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Unidade II Gestão das Instalações Industriais

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Gestão das Instalações 
Industriais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Leila da Silva Moura
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
• Introdução;
• Tipos de Arranjo Físico;
• Sistemas de Produção.
 · Apresentar ao aluno os tipos de Arranjo Físico existentes e que podem 
ser implementados em uma Instalação Industrial e os Sistemas de 
Produção que podem ser aplicados em uma Instalação Industrial.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Projeto de uma Instalação Industrial –
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Introdução
Após um empresário escolher a localização de uma nova instalação industrial 
para iniciar a produção de um produto, uma tarefa muito importante ainda precisa 
ser executada: planejar como será o formato do prédio da fábrica e a divisão 
desse prédio em áreas e departamentos. Finalmente, deve-se distribuir máquinas, 
equipamentos e colaboradores nesses departamentos, de forma a garantir a 
execução de todas as tarefas de forma segura e produtiva.
Sendo assim, é possível definir o Arranjo Físico como o planejamento do es-
paço físico a ser ocupado em uma fábrica, incluindo a disposição de máquinas, 
equipamentos e pessoas nesse espaço.
É possível ainda definir Layout (ou Leiaute) como a representação gráfica 
da disposição espacial das máquinas, equipamentos e setores envolvidos no 
planejamento do arranjo físico.
Diversos fatores devem ser considerados durante o planejamento do espaço 
físico de uma fábrica, dentre os quais pode-se destacar:
• Fluxo de Materiais;
• Fluxo de Pessoas;
• Rotas de fuga em caso de acidentes;
• Capacidade de Produção;
• Ergonomia;
• Tamanho do produto.
Outro aspecto relevante do projeto de uma nova instalação industrial é a definição 
do Sistema de Produção a ser adotado por essa instalação industrial. 
A definição adequada do Sistema de Produção influenciará nos investimentos 
nas instalações industriais, no tipo de manutenção a ser utilizada, no arranjo físico, 
na movimentação de materiais e equipamentos e na capacidade de produção.
A seguir, serão apresentados os principais tipos de arranjo físico que podem ser 
utilizados em uma instalação industrial e, em seguida, os sistemas de produção que 
podem ser aplicados nessas instalações.
8
9
 Tipos de Arranjo Físico
Existem diversas formas de se classificar os arranjos físicos existentes nas empresas. 
Porém, existem quatro tipos de Arranjo Físico ou Layout que são os mais comuns:
• Layout Linear ou por produto;
• Layout por Processo;
• Layout por Posição Fixa;
• Layout Celular.
A seguir, esses tipos de Layout serão apresentados com mais detalhes.
Layout Linear ou por Produto
Esse tipo de layout tem como característica principal um arranjo físico onde a 
linha de produção é dedicada a um único tipo de produto. Nesse caso, o produto 
percorre todas as máquinas, os equipamentos e postos de trabalho que compõem 
essa linha de produção.
Na Figura 1, é possível visualizar a representação gráfica de um layout linear ou 
por produto. Observando-se esse arranjo físico, é possível verificar que a matéria 
prima entra no primeiro posto de trabalho e vai sendo modificada nos demais 
postos, de forma sequencial.
Estoque de
matéria-prima
Traçagem Corte Dobra
Estoque de
produtos
acabados
Acabamento
e inspeção
ETAPA 1
OPERADORES
POSTOS DE TRABALHO
ETAPA 3 ETAPA 4ETAPA 2
Figura 1 – Layout Linear ou por Produto
Fonte: Acervo do Conteudista
Na Figura 2, é possível visualizar um exemplo de Layout Linear ou por Produto. 
Nessa linha de fabricação de automóveis – no caso, o modelo A da Ford –, o produto 
automóvel se movimenta através dos postos de trabalho que estão instalados um 
após o outro, de forma sequencial.
9
UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Figura 2 – Linha de Produção da Ford – Modelo A
Fonte: Wikimedia Commons
O layout linear ou por produto é indicado, principalmente, para as seguintes 
situações:
• Empresa que possui um produto com grande quantidade a ser produzida, de 
forma contínua;
• Empresa que possui um produto com pouca diversificação e com grande 
padronização.
O layout linear ou por produto possui as seguintes características:
• A linha de produção é dedicada para um produto específico;
• Como o fluxo do produto pela linha de produção, é bem previsível, possível 
ser implementado o transporte automático dos materiais e produtos ao 
longo da linha de produção, utilizando-se, por exemplo, esteiras, correntes 
transportadoras, entre outros;
• A linha de produção pode ser ajustada para diversas quantidades a produzir;
• O ideal é que a linha de produção seja ajustada para grandes quantidades 
a produzir;
• O investimento inicial na linha de produção é bastante alto, pois são utilizados 
máquinas e equipamentos altamente especializados, adaptados ao produto a 
ser fabricado.
O layout linear ou por produto possui, principalmente, as seguintes vantagens:
• Baixo custo unitário de cada produto fabricado, devido à grande quantidade 
produzida;
• Facilidade de manusear os materiais na linha de produção;
• Baixo custo de treinamento, uma vez que os colaboradores executam operações 
simples e repetitivas, específicas para aquele produto;
• Alta produtividade, pois são reduzidas as esperas, aumentando-se o aproveita-
mento da mão de obra;
10
11
• Baixa quantidade de estoques em processo, devido à pequena movimentação 
de materiais em processamento. Como todas as máquinas e equipamentos 
estão próximos, não há a necessidade de estocar uma grande quantidade para 
movimentar para o próximo posto de trabalho.
O layout linear ou por produto possui, principalmente, as seguintes desvantagens:
• Desmotivação dos colaboradores, devido, na maioria das vezes, o operador da 
linha realizar tarefas repetitivas;
• Pouca flexibilidade da linha para fabricar produtos diferentes.
• Caso ocorra um problema em uma das operações da linha, isso causará im-
pacto em toda a linha, já que, nesse tipo de arranjo físico, as operaçõesestão 
em sequência.
Layout por Processo
Esse tipo de layout tem como característica principal um arranjo físico onde as 
linhas são agrupadas por tipo de processo de fabricação. Ao invés de uma linha de 
produção que contenha diversos tipos de máquinas, nesse tipo de layout existem, 
em cada linha de produção, máquinas que realizam o mesmo tipo de operação.
Como exemplo, pode-se citar o agrupamento em uma linha de produção que 
contenha somente tornos mecânicos; em outra linha, que contenha somente 
furadeiras; e uma terceira linha, que contenha somente bancadas de montagem.
Imagine que um determinado produto dessa fábrica precise passar, primeira-
mente, por um processo de furação e, em seguida, por um processo de torneamen-
to indo, finalmente, para um processo de montagem. Nesse caso, uma quantidade 
desse produto será transportada, primeiramente, para a linha de furadeiras. Após 
a execução do processo de furação, o que irá gerar um estoque de produtos em 
processo, esses produtos processados serão transportados para a linha de tornos 
mecânicos. Após a execução da tarefa de torneamento, haverá um novo estoque 
em processo, que deverá ser transportado até a próxima e última operação, ou 
seja, a montagem. Finalmente, após a montagem, esses produtos serão transferi-
dos para o estoque de produtos acabados ou enviados para o cliente.
Dessa forma, essas linhas de produção com máquinas similares agrupadas 
servem a diversos tipos de produtos.
Na Figura 3, é possível visualizar a representação gráfica de um Layout por 
processo. Nesse layout da figura, é possível observar a presença de 5 departamentos 
na linha de produção: 
• Furação;
• Estampagem;
• Torneamento;
• Pintura;
• Montagem Final.
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UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Torno 1
SETOR DE TORNEAMENTO
Torno 2
Torno 3 Torno 4
Prensa 1
SETOR DE ESTAMPAGEM
Prensa 2
Prensa 3 Prensa 4
Montagem 4
MONTAGEM FINAL
Montagem 3
Montagem 2Montagem 1
Cabine 4
SETOR DE PINTURA
Cabine 3
Cabine 2Cabine 1
Furadeira 4
SETOR DE FURAÇÃO
Furadeira 3
Furadeira 2Furadeira 1
Produto 1
Produto 2
Produto 3
Figura 3 – Exemplo de Layout por Processo
Fonte: Acervo do Conteudista
O departamento de furação é composto por furadeiras que podem ser utili-
zadas ou não de forma simultânea, trabalhando com o mesmo produto ou com 
produtos diferentes. 
O departamento de estampagem é composto por prensas que podem ser 
utilizadas ou não de forma simultânea, trabalhando com o mesmo produto; porém, 
na maioria das vezes, elas trabalham em operações diferentes, visto que, para cada 
produto, é necessário um estampo (molde) diferente. Uma prensa aplica uma força 
através de um molde (estampo) sobre uma chapa, de forma a imprimir o formato 
desse estampo na chapa. 
O departamento de torneamento é composto por tornos mecânicos que podem 
ser utilizados ou não de forma simultânea, trabalhando com o mesmo produto ou 
não. Um torno é útil na produção de peças cilíndricas. 
A fábrica do exemplo da Figura 3 ainda é composta por um departamento 
formado por cabines de pintura e outro formado por postos de trabalho dedicados 
à montagem final de cada produto. 
Analisando ainda a Figura 3, é possível observar que os produtos se movimentam 
bastante de um setor a outro da fábrica, de forma que esses produtos sejam 
submetidos a todos os processos previstos para que os mesmos sejam produzidos.
12
13
O layout por processo é indicado, principalmente, para as seguintes situações:
• Empresa que possui diversos produtos com pequenas quantidades a serem 
produzidas de forma intermitente;
• Empresa que possui um ou mais produtos com várias versões diferentes.
O layout por processo possui as seguintes características:
• A linha de produção é dedicada para diversos produtos diferentes;
• O produto é transportado para cada uma das linhas onde ele será processado;
• Não há uma sequência linear de operações;
• A quantidade produzida de cada produto normalmente é menor do que em um 
layout em linha ou por produto;
• Possui grande flexibilidade de produtos a serem processados na mesma linha 
de produção;
• Os custos fixos são, na maioria das vezes, menores do que em uma linha de 
produção que utiliza o layout em linha ou por produto.
O layout por processo possui, principalmente, as seguintes vantagens:
• Flexibilidade para trabalhar com diversos tipos de produtos simultaneamente;
• Os equipamentos são mais baratos do que em uma linha de produção que 
utiliza o layout em linha ou por produto, pois, normalmente, essas máquinas 
são encontradas em qualquer fornecedor sem necessidade de adaptações 
específicas para um produto em especial;
• Como os equipamentos são mais baratos, há um menor investimento inicial;
• O custo fixo também é menor, devido ao fato dos equipamentos serem mais 
baratos.
O layout por processo possui, principalmente, as seguintes desvantagens:
• Grande estoque de materiais e produtos em processamento, ocupando áreas 
na linha de produção;
• Grande movimentação de materiais e produtos de uma linha de produção a 
outra através da fábrica;
• Custos maiores por cada produto fabricado (custos unitários), devido à baixa 
quantidade produzida.
Acesse o link a seguir e veja uma introdução aos processos de fabricação:
https://youtu.be/TMcmbOrX2iAEx
pl
or
13
UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Layout por Posição Fixa
Esse tipo de layout tem como característica principal um arranjo físico onde o 
produto permanece fixo em um local e todos os materiais e operadores se dirigem 
até ele. Dessa forma, o produto sofre modificações (processamento) sem que 
ocorra sua movimentação.
Na Figura 4, é possível visualizar a representação gráfica de um exemplo de Layout 
por Posição Fixa. Nesse exemplo, o produto (Navio) fica fixo e os demais equipamentos 
e operadores se movimentam até ele para que as operações sejam executadas.
Produto:
NAVIO
CorteTraçagem
Dobra Furadeira
Produto 3
Figura 4 – Exemplo de Layout por Posição Fixa
Fonte: Acervo do Conteudista
O layout por posição fixa é indicado, principalmente, para as seguintes situações:
• Empresa que possui um produto muito grande e/ou pesado, o que dificulta a 
sua movimentação pela fábrica;
• A empresa trabalha com produtos únicos, um diferente do outro;
• A empresa possui um produto com baixa padronização.
O layout por posição fixa possui as seguintes características:
• A linha de produção é dedicada a um único produto de cada vez;
• Praticamente não há fluxo de processo;
• Processo de produção é artesanal.
O layout por posição fixa possui, principalmente, as seguintes vantagens:
• Pouca movimentação do produto em processamento;
• São evitados danos no produto devido à pouca movimentação.
14
15
O layout por posição fixa possui, principalmente, as seguintes desvantagens:
• Devido ao processo ser, na maioria das vezes, artesanal, um produto sempre 
sai diferente do outro;
• São exigidas grandes habilidades das pessoas que trabalharão na fabricação 
desse produto.
Quais outros produtos também podem ou devem ser fabricados através de um Layout por 
Posição Fixa?Ex
pl
or
Layout Celular
Esse tipo de layout tem como característica principal um arranjo físico similar ao 
do layout linear, mas não necessariamente a linha de produção é dedicada a apenas 
um produto, ou a uma família deles; esse layout pode ser utilizado para produzir 
materiais que advêm de processos de fabricação similares, que são processados em 
uma linha sequencial.
Nesse tipo de layout, sempre que possível, as máquinas e demais postos de 
trabalho são dispostos de maneira a permitir a utilização de operadores multifun-
cionais, ou seja, que são capazes de executar mais de uma tarefa.
Esse arranjo físico permite, em alguns casos, aproveitar melhor a mão de obra 
disponível, aumentando-se assim a eficiência da linha de produção.
O layout celular possui as seguintes características:
• Pode ser formadopor máquinas e equipamentos convencionais, ou seja, sem 
adaptações que a tornem útil para apenas um único produto;
• Utilizam-se operadores multifuncionais, ou seja, capazes de executar mais de 
uma tarefa.
O layout celular possui, principalmente, as seguintes vantagens:
• Maior flexibilidade do que o layout por produto;
• Melhor aproveitamento dos operadores;
• Pouca movimentação dos operadores
Na Figura 5, é possível visualizar a representação gráfica de um exemplo de 
Layout Celular. Nesse exemplo, existem máquinas colocadas uma após a outra, 
como em um layout em linha, contudo, há um operador que atua em três postos 
de trabalho (operador multifuncional). Esse é um exemplo de uma típica célula 
de produção. Produtos que são submetidos às mesmas etapas e processos de 
produção, com pequenas adaptações e ajustes, podem ser produzidos utilizando-se 
essa célula de produção.
15
UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Estoque de
matéria-prima
Traçagem Corte Dobra
Furação
ETAPA 1
OPERADORES
OPERADOR MULTI-FUNCIONAL
POSTOS DE TRABALHO
ETAPA 3
ETAPA 4
Ins
peç
ão
Vis
ual
ETA
PA 
6
Re
pa
ra
çã
o
ET
AP
A 
5
PO
ST
OS
 D
E T
RA
BA
LH
O
ETAPA 2
Estoque de
produtos
acabados
Inspeção
Final
Acabamento Dobra
ETAPA 9
POSTOS DE TRABALHO
OPERADORES
ETAPA 7ETAPA 8
Figura 5 – Exemplo de Layout Celular
Fonte: Acervo do Conteudista
Sistemas de Produção
Apesar de existirem diversas possíveis classificações dos sistemas de produção, 
nesta unidade, abordaremos os sistemas de produção considerando que podem ser 
classificados em três tipos:
• Produção Artesanal;
• Produção em Massa;
• Produção Enxuta.
 A seguir, serão apresentados esses três sistemas de produção e como eles 
podem ser aplicados em uma Instalação Industrial.
Sistema de Produção Artesanal
Vamos imaginar que um grande empresário, habitante do continente europeu, 
fosse adquirir um automóvel perto do fim do século XIX. Na Figura 6, é possível 
visualizar um veículo da Daimler em 1899, que era produzido artesanalmente.
16
17
Figura 6 – Exemplo de um veículo automotor produzido artesanalmente
Fonte: Wikimedia Commons
O primeiro passo seria esse empresário se dirigir a uma das pouquíssimas 
oficinas especializadas disponíveis na época. Após aguardar o período solicitado 
pelo produtor do automóvel, esse veículo seria entregue ao comprador, que teria 
em mãos um veículo exclusivo, feito sob medida, totalmente de forma artesanal, 
peça a peça.
As peças desse automóvel seriam fabricadas uma de cada vez e, em seguida, 
montadas também, umas nas outras, uma de cada vez. Eventualmente, acontecia 
de peças não se encaixarem, o que tornava necessário que os artesãos fizessem 
ajustes, até que a montagem final acontecesse. 
Por esse motivo, o veículo recebido pelo comprador era único – mesmo que outro 
cliente solicitasse o mesmo veículo, com as mesmas características, ainda assim esse 
veículo viria com dimensões diferentes, devido ao processo artesanal de montagem.
Caso, no futuro, o veículo precisasse de reparos, o local mais indicado para 
realizar os reparos seria a própria oficina que fez o automóvel, pois ela conhecia o 
veículo e dispunha da mão de obra especializada para executar a tarefa.
Nessas oficinas, eram encontrados profissionais que dominavam os chamados 
processos metalúrgicos, ou seja, manuseavam bem os materiais metálicos. Esses 
profissionais eram responsáveis por processar os materiais metálicos através de 
processos de fabricação mecânica como: estampagem, soldagem, torneamento, 
furação, entre outros. Também realizavam a montagem artesanal do veículo.
17
UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
As principais vantagens do Sistema de Produção Artesanal são:
• Pode ser utilizado para fabricar produtos que possuem dimensões muito gran-
des, como transformadores elétricos, embarcações, entre outros, os quais são 
feitos sob medida para o cliente;
• Permite produzir produtos que possuam baixa demanda;
• Produtos podem ser personalizados, de acordo com os desejos do cliente;
• Normalmente, ocupa-se um espaço físico menor na fábrica para fabricar 
produtos artesanalmente;
• Baixo investimento inicial na linha de produção.
As principais desvantagens do Sistema de Produção Artesanal são:
• Alto custo por unidade produzida;
• Baixa capacidade de produção;
• Qualidade dos produtos fabricados depende muito da habilidade do artesão;
• Variabilidade dos produtos produzidos (um produto diferente do outro);
• Grande quantidade de retrabalhos.
O maior custo por unidade de produto fabricado ocorre devido ao fato de que os 
custos de produção (fixos e variáveis) devem ser diluídos em uma quantidade menor 
de produtos fabricados. Dessa forma, o custo por produto aumenta.
Deve-se frisar que, nos dias atuais, ainda se encontram diversos produtos que 
são fabricados através do Sistema de Produção Artesanal – inclusive automóveis, 
veja na Figura 7 um veículo que é produzido em pequenas quantidades e com 
itens personalizados de acordo com a solicitação do cliente. Pode-se incluir como 
exemplos aqui ainda navios e alguns modelos de aviões.
Figura 7 – Exemplo de um automóvel atual fabricado artesanalmente
Fonte: Wikimedia Commons
18
19
Sistema de Produção em Massa
Em meados do início do Século XX, o empresário Henry Ford foi o principal 
responsável pela idealização e implementação do sistema de produção conhecido 
como Sistema de Produção em Massa. 
O grande desafio de Ford era idealizar um sistema de produção no qual o custo 
por automóvel fabricado fosse reduzido de forma drástica. Uma vez que esse 
objetivo fosse atingido, o automóvel se tornaria um bem acessível para a maioria 
das pessoas, tendo em vista que o veículo fabricado artesanalmente era caro e, 
dessa forma, apenas a população mais rica tinha acesso à sua aquisição.
O caminho que Ford traçou passava pela produção de automóveis em grande 
quantidade. Isso faria com que os custos de fabricação fossem diluídos em uma 
quantidade maior de produtos, fazendo com que o custo de cada unidade produzida 
fosse menor e, dessa forma, o seu preço de venda também seria menor. Essa lógica 
pode ser visualizada no diagrama da Figura 8.
Grande quantidade
Produzida
Custo total
por unidade
produzida menor
Custos �xos diluídos
em uma quantidade
maior de produtos
fabricados
Mais produtos
fabricados com a
mesma quantidade
de mão de obra
Figura 8 – Exemplo de um automóvel atual fabricado artesanalmente
Porém, para que esse objetivo fosse atingido, era necessário que o automóvel 
fosse fácil de montar. Sendo assim, surge então a criação do chamado depar-
tamento de Engenharia Industrial. Esse departamento seria responsável pelas 
seguintes atividades:
19
UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
• Projetar componentes do automóvel com medidas e tolerâncias de fabricação 
que permitissem a sua montagem em qualquer automóvel do mesmo modelo, 
sem a necessidade de ajustes (peças intercambiáveis);
• Projetar componentes que fossem fáceis de montar, sem a necessidade de ajus-
tes e com a utilização de ferramentas simples, ou ainda nenhuma ferramenta;
• Desenvolver células de produção com máquinas dedicadas a executar sempre 
a mesma operação (Layout por processo), mas que, juntas, fossem capazes de 
produzir todos os componentes do automóvel.
Dessa forma, como as células seriam dedicadas a executar operações similares, não 
se necessitava de operadores extremamente qualificados. Uma vez que esses operado-
res eram treinados, iriam executar a mesma operação continuamente. À medida que 
eles adquiriam prática, executariam a tarefa com maior velocidade e perfeição.
Além dessas células dedicadas, havia uma esteira na qual o chassi do automóvel 
era colocado no início e os demais componentes eram montados nesse chassi, à 
medida que o carro se deslocava por essa esteira. Dessa forma, haviam diversosoperadores aguardando o carro se deslocar, para efetuar a montagem do 
componente sob sua responsabilidade. 
Nessa linha de produção, o primeiro veículo demorava a ser fabricado. No 
entanto, o próximo veículo viria logo em seguida na esteira e, da mesma forma, os 
demais veículos, o que teria como resultado uma grande produção diária.
A inauguração desse modelo de sistema de produção ocorreu em 1908 com 
o início da fabricação do automóvel Ford modelo T, que pode ser visualizado na 
Figura 9. 
Figura 9 – Automóvel Ford Modelo T
Fonte: Wikimedia Commons
20
21
Na Figura 10, é possível visualizar um exemplo de fabricação e montagem de 
componentes na linha de produção da Ford no ano de 1913.
Figura 10 – Exemplo de Fabricação de Componentes – Ford – 1913
Fonte: Wikimedia Commons
Conheça detalhes de como era a Linha de montagem do automóvel Ford Modelo T aces-
sando esse link: https://goo.gl/BBDmcQEx
pl
or
Como é possível observar, a implantação do sistema de produção em Massa 
foi uma grande revolução na época. Até os dias atuais, ainda é possível encontrar 
diversos produtos, inclusive automóveis, que são fabricados por meio desse sistema 
de produção. Porém, para alguns processos, os operadores podem ser substituídos 
por máquinas automatizadas ou robôs. Na Figura 11, é possível visualizar a linha 
de fabricação de um automóvel atual, que utiliza o Sistema de Produção em Massa.
Figura 11 – Linha de Montagem atual de automóveis utilizando o Sistema de Produção em Massa
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
As principais características do Sistema de Produção em Massa são:
• Grande Capacidade de Produção;
• Células dedicadas a um único processo (Layout por processo);
• Baixa quantidade de Setups (Trocas de modelos a serem produzidos);
• Grande utilização de máquinas e equipamentos;
• Alto nível de estoques em processo;
• Muita movimentação de operadores.
As principais vantagens do Sistema de Produção em Massa são:
• Grande capacidade de produção;
• Baixo custo por unidade produzida;
• Operadores mais baratos (Baixo nível de instrução).
As principais desvantagens do Sistema de Produção em Massa são:
• Pouca flexibilidade de produção (poucos modelos diferentes podem ser produ-
zidos em uma mesma linha);
• Muita movimentação de peças e componentes;
• Elevados estoques em processo;
• Alto investimento inicial;
• Desgaste dos operadores devido a operações repetitivas (fadiga).
Nos dias atuais, além dos automóveis, também se encontram diversos outros 
produtos que são fabricados através do Sistema de Produção em Massa. Fábricas 
que operam com células dedicadas a processos específicos (Layouts por processo) 
são exemplos típicos de empresas que adotam o sistema de produção em Massa.
Sistema de Produção Enxuta
O Sistema de Produção Enxuta também é conhecido como Manufatura Enxuta, 
ou ainda como Sistema Toyota de Produção. Seu principal idealizador e responsável 
pela sua implementação é o Engenheiro Taiichi Ohno. Diversas técnicas foram 
praticadas para que se conseguisse desenvolver o Sistema de Produção Enxuta:
• Layout Celular: composto por máquinas e equipamentos que executam ta-
refas diferentes;
• Operadores Multifuncionais: operadores executam mais de uma tarefa, o 
que facilita o balanceamento da Linha de Produção, ou seja, operadores que 
estivessem executando tarefas mais rápidas e, dessa forma, possuíssem folgas 
podiam executar mais tarefas;
22
23
• Estoques Reduzidos: fabricava-se somente o que era solicitado pelo cliente, 
reduzindo-se, assim, movimentação de estoques;
• Fluxo de uma peça só (one-piece-flow): sempre que possível, evitar o 
estoque intermediário de peças entre um posto de trabalho e outro;
• Jidoka (Autonomação): cada vez que o operador encontrava um problema 
no processo de produção, ele tem autoridade (autonomia) para, literalmente, 
parar a linha e solicitar uma equipe multifuncional composta por profissionais 
das áreas de engenharia, qualidade, entre outras especialidades que deveriam 
analisar o problema e encontrar a causa raiz e implementar uma solução 
definitiva para esse. Em um primeiro momento, ocorriam diversas paradas na 
produção, porém, à medida que os problemas foram resolvidos, as paradas de 
produção passaram a ser mais esporádicas;
• KanBan: trata-se de uma espécie de supermercado estabelecido na linha de 
produção onde são colocados cartões em um painel solicitando a produção de 
um determinado componente. Dessa forma, só podem ser produzidos itens 
que forem solicitados através desses cartões colocados no painel. Esse sistema 
é conhecido como sistema de “puxar a produção”;
• Setup Rápido: trata-se da implementação de ferramentas que possibilitem a 
troca rápida de ferramentas e/ou a preparação rápida para a produção. Com 
um setup rápido, é possível efetuar mais trocas de modelos produzidos em 
uma linha de produção, ou seja, podem ser produzidos lotes menores, já que 
não se perde tempo com a preparação para a produção. Com isso, também é 
possível reduzir-se os estoques em processo;
• Dispositivos Poka-yoke: são também conhecidos como dispositivos a prova 
de erro. Consiste em implementar ferramentas na linha de produção, de forma 
a evitar erros do operador;
• Melhoria Contínua: consiste na implementação de uma mentalidade de busca 
incessante da melhoria de todos os processos, de forma a se obter sempre a 
redução de custos e a melhoria da qualidade.
Conheça mais sobre o Sistema de Produção em Células assistindo ao vídeo disponível neste 
link: https://youtu.be/blEHhWuy3z8Ex
pl
or
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UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
As principais vantagens do Sistema de Produção Enxuta são:
• Grande capacidade de produção;
• Baixo custo por unidade produzida;
• Baixo tempo de espera entre operações;
• Pouca movimentação dos operadores;
• Flexibilidade da produção.
As principais desvantagens do Sistema de Produção Enxuta são:
• Necessidade de treinamento maior para que os operadores sejam multifuncionais;
• Necessidade de investimento inicial maior, devido à adaptação dos layouts 
de produção.
Com a implementação do Sistema de Produção Enxuta, houve uma drástica 
redução de custos, o que permitiu com que empresas que adotaram esse sistema 
passassem a ser competitivas no mercado internacional.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Gestão da Produção – Uma Abordagem Introdutória
Leia o capítulo 4 (p. 113-120) da obra de Délvio Idalberto Chiavenato, intitulada Ges-
tão da Produção – Uma Abordagem Introdutória, disponível na Biblioteca Virtual 
da Universidade, no item “Minha Biblioteca”. Nesse texto, serão apresentados outros 
exemplos e abordagens sobre os tipos de arranjo físico de uma empresa.
Sistemas de Produção – Conceitos e Práticas para Projeto e Gestão da Produção Enxuta
Leia o capítulo 9 (p. 286-317) da obra de Junico Antunes et al., intitulada Sistemas 
de Produção – Conceitos e Práticas para Projeto e Gestão da Produção Enxuta, 
disponível na Biblioteca Virtual chamada Minha Biblioteca. Nesse texto, serão apre-
sentados alguns exemplos de aplicação da Manufatura Enxuta. 
 Vídeos
Aula 01 - Organização do Trabalho - Profissionalizante - Telecurso
Um vídeo bem interessante que trata da organização do trabalho, incluindo o arranjo físico.
https://youtu.be/dpI5I8zj5yw
Sistemas de Produção – Aula 13 – Produção em Célula Manufatura Enxuta ou Sistema Toyota
Um vídeo bem interessante que trata do Sistema de Produção Enxuta.
https://youtu.be/blEHhWuy3z8
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UNIDADE Projeto de uma Instalação Industrial – 
Arranjo Físico e Sistema de Produção
Referências
ANTUNES, J.; ALVARES, R.; KLIPPEL, M.; PELLEGRIN, I.; BORTOLOTTO, P. 
Sistemas de Produção – Conceitos e Práticas para Projeto e Gestão da Produção 
Enxuta. Porto Alegre, RS: Bookman, 2008.
CHIAVENATO, I. Gestão da Produção – Umaabordagem introdutória. 3. ed. 
Barueri, SP: Manole, 2014.
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 2. ed. São Paulo: 
Cengage Learning, 2012.
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