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MICOLOGIA CLÍNICA : SUPERFUNGOS, DESAFIOS PARA A SAÚDE Profª. MSc Edina Raquel Meneses FACULDADE COSMOPOLITA REVISANDO SOBRE FUNGOS O que sabemos? CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES MICROBIOTA Pele, TGI, genitália, boca MICROMORFOLOGIA Leveduras, hifas 01 02 MACROMORFOLOGIA Variabilidade fenotípica PATOGENIA variabilidade 03 04 PATOGENICIDADE Aderência nos tecidos do hospedeiro. Produção de toxinas e enzimas, ex. C. albicans, proteinase e fosfolipase permitiria a penetração da levedura nas células. Cryptococcus neoformans, sabe-se que a cápsula exerce ação protetora deste contra a fagocitose. O fungo tem a capacidade de produzir a enzima urease, que hidrolisa a ureia, levando à produção de amônia, que inativa o complemento facilitando a sua proliferação. Esta levedura produz também a enzima fenol-oxidase, relacionada com a sua patogenicidade. MICOSES SISTÊÊEÊMICAS 01 Micoses sistêmicas São infecções fúngicas profundas, se iniciam nos pulmões e se difundem para outros tecidos do corpo. Os agentes etiológicos são UBIQUOS. As vias aéreas superiores são a principal porta de entrada. A inalação dos esporos é a rota da transmissão. Têm distribuição geográfica limitada e ocorrem, principalmente, nas Américas, com exceção da criptococose, que é cosmopolita. PARACOCCIDIOIDOMICOSE grande variabilidade de manifestações clínicas Doença granulomatosa, crônica com formas localizadas até formas disseminadas de mau prognóstico, na dependência da resposta imune do hospedeiro TOPOGRAFIA pode acometer pele, mucosas, linfonodos, sistema respiratório, trato gastrointestinal, adrenais, fígado, baço e SNC DIAGNÓOSTICO DIFERENCIAL O pulmão é o órgão mais frequentemente atingido, seguido pela mucosa da boca, havendo grande incidência de formas clínicas mistas. Apresenta muitas semelhanças com a tuberculose. DADOS GERAIS Forma residual A paracoccidioidomicose (PCM) é a principal micose sistêmica no Brasil. Forma aguda representa uma das dez principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e recorrentes, no país. 74 a 96% Prevalência da Forma crônica (tipo do adulto), responsável pela maioria dos casos de PCM. é considerada grave, devido a elevadas taxas de letalidade em crianças e adolescentes. O comprometimento pulmonar está presente em 90% dos indivíduos. Propagação de Paracoccidioides brasiliensis (Pb) e P. lutzii (Pl) Brazilian guidelines for the clinical management of paracoccidioidomycosis. Shikanai-Yasuda, M. A. et al. Epidemiol. Serv. Saude, 2018 PARACOCCIDIOIDOMICOSE Cruz, Rosana, - Werneck, S - Oliveira, Carolina - Santos, Patrícia - Soares, B - Santos, Daniel - Cisalpino, Patricia - Influence of Different Media, Incubation Times, and Temperatures for Determining the MICs of Seven Antifungal Agents against Paracoccidioides brasiliensis by Microdilution DO - 10.1128/JCM.02231-12, Journal of clinical microbiology , 2012 CRIPTOCOCOSE ● A criptococose é uma micose emergente e cosmopolita, causada pelas leveduras capsuladas Cryptococcus neoformans (Cn) e Cryptococcus gattii (Cg). ● Infecção subaguda ou crônica que envolve primariamente, os pulmões, podendo atingir pele e outros tecidos. ● O fungo é inalado atingindo como primeiro órgão os pulmões, com tropismo para o SNC, ocasionando meningite criptocócica. TRANSMISSAO CRIPTOCOCOSE ● Cryptococcus neoformans (Cn) tem caráter predominante oportunista, causando cerca de um milhão de casos de meningoencefalite por ano em pacientes com Aids em todo mundo, com aproximadamente 625.000 óbitos. ● e Cryptococcus gattii (Cg) é agente de micose sistêmica em indivíduos imunocompetentes, com casos endêmicos nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, atingindo crianças, adolescentes e adultos jovens, HIV-negativos. CRIPTOCOCOSE “No Brasil, a letalidade pelos dois agentes de criptococose [Cryptococcus neoformans (Cn) e Cryptococcus gattii (Cg)] ainda é inaceitavelmente elevada, em casos de meningite, seja associada ou não à Aids” 45a 65% LETALIDADE Fiocruz Brasília CRIPTOCOCOSE SINTOMAS Tosse Dificuldade em respirar Dor no peito Febre Dor de cabeça Febre Dor no pescoço Náuseas e vômitos Sensibilidade à luz Confusão ou mudanças de comportamento DIAGNÓÓOSTICO clínico e lab. exame direto -identificação das cápsulas da leveduras no microscópio óptico. cultura - Ágar Sabouraud e Mycosel. sorologia - pesquisa do antígeno como: teste de aglutinação de latex e o imunoensaio ligado à enzima (ELISA). Exames histopatológicos testes bioquímicos - meio L-canavanina- glicina-azul de bromotimol. PCR - maior sensibilidade e especificidade C. neoformans | Doenças Fúngicas | CDC https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html https://www.cdc.gov/fungal/diseases/cryptococcosis-neoformans/symptoms.html TRAT AMENTO A escolha terapêutica para o tratamento dependerá da forma clínica de cada paciente e do estado imunológico do indivíduo. Os medicamentos antifúngicos mais utilizados para o tratamento são a anfotericina B, o fluconazol, o itraconazol. A anfotericina B tem sido administrada como droga principal e o fluconazol como uma droga de consolidação do tratamento. COMO PREVENIR CRIPTOCOCOSE Utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), sobretudo de máscaras, na limpeza de galpões onde há criação de aves ou aglomerado de pombos. Medidas de controle populacional de pombos devem ser implementadas, como reduzir a disponibilidade de alimento, água e, principalmente, abrigos. Os locais com acúmulo de fezes desses animais devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança, assim como possibilitar a sua dispersão por aerossóis. 02 MICOSES SISTEMICAS OPORTUNISTAS fungos de baixa virulência, que convivem pacificamente com o hospedeiro MICOSES SISTEMICAS OPORTUNISTAS PATOGENIA causadas por fungos de baixa virulência, que convivem pacificamente com o hospedeiro, mas, ao encontrarem condições favoráveis, como distúrbios do sistema imunodefensivo, desenvolvem seu poder patogênico, invadindo os tecidos. FATORES PREDISPONENTES fatores intrínsecos: neoplasias, diabetes, hemopatias diversas, AIDS e todas as doenças que alteram a imunidade celular, velhice, gravidez, prematuridade; fatores extrínsecos: antibioticoterapia, corticoidoterapia, antiblásticos, cirurgia de transplantes e ambientes hospitalares contaminados. AGENTES Aspergillus spp., Candida spp., Mucor spp., e Cryptococcus neoformans O ambiente hospitalar está relacionado com a transmissão da doença nos indivíduos imunocomprometidos, podendo causar inclusive o óbito. Essa transmissão ocorre pela inalação de esporos do fungo presentes no sistema de ventilação contaminado, uso de chuveiros, contato direto com roupas ou objetos contaminados e ar contaminado por obras ou reformas no ambiente hospitalar. ASPERGILOSE PORTA DE ENTRADA TRANSMISSAO A principal porta de entrada do fungo no organismo é a via inalatória. O órgão mais comumente afetado é o pulmão, a partir do qual o fungo pode disseminar-se na corrente sanguínea. Aspergilose — Português (Brasil) (www.gov.br) https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/a/aspergilose https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/a/aspergilose https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/a/aspergilosehttps://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/a/aspergilose https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/a/aspergilose ASPERGILOSE cerca de 8-10% das causas de infecções sanguíneas nosocomiais em UTIs CANDIDIASES CANDIDIASES FATORES PREDISPONENTES AGENTES Candida albicans e outras espécies EMERGENTES C. tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei, e C. glabrata, são consideradas emergentes, e têm surgido como causadoras de infecções invasivas nosocomiais, principalmente em pacientes internados em UTIs. O fungo tem poder invasivo em pacientes debilitados pelo tratamento com antibióticos e drogas imunossupressoras e no decurso de doenças crônicas. Desnutrição, obesidade, diabetes, gravidez, antibioticoterapia, quimioterapia e uso de corticosteróides, manipulação endovenosa inadequada, neoplasias e outras doenças debilitantes. SUPERFUNGOS DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA 03 https://youtu.be/Z-xeOSJPwXQ Porque Candida auris é um problema? Infecçoes graves C. auris pode causar infecções da corrente sanguínea e até mesmo a morte, principalmente em pacientes hospitailares, 1 em cada 3 pacientes com infecção invasiva por C. morre. RESISTENCIA Algumas infecções por C. auris foram resistentes ás três classes de antifúngicos. 01 02 IDENTIFICAÇCAO C. auris pode ser erroneamente identificado como outros tipos de fungos, a menos que seja usada tecnologia de laboratório especializada. PERSISTENCIA pode se espalhar pelo contato com pacientes afetados e superfícies ou equipamentos contaminados. Uma boa higiene das mãos e limpeza nas unidades de saúde são importantes porque o C. auris pode viver em superfícies por várias semanas. 03 04 Drug-Resistant Canida Auris (cdc.gov) https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf Candida auris isolada de uma secreção do canal auditivo de um paciente no Japão. 2009 O primeiro relato de caso de C. auris do Brasil foi de um isolado de ponta de cateter central retirado de um paciente internado em uma UTI adulto, de um hospital privado de Salvador- BA, devido a complicações da Covid-19. DEZ 2020 foi confirmado um novo caso de Candida auris em amostra de urina de um paciente internado em um hospital filantrópico de Salvador-BA. os isolados foram obtidos de amostras de urina de dois pacientes, de um hospital de Recife- PE. JAN 2022 1º CASO 1º SURTO 2º SURTO 3º SURTO DEZ 2021 Drug-Resistant Canida Auris (cdc.gov) https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf https://www.cdc.gov/drugresistance/pdf/threats-report/candida-auris-508.pdf Taxas de culturas positivas na vigilância de pacientes e do ambiente observadas no primeiro surto de C. auris no Brasil doi: 10.1111/myc.13320. Epub 2021 Jun 7. PMID: 34009677; PMCID: PMC8242760. ESTUDO DE CASO CLÍNICO CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon, infographics & images by Freepik THANKS DO YOU HAVE ANY QUESTIONS? @raquelmeneses15 http://bit.ly/2Tynxth http://bit.ly/2TyoMsr http://bit.ly/2TtBDfr
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