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CORYNEBACTERIUM PSEUDOTUBERCULOSIS - MICROBIO, INTRACELULAR FACULTATIVA

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CORYNEBACTERIUM PSEUDOTUBERCULOSIS
São bastonetes, em formato de clava, gram-positivos, pequenas, imóveis e não formam esporos. A Parede celular
é típica de gram positivas com a adição de ácido mesodiaminopimélico, arabinogalactano e ácidos micólicos,
contém alto teor de lipídios. São catalase positivas e beta hemolíticas: quando cultivadas em ágar sangue aparece
com um halo de hemólise completa. São conhecidas por causar, principalmente, em ovinos e caprinos, Linfadenite
Caseosa, uma doença onde pode-se observar a formação de abscessos crônicos em linfonodos e órgãos, isso se
dá graças a capacidade da bactéria evadir o sistema imune.
Os fatores de virulência é a enzima Fosfolipase D, que é uma enzima que age como exotoxina e os lípidos da
parede ceular, principalmente o ácido micólico, que dão a capacidade de resistir à degradação lisossômica
fagocítica.
A fosfolipase D - tem ação de exotoxina, é uma enzima que hidrolisa esfingomielinas da membrana de células
hospedeiras, contribuindo para a disseminação da infecção. A Fosfolipase D também atua sobre o endotélio
vascular, aumentando a permeabilidade e contribuindo para a disseminação do patógeno do local da infecção
primária para os linfonodos.
Os Lipídios da parede celular: A C. pseudotuberculosis contêm lipídeos na parede bacteriana, o que dificulta a
fagocitose e causa uma resposta inflamatória exacerbada por PAMPs, formam uma camada cerosa protetora,
revestindo a parede celular da bactéria. A composição da parede celular deste filo dá uma grande resistência
ambiental por longos períodos, a C. pseudotuberculosis pode ficar viável por vários dias num objeto inanimado
que foi contaminado com o pus.
 A transmissão ocorre no ambiente pelo contato de animais doentes e saudáveis, principalmente pelo exsudato,
líquido com alto teor de proteínas séricas e leucócitos, produzido como reação a danos nos tecidos e vasos
sanguíneos, além de que, o manejo deve ser muito cuidadoso, sempre havendo a limpeza dos materiais usados
em coletivo, como cortadores de unha, materiais utilizado na caudectomia etc. A infecção se inicia com a
penetração da bactéria no hospedeiro, que normalmente ocorre através da mucosa oral, nasal e através de
feridas cutâneas. Essas feridas são comuns na cavidade oral por conta do tipo da vegetação que esses animais
comem. A disseminação da bactéria pelo corpo ocorre livremente ou dentro de macrófagos, através do sistema
linfático aferente aos linfonodos locais e alguns órgãos internos e viscerais. 
Como é intracelular facultativa, esta bactéria é capaz de sobreviver e crescer em macrófagos, consequentemente,
de evadir à ação do sistema imune do hospedeiro. Os lipídeos que estão ligados à camada de peptídeoglicano,
estabilizando a membrana externa, contribuem para a sobrevivência das bactérias dentro das células fagocíticas
do hospedeiro: A camada de lipídeo protege contra enzimas proteolíticas presentes no fagolisossomo, permitindo
a disseminação do agente nos tecidos e o desenvolvimento de lesões granulomatosas, que começa com
inflamação local, atingindo os linfonodos regionais e formação de granulomas. A fosfolipase D, causando
aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos e linfáticos, facilita desta maneira a invasão bacteriana.
 Nos ovinos, a partir da infecção por via oral, respiratória e ou contaminação de feridas, a bactéria é ativamente
fagocitada por neutrófilos ou macrófagos, mas o microrganismo mantém-se viável no interior celular e é
sequestrado para os linfonodos regionais, nos quais induz a formação de múltiplos piogranulomas que podem
coalescer e formar grandes abscessos. A disseminação da bactéria pelo corpo depende da virulência da linhagem,
da carga bacteriana infectante e do sistema imune do animal. 
 Os principais prejuízos da linfadenite caseosa são a queda de produtividade de leite e carne, pois os animais
ficam magros com o gasto energético para combater a infecção, além de que há uma desvalorização de peças de
pele. Outro fator negativo é que ocorre o descante de peças e carcaças quando há a presença desses abscessos.
 Há uma vacina para essa bactéria, sendo necessária a vacinação anual. Já o tratamento da Corynebacterium
pseudotuberculosis em animais acometidos envolve o isolamento do animal infectado e a drenagem do abscesso
formado pela bactéria, presando evitar a permanência de bactérias viáveis no animal . Além disso, usa-se
antibióticos que tenham a capacidade de penetração intracelular, como a Doxiciclina. A prevenção, além da
vacinação, deve ser realizada com o manejo correto desses animais, como não utilizar um mesmo material, como
tesouras, cortadores, para todos os animais, pois a infecção ocorre assim, com o contato de animais doentes e
saudáveis.
RESUMO CORYNEBACTERIUM PSEUDOTUBERCULOSIS
Referências 
https://doi.org/10.1590/1678-5150-PVB-5630
Caseous Lymphadenitis Caused by Corynebacterium pseudotuberculosis in Alpine Chamois
(Rupicapra r. rupicapra): a Review of 98 Cases
https://caprilvirtual.com.br/dicas/carocos-nas-cabras-e-ovelhas-sera-linfadenite-caseosa-mal-do-
caroco/
https://www.frontiersin.org/files/Articles/40193/fimmu-04-00098-HTML/image_m/fimmu-04-
00098-g001.jpg
https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2021/09/29/ppm-rebanho-de-caprinos-cresceu-
4percent-em-2020-diz-ibge.ghtml
https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/201702/20104003-pncebt-folder-instrutivo-
vaci-bru-1.pdf
https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/ovino/br
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias-2022/projeto-promove-rota-de-
aprendizagem-visitando-experiencias-exitosas-no-semiarido-brasileiro
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/140479/1/INT123.pdf 
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/jspui/handle/123456789/2580
https://biocamp.com.br/noticias/diferencas-3-salmoneloses-aviarias
https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-and-biological-sciences/salmonella-pullorum
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