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Doenças Exantemáticas 1 🥴 Doenças Exantemáticas Data de Criação Fonte MEDCURSO 2021 Sarampo Agente Gênero Morbillivirus Família Paramyxoviridae Transmissibilidade Partículas aerossóis 90% de transmissibilidade aos suscetíveis Período: 6 dias antes até 4 dias após o início do rash Maior transmissão: 2 dias antes até 2 dias após o início do rash Incubação 8 a 12 dias Clínica Fase prodrômica: Febre alta, tosse, coriza, conjuntivite (fotofobia) Enantema: sinal de Koplik (patognomômico) @19/02/2023 Doenças Exantemáticas 2 Fase exantemática: Exantema maculopapular morbiliforme Lesões que confluem, entremeadas por áreas de pele sã Início: pescoço, atrás da orelha, face (acompanha a linha de implantação do cabelo) Progressão craniocaudal lenta Doenças Exantemáticas 3 Descamação: furfurácea Complicações Otite média aguda Pneumonia viral ou bacteriana → principal causa de morte Encefalite → fase aguda, complicação mais grave Panencefalite esclerosante subaguda (PEES) → o sarampo pode ficar latente no SNC e ser reativado anos depois, levando a uma doença neurológica grave e 100% letal Tratamento Vitamina A → quadro mais grave em quem tem deficiência de vitamina A e o próprio sarampo causa redução dos níveis de vitamina A Pacientes internados: isolamento por aerossol (quarto privativo, máscara N95) Prevenção Pré-contato: imunização (tríplice viral) Pós-contato: Para os suscetíveis - quem não teve a doença ou não recebeu a vacina, ou ainda imunossuprimidos graves Vacinação de bloqueio até 72h após a exposição (com a própria tríplice viral) Imunoglobulina até o 6º dia de contato se contraindicação para receber a vacina Contraindicações (vacina de vírus vivo): grávidas, imunossuprimidos, < 6 meses OBS: se a criança for vacinada no primeiro ano de vida (6 a 12 meses), essa dose não é considerada para a rotina, pois no 1º ano de vida ainda pode haver anticorpo materno na circulação, que pode interferir na replicação do vírus vacinal Rubéola Agente Doenças Exantemáticas 4 Gênero Rubivirus Família Togaviridae Transmissibilidade 5-7 dias antes até 5-7 dias após o surgimento do rash Incubação 14 a 21 dias Clínica Fase prodrômica: Sintomas catarrais leves, febre baixa Linfadenopatia retroauricular, cervical e occipital Fase exantemática: Enantema: manchas de Forchheimer (não é patognomônico) Exantema maculopapular rubeoliforme Lesões mais separadas Início: face Doenças Exantemáticas 5 Progressão craniocaudal rápida Complicações Artropatia - mais comum no sexo feminino Síndrome da rubéola congênita Prevenção Pré-contato: imunização (tríplice viral) Pós-contato: vacinação de bloqueio até 72h após a exposição (com a própria tríplice viral) Exantema Súbito ou Roséola Agente Herpesvirus humano tipo 6 (ou 7) Idade Lactentes > 6 meses Transmissibilidade Desconhecida Incubação 5 a 15 dias Clínica Fase prodrômica: Febre alta (que desaparece em crise) Fase exantemática: Exantema maculopapular Doenças Exantemáticas 6 Início: tronco Progressão: face e região proximal dos membros Complicações Crise febril Eritema Infeccioso ou “Quinta Doença” Agente Parvovírus B19 Transmissibilidade 15 a 30% Na fase exantemática NÃO transmite!!! Incubação Doenças Exantemáticas 7 16 a 17 dias Clínica Fase prodrômica: Inexistente ou inespecífica: febre, cefaleia, coriza Fase exantemática: 1ª fase: Eritema facial “Face esbofeteada” 2ª fase: Progressão rápida para tronco e membros Exantema maculopapular rendilhado ou reticular Doenças Exantemáticas 8 Mais evidente nas superfície extensora dos membros Poupa as palmas das mãos e as plantas dos pés 3ª fase: Exantema recidivante por 1 a 3 semanas Gatilhos: luz solar, calor, exercício, estresse Complicações Parvovírus em pacientes com doença hemolítica: Crise aplásica na fase de viremia Redução da Hb e reticulocitopenia Outras complicações: Infecção fetal: hidropsia fetal não-imune Síndrome papular-purpúrica em luvas e meias Varicela Agente Vírus varicela-zóster Transmissibilidade Doenças Exantemáticas 9 80 a 90% dos suscetíveis De 2 dias antes do início até todas as lesões virarem crostas Incubação 10 a 21 dias Clínica Fase prodrômica: Febre, cefaleia, dor abdominal Fase exantemática: Manifestações gerais Lesões vesiculares pruriginosas Início: couro cabeludo, face e tronco Progressão: centrífuga (do centro para as extremidades) Distribuição: centrípeta (maior quantidade do centro) Mácula → pápula → vesícula contendo conteúdo cristalino → pústula contendo conteúdo purulento → crosta Doenças Exantemáticas 10 Fim da viremia: não surgem mais vesículas e todas as pústulas viraram crostas Polimorfismo regional: lesões com características diferentes em uma mesma região do corpo Complicações Infecção bacteriana: S. pyogenes e S. aureus Complicação mais comum Febre prolongada, hiperemia ao redor das lesões, cicatriz permanente Varicela progressiva: Pacientes imunossuprimidos Lesões com características hemorrágicas Coagulopatia, lesão hepática, pneumonia grave Doenças Exantemáticas 11 Varicela congênita: Infecção pela varicela nas primeiras 20 semanas de gestação Em qualquer momento da gravidez que a mulher seja infectada pela vírus varicela pode haver passagem pela placenta e infecção do feto → quando isso ocorre nas primeiras 20 semanas de gestação há o desenvolvimento da síndrome da varicela congênita Lesões cicatriciais que acompanham o trajeto de um dermátomo Hipoplasia e deformidades dos membros Doenças Exantemáticas 12 Ataxia cerebelar aguda ou cerebelite aguda: Complicação neurológica mais comum Nistagmo, alteração da fala e da marcha Tratamento Aciclovir VO: >12-13 anos 2º caso no mesmo domicílio Doença pulmonar ou cutânea Uso de corticoide em dose não imunossupressora (ex: corticoide inalatório) Usuário crônico de salicilato (maior risco para síndrome de Reye) Aciclovir IV: Imunodeprimidos RNs (não os com varicela congênita) Varicela progressiva Prevenção Pré-contato: imunização Pós-contato: Vacina de bloqueio até o 5º dia após a exposição Se não houver contraindicação (vacina de vírus vivo): grávidas, imunossuprimidos, < 9 meses Ministério da saúde: apenas disponibiliza para bloqueio hospitalar, em creche ou escola Imunoglobulina específica até o 4º dia após a exposição Imunodeprimidos suscetíveis Grávidas RN prematuro (RN < 28 dias que nasceu com IG < 37 semanas) Doenças Exantemáticas 13 Se nasceu com menos de 28 semanas: sempre que houver contato Se nasceu com mais de 28 semanas e teve contato: somente se a mãe nunca teve varicela RN de mulher com varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto Criança com < 9 meses que está hospitalizada Escarlatina Agente SGA (Streptococcus beta-hemolítico do grupo A ou S. pyogenes) infectado por um bacteriófago que produz uma exotoxina pirogênica ou eritrogênica Incubação 2 a 5 dias Clínica Fase prodrômica: Febre, vômitos, dor abdominal, faringite Enantema: língua em morango Fase exantemática: Exantema micropapular Doenças Exantemáticas 14 Áspera, aspecto de lixa Início: pescoço Progressão crânio-caudal rápida Achados característicos: Sinal de Pastia: acentuação do exantema nas áreas de dobras que não desaparece à digitopressão Sinal de Filatov: palidez perioral Doenças Exantemáticas 15 Descamação: laminar ou lamelar (extremidades) OBS: diagnóstico diferencial com doença de Kawasaki Kawasaki: < 5 anos, febre prolongada (ao menos 5 dias), conjuntivite Escarlatina: > 5 anos, febre autolimitada, faringite exsudativa Tratamento O mesmo da faringite estreptocócica Penicilina benzatina (dose única) Amoxicilina (10 dias) Mononucleose Infecciosa Agente Vírus Epstein-Barr (família do herpesvirus) Transmissibilidade Contato íntimo oral → “doença do beijo” Incubação 30 a 50 dias Doenças Exantemáticas 16 Clínica Faringite Fadiga Linfadenopatia generalizada Esplenomegalia (50%) Risco de ruptura esplênica Hepatomegalia (menos comum) Sinalde Hoagland: edema palpebral Exantema: após uso de amoxicilina Avaliação Complementar Linfocitose com atipia linfocitária (achado inespecífico) Sorologias: Anticorpos heterófilos: > 4 anos (monoteste) Sorologia específica p/ EBV Tratamento Suporte