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Gestão de Convênios na Administração Pública Leonardo Mira Marques Especialista em Direito Público Especialista em Gestão Pública Municipal Mestre em Administração Pública Sobre o Curso • Serão realizadas atividades no fim de cada módulo, devendo ter o aproveitamento de 80% das questões, ou seja, nota 8; • O curso será dividido em 3 módulos; • Público-alvo: servidores públicos estaduais de todas as esferas; • Propiciar ao aluno conhecimentos acerca dos convênios, e suas fases, os entendimentos vigentes, dando ênfase na legislação estadual e normatização do Tribunal de Contas. 2 1. Noções Gerais 1º Módulo 2. Planejamento 3. Formalização e Celebração 4. Execução 2º Módulo 6. Prestação de Contas 7. Tomada de Contas Especial 8. Legislação 3º Módulo • Lei Federal n. 8.666/93 – artigo 116 • Legislação do Estado de Mato Grosso do Sul 4 Módulo 1 Noções Gerais Proposição 5 CONVÊNIOS – Noções Gerais Convênio: instrumento que disciplina a transferência de recursos financeiros de órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, direta ou indireta, para órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual, Distrital ou Municipal, direta ou indireta, consórcios públicos, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução de projeto ou atividade de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação (Portaria Interministerial n. 424, de 30/12/2016). CONVÊNIOS – Noções Gerais Concedente: órgão ou entidade da Administração Pública Estadual, direta ou indireta, responsável pela transferência dos recursos, verificação da conformidade financeira, acompanhamento da execução e avaliação do cumprimento do objeto do instrumento. CONVÊNIOS – Noções Gerais Convenente: órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta, de qualquer esfera de governo, consórcio público ou entidade privada sem fins lucrativos, com a qual a Administração Pública Estadual pactua a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco por meio de convênios. CONVÊNIOS – Noções Gerais CARACTERÍSTICAS DE CONVÊNIOS: 1. Interesse recíproco em regime de mútua cooperação; 2. Não visa lucro às partes, pode gerar vários contratos para execução de ações de um convênio; 3. Instrumento de Planejamento. Estratégia para implantação ou ampliação de ação governamental; 4. O parceiro tem que ter condições técnicas para executar a ação descentralizada; CONVÊNIOS – Noções Gerais 5. As condições são de acordo com a proposta apresentada no Plano de Trabalho; 6. O Repasse do Recurso é conforme estabelecido no Cronograma de Desembolso. 7. A comprovação da despesa é mediante apresentação da Prestação de Contas; 8. A vigência é pelo tempo necessário ao cumprimento do objeto, estipulado no Plano de Trabalho e no Convênio; CONVÊNIOS - Proposição Identificação das necessidades locais e definição de prioridades • Identificação das necessidades existentes na comunidade ; • Com o conhecimento da realidade socioeconômica local é que se definem as áreas mais carentes que necessitam de maior atenção e ação mais imediata do Poder Público; • Após a seleção das áreas carentes, o interessado precisa estabelecer uma escala de prioridades entre as necessidades detectadas; • Para se definir deve levar em conta a compatibilidade do projeto, o impacto na comunidade, relação custo-benefício, valor do projeto, disponibilidade de recursos das partes. CONVÊNIOS – Proposição Plano de Trabalho Apresentada a proposta e aceita, apresenta-se o Plano de Trabalho, que é o documento por meio do qual o gestor define como o objeto do convênio será realizado. O Plano de Trabalho será analisado quanto à viabilidade e à adequação aos objetivos do programa governamental, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ou entidade repassador dos recursos. Eventuais imprecisões ou irregularidades poderão ser resolvidas, devendo o proponente manifestar-se no prazo estipulado, pois a ausência de manifestação será entendida como desistência quanto ao prosseguimento do processo. CONVÊNIOS – Proposição A Proposta de Trabalho deverá conter, no mínimo: • Razões que justifiquem a celebração do instrumento, ou seja, justificativa contendo a caracterização dos interesses recíprocos do proponente e do concedente, a relação entre a proposta apresentada e os objetivos e diretrizes do programa do concedente, a indicação do público alvo, do problema a ser resolvido e dos resultados esperados. • Descrição completa do objeto a ser executado. Objeto é o produto do convênio, observados o programa de trabalho e as suas finalidades. CONVÊNIOS – Proposição • Descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente, com definição das etapas da execução. Entende-se por meta a parcela quantificável do objeto e por etapa a divisão existente na execução de uma meta. • Previsão de prazo para a execução consubstanciada em um cronograma de execução do objeto, no respectivo cronograma de desembolso e no plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e da contrapartida financeira do proponente, se for o caso, com estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizado pelo concedente e a contrapartida prevista para o proponente, especificando o valor de cada parcela e do montante de todos os recursos. CONVÊNIOS – Proposição • Informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente para a execução do objeto. Em suma, para propor a celebração de convênio, o interessado deve atentar para as seguintes medidas: • Elaborar plano de trabalho (planejamento) de forma detalhada, precisa e completa, descrevendo suficientemente, de forma quantitativa e qualitativa, o objeto proposto, suas metas e etapas. • Estruturar orçamento realista do objeto programado. CONVÊNIOS – Proposição • Certificar-se da existência dos recursos de contrapartida. • Realizar previsão factível das etapas do projeto e do prazo necessário para sua conclusão. Para calcular o custo do objeto proposto, o interessado deverá realizar pesquisas de preços no mercado fornecedor dos produtos ou dos serviços pleiteados. Também poderá se valer de informações contidas em bancos de dados informatizados, publicações especializadas e outras fontes. CONVÊNIOS – Proposição Para obter, por exemplo, informações sobre custos da construção civil, o interessado poderá consultar o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), desenvolvido e mantido pela Caixa. Importante a apresentação de um orçamento real, devidamente verificado e aprovado pela concedente, de modo que, os valores orçados pelo solicitante evitem a concessão de recursos além dos preços praticados no mercado ou abaixo do praticado, inviabilizando a sua execução. CONVÊNIOS – Proposição Irregularidades e falhas mais frequentes na fase de proposição dos convênios verificadas pelo TCU • Plano de trabalho pouco detalhado. • Metas insuficientemente descritas, quantitativa e qualitativamente. • Caracterização insuficiente da situação de carência dos recursos. • Projeto básico incompleto e/ou com informações insuficientes. • Ausência de projeto básico. • Falta de comprovação da existência de contrapartida (orçamentária e financeira). • Orçamento subestimado ou superestimado. 19 Módulo 2 Formalização e Celebração Execução 20 CONVÊNIOS – Formalização e Celebração O convenente, para seu registro e o cadastramento do convênio ou termo similar de seu interesse, deverá comprovar a situação de regularidade perante a administração pública, conforme disposições do art. 25 da Lei Complementar Federal nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal e apresentar outros documentos exigidos neste Decreto ou em regulamento. O proponente deverá comprovar a sua existência jurídica mediante apresentação de cópia de ato de criação ou estatuto, ata de eleição e documento de identidade dos seus gestores e do representante legal e, quandofor o caso, da sua condição de entidade filantrópica e ou de utilidade pública. CONVÊNIOS – Formalização e Celebração A regularidade referente às obrigações com a seguridade social e outras obrigações sociais será confirmada mediante consulta aos sistemas informatizados que forneçam informações sobre a situação dos seus contribuintes. Declaração do ordenador de despesa que o órgão beneficiado pelo recurso não está em débito quanto à prestação de contas de transferências voluntárias - declaração de adimplência. Comprovação da ciência à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal, quanto ao convênio, acordo, ajuste ou congênere celebrado. CONVÊNIOS – Formalização e Celebração Certificado de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal. Certidão Negativa de Débito da Previdência Social do convenente e da Previdência Própria, quando for o caso. Certificado de Regularidade do FGTS. Certificado de Regularidade Trabalhista. Comprovação da condição de entidade filantrópica ou de utilidade pública, quando o for caso. Abertura de conta bancária específica. CONVÊNIOS – Formalização e Celebração Aprovado o plano de trabalho e cumpridos todos os requisitos preestabelecidos, o convênio será formalizado mediante termo previamente examinado por setor técnico e assessoria jurídica do órgão/entidade concedente. As minutas de convênios e dos instrumentos similares, bem como os documentos juntados ao processo, deverão ser examinados e aprovados em parecer jurídico proferido por profissional do quadro de pessoal do concedente O empenho do convênio será emitido no valor correspondente às parcelas a serem liberadas em cada exercício financeiro. CONVÊNIOS – Formalização e Celebração Todo convênio ou instrumento similar e seus aditivos deve mencionar os nomes das partes, dos intervenientes, quando houver, a identificação de seus representantes, a finalidade, o processo administrativo que autoriza sua celebração, a sujeição dos partícipes às normas legais aplicáveis à espécie e as cláusulas convencionadas. Os convênios e instrumentos similares devem expressar com clareza e precisão o seu objeto, sua vinculação ao respectivo Plano de Trabalho e as condições para sua execução. CONVÊNIOS – Formalização e Celebração A vigência dos convênios e instrumentos similares não poderá ser superior a vinte e quatro meses, podendo ser prorrogado por sucessivos períodos até o limite de sessenta meses, desde que justificado e com vista à continuidade e ou à conclusão do programa, projeto ou atividade objeto do termo. (art. 8º, § 2º do Decreto Estadual n. 11.261/03, § 3º e 6º - exceções); CONVÊNIOS – Formalização e Celebração Art. 11. Os convênios e instrumentos similares, assim como seus aditivos, serão firmados em nome do Estado de Mato Grosso do Sul, pelo Governador do Estado ou por Secretários de Estado ou Procurador-Geral, ou em nome de entidade da administração indireta, pelo respectivo Diretor-Presidente ou, em qualquer das hipóteses, por autoridade legalmente investida nessa competência. CONVÊNIOS – Formalização e Celebração Parágrafo único. Não poderá haver delegação de competência para firmar convênios ou instrumentos similares em nome do Estado ou de suas entidades de direito público, quando houver obrigação de caráter financeiro, material ou de cessão de recursos humanos para o concedente. A publicação do extrato do convênio, dos termos similares e de seus aditivos será providenciada pela concedente até o 5° (quinto) dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para que, a cargo da Imprensa Oficial, ela ocorra no prazo de 20 (vinte) dias daquela data. (redação dada pelo Decreto nº 12.359, de 2 de julho de 2007). http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf/fd8600de8a55c7fc04256b210079ce25/5b02f092114587a30425730d0042790d?OpenDocument CONVÊNIOS – Formalização e Celebração Hipóteses de necessidade da autorização do Governador: • o repasse total de recursos em valores acima do limite previsto na alínea “a” do inciso I do art. 23 da Lei Federal nº 8.666, de 1993; • a cessão de servidores estaduais para órgãos ou entidades não integrantes da estrutura do Poder Executivo; • o recebimento de recursos de terceiros, em valor superior ao limite fixado na alínea “a” do inciso I do art. 23 da Lei Federal nº 8.666, de 1993, condicionado à aplicação de recursos públicos como contrapartida; • a aplicação de recursos transferidos na contratação de pessoas para atender à execução do convênio ou instrumento similar pelo convenente. CONVÊNIOS – Formalização e Celebração • Serão submetidos à autorização do Governador, também, os aditivos que se referirem a alteração, adição ou modificação de cláusulas que disponham sobre as situações previstas neste artigo. CONVÊNIOS – Execução Os recursos liberados pelo repassador deverão ser mantidos e geridos na conta bancária específica do convênio e somente podem ser utilizados para pagamento de despesas constantes do Plano de Trabalho ou para aplicação no mercado financeiro. Em nenhuma hipótese, os recursos podem ser transferidos para movimentação em outras contas do convenente ou gerenciados recursos de diversos convênios em uma mesma conta. Os pagamentos devem seguir todos os estágios de pagamento de despesas na administração pública: empenho, liquidação e pagamento. CONVÊNIOS – Execução Todos os lançamentos a débito na conta corrente devem corresponder a um comprovante de sua regular liquidação, emitido pelo beneficiário/fornecedor. Ou seja, cada débito em conta deverá estar suportado por documentos comprobatórios da execução efetiva da despesa (medições, nota fiscal, recibo, diárias, passagens, folha de pagamento, documento fiscal de importação) no mesmo valor. As notas fiscais, recibos ou quaisquer outros documentos fiscais comprobatórios da despesa serão emitidos em nome do convenente, devendo constar no campo “informações complementares” dos mesmos o número do convênio. CONVÊNIOS – Execução Outro cuidado que o gestor deve tomar é o de não realizar pagamentos a título de despesas que são expressamente vedadas pela legislação de convênios, como as elencadas a seguir: • despesas a título de taxa de administração, taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária; • pagamentos, a qualquer título, a servidor ou empregado público, por serviços de consultoria ou assistência técnica, salvo nas exceções legais; • despesas realizadas em data anterior à vigência do instrumento; CONVÊNIOS – Execução • pagamentos efetuados em data posterior à vigência do instrumento, salvo se o fato gerador da despesa tiver ocorrido durante a vigência do convênio e seja expressamente autorizada pela autoridade competente do concedente ou contratante; • despesas com publicidade, salvo a de caráter educativo, informativo ou de orientação social, desde que previstas no Plano de Trabalho; • a utilização dos recursos em finalidade diversa da estabelecida no respectivo instrumento, ainda que em caráter de emergência; CONVÊNIOS – Execução • o aditamento para mudança de objeto e ou substituição do convenente. Art. 18, § 4º Na conclusão, denúncia, rescisão ou extinção de convênio ou de termo similar, os saldos financeiros remanescentes, inclusive as receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, não utilizados no objeto pactuado, serão devolvidos à entidade ou ao órgão repassador dos recursos, no prazo de trinta dias da data de ocorrência do evento, sob pena de imediata instauração de tomada de contas especial, providenciada pela autoridade concedente. (redação dada pelo Decreto nº 14.298, de 29 de outubro de 2015) http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf/fd8600de8a55c7fc04256b210079ce25/4152a1b2422d1ad704257ef30045d5b0?OpenDocument CONVÊNIOS – Execução Irregularidades e falhas mais frequentes na execução financeira dos convênios detectadas pelo TCU: • Saque total ou parcial dos recursos do convênio sem levar em conta o cronograma físico-financeiro deexecução do objeto. • Realização de despesas fora da vigência do convênio. • Saque dos recursos para pagamento de despesas em espécie, sem que haja autorização para isso. • Utilização de recursos para finalidade diferente daquela prevista no convênio. • Utilização de recursos em pagamento de despesas outras do convenente. • Pagamento antecipado a fornecedores de bens e serviços. CONVÊNIOS – Execução • Transferência de recursos da conta corrente específica para outras contas. • Retirada de recursos para outras finalidades com posterior ressarcimento. • Aceitação de documentação inidônea para comprovação de despesas (notas fiscais falsas, por exemplo). • Falta de conciliação entre os débitos em conta e os pagamentos efetuados. • Não-aplicação ou não-comprovação de contrapartida. CONVÊNIOS – Execução • Ausência de aplicação de recursos do convênio no mercado financeiro, quando o prazo previsto de utilização for superior a 30 dias. • Uso dos rendimentos de aplicação financeira para finalidade diferente da prevista no convênio. • Não devolução do saldo financeiro ao concedente. • Aceitação e apresentação aos órgãos de controle de notas fiscais sem a identificação do número do convênio. CONVÊNIOS – Execução • Emissão de cheque ao portador, em vez de nominal ao beneficiário. • Alteração do objeto do convênio sem autorização, prévia, do órgão repassador. • Pagamento sem o atesto que comprove o recebimento do objeto; • Ausência de medições de serviços e obras e outros elementos de acompanhamento capazes de evidenciar a execução do objeto com os recursos repassados. 40 Módulo 3 Prestação de Contas Tomada de Contas Especial Legislação 41 CONVÊNIOS – Prestação de Contas A prestação de contas será composta, além dos dados apresentados pelo convenente ou contratado no Plano de Trabalho, dos seguintes documentos: • Notas e comprovantes fiscais, quanto aos seguintes aspectos: data do documento, compatibilidade entre o emissor e os pagamentos registrados no Sistema, valor, aposição de dados do convenente, programa e número do convênio; • Relatório de prestação de contas aprovado e registrado pelo convenente; • Relatório de cumprimento do objeto; CONVÊNIOS – Prestação de Contas • Declaração de realização dos objetivos a que se propunha o convênio ou contrato de repasse; • Relação de bens adquiridos, produzidos ou construídos, relação de treinados ou capacitados, ou dos serviços prestados, conforme o caso; • Comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver; • Termo de compromisso por meio do qual o convenente se obriga a manter os documentos relacionados ao convênio pelo prazo de dez anos, contado da data em que foi aprovada a prestação de contas. Deliberações do TCU Convênio - fiscalização da execução TCU orientou: “[...] proceda à fiscalização e acompanhamento dos convênios firmados e emita os competentes relatórios para posterior envio à unidade de controle interno, juntamente com a prestação de contas do convênio, em obediência ao art. 23 da IN/STN 1/97 e arts. 67 e 116 da Lei 8666/93 [...]”. Fonte: TCU. Processo n° TC-005.838/2000-4. Acórdão n° 2.074/2004 - Ia Câmara. Convênio – gestor TCU determinou: “[...] 9.9.8. dever de instituir representante ou comissão especialmente designada para acompanhar e fiscalizar a execução dos termos dos contratos e/ou convênios, conforme determina o art. 67 da Lei n°. 8.666/1993 c/c art. 10 da Portaria GM/MS n° 3.277/2006 (revogada pela Portaria MS/GM 1034/2010) [...].” Fonte: TCU. Processo TC n° 018.428/2010-0. Acórdão n° 1682/2011 - Plenário. Deliberações do TCU A ocorrência de falhas em procedimentos de análise preliminares à celebração de convênios ou de outros instrumentos de repasse enseja determinações às respectivas unidades concedentes. Acórdão 2909/2009 Plenário (Sumário) Deliberações do TCU Faça constar dos convênios, nos respectivos planos de trabalho, a adequada caracterização da compra, com a definição das Unidades e das quantidades a serem adquiridas, em função do consumo e utilização prováveis, quando houver a previsão de aquisições pelo convenente de itens que, pela descrição, não os vinculem imediatamente ao ajuste. Acórdão 3051/2008 Plenário Deliberações do TCU A movimentação dos recursos transferidos à conta bancária específica do convênio por meio de endosso de cheque nominal à prefeitura, além de contrariar as normas específicas, impossibilita a identificação do destino e, consequentemente, do efetivo credor. O cheque nominal emitido a terceira pessoa não identificada dentre as pessoas físicas ou jurídicas contratadas para a execução do objeto do convênio impede o estabelecimento do nexo de causalidade entre os recursos e os serviços ou bens contratados. Compete ao gestor o ônus de comprovar a boa e regular aplicação dos recursos recebidos por força de convênio, em conformidade com as leis e regulamentos. Acórdão 1826/2008 Primeira Câmara (Sumário) Deliberações do TCU Convênio – acompanhamento TCU determinou: “[...] 9.1.2. constitua comissão especialmente designada para o acompanhamento e a fiscalização da execução do convênio, a qual deve ser composta por representantes do hospital e da Secretaria Municipal de Saúde, reunindo-se ao menos uma vez por mês [...]”. Nota: E possível incluir no plano de trabalho a contratação de assistência para acompanhar os convênios (art. 67 c/c art. 116 da Lei 8.666/1993). Fonte: TCU. Processo TC n° 009.494/2012-0. Acórdão n° 1416/2013 - Plenário. Deliberações do TCU Convênio – alteração TCU decidiu: “Excepcionalmente, admitir-se-á ao órgão propor a reformulação do Plano de Trabalho, que será previamente apreciada pelo setor Técnico e submetida à aprovação da autoridade competente.” Nota: determinou, assim, o cumprimento das Normas IN/STN n°‘ 2/93 e 1/97. Fonte: TCU. Processo n° TC-575.560/1997-5. Decisão n° 47/1998 - Plenário. Deliberações do TCU Convênio - contratação de pessoal - salários de mercado TCU determinou: “[...] mantenha a compatibilidade da remuneração paga a agentes contratados para atender programas financiados por recursos federais com salários de mercado, com a disponibilidade financeira da campanha e do convênio e com as disposições legais aplicáveis, de forma a zelar pelos princípios da equidade, razoabilidade, economicidade e buscar eficácia e efetividade do programa. Fonte: TCU. Processo n° TC-006.662/2003-3. Acórdão n° 195/2005 - Plenário. Tomada de Contas Especial Tomada de Contas Especial consiste no procedimento de última instância administrativa para apurar fatos, identificar responsabilidades, quantificar prejuízos e obter ressarcimento nas ocorrências de dano à Administração Pública Estadual. Antes da Tomada de Contas Especial, a autoridade administrativa competente deverá adotar providências internas para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis, quantificação do dano e obtenção do ressarcimento. A ausência de adoção das providências administrativas internas caracterizará grave infração à norma legal e sujeitará a autoridade omissa a processo administrativo para apuração de infração funcional e às sanções a ela cabíveis, sem prejuízo de comunicar-se a(s) autoridade(s) competente(s) para apuração de outros ilícitos. Tomada de Contas Especial Esgotadas as medidas administrativas internas sem obtenção de ressarcimento, a autoridade administrativa competente deverá providenciar a instauração de Tomada de Contas Especial, observado o disposto no Decreto estadual n. 13.420/2012. A Tomada de Contas Especial poderá ser instaurada paralelamente aos processos de sindicância e administrativo disciplinar, tendo em vista que estes têm objetivo distinto. O valor do débito imputado em processo de Tomada de Contas Especial será atualizado monetariamente, com incidência de juros de mora, tendo por base os índices de atualização. Tomada de Contas Especial No caso de desaparecimento ou de dano ao bem público cuja recuperação seja inviável ou antieconômica, a referência parao valor do débito a ser ressarcido será o valor de mercado ou de aquisição de bem igual ou similar, no estado em que se encontrava. A instauração de Tomada de Contas Especial implica registro de inadimplência ou de responsabilidade no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM). O recolhimento integral do débito imputado ou a aprovação da prestação de contas implica baixa de restrição de inadimplência no SIAFEM e encerramento da Tomada de Contas Especial. Lei Federal n. 8.666/93 Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração. (...) § 2o Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência do mesmo à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva. § 3o As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocorrentes: Lei Federal n. 8.666/93 I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração Pública; Lei Federal n. 8.666/93 II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas; Lei Federal n. 8.666/93 III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno. Legislação Federal Decreto Federal n. 6.170, de 25 de junho de 2007. Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras providências. Portaria Interministerial n. 424, de 30 de dezembro de 2016. Estabelece normas para execução do estabelecido no Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, revoga a Portaria Interministerial nº 507/MP/MF/CGU, de 24 de novembro de 2011 e dá outras providências. Legislação Estadual Decreto Estadual n. 11.261, de 16 de junho de 2003. Estabelece normas para celebração de convênios e instrumentos similares por órgãos e entidades do Poder Executivo, e dá outras providências. Decreto Estadual n. 13.420, de 18 de maio de 2012. Estabelece o procedimento para instauração, organização e processamento da Tomada de Contas Especial no âmbito do Poder Executivo Estadual, e dá outras providências. Legislação Estadual Resolução/SEFAZ N. 2.093, de 24 de outubro de 2007. Disciplina os procedimentos para celebração de convênios ou instrumentos similares no âmbito do Poder Executivo. Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 Dispõe sobre o manual de remessa de informações, dados, documentos e demonstrativos ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul e dá outras providências. Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 1. Termo de Convênio, Acordo, Ajustes e Congêneres; 2. Cópia do extrato do Convênio publicado na Imprensa Oficial; 3. Justificativa para a pactuação; 4. Nota de Empenho; 5. Plano de trabalho ou plano de atendimento do convenente, aprovado pelo ordenador de despesas; 6. Declaração do ordenador de despesa que o órgão beneficiado pelo recurso não está em débito quanto à prestação de contas de transferências voluntárias - declaração de adimplência; 7. Comprovação da ciência à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal, quanto ao convênio, acordo, ajuste ou congênere celebrado; 8. Certificado de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal; 9. Certidão Negativa de Débito da Previdência Social do convenente e da Previdência Própria, quando for o caso; 10. Certificado de Regularidade do FGTS; 11. Certificado de Regularidade Trabalhista; Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 12. Comprovação da condição de entidade filantrópica ou de utilidade pública, quando o for caso; 13. Pareceres técnicos e jurídicos do órgão ou entidade concedente acerca do Plano/Projeto de Trabalho; 14. Cópia do Estatuto do convenente, devidamente registrado, acompanhado da Ata de Eleição da Diretoria em exercício, bem como, cópia da cédula de identidade e CPF dos respectivos dirigentes, quando for o caso 15. Outros documentos. Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 O órgão liberador dos recursos deverá remeter os seguintes documentos quando da prestação de contas: 1. Nota de Empenho; 2. Relação dos bens adquiridos, se assim previsto no convênio, acordo, ajuste ou congênere; 3. Termo de doação de bens, se assim previsto no convênio, acordo, ajuste ou congênere; Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 4. Cópia do(s) procedimento(s) licitatório(s) realizado(s) ou justificativa para sua dispensa ou inexigibilidade, com o respectivo embasamento legal, contemplando as fases interna e externa, quando da execução de despesas com os recursos transferidos, exceto se o convenente for entidade privada sem fins lucrativos, qual deve apresentar procedimento simplificado que observe os princípios da igualdade, legalidade, moralidade, publicidade e eficiência administrativa; Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 5. Conciliação bancária, acompanhado do extrato da conta bancária específica do período do recebimento da 1ª parcela até o último pagamento; 6. Cronograma de desembolso; 7. Demonstrativo da aplicação financeira dos recursos financeiros recebidos, emitido pelo banco, especificando os rendimentos auferidos em cada mês de aplicação; Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 8. Comprovante de recolhimento do saldo de recursos, à conta indicada pela concedente, se for o caso; 9. Cópias das Notas Fiscais das despesas realizadas, separadas por contratos ou instrumento sucedâneo, sejam oriundas de procedimentos licitatórios, sejam oriundas de contratação direta, com a respetivo atesto do fiscal do contrato, devidamente identificado; Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 10. Parecer do responsável pelo controle interno contemplando os seguintes aspectos: a) Técnico: quanto à execução física e atingimento dos objetivos do convênio; b) Financeiro: quanto à correta e regular aplicação dos recursos do convênio; 11. Homologação da prestação de contas; 12. Subanexo II; 13. Outros documentos. Resolução – TCE-MS n. 54, de 14 de dezembro de 2016 Obrigado pela atenção e compreensão!!!!!!
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