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7- Patologia do esôfago Topografia do esôfago Esôfago divide em 3 partes: o Cervical (C6-T1): depois da epiglote o Torácico (T1-T10) o Abdominal (T11-T12) Esôfago tem íntima relação com traqueia, com brônquio (principalmente E), artéria aorta e vasos da base, diafragma e estômago Esfíncter superior do esôfago: abaixo da cartilagem cricoide -> esôfago cervical ***Esfíncter inferior do esôfago: antes do estômago, próximo ao diafragma -> esôfago abdominal Os tumores malignos de esôfago, dependendo da sua localização (cervical, torácico ou abdominal), tem um padrão de metástase linfonodal o Terço superior: metástase p/ linfonodos cervicais o Terço médio: metástase p/ linfonodos peribronquicos ou do hilo pulmonar o Terço inferior: metástase p/ linfonodos do mediastino baixo e peri gástricos, principalmente ao longo da pequena curvatura Histologia do esôfago Mucosa: epitélio estratifico pavimentoso não ceratinizado e glândulas mucossecretoras Muscular da mucosa Submucosa com plexo de Meissner Muscular: circular interna e longitudinal externa + plexos de Auerbach Adventícia Revestimento peritoneal apenas na porção anterior do esôfago abdominal, nas outras regiões só túnica adventícia Alterações congênitas do esôfago 1:1000 recém-nascidos 40% em preamturos Associado com outras anomalias congênitas (50%) -> anomalias renais, cardíacas, do TGI Muitas podem ter reparação cirúrgica na hora do diagnostico e a maioria dos pacientes evoluem bem após a correção Atresia (ausência ou estreitamento q ñ passa nada no esôafago) e fistula esofagotraqueal (comunicação entre traqueia e esôfago) -> classificação: o TIPO A - 9% Atresia de esôfago Tem um tubo esofagiano superior, um espaço e um tubo esofagiano posterior, ou seja, tem uma parte faltando Todo o conteúdo alimentar que o RN ingerir não vai chegar no estomago, por isso o RN vai ter regurgitação, aspiração pulmonar, engasgo, cianose e até obstrui vias aéreas e levar a morte o TIPO B - 1% Atresia com fístula esofagotraquela O esôfago se une a traqueia e, após isso, não tem a continuação do esôfago até o estomago Tudo que é ingerido vai direto para a traqueia e consequentemente para os pulmões Muita aspiração, quadro de dispneia e cianose importante Se ele passa um tempo com essa fistula após o nascimento ele vai apresentar pneumonias Quadro grave o TIPO C - 85-90% Padrão de Pusset + comum Tem uma atresia de esôfago e a parte inferior se liga a traqueia e vai até o estomago Factível de correção cirúrgica (anastomose) O conteúdo gástrico (acido) regurgita para a traqueia gerando quadros de dispneia, aspiração, pneumonite química o TIPO D - 1% + raro Atresia de esôfago com ausência da porção inferior o TIPO E (TIPO H) - raro Sem atresia de esôfago. Tem fístula de comunicação entre o esôfago e a traqueia Paciente é diagnosticado mais tardiamente por ter uma comunicação do esôfago viável até o estomago Adolescente e adultos jovens que cursam com quadros de pneumonites de repetição pois uma parte do conteúdo vai até o pulmão e cianose Pode ser compatível com o desenvolvimento A sintomatologia depende do tamanho da comunicação, quanto menor a comunicação menor a sintomatologia pulmonar e, assim, mais tardiamente é feito o diagnostico Alterações congênitas do esôfago acarretam o Disfagia: bolo alimentar não desce o Vomitos: o Regurgitação o Sialorreia: criança baba demais para tentar empurrar o bolo alimentar para baixo o Perda de peso o Tosse o Dispneia o Pneumonias de repetição o Pneumonite quimica/ aspirativa: refluxo gástrico para traqueia e pulmão -> conteúdo ácido agride a árvore brônquica o Atelectasias o Cianose o Distenção abdominal: principalmente no tipo C, pois o ar sai da traqueia e vai para esôfago, chegando no estomago Alterações motoras do esôfago: acalasia Tríade: relaxamento incompleta do EEI, aumento do tônus esfíncter esofágico inferior e aperistalsia Acalasia é uma dilatação no esôfago Acalasia é mediada por uma alteração do esfíncter esofágico inferior (ele fica sempre contraído, ñ relaxa) -> consequentemente, ocorre dilatação na porção terminal do esôfago Causas: o Doença de Chagas (megaesôfago) "Mal do esôfago" Dilatação, retenção do alimento Denervacão neuronal intrínseca o Idiopática 40-50 anos de idade Neuroaptia diabética; tumores que comprimem o vago Aperistalse : diminuição da contratilidade esofagiana o Aumento do tônus basal do EEI o Relaxamento incompleto do EEI Sintomatologia: o Disfagia o Dor torácica: bolo alimentar fica parado no esôfago dilatado o Regurgitação o Azia (pirose) o Tosse o Aspiração o Pneumonias de repetição Diagnóstico : RX contrastado do esôfago -> estreitamento do EEI, o contraste vai parando em toda a alça dilatada Alterações motoras do esôfago: Hérnias de Hiato Passagem do conteúdo abdominal para a cavidade torácica através do hiato diafragmático 85% após os 45 anos (enfraquecimento muscular); + em mulheres Fatores que podem se associar ao enfraquecimento muscular e que podem levar a formação da hérnia de hiato: aumento da pressão intra-abdominal o Obesidade o Tosse frequente (pacientes com DPOC) o Vômitos de repetição o Ascite (hepatopatia) o Cifoescoliose (alterações importantes da coluna vertebral que alteram a anatomia dessa transição toraco-abdominal que leva a um aumento da pressão intra-abdominal) Classificação o TIPO 1: ESÔFAGO CURTO Esôfago + curto traciona o estômago (puxa o estomago para cima), favorecendo uma passagem de parte do fundo gástrico para a cavidade torácica o TIPO 2: PARAESOFÁGICA OU ROLAMENTO Encarceramento do estômago: pode levar a necrose daquela parte do estômago Simulação de infarto do miocárdio Leva o fundo gástrico para dentro da cavidade torácica, o esôfago abdominal continua na parte abdominal o TIPO 3: DESLIZAMENTO OU ESOFAGOGÁSTRICA Mais comum O deslizamento leva o esofago abdominal e parte do fundo gástrico para a cavidade torácica o TIPO 4: HERNIAÇÃO DO ESTÔMAGO E OUTROS ÓRGÃOS ABDOMINAIS + grave e + infrequente Uma hernia muito importante que tem a transposição dos orgaos abdominais para a cavidade torácica Sintomas: o Esofagite de refluxo o Úlcera péptica o Hemorragia: anemia ou hematêmese o Aspiração noturna (regurgitação) o Tríade de saint: hérnia de hiato, diverticulose do cólon e calculose biliar Tratamento cirúrgico: cirurgia laparoscópica Alterações motoras do esôfago: Divertículos Divertículo de Zenker Divertículo do esôfago alto/ PROXIMAL (faringoesofágico) -> transição da hipofaringe com o esôfago Mais frequente em IDOSOS Relacionado com o enfraquecimento, FROUXIDÃO MUSCULAR esofágica, faz como se fosse uma herniação tipo uma garrafa) Raio X contrastado: Divertículo epifrênico Perto do diafragma Divertículo por tração (divertículo de Rokinski) Divertículo do esôfago médio, Ppróximo ao HILO PULMONAR Mais comum em CRIANÇAS E ADULTOS Geralmente está relacionado com processos inflamatorios crônicos do pulmão (TB, bronquiectasias congênitas com infecções) Raio X contrastado Tratamento: cirúrgico -> remoção do divertículo Lacerações no esôfago -> irritação com perda da mucosa Comum na Síndrome de Mallory-Weiss Ocorre na junção esôfago gástrica (esôfago inferior) As lacerações são quadros agudos que ocorrem no esôfago distal Relacionado principalmente com o refluxo de ácido do estomago para o esôfago terminal Comum em indivíduos: o Alcoólatras o Uso de AAS e AINES o Hérnia de hiato com regurgitação do conteúdo gástrico para o esôfago o Vômitos ou esforços intra-abdominais muito importantes e agudos -> regurgitação de ácido e até bile para o esôfago provocando uma irritação aguda o Gravidez -> tem a síndrome por refluxo esofágico e aumento dapressão intra-abdominal o Paciente faz uma gastropatia aguda -> o irritante gástrico leva a um refluxo do ácido e a laceração o Quadro agudo de hematêmese em 85% dos casos o 10% das causas de hemorragia digestiva alta Varizes esofágicas Anastomoses da veia gástrica esquerda com ramos das veias esofágicas inferiores Leva a uma retenção do sangue nas veias esofagicas inferiores e, a partir dai, a dilatação das veias levando as varizes esofágicas Relacionado com hipertensão portal: represamento de sangue na veia porta -> veia esplênica (esplenomegalia) -> ascite -> hemorroidas -> cabeça de medusa. Para o sangue tentar chegar na veia cava, tem colaterais (desviar do fígado) -> veias esofágicas drenam para veia gástrica esquerda -> veia cava inferior/superior -> aumenta pressão nas veias esofágicas Causas de hipertensão portal: o Cirrose hepática (alcoólica, hepatite B, hepatite C) o Cirrose por Esquistossomose o Trombose da veia porta o Trombose da veia hepática (Síndrome de Budd- Chiari) o ICC grave (retém o fluxo na veia cava inferior, veias hepáticas) As varizes podem romper e o paciente tem uma hemorragia (HDA) -> principal complicação, pode levar o paciente a morte por hemorragia A ruptura pode ser por muitos motivos a partir do momento que o paciente possui as varizes: qualquer trauma ou irritação no epitélio pode favorecer o rompimento o Bolo alimentar -> alimento mais áspero ou duro o Conteúdo ácido do estomago regurgitado (esofagite crônica de refluxo) o Herniação Tratamento: o Balão para estancar o sangue, via esofagiana -> comprime varizes para poder programar uma eletrocauterização ou embolização das veias o Tratamento definitivo: via EDA o Cada vez menos se realiza cirurgias de ressecção Corte histológico de uma variz ulcerada com hematêmese profusa: epitélio escamoso do esôfago, com trombo em cima, vários plexos venosos dilatados (dilatações de veias em intimo contato com a mucosa), por isso que se rompe fácil Esofagites Ocorre: Ingestão de irritantes como álcool, ácidos e álcalis (suicídio) Líquidos quentes (café, chá, chimarrão) Esofagite induzida por comprimidos Tabagismo Quimioterapia (age em todas as células em fase proliferativa) Radioterapia no mediastino Doença do enxerto versus hospedeiro (GVHD) Uremia (IR) Infecções (bactérias, vírus e fungos) Associada a doenças dermatológicas (penfigoide bolhoso, líquen plano) e imunidade Doença de Chron: pode acometer desde a mucosa oral até o anus, podendo ter esofagite também (é mais raro no esôfago, mas pode ter também) Esofagites por agentes infecciosos: Os agentes mais frequentes são: monília (candida), herpes virus e citomegalovirus Diretamente relacionado com pacientes imunossuprimidos (transplantados em tratamento imunossupressor, SIDA, quimioterapia, linfomas e leucemias em tratamento ou não) -> diminuem a capacidade de combater os agentes e abre porta para as infecções Histologia de esofagite por monilia -> epitélio escamoso, muscular da mucosa, submucosa e a muscular própria do esôfago e na superfície do epitélio a colonização por cândida (seta) Histologia de esofagite por herpes -> lesão ulcerada (como herpes), as vezes dolorosa, leva a uma ulceração por ter colonização do herpes vírus, ele infecta as células epiteliais, destrói e leva a necrose e aí a ulceração Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) Refluxo anormal do conteúdo gástrico para o esôfago -> todas as pessoas em um refluxo fisiológico do conteúdo, pequeno e imperceptível, que não causa nenhum problema (não leva a irritação do esôfago), quando esse refluxo é um pouco maior (anormal) ele é considerado patológico + comum em pacientes > 40 anos 5% da pop adulta tem DRGE Alterações estruturais e funcionais do esfíncter esofágico inferior e da musculatura do hiato diafragmática -> associação de alterações, quanto maior as alterações, mais importante a DRGE, por isso ela é crônica Processo crônico, de longa duração, eventualmente de muita longa duração até ter manifestações O acometimento é, principalmente, da região do terço distal do esôfago e, em pacientes mais graves, pode acometer até o terço proximal, se o refluxo for importante, o conteúdo ácido pode chegar até na traqueia Refluxo ocorre principalmente a noite Agressão do terço distal do esôfago o Pirose o Dor torácica baixa Quando no terço proximal o Faringite o Cáries o Doenças pulmonares (aspiração) o Laringites (rouquidão e até disfonias importantes) Consequências Esofagite de refluxo Conteúdo gástrico cai no esôfago e causa esofagite Graduado de acordo com as extensões vistas no es6ofago terminal por meio da EDA Endoscopia o GRAU A: erosões menores q 5mm o GRAU B: erosões maiores q 5mm e não confluentes o GRAU C: erosões convergentes com menos de 75% da circunferência o GRAU D: maior q 75% -> esofagite gravíssima Clínica: o Queimação epigástrica e retroesternal aliviada por antiácidos (esofagite de Barrett não melhora com bloqueador de bomba de H+) o Dor dependendo do estágio da esofagite o Eructações e regurgitação o Odinofagia e disfagia o Sialorreia o Hemorragia com hematêmese Diagnóstico histológico o Hiperplasia epitelial: Hiperplasia basal (mais de 15%) Alongamento de papila (mais de 67%) -> sensibilidade diagnóstica de 60 a 90% (a hiperplasia é a marca principal, como está regurgitando o ácido a mucosa precisa se proteger e uma das formas dela fazer isso é pela hiperplasia epitelial) o Eosinófilos intraepiteliais -> 20 a 40% o Infiltração neutrofilica -> 10 a 30% o Erosão/ulceração (varia bastante, depende do grau da esofagite) -> 10 a 40% Hiperplasia bem visível com o alongamento das papilas Relação com álcool e alimentos condimentados (principalmente alimentos defumados, ricos em pimentas, conservas) -> desencadeia os quadros agudos da esofagite por estimular a secreção ácida O diagnóstico é clinico e endoscópico na maioria das vezes, mas pode ser feito diagnóstico etiológico também Esofagite de Barrett Substituição do epitélio escamoso estratificado normal do esôfago por epitélio colunar metaplásico, geralmente do tipo intestinal, mediado por uma agressão prolongada constante -> metaplasia do esôfago Pode ser "trocado" para epitélio gástrico ou epitélio intestinal, mas normalmente é epitélio intestinal Geralmente ocorre em homens > 50 anos Esta relacionado com esofagite de refluxo de longa duração -> tem a esofagite, inicialmente leva a hiperplasia do epitélio escamoso e, com o tempo (meses ou anos) o epitélio começa a ser substituído por epitélio do tipo intestinal, criando o Esôfago de Barret (intima relação entre a esofagite de refluxo e o Esôfago de Barret) Processo longo, crônico, geralmente demora anos para acontecer Diagnóstico endoscópico -> o esôfago fica com uma coloração no aspecto salmão, com uma linha limítrofe se perdendo (a transição “sobe” para o esôfago) Quando tem suspeita na endoscopia de Esôfago de Barret se faz a biópsia Metaplasia intestinal -> epitélio intestinal com células caliciformes; imagem 2 com colaração especial (células caliciformes coradas em azul) O tamanho do Esôfago de Barret é determinado pela endoscopia, ele pode ser bem pequeno ou bem extenso Quando mais tempo a pessoa fica com o Esôfago de Barret (meses ou anos), essa mucosa pode começar a sofrer displasia (alterações epiteliais, pré- neoplásicas por causa do estimulo constante da irritação), as glândulas que eram classicamente intestinal não são mais reconhecidas como intestinais, os núcleos ficam maiores, elas perdem as células caliciformes, as glândulas ficam diferentes Displasia de alto grau Esôfago de Barret é um precursor de adenocarcinoma do esôfago Faz diagnóstico a partir de endoscopia e biopsia (a biopsia é importante para ver se tem a metaplasia e sejá tem algum nível de displasia), se não tem displasia precisa tratar a causa (as alterações que levam ao refluxo (bloqueadores da bomba de próton para diminuir a acidez gástrica, se ele tem uma hérnia precisa corrigir, se ele é obeso precisa melhorar, tira tabagismo, álcool, alimentos condimentados), após isso, espera-se que ao longo do tempo, depois de meses e eventualmente anos, diminua a população de glândulas intestinais e volte a reepitelização normal do esôfago Precisa acompanhar endoscopicamente para ver a evolução Consequências: o Ulceras pépticas, principalmente se tiver mucosa gástrica no esôfago (agravante) o Displasia de alto grau -> (sempre avaliar nas biopsias) -> se faz o diagnóstico de displasia de alto grau, a conduta, por ser uma lesão precursora do adenocarcinoma, é mucosectomia via endoscópica, ou seja, resseca a mucosa doente (ressecção superficial) e tenta tratar o que levou a isso também o Adenocarcinoma de esôfago (5 a 10% dos Esofagos de Barret) -> é adenocarcinoma pois se origina no epitélio do tipo intestinal Vantagem no diagnóstico com a ressecção da mucosa via endoscópica (EMR): ao invés de fazer a biópsia pode fazer um ressecção um pouco mais ampla para fazer o diagnóstico (quanto mais material mais certo o diagnóstico é) o EMR é superior a biópsia para diagnosticar tumores gastroesofágicos superficiais, principalmente lesões maiores (maior que 10mm) o Mudança de diagnóstico (comparado a biópsia) observada em 37% dos casos -> biópsia diagnostico graus mais baixos em 21% dos casos e graus mais altos em 16% dos casos o Essas divergências ocorrem pois as biópsias são pequenas e as vezes as lesões são muito grandes Esofagite eosinofílica (EE) Pacientes com sintomas importantes de refluxo sem resposta ao tratamento com inibidores da bomba de próton -> persistiam com o quadro mesmo com o tratamento -> pq a causa não é refluxo gástrico Definida como o Sintomas apropriados, principalmente relacionados a não melhora com os medicamentos o Histologicamente: mais de 15 eosinófilos/CGA o RGE (refluxo gastroesofágico) excluído Mais comum em pacientes do sexo masculino com história de alergia e atopia (4H:1M) Disfagia crônica (desde a infância) -> dificuldade para engolir por impactação de alimento (incomoda, dói) Endoscopia: o Múltiplos anéis (felinização), sulcos ou estreitamentos da mucosa o Exsudato focal de eosinófilos Aumento de eosinófilos no sangue periférico (eosinofilia) Tudo relacionado com um padrão alérgico Histologicamente: o Semelhante ao refluxo com numerosos eosinófilos o Tipicamente mais de 20 ou 25 eosinófilos/CGA (campo de grande aumento)-> frequentemente 50-100 eos/CGA, mas pode ter até mais de 100 o Eosinofilia na mucosa pode ser focal, proximal ou distal -> não tem uma posição clássica no esôfago Epitélio escamoso e um mar de eosinófilos (células vermelhas) no meio do epitélio Comparação entre DRGE e EE DRGE EE Sexo M = F (predileção por homem mas não com tanta diferença assim) Mais comum em homens do que mulheres (M>>F Idade Comum em qualquer idade, sendo comum também em crianças (7% das consultas pediátricas) Mais comum em jovens, mas a prevalência vem aumentando recentemente Local Alterações mais comuns no terço inferior do esôfago Alterações em toda a extensão do esôfago (uniforme) Clínica Adultos: dor epigástrica com irritação Crianças: regurgitação, irritabilidade e apneia Sintomas de RGE Disfagia Impactação da comida (principalmente com carnes HIstologia Apresenta poucos eosinófilos Mínima degranulação de eosinófilos (grânulos ficam dentro do citoplasma) Apresenta muitos eosinófilos no meio do epitélio escamoso -> a marca é ter eosinófilo e em grande quantidade Muito comum ter a degranulação, liberam os grânulos em cima do epitélio Pode ter ate uma crosta, um tampaozinho em cima do epitélio escamoso de eosinófilos Patogênese Relaxamento transitório do esfíncter inferior e da musculatura do hiato diafragmático Hérnia de hiato Alimentos Resposta Th2 -> IL-4, IL-5 e IL-13 (relacionado com atopias) Eotaxina -> atrai eosinófilos para os tecidos Tratamento Medicamentos com bloqueadores de Esteroides (tratar a resposta alérgica) próton Cirurgia -> correção de hérnia de hiato, do esôfago de Barret Dieta (hipoalergênica) Sequelas Estenose Barrett Adenocarcinoma Estenose (quando o quadro é muito importante e arrastado) Neoplasia de esôfago BENIGNO Leiomiomas: tumores originados da musculatura lisa do esofago, fica abaixo da mucosa fazendo uma massa Papilomas: tumores originados de células escamosas, relativamente frequentes e relacionados com fatores irritantes como tabagismo, refluxo, álcool POTENCIAL INCERTO GIST: tumor de estroma gastrointestinal -> bem menos frequente no esôfago, mais comum no estomago e intestino; tem um potencial incerto pois possui algumas caracteristicas que falam sobre ele ser mais do polo benigno ou do polo maligno como tamanho e numero de mitoses MALIGNO Adenocarcinoma de esôfago o Diretamente relacionado a DRGE e Esôfago de Barrett de longa data (predispõe a displasia de alto grau e transformação em adenocarcinoma) o Mais presente no terço distal do esôfago (raro ter no terço médio ou proximal), por estar relacionado a DRGE e Esôfago de Barrett o TP53 é a principal alteração molecular no processo de carcinogêneas (ela começa a aparecer quando tem a displasia) o Se o tumor for restrito a mucosa pode ser tratado com mucosectomia, caso contrário não, pois ai não está apenas restrito a mucosa Metaplasia intestinal na mucosa adjacente, é possível ver um epitélio escamoso hiperplásico, com glândulas intestinais embaixo (canto direto da imagem), no resto da imagem tem uma perda total do epitélio com uma desestruturação total do epitélio com formação de glândulas mal formadas e infiltrativas, infiltrando na muscular da mucosa Carcinoma de células escamosas o Mais comum em homens do que mulheres (4H:1M) o Relacionado a álcool, tabagismo, bebidas e alimentos quentes (65°C), nitrosaminas/nitratos nos alimentos, acalasia, radioterapia prévia, HPV (regiões com alta incidência) -> álcool e tabagismo são muito importantes o A ingestão desses tipos de alimentos provoca uma irritação no esôfago e, a partir dai, ao longo do tempo, tem uma displasia que caminha para um carcinoma de células escamosas o Localização: pode ter uma distribuição ao longo do esôfago 205 no esôfago proximal 50% no es6ofagomédio/torácico, próximo ao hilo pulmonar 30% no esôfago distal o Tipos de lesões Lesões esofiticas, vegetantes, que fazem protrusão da mucosa, endoscopista ve uma massa, leva a mais sintomatologia pois vai obstruindo a luz do esôfago -> 60% Lesões planas, mais difícil o diagnóstico e muitas vezes leva o diagnostico tardio pois o paciente tem pouca sintomatologia obstrutiva -> 15% Lesões escavadas ou ulceradas, possuem menos sintomatologia obstrutiva -> 25% o Espectro do carcinoma do esôfago se inicia com uma displasia do epitélio escamoso, passando por uma displasia acentuado e se transformando em carcinoma in situ (diagnóstico nessa fase é curativo, paciente normalmente é submetido a uma mucosectomia e não a uma esofagectomia) e, após isso CEC invasivo (muito diferenciado) Clínica: sintomatologia tardia o Disfagia o Odinofagia o Obstrução o Vomitos (obstrução) o Aspiração (tem refluxo, faz aspiração e pode fazer pnuemonia de repetição) Diagnóstico o Clínica o Endoscopia com biópsia -> é quem faz o diagnóstico Tratamento o Mucosectomia em lesões precoces (sobrevida em 5 anos de 90%) -> é um tratamento via endoscópica o Esofagectomia o Radioterapia o Quimioterapia Sobrevida para adenocarcinoma avançado: 25% em 5 anos Sobrevida para carcinoma de célulasescamosas avançado: 10% em 5 anos Não tem screaning para lesões precursoras do esôfago, mas entra no das EDA para lesões precoces de câncer gástrico -> se o paciente tem um perfil para desenvolver o carcinoma com alguma doença ou outros fatores de risco devem ser acompanhados e submetidos a uma EDA a alguns anos, mas não existe um protocolo
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