcentagem de 
estilosantes no estrato acima de 0,20 m do solo, sendo que, para consórcios com capim-marandu, 
a média foi de 9,51% e, para consórcios com capim-xaraés, de 5,38%, valores estes considerados 
inadequados para a persistência do consórcio. Para o consórcio com capim-massai, os autores 
indicaram que a partir de 2,1 kg/ha de SPV são obtidas proporções da leguminosa acima de 20% 
(com base na massa seca total da forragem), consideradas adequadas para a persistência do 
consórcio. Também, observou-se que a taxa de semeadura mais alta promoveu maior cobertura 
do solo (43,4%) do que a menor (31,2%), aos 41 dias após a semeadura, sendo um fator 
importante a ser considerado no estabelecimento de forrageiras em solos arenosos, com alta 
suscetibilidade à erosão hídrica. 
 
Tabela 13. Porcentagem de estilosantes-campo-grande, com base na massa seca total da 
forragem, no estrato acima de 0,20 m do solo, de acordo com a gramínea em 
consórcio e a taxa de semeadura da leguminosa, em kg/ha de sementes puras viáveis 
(SPV), em Neossolo Quartzarênico Órtico 
Taxa de semeadura da leguminosa (SPV) 
Gramínea 
1,4 kg/ha 2,1 kg/ha 2,8 kg/ha 
 ------------------------------- (%) -------------------------------- 
B. brizantha cv. Marandu 10,6 5,0 13,0 
B. brizantha cv. Xaraés 3,9 3,9 8,4 
Panicum spp. cv. Massai 8,6 25,8 25,5 
 61
Fonte: Adaptado de Almeida et al. (2008). 
 
 
Pode-se fazer a semeadura da leguminosa com semeadeira-adubadeira, com semeadura 
superficial, favorecendo a leguminosa com adubação localizada e compactando a seguir. A 
semeadura das duas espécies também pode ser feita numa única operação, com o uso de 
semeadeira com duas saídas de sementes, colocando-se a semente da gramínea na caixa da 
frente, na profundidade recomendada de 4 cm a 6 cm, e a leguminosa na segunda caixa, 
deixando-a cair na superfície e, a seguir, compactando com rolo. O espaçamento deve ser de 30 
cm a 40 cm entre as linhas. Em equipamentos mais modernos, que apresentam caixas 
independentes por linha, a semeadura pode ser feita em linhas alternadas, de 20 cm a 30 cm 
entre a gramínea e a leguminosa. 
 Em áreas infestadas com invasoras anuais (áreas de culturas), é importante realizar a 
semeadura depois da ocorrência de chuvas, que estimulam a germinação das sementes 
invasoras, e após estas terem sido eliminadas com duas ou três passadas de grade niveladora ou 
herbicida. 
 Na recuperação de pastagens, devem ser consideradas duas situações básicas de 
introdução da leguminosa. A primeira, quando a recuperação é realizada com o preparo total do 
solo, visando controlar invasoras e incorporar calcário e fertilizantes, e a leguminosa é implantada 
após o preparo completo do solo. A leguminosa é semeada a lanço ou em linhas, como descrito 
na formação de novas pastagens, e a gramínea retorna espontaneamente do banco de sementes 
existentes no solo. Neste caso, se o banco de sementes for muito elevado, é necessário controlar 
o excesso de plantas da gramínea (mais comum em braquiárias), da mesma forma que as 
invasoras. Em áreas com poucas sementes da gramínea no solo, como ocorre com Panicum, 
pode ser necessário adicionar sementes desta forrageira. 
A segunda situação, no caso da introdução sobre pastagens em plantio direto, recomenda-
se a aplicação de 1,0 a 2,0 L/ha de herbicida dessecante à base de glifosato, para fazer uma 
supressão da gramínea, para reduzir o seu crescimento e possibilitar o estabelecimento da 
leguminosa. Essa prática é mais recomendada em pastagens em início de degradação. A 
calagem, quando necessária, é feita na superfície e a adubação é realizada com a introdução da 
leguminosa. Os sulcos podem ser feitos com um subsolador com caixa de sementes e a 
leguminosa distribuída a lanço com posterior compactação. Para a adubação e a semeadura, 
podem ser utilizados equipamentos de plantio direto. É importante que os sulcos de semeadura 
tenham, pelo menos, de 8 a 10 cm de largura para favorecer o estabelecimento da leguminosa. 
Assim, é necessária uma bota mais larga nos sulcadores da plantadeira. Na recuperação de 
pastagem, a taxa de semeadura do estilosantes-campo-grande deve aumentar para 2,5 a 3,0 
kg/ha de SPV. Em qualquer sistema de plantio, as sementes podem ser misturadas com adubo 
não granulado, para facilitar a sua distribuição. Neste caso, a semeadura deve ser realizada o 
mais rapidamente possível. 
O manejo de formação deve ser realizado para evitar o crescimento acentuado da 
gramínea e que esta abafe a leguminosa. Portanto, os pastejos devem ser iniciados em 30 a 40 
dias após a introdução da leguminosa, na recuperação de pastagens, e em 40 a 50 dias após a 
semeadura, em pastagens novas. 
Na semeadura de consorciações, além de um preparo do solo adequado, é importante 
direcionar a adubação para as leguminosas, pois estas são mais exigentes que as gramíneas. 
Outras técnicas para favorecer a leguminosa podem ser adotadas, como a semeadura em faixas 
alternadas ou linhas alternadas da gramínea e leguminosa ou, ainda, a semeadura posterior da 
gramínea. Consentino & Pedreira (1991), em Nova Odessa, SP, obtiveram bom estabelecimento 
de Macrotyloma axillare cv. Guatá quando esta foi semeada 53 dias após B. decumbens e B. 
brizantha. Nestas semeaduras, cerca de quatro meses após, a porcentagem de leguminosas foi 
superior a 74%, enquanto que, nas semeaduras simultâneas, a porcentagem da leguminosa 
variou de 3% a 8%. 
 
 62
Estabelecimento de forrageirasna integração lavoura-pecuária 
Grande parte das áreas de braquiárias no Brasil, e mais especialmente na Região dos 
Cerrados, foram estabelecidas com culturas anuais no primeiro ano ou após um a três anos com 
culturas anuais, normalmente, o arroz de sequeiro (Kornelius et al., 1979). Na atualidade, além do 
arroz, vêm sendo utilizadas as culturas do milho, sorgo e milheto, na mesma sistemática ou estas 
culturas em sucessão a um ou dois anos de soja. Estas técnicas têm contribuído para a redução 
dos custos de formação das pastagens e semeadura em melhores condições de fertilidade do 
solo. Além da formação de pastagens, a associação de capins do gênero Brachiaria e Panicum a 
culturas anuais ou em sucessão destas vem crescendo com o objetivo de se obter boas palhadas 
para o plantio direto. Estas gramíneas proporcionam melhor cobertura do solo e as suas palhadas 
permanecem mais tempo no campo do que outras palhadas. Além disto, possibilitam pastejos 
durante o período seco, com bom desempenho animal durante esta época crítica de oferta de 
forragem. 
O estabelecimento de pastagens com culturas anuais é viável, desde que certas condições 
locais sejam atendidas. Solos apropriados para agricultura, máquinas e equipamentos, condições 
de transporte e armazenamento, fornecimento de insumos, são alguns dos fatores que 
necessitam ser analisados ou viabilizados para que esta atividade seja rentável. Também, são 
necessárias mudanças fundamentais no gerenciamento do sistema de produção, para que este 
passe a explorar culturas anuais. Caso contrário, a possibilidade de insucesso é muito alta. 
Ainda nos anos setenta, diversos trabalhos foram realizados avaliando o estabelecimento 
de braquiária com arroz. Kornelius et al. (1979) avaliaram a possibilidade de semeadura 
simultânea de arroz com forrageiras, para formação de pastagens nos cerrados. A Tabela 14 
mostra os resultados obtidos em diferentes sistemas de semeadura e doses de fósforo para arroz, 
B. decumbens e capim-gordura. 
 
Tabela 14. Efeito da semeadura de forrageiras com arroz na produção de grãos do arroz e 
número de plantas das forrageiras, em dois níveis de adubação 
Forrageira 
(plantas/m2) 
 Arroz 
(t/ha) Forrageira Método de semeadura 
0 kg/ha 
de P2O5 
230 kg/ha 
de P2O5 
 0 kg/ha 
de P2O5 
230 kg/ha 
de P2O5 
B. decumbens A lanço 2,2 2,8 0,95 1,66 
 Sulcos com arroz 4,8 3,6 0,95 1,63 
 Sulcos entrelinhas 6,4 38,8 1,08 1,24 
 
M. minutiflora A lanço 23,9 57,7 1,09 1,27 
 Sulcos com arroz 36,4 70,8 0,98 0,97 
 Sulcos entrelinhas 40,1 86,6 1,04 1,19 
Fonte: Adaptado de Kornelius et al. (1979). 
 
Verifica-se que a semeadura em sulcos foi melhor, resultando em maior número de plantas 
de forrageiras/m2. Sem adubação, a competição das forrageiras com a cultura do arroz foi menor. 
Já com adubação, o arroz sofreu redução acentuada com o capim-gordura. A braquiária, na 
presença do adubo, proporciona produções maiores de arroz. A semeadura da B. decumbens nas 
entrelinhas, devido a sua maior população e crescimento no tratamento adubado, reduziu a 
produção do arroz. 
Na Colômbia, Schultze-Kraft & Cardenas (1993) obtiveram bom estabelecimento de sete 
gramíneas, todas individualmente com arroz de sequeiro, com a sobressemeadura das forrageiras 
logo após a semeadura do arroz, em região com 2.000 mm de chuva na estação de cultivo. A 
adubação das associações arroz + pastagem foi de 50, 20, 100, 80, 5 e 300 kg/ha de P, S, K, N, 
Zn e calcário dolomítico, respectivamente. Nas forrageiras sem arroz, a adubação foi de 20, 20, 
12, 12 e 40 kg/ha de P, K, Mg, S e N, respectivamente. A produção do arroz, testemunha, foi 
semelhante à produção das associações arroz + gramíneas, como pode ser visto na Tabela 15. 
De modo geral, as forrageiras produziram mais na associação com arroz que em cultivo exclusivo, 
não sendo influenciadas pelo arroz. 
 
Tabela 15. Efeito da semeadura associada de arroz + gramíneas e de gramíneas exclusivas na 
produção de arroz e das pastagens, Carimágua, Colômbia 
 63
Matéria seca da forrageira (kg/ha) 
Arroz + gramíneas Gramíneas 
Gramíneas Grãos arroz 
(kg/ha) 
1o corte 4o corte 1o corte 4o corte 
A gayanus cv. Carimágua 2.482 1.146 1.077 844 1.035 
B. dictyoneura cv. Llanero 2.744 147 789 272 600 
B. decumbens Ciat 606 2.653 833 875 1.052 636 
B. brizantha Ciat 6780 2.732 698 714 699 710 
B. brizantha cv. La Libertad 2.912 1.164 766 661 666 
P. maximum Ciat 673 3.025 311 172 70 119 
P. maximum Ciat 6799/6944 2.752 297 286 110 256 
Média das gramíneas - 657 668 530 575 
Arroz exclusivo 2.512 - - - - 
Fonte: Adaptado de Schultze-Kraft & Cardenas (1993). 
 
 
 A semeadura da braquiária antes da cultura, também, é viável pela incorporação das 
sementes com grade niveladora. Macedo & Zimmer (1990), em Areia Quartzosa, em 
Bandeirantes, MS, obtiveram um bom estabelecimento de B. brizantha cv. Marandu em 
associação com milho, em área após o cultivo de soja, por dois anos. Foram efetuadas duas 
semeaduras em estações consecutivas. A primeira foi tardia (janeiro) e, na estação seguinte, a 
semeadura foi realizada na época adequada (outubro). Foram testadas cinco densidades de 
semeadura da forrageira, com e sem a cultura do milho. A semeadura da forrageira foi feita a 
lanço, com incorporação das sementes com grade niveladora, seguida da semeadura do milho, 
com espaçamento de 1m entre linhas e com 4 a 5 plantas/m. Não houve adubação na semeadura, 
com o objetivo de aproveitar a adubação residual da soja. Somente foi realizada a adubação de 
cobertura no segundo ano, que constou de 75 kg/ha de N e 80 kg/ha de K2O. Os dados de 
produção de milho e de matéria seca da forrageira, logo após a colheita do milho, são 
apresentados na Tabela 16. As produções de milho foram significativamente afetadas nas 
semeaduras tardias e a taxa de semeadura da forrageira influenciou linear e negativamente a 
produção de grãos. Na semeadura em época normal, outubro, a produção da forrageira foi 
reduzida em mais de 50% na semeadura associada em relação à semeadura sem milho. Na 
semeadura em época normal, a produção de milho foi menos afetada nas maiores taxas de 
semeadura da braquiária. Os resultados posteriores, no entanto, mostraram que aos 480 dias a 
cobertura do solo e a produção de matéria seca da forrageira foram equivalentes em todos os 
sistemas de semeadura, pela rápida recuperação da pastagem após a colheita do milho. 
 
Tabela 16. Efeito da taxa de semeadura de Brachiaria brizantha cv. Marandu, em sementes 
puras viáveis (SPV), em semeadura associada ou não com milho, na produção da 
cultura e na produção de matéria seca da forrageira, Bandeirantes, MS 
Jan/1987-Mai/1987 Out/1987-Fev/1987 
Forrageira (kg/ha) Forrageira (kg/ha) 
Taxa de 
semeadura 
(kg/ha) 
Milho 
(kg/ha) 
com milho sem milho 
Milho 
(kg/ha) 
com milho sem milho 
0 2.027 - - - - - 
0,75 1.797 4.281 4.874 3.734 3.184 10.401 
1,50 1.362 3.961 5.993 3.664 3.921 10.353 
3,00 1.089 5.600 6.767 2.992 4.189 13.514 
6,00 996 5.772 7.821 3.008 4.513 14.769 
Fonte: Adaptado de Macedo & Zimmer (1990). 
 
O cultivo de variedades precoces de soja, milho ou arroz, propicia a possibilidade de 
semear as forrageiras após estas culturas, o que pode ser mais vantajoso do que a semeadura 
conjunta, já que não haveria a competição entre a cultura de grãos e a pastagem. 
Mais recentemente, o cultivo simultâneo também vem sendo utilizado em muitas situações, 
sem prejuízo para a produção das culturas, se as técnicas de cultivo forem apropriadas e se o 
manejo dos herbicidas for correto. 
Em estudos realizados na Embrapa Gado de Corte, observou-se que o cultivo de quatro 
forrageiras associadas individualmente ou não com o milho e em semeadura simultânea ou tardia 
resultou em um bom estabelecimento de todas elas, como pode ser visto na Tabela 17. A 
 64
semeadura simultânea foi realizada no início de dezembro de 2006, com preparo convencional do 
solo, e a tardia, 22 dias após a emergência da cultura,em seguida da aplicação de 1.440 g/ha de 
i.a. de atrazina (formulação comercial) + 7 g/ha de i.a. de nicosulfuron em todos os tratamentos. O 
espaçamento do milho foi de 70 cm entrelinhas, com 4 plantas/m e duas linhas das forrageiras 
com espaçamento de 35 cm nas entrelinhas do milho. 
 
Tabela 17. Número de plantas estabelecidas de quatro forrageiras em semeadura exclusiva ou 
conjunta com milho, em sistema de semeadura simultânea ou tardia, aos 22 dias após 
a emergência da cultura 
Número de plantas/m2 Sementes puras 
viáveis Semeadura simultânea Semeadura tardia Forrageira 
kg/ha nº/m² sem milho com milho sem milho com milho 
Massai 4,0 370 83 87 91 74 
Tanzânia 4,0 345 79 81 71 71 
Xaraés 5,0 48 26 27 32 28 
Marandu 5,0 64 41 45 38 33 
Média 57,3 60 58 51,5 
Fonte: Zimmer, A.H. (Dados não publicados). 
 
 
O estabelecimento das forrageiras foi mais lento quando estas foram associadas à cultura 
do milho, como pode ser visto na Tabela 18, mas estas completaram o seu estabelecimento após 
a colheita da cultura. As produções de milho foram menores na semeadura simultânea (Tabela 
19), provavelmente, devido à maior competição das forrageiras, já que por ocasião do enchimento 
de espigas houve deficiência hídrica. 
 
 65
Tabela 18. Produção de matéria seca (kg/ha), na colheita do milho, de quatro forrageiras em 
semeadura exclusiva ou conjunta com milho, em sistema de semeadura simultânea ou 
tardia, aos 22 dias após a emergência da cultura 
Produção de matéria seca (kg/ha) 
Semeadura simultânea Semeadura tardia Forrageira 
sem milho com milho sem milho com milho 
Média 
Massai 11.384 1.726 6.617 440 5.042 
Tanzânia 11.149 1.086 7.800 1.252 5.322 
Xaraés 10.690 1.587 6.006 164 4.612 
Marandu 14.524 2.613 5.786 239 5.791 
Média 11.936 1.753 6.552 523 5.191 
Fonte: Zimmer, A.H. (Dados não publicados). 
 
Tabela 19. Produção de grãos (kg/ha) do milho BRS 2020, em cultivo solteiro ou associado a 
quatro forrageiras, em sistema de semeadura simultânea ou tardia, aos 22 dias após a 
emergência da cultura 
Cultivo Semeadura simultânea Semeadura tardia Média 
Milho + Massai 4.645 5.345 4.995 
Milho + Tanzânia 4.563 4.988 4.776 
Milho + Xaraés 4.313 5.714 5.014 
Milho + Marandu 4.339 5.303 4.821 
Milho solteiro 4.388 5.705 5.022 
Média 4.449 5.411 4.930 
Fonte: Zimmer, A.H. (Dados não publicados). 
 
Estas semeaduras vêm sendo realizadas de forma semelhante em sistemas de plantio 
direto (PD), nas mais diversas condições. As sementes das forrageiras são adicionadas ao adubo 
da cultura, o que retarda a sua emergência. Em espaçamentos mais largos, podem ser 
adicionadas mais linhas da forrageira nas entrelinhas da cultura, como na semeadura 
convencional. Na atualidade, grande parte dos equipamentos de PD possibilita a semeadura 
conjunta. Entretanto, a semeadura da forrageira também poderá ser realizada nas entrelinhas da 
cultura, após a emergência da mesma. 
No PD de pastagens, a quantidade de palhada não deve ser muito alta, pois pode 
prejudicar o estabelecimento das forrageiras. Entretanto, as mesmas quantidades de palhada 
adequadas para as culturas são apropriadas para as forrageiras, como observado por Rickert 
1970 (Tabela 20). Importante notar que até 10 t/ha de palhada houve efeito linear crescente no 
estabelecimento da forrageira, mesmo sendo uma cultivar com sementes pequenas, além da 
diminuição de invasoras. Estes benefícios foram atribuídos, pelo autor, ao menor aquecimento do 
solo e melhor retenção de água na superfície de cultivo. 
 
Tabela 20. Efeito de diferentes quantidades de cobertura morta no estabelecimento de P. 
maximum cv. Sabi, em semeadura de outono com irrigação suplementar, na Austrália 
Palhada 
(kg/ha) 
Plantas da forrageira 
aos 150 dias 
(nº/m2) 
Massa seca da 
forrageira aos 
150 dias (kg/ha) 
Massa seca de 
invasoras aos 150 dias 
(kg/ha) 
0 13 150 990 
2.500 32 280 790 
5.000 43 420 770 
10.000 79 640 310 
20.000 26 540 330 
Fonte: Adaptado de Rickert (1970). 
 
 
Na semeadura conjunta de culturas com forrageiras tropicais, como as do gênero 
Brachiaria e Panicum, a quantidade de sementes das forrageiras varia conforme as espécies, 
tanto para plantio direto como para plantio convencional. Para braquiárias, Gontijo Neto et al. 
(2006) recomendam a semeadura de 3,0 a 3,5 kg/ha de SPV na semeadura no sulco e 4,5 a 6,0 
 66
kg/ha na semeadura a lanço, já para Panicum, a recomendação é de 2,5 a 3,0 kg/ha na 
semeadura no sulco e de 4,0 a 5,0 kg/ha na semeadura a lanço. Entretanto, taxas de semeadura 
um pouco mais elevadas podem proporcionar um estabelecimento mais uniforme, como as que 
constam na Tabela 16, sem prejuízo para a cultura. A boa formação da pastagem resulta em um 
relvado mais uniforme e isto favorece o PD sobre a pastagem, em cultivos subseqüentes. 
Em cultivos de sucessão, alguns produtores do sul do estado semeiam uma mistura de 
milheto, aveia e forrageiras tropicais, pois determinadas condições climáticas podem ser mais 
favoráveis a uma ou outra espécie, o que reduz os riscos e assegura uma produção de forragem 
e de palhada mais estáveis. 
Diversas formas de estabelecimento de pastagens associadas ou em sucessão a culturas 
e de utilização de herbicidas nestes sistemas são descritas por Zimmer et al. (2007), Alvarenga et 
al. (2006), Cobucci & Portela (2003) e Kluthcouski & Aidar (2003). Estes autores também 
descrevem o manejo destes sistemas. 
 Estas práticas também podem ser utilizadas por pequenos produtores já que, na 
atualidade, diversos equipamentos de semeadura e aplicação de herbicidas estão disponíveis no 
mercado, para tração mecanizada ou animal. 
Os dados da Tabela 21 indicam a possibilidade de diversas combinações de cultivo 
associado de milho com pastagens, em trabalho realizado na Embrapa Gado de Leite, em Coronel 
Pacheco, MG. A Brachiaria decumbens foi semeada, a lanço, entre as covas de milho e 
incorporada por um leve revolvimento do solo, não prejudicando excessivamente a produção de 
grãos e sendo favorável ao estabelecimento da forrageira. Também, a semeadura em covas 
separadas proporcionou razoável estabelecimento da braquiária, logo após a colheita da cultura 
(Cruz Filho, 1990). 
 
 
Tabela 21. Estabelecimento de pastagem de Brachiaria decumbens associada com a cultura do 
milho 
Composição botânica 
Tratamento Produção de milho (kg/ha) 
Produção de 
braquiária (kg/ha 
de MS) 
invasoras 
(%) 
braquiária 
(%) 
Semeadura do milho e da braquiária na 
mesma cova 
4.310 660 78 22 
Semeadura do milho em covas e da 
braquiária a lanço e incorporada 
3.020 1.462 72 28 
Semeadura do milho em covas e da 
braquiária em covas separadas 
3.750 1.102 65 35 
Milho solteiro em covas 4.270 - 98 2 
Braquiária solteira em covas - 1.785 68 32 
Fonte: Adaptado de Cruz Filho (1990). 
 
Outra possibilidade de semear as forrageiras na cultura já estabelecida é incorporar as 
sementes por ocasião das capinas manuais ou cultivos mecânicos. 
 
Plantio por mudas 
O plantio por mudas, normalmente, é feito após um preparo completo do solo e, em alguns 
casos, o plantio é feito em covas ou em sulcos, onde o preparo do solo não é possível e, também, 
pode ser feito nas entrelinhas da cultura de milho ou arroz. Outro processo é a distribuição das 
mudas sobre o solo, a lanço, com posterior incorporação das mesmas com uma gradagem. 
Alguns produtores têm adaptado equipamentos de plantio de mandioca para o plantio de mudas 
de forrageiras. 
Diversas forrageiras são plantadas por meio de estruturas vegetativas, sendo utilizadas 
mudas enraizadas, pedaços de brotos ou estolões. No plantio a lanço, são necessárias de 4 a 5 
t/ha de mudas, para o plantio em sulcos e covas, são necessárias de 2 a 3 t/ha. Estas devem ser 
colhidas com bom desenvolvimento, com cerca de 100 dias de crescimento e devem ser 
plantadas logo em seguida, para se obter um bom pegamento. Em um hectare podem ser 
colhidas mudas para o plantio de 10 a 15 ha. 
As espécies mais estabelecidas desta forma são:capim-angola (B. mutica), tanner-grass 
 67
(B. arrecta), capim-tangola (B. mutica x B. arrecta), capins do gênero Cynodon (Tifton, Coast-
cross e Estrela) e Pennisetum purpureum (capim-elefante). 
Para o plantio de capim-elefante devem ser utilizados colmos de plantas em estado 
vegetativo, colhidos pouco antes do florescimento. O espaçamento dos sulcos pode ser de 0,5 m 
a 1,2 m; os plantios mais próximos tendem a produzir mais, mas espaçamentos de 0,8 m a 1,0 m 
facilitam os tratos culturais e espaçamentos maiores facilitam o aparecimento de plantas 
daninhas, pois as plantas demoram a cobrir o solo, segundo Rodrigues & Reis (1993). 
Nas áreas para o plantio de mudas, com grande presença de sementes de gramíneas na 
área, deve-se realizar a aplicação de 2 L/ha de trifluralina, para evitar a germinação da sementeira 
(pré-emergente), diluída em 200 litros de água e, logo após a aplicação, incorporar com grade 
niveladora de 10 a 12 cm. Esse procedimento não deve se estender por mais de duas horas após 
a aplicação, por problemas de evaporação do produto. Após a incorporação do herbicida, sulcar a 
área com espaçamento de 0,90 m entrelinhas e profundidade de 10 a 15 cm, colocando as mudas 
dentro do sulco, sendo duas mudas por metro de sulco e cobrindo-as com uma camada de solo 
de 4 a 6 cm, ou realizar plantio com plantadeira. Importante, é não deixar as mudas expostas ao 
sol por muito tempo e plantar, no máximo, dois dias após o arranquio, em períodos de boas 
chuvas. 
 No caso de surgimento de invasoras de folhas largas, fazer o controle com aplicação de 
1,2 L/ha de herbicida 2,4-D. E no caso de outras gramíneas não desejáveis, fazer uma aplicação 
dirigida de glifosato com pulverizador costal. 
O primeiro pastejo deve ser realizado cerca de 80 dias após o plantio, quando as plantas 
apresentarem boa cobertura do solo. 
 
Manejo de formação 
O manejo de formação de uma pastagem se resume na utilização menos intensiva da 
mesma, na sua fase inicial, possibilitando, dessa forma, uma boa formação. Se a semeadura for 
bem feita e ocorrer boa emergência de plantas, já aos 60 a 90 dias poderá ser dado um pastejo 
para rebaixar a pastagem e estimular o perfilhamento basal, para a maioria das espécies. Quando 
se tem uma densidade de plantas muito baixa, é desejável deixar as plantas crescerem livremente 
para a produção de sementes e, então, dar-se um pastejo para que os animais auxiliem na queda 
e distribuição das sementes em toda área, favorecendo, dessa forma, a ressemeadura natural na 
estação seguinte. Isto é mais comum com capim-andropógon ou em semeaduras em áreas 
desmatadas. 
São as seguintes as vantagens do manejo de formação: 
a) Evitar o acamamento da forrageira. 
b) Diminuir a competição, eliminando o excesso de plantas. 
c) Eliminar a maior parte das gemas apicais, estimulando a emissão de novos perfilhos basais. 
d) Antecipar a utilização da forragem, aproveitando o alto valor nutritivo, com boa produção 
animal por área. 
e) Proporcionar a mais rápida e perfeita cobertura de solo. 
 
Importante ressaltar que o primeiro pastejo deve ser dado, preferencialmente, por animais 
jovens que causam menor compactação do solo. Também, é importante que os primeiros pastejos 
sejam dados em dias secos, pois o solo ainda não está assentado e a pastagem não está bem 
formada e isto, também, pode aumentar a compactação. É recomendável que estes animais, 
antes de entrarem na pastagem, sejam tratados contra endo e ectoparasitos, evitando a 
contaminação da nova pastagem. 
 
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