Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mitocôndrias Definição: é uma das organelas oxidativas, são organelas complexas presentes nas células eucarióticas e tem como função produzir a maior parte da energia das células (ATP), por meio do processo chamado respiração celular. Se utiliza de moléculas orgânicas (açucares, lipídeos e proteínas) para produzir energia na forma de ATP. ➔ Em seu processo consome oxigênio e libera água e CO2. Origem: teoria endossimbiótica→ bactérias foram engolfadas por células eucarióticas. ➔ Mitocôndria possuem DNA próprio parecido com os das células bacterianas (DNA circular) ➔ Apresenta ribossomos próprios - mitorribossomos – parecidos com os das bactérias ➔ Produzem suas próprias proteínas que possui capacidade de se replicar sozinha, assim como as bactérias. Importância das mitocôndrias • A aquisição das mitocôndrias foi um pré-requisito para a evolução de animais complexos. • Possibilitaram um método mais eficiente (30 ATPs) de produção de ATP que a glicólise anaeróbica (2 ATPs) (15 vezes mais eficiente em produção de ATP) • A mitocôndria apresenta a capacidade de aproveitar a energia presentes nas ligações covalentes entre átomos de carbono, transformando-a em energia química para armazenagem na forma de ATP. Morfologia ➔ Possui uma membrana externa e uma interna ➔ A membrana interna sofre invaginações que são as cristas mitocôndrias onde vão abrigar a matriz mitocondrial, DNA mitocondrial, mitorribossomos e grãos de cálcio. ➔ Alongada ➔ Anelada ➔ Esférica ➔ Ramificada ➔ Ovalada ➔ Tamanho de 0,1 a 1 mm de diâmetro e 2 a 8 mm de cumprimento Funções ➔ Respiração celular: produção da moeda energética – ATP ➔ Síntese de aminoácidos – hepatócitos ➔ Remoção de cálcio do citosol – quando há acúmulo ➔ Síntese de hormônios esteroides – córtex da suprarrenal, ovários e testículos ➔ Desencadeamento do apoptose clássico – liberação de citocromo c e pró-caspase. Ocorrência • Presente em todas as células, principalmente em células que demandam maior energia. ➔ Células vegetais possuem menos mitocôndrias que células animais. • Ficam perto de reservatórios energéticos; associadas a gotículas de lipídeos para a obtenção de matéria orgânica. Ultraestrutura da mitocôndria • Dois compartimentos: espaço intermembrana e matriz mitocondrial. ➔ Memb. externa ➔ Memb. interna: invaginações (cristas mitocondriais – ricas em corpúsculos elementares e é onde está presente a cadeia transportadora de elétrons.) ➔ Espaço intermembranoso: rico em prótons ➔ Matriz mitocondrial: DNA circular, ribossomos e grânulos de cálcio Cristas mitocondriais: são projeções da membrana interna; aumentam a área da membrana; alojam os componentes da cadeia respiratória e o complexo enzimático responsável pela síntese de ATP; quanto mais cristas, mais cadeias transportadoras de elétrons, mais produção de ATP – quanto maior a quantidade de cristas mais energia ela está produzindo. • Membrana externa: é mais semelhante a membrana das outras organelas. ➔ 6nm espessura ➔ Continua, regular e fluida ➔ 50% lipídeos e 50% proteínas (fosfolipídeos, rica em colesterol) ➔ Porina: verdadeiros canais transmembranicos, possibilita a passagem livre de íons e moléculas de até 10000 daltons ➔ Espaço intermembranoso equivale quimicamente ao citosol para pequenas moléculas ➔ Participação na síntese de hormônios esteroides. • Membrana interna ➔ 20% de lipídeos e 80% de proteínas: alta proporção de cardiolipina (dificulta passagem de partículas com carga elétrica e é importante na fosforilação oxidativa) ➔ Baixa permeabilidade ➔ Cristas mitocondriais ➔ Presença de proteínas da cadeia respiratória: ATP-sintase, NADH desidrogenase, Succinato desidrogenase e carnitina aciltransferase ➔ Corpúsculo elementar e a cadeia transp. de elétrons (cadeia respiratória) ➔ Corpúsculos elementares: “maquinaria para produzir ATP”; geração de ATP e calor; condução das reações de oxidação de cadeias respiratórias; ATP sintetase (complexo enzimático); proteínas transportadoras. ➔ Cadeia transportadoras de elétrons: sítios de bombeamento de prótons H, ou seja, bombeia prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso (que já tem prótons). Ela faz isso utilizando energia vinda de elétrons. Elétron passa de um citocromo para outro, perdendo energia (que será utilizada para jogar o próton para fora)→ o elétron passa por 3 citocromos (no último ele já tem perdido td a energia). • Espaço intermembranoso: rico em enzimas que utilizam ATP da matriz para fosforilação de outros nucleotídeos. ➔ Acumula prótons vindos da matriz. ➔ Permeável a H do citosol • Matriz mitocondrial ➔ Grânulos densos: Ca ➔ Enzimas necessárias para oxidação do piruvato para β oxidação dos ac graxos e para o ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) ➔ Oxidação do piruvato → acetil coenzima a → ciclo de Krebs ➔ DNA circular (codifica 13 proteínas) e ribossomos. Composição química ➔ Ácidos nucleicos ➔ Enzimas (metabolismo de carboidratos, ácidos graxos e compostos aminados) ➔ DNA circular (codifica 13 proteínas) ➔ Mitocôndria contém todo o mecanismo para a replicação e tradução do DNA e tradução de proteínas. Biogênese: nasce de uma preexistente. Fusão e fissão mitocondrial: capacidade de se fundir caso haja necessidade; o equilíbrio entre fusão e fissão mitocondrial garante a saúde da célula. Importação de proteínas: se dá em sítios de contato da membrana; proteína sintetizada no citoplasma carrega uma sequência-sinal de mitocôndria para ir para a membrana dessa organela, na membrana há um translocador proteico que leva a proteína para dentro da mitocôndria Respiração celular Definição: processo de oxidação de moléculas orgânicas acompanhado da liberação de energia, que é aproveitada na síntese de ATP. Vão existir reações que irão ocorrer: ➔ No citoplasma da célula: glicólise ➔ Na matriz mitocondrial: oxidação do piruvato e ciclo de Krebs ➔ Na crista mitocondrial: cadeia tranp de elétrons e a formação do ATP via corpúsculos elementares. A oxidação de moléculas nutrientes (açucares, proteínas e gorduras) → ATP • Glicólise ➔ Acontece em tds as células ➔ Em organismos aeróbicos e anaeróbicos ➔ Ocorre no citoplasma ➔ Quebra da glicose em duas moléculas de piruvato ➔ Para a reação acontecer usa-se 2 ATPs ➔ Libera 4 ATPs→ produz 2 ATPs de energia ➔ Libera 2 NADs (nicotinamida adenina dinucleotídeo) ➔ FAD (flavina adenina dinucleotídeo) ➔ Libera 2 piruvatos (C3H12O6) ➔ Redução de 2 NAD em NADH mais e H Dois mecanismos básicos para a obtenção de energia: Fermentação: não necessita de O2; produtos de descarte são etanol, ácido lático e ácido acético. Saldo final/ glicose: 2 ATPs Quando a célula ñ pode ser suprida com O2 suficiente para realizar a oxidação aeróbica do piruvato e do NADH produzido na glicólise, há a regeneração de NAD pela redução de piruvato em lactato. Fosforilação oxidativa (mitocôndrias): depende de O2; produtos de descarte são CO2 e H2O Piruvato entra na mitocôndria → convertido em acetil coA → entra no ciclo de Krebs →libera elétrons → entram na cadeia transportadora de elétrons → passa pelos corpúsculos elementares →libera ATP (30 ATPs) Saldo energético final/glicose: 30 ATPs Matriz mitocondrial Piruvato-desidrogenase: converte piruvato em aceticoenzima-A Piruvato → Acetilcoenzima-A ➔ Libera-se 1 NADH Ciclo de Krebs – ciclo do ácido cítrico Piruvato entra na mitocôndria → acetil co- A →ciclo de Krebs → liberou 3 NAD, 1 FAD, 2 CO2 e1 ATP Libera-se 3 NADH, 1 FADH2, 1 GTP(ATP) e 2 CO2 Quando os elétrons saem quem pega eles são os carreadores (NADHe FAD) ➔ Elétron muito energético: NAD ➔ Elétron energético: FAD Fosforilação oxidativa Glicólise + ciclo de Krebs ═ 4 ATP, 10 NADH 2 FADH2 Transferência de elétrons de NADH e do FADH2 para o O2, através de uma cadeia de proteínas na membrana interna das mitocôndrias. Criação de um potencial quimiosmotico utilizado na produção de ATP Cadeia transportadora de elétrons Complexos enzimáticos respiratórios: sítios de bombeamento de prótons. Estágio 1: o transporte de elétrons promove a bomba que bombeia os prótons pela membrana. Estágio 2: o gradiente de prótons é aproveitado pela ATP-ase para produzir ATP Síntese Glicose → piruvato e ac. graxos → acetil- CoA (ciclo do ácido cítrico) → libera CO2, ATP, NAD e FAD → doa seus eletros para a cadeia transportadora de elétrons → libera H2O → bombeamento de prótons → síntese de ATP Este processo envolve o consumo de oxigênio e a síntese de ATP pela adição de fosfato ao ADP, por isso, é chamado fosforilação oxidativa. Rendimento: 30 ou 32 ATPs Cloroplastos São organelas especializadas, presentes em células vegetais e em algas que são responsáveis pela fotossíntese. Possui a mesma teoria endossimbiótica das mitocôndrias Estrutura dos cloroplastos Estruturalmente, os cloroplastos apresentem similaridade com as mitocôndrias tais quais: ➢ Membrana externa altamente permeável; ➢ Membrana interna pouco permeável; ➢ Espaço intermembranoso; ➢ Estroma Na membrana do tilacoide estará presente a cadeia transportadora de elétrons (fotossistema 1, fotosistema 2 e corpúsculos elementares – ATP sintase: os Os tilacoides estão presentes no estroma e se assemelham a bolsas achatadas ➢ Membrana do tilacoide ➢ Luz/ espaço do tilacoide ➢ Conjunto de tilacoides: granum ➢ Associação dos granums → grana complexos proteicos utilizados na cadeia transportadora de elétrons estão presentes na membrana do tilacoide). Cloroplasto x Mitocôndria Função principal dos cloroplastos é realizar fotossíntese Fotossíntese: processo de utilização de elétrons da água e a energia da luz solar para converter CO2 atmosférico em compostos orgânicos Energia luminosa + CO2 + H2O → açúcar + O2 + energia térmica o Fase clara: onde ocorre a fixação da luz o Fase escura: ATP e NADPH vão para a fase escura junto com o CO2 absorvido e participam do ciclo de Calvin (fixação do carbono para a produção de matéria orgânica) Clorofila ➢ está presente nos cloroplastos, consiste em uma proteína que pode ser energizada pela luz e vai produzir os fótons luminosos. Esses elétrons altamente energizados migram de uma proteína para outra. ➢ A luz de diferentes cores é distinguida por fótons com diferentes energias. Quanto maior o comprimento de onda, menor é a energia. ➢ A luz solar interage com os pigmentos presentes na membrana dos tilacoides, com a clorofila ➢ Os comprimentos de onda correspondentes às luzes violeta, azul e vermelho são fortemente absorvidos ➢ A interação da clorofila com os fótons, leva os elétrons dessa molécula a um nível mais alto de energia. Obtenção de elétron energético ➢ Nas membranas dos tilacoides, as clorofilas estão associadas a complexos multiproteicos, os fotossistemas →Complexo antena: captura a energia luminosa →Centro de reação: converte a energia luminosa em energia química ➢ Quando uma molécula de clorofila do centro de reações perde o elétron, outro elétron é adquirido de um doador. ➢ O elétron do doador é posteriormente reposto pela fotólise de uma molécula de água ➢ O centro de reação libera os elétrons pro NAD ➢ Célula mais diminuta ➢ Não produz sua própria energia ➢ Cloroplasto é muito maior ➢ Derivado de bactérias fotossintéticas simbiontes que foram englobadas por células eucarióticas primitivas que já continham mitocôndrias. ➢ Produz sua própria energia Cadeia transportadora de elétrons ➢ Nos cloroplastos ela exerce uma função adicional, ela produz 1 ATP e um NADPH ➢ 2 fotons → 1 ATP e 1 NADPH ➢ Ela envia o elétron obtido no fotossistema 2 para o fotossistema 1, de modo a substituir o eletron que foi liberado no centro de reações desse fotossistema. ➢ Fotossistema 2 recebe recebe a energia da luz→ excita a clorofila, elétron fica com muita energia e cai no centro de reação → eletron passa pro citocromo → agua libera prótons e doa elétrons, estabilizando a clorofila → elétrons vai p/ o fotossistem 1 e se energiza → elétrons caem no NAD→ na atp sintase, os prótons liberados no citocromo voltam e produzem o ATP. Obs: ajuste da produção de ATP Os cloroplastos podem também produzir ATP sem produzir NADPH, por meio da fosforilação cíclica → fotossistema 1 é energizado→ eletron vai para o citocromo → libera prótons → eletron volta para o fotossistema 1 → eletron vai para o citocromo e esse ciclo liberam prótons→ prótons vão para a ATP sintase e produzem ATP Etapa independente da luz – Ciclo de Calvin ➢ As moléculas de ATP e NADPH produzidas no estroma do cloroplasto a partir da dependência de luz, serão utilizados para a produção de açúcar, processo denominado fixação do carbono. ➢ Ciclo de calvin vai usar NAD, ATP, fixar CO2 e produzir açúcar. ➢ O CO2 se associa a um carboidrato chamado de ribulose1,5bifosfato e com a água para a formação de 3- fosfoglicerato. ➢ A reação é catalisada pela enzima rubisco (ribulose-bifosfato- carboxilase) a proteína mais abundante em cloroplasto ➢ No ciclo, as moléculas de ATP e NADPH são utilizadas ➢ Em cada ciclo de calvin utiliza-se: 3 CO2, 9 ATP’s e 6 NADS ➢ A partir do ciclo, um açúcar de 3 carbonos é produzido: gliceroaldeído3-fosfato → substrato que pode ser convertido em amido, pode ser aproveitado já produzindo ATP para a própria célula gastar energia na via glicolítica ou pode produzir outros metabolitos (proteínas, lipídeos..) Em síntese Fase clara: são realizadas pro moléculas nas membranas dos tilacoides; convertem energia luminosa em energia química do ATP e NADPH; quebram H2O e liberam O2 para a atmosfera Fase escura: ocorre no estroma; utilizam ATP e NADPH para converter o CO2 em açúcar G3P; retorno do ADP, fosfato e NADP para as reações luminosas
Compartilhar