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MÓDULO 5 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA PRESERVANDO VIDAS MECÂNICA BÁSICA O objetivo deste módulo é capacitá-lo a conhecer a estrutura geral de um veículo, composta de diversos sistemas. Você será apresentado a todos eles, estudará o seu funcionamento básico e aprenderá a importância da manutenção preventiva. MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA Este material é registrado na Biblioteca Nacional. Todos os direitos autorais reservados à Procondutor Tecnologia de Trânsito S/A. É proibida a duplicação ou reproduçã desta apostila, no todo ou em parte. PROCONDUTOR TECNOLOGIA DE TRÂNSITO S/A MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA PROCONDUTOR TECNOLOGIA DE TRÂNSITO S/A Presidente Claudia de Moraes Product Owner Pamela Mercedes La Rosa Diez Conteúdo Carolina Heleno Maxwell Martes Nayara Bertin Ricardo Cazoto Revisão ortográfica Hugo Bessa Designer Gráfico - Layout Verônica Glasner Diagramação Ricardo Cazoto Fotografia Istock Equipe Multidisciplinar Sergio Ejzenberg Maria Aparecida Marques Pollyana Coelho da Silva Notargiacomo Henrique Naoki Shimabukuro Claudia Lopes Pereira Pinto CONTEÚDO EQUIPAMENTOS DE USO OBRIGATÓRIO DO VEÍCULO ..................................8 VEÍCULOS DE 4 RODAS ...........................................................................................8 VEÍCULOS DE 2 OU 3 RODAS .................................................................................9 FERRAMENTAS OBRIGATÓRIAS ........................................................................ 10 EQUIPAMENTO SUPLEMENTAR DE SEGURANÇA (AIRBAG) ...........................10 CONDUÇÃO ECONÔMICA ......................................................................................10 DICAS PARA CONDUZIR DE FORMA ECONÔMICA .......................................... 11 ESTILOS DE CONDUÇÃO ECONÔMICA ................................................................ 11 SISTEMAS DO VEÍCULO ........................................................................................ 12 SISTEMA DE SUSPENSÃO .................................................................................... 13 SISTEMA DE FREIOS ............................................................................................. 13 SISTEMAS DE FREIOS ........................................................................................... 15 SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO ...............................................................................16 MOTOR ......................................................................................................................16 PRINCIPAIS PARTES DO MOTOR .........................................................................17 LUBRIFICAÇÃO ........................................................................................................ 18 SISTEMA DE ARREFECIMENTO ..........................................................................18 SISTEMA DE ESCAPAMENTO .............................................................................19 SISTEMA DE TRANSMISSÃO.............................................................................. 20 COMPONENTES DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO .........................................20 SISTEMA DE DIREÇÃO ..........................................................................................21 TIPOS DE SISTEMA DE DIREÇÃO ....................................................................... 21 SISTEMA ELÉTRICO .............................................................................................. 23 BATERIA ....................................................................................................................24 RESPONSABILIDADE COM MANUTENÇÃO .................................................... 25 PAINEL DE INSTRUMENTOS .............................................................................. 26 LUZES DE SINALIZAÇÃO E ALERTAS ................................................................26 VERIFICAÇÃO DIÁRIA DOS ITENS BÁSICOS ................................................... 29 PNEUS ........................................................................................................................29 DIREÇÃO ....................................................................................................................29 SUSPENSÃO .............................................................................................................30 FREIOS .......................................................................................................................30 SISTEMA DE ILUMINAÇÃO ...................................................................................30 TESTE OS SEUS CONHECIMENTOS....................................................................31 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 33 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA A manutenção preventiva, além de con- servar seu veículo, ajuda a economizar seu dinheiro. O objetivo deste módulo é capacitá-lo a conhecer a estrutura geral de um veículo, composta de diversos sistemas. Você será apresen- tado a todos eles, estudará o seu funcionamento básico e apren- derá a importância da manutenção preventiva, que é uma forma de economizar o seu dinheiro, conservar o seu veículo e cultivar o meio ambiente. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) torna obrigatório ao condutor conservar o veículo em perfeitas condições de uso. Para isso, ele deve ter noções básicas de mecânica e condições de cuidar de seu veículo. Neste módulo, você verá: 77 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA • Funcionamento dos sistemas do carro; • Componentes do motor; • Significado das luzes do painel do condutor. EQUIPAMENTOS DE USO OBRIGATÓRIO DO VEÍCULO VEÍCULOS DE 4 RODAS • Lanternas traseiras; • Luz de freio; • Lanterna de marcha à ré; • Lanterna de iluminação da placa; • Refletor traseiro catadióptrico; • Roda sobressalente, que pode ficar na parte interna ou externa, dependendo do modelo do veículo; • Para-choques; • Dispositivos destinados ao controle de ruído do motor e redução da emissão de poluentes (escapamento, abafador e catalisador); • Espelhos retrovisores externos; • Espelho retrovisor interno; • Setas; • Faróis dianteiros; • Faroletes; • Pneus; • Velocímetro; • Buzina; • Para-sol, mais conhecido como quebra-sol; • Limpador de para-brisa e lavador de para-brisa; • Freios; • Cinto de segurança. Caminhões • Registrador instantâneo e inalterável de velocidade para os caminhões com capacidade máxima de tração superior a 19 toneladas; • Lanternas delimitadoras e laterais para os veículos de carga, quando suas dimensões as exigirem; • Cinto de segurança para a árvore de transmissão; • Protetores das rodas traseiras. Catadióptrico. Material que reflete a luz que incide sobre ele. Roda sobressalente. Conhecida como estepe. Para-sol ou quebra-sol. Pala interna de proteção contra o sol. 88 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA Ônibus, micro-ônibus e veículos de transporte escolar • Registrador instantâneo e inalterável de velocidade para tempo para micro-ônibus, transporte escolar e para veículos de passa- geiros com mais de 10 lugares; • Cinto de segurança para todos os ocupantes; • Cinto de segurança para a árvore de transmissão; • O uso de pneus extralargos é opcional; • É permitida a fabricação de veículos de transporte de passageiros de até 15 metros de comprimento na configuração de chassi 8x2. VEÍCULOS DE 2 OU 3 RODAS Entram nessa categoria: • Ciclomotor: veículo automotor de 2 ou 3 rodas, cuja velocidade final não exceda os 50 km/h. • Motoneta (vespa): veículo automotor de 2 rodas, no qual o condutor coloca as pernas sobre uma plataforma, para a frente de seu tronco. • Motocicleta: veículo automotor de 2 rodas com ou sem sidecar, dirigido por condutor em posição montada. • Triciclo: veículo de 3 rodas dotado de pedais. Ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos • Farol dianteiro branco ouamarelo; • Lanterna traseira de cor vermelha; • Lanterna de freio de cor vermelha (exceto os ciclomotores); • Iluminação da placa traseira (exceto os ciclomotores); • Indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro e traseiro (exceto os ciclomotores); • Velocímetro; • Buzina; • Pneus; • Dispositivo de controle de ruído do motor. Automotor. Veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios. Sidecar. Dispositivo de uma única roda preso a um lado de uma motocicleta. 99 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA FERRAMENTAS OBRIGATÓRIAS • Macaco: auxilia na troca dos pneus, e é importante que seja compatível com o peso e a carga do veículo; • Chave de roda: usada para afrouxar os parafusos na troca de pneus; • Chave de fenda: usada para remover as calotas do veículo; • Triângulo: sinalização luminosa usada em casos de emergência. EQUIPAMENTO SUPLEMENTAR DE SEGURANÇA (AIRBAG) O airbag é um adicional ao cinto de segurança em reduzir a chance de que a cabeça e a parte superior do corpo de um ocupante se choquem com alguma parte do interior do veículo. Ele também ajuda a reduzir o risco de lesões graves, distribuindo as forças da colisão de modo mais uniforme ao longo do corpo do ocupante. Algumas dicas para tornar o uso do airbag mais seguro e eficiente: • Utilize o cinto de segurança: ele garante sua retenção até que o airbag seja acionado, além de garantir sua trajetória correta numa colisão; • Mantenha distância mínima de 10 centímetros do volante. Se não for possível, tente inclinar o volante para baixo; • Não coloque os pés sobre o painel; • Não transporte objetos, crianças ou animais entre você e o airbag; • O lugar mais seguro para as crianças é no banco de trás; • O airbag tem prazo de validade e precisa passar por manutenção periódica: no manual do proprietário, o fabricante do automóvel descreve o período de durabilidade da peça. CONDUÇÃO ECONÔMICA Condução econômica é a forma de conduzir o seu veículo acionando os mecanismos de controle (acelerador, freios, direção, caixa de transmissão) em sintonia com as situações (subida, descida, reta, curva). A direção econômica pode reduzir o consumo de combustível em média 10%. O condutor que adota o estilo de condução econô- mica é aquele que dirige com cuidado e defensivamente, respeita as leis de trânsito, cuida do veículo com manutenção e preserva o meio ambiente. 1010 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA DICAS PARA CONDUZIR DE FORMA ECONÔMICA 1. Guie com previsão (não freie nem acelere sem necessidade): parar um veículo e recuperar sua velocidade de 0 a 80 km/h, por exemplo, significa consumir mais combustível. Ao invés de parar em um semáforo, é melhor tirar o pé do acelerador e reduzir a velocidade; assim, ao abrir o semáforo, o veículo pode seguir sem paradas. 2. Opere na faixa ideal de rotação do motor. 3. Sempre que possível, pule marchas e não acelere durante a troca de marchas. 4. Evite as fontes de resistência ao deslocamento do veículo: fontes de resistência são as forças que tendem a frear o veículo, opon- do-se ao deslocamento do veículo. Por exemplo, água na pista aumenta o consumo em 3 a 5%, e pneus com menor pressão equivalem a um aumento de 5 a 7% no consumo. 5. Aproveite a inércia do veículo e aumente a velocidade lenta e gradualmente: aumentar de uma vez a velocidade de 80 para 90km/h aumenta a resistência do ar em 25 a 30%, provocando um aumento no consumo de combustível. 6. Utilize corretamente os freios, evitando frenagens bruscas. 7. Trafegue apenas com o veículo engrenado. 8. Mantenha os pneus calibrados. 9. Dirija em velocidade constante, evitando acelerações bruscas. ESTILOS DE CONDUÇÃO ECONÔMICA Dirigir em modo econômico Onde usar: • Em declives (descidas) com o pedal do acelerador em repouso, quando isso não comprometer a segurança e as leis de trânsito; • Em estradas planas com velocidade estabelecida e o pedal do acelerador levemente acionado. 1111 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA O que o condutor pode fazer: • Utilizar a marcha mais alta possível; • Economizar rotações, o que significa economizar combus- tível e equipamento. Dirigir com potência Onde usar: • Em aclives (subidas), onde é necessário subir o mais rápido possível; • Ultrapassagens; • Entrada em tráfego. O que o condutor pode fazer: • Acelerar e desacelerar no momento correto, utilizando somente o necessário para a situação. SISTEMAS DO VEÍCULO O veículo é composto por diversos sistemas, e o bom funcionamento deles influencia na sua economia e também contribui para a segurança no trânsito. São eles: suspensão, freios, alimentação, motor, arrefecimento, elétrico, rodagem, direção, transmissão e escapamento. Para comportar todos os sistemas, a estrutura de um veículo pode se apresentar em duas formas: 1. A estrutura dos veículos mais atuais e dos automóveis de passeio é o monobloco, uma única peça, formada por: assoalho, laterais e o teto. 2. Já a estrutura mais utilizada em veículos comerciais, como picapes e caminhões, possui o chassi e a carroceria sepa- rados. O assoalho é a estrutura principal do veículo, tendo a carroceria, as laterais e o teto todos acoplados. 1 2 1212 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA SISTEMA DE SUSPENSÃO O sistema de suspensão é composto por molas, amortecedores e braço da suspensão. Ele tem a função de absorver as vibrações e os choques das rodas devido às irregularidades do asfalto e do piso, mantendo todas as rodas no chão, proporcionando mais conforto, oferecendo estabilidade e protegendo o veículo e seus ocupantes. O excesso de peso provoca alteração e desgaste do sistema de supensão. Os amortecedores realizam o controle das molas, que são as responsá- veis por suportar o peso do veículo. Eles devem ser trocados quando o automóvel estiver perdendo a estabilidade, quando apresentar ruídos ou conforme orien- tação do fabricante (consulte o manual do veículo). SISTEMA DE FREIOS Ao ser acionado, ele diminui a velocidade ou para totalmente o veículo. A manu- tenção desse sistema é essencial para se transitar com segurança. Seus principais componentes são: pedal de freio, tirante, cilindro-mestre, conexões e tubulações, cilindros das rodas com dispositivos para sangrias de ar, sapatas revestidas com pastilhas de freios e tambor (ou disco) de freios. Esta é uma representação do sistema de freios. Conheça melhor como funciona: 1313 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA 1. Pedal do freio: Nos veículos manuais, o pedal do freio fica sempre no meio (entre o acelerador e a embreagem). Nos veículos automáticos, como não há embreagem, o pedal do freio fica do lado esquerdo do acelerador. 2. Tirante: Em todos os automóveis atuais, o pedal aciona hidraulicamente os freios, e essa ligação mecânica acon- tece por meio de tirantes. 3. Servo do Freio: Um componente que auxilia o motorista, multiplicando a força aplicada na frenagem. 4. Freio de mão: Um recurso muito importante, pois atua nas duas rodas traseiras do veículo e deve ser usado para imobilizá-lo, por exemplo, em uma subida. 5. Cilindro-mestre: É o que fornece o fluido de freio ao circuito hidráulico. 6. Tubulação: É por onde passa o fluido de freio. 7. Pastilhas de freio: Um par de pastilhas que criam atrito, parando o veículo. Os veículos mais novos são fabricados com freio a disco na parte da frente e os de trás, com freio a tambor. Alguns veículos possuem freio a disco nas quatro rodas. 8. Cilindro de roda: Tem a função de acionar os freios na roda de veículos com sistema de freio a tambor. Ele recebe a pressão hidráulica do cilindro-mestre e empurra as sapatas contra o tambor de freio. O atrito entre tambor e sapata faz com que a roda freie, parando o veículo. 9. Sapatas de freio: As sapatas criam o atrito entre os tambores, parando o veículo. 1 4 2 3 6 5 7 8 9 1414 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA SISTEMAS DE FREIOS Ao longo dos anos, os sistemas de freios foram sendo aprimo- rados, dessa forma existem veículos com sistemas diferentes defreio. • Freio mecânico: é o sistema mais antigo, mas ainda utilizado. O freio de mão atua nas rodas traseiras do veículo e deve ser acionado para sua imobilização. • Freio hidráulico: é o mais utilizado em veículos de pequeno porte. Funciona por meio da pressão do freio sobre o pedal, que impulsiona o óleo de freio através das tubulações, até as rodas. • Freio a tambor: O pistão movimenta o cilindro de freio que comprime as sapatas de freio contra o tambor (acoplado às rodas), que perde velocidade devido ao atrito entre as peças. O freio funciona por meio de um cabo esticado. • Freios a disco: Assim como no freio a tambor, o pistão movi- menta o cilindro que comprime as sapatas contra o disco. As pastilhas se desgastam com o tempo, necessitando troca. • Freio a ar: Usado em veículos de grande porte, é parecido com o freio hidráulico, mas usa ar comprimido para acionar as lonas de freios das rodas. Sua eficiência depende da correta pressão do ar. • Freio hidrovácuo: é o freio hidráulico com um componente que, por meio da criação de vácuo, diminui a força a ser apli- cada no pedal. • Freio ABS: é uma sigla para Anti-lock Brake System, que significa sistema de freios antitravamento. É um sistema moderno e muito eficiente que evita que as rodas travem quando acionado o freio, em qualquer condição do solo, mantendo a dirigibilidade do veículo e reduzindo a distância de parada. Esse sistema também permite uma frenagem mais segura, pois possui, em cada roda, um sensor que comu- nica uma central eletrônica que controla o envio de fluido de freio para as rodas. Ele tornou-se obrigatório em todos os automóveis a partir de 2014 e é considerado um dos itens de segurança ativa. Pinça Pistão Pastilha de freio Disco Cubo de roda O pneu se encaixa aqui 1515 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA Qualquer que seja o tipo de freio, fique sempre atento ao nível de fluido de freio do veículo, que deve sempre estar no máximo. O baixo nível do fluido de freio ou a presença de bolhas de ar na tubulação diminui a eficiência do sistema de freios do veículo (o condutor tem de acionar o pedal várias vezes ao frear). Faça a revisão periódica dos discos, lonas e pastilhas de freio, conforme orientação do fabricante. SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO O sistema de alimentação envia o ar e o combustível até o motor. Ele é composto basicamente de: tanque, bomba e filtro de combus- tível, filtro de ar, carburador ou injeção eletrônica. O carburador e a injeção têm a mesma função, que é fazer a mistura correta do ar com o combustível e enviá-la ao cilindro para ocorrer a queima. O carburador é um sistema mecânico, e para regular o seu funcionamento é utilizada a chave. No caso da injeção eletrônica, é necessário acoplar ao veículo um computador, que faz a leitura e a regulagem do sistema. Quando o motor falha ou engasga, perdendo o rendimento, é um indício de bicos injetores entupidos ou sujos. O filtro de combustível é importante para reter as impurezas do combustível, por isso é necessário realizar a troca regularmente. MOTOR O motor é o fornecedor de energia para o veículo. Ele é respon- sável por converter a energia química – por meio da combustão de gasolina, etanol, diesel ou gás natural veicular (GNV) – em energia mecânica, movimentando o veículo. O motor funciona em ciclos de quatro tempos, também chamados de Ciclo de Otto. É a repetição desse ciclo que faz o motor funcionar. Carburador Cilindro Injeção eletrônica 1616 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA PRINCIPAIS PARTES DO MOTOR 1. Cabeçote: é onde fica o comando das válvulas (que pulverizam o combustível) e também as velas (responsá- veis pela centelha que “inflama” a mistura de gasolina ou álcool com o ar). 2. Bloco: é a estrutura principal e a mais pesada do motor, onde ficam os pistões. 3. Volante, Bielas e Manivelas: têm a função de transmitir a força da velocidade emitida pelo volante para a caixa de velocidade do motor. 4. Cárter: fecha o motor por baixo e é onde fica o reserva- tório do óleo lubrificante. Conheça as peças do motor que atuam no ciclo de combustão: 1. Biela; 2. Pistão (êmbolo móvel); 3. Duto de Admissão; 4. Válvula de Admissão; 5. Vela de Ignição; 6. Válvula de Escape; 7. Duto de Escapamento; 8. Virabrequim. O ciclo de combustão é composto pelas seguintes etapas: • Admissão: com a válvula de admissão aberta e a de escape fechada, a mistura de vapor de combustível e ar entra no cilindro; • Compressão: com as válvulas fechadas, a mistura é comprimida por meio do movimento de baixo para cima (ascendente) do pistão; • Combustão/expansão: uma faísca produzida pela vela de ignição aciona a mistura de gases, que queima/explode e expande, empurrando o pistão para baixo. A biela converte o movimento de subida e descida do pistão em movi- mento rotativo do virabrequim, que transmite o movi- mento às rodas; 1 2 3 4 5 6 7 1 8 4 3 2 1717 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA • Escape: com a válvula de admissão fechada e a de escape aberta, ocorre a exaustão dos gases resultantes da explosão. LUBRIFICAÇÃO Outra parte importante sobre o motor é o seu sistema de lubrifi- cação, que reduz o atrito entre as peças e ajuda a refrigerar o motor durante o seu funcionamento. O uso de óleo diferente do especificado pode danificar o motor do seu veículo! Siga as recomendações do fabricante e evite misturar óleos. Mantenha o nível do óleo (nem muito baixo, nem muito alto) e troque-o periodicamente. SISTEMA DE ARREFECIMENTO Enquanto o motor trabalha sem parar, ele começa a aquecer por causa da combustão. Por isso, o sistema de arrefecimento ou refrigeração é importante para evitar o superaquecimento. É composto por: 1. Radiador; 2. Mangueiras; 3. Ventoinha; 4. Bomba d’água; 5. Reservatório (ou depósito); 6. Válvula termostática; 7. Cebolinha. O sistema faz circular o líquido de arrefecimento do motor, que leva para o radiador o calor das partes quentes. O radiador troca calor com o ar, mantendo a temperatura do veículo ideal. A bomba d’água faz circular o líquido de arrefecimento. 1 3 6 4 2 5 7 1818 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA Quando esse sistema falha, a temperatura sobe, a mistura do sistema ferve e, se não for desligado, o motor pode sofrer danos severos. Em caso de superaquecimento: • Desligue o veículo, pois a possibilidade de dano total ao motor é grande; • Não abra a tampa do radiador, pois o vapor e a água podem estourar por causa da pressão e causar queima- duras; • Peça ajuda: não tente continuar rodando sem resolver o problema. • Verifique regularmente o nível de água do reservatório e evite aceleradas bruscas quando o motor ainda estiver frio, assim você prolonga a vida útil do seu veículo. SISTEMA DE ESCAPAMENTO O sistema de escapamento tem a função de diminuir os ruídos do motor e liberar os gases gerados pela queima do combustível. É composto por: coletor de exaustão, tubulação, catalisador, abafador e silencioso. O catalisador é responsável por transformar as substâncias tóxicas geradas pela queima do combustível em substâncias menos agres- sivas ao meio ambiente. O abafador suaviza os ruídos causados pela queima do combustível, e o silencioso diminui mais ainda os ruídos. Catalizador Abafador Silencioso 1919 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA Para prevenir problemas no sistema de escapamento, são necessá- rios alguns cuidados: • Faça revisões periódicas, conforme recomendado pelo fabricante, ou sempre que sentir necessidade; • Regule o carburador ou verifique a injeção eletrônica; • Observe o nível do óleo e utilize os tipos e as marcas indicadas; • Faça a troca de óleo de acordo com a quilometragem recomen- dada. Em condições severas, a troca deve ser antecipada. Apro- veite esse momento para fazer a limpeza do filtro de ar, para manter o desempenho do motor e o consumo adequado de combustível; • Substitua o filtro do óleo lubrificante conforme especificação do fabricante; • Não force o motor com rotações muito altasou muito baixas; • Observe vazamentos e procure assistência caso identifique manchas no piso da garagem ou barulhos anormais; • Sempre utilize combustível de procedência confiável; • Ao identificar que o veículo está muito quente, pare e aguarde até que ele esfrie e que o motor volte para a temperatura normal. Com essas ações, você diminui o consumo de combustível, evitando o desgaste precoce e a emissão de poluentes desnecessários. SISTEMA DE TRANSMISSÃO O sistema de transmissão comunica a força do motor (tração) para as rodas. Alguns veículos possuem tração traseira, outros, tração dianteira, e também existem os de tração nas quatro rodas. COMPONENTES DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO As principais partes que compõem o sistema de transmissão são: • Embreagem: é o começo do sistema de transmissão. Ela conecta e desconecta as partes de forma a transmitir a força motriz para o câmbio e é responsável pelas mudanças de marcha. Está locali- zada entre o volante e a caixa de câmbio. • Diferencial: tem a função de distribuir torque uniformemente para dois semieixos, possibilitando rotações diferentes. Veículos de tração traseira (impulsionados pelas rodas de trás) possuem diferencial. 2020 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA • Homocinética: é a forma de conexão entre as partes que permite a transmissão de movimento constante entre as partes em ângulos móveis. Veículos de tração dianteira (impulsionados pelas rodas da frente) possuem a junta homocinética que liga as rodas ao eixo. • Eixo cardã: junto ao diferencial, está o eixo cardã (mais comum em carros com tração 4x4 e em motocicletas), que fornece inde- pendência às forças de movimento. As engrenagens possibilitam que o carro se movimente para a esquerda e para a direita; e o eixo cardã, para a frente ou para trás. • Semieixo: une o diferencial à roda, transmitindo a força motriz. • Árvore de transmissão: liga a caixa de câmbio ao universal, quando essas são separadas. É composta de cardã, junta universal e cruzetas. • Caixa de câmbio (ou mudanças): transforma a potência do motor em velocidade, dando ao automóvel a força necessária para diversas situações, como: subir uma rampa, manter a velocidade em estrada plana, etc. Para prolongar a vida útil do seu veículo, siga estas orientações: • Conduza o seu veículo sem apoiar o pé na embreagem; • Realize a troca de óleo do câmbio e do diferencial. A falta de óleo do câmbio desgasta os componentes e causa danos. • Lembre-se: o óleo do motor é diferente do óleo do câmbio. Não use o mesmo! SISTEMA DE DIREÇÃO O sistema de direção transforma o giro do volante em movimento das rodas, reduzindo o esforço do condutor, conforme o tipo do sistema. Os componentes básicos do sistema de direção são: volante, coluna, caixa e barras de direção. TIPOS DE SISTEMA DE DIREÇÃO • Mecânico: a força para executar manobras é do condutor, pois o sistema é ligado diretamente na barra de direção. • Hidráulico: não é necessário exercer muita força para esterçar as rodas, pois um sistema pressurizado a óleo faz a força necessária. Nesse sistema, é praticamente impossível esterçar as rodas com o motor desligado, pois o sistema fica ligado ao motor. 2121 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA • Elétrico ou “drive by wire”: o conjunto elétrico faz a força necessária para virar as rodas. É um sistema moderno, ocupa menos espaço, é mais eficiente e economiza combustível, pois não usa o motor para funcionar. O sistema de direção exige alguns cuidados de revisão peri- ódica. Providencie conserto se a direção apresentar folga, ou começar a puxar ou trepidar. Observe também os níveis de óleo na direção hidráulica. Cuidados com os pneus Prolongue a vida útil dos pneus, mantendo-os sempre cali- brados com a pressão recomendada pelo fabricante. Verifique a pressão regularmente e lembre-se de calibrar o estepe. As especificações corretas para a calibragem podem estar apontadas na tampinha de abertura do tanque de gasolina, em uma das portas do seu veículo, no manual do carro ou sobre os pneus. Como o mesmo carro pode ser montado com mais de um tamanho de aro, verifique qual o aro dos pneus do seu carro para não colocar a pressão errada. Uma dica importante: faça a calibragem quando os pneus estiverem frios, pois as partículas de ar dentro deles estão mais estáveis. Nessa condição, as oscilações são pequenas, tornando a calibragem mais eficaz. Faça o rodízio de pneus: isso ajuda na economia de combustível e possibilita o desgaste uniforme. Você deve rodiziar os pneus apenas da frente para trás, sem trocar os lados nem utilizar o estepe. Confira também o alinhamento e balanceamento das rodas, pois garante maior estabilidade do veículo, elimina trepi- dações do volante e aumenta a durabilidade dos pneus. Consulte o fabricante de seu veículo para saber as recomen- dações de alinhamento e balanceamento. 222222 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA Cambagem Cambagem é o ângulo medido na roda em relação à sua inclinação vertical. Ela tem valor especificado pelo fabricante e deve ser igual nas rodas dianteiras. O objetivo é compensar os esforços da roda durante a curva, dando maior estabilidade ao veículo. A cambagem correta e o balanceamento dos pneus evitam que a vida útil do pneu diminua e que ocorram alterações indesejáveis na direção (quando, em linha reta, o veículo tende a ir para um dos lados). Cambagem nula Os pneus fazem um ângulo reto. Cambagem positiva Os pneus estão voltados para dentro do veículo. Cambagem negativa Os pneus estão voltados para fora do veículo. SISTEMA ELÉTRICO O sistema elétrico afeta diretamente a segurança, pois dele depende o bom funcionamento dos faróis, das luzes de sinalização, da buzina e do motor. Cerca de 1km de fios une os componentes elétricos num automóvel atual. O sistema elétrico é composto de 4 circuitos: • Circuito de ignição: fornece no momento e no pistão adequados a faísca que iniciará o processo de combustão. O sistema de admissão juntamente com o sistema elétrico regula esse funcio- namento. A bobina de ignição eleva a voltagem do sistema elétrico (nos carros com injeção eletrônica, é a ignição eletrônica), o distribuidor direciona a corrente para a vela no tempo correto. A vela é o componente que provoca a centelha para a queima do combustível. 2323 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA • Circuito de partida: é acionado até o motor iniciar seu funcio- namento. O motor elétrico (ou de arranque) é acionado e movi- menta o motor a combustão para que inicie seu funcionamento. • Circuito de recarga: fornece energia para manter o sistema elétrico funcionando. Seu principal componente é o alternador. Ele transforma energia mecânica em elétrica para recarregar a bateria do veículo. • Circuito de iluminação: permite a condução e identificação do veículo, além de indicar a direção e a frenagem. Os fusíveis são os responsáveis por proteger o sistema elétrico do veículo e seus componentes. Os cabos de bobinas e as correias necessitam de manutenção preventiva, para evitar problemas com o sistema elétrico do veículo. BATERIA A bateria recebe, armazena e fornece energia elétrica para o funcionamento de diversos compo- nentes do veículo. O mau uso ou mau funcionamento do motor ou dos componentes elétricos compromete o estado da bateria. O motor de partida consome muita energia. Então, se o motor do veículo não ligar rapidamente, continuar insistindo consumirá a bateria. Cada tentativa de ligar o motor deve durar até 7 segundos, com intervalos de 20 segundos entre uma e outra. Assim, você protege o veículo de uma possível pane elétrica. Se a luz indicadora da bateria no painel acender com o motor em funcionamento, pode significar que a correia do alternador tenha se rompido. Nesse caso, desligue o veículo e providencie a troca da correia antes de religá-lo. Solicite a uma pessoa habilitada para manusear a sua bateria, evitado, assim, risco de acidentes. Você deve tomar cuidados espe- ciais com os olhos elavar as mãos em seguida. 2424 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA RESPONSABILIDADE COM MANUTENÇÃO O veículo sofre desgaste com o tempo, por mais cuidadoso que o condutor seja. A manutenção periódica preventiva e evita o mau funcionamento do veículo ou sua avaria. O fabricante indica a perio- dicidade para a verificação de diversos itens. Confira estas dicas: • Avalie semanalmente: níveis de água do radiador, nível de óleo de motor e óleo de freio, além de pneus, lanternas, faróis e buzina; • Respeite os prazos e as orientações do manual do proprietário e, sempre que necessário, busque um profissional habilitado; • Realize manutenções preventivas periódicas nos sistemas de arrefecimento, de alimentação, de lubrificação e elétrico. Não faça adaptações clandestinas nas instalações e nunca se distraia com cigarro, alimentação, animais ou celular quando estiver ao volante; • Se você notar que algo não funciona corretamente, não espere o problema aumentar para agir. A maioria das quebras do veículo nas vias está relacionada à falha ou falta de manutenção; • A manutenção preventiva é muito mais barata que uma manu- tenção corretiva. 26 2525 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA PAINEL DE INSTRUMENTOS No painel de instrumentos do veículo, você pode encontrar os prin- cipais indicadores para monitorar o seu veículo durante a condução. Alguns modelos mais sofisticados de automóveis possuem indica- dores com informações mais refinadas. Os instrumentos abaixo são encontrados em todos os painéis e indicam: 1. Tacômetro ou conta-giros: rotação do motor por minuto (RPM); auxilia a determinar o momento de troca de marcha; 2. Hodômetro: distância percorrida, em quilômetros, desde a fabri- cação do veículo (total), ou desde a última vez que foi zerado (parcial). Alterar o hodômetro total é um crime, de acordo com a Lei n0 8.137/1990, com pena de 2 a 5 anos de prisão; 3. Termômetro: temperatura da água de resfriamento do motor; 4. Nível de combustível: quantidade de combustível disponível no reservatório do automóvel. Alguns modelos possuem uma luz de alerta, que indica quando o reservatório está com pouco combustível. 5. Velocímetro: velocidade instantânea do veículo em km/h. Alguns painéis apresentam, ainda: • Manômetro: pressão do óleo lubrificante do motor; • Voltímetro ou amperímetro: tensão de um circuito elétrico. LUZES DE SINALIZAÇÃO E ALERTAS Os painéis também possuem luzes que têm como função alertar sobre algum defeito. Ler o manual do proprietário é muito impor- tante. Veja abaixo as características das luzes: 1 2 3 4 5 2626 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA • Vermelhas: acendem em condições críticas ou de emergência, que necessitam de reparo imediato. • Amarelas: indicam sobre um defeito que pode se agravar com o tempo, mas que não precisa de solução imediata. • Outras luzes (verdes, azuis e brancas): não indicam falhas. Na ignição, todas as luzes devem se acender por alguns segundos e apagar logo em seguida. É um procedimento rotineiro automático de checagem dos sistemas. Se alguma luz permanecer acesa, pode haver falha. As principais luzes, que devem ser verificadas antes de colocar o veículo em circulação, são: faróis, freios, pisca-alerta, placa e indicadores de mudança de direção e de marcha à ré. Luz Significado Falha no airbag, que poderá não funcionar em caso de acidente. Em alguns veículos, a luz do airbag é amarela (advertência). Quando o nível de fluido de freio atinge um valor mínimo de segurança (pode indicar também vazamento ou desgaste de pastilha) e/ou o freio de estacionamento (freio de mão) está acionado. Alguns carros trazem uma luz para indicar que o freio de mão está acionado, exibindo um “P” em vez do “!” (ponto de exclamação). Monitora o funcionamento da bateria, do alternador (e sua correia) e o circuito de carga. Deve acender e ficar estável no momento da ignição e apagar quando o motor entrar em funcionamento. Permanece acesa enquanto algum dos ocupantes estiver sem cinto de segurança. Símbolo da principal luz de emergência do veículo. Se ela estiver acesa, haverá outra informação no painel de instrumentos. Indica que o pisca-alerta está acionado. Indica que alguma porta do carro não foi fechada corretamente. 2727 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA Luz Significado Avisa que a pressão do óleo lubrificante do motor encontra-se abaixo do mínimo necessário. Assinala um possível superaquecimento do motor, ou sua iminência. Pode acender por falta de água, falhas nos sistemas de ventilação ou em sensores. Indica possíveis falhas nos sistemas de freios ABS. Indica possíveis problemas no sistema injetor ou no catalisador, que podem causar consumo excessivo de combustível e/ou falhas na próxima ignição, entre outros defeitos. Indica que o nível do tanque de combustível está na reserva. Acende quando o desembaçador traseiro está acionado. Indica que as luzes de posição (também chamadas de “lanternas” e “luzes de esta- cionamento”) e os faróis baixos estão ligados. Indica que os faróis altos estão acionados. Aparece no painel quando os faróis de neblina são acionados. Indica mudança de direção (a seta está acionada). 2828 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA VERIFICAÇÃO DIÁRIA DOS ITENS BÁSICOS O condutor deve sempre observar o estado de conser- vação do veículo e de seus sistemas e componentes para aumentar sua segurança. A falta de manutenção do veículo é um causador de acidente. Por isso, evite transitar com os freios desregulados, com limpadores de para-brisas, faróis, pneus ou amortecedores em más condições, luzes e equi- pamentos inoperantes, rodas trincadas, falta de buzina, dentre outros. As lâmpadas queimadas aumentam o risco de acidente, especialmente ao dirigir à noite, ao frear, estacionar de ré ou transitar na chuva, cerração ou neblina. Você pode observar o funcionamento do veículo pelas indi- cações do painel ou por uma inspeção visual simples: • Faróis: verifique visualmente se todos estão acendendo (luzes baixa e alta); • Água do radiador: nos veículos refrigerados a água, veja o nível do reservatório de água; • Para-brisa: verifique o reservatório de água do sistema e troque as palhetas do limpador que estiverem ressecadas; • Desembaçadores dianteiro e traseiro: verifique se estão funcionando corretamente; • Lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de direção, luz de freio e luz de ré: faça a inspeção visual; • Freios: verifique se estão regulados e se não há presença de água no fluido de freio. PNEUS Têm a função de impulsionar, frear e manter a dirigibilidade do veículo. Siga sempre as recomendações do fabricante e confira sempre a calibragem, o desgaste e qualquer deformação. DIREÇÃO Também é responsável pela dirigibilidade, por isso, folgas no sistema podem levar o condutor a perder o controle. Devem ser feitas revisões preventivas nos prazos previstos no manual do fabricante. 2929 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA SUSPENSÃO Mantém a estabilidade do veículo. Se estiver gasta, pode causar a perda de controle do veículo. Verifique periodicamente sua conser- vação e seu funcionamento. FREIOS Desgastam-se com o uso, e sua eficiência é reduzida, podendo causar acidentes. Verifique sempre os componentes em locais especializados. Ao dirigir, evite freadas bruscas ou desnecessárias, pois elas desgastam o sistema de freios. Basta dirigir com atenção, observando a sinalização, a legislação e as condições do trânsito. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO É importante não só para você ser visto pelos outros usuários da via como também para enxergar o trajeto. Confira sempre se há faróis queimados, desalinhados ou em mau funcionamento. Além disso, evite transitar com excesso de carga, pois isso compro- mete o seu veículo e sua direção. Acomode tudo adequadamente, distribuindo e imobilizando a carga no veículo, de acordo com a capacidade. 3030 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA 1. São equipamentos dianteiros obrigatórios a todos os veículos de 4 rodas, EXCETO: a. Farol de milha. b.Espelhos retrovisores externos. c. Setas. d. Faróis dianteiros. 2. O registrador instantâneo e inalterável de velocidade é um equi- pamento obrigatório para qual tipo de veículo? a. Carros utilitários. b. Ambulâncias. c. Caminhões. d. Carros de passeio. 3. São equipamentos obrigatórios para os veículos de transporte escolar, EXCETO: a. Cinto de segurança para a árvore de transmissão. b. Cadeirinha para crianças. c. Cinto de segurança para todos os ocupantes. d. Registrador instantâneo e inalterável de velocidade. 4. De acordo com o conceito de direção em “modo econômico”, o condutor poderá economizar combustível ao: a. Manter a velocidade constante e utilizar uma rotação adequada. b. Acelerar longamente, tirar o pé do acelerador e conduzir o veículo no ponto neutro. c. Manter velocidades altas e uma marcha bem alta, pois rotações elevadas são mais eficientes. d. Acelerar lentamente, para não injetar mais combustível no motor do que o necessário. Teste os seus conhecimentos 1. Qual ação deve ser realizada para sinalizar o local do acidente? a. Bloquear o fluxo de trânsito da via com o seu veículo, ligando o pisca-alerta. b. Estacionar o veículo em local seguro, ligando o pisca-alerta, evitando bloquear o fluxo de trânsito. c. Estacionar o veículo em local seguro, evitando bloquear o fluxo de trânsito. Não é necessário ligar o pisca-alerta. d. Bloquear o fluxo de trânsito da via com o seu veículo. Não é neces- sário ligar o pisca-alerta. 2. Para sinalizar o local do acidente, você deve considerar a veloci- dade da via e as condições da pista, sendo: a. se a pista estiver seca, calcular 2 passos b. por km/h. Se a pista estiver molhada, calcular 5 passos por km/h. c. se a pista estiver seca, calcular 2 passos por km/h. Se a pista estiver molhada, calcular 1 passo por km/h. d. se a pista estiver seca, calcular 1 passo por km/h. Se a pista estiver molhada, calcular 2 passos por km/h. e. se a pista estiver seca, calcular 2 passos por km/h. Se a pista estiver molhada, calcular 3 passos por km/h. 3131 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA 5. São dicas essenciais para o condutor dirigir com segurança, EXCETO: a. Ficar, no mínimo, a 10 centímetros de distância do volante. b. Não transportar crianças ou animais de estimação entre o condutor e o volante. c. Não colocar os pés sobre o painel do veículo. d. Trafegar nas vias federais durante o dia com as luzes do farol alto acesas. 6. Qual é a função do motor de partida? a. Provocar faíscas que inflamam a mistura de ar e combustível e geram a explosão no motor. b. Completar a energia das peças e manter a bateria carregada. c. Movimentar os pistões do motor para a primeira explosão. d. Manter separados os cilindros, óleos e combustíveis, para possibi- litar o arranque do motor. 7. Quanto à estrutura dos veículos, o que é monobloco? a. É uma peça única da lataria, formada por assoalho, laterais e teto. b. É uma estrutura compacta formada por carroceria, assoalho e late- rais unidas. c. É uma peça única de assoalho, com teto, latarias e carroceria acoplados. d. É uma peça única de carroceria, unida ao teto e à lataria. 8. Qual é a função do sistema de suspensão? a. Impedir que os impactos das rodas contra o solo causem danos ao veículo. b. Absorver os impactos e vibrações das rodas quando em contato com o chão. c. Realizar o controle das molas e do sistema de rodagem do veículo. d. Suportar o peso do veículo e dar estabilidade ao sistema de rodagem. 9. Para prolongar a vida útil dos pneus, é necessário realizar certas ações, EXCETO: a. Manter o pneu calibrado com a pressão recomendada pelo fabricante. b. Realizar o rodízio dos pneus. c. Calibrar todos os pneus, inclusive o estepe. d. Reduzir a calibração ao identificar bolhas ou deformações no pneu. Re sp os ta : 1 -A , 2 -C , 3 -B , 4 -A , 5 -D , 6 -C , 7 -A , 8 -B , 9 -D 3232 MÓDULO 5 MECÂNICA BÁSICA AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. Uso do Air Bag frontal. São Paulo. Disponível em: <http://www.denatran. gov.br/download/aea_air-bag.pdf>. Acesso em: 12/01/2016. AUTO ESPORTE. Rodízio de pneus ajuda na economia de combustível. Portal G1. 24 de novembro de 2014. Disponível em: <http:// g1.globo.com/carros/especial-publicitario/ shell/mitos-e-verdades-do-combustivel/ noticia/2014/11/rodizio-de-pneus-ajuda-na-e- conomia-de-combustivel.html>. Acesso em: 12/01/2016. AZEREDO; Luiz Ernesto de; DENATRAN. Manu- tenção periódica e preventiva do veículo. Comentário do Manual de Direção Defensiva do DENATRAN. Vias seguras. Campinas, SP. 10 de outubro de 2007. 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