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Material VT - Recursos em especie

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CAPÍTULO 23
Recursos Trabalhistas em Espécie
Sumário: 1. Dos recursos típicos no processo de cognição: 1.1. Da revisão do valor da causa:
1.1.1. Conceito e previsão legal; 1.1.2. Do procedimento recursal; 1.2. Dos embargos
declaratórios: 1.2.1. Conceito e previsão legal; 1.2.2. Cabimento; 1.2.3. Procedimento e efeitos;
1.2.4. Dos embargos para fins de prequestionamento e da imposição de multa por embargos
procrastinatórios; 1.3. Recurso ordinário: 1.3.1. Previsão legal; 1.3.2. Noções
gerais/procedimento; 1.3.3. Das peculiaridades do recurso ordinário no procedimento
sumaríssimo (art. 895, §§ 1º e 2º, da CLT); 1.4. Recurso de revista: 1.4.1. Considerações
gerais/previsão legal; 1.4.2. Cabimento; 1.4.3. Uniformização de jurisprudência e recursos
repetitivos; 1.4.4. Procedimento; 1.5. Embargos no Tribunal Superior do Trabalho: 1.5.1.
Considerações gerais/previsão legal; 1.5.2. Do processamento; 1.6. Recurso extraordinário para
o Supremo Tribunal Federal: 1.6.1. Considerações gerais/previsão legal; 1.6.2. Procedimento;
1.7. Agravo de instrumento: 1.7.1. Considerações gerais/previsão legal; 1.7.2. Cabimento e
procedimento; 1.8. Agravo regimental; 1.9. Agravo interno; 1.10. Correição parcial − 2.
Recursos típicos da execução: 2.1. Recurso de agravo de petição: 2.1.1. Considerações
gerais/previsão legal; 2.1.2. Procedimento; 2.2. Recurso de revista em execução.
Após a apresentação da sistemática recursal como um todo, cabe agora
identificar os recursos aplicáveis no âmbito do direito processual do
trabalho. Nesse momento, podemos dizer que o legislador fez a opção de
determinar a espécie recursal adequada, em razão do tipo de prestação
jurisdicional que se pretende impugnar.
Por isso mesmo existem diferentes recursos aplicáveis ao processo de
conhecimento ou ao processo de cognição, sendo esse o critério que
adotamos para encadear tais hipóteses recursais. Vejamos.
1. DOS RECURSOS TÍPICOS NO PROCESSO DE COGNIÇÃO
Neste tópico, abordaremos recursos em espécie de disciplina legal
específica do processo trabalhista de cognição.
1.1. Da revisão do valor da causa
1.1.1. Conceito e previsão legal
Segundo a previsão da Lei n. 5.584/70, em seu art. 2º, nos dissídios
individuais, caso omisso ou indeterminado o valor da causa para fins de
definição da alçada, deve o juiz fixar-lhe o valor.
Todavia, caso qualquer das partes não concorde com o valor fixado pelo
juiz, poderá impugná-lo e, sendo mantida a decisão, pode ainda pedir a
revisão desta, no prazo de quarenta e oito horas, ao presidente do TRT. É o
que se depreende da redação legal:
Art. 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo
acordo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da
causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se este for
indeterminado no pedido.
§ 1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes,
impugnar o valor fixado e, se o Juiz o mantiver, pedir revisão da
decisão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do
Tribunal Regional.
§ 2º O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser
instruído com a petição inicial e a Ata da Audiência, em cópia
autenticada pela Secretaria da Junta, e será julgado em 48 (quarenta e
oito) horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal
Regional.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não
exceder de 2 (duas) vezes o salário mínimo vigente na sede do Juízo,
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será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a
conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
§ 4º Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso
caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere
o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário
mínimo à data do ajuizamento da ação.
Nota-se que a Lei n. 5.584/70 definiu a existência do procedimento
sumário, tendo acabado por criar um novo expediente recursal, desta feita
para a impugnação da decisão judicial que fixa o valor de alçada. Ou seja,
excepcionou-se a regra de que, no direito processual do trabalho, inexistem
recursos imediatos em face das decisões interlocutórias. Note-se que,
ademais, como já dissemos, o aludido valor de alçada possui relevância
como definitória do rito sob o qual a demanda irá ser processada.
Desse modo, podemos dizer que o denominado pedido de revisão é o
expediente recursal apto a reformar a decisão interlocutória do juízo de piso
que define o valor arbitrado pelo juiz à causa.
Há muitos que entendem ser de pouca valia tal expediente, na medida
em que, com o advento da Lei n. 9.957/2000, e com a criação do rito
sumaríssimo por meio da redação conferida aos arts. 852-A e seguintes da
CLT, teria havido revogação tácita da Lei n. 5.584/70, com a extinção do
denominado rito sumário.
A partir do art. 852-A da CLT, nota-se que o legislador determinou a
submissão ao rito sumaríssimo para aquelas demandas cujo valor não
exceder a quarenta vezes o salário mínimo:
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta
vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação
ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo.
Para esses, há apenas o chamado rito sumaríssimo e o rito ordinário.
Desse modo, diante da extinção das hipóteses do denominado rito sumário,
não faria sentido a previsão recursal.
Ademais, mesmo para os que entendem que não houve a revogação,
revela-se de pouco interesse prático tal recurso, porquanto apenas as
demandas cujo valor fixado fosse inferior ao dobro do mínimo legal
estariam sujeitas à consequência prática daquela decisão, qual seja, a
irrecorribilidade da sentença proferida sob o aludido procedimento, não
sendo comum a fixação do valor de alçada em tão pouca monta. Daí por
que Carlos Henrique Bezerra Leite117 indica que o valor da causa fixado em
valor igual ou inferior a dois salários mínimos seria verdadeiro pressuposto
recursal específico.
De todo modo, não se pode ignorar que é possível o equívoco do juízo de
piso, restando às partes o manejo do instrumento adequado, consoante já
decidiram as cortes pátrias:
Agravo de instrumento. Valor de alçada. No processo do trabalho a
fixação do valor da causa visa determinar o procedimento e a alçada
(art. 2º da Lei 5.584/1970). Com efeito, a Súmula 71 do C. TST orienta
que “a alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu
ajuizamento, desde que não impugnado, sendo inalterável no curso do
processo”. Igualmente, a Súmula 356 do C. TST consagrou o
entendimento de que “o art. 2º, § 4º, da Lei 5.584, de 26.06.1970 foi
recepcionado pela CF/1988, sendo lícita a fixação do valor da alçada
com base no salário mínimo”. Diante disso, verificando-se que o valor
de R$ 500,00 atribuído à causa (f.), que interessa para os fins previstos
na Lei 5.584/1970 e que foi considerado pelo juízo sentenciante para
fixação das custas (f.), era inferior a dois salários mínimos por ocasião
do ajuizamento da ação, a ação é de alçada, sendo, portanto,
irrecorrível. Ressalta-se que a alçada recursal no processo do trabalho,
tanto quanto à irrecorribilidade de certas decisões ou quanto à
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utilização do salário mínimo como base de cálculo para a sua fixação,
não foi extinta pela Constituição Federal, que ainda admite instância
única, como se depreende do disposto nos arts. 103, III, e 105, III.
Assim, no caso em análise, ante o valor atribuído à causa, o processo é
da alçada exclusiva do órgão de primeira instância, nos termos do § 4º
do art. 2º da Lei 5.584/1970 (SP 00113-2009-030-02-01-5, rel. Marcelo
Freire Gonçalves, 12ª Turma, j. 10-9-2009, data de publicação: 25-9-
2009).
1.1.2. Do procedimento recursal
No atinente ao procedimento recursal, como já vimos acima, a Lei n.
5.584/70 tentou explicitar que a impugnação ao valor fixado poderá ser
apresentada por qualquer das partes, ao aduzir razões finais, cabendo ao
juízo de primeiro grau a reconsideração ou não da decisão.
Mantidaou não a decisão, mas persistindo a irresignação da parte,
caberá a esta apresentar o pedido de revisão da decisão a fim de que o
Tribunal determine o adequado valor da causa, para fins da definição da
alçada.
O recurso correspondente ao pedido de revisão possui o prazo de
quarenta e oito horas para sua interposição, as quais devem ser contadas
seguindo o mesmo critério fixado no art. 774 da CLT.
O mesmo pedido não terá efeito suspensivo e deverá ser instruído com a
cópia da petição inicial e da ata da audiência. A redação da Lei n. 5.584/70
indica que a autenticação daqueles documentos deveria ser feita pela
Secretaria da Vara. Todavia, diante da redação do art. 830 da CLT,
conferida pela Lei n. 11.925/2009, entendemos que houve revogação tácita
do dispositivo no tocante a aludida exigência, sendo facultada ao próprio
advogado a declaração de autenticidade das cópias, o que seria suficiente
para o cumprimento da exigência legal.
O mesmo dispositivo deixa de prever, todavia, a exigência de abertura de
vistas à outra parte acerca do incidente. Na verdade, a previsão seria a de
que o expediente seria encaminhado diretamente para a presidência do
Tribunal Regional, a quem incumbiria a decisão no prazo de quarenta e oito
horas.
Não há previsão legal para a abertura de prazo para que o recorrido
pudesse se manifestar imediatamente acerca do pedido de revisão, fato
justificado em razão da necessidade de que o incidente seja apreciado em
tempo hábil para que o recorrente, caso queira, possa apresentar o recurso
em face da sentença de mérito, dado que esse recurso não objeta qualquer
outro. Ter-se-ia o diferimento do contraditório para momento posterior.
1.2. Dos embargos declaratórios
1.2.1. Conceito e previsão legal
Dos recursos mais criticados, mas ainda assim absolutamente relevante
para a materialização de uma prestação jurisdicional clara e completa, os
embargos de declaração ainda hoje possuem sua natureza recursal
contestada.
Há alguns que refutam a ideia de que tal instrumento seria,
efetivamente, um recurso, porque são submetidos e julgados pelo mesmo
órgão jurisdicional que proferiu a decisão impugnada, dentre outros
argumentos. Outros, ainda, defendem o caráter recursal da medida quando
por meio dela é possível a reforma da decisão, respeitando-se inclusive o
preceito do contraditório. Mas não é só. Havia, ainda, resistência de alguns
quanto à aplicabilidade, no âmbito da Justiça do Trabalho, dos embargos
declaratórios, dada a então ausência de previsão na CLT a respeito do
expediente.
Somente a partir da alteração da CLT, com a inclusão do art. 897-A no
texto consolidado, é que enfim a dúvida acerca da aplicabilidade ou não
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desse expediente restou dissipada, porquanto passou a ser expressamente
previsto:
Art. 897-A. A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão,
no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira
audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na
certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão
e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos
pressupostos extrínsecos do recurso.
§ 1º Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a
requerimento de qualquer das partes.
§ 2º Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente
poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e
desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3º Os embargos de declaração interrompem o prazo para
interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando
intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua
assinatura.
Enquanto inexistia aquela previsão legal, os que admitiam o expediente
entendiam que a hipótese seria a de aplicar as previsões do então art. 535
do CPC/73, subsidiariamente, correspondente ao atual art. 1.022 do CPC:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão
judicial para:
I − esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II − suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III − corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I − deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II − incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
O TST deixou claro, no do art. 9º da Resolução n. 203/2016, a opção
política do Tribunal quanto à compreensão do sistema processual
trabalhista, admitindo a aplicação supletiva do art. 1.022 do CPC ao
processo laboral. A partir daquelas previsões, tanto a celetista quanto a do
CPC, podemos dizer que os embargos de declaração são o remédio
processual destinado a corrigir qualquer decisão judicial, seja omissa,
contraditória ou obscura. Sim, embora uma análise apressada pudesse nos
fazer acreditar ser cabível o recurso de embargos de declaração apenas
quando houvesse obscuridade, contradição ou omissão em sentença ou
acórdão (art. 897-A), na verdade, parece cabível aludido recurso contra
qualquer decisão judicial, inclusive as interlocutórias e os despachos118. Pelo
menos esse parece ser o mais adequado entendimento acerca da matéria.
Tal conclusão, inclusive, poderia ser observada a partir da redação conferida
pela Súmula 421 do TST, em que se aceita expressamente a apresentação
de embargos em face de decisão interlocutória:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA
DO RELATOR CALCADA NO ART. 932 DO CPC DE 2015. ART. 557 DO
CPC DE 1973.
I – Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator
prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a
parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e,
não, modificação do julgado.
II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática,
cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em
face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual,
submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do
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recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões
recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do
CPC de 2015.
Todavia, deve-se alertar que há quem aponte o entendimento no sentido
de serem incabíveis os embargos de declaração em face das decisões
interlocutórias119, fundado no exclusivo critério da regulamentação
infraconstitucional do aludido recurso. Tal compreensão não é imune a
críticas, dado que todo provimento jurisdicional merece ser inteligível para
cumprir o requisito da fundamentação (art. 93, IX, da CF/88).
A fim de consagrar a superação daquela compreensão, cumpre
mencionar que durante muitos anos a jurisprudência majoritária do TST não
admitia tal recurso em face do despacho denegatório de recurso de revista,
em interpretação restritiva do art. 897, b, c/c o art. 897-A, ambos da CLT.
Tinha-se quanto àquela que sua natureza seria a de mero despacho, e os
despachos seriam irrecorríveis. É o que se depreendia da redação da OJ 377
da SDI-I, atualmente cancelada:
Embargos de declaração. Decisão denegatória de recurso de revista
exarado por presidente do TRT. Descabimento. Não interrupção do
prazo recursal. – Não cabem embargos de declaração interpostos
contra decisão de admissibilidade do recurso de revista, não tendo o
efeito de interromper qualquer prazo recursal.
O cancelamento daquela orientação jurisprudencial, aliado às previsões
da Instrução Normativa n. 40/2016, dá conta da compreensão de que são
cabíveis os embargos de declaração em face de qualquer decisão
jurisdicional, inclusive os despachos (art. 1º, § 1º), a partir do
reconhecimento da aplicabilidade do art. 1.022 de forma integral ao
processo do trabalho, e a consagração daquilo que se denomina “princípio
da ampla embargalidade”120, sendo suficiente que a decisão impugnada
contenha os vícios indicados.
1.2.2. CabimentoO recurso de embargos de declaração possui intrigante associação entre
suas hipóteses de cabimento e as hipóteses em que o recurso seja
procedente. Evidente que os âmbitos de cabimento e de procedência
recursal são diferentes. Todavia, o próprio legislador acabou por fundi-los
na hipótese dos declaratórios, fato que ocasiona diversas dificuldades
práticas.
De todo modo, podemos dizer que, quanto ao cabimento, seguindo
essencialmente as hipóteses previstas nos arts. 1.022 do CPC e/ou 897-A da
CLT, ter-se-á, em síntese, como cabíveis os declaratórios quando houver na
decisão, sentença ou acórdão omissão, obscuridade ou contradição, além da
hipótese do denominado manifesto equívoco no exame dos pressupostos
extrínsecos do recurso.
A omissão que dá azo ao recurso de embargos é aquela que diz respeito
a um ou alguns pedidos ou mesmo argumentos suscitados pelas partes. Não
houve pronunciamento jurisdicional acerca de tese, fato ou pedido relevante
para a integral prestação jurisdicional. Cumpre reafirmar que não há
distinção daquilo que se denomina omissão no âmbito do processo laboral,
em relação ao processo civil. Visando delimitar conceitualmente em que
consistiriam as omissões, o legislador assim consignou, no âmbito do CPC,
aplicável:
Art. 1.022. (...)
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I − deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao
caso sob julgamento;
II − incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. (...)
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Art. 489. (...)
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I − se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
II − empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o
motivo concreto de sua incidência no caso;
III − invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão;
IV − não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V − se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o
caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI − deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Sobre a omissão, é possível identificar que sua ocorrência poderia
autorizar não apenas a oposição de embargos de declaração, mas mesmo a
interposição de recurso ordinário, suscitando-se como preliminar a nulidade
da decisão, ou mesmo a proposição de ação rescisória, sob o fundamento
da violação aos arts. 141 e 492 do CPC. Segundo o entendimento
consolidado pela SDI II, em sua OJ 41, a hipótese é de sentença citra
petita, cuja cindibilidade é reconhecida:
41. AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA “CITRA PETITA”. Revelando-se a
sentença “citra petita”, o vício processual vulnera os arts. 141 e 492 do
CPC de 2015 (arts. 128 e 460 do CPC de 1973), tornando-a passível de
desconstituição, ainda que não interpostos embargos de declaração.
Há que falar ainda na hipótese de obscuridade, ou seja, quando não fica
claro qual a solução dada ao litígio pelo Judiciário, conceito que guarda a
mesma coerência, no processo laboral, em relação ao sistema do direito
processual civil. Ademais, é hipótese recursal ainda quando se está adiante
de contradição, ou seja, quando o pronunciamento jurisdicional contém em
si premissas ou conclusões incompatíveis.
No tocante ao denominado manifesto equívoco no exame dos
pressupostos extrínsecos do recurso, hipótese específica do art. 897-A da
CLT, sua ocorrência se expressa quanto àquele erro perceptível de plano,
que, para sua retificação, não demanda maiores divagações ou reflexões.
Com efeito, o manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos
corresponde à verificação do cumprimento dos aludidos pressupostos por
simples e mera constatação daquilo que, de fato, há nos autos, na análise
da tempestividade, representação, autenticidade e preparo, por exemplo.
1.2.3. Procedimento e efeitos
Os embargos são cabíveis no prazo de cinco dias, assim como previsto no
CPC e no art. 897-A da CLT. Até o advento da Lei n. 9.957/2000 havia
grande polêmica acerca do prazo aplicável, dado que o art. 6º da Lei n.
5.584/70 indicava o prazo de oito dias para interpor ou contra-arrazoar
qualquer recurso. Com a fixação expressa do prazo no art. 897-A da CLT, tal
discussão foi superada.
No tocante aos efeitos, os embargos possuem dois efeitos importantes,
quais sejam: o de interromper o prazo do recurso principal e o de
eventualmente modificar, ou conferir efeito infringente ao recurso, em razão
da sanação do vício apontado. De outro lado, deve-se alertar por igual que
os embargos não possuem, de regra, efeito suspensivo (art. 1.026 do CPC).
Todavia, não se pode ignorar que poderá ser conferido o efeito suspensivo
pelo juiz ou relator (§ 1º do art. 1.026 do CPC).
No tocante ao efeito interruptivo, devemos nos socorrer da hipótese
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expressa no art. 1.026 do CPC e no § 3º do art. 897-A da CLT. Ou seja,
tendo havido a apresentação de embargos de declaração regular, ter-se-á a
interrupção do prazo para a apresentação do recurso principal, em relação a
todas as partes.
Todavia, deve-se destacar que, para que haja o aludido efeito é preciso
que os embargos sejam regulares, que sejam conhecidos pela instância
julgadora. Na hipótese de intempestividade, irregularidade de
representação do advogado ou ausência de autenticidade da peça, estar-se-
ia diante de evidente inviabilidade daquele efeito. É o que se depreende da
redação legal em que se fixa, com clareza, que os embargos de declaração
interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das
partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou
ausente sua assinatura.
Há movimento na doutrina e jurisprudência no sentido de que os
embargos não conhecidos por pretensa inadequação (ausente uma das
hipóteses de cabimento) não teriam o condão de interromper o prazo
recursal. Todavia, parece que esse entendimento é equivocado na medida
em que, embora improcedentes os embargos, para que se apure a
existência de omissão, contradição ou obscuridade, no particular,
inequivocamente estar-se-ia diante da análise do próprio mérito do recurso.
Assim sendo, tendo havido análise do recurso, ensejaria a interrupção do
mesmo prazo.
Ademais, com base na redação do § 3º do art. 897-A parece que a
interpretação restritiva não deve ser a adotada, considerando que a própria
lei definiu quais seriam as hipóteses em que não teria havido a interrupção
do prazo recursal.
Em relação ao denominado efeito modificativo dos declaratórios, trata-se
daquele que enseja possível alteração, seja quanto às premissas, seja
quanto às conclusões do julgado, em razão do provimento do recurso
horizontal. Por meio do efeito modificativo ou infringente, tem-se a
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possibilidade de alteração, de reforma da decisão embargada, mesmo que
em princípio esse não seja o objeto dos embargos declaratórios.
Note-se que a previsão do art. 897-A indica as hipóteses em que seja
cabível o aludido efeito modificativo, não se excluindo, para o processo do
trabalho, a obscuridade como hipótese de cabimento dos embargos
declaratórios, na forma do art. 1.022, I, do CPC.
Notadamente nas hipóteses em que seja possível a imposição de efeito
modificativo do julgado, a fim de que se preserve o contraditório e a ampla
defesa, é elementar que seja intimado o embargado para, querendo,
manifestar-se, no prazo de cinco dias, sobre os embargos opostos, caso seu
eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. Trata-
se do cumprimento do quanto previsto no art. 1.023, § 2º, do CPC. Tal
opção normativa reafirma o entendimentoconsolidado do TST no sentido
de que se deve conceder vistas, obrigatoriamente, à parte embargada, na
hipótese de se vislumbrar algum efeito modificativo no recurso. É o que se
depreende da OJ 142 da SDI-I do TST:
142. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITO MODIFICATIVO. VISTA
PRÉVIA À PARTE CONTRÁRIA. É passível de nulidade decisão que
acolhe embargos de declaração com efeito modificativo sem que seja
concedida oportunidade de manifestação prévia à parte contrária.
Deve-se ressaltar, ademais, que, com a redação legal do art. 1.023 do
CPC, não parece apenas passível de nulidade a decisão que acolhe os
declaratórios. Na verdade parece necessariamente viciada a decisão
proferida sem conceder vistas à parte embargada quando os embargos
forem manejados em sede de sentença ou de outra decisão de primeiro
grau.
Encontra-se ultrapassada a compreensão de que a concessão obrigatória
de vistas à parte contrária seria necessária apenas em sede de embargos
de declaração perante o Tribunal Regional, sendo desnecessária sua
concessão em face dos embargos opostos contra a sentença.
Isso porque, segundo a previsão do § 2º do art. 897-A, na redação que
lhe conferiu a Lei n. 13.015/2014, eventual efeito modificativo dos
embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de
vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo
de cinco dias.
Dado o caráter impositivo da aludida redação, desde aquela alteração
parece imperiosa a concessão do efeito modificativo apenas depois de
ouvida a parte embargada, não havendo razões para excepcionar tal
disciplina em relação às decisões proferidas em primeiro grau de jurisdição.
A petição dos embargos é dirigida ao relator do recurso, ou ao juiz da
causa, com a indicação da(s) hipótese(s) de cabimento do recurso,
observado o prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.
Note-se, que em relação às pessoas jurídicas de direito público, o prazo
para opor embargos é em dobro (art. 183 do CPC, c/c o art. 1º, III, do
Decreto-lei n. 779/69), aplicável tal qual consolidado pelo TST por meio da
OJ 192 SDI-I:
192. Embargos declaratórios. Prazo em dobro. Pessoa jurídica de direito
público. Dec.-lei 779/1969. – É em dobro o prazo para a interposição de
embargos declaratórios por pessoa jurídica de direito público.
Não há preparo. Os embargos devem ser decididos no prazo de cinco dias
(art. 1.024 do CPC) ou na primeira audiência ou sessão subsequente a sua
apresen​tação (art. 897-A, caput, da CLT). Sendo prazo impróprio, dado que,
para o juízo, a desobediência a ele não implicará qualquer irregularidade
para o processo.
O pedido a ser formulado nesse recurso será, necessariamente, o
preenchimento, aclaramento ou correção dos termos da decisão. Não há
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audiência, assim como não há previsão de sustentação oral.
Na hipótese de manejado o recurso perante o Tribunal, o relator
apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto.
Não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta
automaticamente (art. 1.024 do CPC).
Ademais, quando os embargos de declaração forem opostos contra
decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em Tribunal, o
órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. Ou
seja, sendo a decisão embargada meramente monocrática, preserva-se ao
juízo, também monocraticamente, a apreciação dos declaratórios. Em
sentido oposto, sendo embargada a própria decisão colegiada, deve-se, por
igual, respeitar o quórum para apreciação do recurso horizontal.
1.2.4. Dos embargos para fins de prequestionamento e da imposição de multa
por embargos procrastinatórios
Como já vimos, consolidou-se na jurisprudência brasileira a exigência do
denominado prequestionamento para fins do conhecimento da medida
recursal pela instância extraordinária.
Diante dessa realidade, exige-se que a instância inferior tenha
previamente se pronunciado acerca de determinada matéria para que o
Tribunal Superior possa se pronunciar na instância extraordinária.
Daí por que há diversos verbetes sumulares, sejam do STF ou mesmo do
TST, tratando da matéria, admitindo a oposição de embargos de declaração
com o propósito de prequestionamento das matérias que se pretende
reformar.
A legislação visou disciplinar de algum modo a utilização dos
declaratórios com o efeito de prequestionamento. O TST, de outro lado, não
deixou dúvidas quanto à aplicação do art. 1.025 do CPC ao processo laboral
(art. 9º da IN 203/2016).
marco
Realce
Em sendo assim, deve-se considerar incluídos no acórdão os elementos
que o embargante suscitou, para fins de prequestionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o Tribunal
Superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade, tal
qual previsto no art. 1.025 do CPC.
As Súmulas 282 e 356 do STF assim dispõem a respeito:
Súmula 282. É inadmissível o recurso extraordinário, quando não
ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.
Súmula 356. O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram
opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.
Por sua vez, a jurisprudência do TST também tratou do assunto:
Súmula 297, do TST. Prequestionamento. Oportunidade. Configuração.
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão
impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito.
II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido
invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando
o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso
principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não
obstante opostos embargos de declaração.
Diante do aludido tratamento, em muitas oportunidades as partes
pretendem, indiscriminadamente, o manejo dos embargos declaratórios,
com o fito de atender ao entendimento do E. TST. Todavia, é preciso
parcimônia, principalmente porquanto o prequestionamento não é uma das
hipóteses de cabimento dos embargos declaratórios.
Na verdade, parecem cabíveis os declaratórios para fins de
marco
Realce
marco
Realce
prequestionamento apenas quando tiver sido suscitada determinada
matéria em sede do recurso principal, em relação à qual seria necessária a
manifestação pelo juízo recorrido, mas não houve pronunciamento acerca
da mesma matéria. Assim estaria configurada a omissão, o que autorizaria
o manejo dos declaratórios.
Todavia, não há necessidade do prequestionamento quando a violação
do direito surgir na própria decisão recorrida121. Tampouco há falar em
cabimento dos declaratórios quando não houve alusão a determinada
questão no recurso principal. A partir da Súmula 297, II, desde que a
matéria haja sido invocada no recurso principal, incumbe à parte
interessada suscitar o pronunciamento expresso do Regional a respeito, sob
pena de preclusão. Em não havendo sido suscitada a questão jurídica,
incabível o manejo dos declaratórios, por ausente quaisquer de suas
hipóteses de cabimento.
Tendo sido suscitada a matéria no recurso principal, omisso o Regional,
cumpre à parte a apresentação dos embargos declaratórios. Se ainda assim
mantido o não pronunciamento a respeito da matéria pelo Regional, o TST
considera devidamente prequestionada a matéria.
Tal compreensão foi a consagrada, inclusive, pelo CPC, tal qual já
indicamos. Assim, em tendo havido os embargos de declaração,
independentemente do pronunciamento pelo Tribunal acerca do tema, ter-
se-á como prequestionada a matéria (art. 1.025 do CPC).
Nesse contexto, é preciso reafirmar que não são procrastinatórios os
embargos em que se pretenda o prequestionamento. Aplicável, no
particular, o entendimento apresentado pelo E. STJ a respeito:
Súmula 98. Embargos de declaração manifestados com notório
propósito de prequestionamento não têm caráter protelatório.
A propósito dos embargos procrastinatórios, é preciso que se identifiquea intolerância à utilização dos expedientes recursais, notadamente os
embargos declaratórios, como verdadeira chicana.
Tal intuito fez com que o legislador, no CPC, editasse regras limitantes ao
exercício da prerrogativa recursal, tudo no afã de permitir a otimização da
prestação jurisdicional. É o que se depreende dos §§ 2º, 3º e 4º do art.
1.025 do CPC.
Segundo se conclui da leitura de tais dispositivos, quando
manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o
Tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao
embargado multa não excedente a 2% sobre o valor atualizado da causa.
Havendo reiteração do manejo impróprio dos declaratórios, a multa
necessariamente será elevada a até 10% sobre o valor atualizado da causa,
e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio
do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de
gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. Tal previsão não impede,
ainda, a incidência do art. 793-C da CLT, com a condenação do litigante
temerário a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a
arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou
em relação àquele excesso.
De todo modo, limita-se a possibilidade do manejo dos embargos de
declaração, que não serão admitidos se os dois anteriores houverem sido
considerados protelatórios.
O recurso manifestamente protelatório122 é aquele cuja finalidade é
unicamente a de retardar o andamento do feito. Todavia, é preciso que se
identifique que o condicionamento do depósito imediato da sanção
pecuniária para a apresentação do recurso subsequente é somente exigível
quando há a reiteração dos embargos protelatórios.
Note-se que a imposição da multa deve seguir à risca o comando dos
arts. 1.026 do CPC e 793-C da CLT, não havendo falar em incidência sobre o
valor da condenação, mas apenas sobre o valor da causa. Nesse sentido o
TST já se pronunciou:
RECURSO DE REVISTA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTAMENTE
PROTELATÓRIOS. MULTA. BASE DE CÁLCULO. VALOR DA CAUSA. O
parágrafo único do art. 538 do Código de Processo Civil de 1973,
aplicável à espécie, é claro quanto à imposição de multa “não
excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa” na hipótese
de embargos de declaração reputados manifestamente protelatórios.
Nesse contexto, o Tribunal Regional, ao cominar a referida multa sobre
o valor da condenação, e não sobre o valor da causa, violou o art. 538,
parágrafo único, do CPC/73. Recurso de revista parcialmente conhecido
e provido (TST, RR 660004120085050194, rel. Walmir Oliveira da
Costa, 1ª Turma, j. 29-8-2018, DEJT 31-8-2018).
1.3. Recurso ordinário
1.3.1. Previsão legal
O recurso ordinário é o mais amplo dos expedientes recursais no
processo de conhecimento, porquanto por meio dele é possível a
impugnação das decisões definitivas ou terminativas proferidas em dissídios
individuais. Sua disciplina encontra guarida nos arts. 893 e 895 da CLT:
Art. 893. Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: (...)
II – recurso ordinário; (...)
§ 1º Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou
Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões
interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. (...)
Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo
de 8 (oito) dias; e
	Capítulo 23 - Recursos Trabalhistas em Espécie
	1. Dos recursos típicos no processo de cognição
	1.1. Da revisão do valor da causa
	1.1.1. Conceito e previsão legal
	1.1.2. Do procedimento recursal
	1.2. Dos embargos declaratórios
	1.2.1. Conceito e previsão legal
	1.2.2. Cabimento
	1.2.3. Procedimento e efeitos
	1.2.4. Dos embargos para fins de prequestionamento e da imposição de multa por embargos procrastinatórios
	1.3. Recurso ordinário
	1.3.1. Previsão legal

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