Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
14- Patologia do corpo uterino ENDOMETRIOSE: predomínio de glândula ou estroma em alguma parte que não seja útero Glândulas endometriais Fase proliferativa: estrogênio -> relacionado com muitas desordens proliferativas Fase secretora: progesterona -> controla a proliferação endometrial Adenocarcinoma: só gl Endometriose: gl e estroma Imagens: Imagem 1: endométrio normal na fase proliferativa o Estroma endometrial altamente responsivo a estrógeno e progesterona o Glândulas endometriais altamente responsivas a estrógeno e progesterona o Na fase proliferativa a estimulação é muito maior por estrógeno Imagem 2: endometriose o Tecido endometrial ectópico -> componente estromal e componente glandular o Frequentemente com hemorragia -> focos de hemorragia recente (hemácias) ou hemorragias antigas (hemossiderina no meio da região estromal) Idade de maior frequência é entre 25 e 40 anos, mas pode ter em pacientes mais jovens e mais velhas e até antes da puberdade Mais comum em mulheres brancas Quadro clínico: o Dismenorréia (50%): desconforto na fase pré- menstrual ou menstrual acompanhada de cólicas -> principal o Dor pélvica (5-20%) o Infertilidade (20-30%) o Assintomáticas (1-7%) o Dispareunia, disúria, diarreia, náuseas e vômitos A mucosa tenta ciclar como se fosse o endométrio normal, no final do ciclo menstrual ela tenta descamar e tem hemorragia Localização da endometriose Ovários (superfície ou intra ovariano) -> principal Ligamentos uterinos e septo reto-vaginal Fundo de saco vaginal Peritônio pélvico Região periumbilical (regiões de cicatrizes) Colo uterino Trompa de falópio Vagina e vulva Trato urinário (parede da bexiga) Linfonodos Trato gastrointestinal Pele e subcutâneo (cicatrizes) Pulmão, mama e até em cérebro (outros locais mais distantes) Classificação da endometriose Superficial (superfície peritoneal) Ovariana Profunda (penetra 5 mm ou mais além do peritônio) Diagnóstico de endometriose Sintomatologia Ultrassonografia pélvica e transvaginal Ressonância magnética Laparoscopia e biópsia CA-125 pode ser elevado, principalmente se tiver muitos focos de endometriose Mecanismo de formação Disseminação hematogênica ou sistema linfático = a evolução da Menstruação retrograda o Disseminação do endométrio transtubária -> quando o endométrio vai descamar na fase final do ciclo ovulatório, ao invés de descamar só na cavidade uterina e ir em direção a vagina, ele pode descamar e, de forma mínima, caminhar para a tuba uterina, passa pelas fimbrias e vai se implantando, principalmente no ovário e no peritônio pélvico o A partir do momento que o tecido se implanta elas ficam ali e começam a fazer parte da estrutura que se implantou o Menstruação retrógrada ocorre em 80 a 90% das mulheres fisiologicamente, mas apenas 10% delas correm o risco de desenvolver endometriose Deportação hematogênica e linfática de tecido endometrial o Durante o período da menstruação, os restos de mucosa poderiam penetrar na via hematogênica ou linfática da mucosa endometrial e chegar até os tecidos/órgãos distantes (como se fosse uma metástase) Metaplasia do peritônio pélvico - estroma e glândula endometrial o Metaplasia endometrial no epitélio celômico (pexoteio que reveste todas as estruturas da cavidade pélvica e abdominal), a partir desse epitélio teria uma metaplasia, ou seja, uma transformação desse epitélio em um epitélio glandular ou estroma endometrial, fazendo um foco de endometriose (a presença de steam cells/células tronco para ocorrer a metaplasia, que teriam um potencial de diferenciação para uma mucosa tanto de glândula quanto de estroma endometrial nessas áreas de superfície endometrial -> explica a endometriose em crianças que ainda não menstruaram) Células tronco e células totipotentes adultas Endometriose e inflamação A endometriose está intimamente ligada com a inflação Cascata inflamatória -> principalmente a prostaglandina E2 PGE2 (causa importante da dor): inibição com anti- inflamatórios seletivos COX-2 Macrófagos -> atividade macrofágica importante Produção estrogênica independente pelo estroma endometrial: atividade da aromatase (conversão de estradiol em estrona), isso também estimula a inflamação (hiperestimulador pois o estrógeno é hiperestimulador glandular, além disso, esse estrógeno é um estimulador indireto da produção de prostaglandinas) -> endométrio normal não tem essa atividade Estrógeno mantém a atividade da endometriose pela proliferação células e é estimulado pela produção de PGE2 Resistencia à progesterona (a progesterona poderia controlar um pouco a expansão do endométrio, porém o tecido endometrial tem uma resistência natural a progesterona) Endometriose e alterações epigenéticas Hiperativação de genes que levam a alteração deles, principalmente de genes para receptores o Gene para receptores: fator 1-esteroidogenico e receptor estrogênico beta Aumenta receptores: aumenta produção de estrógeno e prostaglandinas -> resistência à progesterona Associação com adenocarcinoma endometrióide ou carcinoma de células claras -> os sítios/focos de endometriose podem evoluir para CA, não é tão comum mas acontece Mutações no gene PTEN e TP53 -> genes supressores de tumor Macroscopia Massas e nódulos Polipoide Sinais de hemorragia recente (hemácias) ou antiga (pigmento de hemossiderina) Cicatrizes (tem hemorragia, tem reparo com macrófagos) Cistos com conteúdo "achocolatado" (coloração escura por sangramento antigo) Aderências entre órgãos: endometriose peritoneal, pélvica ou abdominal (intestinal) pode gerar aderências entre órgãos (pequenos focos de peritonite e bridas) Microscopia Glândulas -> se não tiver muita estimulação estrogênica pode não ter muitas glândulas Estroma Depósito de hemossiderina Hiperplasia e atipia Carcinoma endometrióide (principalmente) e carcinoma de células claras -> raros (tumores de glândulas malignas) Sarcoma do estroma endometrial e adenosarcoma -> muito raros (tumores de estroma maligno) Dentro dos focos de endometriose pode ter hiperplasia (epitélio e glândulas mais distorcidas, hiperplásicas e dilatadas) -> são nessas hiperplasias que eventualmente pode ter atipia e uma transformação em um adenocarcinoma do tipo endometrioide, principalmente ou um carcinoma de células claras Diagnóstico diferencial Endossalpingiose -> epitélio da tuba uterina implantado na superfície ovariana, em linfonodos (epitélio glandular num linfonodo pélvico ou na superfície ovariana; o epitélio é ciliado e não tem o estroma endometrial, não pode ser confundido com metástase) Adenocarcinoma metastático Tumores ovarianos Peritonite (endometriose pode simular e até gerar uma peritonite) Tratamento: Doença cr6onica Anti-inflamatórios (principalmente inibidores de COX2) Contraceptivos orais (baixa dosagem de estrógeno), androgênicos e agonistas GnRH (inibe a hipófise para a estimulação, não produz estrógeno, é uma inibição central de bloqueios hormonais) reduzem a dor e extensão da lesão (metade dos casos retornam após a parada do tratamento) Ablação cirúrgica seguida de terapia medicamentosa (melhores resultados) -> via laparoscópica Cura de até 30% das infertilidades por endometriose (leve a moderada) em até 3 anos com a ablação cirúrgica HIPERPLASIA GLANDULAR DO ENDOMÉTRIO (lesão precursora de adenocarcinoma - tumor maligno do endométrio) Hiperplasia endometrial Aumento da proliferação glandular em relação ao estroma Relação de progressão da hiperplasia para carcinoma endometrial Estimulação estrogênica prolongada Pacientes susceptíveis: obesidade, menopausa, ciclos anovulatórios, doença ovariana policística, tumores de células da granulosa do ovário, terapia de reposição hormonal sem oposição Inativação do gene supressor de tumor PTEN e hiperplasia endometrial (encontrado em até 30% de hiperplasias endometriais e está encontrado em carcinomas endometriais) -> a proteína desse gene inibe um processo de transdução de sinal (via PI3K Akt) que ocorre no citoplasma celular, essa via estimula a proliferação celular e inibe a apoptose, uma via que depende de um fator de crescimento, ou seja, o fator de crescimento está circulando, age em um receptor de tirosina quinase na superfície citoplasmática da membrana celular da célula do epitélio glandular, essa via de sinal de transdução é controlada pelo PTEN (um dos controles), se ele estiver inativado a via de transdução é muito ativada, estimulando a proliferação celular (proliferação mais exacerbada) Mais comum na peri-menopausa, mas pode ocorrer em jovens e pós-menopausa Marca: sangramento uterino anormal (não relacionados com os períodos menstruais) e/ou infertilidade se for pré-menopausa Diagnóstico Histeroscopia com biópsia ou curetagem (endoscópio transvaginal) o A mucosa ficar hiperplásica (gordinha) o Algumas áreas de sangramento o Realiza biópsia ou curetagem para avaliar Modelos de hiperplasia glandular do endométrio (pós-biópsia ou curetagem) Essa divisão em modelos é feita pós biópsia ou curetagem -> toda hiperplasia é preocupante em relação a carcinoma, por isso, a maioria das mulheres vão para a histerectomia (hiperplasia com atipia são as mais preocupantes, sendo complexas ou não) Hiperplasia simples sem atipias (raro progredir para carcinoma) o Glândulas endometriais dilatadas, em números maiores sem atipia, camada única de células e de núcleos celulares com bastante estroma entre as glândulas Hiperplasia com atipias (8% progridem para carcinoma) -> são as mais preocupantes o Hiperplasia com núcleo em cima de núcleo (núcleos sobrepostos com figuras de mitose), glândula próxima de glândula com pouco estroma -> complexidade e atipia glandular Hiperplasia complexa sem atipias (3% progridem para carcinoma) Hiperplasia complexa com atipia (20 a 45% apresentam adenocarcinoma endometrióide na histerectomia) Tratamento Hiperplasia simples sem atipia o Não precisa de uma histerectomia o Muitas vezes apenas o tratamento clinico resolve e, após uma curetagem, resolve o problema o Prognóstico favorável Hiperplasia complexa sem atipia o Não precisa de histerectomia o Tratamento com bloqueio hormonal (progesterona) ou curetagem o Prognóstico muito favorável Hiperplasia simples com atipia o Histerectomia -> tratamento de escolha o Prognóstico pior que as sem atipias Hiperplasia complexa com atipia o Histerectomia: tratamento de escolha principalmente nas mulheres que não vão engravidar mais o Mulheres jovens: progestina (bloqueio hormonal intenso nessa hiperplasia, já que ela é muito mediada por estrógeno) -> feito em mulheres jovens para não perderem a chance de engravidar, mas precisam fazer controle rigoroso desse endométrio para não se transformar em adenocarcinoma o Tratamento com progesterona (progestina): tratamento clínico tem risco muito grande 50% persistência da lesão 25% recorrência 25% evolução para carcinoma o É o pior prognóstico Quando tem atipia pe necessário avaliar toda a mucosa pois pode existir um adenocarcinoma precoce, por isso faz histerectomia, só a biopsia ou a curetagem pode não ser suficiente para visualizar todo o endométrio ADENOCARCINOMA DO ENDOMÉTRIO Epidemiologia Raro antes dos 40 anos Incidência maior entre 55 e 65 anos Tumor invasivo mais frequente no trato genital feminino no mundo 7º câncer mais frequente na mulher Carcinoma do endométrio Classificação clinicopatológica e molecular divide em carcinomas do endométrio tipo 1 e tipo 2 o Tipo 1: baixa agressividade o Tipo 2: alta agressividade Fatores de risco Idade: pós menopausa Estrógeno: terapia de reposição hormonal sem oposição (sem dose adequada de progesterona), menarca precoce (maior exposição estrogênica) e menopausa tardia (fica ovulando e entrando em contato com estrógeno por mais tempo), nuliparidade (nunca teve filhos, não tem bloqueio de ovulação), anticoncepcional sem oposição (sem dose adequada de progesterona) Hiperplasia atípica Uso de tamoxifem em pacientes com historia de CA de mama e ovário (tamoxifem bloqueia os receptores de estrógeno na mama mas estimula os receptores de estrógeno no endométrio) -> precisa fazer um controle ginecológico rigoroso Síndrome de Lynch (instabilidade de microssatélites em genes de reparo do DNA) ou câncer colorretal hereditário não poliposo (HNPCC) -> podem cursar com canceres em outros locais, entre eles o de endométrio, ovário, pâncreas, vias biliares e estomago Sintomas Sangramento vaginal anormal na pós-menopausa ou entre as menstruações (90% dos casos) -> alerta grande Dor na região pélvica Massa na pelve OBS: sangramento pós menopausa = pensar primeiro em adenocarcinoma de endométrio Diagnóstico US transvaginal e pélvica -> alteração básica: espessamento do endométrio (acima de 5mm de espessamento da mucosa endometrial na pós menopausa) RNM e tomografia -> métodos complementares quando já se tem o diagnóstico pelo US para fazer um estadiamento, principalmente pélvico Biópsia por aspiração do conteúdo via vaginal -> biópsia quando o US deu alteração Histeroscopia com biópsia Curetagem Carcinoma endometrióide tipo 1 Entre 55 e 65 anos 80% dos casos -> mais frequente Contexto da hiperplasia glandular endometrial com atipia na maioria das vezes (espectro da evolução) Fatores de risco: obesidade, diabetes ou intolerância à glicose, HAS, infertilidade e estimulação estrogênica -> pacientes com perfil de síndrome metabólica, na gordura periférica pode ter a conversão de estradiol em estrona a partir de andrógenos, estimulando a produção de estrogênio (hiperestrogenismo) Geralmente diagnóstico em estádio inicial com melhor prognóstico Tipo I -> dependente de estrógeno Mutações clássicas: múltiplo espectro de mutações com progressão (carcinogênese clássica) o Mutação do PTEN (30 a 80%) -> também acompanha a hiperplasia com atipias o Mutação de PI3K (40%) -> oncogene que passa estímulos independente de estímulos externos o Instabilidade de microssatélites levando a alterações de gene de reparo (síndrome de Lynch, HNPCC) o K-ras e beta-catenina o HNPCC (Sd. De Lynch) o TP53 (evento tardio) -> está mais relacionado com o tipo II Modelo de progressão: hiperestimulação estrogênica importante + mutações Classificação em relação ao grau histológico -> é importante para ditar prognóstico e terapia complementar o Grau I: bem diferenciado -> formação de glândulas verdadeiras, facilmente reconhecidas, não muito complexas (melhor grau em relação ao prognóstico) o Grau II: arquitetura mais complexa glandular, não forma glândulas tão abertas, as vezes tem arranjos mais sólidos glandulares, existe uma complexidade o Grau III: predomínio (acima de 50% da avaliação histológica) tem um padrão sólido, ou seja, massas celulares sem formar glândulas (pior prognóstico histológico) Os tumores que infiltram até metade do miométrio é um estadiamento e os tumores que infiltram além da metade do miométrio é outro estadiamento Carcinoma endometrial tipo 2 Mulheres acima de 65 anos 20% dos carcinomas Endométrio atrófico -> nasce a partir de um endométrio atrófico Não relacionado com estrógeno (maior diferença entre o tipo I e tipo II) Tumores de alto grau (grau 3) -> evoluídos, agressivos Pior prognóstico Frequente disseminação para cavidade pélvica Mutação do gene TP53 Dividido em: o Carcinoma intraepitelial do endométrio -> pode se iniciar com intraepitelial e depois se tornar seroso o Adenocarcinoma seroso (infiltra através de papilas) o Carcinoma de células claras (raro) Modelo de progressão: não tem muita mutação: a marca é o p53 (p53 anômala: o normal é ser produzida e rapidamente ser degrada -> quando está mutada, ela se acumula e pode ser vista pela imunoistoquímica) Características tipo 1 X tipo 2 P53: não endometrioide PTEN: endometrioide Receptores de estrógeno e progesterona: endometrioide Classificação molecular Tipo 1: ultramutado : grande nº de mutação em vários gene. Corresponde a neoplasias com alto grau histológico, muitos linfócitos de permeio. Prognóstico favorável (se dá bem com a imunoterapia) Tipo 2: hipermutado. A maioria dos carcinomas do tipo 1 de alto grau, com instabilidade de microssatélites e prognóstico intermediário Tipo 3: baixa taxa de mutação, com estabilidade de microssatélites e mutações no gene da beta- catenina, que corresponde à maioria dos adenocarcinomas endometrioides de qualquer grau, com prognóstico intermediário Tipo 4: alto nº de cópias, com mutações no gene TP53, instabilidade cromossômica, amplificação de vários genes e aberrações genéticas. Corresponde ao carcinoma do tipo 2, principalmente o carcinoma seroso ou o carcinoma misto, com pior prognóstico Estadiamento dos carcinomas do endométrio Fatores de risco para recaídas pós- cirurgia Aspectos histológicos e clínicos que determinam o tratamento (quimioterapia e radioterapia complementar além da histerectomia) Grau histológico e infiltração do miométrio determina alguns aspectos de risco Pacientes de baixo risco ficam apenas com a histerectomia, pacientes de risco intermediário devem ser avaliados caso a caso e paciente de risco intermediário alto e risco alto fazem histerectomia e algum outro tratamento complementar Taxa de sobrevida Ótima sobrevida global em 5 anos Prognóstico Relacionado com grau histológico dos adenocarcinomas endometrióides tipo I o Grau I histológico: 80% em 5 a 10 anos o Grau II histológico: 60-75% em 5 a 10 anos o Grau III histológico: 50% em 5 a 10 anos Adenocarcinomas serosos e de células claras (tipo II) -> são sempre de alto grau histológico (grau 3) -> possuem um pior prognóstico, a sobrevida cai bastante e precisa avaliar o tipo histológico Adenocarcinoma misto (tipo 1 e tipo 2 com mais de 5% do tipo 2 MIOMÉTRIO Leiomioma (tumor da musculatura lisa do útero- miométrio) Tumor mais comum do útero Até 70% das mulheres podem ter Adolescência até a menopausa -> espectro grande de incidência Depende de hormônios -> dependendo do ciclo ovulatório ele pode aumentar (hiperestimulação estrogênica e até progestênica) ou diminuir, nesse contexto de aumentar e diminuir tem a sintomatologia Sintomas: o Sangramento uterino o Dismenorreia o Sensação de peso na pelve (principalmente se o tumor for grande) Depende da localização e tamanho (variável) Localização: o Sub-seroso: logo abaixo da superfície uterina o Intramural: no meio do miométrio o Sub-mucoso: lobo abaixo do endométrio e podem fazer projeções para a cavidade uterina Comprimir órgãos adjacentes: ureter, bexiga -> gera distúrbios em outros órgãos Prejudicar a gestação e ser causa de aborto, principalmente os grandes e submucosos Submucosos podem torcer e necrosar (necrose isquêmica) quando fazem um pólipo para a cavidade uterina: “mioma parido” -> são eliminados pela vagina Macroscopia: tumores rígidos, firmes, bem delimitados e esbranquiçados de uma maneira geral, eventualmente podem ocorrer cistos e necrose central (se ele crescer muito por causa da hiperestimulação hormonal e a vascularização não acompanhar ele necrosa no centro, mas não quer dizer que é maligno) Tumores de miométrio Leiomiomas -> muito difícil leiomiomas se tornarem malignos ao longo do tempo, podem aumentar ou regredir ao longo do tempo, leiomiomas não tem mitoses Leiomiomas celulares (células bizarras, não são malignos mas assustam na histologia) Leiomiomas atípicos -> é aceito até 5 a 10 mitoses por campo de grande aumento, são leiomiomas que preocupam histologicamente Leiomiossarcoma: atipia, necrose tumoral (não é necrose central do leiomioma por causa do crescimento), celularidade aumentada e mitoses acima de 10 por campo de grande aumento; ele corresponde menos de 1% de todos os tumores de corpo uterino (frequência muito baixa) Histologia Leiomioma o Feixes musculares lisos bem definidos -> organização paralela o Núcleos pequenos, alongados e bem organizados Leiomiossarcoma o Proliferação celular que não forma mais feixes, é desorganizada e vai infiltrando o miométrio normal, não tem um limite definido o Muitos núcleos e desorganizados, com tamanhos diversos (atipias nucleares) o Grande celularidade o Atipias celulares e nucleares o Alto índice mitótico
Compartilhar