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EXAME FÍSICO ORTOPÉDICO

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Exame Físico Ortopédico
VICTOR D’ANDRADE		ORTOPEDIA
O exame físico ortopédico é subdividido em basicamente cinco momentos, que incluem: inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação, exame neurológico e testes especiais.
EXAME NERUOLÓGICO
O exame neurológico na ortopedia divide-se em exame da sensibilidade, exame de força e reflexos. 
No exame da sensibilidade, realiza-se o “moving tact” na região os dermatomos e, no caso do exame das mãos, realiza-se a discriminação de dois pontos, com o grampo, no território dos nervos periférico.
	MEMBROS SUPERIORES
	Ombros
	C4
	Lateral do Braço
	C5
	Lateral do Antebraço até Polegar
	C6
	Dedo Médio
	C7
	2 Dedos Mediais
	C8
	Medial do Antebraço
	T1
	Tríceps
	T2
	Metade radial palmar do dedo médio
	Mediano
	Metade medial palmar do dedo média
	Ulnar
	Metade radial dorsal do dedo médio
	Radial
	TRONCO
	Clavícula
	C4
	Região Mamilar
	T4
	Xifoide
	T7
	Cicatriz Umbilical
	T10
	Região Púbica
	T12
	MEMBROS INFERIORES
	Região superior da coxa
	L2
	Região inferior da coxa
	L3
	Região medial da perna
	L4
	Pé e região lateral da perna
	L5
	Maléolo Lateral, Calcanhar e Panturrilha
	S1
	Posterior da Coxa
	S2
No exame da força, avalia-se a força em cada nível medular, todos contraressitência, subdivido o resultado na escala de 0 a 5. 
	MEMBROS SUPERIORES
	Bíceps e Ombros
	C5
	Extensores do Punho
	C6
	Tríceps
	C7
	Flexores dos Dedos
	C8
	Abdutor dos dedos
	T1
	MEMBROS INFERIORES
	Flexão do Quadril
	L2
	Extensão do Joelho
	L3
	Dorsiflexão do Tornozelo
	L4
	Extensão do Hálux
	L5
	Flexão Plantar do Tornozelo
	S1
No exame dos reflexos, avalia-se os principais reflexos dos membros superiores e inferiores.
	MEMBROS SUPERIORES
	Reflexo Bicipital
	C5
	Reflexo Estilorradial
	C6
	Reflexo Tricipital
	C7
	TRONCO
	Reflexo do Reto Abdominal
	T7-L2
	MEMBROS INFERIORES
	Reflexo Patelar
	L4
	Reflexo Aquileu
	S1
COLUNA CERVICAL
Inspeção Estática
Observa-se assimetria no pescoço (torcicolo ou malformação), alterações no tegumento, alteração na altura de implantação do cabelo, presença de tumorações, presença de vesículas, descolorações ou cicatrizes. 
Inspeção Dinâmica
Avalia a amplitude dos movimentos (melhora avaliação se paciente segurar espátula com a boca).
· Flexão: encostar queixo no tórax (130° somado ext.)
· Extensão: alinhar nariz com plano horizontal
· Rotação: queixo alinhado ao ombro (80°)
· Inclinação Lateral: encostar orelha no ombro (45°)
Palpação
Das partes moles, palpa-se o trígono anterior (bordas anteriores dos esternocleidomastóideos, mandíbula e incisura supraesternal; cadeia linfática; tireoide; parótidas; pulsos carotídeos, comparando-os) e a face posterior (trapézio; cadeia linfática; protuberância occipital; ligamento bucal superior). 
Da parte óssea, palpa-se na região anterior (osso hióide C3; cartilagem tireoidiana C4; primeiro anel cricoide C6) e na face posterior (occipício; C2 e C7). 
Testes Especiais
	TESTE DA DISTRAÇÃO
	Finalidade: avaliar compressão radicular cervical
	Posição: paciente sentado e examinador com as mãos no queixo e na região posterior da cabeça 
	Resolução: examinador realiza distração da cervical
	Positividade: melhora dor ao abrir os forames neurais
	MANOBRA DE SPURLING
	Finalidade: avaliar compressão radicular
	Posição: paciente sentado com flexão lateral da cabeça
	Resolução: examinador realiza pressão sobre o topo da cabeça do paciente
	Positividade: aumento dos sintomas radiculares nas extremidades 
	MANOBRA DE IHERMITE
	Finalidade: avaliar irritação meníngea
	Posição: paciente sentado
	Resolução: examinador flete a cabeça do paciente, podendo sensibilizar o teste com a flexão do quadril
	Positividade: dor ou parestesias, além de dor irradiada para as extremidades
	MANOBRA DE VALSALVA
	Finalidade: avaliar lesões que comprimem o canal, como tumores e hérnias de disco cervicais
	Posição: paciente sentado, em pé ou decúbito dorsal
	Resolução: paciente prende a respiração e realiza força como se fosse evacuar
	Positividade: aumento da pressão intratectal, agravando sintomas de lesões que comprimem o canal 
	TESTE DA ARTÉRIA VERTEBRAL
	Finalidade: testar patência das artérias vertebrais
	Posição: paciente em posição supina
	Resolução: paciente deve ser mantido em extensão cervical, rotação para direita e esquerda, rotação para ambos os lados com pescoço estendido; sendo mantido em cada posição por 30 segundos
	Positividade: sintomas de estenose, como tontura, sensação de cabeça vazia e nistagmo
	TESTE DE ADSON
	Finalidade: testar permeabilidade da artéria subclávia, que pode ser comprimida pela costela cervical ou por contratura dos músculos escalenos anterior e médio
	Posição: paciente em pé.
	Resolução: palpando-se o pulso radial, deve-se abduzir e rodar externamente o membro superior do paciente; depois paciente deve prender a respiração e mover a cabeça em direção ao membro examinado
	Positividade: diminuição ou desaparecimento do pulso
COLUNA TORÁCICA
Testes Especiais
	TESTE DE ADAMS
	Finalidade: avaliar a presença de escoliose
	Posição: examinador a frente do paciente com olhos no nível da coluna;
	Resolução: pede-se que o paciente tente pegar na ponta dos pés e fique com a coluna paralela ao solo.
	Positividade: presença de giba costal
	TESTE DO SERRATIL ANTERIOR
	Finalidade: avaliar o músculo serrátil anterior
	Posição: paciente em pé e de frente para a parede com ambas as mãos apoiadas
	Resolução: examinador pede para paciente empurrar a parede
	Positividade: escápula inclina e afasta do gradil costal
COLUNA LOMBAR
Inspeção Estática
Observa-se cicatrizes, escoriações, equimoses, hematomas, lesões cutâneas, tufos pilosos e edema. Analisa-se curvaturas fisiológicas da coluna, simetria dos triângulos de talhe, alinhamentos das cristas ilíacas e inspeciona-se os membros inferiores. 
Inspeção Dinâmica
Avalia a amplitude dos movimentos.
· Flexão: 40-60°
· Extensão: 20-45°
· Rotação: 3-18°)
· Inclinação Lateral: 15-20°)
Palpação
Palpa-se a crista ilíaca (a nível de L4 e L5), espinhas ilíacas (S2), processos espinhosos, musculatura paravertebral, nervo ciático e musculatura abdominal. 
Testes Especiais
	TESTE DE SCHOBER
	Finalidade: identificar limitação verdadeira dos movimentos da coluna lombar
	Posição: paciente em pé 
	Resolução: delimita-se um espaço de 15 cm (10 acima e 5 abaixo do processo espinhoso de L5) e pede para paciente realizar flexão máxima da coluna
	Positividade: aumento menor que 6 cm
	TESTE DE ELEVAÇÃO DOS MMII – FORST
	Finalidade: avaliar compressão radicular baixa
	Posição: paciente em decúbito dorsal e examinador ao lado direto
	Resolução: examinador realiza elevação passiva do joelho em extensão, elevando pelo tornozelo. Quando paciente começar a sentir dor, anota-se o grau (estresse ciática ocorre entre 35-70°; acima disso o estresse se dá apenas na coluna lombar). Para sensibilizar, realiza-se o TESTE DE BRAGARD, em que se abaixa o membro até o ângulo que a dor desapareça e então, realiza-se extensão do tornozelo, diferenciando de encurtamento de músculos isquiotibiais
	Positividade: dor radicular
	TESTE DE LASEGUE
	Finalidade: avaliar compressão radicular baixa
	Posição: paciente em decúbito dorsal
	Resolução: examinador realiza flexão passiva do joelho e quadril em 90° e depois faz extensão do joelho
	Positividade: sintomas radiculares
	TESTE DE NACHLAS
	Finalidade: avaliar compressão radicular
	Posição: paciente em decúbito ventral
	Resolução: examinador faz a flexão passiva do joelho até o calcanhar tocar na nádega
	Positividade: dor radicular em região lombar, nádega e coxa 
	TESTE DE KERNING
	Finalidade: avaliar irritação meníngea
	Posição: paciente em decúbito dorsal
	Resolução: paciente com quadril e joelhos em flexão de 90° e depois realiza-se extensão do joelho 
	Positividade: sintomas durante a extensão do joelho e que aliviam com a flexão da coluna
	TESTE DE BRUDZINSKI
	Finalidade: avaliar irritação meníngea
	Posição: paciente em decúbito dorsal
	Resolução: pede-seao paciente que faça uma flexão ativa da coluna cervical
	Positividade: aparecimento de dor e o paciente realiza a flexão de joelhos e quadril para aliviar.
	TESTE DE HOOVER
	Finalidade: detectar simulação
	Posição: paciente em decúbito dorsal e o examinador sustenta ambos os calcanhares
	Resolução: solicita-se ao paciente que eleve um dos membros inferiores.
	Positividade: a ausência de força para baixo com o membro contralateral sugere simulação.
	TESTE DE BURNS
	Finalidade: detectar simulação
	Posição: paciente ajoelhado sobre uma cadeira
	Resolução: solicita-se que o paciente pegue um objeto no solo (possível mesmo em pacientes com doenças da coluna lombar)
	Positividade: paciente refere que não consegue realizar o movimento
COTOVELO
Inspeção Estática
Observa-se vestígios de lesões traumáticas (equimoses, edemas, deformidades, cicatrizes), deformidades das colunas cervical e torácica (formato, posição, simetria e mobilidade das escápulas), alterações de relevo muscular (atrofias e hipotrofias), escápula alada, miopatias, posição anormal do MMSS livre em relação à escápula, deformidade do ventre muscular. 
Inspeção Dinâmica
Os movimentos avaliados são:
· Abdução: 0-90º
· Elevação (no plano da escápula): 0-180º
· Adução: 0-75º
· Flexão: 0-180º
· Extensão: 0-60º 
· Rotação Lateral (cotovelo em 90º): 0-75º
· Rotação Medial: referencias anatômicas
· Rotação Medial com cotovelo em 90º de flexão
· Rotação Lateral com cotovelo em 90º de flexão
As provas funcionais complementam o exame dinâmico, verificando a capacidade do paciente de posicionar a mão em relação ao próprio corpo. Esses testes são importantes para avaliação da incapacidade para atividades habituais diárias. As provas são: mão/nádega oposta; mão/costa; mão/ombro oposto; e mão/nuca.
Palpação
 Deve-se palpar relevo osteoarticular, ventres musculares, tendões e suas inserções. Deve-se avaliar articulação esternoclavicular, clavícula, articulação acromioclavicular, além de músculos da região supraespinal, infraespinal e deltoidea. 
Testes Especiais
Testes para síndrome do impacto:
	TESTE DE NEER
	Finalidade: avaliar síndrome do impacto
	Posição: paciente com cotovelo em extensão e ombro em rotação neutra; com examinador por trás do paciente com uma mão no antebraço do membro e outra estabilizando o ombro
	Resolução: examinador eleva membro passivamente no plano da escápula 
	Positividade: dor ao reproduzir o impacto do tubérculo maior do úmero com o acrômio
	TESTE DE HAWKINS-KENNEDY
	Finalidade: avaliar síndrome do impacto
	Posição: paciente com cotovelo em 90º de flexão, com membro elevado a 90º e ombro em rotação neutra; com examinador sustentando o membro pelo cotovelo com uma mão e com a outra repousando sobre o punho
	Resolução: examinador roda rapidamente o membro passivamente
	Positividade: dor ao reproduzir o impacto do tubérculo menor do úmero com o processo coracoide
	TESTE DE YOKUM
	Finalidade: avaliar síndrome do impacto
	Posição: paciente coloca mão sobre ombro oposto, enquanto o examinador repousa a mão sobre o cotovelo do membro avaliado e outra sobre o ombro oposto
	Resolução: paciente tenta fletir o braço elevando ativamente o cotovelo, sem elevar o cíngulo da escápula
	Positividade: se a articulação acromioclavicular for saliente ou houver osteófitos, agravará a queixa dolorosa
Testes para ruptura de manguito rotador:
	TESTE DO SUPRAESPINAL
	Finalidade: avaliar músculo supraespinal
	Posição: ambos os membros superiores em flexão e rotação externa; com examinador a frente do paciente com as mãos sobre os punhos do paciente
	Resolução: paciente realiza elevação ativa dos membros no plano da escápula contra resistência
	Positividade: dor ou redução da força do membro
	TESTE DE JOBE
	Finalidade: avaliar músculo supraespinal
	Posição: ambos os membros superiores em flexão e rotação interna, com examinador a frente do paciente com as mãos sobre os punhos do paciente.
	Resolução: paciente realiza elevação ativa dos membros no plano da escápula contra resistência.
	Positividade: dor ou diminuição da força
	TESTE DO INFRAESPINAL
	Finalidade: avaliar músculo infraespinal
	Posição: ambos os membros superiores ao lado do corpo com o cotovelo encostando no mesmo e 90º de flexão, com examinador a frente com as mãos opondo o movimento das mãos do paciente.
	Resolução: paciente fazer ativamente a rotação externa do braço contra a resistência oposta pelo examinador.
	Positividade: dor ou diminuição da força
	TESTE DE PATTE
	Finalidade: avaliar músculo infraespinal
	Posição: membro superior posicionado em elevação de 90º com o cotovelo em 90º de flexão, com examinador por trás do paciente com uma mão aberta repousando o punho do paciente e outra sustentando o cotovelo
	Resolução: paciente deve forçar em rotação externa contra a resistência oposta pelo examinador
	Positividade: dor ou diminuição da força
	TESTE DO SUBESCAPULAR (Geber ou lift off)
	Finalidade: avaliar músculo subescapular
	Posição: paciente coloca o dorso das mãos ao nível de L5 (realizando uma rotação medial).
	Resolução: paciente procura ativamente afastar as mãos das costas
	Positividade: incapacidade de fazê-lo ou de manter o afastamento, indica grave lesão do subescapular
	BELLY PRESS TEST
	Finalidade: avaliar músculo subescapular
	Posição: paciente coloca a mão no abdome, mantendo o braço em alinhamento no plano coronal.
	Resolução: paciente força as mãos contra o abdome.
	Positividade: cotovelo se deslocará posteriormente se o subescapular estiver lesado
Testes para lesões da articulação acromioclavicular:
	TESTE DE O’BRIEN
	Finalidade: avaliar acromioclavicular e complexo bíceps-labioglenoidal (SLAP segundo o Thiago)
	Posição: em primeiro tempo, paciente em pé, com o membro superior em extensão, ombro em 90º de flexão e 10-20º de abdução e rotação medial e pronação máximas (apontando o polegar para o solo); segundo tempo, mesma posição, só que o paciente faz ativamente rotação lateral e supinação máximas (palma da mão pra cima); e em ambos o examinador coloca uma mão no antebraço do membro examinado e outra estabiliza o ombro do paciente.
	Resolução: em ambos os tempos o examinador aplica força sobre o membro do paciente, o qual deve resistir
	Positividade: positivo para lesão do complexo bíceps-labioglenoidal se no primeiro tempo houver dor que desaparece ou é aliviada no tempo seguinte. Um estalido doloroso intra-articular no primeiro tempo do teste também indica lesão do labioglenoidal. Dor na AAC ou no ápice do ombro é sugestiva de alteração acromioclavicular nesse mesmo teste.
	TESTE DA FLEXÃO-ABDUÇÃO (cross-arm)
	Finalidade: avaliar articulação acromioclavicular
	Posição: paciente em pé com os membros ao lado do corpo e examinador ao lado do membro do paciente a ser examinado, com uma mão no cotovelo e outra estabilizando o dorso (se for feito passivamente).
	Resolução: paciente faz ativamente a flexão-adução horizontal forçada do MS; pode também ser feita passivamente pelo examinador.
	Positividade: dor se houver alteração da AAC
Testes para estabilidade glenoumeral:
	TESTE DA APREENSÃO
	Finalidade: avaliar instabilidade anterior 
	Posição: paciente em pé com os membros ao lado do corpo e examinador por trás com uma mão no antebraço e outra no ombro do membro a ser examinado.
	Resolução: examinador executa com uma mão a abdução, rotação externa e extensão passivas forçadas do braço do paciente, ao mesmo tempo que pressiona com o polegar da outra mão a face posterior da cabeça do úmero tentando deslocá-la
	Positividade: sensação de luxação iminente provoca temor e apreensão do paciente
	TESTE DO SULCO
	Finalidade: avaliar frouxidão capsuloligamentar
	Posição: paciente em pé com os membros ao lado do corpo e examinador ao lado do membro; também realiza-se com paciente com ombro em rotação interna e com elevação de 45° 
	Resolução: examinador puxa o membro em sentido caudal; em seguida, puxa novamente o membro do paciente, contudo, com o mesmo posicionado em 90ºde abdução.
	Positividade: aparecimento de um sulco de 1cm ou mais entre o acrômio e cabeça do úmero.
	TESTE DA GAVETA ANTERIOR E POSTERIOR
	Finalidade: avaliar instabilidade ou frouxidão
	Posição: paciente em pé ou sentado e com os membros ao lado do corpo, examinador por trás do paciente com uma mão espalmada sobre o ombro e escápula do paciente, e outra segurando firmemente a cabeça do úmero
	Resolução: examinador desloca a cabeça do úmero em sentido anterior e posterior.
	Positividade: dor com deslocamento > 25% da cabeça do úmero em relação à glenoide ou apenas deslocamentos maiores.
	TESTE DA RECOLOCAÇÃO
	Finalidade: avaliar a estabilidade da articulação glenoumeral e diferenciar síndrome do impacto secundária à instabilidade de subluxação
	Posição: paciente em decúbito dorsal com cotovelo fletido em 90º e braço abduzido em 90º e examinador ao lado do membro do paciente a ser examinado com uma mão no cotovelo e outra no ombro para estabilizar
	Resolução: primeiro o examinador realiza uma rotação externa máxima com uma mão e com a outra segura a cabeça do úmero e a traciona para cima (procurando subluxá-la), sendo que essa manobra geralmente provoca dor (sem apreensão em pacientes com subluxação anterior); a seguir, o examinador empurra a cabeça do úmero para baixo (procurando reduzi-la).
	Positividade: dor persiste em paciente com síndrome do impacto secundária e cessa se com subluxação.
	RELEASE TEST
	Finalidade: avaliar a estabilidade da a. glenoumeral
	Posição: paciente em decúbito dorsal e examinador ao lado do membro a ser examinado.
	Resolução: realiza-se abdução e rotação externa do braço até que ocorra apreensão ou dor; faz-se então estabilização anterior, apoiando a cabeça do úmero realizando força posterior, fazendo com que o paciente relate melhora
	Positividade: apreensão/dor seguida de melhora durante segunda etapa
COTOVELO
Inspeção Estática
Lateralmente, observa-se aumento de volume ou atrofia, preenchimento do recesso infracondilar, indicado derrame articular.
Na região anterior, observa-se o ângulo de carregamento, com o antebraço em supinação e o cotovelo em extensão; então avalia-se o ângulo entre úmero e antebraço, sendo o valor normal de 10º. O aumento desse ângulo é chamado de cúbito valgo e a diminuição de cúbito varo.
Na região posterior, observa-se a proeminência da ponta do olecrano (sugere luxação do cotovelo), perda de massa óssea na articulação umeroulnar, Artropatia de Charcot, bursa olecraneana e nódulos reumatoides. 
No lado medial, observa-se o epicôndilo medial, espessamento do nervo ulnar (hanseníase ou subluxação).
Inspeção Dinâmica
Avalia-se os 4 movimentos do cotovelo:
· Flexão: 140º
· Extensão: 0º
· Pronação: 75º com cotovelo em 90º
· Supinação: 80º, com cotovelo em 90º
Palpação
Inicia pela palpação dos epicôndilos medial e lateral, além da ponta do olecrano (deveram formar um triângulo equilátero). 
Na região lateral, palpa-se epicôndilo lateral, origem da musculatura extensora do punho, complexo ligamentar lateral e cabeça do rádio.
Na região medial, palpa-se o nervo ulnar (no sulco entre epicôndilo medial e processo olecraneano), músculos pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e o flexor ulnar do carpo, e o ligamento colateral medial.
Na região anterior, palpa-se, na fossa cubital, o nervo cutâneo lateral do antebraço, tendão do bíceps, artéria braquial e nervo mediano. 
Na região posterior, palpa-se o olecrano e os epicôndilos, com o cotovelo em flexão. Também pode-se palpar a articulação umeroulnar.
Testes Específicos
	TESTE DE COZEN
	Finalidade: avaliar epicondilite lateral
	Posição: paciente com cotovelo em 90º de flexão e antebraço em pronação, com examinador opondo resistência no punho com uma mão e palpa o epicôndilo lateral com a outra
	Resolução: paciente deve fazer extensão ativa do punho contra resistência 
	Positividade: reproduzir dor experimentada
	TESTE DE MILL
	Finalidade: avaliar epicondilite lateral
	Posição: paciente com cotovelo em 90º de flexão, e antebraço em pronação com a mão fechada, punho em dorsiflexão e cotovelo em extensão, com examinador opondo resistência no punho com uma mão e palpa o epicôndilo lateral com a outra
	Resolução: examinador força o punho em flexão e o paciente é orientado a resistir ao movimento 
	Positividade: reproduzir dor experimentada
	TESTE DA EPICONDILITE MEDIAL
	Finalidade: avaliar epicondilite medial
	Posição: paciente com cotovelo em flexão, e antebraço em supinação, punho em extensão, com examinador opondo resistência na mão do paciente com uma mão e com a outra na face lateral do mesmo braço
	Resolução: estende-se o cotovelo do paciente vagarosamente, junto com flexão do punho contra resistência
	Positividade: reproduzir dor experimentada, em epicôndilo medial ou ao realizar flexão do punho
	TESTE DA CADEIRA (GARDNER)
	Finalidade: avaliar epicondilite lateral
	Posição: paciente em pé, com antebraço em pronação, o punho em flexão segurando uma cadeira
	Resolução: paciente tenta erguer a cadeira com uma mão 
	Positividade: dor forte no epicôndilo lateral
	ESTRESSE EM VALGO E VARO
	Finalidade: avaliar instabilidade ligamentar
	Posição: paciente com cotovelo discretamente fletido, e examinador segurando no úmero e no punho
	Resolução: em varo: realiza rotação interna completa do úmero e pronação do punho; em valgo: realiza rotação externa do úmero, com pronação do punho
	Positividade: percepção de instabilidade
PUNHO
Inspeção Estática
Não pode ser limitada à área da queixa do paciente, devendo abranger todo o membro superior, especialmente o antebraço e a mão, bilateralmente. Observa-se a postura do membro, deformidades, aumento de volume (edema, tumores, tumorações, sinovites), coloração da pele, cicatrizes, hematomas, equimoses, flictenas e ferimentos. 
Inspeção Dinâmica
O punho apresenta 6 movimentos:
· Pronação: 80°
· Supinação: 90°
· Flexão: 70-80°
· Extensão: 60-70°
· Desvio Ulnar
· Desvio Radial.
Palpação
Deve-se pesquisar alteração da temperatura, presença de deformidades e tumorações e localização de pontos dolorosos. 
Na borda radial da extremidade distal do rádio, palpa-se o processo estiloide do rádio; medialmente ao processo estiloide, radial a uma linha traçada pelo centro do dedo médio, sente-se uma protuberância denominada tubérculo de Lister, em cuja borda ulnar passa o tendão extensor longo do polegar, enquanto do lado radial se localizam os tendões extensores radiais do carpo; seguindo em sentido ulnar, encontramos a articulação radioulnar distal e sobre ela passa o tendão extensor próprio do quinto dedo e corresponde ao quinto túnel osteofibroso dorsal; e em posição mais ulnar palpa-se a cabeça da ulna onde, por um sulco, passa o tendão extensor ulnar do carpo. 
Entre a cabeça da ulna e o osso piramidal encontra-se a fibrocartilagem triangular que não é sentida pelo examinador durante a palpação, mas que, em caso de lesão dessa estrutura, o paciente pode referir dor durante a palpação, o processo estiloide da ulna é palpado na borda mais ulnar e saliente da ulna. 
Ainda, à palpação, devem-se também pesquisar a presença e a localização de crepitações e estalos. 
Testes Específicos
	TESTE DE FINKELSTEIN
	Finalidade: diagnosticar tenossinovite do primeiro compartimento dorsal (tendões do abdutor longo do polegar e do extensor curto do polegar) ou tenossinovite de De Quervain
	Posição: paciente com polegar aduzido e fletido na palma da mão
	Resolução: paciente realiza desvio ulnar
	Positividade: dor na região do processo estiloide do rádio
	TESTE DE EICHHOFF
	Finalidade: avaliar tenossinovite de De Quervain
	Posição: paciente com os dedos fletidos em preensão máxima enquanto o examinador estabiliza o punho com uma mão e segura a mão do paciente com outra.
	Resolução: examinador realiza um desvio ulnar no punho do paciente.
	Positividade: dor
	TESTE DE PHALEN
	Finalidade: avaliar síndrome do túnel do carpo
	Posição: paciente com os punhos na flexão máxima.
	Resolução: manter posição durante1 min.
	Positividade: sensação de formigamento ou dormência no território do nervo mediano, principalmente e com mais frequência no dedo médio.
	TESTE DE TINEL
	Finalidade: avaliar locais de compressão de nervo, onde há desmielinização ou axônios em regeneração
	Resolução: percussão pelo examinador de um nervo.
	Positividade: desencadeia a sensação desagradável de choque, em geral irradiando distalmente.
	TESTE DE DURKAN
	Finalidade: avaliar síndrome do túnel do carpo
	Resolução: examinador pressiona com os 2 polegares a região do carpo por 30 segundos
	Positividade: sintomas comuns da STC se apresentarem ao longo do trajeto no nervo mediano.
	TESTE DE BERGER
	Finalidade: avaliar síndrome do túnel do carpo
	Resolução: paciente deve manter os dedos fletidos em preensão máxima ou full fist por 30-40 segundos
	Positividade: dor ou parestesia no trajeto do nervo mediano na mão nessa posição.
	TESTE DE ALLEN
	Finalidade: determinar patência das artérias que suprem a mão.
	Posição: paciente com o MMSS em supinação para que o examinador palpe e avalie as artérias.
	Resolução: comprimindo-se as artérias radial e ulnar no punho com ambas as mãos do examinador; em seguida, solicita-se ao paciente para abrir e fechar fortemente os dedos, seguidamente, de modo a retirar o sangue da mão que ficará pálida. Nesse momento, o paciente relaxa os dedos e o examinador libera uma das artérias e observa se houve reperfusão imediata da mão.
	Positividade: se houver reperfusão imediata da mão está confirmada a patência da artéria liberada, em caso contrário, ou seja, ausência de reperfusão, o teste é positivo, indicando alteração do fluxo arterial testado.
MÃO
Inspeção Estática
Podemos perceber que, na mão dominante, a musculatura intrínseca é mais desenvolvida e os sulcos das pregas cutâneas são mais profundos. Além disso, podemos observar calosidades nas mãos nas regiões de maior atrito. 
Na mão normal observamos que a região palmar forma uma “concha”, cujos limites seriam as eminências tenar e hipotenar. 
À inspeção estática, já podemos notar pregas cutâneas anormais nas comissuras dos dedos. Essas pregas, denominadas sindactilias, constituem-se em uma das deformidades congênitas mais frequentes da mão e limitam sua função por restringir os movimentos. 
Nas articulações metacarpofalângicas, na região palmar, observamos a formação de saliências e discreta depressão localizada ao lado dos dedos. As saliências correspondem à presença de tecido gorduroso e dos feixes vasculonervosos, constituídos por artéria e nervo. As depressões correspondem ao túnel osteofibroso contendo os tendões flexores. 
Na região do dorso da mão em repouso, observamos as saliências formadas pelas cabeças dos metacarpos, sendo a do terceiro dedo a mais saliente. 
A transparência das unhas permite examinar o leito ungueal e a microcirculação, oferecendo informações do estado hemodinâmico local ou sistêmico. 
Inspeção Dinâmica
As metacarpofalângicas realizam extensão, flexão, adução e abdução. O polegar realiza flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna e rotação externa,
Palpação
Durante a palpação da pele, devem-se observar alterações na temperatura da mão. A pele seca por anidrose será indício de lesão nervosa. A pele da região palmar da mão e dos dedos é mais espessa e fixa aos planos profundos.
Testes Específicos
	TESTE PARA INTEGRIDADE/LESÃO DOS TENDÕES FLEXORES DIGITAIS
	Finalidade: avaliar os tendões dos flexores digitais (superficial e profundo).
	Posição: paciente com a mão repousada sobre a maca e examinador opondo resistência a flexão dos outros dedos enquanto testa a flexão um por um dos dedos (flexor superficial) e depois opondo resistência a flexão superficial (flexor profundo).
	Resolução: examinador opõe resistência e pede ao paciente que realize flexão.
	Positividade: paciente conseguir realizar flexão.
QUADRIL
Testes Especiais
	TESTE DE ELY
	Finalidade: avaliar contratura do reto femoral
	Posição: paciente em decúbito ventral
	Resolução: examinador executa flexão do joelho em direção ao glúteo máximo
	Positividade: qualquer elevação da pelve
	TESTE DE THOMAS
	Finalidade: avaliar contratura em flexão do quadril
	Posição: paciente em decúbito dorsal
	Resolução: pede para paciente realizar flexão ativa de cada membro inferior
	Positividade: formação de ângulo entre o membro estendido e a mesa
	TESTE DE TRENDELENBURG
	Finalidade: avaliar fraqueza da musculatura abdutora (glúteos) ipsilateral
	Posição: paciente em pé
	Resolução: pede-se que o paciente realize flexão ativa de um dos joelhos
	Positividade: queda do quadril para lado oposto ao que está apoiado
	TESTE DE PATRICK-FABERE
	Finalidade: avaliar doença do quadril
	Posição: paciente em decúbito dorsal, com um membro em extensão e o outro em posição de 4; examinador com mão sobre o joelho fletido e outra sobre o quadril oposto
	Resolução: examinador realiza pressão sobre joelho
	Positividade: dor referida na virilha do membro fletido
	TESTE DE GAENSLEN
	Finalidade: avaliar a presença de escoliose
	Posição: paciente em decúbito dorsal e na beira do leito
	Resolução: pede-se que o paciente abrace ambos os joelhos; depois estender o quadril a ser examinado, que estará pendente na maca
	Positividade: presença dor à extensão do quadril
	TESTE DE GALEAZZI
	Finalidade: avaliar diferença de tamanho dos membros inferiores
	Posição: paciente em decúbito dorsal e joelhos fletidos
	Resolução: examinador avalia se há desnível dos joelhos
	Positividade: desnível indica diferença de comprimento
JOELHO
Inspeção Estática
Avaliar paciente parado e membro inferior como um todo (incluindo articulações do quadril e tornozelo) e sempre comparar com lado contralateral.
Observa-se o ângulo Q (medida de alinhamento patelar global; normal 10-20°), presença de derrame, alteração de tamanho de um joelho para o outro, coloração, hiperemia; presença de atrofia de musculatura em torno do joelho; altura da Patela (paciente sentado; normal é na frente dos côndilos femorais)
Inspeção Dinâmica
Avalia-se se o paciente apresenta thrust ou flambagem (abertura lateral ou medial do joelho por frouxidão ligamentar excessiva).
Os movimentos avaliados são: flexão, extensão, rotação interna e rotação externa.
 Palpação
As referências ósseas são tubérculo de Gerdy, cabeça da fíbula, epicôndilos femorais, as facetas medial e lateral da patela, TAT (tuberosidade anterior da tíbia), interlinhas articulares medial e lateral.
Realiza-se a pesquisa de derrames articulares, observando os contornos musculares da bolsa subquadricipital que, desaparecidos pelo aumento de volume da bolsa subquadricipital com líquido em seu interior, caracterizam o derrame articular. Pode-se analisar o Sinal da Onda (volumes menores; paciente em decúbito dorsal; examinador pressiona com palma da mão a face medial do joelho, para deslocar qualquer líquido; faz-se, então, compressão atrás da borda lateral da patela, podendo ser verificados abaulamentos produzidos pelo retorno do líquido) e o Sinal da Tecla (grandes volumes; paciente em decúbito dorsal; examinador posiciona mão esquerda na coxa, logo acima do joelho, e realiza compressão na patela; se houver grandes líquidos articulares, o líquido penetra entre patela e fêmur, havendo flutuação patelar; com a mão direita, examinador empurra com dedo indicador a patela contra a superfície femoral, que poderá afundar como uma tecla pressionada).
Também avalia-se o trofismo muscular, com o paciente deitado em posição supina, verifica-se o tônus de toda a musculatura da coxa e da perna, em especial do quadríceps, cuja atrofia deve estar sempre presente nas afecções intrínsecas do joelho.
Testes Específicos
Testes para função dos ligamentos cruzados:
	TESTE DE LACHMANN
	Finalidade: avaliar LCA
	Posição: paciente em decúbito dorsal com flexão de 30º do joelho
	Resolução: examinador segura com uma mão a região supracondilar do fêmur e com a outra a região superior da tíbia; depois provoca movimento antagônico com cada mão (frentee trás)
	Positividade: transladação anterior da tíbia
	TESTE DA GAVETA ANTERIOR
	Finalidade: avaliar integridade do LCA
	Posição: paciente em decúbito dorsal com flexão de 45º do quadril e 90º do joelho
	Resolução: examinador apoia o pé do paciente e, com ambas as mãos colocadas na região posterior do terço superior da tíbia do paciente, traciona-a para a frente provocando deslizamento anterior da perna sobre coxa. 
	Positividade: mensura-se o avanço anterior da tíbia nos dois lados, sensibilizando o sinal da gaveta como predominantemente medial ou lateral, se houver excursão maior que o contralateral.
	TESTE DE PIVOT-SHIFT (Mcintoch)
	Finalidade: avaliar integridade do LCA e instabilidade anterolateral
	Posição: paciente em decúbito dorsal, com membro inferior próximo da extensão máxima
	Resolução: uma mão segura perna em rotação interna (calcanhar para fora) e a outra mão no terço superior lateral da perna forçando valgo. Inicia-se lentamente a flexão quando, em torno dos 30-50°, será percebida redução repentina da subluxação anterior.
	Positividade: redução da subluxação anterior por ação do trato iliotibial, que aos 30° de flexão está posterior ao eixo de rotação do joelho, tornando-se um flexor e deixando de ser um extensor.
	TESTE DE PIVOT-SHIFT REVERSO (Jakob)
	Finalidade: avaliar integridade do LCA e instabilidade posterolateral
	Posição: mesma do teste de pivot-shift
	Resolução: joelho é fletido com uma força de abdução aplicada à tíbia em rotação externa, estando o quadril em rotação interna.
	Positividade: se houver instabilidade posterolateral, a tíbia se deslocará para trás sobre o côndilo femoral lateral, com subluxação, que é reduzida na extensão do joelho.
	TESTE DE JERK (Ressalto)
	Finalidade: reproduzir subluxação anterior da tíbia por lesão de LCA.
	Posição: paciente em decúbito dorsal com membro inferior colocado em 45° de flexão do quadril e 90° de flexão do joelho.
	Resolução: examinador, com uma das mãos, segura o pé ou a perna em rotação interna e, com a outra, pressiona o terço superior externo da perna para a frente, fazendo discreto valgo do joelho. Nessa posição, o joelho estende-se lenta e progressivamente até o momento em que se nota ressalto articular repentino.
	Positividade: ressalto articular repentino = subluxação anterolateral do joelho
	TESTE DA GAVETA POSTERIOR
	Finalidade: avaliar integridade do LCP
	Posição: paciente em decúbito dorsal com flexão de 45 ̊ do quadril e 90 ̊ do joelho
	Resolução: examinador empurra para trás a perna e, com ambas as polpas digitais colocadas sobre o rebordo anterior dos planaltos tibiais, sente os movimentos posteriores dos dois lados (medial e lateral).
	Positividade: posteriorização da tíbia
	TESTE DE ROTAÇÃO EXTERNA-RECURVADO
	Finalidade: avaliar instabilidade posterolateral (LCP).
	Posição: paciente em decúbito dorsal com joelhos em extensão máxima
	Resolução: examinador toma primeiro um dos pés e depois o outro, pelo hálux, e eleva ambos os pés em posição de hiperextensão do joelho, e cada joelho é observado quanto ao grau de recurvado, de rotação externa da perna e aparente tíbia vara.
	Positividade: tíbia está rodada externamente com aparente subluxação posterior do rebordo tibial lateral em relação ao côndilo femoral lateral, característico da instabilidade posterolateral
	SAG TEST
	Finalidade: avaliar LCP
	Posição: igual ao da gaveta
	Resolução: observar posição da tíbia
	Positividade: observa-se tíbia posteriorizada
Testes para função dos ligamentos colaterais:
	TESTE DA ABDUÇÃO/ ESTRESSE EM VALGO
	Finalidade: verificar a integridade do LCM e estruturas
posteromediais
	Posição: paciente em decúbito dorsal com joelho em hiperextensão, 0º de extensão e 30º de flexão do joelho. Fazer em 03 posições.
	Resolução: examinador segura o tornozelo e aplica força de abdução. Com a outra mão na região lateral do joelho, na altura da interlinha articular, realiza-se um valgo (joelho p/ dentro). Fazer primeiro em joelho são.
	Positividade: abertura da articulação do joelho. Positivo em extensão indica lesão da capsula + LCM + possível LCA; em flexão testa-se o LCM isoladamente.
	TESTE DA ADUÇÃO/ ESTRESSE EM VARO
	Finalidade: avaliar integridade do LCL e cápsula.
	Posição: paciente em decúbito dorsal com extensão do joelho e também 30° flexão.
	Resolução: Examinador segura pelo tornozelo com uma mão, onde aplicara força de adução e, com a outra mão no nível da intervinha articular (sobre o côndilo femoral medial), realiza-se força em varo.
	Positividade: quando há abertura, semelhante ao valgo. Em 30°, a positividade do teste pode ser fisiológica para o joelho valgo normal.
Testes para avaliar menisco:
	TESTE DE MCMURRAY
	Finalidade: avaliar lesão meniscal; em rotação externa testa menisco medial e em rotação interna testa menisco lateral.
	Posição: paciente em decúbito dorsal com flexão completa do joelho e quadris a 90°.
	Resolução: examinador palpa a interlinha medial com uma das mãos e, com a outra, segura o pé do paciente, provocando movimentos de rotação interna e externa da perna, alternadamente.
	Positividade: dor, com ou sem estalidos. Dica: Para onde o calcanhar aponta, será o menisco alterado.
	TESTE DE STEINMANN
	Finalidade: avaliar lesão meniscal
	Posição: paciente sentado com joelho em 90° de flexão 
	Resolução: realizar rotação externa e interna da perna, segurando pelo pé
	Positividade: dor ou estalido na interlinha articular
	TESTE DE THESSALY
	Finalidade: avaliar lesão meniscal
	Posição: paciente em pé com flexão 20º do joelho
	Resolução: pede-se que o paciente realize rotação sobre a tíbia por três vezes
	Positividade: dor
	TESTE DE APLEY
	Finalidade: avaliar lesão meniscal
	Posição: paciente em decúbito ventral e joelho fletido
	Resolução: aplica-se compressão axial junto ao pé e rotação externa da perna, até o ponto em que paciente refira dor; depois realiza-se rotação interna e aplica-se força de distração
	Positividade: dor no primeiro tempo e alívio no segundo; menisco medial na rotação externa e lateral na rotação interna
Testes apara instabilidade femoropatelar: 
	TESTE DA APREENSÃO / FAIRBANK
	Finalidade: avaliar instabilidade femoropatelar. Quando a patela apresenta grau de mobilidade lateral maior que o normal, detecta-se luxação/subluxação patelar.
	Posição: paciente em decúbito dorsal, com joelho fletido a 30°
	Resolução: examinador desloca a patela lateralmente a partir de uma pressão na borda medial.
	Positividade: fáscies do paciente apreensiva, apreensão, extensão do joelho.
	TESTE DE ZOHLEN/CLARK
	Finalidade: avaliar acometimento femoropatelar
	Posição: paciente em decúbito dorsal com joelho estendido
	Resolução: segura-se a patela um pouco distalmente, pede-se que paciente contraia vigorosamente e o quadríceps.
	Positividade: dor
	TESTE DE COMPRESSÃO PATELAR (Rabot)
	Finalidade: avaliar articulação femoropatelar.
	Posição: paciente em decúbito dorsal, com o joelho em extensão, e em flexão de 25-30°.
	Resolução: compressão suave da patela contra a tróclea e fazendo movimentos longitudinais ou transversais.
	Positividade: dor, crepitação, ressalto = prega sinovial
espessada ou lesão instável da cartilagem.
	PASSIVE PATELAR TILT TEST
	Finalidade: avaliar acometimento femoropatelar
	Posição: paciente em decúbito dorsal com joelho estendido
	Resolução: mobilização lateral e medial da patela em extensão e em 30° de flexão
	Positividade: presença dor 
TORNOZELO E PÉ
Inspeção Estática
Inicia com paciente em pé, avaliando o membro inferior como um todo, observando se há desvio rotacional do quadril, deformidades angulares do joelho ou perna, trofismo das musculaturas, alterações de pilificação, presença de edemas, arqueamento da perna e eixo do retropé. Deve-se avaliar nas posições frontal, dorsal e lateral.
Com o paciente sentado, avalia-se deformidades, presença de manchas ou alterações de pele, alterações de pilificação, avalia-se a planta do pé (queratose).
Inspeção Dinâmica
Tambémdeve-se avaliar a marcha do paciente, avaliando o trofismo muscular, se há vício de marcha, marcha patológica, articulações do joelho e tornozelo, sincronia de movimentação do retropé e médiopé.
Os movimentos realizados pelo tornozelo são de dorsiflexão (25º), flexão plantar (45º), inversão, eversão, supinação, pronação, abdução e adução. Além disso, avalia-se a mobilidade dos dedos. 
Palpação
Palpa-se o maléolo medial e lateral, tendão extensor longo do hálux, tendões extensores longos do dedo, interlinha articular do tornozelo, tendão tibial posterior, ligamento deltoide, cabeça do talus, tuberosidade do navicular, tendões fibulares, base do 5° metatarso, seio do tarso, tuberosidade anterior e posterior do calcâneo e tendão calcâneo.
Os pulsos palpáveis são tibiais anterior e posterior.
Testes Especiais
	TESTE DE THOMPSON
	Finalidade: avaliar integridade do tendão calcâneo
	Posição: paciente em decúbito venral, com joelho fletido a 90°
	Resolução: examinador palpa o tríceps sural
	Positividade: se flexão plantar = tendão integro
	TESTE DA PONTA DOS PÉ
	Finalidade: Avalia a integridade dos tendões calcâneos e tibial posterior
	Posição: paciente em pé
	Resolução: paciente fique na ponta dos pés
	Positividade: resultado esperado é se obter a elevação suave e simétrica dos calcanhares, acompanhada de varização progressiva do retropé à medida que aumenta sua elevação em rela ção ao solo.
	TESTE DE PILLINGS
	Finalidade: Avalia envolvimento traumático ou inflamatório dos ligamentos e da articulação tibiofibular distal
	Posição: paciente sentado
	Resolução: comprime-se firmemente, no terço médio da perna, a fíbula conta a tíbia
	Positividade: dor na face anterolateral do tornozelo
	TESTE DA GAVETA ANTERIOR
	Finalidade: Avalia a integridade do ligamento fibulotalar anterior e porção anterolateral da cápsula articular
	Posição: paciente sentado
	Resolução: examinador apoia uma das mãos sobre a face da tíbia e a outra envolve o calcanhar; aplica-se força para deslocar anteriormente o pé
	Positividade: deslocamento anterior do talo e surgimento de depressão na face anterolateral do tornozelo
	TESTE DA GAVETA POSTERIOR
	Finalidade: Avalia a integridade dos ligamentos da sindesmose tibiofibular distal
	Posição: paciente sentado
	Resolução: examinador segura firmemente o tornozelo com uma das mãos e aplica força com o polegar da outra mão para deslocá-lo posteriormente da fíbula. 
	Positividade: surge dor na região correspondente à articulação, enquanto a fíbula se desloca levemente para trás.

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