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UNIDADE 3 - NEGOCIOS PLANEJAMENTO EMPRESARIAL TRIBUTARIO

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27/09/2022 09:06 NEG_PLTRAV_21_E_3
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Introdução
Estudamos todos os impostos estaduais e iremos
�nalizar agora, nesta unidade, com o último dos
impostos municipais: o IPTU. 
Após transcorrer o percurso de aprendizado e conhecer
a tributação das pessoas físicas e jurídicas, faremos
uma breve revisão para sedimentar os conhecimentos
obtidos até aqui. 
Em seguida, conheceremos duas formas societárias de
empreendimentos individuais, o MEI e a EIRELI. 
A depender da especi�cidade de cada caso, a escolha
de abertura de uma ou outra pode ser mais ou menos
vantajosa. Por isso, aprenderemos os principais
aspectos destes dois modelos e aliamos às informações
Planejamento tributário
avançado
Unidade 3 - Tributo municipal, revisão geral e
empreendimentos individuais
Autor: Marjory Alves Hirata
Revisor: Tatiane Antonovz
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tributárias aprendidas com a análise dos pontos mais
relevantes a serem examinados para proceder à
escolha da melhor opção. 
Tudo isso consiste na base para a elaboração de um
planejamento tributário e�ciente. 
1. IPTU - Imposto sobre a
propriedade predial e territorial
urbana
O IPTU é o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, de competência dos
municípios. Ele consta do artigo 156, inciso I da Constituição Federal e nos artigos 32 a 34 do
Código Tributário Nacional.
Desde a análise do nome, dois pontos devem ser observados.
Primeiro, que não se trata de um imposto sobre qualquer tipo de propriedade, mas sim de
propriedade predial e/ou territorial. Assim, qualquer outro tipo de bem, como carros, navios,
etc., não são objeto deste imposto.
Segundo, que mesmo em se tratando de uma propriedade predial ou territorial, o IPTU não
incide sobre o bem se estiver fora do perímetro urbano, localizado em área rural. Caso esteja
localizado em área rural, será tributado pelo imposto federal do ITR - Imposto sobre a
propriedade Territorial Rural.
Observados estes pontos, passamos à análise da regra-matriz do IPTU.
1.1. Regra-matriz do IPTU
A regra-matriz do IPTU é a seguinte:
Hipótese de Incidência:
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Hipótese de Incidência
Consequente
Ao analisar a regra-matriz do IPTU, percebemos que se trata de um imposto cobrado pelo
Município (sujeito ativo) e, portanto, que cada um deles detém sua própria legislação e
alíquotas, as quais devem ser consultadas caso a caso, conforme o local em que esteja
situado o imóvel.
A obrigação de recolher esse tributo surge todo dia 01º de janeiro (critério temporal), quando
se realiza o critério material/fato gerador do IPTU. Para isso, é necessário que o imóvel ou
terreno pertença a uma pessoa, que será a responsável pelo recolhimento do imposto, ou
que esta pessoa tenha o direito de uso sobre o bem.
A propriedade é facilmente comprovável por meio da certidão de matrícula do imóvel
perante o Cartório de Registro de Imóveis, que contém as especi�cações do imóvel/terreno e
todos os donos e transmissões ocorridas, até o proprietário atual.
Os direitos de uso do imóvel ou do terreno podem ser o domínio útil ou a posse. Neles, a
pessoa detentora destes direitos não tem poderes, por exemplo, para vender o bem, mas
pode utilizá-lo.
Como vimos, apenas imóveis situados na zona urbana (critério espacial) são objeto do IPTU.
Para que seja considerado urbano, deve conter ao menos dois dos seguintes itens:
a. Meio-�o/calçamento com canalização de água das chuvas;
b. Sistema de abastecimento de água;
c. Sistema de esgoto;
d. Rede de iluminação pública, com ou sem postes, para distribuir a rede domiciliar;
e. Escola primária ou posto de saúde em até 3 quilômetros.
O Município, por meio de lei, também pode considerar como pertencente à zona urbana
imóvel/terreno que, mesmo sem possuir pelo menos duas das características acima, esteja
situado em áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos
aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio.
Por outro lado, há previsão no artigo 15 do Decreto-lei nº 57/1966 e jurisprudência �rmada
no Superior Tribunal de Justiça (Súmula 174 do STJ), para imóveis que, mesmo localizados na
zona urbana, com as características acima mencionadas, sejam tributados pelo Imposto
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Territorial Rural (ITR) ao invés do IPTU, quando comprovadamente utilizados para exploração
extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial.
No que diz respeito à alíquota do IPTU, como vimos, por se tratar de imposto municipal, cada
Município tem o poder de estabelece-las, por meio de lei. No entanto, a alíquota máxima
permitida, nos termos do artigo 7º, § 1º da Lei Federal nº 10.257/2001 é de até 15%.
Ao tratarmos das alíquotas deste imposto, é relevante compreender a possibilidade delas
serem progressivas conforme o valor do imóvel; sua localização e destinação; ou pelo
atendimento da função social do imóvel, conforme o Plano Diretor de cada Município. Estas
possibilidades constam da Constituição Federal, respectivamente, nos artigos 156, § 1º,
incisos I e II; e no artigo 182, § 4º, inciso II.
Alguns imóveis de alto valor, ou situados em regiões mais nobres, por exemplo, podem ser
tributados pelo IPTU mais pesadamente, conforme a Planta Genérica de Valores do
Município  (que contém o valor do m²  da região), respeitado o limite legal de 15%.
No entanto, se o valor do imposto, com base na Planta Genérica de Valores for nitidamente
injusto, muito maior do que o justo e adequado, é possível pedir uma avaliação especial pela
Prefeitura para o imóvel de interesse.
Quanto à função social do imóvel, considera-se que, para o desenvolvimento do espaço e
das funções da Cidade, os imóveis devem cumprir seu papel, sendo bem aproveitados e
úteis e, portanto, atendendo à uma função para a sociedade. Assim, evita-se que
 propriedades subutilizadas se acumulem nas Cidades. Por exemplo, terrenos baldios, sem
qualquer uso para os cidadãos, podem sofrer tributação progressivamente mais onerosa, a
cada ano, conforme o tempo que passa sem servir a um propósito no conjunto social.
O IPTU é um dos únicos impostos que autorizam a perda do bem caso não seja pago. O
contribuinte que deixa de pagar o imposto é noti�cado do atraso e da inscrição do débito no
Sistema da Dívida Ativa do Município. A partir daí, ele pode ser protestado em cartório, ou
executado judicialmente. E se não houver pagamento, o imóvel pode ser desapropriado e
levado a leilão para quitação da dívida. O proprietário contribuinte, portanto, deve estar
atento para este risco.
Você sabia
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No caso do Município de São Paulo, a última atualização da Planta Genérica de Valores
consta do Decreto nº 59.158/2019: É importante checar no site do Município do imóvel
para veri�car se ele também possui uma Planta Genérica de Valores e veri�cá-la. Clique
aqui e acesse o decreto. Acessado em 21/01/2021, às 17h.
Percebe-se a necessidade de analisar a política de progressividade do Imposto de cada
Município, examinando a legislação local e conferindo a aplicação no site da respectiva
Prefeitura.
A base de cálculo do IPTU é obtida a partir do valor venal do imóvel/terreno, ou seja, o valor
de mercado do bem ou do direito de uso transmitido.
Este é um imposto do tipo “lançamento de ofício”. Isso signi�ca que o contribuinte, diferente
de outros impostos, como o ICMS e o ISS (do tipo “lançamento por homologação”), não deve
apurar e recolher o imposto , mas apenas recolhê-lo. São as Prefeituras as responsáveis por
apurar o valor da base de cálculo, a partir da já mencionada Planta Genérica de Valores do
Município,e aplicar a alíquota, para informar o valor do IPTU devido. O boleto do imposto
chega no início do ano, por meio dos correios, no imóvel informado no cadastro municipal.
Uma dúvida comum sobre o IPTU surge nos casos de imóveis locados . Geralmente os
locadores atribuem a responsabilidade pelo recolhimento do imposto aos locatários, por
meio de contrato particular de aluguel. Porém, a lei determina como responsável o
proprietário do imóvel. Portanto, se o locatário não arcar com o imposto, será lavrada
autuação �scal em nome do proprietário locador, com o valor devido, mais multa, juros e
correção monetária.
Outro ponto de destaque com relação a este imposto e que deve ser levado em
consideração ao se adotar um planejamento tributário estratégico é o de que se trata de
uma obrigação conhecida como “ propter rem ”, isto é, “por causa da coisa”.  Assim, as dívidas
de IPTU sobre um imóvel o acompanham sempre. Isso quer dizer que, caso alguém adquira
um imóvel com dívidas de IPTU não pagas, esta despesa passará a ser de responsabilidade
do novo proprietário, com os juros e correção monetária. Portanto, é preciso sempre atentar
para eventuais débitos do imóvel a ser adquirido antes de proceder à compra e, se mesmo
assim o bem for comprado, contabilizar o novo passivo do cliente.
Além disso, os Municípios também costumam atribuir isenções a determinados casos
especí�cos, portanto é importante veri�car se o imóvel/terreno preenche os requisitos para
que possa ser considerado isento. No Município de São Paulo, por exemplo, há isenção para
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-59158-de-22-de-dezembro-de-2019
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pessoas aposentadas e pensionistas, para entidades culturais e, em caso de enchentes e
alagamentos que dani�quem o imóvel ou bens nele contidos, podem ser isentados de
recolher o IPTU, mediante comprovação.
1.2. Situações Problema – prática (cálculo e
contabilização)
Para melhor assimilar a aplicação prática do IPTU, abordaremos 2 exemplos.
Caso 1
Uma empresa adquire 4 imóveis e 1 terreno, todos situados na Cidade de São Paulo, a um
preço convidativo, pois todos estão com altas despesas de IPTU.
A empresa, que não possui atividade imobiliária, integraliza os imóveis em sua sociedade e
os inclui em seu patrimônio líquido pelo valor venal dos bens, apesar de tê-los adquiridos
por valor inferior. Porém, ela não contabiliza no passivo as dívidas de IPTU dos
imóveis/terrenos, contando com o fato de que os antigos proprietários arcarão com o
imposto dos anos passados.
Descobre após a compra que o terreno adquirido, por ser baldio, contava com uma dívida de
IPTU superior ao próprio valor de sua aquisição e já se encontrava em fase de execução
judicial.
Neste caso, a empresa deve ser informada de que as dívidas de IPTU acompanham o imóvel.
Portanto, de que a responsabilidade pelo tributo agora lhe pertence e que mesmo
Você sabia
Nos tributos do tipo “lançamento por homologação”, o contribuinte apura e recolhe o
tributo e o sujeito ativo dispõe de até 5 anos para rever se o contribuinte apurou e
recolheu corretamente, ou se sequer fez algum deles. Caso entenda insu�ciente ou não
tenha recolhido o tributo, poderá inscrever o débito em dívida ativa dentro deste prazo
e executar a dívida judicialmente.
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juridicamente seria improvável a reversão do quadro.
Este é um cuidado essencial que deve ser analisado por qualquer comprador antes de
proceder à aquisição de bens imóveis.
Além disso, no caso do terreno, que já estava em fase de execução judicial, a empresa será
chamada para ser parte no polo passivo judicial, passando a responder perante a Justiça
pelos débitos de IPTU do terreno.
Portanto, os valores devidos à título do imposto devem ser incluídos no passivo da empresa.
Caso 2
João possui um terreno na cidade de São Paulo, em área mais pobre, com poucos recursos
básicos que lhe servem, apenas a rede de esgoto e a iluminação pública.
Porém, como o terreno possui um pequeno lago, João o utiliza para o plantio de uma horta
para sua comunidade. O excedente é vendido para a feira mais próxima.
João recebeu dois boletos, um de IPTU e outro de Imposto Territorial Rural (ITR). E quer saber
o que fazer agora.
Como vimos, nos casos em que há exploração agrícola, ainda que o terreno esteja situado
em zona urbana,   existe previsão normativa e jurisprudencial para que a cobrança devida
seja do ITR e não do IPTU.
Neste caso, João deverá impugnar o lançamento do IPTU perante a Prefeitura e, caso o
processo administrativo tenha desfecho desfavorável a João, deverá ajuizar uma ação judicial
consignando o valor do imposto devido (ação de consignação em pagamento) e pedir a
inclusão do Município e da União Federal, para que o juiz avalie de quem é a competência
para cobrar o imposto sobre o terreno. Assim o valor será corrigido monetariamente e a
obrigação constará como suspensa perante ambos os entes federativos, até a resolução do
impasse.
Teste seus conhecimentos 
( Atividade não pontuada )
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Ciente das noções básicas acerca do Imposto Predial e Territorial Urbano, você já tem
condições de analisar as a�rmações abaixo e veri�car quais delas condizem com a
realidade:
i. É um imposto indireto, cobrado pelos Municípios sobre imóveis e terrenos na zona
urbana, com alíquotas �xas ou progressivas.
ii. É um imposto direto, cobrado pelos Municípios sobre imóveis e terrenos na zona
urbana, com alíquotas �xas ou progressivas.
iii. É um imposto que pode incidir sobre qualquer tipo de imóvel/terreno na zona urbana.
iv. É um imposto que pode não incidir sobre determinados tipos de imóveis/terrenos na
zona urbana.
Agora  selecione a alternativa contendo as informações corretas
a. I e III
b. II e IV
c. I e IV
d. II e III
e. I e II
Resposta
2. Revisão dos conhecimentos
estudados
No curso da aprendizagem, pudemos entender as esferas de tributação dos entes federados
- se Federal, Estadual ou Municipal -, e os impostos de competência dos Estados e
Municípios.
Veri�camos a esfera de incidência de cada um dos impostos seguindo a estrutura do tributo,
por meio de sua regra-matriz. Analisando o critério material de cada um deles, foi possível
compreender que incidem sobre a circulação de produtos (ICMS) e serviços (ISS); sobre bens
imóveis (ITBI - na aquisição - e IPTU - anualmente) ou móveis (automotores terrestres: IPVA);
ou ainda sobre ambos, porém transmitido gratuitamente por herança ou doação (ITCMD).
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Vimos que aos Estados incumbe o recolhimento do ICMS, IPVA e ITCMD, enquanto que aos
Municípios cabe o ISS, ITBI e IPTU.
Também compreendemos que, por vezes, a lei pode estabelecer a responsabilidade pelo
recolhimento do imposto a pessoa que não praticou o critério material, como por exemplo
no caso do ICMS-substituição, ou no caso de exceção do ISS.
Vimos ainda que, quanto ao critério espacial, os bens imóveis são tributados no local em que
este está situado. Porém, no caso da tributação de negócios, como de serviços, por exemplo,
este é um ponto que pode gerar dúvidas e que precisa ser estudado para que se identi�que
a melhor estratégia �scal e comercial para reduzir a carga tributária do cliente, sem onerar
sua estratégia de negócio.
Quanto ao consequente da regra-matriz, constatamos que as alíquotas podem variar não
apenas conforme o Estado ou Município tributante (sendo que alguns deles podem ter seu
limite mínimo e/ou máximo �xado por norma, como o ICMS, o ISS e o ITCMD - por meio de
Resolução do Senado Federal-; ou o IPTU -por meio de lei-), mas também em virtude de
características do objeto tributado, como no caso do IPVA,IPTU, etc.
Além disso, notamos que muitos dos impostos apresentam di�culdades práticas
relacionadas à base de cálculo. A�nal, se a base de cálculo é entendida pelo ente tributante
como alargada, o imposto devido após a aplicação da alíquota respectiva será maior.
3. MEI – Microempresa individual
Após entender a estrutura e a mecânica de funcionamento dos tributos, vamos adentrar em
duas das formas mais comuns de tipos de empresas individuais, começando pela
Microempresa Individual.
A princípio, pode parecer estranho passar do estudo de tributos para o de uma forma
societária, no contexto de planejamentos tributários. No entanto, alguns tipos de sociedade
(mesmo que individual), permitem tratamentos tributários diferentes e favorecidos. Vamos
entender melhor a seguir.
3.1. Base legal
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A lei mais importante do país, a Constituição Federal, diante da grande importância de
fomentar o apoio e a regularização da situação do pequeno   empreendedor, reservou o
artigo 179, para determinar que todos os entes federados devem atribuir a eles tratamento
especial e diferenciado, inclusive tributário. Veja o texto da norma abaixo:
Art. 179 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim de�nidas em lei, tratamento
jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simpli�cação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução
destas por meio de lei.
Para regulamentar este tratamento, foi publicada a Lei Complementar (LC)  nº 123/2006, que
institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e a Resolução
CGSN (do Comitê Gestor do Simples Nacional) nº 140/2018.
Esta forma societária foi criada para regularizar a situação de pessoas físicas que produzam,
comercializem, industrializem ou prestem serviços sem um CNPJ. Ao criar uma
Microempresa Individual (MEI), o empreendedor passa a ter uma série de direitos que não
teria na pessoa física, como por exemplo, auxílio maternidade, afastamento remunerado por
problemas de saúde, aposentadoria, cobertura da previdência social, créditos bancários com
juros especiais, tributação reduzida, etc.
Porém, para formalizar uma MEI, é necessário o preenchimento de alguns requisitos iniciais,
previstos na Lei Complementar n 123/2006 e na Resolução CGSN nº 140/2018:
a. Ter receita-bruta anual deve ser de até R$ 81.000,00, (até R$ 6.750,00 mensais);
b. Exerça uma das atividades previstas no anexo XI da Resolução CGSN nº 140/2018.
c. Seja optante do regime de arrecadação do Simples Nacional e não se enquadre nas
vedações desta sistemática, previstas no artigo 15 da Resolução CGSN nº 140/2018 (por
exemplo, que a microempresa não tenha no ano-calendário anterior receita bruta
superior a R$ 4,8 milhões; que não participe do capital social de outra empresa; que o
sócio não tenha participação em outra empresa bene�ciada pelo tratamento da LC
123/2006; entre outras vedações, entre outras).
d. Que possua apenas um estabelecimento;
e. Não seja constituído na forma de startup .
f. Que não participe de outra empresa como titular, sócio ou ainda como administrador;
g. E, se precisar contratar outro funcionário, pode ter apenas um empregado, que receba
apenas um salário mínimo federal ou estadual, ou o piso salarial da categoria
pro�ssional, o qual pode ser de�nido por meio de lei federal ou por convenção coletiva.
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A formalização de microempresas individuais pode ser feita gratuitamente por meio do
Portal do Empreendedor . Clique aqui para acessar o site.
O artigo 18-A da LC nº 123/2006 contém as disposições especí�cas sobre
Microempreendedor Individual e trata da tributação favorecida, a qual abordaremos a
seguir.
3.2. Forma de contabilização da MEI
Os microempreendedores individuais podem optar por um regime simpli�cado de apuração
de recolhimento de tributos conhecido como “Simples Nacional” (“Simples”), em modalidade
ainda mais bené�ca que a tradicional, especí�ca para MEIs, denominado Sistema de
Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional, ou
apenas “Simei”.
Conforme o artigo 102 da Resolução CGSN nº 140/2018, a opção pelo Simei é irretratável
para todo ano-calendário e é feita anualmente até o �nal de janeiro de cada ano.
Nesta sistemática, estritamente limitada à receita bruta anual de R$ 81.000,00 (R$ 6.750,00
mensais), a MEI é isenta dos seguintes tributos: Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Imposto
sobre Produtos Industrializados; Contribuição Social Sobre o Lucro líquido; Contribuições ao
PIS e à Co�ns e; Contribuição Patronal Previdenciária.
Ao invés de apurar e recolher esses tributos, ao microempreendedor individual aplica-se o
recolhimento de uma quantia �xa mensal de 5% do salário mínimo , a título de
Contribuição para a Seguridade Social (INSS), atualmente no valor de R$ 55,00.
A MEI, caso pratique a circulação de mercadorias, terá de recolher R$ 1,00 mensal a título
de ICMS , ou, se prestar serviço, R$ 5,00 mensal a título de ISS .
A MEI não está isenta, porém, de recolher os seguintes tributos: (a) Imposto sobre Operações
de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF;  (b)  Imposto
sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; (c) Imposto sobre a Exportação, para o
Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacionalizados - IE; (d) Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural - ITR; (e) Imposto de Renda sobre: ganhos líquidos de aplicações de renda
�xa ou variável, na venda de bens do ativo permanente, ou sobre pagamentos ou créditos a
pessoas físicas; (f) Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e
de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF; (g) Contribuição para o Fundo de
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
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Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; (h)   Contribuição para manutenção da Seguridade
Social, relativa ao trabalhador; (i) Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do
empresário, na qualidade de contribuinte individual; (j) Contribuições ao PIS, Co�ns e IPI
sobre a importação de bens e serviços; (k) ICMS substituição tributária, tributação
concentrada em uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do
recolhimento do imposto; e (l) ISS no caso de retenção na fonte ou importação de serviços.
Tais recolhimentos são feitos por meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação
do Simples DAS (PGDAS-D).
Caso tais valores não sejam recolhidos ou declarados após 12 meses consecutivos, a
inscrição da MEI pode ser automaticamente cancelada, independentemente de noti�cação,
sendo informada por publicação no Portal do Empreendedor.
Além disso, caso o valor da receita bruta anual seja ultrapassado, a informação deve ser
reportada até o último dia útil do mês subsequente ao do excesso. Caso o valor da receita
bruta ultrapasse em menos de 20% o limite, o Microempreendedor individual será excluído
do SIMEI e ingressará no regime comum do Simples, podendo migrar para o modelo de
sociedade da Microempresa (ME), cujo limite de receita bruta anual é de R$360 mil, ainda no
Simples. Caso ultrapasse o limite em mais de 20%, além da exclusão do SIMEI, também, terá
de recolher retroativamente desde janeiro do ano-calendário anterior a diferença devida, nos
moldes do novo regime de apuração tributária. neste último caso é possível migrar para o
modelo societário de ME, ou ainda de EPP (Empresa de Pequeno Porte), cujo limite de receita
bruta anual é de R$ 4,8 milhões e também pode ser optante do Simples Nacional.
Se a MEI não comunicar o excesso, pode ser desenquadrada automaticamente (“de ofício”)pela Receita Federal.
Um aspecto vantajoso da MEI é de que, apesar de poder, ele está dispensado da obrigação
de emitir Nota Fiscal de venda de mercadorias para pessoa física, ou jurídica se esta emitiu
nota �scal de entrada; e Nota Fiscal Eletrônica. Todavia, quando se trata de prestação de
serviços para empresa inscrita no CNPJ, é preciso emitir nota �scal.
3.3. Situação problema – prática (cálculo e
contabilização)
Para assimilar a prática da MEI, imagine o caso de uma microempresária individual que
produz bolsas e cosméticos veganos em casa e os venda por meio da internet. Para ajudar
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na separação, envio e na organização �nanceira, ela contrata um auxiliar que recebe um
salário mínimo.
Suponhamos que, para a elaboração das bolsas, seja necessário adquirir acessórios de outro
Estado.
As vendas andam muito bem e na época do natal, excedem o limite legal mensal do Simei
em 15%.
A partir do exemplo fornecido, inferimos uma série de dados relevantes:
a. Que a MEI apresenta atividade de produção e circulação de bens, visto que produz e
vende bolsas e cosméticos e, portanto, que recolherá, além da quantia �xa ao INSS
(atualmente de R$52,25, correspondente a 5% do salário mínimo), também  R$ 1,00 de
ICMS;
b. Que não possui um estabelecimento físico, por vendê-los por meio da internet,
portanto, não descumpre a regra de ter mais de um estabelecimento;
c. Que está cumprindo a regra de manter no máximo um empregado que recebe até um
salário mínimo;
d. Que, por se tratar de uma “indústria” de cosméticos, a qual se amolda ao regime
monofásico (de tributação concentrada), ou seja, que deve recolher o ICMS de toda a
cadeia para frente; caso ela venda tais cosméticos para uma empresa que revenda
esses produtos, por exemplo, deverá recolher separadamente o ICMS das empresas da
cadeia da frente, pela peculiaridade dos cosméticos se sujeitam à tributação
concentrada;
e. Que por adquirir matéria-prima para confecção das bolsas provenientes de outros
Estados, deverá também recolher separadamente o diferencial de alíquota (difal) do
ICMS;
f. E que, por �m, por ter no último mês do ano excedido o limite da MEI em 15%, deverá
informar que ultrapassou o limite, porém os efeitos da exclusão do Simei e
enquadramento no Simples só passarão a valer no próximo ano-calendário - e não
retroativamente desde janeiro -, já que não excedeu 20% do teto da receita-bruta.
4. EIRELI – Empresa individual de
responsabilidade limitada
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Em casos de empresários individuais com um capital �nanceiro mais alto e que queiram se
proteger dos riscos de, em caso de dívida da empresa, ter de responder com o próprio
patrimônio pessoal (como ocorre no caso da MEI), foi criado o instituto da Empresa Individual
de Responsabilidade Limitada, conhecida como Eireli.
Assim como a MEI, a Eireli é um tipo empresarial, ou seja, uma espécie de empresa, de
caráter individual. Porém, com requisitos diferentes.
Vejamos a seguir a base legal e as especi�cações deste tipo de empresa.
4.1. Base legal
A forma empresarial da Eireli foi criada em 2011 e inserida no Código Civil no artigo 980-A.
Esta espécie de empresa apresenta algumas vantagens em relação à MEI. Por exemplo, como
visto, a responsabilidade limitada, ou seja, o benefício de ter seu patrimônio separado do
patrimônio da pessoa natural (pessoa física) que a instituiu, não respondendo com suas
�nanças e bens pessoais em caso de dívidas da empresa (exceto no caso de fraude); além de
poder apresentar faturamento superior aos R$ 81 mil anuais da MEI.
Para constituí-la, é necessário que uma pessoa física ou jurídica, que exerça sozinha a
titularidade do negócio, integralize no capital social da empresa, no mínimo, 100 vezes o
maior salário mínimo vigente no País, no ato da sua constituição. Além disso, deve conter a
identi�cação de EIRELI no nome.
Ela pode surgir tanto da abertura original em Cartório de Notas ou na Junta Comercial, a
depender do tipo de atividade praticada, quanto a partir de sociedade limitada, a qual, por
qualquer motivo, por exemplo, no caso de morte ou de retirada de um dos sócios, sobrando
apenas um sócio, e desde que preenchidos os requisitos de valor mínimo do capital e do
nome da empresa.
Caso a Eireli seja constituída por pessoa física, esta só poderá possuir uma empresa do tipo
Eireli.
No entanto, como sabemos, a Eireli possui personalidade jurídica independente da
personalidade de seu instituidor, pessoa física, ou seja, são pessoas diferentes. A empresa
apresenta seu próprio CNPJ. Sendo assim, é possível que a pessoa física constitua uma Eireli
e que esta Eireli, por sua vez, por meio de seu próprio CNPJ, constitua outra Eireli.
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Ela pode ser constituída para atividades industriais, rurais, comerciais, de prestação de
serviços e, inclusive, de cessão de direito patrimonial de autor, de imagem, de nome, marca
ou voz, de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade pro�ssional. É
comum, por exemplo, jogadores de futebol e artistas constituírem EIRELI para ceder seus
direitos de imagem, nome, etc., para tributar na pessoa jurídica ao invés de na pessoa física,
pois a carga tributária é consideravelmente menor.
A Eireli também pode optar pelo regime simpli�cado de arrecadação e tributação do Simples
Nacional, nos termos da Lei Complementar n 123/2006, caso preencha os requisitos
necessários para tanto, conforme mencionado acima, presentes no artigo 15 da Resolução
CGSN nº 140/2018.
4.2. Forma de contabilização da EIRELI
Você sabia
Desde 2019 foi criada a possibilidade de constituir uma modalidade de empresa
conhecida como Sociedade Unipessoal Limitada, com características muito semelhantes
às da Eireli,   também individual e de responsabilidade limitada. Porém, com duas
grandes vantagens em relação àquela: (i) não há necessidade de integralizar um capital
social mínimo para isto; e (ii) se constituída por pessoa física, sem a restrição dela não
poder �gurar em outras sociedades unipessoais. 
Esta modalidade empresarial foi instituída pela Medida Provisória nº 881/2019
(convertida na Lei nº 13.874/2019), que acrescentou ao artigo 1.052 do Código Civil os §§
1º e 2º. Este tipo empresarial também tem servido aos propósitos de diversos
pro�ssionais de atividades intelectuais, como médicos, advogados, contadores,
dentistas, etc., que não possuem o capital social mínimo para constituição de uma Eireli,
mas que também desejam o benefício de separar o seu patrimônio pessoal do
pro�ssional e tributar sua renda e serviços por meio da pessoa jurídica, a qual costuma
ser menos onerosa do que na pessoa física. 
Vale �car atento a esta nova modalidade de empresa. 
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Assim como a MEI, a EIRELI pode ser optante pelo regime de arrecadação simpli�cada do
“Simples Nacional”, desde que faça a opção por meio do Portal do Simples Nacional e que
não incorra nas vedações do artigo 15 da Resolução CGSN nº 140/2018.
É possível, ainda, para uma Eireli, optar pelo regime de tributação do lucro presumido ou do
lucro real, os quais trataremos na próxima unidade, a depender da atividade e de a opção
ser mais vantajosa para o caso especí�co da empresa.
Caso opte pelo sistema do Simples Nacional, a Eireli recolherá por meio de Documentos de
Arrecadação do Simples (DAS) de forma simpli�cada os seguintes tributos: Imposto sobre a
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);  Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(PIS e Co�ns);  Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social;Imposto
sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); e Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Assim como no caso da MEI, alguns tributos devem ser pagos à parte, fora dessa sistemática.
O cálculo de apuração do Simples Nacional considera a receita bruta acumulada da empresa
nos últimos 12 meses e a multiplica pela alíquota nominal aplicável, conforme o tipo de
atividade praticada pela empresa optante (as atividades são divididas entre as tabelas dos 5
anexos da LC nº 123/2006), a subtraindo da parcela a deduzir, constante da tabela aplicável,
conforme a faixa de receita bruta média anual a que se aplica. A fórmula do cálculo está
prevista no artigo 18 da LC nº 123/2006 e é a seguinte, visando a descobrir a alíquota efetiva
aplicável ao caso:
RBT12xAliq-PD 
RBT12
Sendo:
RBT 12
Alíq
PD
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4.3. Situação problema – prática (cálculo e
contabilização)
Para melhor assimilar a tributação da Eireli, vejamos um exemplo a seguir.
João possui uma academia de dança, no formato de Eireli, há exatamente 1 ano e faturou R$
200 mil nos últimos 12 meses. Considerando que a academia de dança, nos termos do artigo
18, § 5º-D, inciso II da LC 123/2006 está enquadrada no anexo III daquela Lei Complementar e
que a receita bruta acumulada dos últimos 12 meses acima de R$ 180 mil e até R$ 360 mil se
encontra na segunda faixa, com alíquota de 11,20% e correspondente parcela a deduzir no
valor de R$ 9.360,00, o cálculo �caria:
As vendas andam muito bem e na época do natal, excedem o limite legal mensal do Simei
em 15%.
200 mil x 11,20% - 9.360,00 
200 mil 
22.400,00 - 9.360,00 
200 mil 
22.400,00 - 9.360,00 
200 mil 
13.040,00 = 200 mil 
A alíquota efetiva será de 0,0652 (= 6,52%).
Portanto, neste caso, supondo que o mês imediatamente subsequente aos 12 meses em que
a receita bruta acumulada foi de R$ 200 mil, como reportado acima, foi janeiro e que naquele
mês a receita foi de R$ 15 mil, a conta será:
R$ 15 mil x 6,52% = R$ 978,00 de tributo a ser recolhido via DAS por meio da sistemática do
Simples Nacional.
Teste seus conhecimentos 
( Atividade não pontuada )
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Carla é uma artista e procura um contador para abrir uma empresa e se regularizar. Ela
produz e vende quadros. O faturamento anual dela gira em torno de R$ 82 mil reais e ela
tem vontade de crescer, no entanto quer reduzir seu custo tributário e também se
proteger de possíveis dívidas da empresa que constituirá, já que não dispõe de nenhum
patrimônio pessoal para investir além dos ganhos provenientes dos quadros. Selecione
abaixo a melhor alternativa empresarial e �scal para ela:
a. Carla deve abrir uma MEI e tomar cuidado para se manter no limite de receita bruta
anual para não ser desenquadrada do regime.
b. Carla pode abrir duas MEIs para assegurar que não ultrapasse o valor máximo.
c. Carla deve abrir uma Eireli e optar pelo regime de tributação do Simples Nacional.
d. Carla deve abrir uma Sociedade Unipessoal Limitada e optar pelo regime de tributação
do Simples Nacional.
e. Carla deve abrir duas Eirelis.
Resposta
Síntese
Na presente unidade conhecemos o último dos impostos de competência Municipal, o IPTU,
e veri�camos que sua cobrança está vinculada ao local em que está situado o imóvel ou
terreno, com base no valor venal do bem e na alíquota do Município, conforme legislação
local, e que esta pode ser progressiva a depender das características e destinação do imóvel,
bem como ao atendimento ou não de sua função social conforme o Plano Diretor da Cidade.
Também revisamos os aspectos mais relevantes de todos os impostos estaduais e
municipais já estudados e conferimos dois modelos de empresas individuais: a MEI e a
EIRELI, além do recente modelo empresarial criado à semelhança da EIRELI, a Sociedade
Unipessoal Limitada.
Veri�camos os aspectos especí�cos da MEI e sua limitação de receita bruta anual, porém
com a vantagem da formalização, criação do CNPJ, atribuição de direitos, isenção de IRPJ,
CSLL, PIS/ Co�ns e tributação em bases �xas mensais a título de INSS (5% do salário mínimo
vigente), R$ 1,00 para �ns de ICMS e/ou R$ 5,00 para �ns de ISS.
Por �m, estudamos a �gura da EIRELI, compreendendo as vantagens de optar por este tipo
empresarial e suas limitações, como por exemplo o capital social mínimo de 100 salários
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mínimos, entendendo seu cabimento e a opção por este modelo societário e as vantagens e
desvantagens �scais desta escolha.
Download do PDF da unidade
Bibliografia
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DF, ano 139, n. 
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27/09/2022 09:06 NEG_PLTRAV_21_E_3
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BRASIL. Lei nº 13.874/2019 . Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
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