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PROJETO PEDAGÓGICO E ESTRUTURA CURRICULAR Curso de Física - Licenciatura Faculdade de Engenharia - UNESP Câmpus de Ilha Solteira Departamento de Física e Química 2017 2 Sumário PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DA FACULDADE DE ENGENHARIA - UNESP – CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA Pressupostos básicos ................................................................................................. 3 O plano nacional de educação e a formação de professores ..................................... 5 A formação de professores e os parâmetros curriculares nacionais ........................... 6 Formação de professores: emancipação e criticidade .............................................. 9 O currículo proposto para o curso de licenciatura em física da FE-IS ....................... 10 Quadro 1. Integralização Curricular ............................................................................ 11 Disciplinas do núcleo básico de física, matemática e química ................................. 13 Disciplinas com ênfase na cultura da física, sua epistemologia e implicações .......... 14 Disciplinas do campo metodológico do ensino de física ........................................... 16 Disciplinas com ênfase na formação do professor crítico-reflexivo ............................ 18 Estrutura Curricular do Curso e Quadro 2.1 (Proposta) .............................................. 21 Quadro 2.2 Disciplinas Optativas a serem oferecidas ............................................... 23 Quadro 2.3 Equivalências entre Disciplinas do currículo Novo e Currículo Vigente ... 25 Quadro 2.4 Corpo Docente Envolvido ....................................................................... 26 Quadro 2.5: Corpo Técnico-Administrativo diretamente envolvidos com o curso ..... 28 Investimento no Curso ................................................................................................ 28 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 30 ANEXO I: Ementas das Disciplinas e bibliografias ..................................................... 32 ANEXO II: Regulamento de Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Fisica ..................................................................................................... 68 ANEXO III: Proposta para Contagem de AACC .......................................................... 70 ANEXO IV: Avaliações e reconhecimentos do Curso de Licenciatura em Física ....... 71 ANEXO V: Programas de Ensino ............................................................................. 81 3 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DA FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA – UNESP PRESSUPOSTOS BÁSICOS Em um projeto pedagógico faz-se necessário a explicitação dos entendimentos conceituais daqueles que o propõe. No presente caso, por se tratar de um projeto para um curso de formação de professores (licenciatura), entendemos que inicialmente é necessário evidenciar o que concebemos por formação e por formação de professores. A concepção de formação que assumimos está fundamentada na chamada Teoria Crítica, notadamente nas reflexões de Theodor Adorno (ADORNO; HORKHEIMER, 1972, MAAR, 2003). Para este autor a formação se dá pela apropriação subjetiva da cultura, e envolve experiências e conceitos. Porém, cabe-nos, no presente texto, a tarefa de revelar a abrangência da interpretação que fazemos deste conceito e, a par disto, evidenciar as suas implicações em termos de conteúdos e ações previstas no projeto político pedagógico. Ao falarmos de apropriação subjetiva da cultura devemos manifestar o alcance do conceito de cultura que estamos considerando. No presente caso, os elementos culturais mais próximos são a física, o ensino de física e a física na vida das pessoas. Porém, tendo em consideração a enorme quantidade de conhecimentos existentes nestas áreas, o tempo disponível para o curso e as condições disponíveis, é necessário fazer escolhas e justificá-las. O que um professor de física deve saber para ensinar esta disciplina no ensino médio ou no ensino superior? Em termos de física e de educação, de algumas décadas para cá a resposta a esta pergunta, dada pelo campo de pesquisa “ensino de física”, fornece certo balizamento ao evidenciar a necessidade de que o professor tenha formação para tratar de conhecimentos conceituais da física (teorias, modelos, princípios etc.), conhecimentos sobre a constituição e funcionamento desta ciência (história, filosofia e sociologia da física), conhecimentos sobre as suas implicações sociais, ambientais e políticas (na relação com a tecnologia/indústria, na relação com governos, nas políticas públicas etc.), o que significa inserção na cultura geral, e conhecimentos sobre ensino, que envolvem o aprendizado de teorias pedagógicas gerais e específicas, metodologias e projetos de ensino, conhecimentos sobre escolas e estrutura educacional, sobre políticas públicas e sobre a relação universidade-escola, entre outros. (TREAGUST, DUIT e FRASER, 1996; NARDI, 1998, REZENDE, LOPES e EGG, 2004). 4 Do ponto de vista do ensino de física, ao assumirmos uma perspectiva crítica de educação, o balizamento acontece por meio da consideração dos conhecimentos didáticos e pedagógicos que, nos vários momentos da formação dos licenciandos, consideram como acontece a apropriação subjetiva dos elementos culturais por eles, os contextos e as formas que a favorecem, e como essa apropriação é externalizada e debatida. Ou seja, segundo a perspectiva crítica aqui adotada, a formação autêntica tende a ser efetivada se os alunos forem constantemente solicitados a expor seus entendimentos, compreensões e interpretações, as quais podem ser confrontadas umas com as outras e também com os conhecimentos físicos estabelecidos, de modo a que ao se avaliá-las, tendo como referência a física, não se percam as possibilidades de reflexão sobre discordâncias, reconhecimento da originalidade, criatividade e autoria. Assim, se entendermos o professor como aquele que trabalha com seus alunos nas escolas e nas faculdades a formação no sentido aqui expressado, podemos antever que os nossos licenciandos devem passar por experiências formativas para terem condições de valorizá-las e exercê-las. O entendimento deste ponto é de extrema importância, pois o trabalho formativo autêntico rompe com certas tradições que estão postas no nosso sistema educacional, no qual há, em grande medida, a expectativa de que o professor seja um repassador de informações e os alunos absorvedores delas. Mas o rompimento com tal tradição deve começar nos próprios cursos que formam professores. Nas licenciaturas, por mais estranho que pareça, é preciso lembrar que todos os docentes que nelas atuam são responsáveis pela formação dos futuros professores, e não apenas aquele grupo de docentes que ministra disciplinas do campo didático e pedagógico. Neste sentido, uma visão sobre formação de professores compartilhada por todos os docentes e expressada no projeto pedagógico constitui-se no fio condutor das ações, o que evita a existência de condutas radicalmente desencontradas. Ainda no sentido do entendimento de que todo o conjunto de docentes é responsável pela formação dos futuros professores, dois aspectos importantes merecem ser destacados. O primeiro é que os licenciandos consideram vários dos seus professores como referências do que é ser um professor de física, embora estas avaliações nem sempre satisfaçam critérios apontados por pesquisasdo campo da prática docente. O segundo é que ministrar aulas de física para futuros professores de física deve ser, a princípio, diferente de ministrá- las para futuros engenheiros, matemáticos, biólogos etc., e aí o que está em jogo não é a “densidade do tratamento conceitual”, mas sim a valorização de determinados aspectos que são importantes num caso e não no outro. Por exemplo, um professor de Física I ao explorar com seus alunos, licenciandos, o conteúdo “2ª Lei de Newton” pode, adequadamente, preocupar-se em enfatizar conhecimentos específicos para o ensino deste 5 tópico (Conhecimento Pedagógico do Conteúdo), assim como pode problematizar os obstáculos que representam para a aprendizagem os conceitos alternativos que frequentemente os alunos manifestam neste conteúdo, o que não seria adequado no ensino deste tópico em outros contextos. Embora um projeto pedagógico de curso tenha que se ater mais a questões específicas de formação disciplinar e cultural, a sua formulação, necessariamente, tem que considerar as instâncias superiores, legitimadas, que definem planejamento, políticas públicas e regulamentações educacionais. O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES A Lei nº 13005, de 25 de junho de 2014, aprovou o documento elaborado pela Conferência Nacional de Educação (CONAE), o chamado Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas para a educação brasileira até o ano 2024. Dentre as vinte metas estabelecidas no documento, uma se ateve à questão da formação de professores, e foi assim redigida: Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. (BRASIL, 2014, p. 48). Em pelo menos dois aspectos esta meta deve ser considerada num projeto pedagógico. Em primeiro lugar está o fato de que a existência de uma licenciatura não é garantia de que a mesma seja tratada por todo o seu conjunto de docentes como tal, pois já se tornaram comum entre nós as denúncias dos “bacharelados disfarçados”. Assim, tendo em vista a premência existente na formação de professores no nosso país, em várias áreas, e notadamente em física, há que se cuidar para que as licenciaturas sejam de fato formadoras de professores. Em segundo lugar está a resposta à seguinte questão: um professor bem formado, em geral, acaba indo trabalhar no ensino médio público? Sabemos que uma parcela considerável não seguirá este caminho porque ele não tem sido 6 financeiramente atraente. Assim, não basta a existência da “meta 15”, é preciso que discussões e pleitos sobre a valorização dos professores façam parte das preocupações das disciplinas de uma licenciatura. Ainda com referência à importância do cumprimento da Meta 15 do PNE, o movimento “Todos Pela Educação1” se posiciona assim; O TPE considera essa uma das principais metas do PNE, uma vez que ela é ponto de partida básico e primordial para que outras metas e estratégias se consolidem. O país avançou – ainda que de forma desigual entre as regiões – na obtenção do título de Educação Superior, no entanto, há áreas de conhecimento para as quais as redes de ensino não têm professores especializados e os currículos dos cursos de licenciatura têm um enfoque acadêmico que não fornece aos futuros professores as ferramentas didáticas necessárias para o desempenho da profissão em sala de aula. É necessária uma mudança focada e radical nos cursos de formação dos docentes brasileiros que lecionam no Ensino Fundamental e Médio. (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2014, s/n, grifo nosso). A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Embora em grande medida as universidades gozem de autonomia para definir os currículos dos cursos que oferecem, ao se tratar de formação de professores para as etapas básicas de escolaridade, principalmente, a consideração de legislações maiores e de políticas públicas se faz necessária. Os chamados “Parâmetros Curriculares Nacionais” (PCN) se constituem em uma expressão objetivada de diversas reformas educacionais definidas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e regulamentadas por Diretrizes do Conselho Nacional de Educação. Fundamentalmente, os PCN consideram que o ensino médio não deve continuar se constituindo como etapa intermediária de aprendizados que somente fazem sentido para o aluno quando este cursa uma universidade. Ao entender o ensino médio como uma etapa formativa, o documento ressalta a importância da preocupação que esta fase da 1 http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/30545/todos-pela-educacao-e-o-plano- nacional-de-educacao/ 7 escolaridade deve ter com o desenvolvimento de habilidades e competências. Ou seja, depreende-se deste entendimento que as licenciaturas devem formar formadores. A primeira versão dos PCN, de 1999, era um documento extenso e a receptividade que teve entre os professores do ensino médio não foi a esperada, pois entre a abordagem teórica que o texto trazia e as possibilidades de ações em sala de aula havia uma distância grande (BRASIL, 1999). Pouco tempo depois, em 2002, o MEC lançou um texto complementar, chamado de PCN+, no qual: [...] explicita a articulação das competências gerais que se deseja promover com os conhecimentos disciplinares e apresenta um conjunto de sugestões de práticas educativas e de organização dos currículos que, coerente com tal articulação, estabelece temas estruturadores do ensino disciplinar na área. (BRASIL, 2002, p. 7). Assim, o trânsito dos professores do ensino médio no terreno das competências e habilidades tornou-se uma necessidade e, como consequência, induziu nas licenciaturas a preocupação em considerar estes aspectos na formação dos futuros professores. Mas, antes de os PCN estabelecerem habilidades e competências desejáveis para quem aprende Física no ensino médio houve a necessidade de, no documento, se explicitar uma referência para a ação pedagógica no ensino desta disciplina no nível médio. Assim, o documento assume que a referência não é “o que ensinar de Física”, mas “para que ensinar Física”, o que é assim justificado: [...] quando se toma como referência o “para que” ensinar Física, supõe-se que se esteja preparando o jovem para ser capaz de lidar com situações reais, crises de energia, problemas ambientais, manuais de aparelhos, concepções de universo, exames médicos, notícias de jornal, e assim por diante. (BRASIL, 2002, p.61). É oportuno tomarmos como referência aquilo que os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), no documento de orientações complementares, PCN+ (BRASIL, 2002), indicam como grandes grupos de competências a serem desenvolvidas nesta etapa da escolaridade: investigar e compreender; representar e comunicar; contextualizar social ou historicamente. Os objetivos que daí decorre são: 8 Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos, códigos e nomenclatura da linguagem científica. Ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e representações: sentenças, equações, esquemas, diagramas, tabelas, gráficos e representações geométricas. Consultar, analisar e interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculadas por diferentes meios. Elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisar e sistematizar eventos, fenômenos,experimentos, questões, entrevistas, visitas, correspondências. Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de ciência e tecnologia. Identificar em dada situação-problema as informações ou variáveis relevantes e possíveis estratégias para resolvê-la. Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento científico, estabelecer relações; identificar regularidades, invariantes e transformações. Selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, representar dados e utilizar escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados. Reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos explicativos para fenômenos ou sistemas naturais ou tecnológicos. Articular, integrar e sistematizar fenômenos e teorias dentro de uma ciência, entre as várias ciências e áreas de conhecimento. Compreender o conhecimento científico e o tecnológico como resultados de uma construção humana, inseridos em um processo histórico e social. Compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura humana contemporânea. Reconhecer e avaliar o desenvolvimento tecnológico contemporâneo, suas relações com as ciências, seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e seus impactos na vida social; Reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico e utilizar esses conhecimentos no exercício da cidadania. (BRASIL, 2002, p. 63-68). Esta lista de objetivos, que se associa a competências, que por sua vez envolvem conjuntos de habilidades, parece dar conta da pretensão de se estudar uma disciplina como a física do ponto de vista fenomenológico, epistemológico, histórico e também, e até com grande ênfase, pela via do impacto social, ambiental e político deste campo de 9 conhecimento. Tal pretensão parece destoar muito do quadro que retrata as nossas escolas públicas de ensino médio: um grande contingente de professores mal preparados para ensinar física, falta de infraestrutura adequada e carga horária muito baixa. Assim, um grande esforço de formação se faz necessário e é possível em uma universidade pública e de qualidade como a nossa. Se, de um lado, é legítimo que como política pública os PCN prevejam que no ensino médio a física a ser ensinada seja base para a cidadania, de outro também é legítimo que a universidade, formadora de professores, enfatize nesta formação valores que são próprios da cultura científica e, especificamente, da cultura da física. A conciliação necessária destes interesses legítimos é um desafio para a montagem curricular de uma licenciatura e seu projeto pedagógico. FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EMANCIPAÇAO E CRITICIDADE Paulo Freire utilizou o termo “empoderamento” para retratar um processo de conscientização que revela a passagem de um pensamento ingênuo para uma consciência crítica, que é possibilitada pela práxis (FREIRE; SHOR, 1986). Mas, quando se considera que esta conscientização não acontece como obra solitária, individual, percebe-se que os contextos sociais onde ela ocorre pela via dialógica, como deve ser em uma licenciatura, também mudam e oportunizam a consciência de classe. É desejável que professores, devidamente formados, cheguem às escolas com um nível de “empoderamento” tal que não mais sejam considerados como meros “mensageiros” dos valores e determinações da máquina administrativa governamental. É desejável que cheguem às escolas com um nível de autodeterminação, de autonomia, enfim, emancipados e compreendendo que a consistência do embasamento individual de cada um deve repercutir nos desafios pessoais e nas lutas da classe de professores. Neste mesmo sentido, Giroux (1997) ressalta a importância da formação de professores como intelectuais transformadores, que implica considerar que além da necessária formação técnica/disciplinar há que existir uma formação política, pois o campo escolar exige que os professores atuem nesta perspectiva para resistirem e se contraporem às descaracterizações impostas à profissão, pois devagar e progressivamente, pelo menos no caso brasileiro, passaram a ser responsáveis por fazer pelas crianças e jovens aquilo que as famílias já, em grande medida, não estão fazendo. Retomando o conceito de formação inicialmente apresentado, defendemos que o aluno licenciando, futuro professor, precisa necessariamente dar sentido, significar e ressignificar aquilo que é tratado nas aulas, nas várias disciplinas, nos estágios e no 10 trabalho de conclusão de curso. Se assim não for, ele se torna um sujeito, quando muito, ilustrado, adaptado, que carrega a necessidade de continuar sendo determinado externamente, ou seja, semiformado, para usar o termo do próprio Theodor Adorno. Mas, o problema maior neste campo não está em ter acesso aos sentidos, significações e ressignificações que os alunos constroem, afinal, eles fazem provas, entregam trabalhos, relatórios, listas de exercícios etc.; o problema está em como dar um sentido emancipatório a estes fazeres. Para Habermas (2002) a emancipação só é possível no contexto de interações mediadas linguisticamente. Assim, em sintonia com a ideia de se conhecer a apropriação que cada aluno licenciando faz dos elementos da cultura, as situações formativas devem envolver, tanto quanto possível, a exposição e o debate sobre suas apropriações. Mas, aonde se pretende chegar com isto? A pretensão que aí se encontra é basicamente a de levar os alunos a refletir sobre o que falam e o que ouvem, a externarem pontos de vista teoricamente fundamentados e a serem capazes de defendê-los, ou seja, participarem ativamente do próprio processo de formação, o que difere da passividade em que se encontram muitas vezes nas situações de aprendizado. O CURRICULO PROPOSTO PARA O CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DA FE-IS É interessante expor neste ponto um quadro geral das disciplinas que compõem o currículo do curso. A partir da visão geral do Quadro 1 é possível uma descrição do sentido formativo de grupos de disciplinas, na qual se pode evidenciar a coesão pretendida assim como as possibilidades de trabalho. No Quadro 1 estão dispostas as disciplinas e atividades com indicação da natureza especificando os créditos e carga horária correspondentes: DB (Disciplinas Básicas), DEFDP (Disciplinas de Embasamento Filosófico e Didático-Pedagógico); AED (Atividades de Estágio Docente); ACED (Atividades relacionadas à Cultura Escolar e à Docência); PCC (Prática como Componente Curricular). TCC (Trabalho de Conclusão de Curso); AACC (Atividades Acadêmico-Científico-Culturais). Importante destacar que o tempo mínimo proposto para a integralização do curso é de cinco (05) anos e o tempo máximo de oito (08) anos. 11 QUADRO 1: Integralização Curricular Disciplinas (DB: básica; DEFDP: embasamento filosófico e didático-pedagógico); AED (Atividades de Estágio Docente); PCC (Prática como Componente Curricular) Atividades Obrigatórias (ACED: atividades relacionadas à cultura escolar e à docência) Proposta de Integralização Curricular - Licenciatura em Física (2015) Disciplina Natureza Ano/Sem Créditos Carga (horas) DEFDP e ACED DB Estágio PCC Cálculo I DB 1º/1º 6 90 90 Física I DB 1º/1º 4 60 60 Fundamentos de Física I DB 1º/1º 2 30 30 Laboratório de Física I DB 1º/1º 2 30 30 Laboratório Didático de Física I DEFDP 1º/1º 2 30 30 Cálculo II DB 1º/2º 6 90 90 Vetores e Geometria Analítica DB 1º/2º 4 60 60 Física II DB 1º/2º 4 60 60 Fundamentos de Física II DB 1º/2º 2 30 30 Laboratório de Física II DB 1º/2º 2 30 30 Laboratório Didático de Física II DEFDP 1º/2º 2 30 30 Cálculo III DB 2º/1º 6 90 90 Álgebra Linear DB 2º/1º 4 60 60 Física III DB 2º/1º 4 60 60Laboratório de Física III DB 2º/1º 2 30 30 Laboratório Didático de Física III DEFDP 2º/1º 2 30 30 Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência DEFDP 2º/2º 4 60 60 Cálculo IV DB 2º/2º 6 90 90 Física IV DB 2º/2º 4 60 60 Laboratório de Física IV DB 2º/2º 2 30 30 Laboratório Didático de Física IV DEFDP 2º/2º 2 30 30 Química Geral e Inorgânica DB 3º/1º 4 60 60 Física Matemática I DB 3º/1º 4 60 60 Mecânica Clássica I DB 3º/1º 4 60 60 Fundamentação Teórica para Projetos ACED 3º/1º 4 60 60 60 Sociedade, Educação e Ciência ACED 3º/1º 4 60 60 Questões Sociocientíficas e Argumentação ACED 3º/2º 4 60 60 Políticas e Programas de Educação Científica ACED 3º/2º 4 60 60 12 Física Moderna I DB 3º/2º 4 60 60 Laboratório de Física Moderna DB 3º/2º 4 60 60 Eletromagnetismo I DB 3º2º 4 60 60 Instrumentação para o Ensino de Física I DEFDP 4º/1º 4 60 60 60 Estágio Supervisionado I AED 4º/1º 7 105 105 Física Estatística DB 4º/1º 4 60 60 Mecânica Quântica I DB 4º/1º 4 60 60 Introdução à Física do Estado Sólido DB 4º/2º 4 60 60 Estágio Supervisionado II AED 4º/2º 7 105 105 Metodologia do Ensino de Física I DEFDP 4º/2º 4 60 60 Pesquisa em Educação Científica I ACED 4º/2º 2 30 30 Texto Didático e Divulgação Científico- Tecnológica I ACED 4º/2º 2 30 30 Instrumentação para o Ensino de Física II DEFDP 5º/1º 4 60 60 60 Texto Didático e Divulgação Científico-Tecnológica II ACED 5º/1º 3 45 45 Estágio Supervisionado III AED 5º/1º 6 90 90 História da Física DB 5º/1º 2 30 30 Metodologia do Ensino de Física II DEFDP 5º/1º 2 30 30 Pesquisa em Educação Científica II ACED 5º/1º 4 60 60 60 Instrumentação para o Ensino de Física III DEFDP 5º/2º 5 75 75 75 Didática e Conceito de Libras (111/2012) DB 5º/2º 4 60 60 Pesquisa em Educação Científica III ACED 5º/2º 6 90 90 90 Estágio Supervisionado IV AED 5º/2º 7 105 105 Trabalho de Conclusão de Curso ACED 5º 6 90 Optativa 8 120 AACC* 14 210 Totais 221 3315 945 1530 405 405 * Atividades Acadêmico-Científico-Culturais (Anexo 3). 13 DISCIPLINAS DO NÚCLEO BÁSICO DE FÍSICA, MATEMÁTICA E QUÍMICA Os estudantes ingressantes cursarão disciplinas dos conteúdos de física e de matemática oferecidas em regime semestral. Junto a essas estão às disciplinas Fundamentos de Física I e Fundamentos de Física II. O objetivo das mesmas é apresentar as características da linguagem científica em sua estrutura e semântica. É importante salientar que o conhecimento físico apresentado nos manuais possui uma linguagem específica da própria área. Essa especificidade é representada por um formalismo matemático, assim como, estruturas sintáticas. A disciplina de Fundamentos de Física I busca discutir na dimensão da Física, o texto científico e suas linguagens, ao mesmo tempo em que desenvolve situações de ensino e aprendizagem para compreensão do texto, estruturação do texto e transcrição do texto para a linguagem matemática (funções e gráficos). Por conseguinte, a disciplina de Fundamentos de Física II, possibilita o aprofundar o conhecimento da linguagem científica com a valorização de estruturas de signos que são importantes para modelização e resolução de problemas em Física. Assim, habilidades de reconhecimento de incógnitas, dos dados, variáveis e suas relações para a identificação, interpretação e equacionamento de situações problemas são de extrema valia para a formação do licenciando em Física e para superação das dificuldades com o conhecimento Físico e seus signos característicos dessa dimensão do conhecimento. A intenção é que estas disciplinas potencializem nos licenciandos habilidades de leitura, interpretação e escrita na linguagem científica, particularmente, a que subjaz a Física e ao formalismo matemático inerente a ela. Os conteúdos de Física Geral estão semestralizados nas disciplinas de Física I, II, III e IV, Laboratórios de Física I, II, III e IV. O objetivo dessas disciplinas é dar condições necessárias e suficientes para que o licenciando se aproprie conceitualmente dos domínios da Física Clássica e possa ter acesso aos conhecimentos sistematizados, a posteriori, nas disciplinas de Mecânica Clássica, Eletromagnetismo, Física Estatística de forma a complementar a formação. É relevante citar que as disciplinas de conteúdo matemático: Cálculo I a IV, Vetores e Geometria Analítica, Álgebra Linear e Física-Matemática farão parte do ferramental que efetivamente serão necessários para atingir o objetivo de formação em Física do licenciando. O conjunto dessas disciplinas contém conceitos e ferramentas matemáticas necessárias ao tratamento adequado de muitos fenômenos físicos, incluindo os conteúdos de cálculo diferencial e integral, geometria analítica, álgebra linear e equações diferenciais. Os campos da Física Moderna e Contemporânea têm os seus conceitos inseridos principalmente nas disciplinas “Física Moderna I” e “Laboratório de Física Moderna”. O Laboratório de Física Moderna a ser cursado concomitantemente à teoria foi pensado para 14 praticar e desenvolver a metodologia científica, por meio do incentivo à pesquisa às referências bibliográficas sobre os temas abordados na disciplina, que possibilitem a análise dos dados obtidos experimentalmente e finalmente a elaboração de um relatório científico. Essa prática de enfrentar o cotidiano da sala de aula com conhecimento científico “apurado” é na essência uma das ferramentas fundamentais para a autoconfiança do licenciando para preparar suas atividades e desenvolvê-las com os seus alunos. De acordo com as necessidades de conhecimento e utilização das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) para o ensino, na etapa final de sua formação o licenciando necessitará de conhecimentos complementares que adquirirá ao cursar as disciplinas: Instrumentação para o ensino de Física I (do campo metodológico), Mecânica Quântica e Introdução à Física do Estado Sólido que permitirão ao licenciando cursar com naturalidade as disciplinas do campo metodológico do Ensino de Física, como Instrumentação para o ensino de Física II e III. Também se enfatiza que nas disciplinas Mecânica Quântica I e Introdução à Física do Estado Sólido são inseridos conceitos que permitem entender a tecnologia atual presente. Por exemplo, sobre semicondutores, óptica quântica, ondas eletromagnéticas, noções da nanotecnologia e outros, que estão na base do funcionamento dos dispositivos comuns à população atualmente. Ressalta-se a importância do licenciando reconhecer e saber lidar com as inovações prementes que fazem parte do cotidiano escolar e, por isso, então a necessidade de reforçar com estes conteúdos principalmente as do campo metodológico do ensino de Física. Uma disciplina com conteúdo de Química Geral e Inorgânica está sendo proposta. Nela procurar-se-á oferecer ao licenciando conceitos da Química e complementar o cuidado básico nas práticas laboratoriais nos usos de reagentes químicos e consequentemente o zelo com o meio ambiente. Adquirir estes conceitos também facilitará o convívio do licenciado em Física no ambiente multidisciplinar das escolas. Deste modo, com este conjunto de disciplinas, espera-se atuar de forma concomitante aos demais conjuntos das disciplinas específicas da formação didático-pedagógicas descritas na sequência visando completar a formação técnica de Física. DISCIPLINAS COM ÊNFASE NA CULTURA DA FÍSICA, SUA EPISTEMOLOGIA E IMPLICAÇÕES A Física como empreendimento humano e social pode e precisa ser evidenciada no ensino. A desmistificação do trabalho científicoé uma necessidade tanto do ponto de vista da sua apresentação como possiblidade profissional para os alunos, quanto do ponto de 15 vista do conhecimento sobre uma das áreas que mais impactam na vida das pessoas e que, portanto, necessita fazer parte de uma perspectiva cidadã de educação. O conjunto de disciplinas classificado neste item é formado por: 1- História da Física, 2- Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência, 3- Texto Didático e Divulgação Científico-Tecnológica I e II e 4- Questões Sociocientíficas e Argumentação. A disciplina História da Física tem um sentido cultural amplo. Nela se pode, por exemplo, ter interesse em tópicos que evidenciam a trajetória desta ciência até a sua sistematização na era moderna, ou em abordagens que enfatizam aspectos políticos e econômicos, assim como estudos que visam determinada evolução conceitual e sobre os quais se tenha também interesse didático. A disciplina Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência representa perspectivas muito importantes, tanto internas à ciência quanto externas e cujas análises só são possíveis graças à história da ciência. Nelas o empreendimento do campo científico, seus valores, critérios de reconhecimento e validação são ressaltados. A disciplina Texto Didático e Divulgação Científico-Tecnológica I e II centra atenção naquilo que se pode chamar, de maneira mais ampla, de difusão científica e aí há o interesse nas diversas formas sobre como a ciência é difundida, desde os textos entre pares e textos para a formação até as mídias de informação. A ciência como agregador de valor a produtos, utilizada muitas vezes indevidamente, assim como os tipos de divulgação da “ciência privada” e pública e os critérios de avaliação de fontes de informação estão, dentre outros, entre os temas de interesse nesta disciplina. Por fim, a disciplina Questões Sociocientíficas e Argumentação adentra no domínio de situações em que a ciência, geralmente associada à tecnologia, gera implicações socioambientais que carrega a marca da polêmica, da controvérsia. Trata-se de uma disciplina em que, a partir do tratamento de casos, se tem mais visibilidade sobre o mundo científico-tecnológico real, no qual há interesses econômicos, políticos, estratégicos e por meio do qual surge a necessidade de se transitar na área da “natureza da ciência” tanto com o sentido de desmistificação quanto com o interesse em potencializar uma formação cidadã. Nas disciplinas que formam este conjunto, as metodologias de ensino são centradas na leitura e discussão de textos, e apresentações de seminários. Uma metodologia diferenciada surge na proposta da disciplina Questões Sociocientíficas e Argumentação, pois nela há o interesse da vivência em debates balizados por teorias a respeito de processos argumentativos. 16 DISCIPLINAS DO CAMPO METODOLÓGICO DO ENSINO DE FÍSICA O conjunto de disciplinas formado por 1- Fundamentação Teórica para Projetos; 2- Metodologia do Ensino de Física I e II; 3- Instrumentação para o Ensino de Física I, II e III e 4- Laboratório Didático de Física I, II, III e IV possuem afinidade no campo metodológico do ensino de física. Na disciplina Fundamentação teórica para Projetos, além de teorias educacionais, são estudados tópicos relacionados à elaboração e desenvolvimento de projetos escolares e também são analisados os perfis e as motivações de grandes projetos de ensino de Física internacionais, como o PSSC (Physical Science Study Committee), o Nuffield e os nacionais, como o Projeto de Ensino de Física (PEF), o Física Auto-Instrutiva (FAI) e o Projeto Brasileiro de Ensino de Física (PBEF). O olhar crítico para estes projetos permite perceber como as finalidades do ensino de física vão sendo alteradas, conforme as compreensões de cada época, entretanto, determinadas metodologias de ensino se conservam como muito inspiradoras para os dias atuais. A disciplina Metodologia do Ensino de Física I caracteriza-se como uma disciplina de fundamentação para o processo de ensino-aprendizagem no contexto da sala de aula. Nela se busca valorizar as dimensões sociais, políticas e culturais que fazem parte da dinâmica de formação, além da importância do conhecimento pedagógico do conteúdo. Na perspectiva do Ensino de Física é importante dar a devida atenção a aspectos que envolvam as concepções alternativas presentes no ensino e aprendizagem da Física Clássica e da Física Moderna. A partir da compreensão do processo que envolve a reconstrução conceitual, por parte do aluno do ensino médio, o licenciando é incentivado a estudar modelos teóricos de ensino e aprendizagem de Física que promovem o conflito cognitivo e que visam à mudança e evolução conceitual. Com base no entendimento das concepções alternativas, são estudadas estratégias de ensino (seminários, atividades em grupo, mapas conceituais, V de Gowin) e aprendizagem em sala de aula para promoção de conflito cognitivo. Ressalta-se a importância de problematizar o uso da linguagem em seus diferentes “tons” – metáforas e analogias e o impacto para a formação científica. Nesta disciplina são apresentados e discutidos a utilização de recursos didáticos (lousa, mídias, textos, softwares, experimentos, simulações, hipermídias etc.) em função dos objetivos e intenções de ensino e aprendizagem. Na disciplina Metodologia do Ensino de Física II são discutidas a fundamentação teórica da Avaliação Formativa e suas diferenças com a avaliação somativa, a crítica dos Planos de Aulas, Planos de Ensino, Planejamentos Escolares e Sequências Didáticas, levando-se em consideração a cultura escolar e do aluno. Neste escopo, aproveita-se a 17 oportunidade para problematizar a importância do conceito de cultura científica no processo de ensino e aprendizagem da Física, assim como a aproximação da cultura científica e cultura humanística por meio de abordagens de ensino de física como, por exemplo, as relações Ciência-Tecnologia- Sociedade e Ambiente, Questões Sociocientíficas e a História da Física. As disciplinas Instrumentação para o Ensino de Física I, II e III centram-se em possibilidades metodológicas para o ensino baseado em situações que envolvam experimentos. Nelas os licenciandos estão constantemente apresentando o desenvolvimento dos seus trabalhos finais. Em Instrumentação para o Ensino de Física I, os alunos tomarão, no início, contato com as técnicas de elaboração de circuitos, condicionamento de sinais de sensores e programação via computador do controle de experimentos de física, onde prioritariamente serão realizados experimentos simples utilizando estas técnicas. A abordagem deve envolver: história do desenvolvimento do conceito, fundamentação teórica e mapa conceitual, demonstrações, experimentos simples e de baixo custo; apresentação de dispositivos tecnológicos relacionados ao conceito e implicações sociais e/ou socioambientais relacionadas. Em Instrumentação para o Ensino de Física II, os trabalhos finais individuais tratam de conceitos da chamada física clássica, e a abordagem deve envolver: plano de apresentação, história do desenvolvimento do conceito, fundamentação teórica e mapa conceitual, demonstrações, experimentos simples, qualitativos e de baixo custo; experimentos quantitativos realizados com equipamentos mais sofisticados; apresentação de dispositivos tecnológicos relacionados ao conceito e implicações sociais e/ou socioambientais relacionadas aos dispositivos. Em Instrumentação para o Ensino de Física III os trabalhos finais individuais tratam de conceitos da Física Moderna presentes em dispositivos tecnológicos e a abordagem deve envolver: desenvolvimento do conceito, fundamentação teórica, visualização ou simulação computacional; interface com computador via placas controladoras para aquisição de dados e implicações sociais e/ousocioambientais relacionadas aos dispositivos. As disciplinas Laboratório Didático de Física I, II, III e IV caracterizam-se como disciplinas de fundamentação para o processo de ensino-aprendizagem no contexto das aulas de laboratório básico de Física, pois na perspectiva do ensino de Física, é importante dar a devida atenção às diferentes formas de acesso aos fenômenos físicos e à discussão deles para se ter a pretensão de que os alunos venham a compreendê-los. Neste sentido o laboratório didático, quando orientado pelas discussões de situações que visam o 18 refinamento conceitual é uma das formas mais contundentes de se atingir tais propósitos. Nele, o licenciando é incentivado a estudar modelos teóricos e formas alternativas de realizar experimentos que, por exemplo, promovam conflitos cognitivos e que a partir da reflexão e discussão sobre estes seja possível adquirir evolução conceitual. Assim, nestas disciplinas há uma preocupação especial com o potencial e com os diferentes propósitos das estratégias de ensino que se vale de experimentos: demonstração dialogada, experimentos realizados pelos alunos, aulas expositivas com inserção de experimentos, experimentos investigativos, etc. DISCIPLINAS COM ENFÂSE NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR CRÍTICO-REFLEXIVO As disciplinas 1-Políticas e Programas de Educação Científica, 2- Sociedade, Educação e Ciência, 3-Estágio Supervisionado I, II, III e IV, 4-Pesquisa em Educação Científica (PEC) I, II, e III formam um conjunto de conhecimentos e ações altamente vinculáveis entre si. Não seria abuso dizer que, como se trata de um conjunto de disciplinas que dão corpo e acabamento à profissionalização docente e pelo fato de abarcarem muitos conhecimentos dos anos anteriores, elas podem ser uma expressão bastante contundente do sentido formativo que os alunos conquistaram até este ponto da trajetória. A etapa do curso em que são realizados os Estágios e cursadas as disciplinas de PEC é a fase de mais alta exposição das subjetividades, pois é a fase da regência em sala de aula e da autoria de um trabalho que, para muitos, é o primeiro trabalho feito com rigor científico, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) (Regulamento no anexo 03), trabalho que se deseja ser decorrente, preferencialmente, de dados constituídos nos semestres de curso de Estágio Supervisionado. A disciplina de Políticas e Programas de Educação Científica possui um caráter de desenvolvimento crítico e problematizador dos Programas de Ensino de Políticas Públicas da Educação e também dos condicionantes históricos, das contradições em sua construção e das tensões políticas, culturais e econômicas que dinamizam e influenciam este processo. Busca-se, a priori, discutir fortemente a aproximação entre o conceito de política na perspectiva crítica e de poder, assim como problematizar as diferentes concepções de política e a sua relação com poder para que seja possível analisar os programas nacionais e internacionais de formação de professores de Física. Tem-se como desafio desvelar possíveis concepções de políticas que orientam o olhar que conduz apenas ao entendimento instrucional e técnico e que não considera a dimensão complexa e heterogênea do contexto social, particularmente da educação (TEODORO, 2002). 19 Nesse sentido, a disciplina é proposta para ser desenvolvida em três etapas. A primeira delas se configura como um entendimento da legislação brasileira em educação por meio do estudo da História da Educação no Brasil e o desenvolvimento das Leis de Diretrizes e Bases e dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Nesta etapa a proposta da compreensão das situações limites e dos entraves para a formulação de política pública se direciona também à reflexão dos alunos em relação à própria experiência escolar, assim como a problematização dos interesses dominantes na negociação das políticas públicas, muitas vezes “assimétricos entre grupos” (TEODORO, 2002). A segunda etapa é direcionada à crítica ao currículo constituído como um programa de políticas públicas. Nesse sentido, torna-se necessário o entendimento das ideologias que subjazem a escrita das normativas e dos currículos e como os educadores se apropriam delas dentro de sua própria atividade. Ainda, questionamentos sobre ciência e cultura, presentes nos currículos, são enfoques das discussões. A terceira etapa vislumbra apresentar como as políticas de formação de professores influenciam o currículo e como determinam o processo das atividades corriqueiras escolares. Diante disso, a discussão sobre a pesquisa em educação e, especificamente, em ensino de Física é fundamental para a compreensão da participação da universidade em tais políticas. A disciplina Sociedade, Educação e Ciência foi dividida em dois módulos. O primeiro preocupa-se em problematizar e produzir reflexões críticas a respeito dos reflexos da razão instrumental na sociedade e as influências no sistema escolar. Buscamos compreender o campo escolar, sua cultura e os mecanismos de reprodução a luz de Pierre Bourdieu. Por fim, apresentamos como a racionalidade e a organização da Ciência em seus aspectos internos e externos influência a prática de Ensino de Física potencializando a reprodução de uma concepção fechada de Ciência. O Estágio Supervisionado se constitui em um importante campo de conhecimento. É neste campo que o licenciando em Física se sustenta na etapa em que será convidado a experienciar a realidade do campo escolar, com suas tensões, obstáculos e possibilidades. É o momento de compreensão, entendimento e enfrentamento da realidade escolar. É no processo de desvelamento dessa realidade, sustentada pela dimensão teórico-prática, que os futuros professores poderão se unir em uma discussão crítico-reflexiva e autocrítica relativa à natureza dos problemas educacionais ao nível de organização escolar, de estrutura curricular, políticas públicas de educação e, principalmente, a dimensão da prática pedagógica no Ensino de Física. O debate político e problematizador nas aulas de Estágio, sob a orientação do professor responsável pela disciplina, possibilita que os licenciandos compreendam que o 20 trabalho e a discussão coletiva a respeito dos dilemas escolares criam condições de ação para transformação, desde que estejam acompanhados pela fundamentação teórica. Frente às novas orientações para reestruturação curricular dos cursos de Licenciatura da UNESP, as disciplinas de Estágio Supervisionado, que anteriormente se configuravam como anuais, agora, passam a ter o caráter semestral. Estágio Supervisionado I: Essa etapa se configura como um momento preparatório em que o aluno adentra à escola para o reconhecimento do campo escolar por meio da observação. No entanto, essa observação não se configura como uma ação inócua, ao contrário, passa a ser orientada por referenciais teóricos-críticos no intuito de que o licenciando possa fazer o exercício crítico-reflexivo do ambiente escolar. Nesse semestre os alunos acompanham e observam as instalações físicas e organizacionais da escola, as aulas de Física de uma determinada turma do Ensino Médio de uma escola pública da rede de ensino do Estado de São Paulo. Estágio Supervisionado II: Nessa etapa, os licenciandos trabalham colaborativamente com os licenciandos regentes ou com o professor oficial da disciplina de Física. Esse trabalho consiste em desenvolver atividades de monitoria de Física com os alunos do ensino médio, particularmente, com a mesma turma que eles escolheram para realizar o exercício da observação em Estágio Supervisionado I. No entanto, a monitoria de Física, não se configura tecnicamente, como uma situação em que o licenciando resolve lista de exercícios que o professor/regente da turma passou. Ao contrário disto, ele auxilia colaborativamente com o professor/regente no planejamento das atividadesde ensino de física, de forma a sustentar um convite para o conhecimento em uma situação de apoio escolar. Além do mais, os alunos dessa etapa de formação deverão cumprir a carga-horária de 30 horas-aulas de monitoria, junto a um grupo de alunos da turma em que este exerce a observação. A monitoria se enquadra como uma atividade formativa para os futuros professores, no intuito de que estes desenvolvam a argumentação, a busca de entendimento a respeito do tema de estudo, das atividades planejadas, da cultura científica, a autocrítica e análise da própria prática no desenvolvimento de ações pedagógicas planejadas junto com o professor/regente com o grupo de alunos pelo qual se torna responsável. A ideia da monitoria é que o licenciando desenvolva habilidades com um grupo de alunos, pois no período da regência esse licenciando precisará convidar para discutir o conhecimento físico uma sala de aula. Estágio Supervisionado III: Caracteriza-se por uma preparação para a regência de 40 horas a ser realizada. Organização de pequenos grupos de pesquisa e planejamento de atividades. Desenvolvimento autocrítico por meio da reflexão teórico-prática. É um processo de investigação da própria prática na perspectiva crítica. Discussão teórica a 21 respeito da construção da identidade docente, do planejamento e dos objetivos e objetos de ensino de Física. Estágio Supervisionado IV: Configura-se com o desenvolvimento da regência propriamente dita pelos futuros professores de Física, além da reunião dos grupos de planejamentos das aulas de regência sob orientação do professor da disciplina de estágio. Ao término da sequência das três disciplinas vinculadas, Pesquisa em Educação Científica I, II e III, o aluno estará iniciado na área de pesquisa em Educação Científica, o que implica: através de vivência pessoal, compreender metodologia(s) de investigação científica na área; familiarizar-se com a busca nos meios de publicação da área (principais revistas, atas de congressos e livros); colocar-se criticamente diante da leitura de textos, de modo que as buscas gerem novas buscas e leituras rumo à apropriação da literatura na área; desenvolver competências individuais de fala e escrita científica e de argumentação; desenvolver habilidades de construir entendimentos com colegas, professores e pesquisadores; ter construído argumentação consistente em torno de um tema cuja escolha evidencie preocupações pessoais com a problemática educacional na área; familiarizar-se com normas técnicas de publicação. Especificamente, o objetivo da disciplina Pesquisa em Educação Científica I é a definição do Projeto de Pesquisa. Espera-se que os alunos evoluam, durante o semestre, em dois sentidos: apropriação pessoal do trabalho e aprofundamento da literatura escolhida. Durante a disciplina Pesquisa em Educação Científica II, os alunos prepararam o Memorial de Qualificação, efetivam a coleta de dados e realizam o Encontro Preparatório do Encontro de Prática de Ensino de Ilha Solteira (ENPEFIS). Durante a disciplina Pesquisa em Educação Científica III, os alunos finalizam o Trabalho de Conclusão de Curso e realizam o ENPEFIS. O objetivo do ENPEFIS é o de compartilhar com as comunidades acadêmica e escolar os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) realizados pelos alunos. ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO Na sequência, nos Quadros 2.1 a 2.3 são apresentados os principais dados referentes à Integralização Curricular e aos recursos humanos. 22 QUADRO 2.1: Estrutura Curricular Proposta. Disciplina Ano/Sem Créditos Co-requisitos Pré-requisitos Cálculo I 1º/1º 6 Física I 1º/1º 4 Laboratório de Física I 1º/1º 2 Laborat. Didático de Física I Física I Laboratório Didático de Física I 1º/1º 2 Laboratório de Física I Física I Fundamentos de Física I 1º/1º 2 Cálculo II 1º/2º 6 Cálculo I Vetores e Geometria Analítica 1º/2º 4 Física II 1º/2º 4 Física I Laboratório de Física II 1º/2º 2 Física II Laboratório de Física I Laboratório Didático de Física II 1º/2º 2 Laboratório de Física II Física II Fundamentos de Física II 1º/2º 2 Fundamentos de Física I Cálculo III 2º/1º 6 Cálculo I Álgebra Linear 2º/1º 4 Vetores e Geometria Analítica Física III 2º/1º 4 Física I Laboratório de Física III 2º/1º 2 Física III Laboratório de Física I Laboratório Didático de Física III 2º/1º 2 Laboratório de Física III Física III Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência 2º/ 2º 4 Cálculo IV 2º/2º 6 Cálculo II Física IV 2º/2º 4 Física III Laboratório de Física IV 2º/2º 2 Física IV Laboratório de Física III Laboratório Didático de Física IV 2º/2º 2 Laboratório de Física IV Física IV Química Geral e Inorgânica 3º/1º 4 Física Matemática I 3º/1º 4 Cálculo I Mecânica Clássica I 3º/1º 4 Física I e II Fundamentação Teórica para Projetos 3º/1º 4 Sociedade, Educação e Ciência 3º/1º 4 Questões Sociocientíficas e Argumentação 3º/2º 4 Políticas e Programas de Educação Científica 3º/2º 4 Física Moderna I 3º/2º 4 Física IV Laboratório de Física Moderna 3º/2º 4 Laboratório de Física IV Eletromagnetismo I 3º2º 4 Física III Cálculo III e IV Instrumentação para o Ensino I 4º/1º 4 Física III Laboratórios Didáticos de Física I e III Estágio Supervisionado I 4º/1º 7 Física Estatística 4º/1º 4 Física II, Cálculo II Mecânica Quântica I 4º/1º 4 Física IV Física Matemática I Introdução à Física do Estado Sólido 4º/2º 4 Física IV, Física Moderna I Estágio Supervisionado II 4º/2º 7 Metod. do Ensino de Física I Estágio Supervisionado I Metodologia do Ensino de Física I 4º/2º 4 Estágio Supervisionado II Pesquisa em Educação Científica I 4º/2º 2 Estágio Supervisionado II Física I, II, III, e IV 23 Texto Didático e Divulgação Científico- Tecnológica I 4º/2º 2 Instrumentação para o Ensino de Física II 5º/1º 4 Instrumentação para o Ensino de Física I e Física IV Texto Didático e Divulgação Científico- Tecnológica II 5º/1º 3 Estágio Supervisionado III 5º/1º 6 Estágio Supervisionado II, Metodologia do Ensino de Física I História da Física 5º/1º 2 Física I, II, III e IV Metodologia do Ensino de Física II 5º/1º 2 Metodologia do Ensino de Física I Pesquisa em Educação Científica II 5º/1º 4 Estágio Supervisionado III, Metodologia do Ensino de Física II, Instrumentação para o Ensino de Física II Pesquisa em Educação Científica I Instrumentação para o Ensino de Física III 5º/2º 5 Física Moderna I, Instrumentação para o Ensino de Física I Didática e Conceito de Libras (111/2012) 5º/2º 4 Pesquisa em Educação Científica III 5º/2º 6 Estágio Supervisionado IV Pesquisa em Educação Científica I, Pesquisa em Educação Científica II, Instrumentação para o Ensino de Física II Estágio Supervisionado IV 5º/2º 7 Pesquisa em Educação Científica III Estágio Supervisionado I, II e III; Metodologia do Ensino de Física I e II Trabalho de Conclusão de Curso 5º 6 Optativa 8 AACC 14 Total 221 No Quadro 2.2 segue lista das Disciplinas Optativas a serem oferecidas. QUADRO 2.2: Disciplinas Optativas. Disciplina Carga Horária Pré-requisitos Tópicos Esp. de Educação para o Ensino de Física: O Ensino de Ciência e a Inclusão de Alunos com Necessidades Especiais 60 - Ciência dos Polímeros 60 - Química dos Materiais 30 - Laboratório Interdisciplinar de Ciências e Matemática I: articulando Teoria e Prática por meio de Instrumentação 30 Física I, Física II, Cálculo I, Cálculo II, Vetores e Geometria Analítica. Laboratório Interdisciplinar de ciências e Matemática II: articulando Teoria e Prática por meio de Instrumentação 30 Física I, Física II, Cálculo I, Cálculo II, Vetores e Geometria Analítica.Tópicos Especiais de Física Aplicada a Tecnologia com ênfase em Supercondutividade 30 Física I, Física II Física Matemática II 60 Física Matemática I Eletromagnetismo II 60 Eletromagnetismo I Mecânica Quântica II 60 Mecânica Quântica I Cálculo Numérico Aplicado a Física 60 Cálculo I e II Astronomia 30 Física I e II Relatividade 30 Física I e II Introdução à Física Matemática 30 - Empreendedorismo 30 - Tópicos Especiais de Física Moderna 60 - Gravitação 30 Física I Macânica Clássica II 60 Mecânica Clássica I TEEEF: O Ensino de Ciências e a inclusão de alunos com Necessidades Especiais: 60 - TEFATec- Fundamentos da Corrosão 60 TEFATec - Introdução à Ciencia dos Materiais 60 Computação Básica 60 24 QUADRO ESPECÍFICO: 1) Com as disciplinas que compõem as 960 horas. 2) Com o Estágio, 405 horas. 3) Com a Prática como Componente Curricular (PCC), 405 horas Disciplina Natureza Ano/Sem Créditos DEFDP e ACED (Carga horária) Estágio (Carga horária) PCC Laboratório Didático de Física I DEFDP 1º/1º 2 30 Laboratório Didático de Física II DEFDP 1º/2º 2 30 Laboratório Didático de Física III DEFDP 2º/1º 2 30 Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência DEFDP 2º/2º 4 60 Laboratório Didático de Física IV DEFDP 2º/2º 2 30 Fundamentação Teórica para Projetos ACED 3º/1º 4 60 60 Sociedade, Educação e Ciência ACED 3º/1º 4 60 Questões Sociocientíficas e Argumentação ACED 3º/2º 4 60 Políticas e Programas de Educação Científica ACED 3º/2º 4 60 Instrumentação para o Ensino de Física I DEFDP 4º/1º 4 60 60 Estágio Supervisionado I AED 4º/1º 7 105 Estágio Supervisionado II AED 4º/2º 7 105 Metodologia do Ensino de Física I DEFDP 4º/2º 4 60 Pesquisa em Educação Científica I ACED 4º/2º 2 30 Texto Didático e Divulgação Científico- Tecnológica I ACED 4º/2º 2 30 Instrumentação para o Ensino de Física II DEFDP 5º/1º 4 60 60 Texto Didático e Divulgação Científico- Tecnológica II ACED 5º/1º 3 45 Estágio Supervisionado III AED 5º/1º 6 90 Metodologia do Ensino de Física II DEFDP 5º/1º 2 30 Pesquisa em Educação Científica II ACED 5º/1º 4 60 60 Instrumentação para o Ensino de Física III DEFDP 5º/2º 5 75 75 Pesquisa em Educação Científica III ACED 5º/2º 6 90 90 Estágio Supervisionado IV AED 5º/2º 7 105 TOTAL 960 405 405 25 QUADRO 2.3: Equivalência entre disciplinas do Currículo Novo (ingressantes a partir de 2015) e o Currículo vigente. Disciplina do Currículo Vigente Créd. Disciplina do Currículo Novo Créd. Física I 12 Física I Laboratório Didático de Física I Física II Laboratório Didático de Física II 4 2 4 2 Laboratório de Física I 4 Laboratório de Física I Laboratório de Física II 2 2 Cálculo I 12 Cálculo I Cálculo II 6 6 Fundamentos de Física 4 Fundamentos de Física I Fundamentos de Física II 2 2 Computação Básica (*) 4 Vetores e Geometria Analítica 4 Vetores e Geometria Analítica 4 Física II 12 Física III Laboratório Didático de Física III Física IV Laboratório Didático de Física IV 4 2 4 2 Laboratório de Física II 4 Laboratório de Física III Laboratório de Física IV 2 2 Cálculo II 12 Cálculo III Cálculo IV 6 6 Álgebra Linear 4 Álgebra Linear 4 Química Geral e Inorgânica 6 Química Geral e Inorgânica 4 Estrutura da Matéria 8 Física Moderna I Introdução à Física do Estado Sólido 4 4 Laboratório de Estrutura da Matéria 4 Laboratório de Física Moderna 4 Mecânica Clássica 4 Mecânica Clássica I 4 Termodinâmica e Física Estatística 4 Física Estatística 4 Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência 2 Introdução à Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência 4 Fundamentação Teórica para Projetos 4 Fundamentação Teórica para Projetos 4 Políticas e Programas de Educação Científica 2 Políticas e Programas de Educação Científica 4 História da Física 2 História da Física 2 Instrumentação para o Ensino de Física 8 Instrumentação para o Ensino de Física I Instrumentação para o Ensino de Física II Instrumentação para o Ensino de Física III 4 4 5 Metodologia do Ensino de Física 4 Metodologia do Ensino de Física I Metodologia do Ensino de Física II 4 2 Texto Didático e Divulgação Científico- tecnológica 4 Texto Didático e Divulgação Científico-tecnológica I Texto Didático e Divulgação Científico-tecnológica II 2 2 Pesquisa em Educação Científica I 2 Pesquisa em Educação Científica I 2 Pesquisa em Educação Científica II 4 Pesquisa em Educação Científica II 4 Pesquisa em Educação Científica III 5 Pesquisa em Educação Científica III 6 Estágio Supervisionado I e II 27 Estágio Supervisionado I Estágio Supervisionado II Estágio Supervisionado III Estágio Supervisionado IV 7 7 6 7 26 QUADRO 2.4: Docentes envolvidos. Nome Titulação Regime de trabalho Disciplinas Departamento Adriana Bortoletto Doutor Efetivo 169-Laboratório de Física I 1132-Estágio Supervisionado II CB-15-Física Geral LF-03-Laboratório de Física I LF-06-Introdução a Física Matemática LF-17-Intr. a Teoria do Conhecimento e Fil. da Ciência Física e Química Antonio Carlos Ferreira Seridônio Doutor CLT 896-Introdução a Física Matemática 999-Termodinâmica e Física Estatística 1114-Estrutura da Matéria Física e Química Carlos Alberto Picone Doutor Efetivo 170- Laboratório de Física II 1060- Laboratório de Física II 1230- Física Geral Física e Química Claudio Luiz Carvalho Adjunto Efetivo 169-Laboratório de Física I 1063-Laboratório de Física III ZOO-09-Física Geral Física e Química Devaney Ribeiro do Carmo Doutor CLT 1106- Química Geral e Inorgânica 187- Química Geral Física e Química Eder Pires de Camargo Adjunto CLT 799- Didática 1115-Fundamentação Teórica para Projetos CBL-20-Didática LF-04-Fundamentos de Física I LF-22-Laboratório Didático de Física Física e Química Edinilton Morais Cavalcante Adjunto Efetivo 165- Física I 169- Laboratório de Física I 170-Laboratório de Física II 1060-Laboratório de Física II Física e Química Eudes Borges de Araújo Adjunto Efetivo 169-Laboratório de Física I LF-14-Física III LF-15-Laboratório de Física III LF-20-Física IV LF-21-Laboratório de Física IV Física e Química Fauze Ahmad Aouada Doutor Efetivo 1146- Química Tecnológica para Engenharia Civil 977- Química Tecnológica Física e Química Fernanda Cátia Bozelli Doutor CLT 1116- Estágio Supervisionado 1118-Política e Programas de Educação Científica 1130-Texto Didático e Divulgação Cient. Tecnológico 1133-Metodologia do Ensino de Física LF-11-Fundamentos de Física II Física e Química Fernando Rogério de Paula Doutor CLT 165-Física I 170-Laboratório de Física II 614 -Laboratório de Física III 905-Laboratório de Física III Física e Química Haroldo Naoyuki Nagashima Doutor CLT 169-Laboratório de Física I LF-02-Física I LF-05-Laboratório de Física I LF-08-Física I LF-09-Laboratório de Física II LF-10-Laboratório Didático de Física II Física e Química Hermes Adolfo de Aquino Doutor Efetivo 169-Laboratório de Física I 905-Laboratório de Física III 935- Fundamentos de Óptica 1117-Laboratório de Estrutura da Matéria Física e Química Jean Richard Dasnoy Marinho Adjunto Efetivo 828- Química Geral e Analítica CB-40 Química Geral CB-41 – Lab. Química Orgânica Física e Química João Carlos Silos Moraes Titular Efetivo 165- Física I 170-Laboratório de Física II 1060-Laboratório de Física II Física e Química João Manuel M. Cordeiro Adjunto Efetivo 912- Química Geral 1220- Bioquímica Física e Química José Antonio MalmongeAdjunto Efetivo 177- Física III Física e 27 614- Laboratório de Física III 904-Física III 1063-Laboratório de Física III Química Keizo Yukimitu Adjunto Efetivo 614- Laboratório de Física III 998-Mecânica Clássica Física e Química Luiz Francisco Malmonge Adjunto Efetivo 170-Laboratório de Física II 904-Física III 905-Lab. Física III Física e Química Maria Angela de Moraes Cordeiro Doutor Efetivo 188- Química Analítica 828- Química Geral e Analítica Física e Química Rafael Zadorosny Doutor CLT 166-Física II 170-Laboratório de Física II LF-16-Laboratório Didático de Física IV Física e Química Rosangela da Silva de Laurentiz Doutor CLT 828- Química Geral e Analítica 834- Química Orgânica Física e Química Victor Ciro Solano Reynoso Adjunto Efetivo 166-Física II 170-Laboratório de Física II 1062- Física III Física e Química Walter Katsumi Sakamoto Adjunto Efetivo 165- Física I 166-Física II 169-Laboratório de Física I 170-Laboratório de Física II 1059-Física II Física e Química Washington Luiz Pacheco de Carvalho Adjunto Efetivo 1082- Instrumentação para o Ensino de Física 1107-Pesquisa em Educação Científica II 1129-Pesquisa em Educação Científica III 1135- Trabalho de Conclusão de Curso Física e Química Jaime Edmundo Apaza Rodrigues Doutor Efetivo LF-07-Cálculo II Matemática Pedro Toniol Cardim Doutor Efetivo 992-Vetores e Geometria Analítica Matemática Roseli Arbach Fernandes de Oliveira Doutor Efetivo Álgebra Linear Matemática Sanderson Manoel da Conceição Mestre Substituto LF-19-Cálculo IV Matemática Obs.: Todos os docentes do DFQ relacionados são potenciais orientadores junto ao Estágio Supervisionado. 28 Corpo Técnico-Administrativo QUADRO 2.5: Funcionários e Técnico-Administrativos diretamente envolvidos com o Curso. Funcionário Cargo ou Função Atividades Desempenhadas Órgão de Lotação Thiago R. Nicolette Oficial Administrativo Serviços de Secretaria DFQ Mônica Peppe Fernandes Costa Assistente Administrativo Serviços de Secretaria DFQ Erlon B. Nogueira Técnico de Laboratório Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino de Física DFQ Levi J. Vieira Jr. Técnico de Laboratório Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino de Física DFQ Mario P. Carneiro Jr. Técnico de Apoio Acadêmico Apoio aos Laboratórios de Pesquisa Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino e Pesquisa de Física DFQ Gilberto A. de Brito Técnico de Apoio Acadêmico Apoio aos Laboratórios de Pesquisa DFQ Marli E. Simões Técnica de Laboratório Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino e Pesquisa de Química DFQ Mara R. de Oliveira Auxiliar de Laboratório Apoio técnico aos Laboratórios de Ensino e Pesquisa de Química DFQ Arlindo A. Urzulin Analista Técnico Serviços de Secretaria SCCG Juliana M. Sampaio Oficial Administrativo Serviços de Secretaria SCCG DFQ – Departamento de Física e Química: SCCG – Secretaria dos Conselhos de Curso de Graduação INVESTIMENTOS NO CURSO LIVROS: Contamos com uma biblioteca a qual contém livros que atendem o curso, bem como com livros solicitados os quais têm sido adquiridos com verbas que vem sendo repassadas anualmente à biblioteca, desde a implantação do curso em 2002. MATERIAL DE CONSUMO: A manutenção da qualidade do curso exige que estejamos atentos aos materiais utilizados nas aulas didáticas. O gasto com material de consumo no curso refere-se ao funcionamento das disciplinas específicas. O mesmo vêm sendo adquirido como o montante que nos cabe, advindo da administração do Câmpus. No ano de 2013, a UNESP teve aprovado o Projeto CAPES/LIFE – Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores o qual organizou e instrumentalizou um Laboratório Didático, o qual foi alocado na FEIS, sob a coordenação de uma docente do nosso Curso de Licenciatura em Física. Cabe-nos assim 29 explorar a utilização desse espaço em tempo integral, cabendo à UNESP, a manutenção e o fornecimento de material de consumo (materiais elétricos como reposição de lâmpadas queimadas, cabos elétricos, resistências, capacitores e materiais de consumo de qualquer outra natureza) como reposição. Outro ponto importante é a aquisição de material de consumo referente às disciplinas de Instrumentação para o Ensino de Física I, II e III. Considera-se aqui preferencialmente material de baixo custo no mercado: componentes eletrônicos e sensores diversos, micro controlador, circuitos integrados e elementos correlacionados, interfaces de aquisição de dados e software associados. MATERIAL PERMANENTE: A verba recebida pela Unidade da FEIS nos últimos anos, advinda da Pró-Reitoria de Graduação da UNESP (PROGRAD), foi utilizada para atender as necessidades das diferentes disciplinas da grade, principalmente as que envolvem laboratórios básicos. Considerando indispensáveis reposições de instrumentos laboratoriais como os de medições (paquímetros, multímetros, osciloscópios entre outros) as necessidades tornam-se evidentemente repetitivas de maneira que se conta com esse recurso financeiro. A compra desses instrumentos é essencial para manter o bom andamento do curso. RECURSOS HUMANOS: Considerando o aumento da carga didática em 16 horas da área específica da educação e o aumento da carga didática de 14 horas na área de Física Básica, tem-se a necessidade de contratação de pelo menos 03 docentes, sendo dois para a área de formação específica para se manter a média de 8 horas semanais e a manutenção da qualidade de ensino, pesquisa, gestão e extensão do Departamento de Física e Química. CONSIDERAÇÕES FINAIS A dinâmica do processo de desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico aqui apresentado deverá ser norteada pelo indicado na Estrutura Curricular proposta com implantação no ano de 2015. Destaca-se que na elaboração deste Projeto buscou-se uma formação ampla e crítica do futuro professor de Física para que este chegue devidamente formado na escola com um alto nível de conhecimentos específicos de Física, de domínio pedagógico do conteúdo, de conscientização da realidade escolar e com a autonomia suficiente para ação política, no intuito de transcender as tensões e conflitos, que são naturais do ambiente para o qual estão sendo formados. 30 Compreende-se que o futuro professor seja um investigador da própria prática, que construa conhecimentos em torno do seu agir pedagógico no ensino de Física. Entende-se que, em consonância com o estabelecido na Deliberação CEE 111/2012, alterada pela 126/2014 essa formação crítica, política e autônoma do futuro professor esteja sendo valorizada pela forma como se apresenta e justifica a nova estrutura curricular do curso de Licenciatura da UNESP-FEIS, por meio das várias disciplinas de cunho didático-pedagógico, filosófico e específico. Cabe destacar também as avaliações positivas que o curso vem recebendo nos últimos anos, as quais refletem o compromisso com a formação integral do professor de Física, o atendimento as exigências que se espera do profissional bem formado nessa área de conhecimento (Anexo 4). REFERÊNCIAS ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Teoria de la seudocultura. In: Filosofia y superstición. Madrid: Alianza Editorial, 1972, p. 141-174. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Ministério de Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília, MEC, Semtec, 1999. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN + Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, MEC, Semtec, 2002. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino Planejando a PróximaDécada: Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC/SASE, 2014. FREIRE, P.; SHOR, I. Medo e ousadia – o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. GIROUX, H. A. (Org). Os professores como intelectuais. Porto Alegre: Artmed, 1997. HABERMAS, J. Racionalidade e comunicação. Lisboa: Edições 70, 2002. NARDI, R. (Org). Pesquisas em Ensino de Física. São Paulo: Ed. Escrituras, 1998. MAAR, W. L. Adorno, semiformação e educação. Educação e Sociedade, v. 24, n. 83, p. 459-476, 2003. REZENDE, F.; LOPES, A.; EGG, J. Identificação de problemas do currículo, do ensino e da aprendizagem de Física e de Matemática a partir do discurso de professores. Ciência & Educação, v. 10, n. 2, p. 185-196, 2004. 31 TEODORO, A. Estórias e memórias dos actores no estudo das políticas educativas. Anotações e comentários a propósito de um projecto de pesquisa. In: Congresso Luso- Brasileiro de História da Educação. O Oral, o Escrito e o Digital na História da Educação; 4.; 2002, Atas.... Porto Alegre: ABHE. 2002 TODOS PELA EDUCAÇÃO. Todos Pela Educação e o Plano Nacional de Educação. Disponível em: < http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/30545/todos-pela- educacao-e-o-plano-nacional-de-educacao/>. Acesso em: 10 de novembro de 2014. TREAGUST, D., DUIT, R., FRASER B. Improving Teaching and Learning in Science and Mathematics, Teachers College Press, New York, 1996. http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/30545/todos-pela-educacao-e-o-plano-nacional-de-educacao/ http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/30545/todos-pela-educacao-e-o-plano-nacional-de-educacao/ 32 ANEXO 1 Ementas das disciplinas básicas e bibliografia básica FÍSICA I (4 créditos) Ementa: Medição; Movimento Retilíneo; Vetores; Cinemática: Movimento em duas e três dimensões; Dinâmica de uma partícula; Trabalho e energia; Conservação de energia; Sistemas de partículas e movimento linear; Colisões. Bibliografia básica: NUSSENZVEIG, M. H. Curso de Física Básica: Mecânica. 4. ed., Editora Edgard Blücher Ltda, v.1, 2002. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Mecânica. 6. ed., Livros Técnicos e Científicos Editora S/A, v. 1, 2002. FÍSICA II (4 créditos) Ementa: Rotação; Rolamento, Torque e Momento Angular; Equilíbrio e Elasticidade; Oscilações; Gravitação; Fluidos; Ondas; Ondas Sonoras; Temperatura; Calor e primeira Lei da Termodinâmica; Trabalho e Energia Cinética; Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica. Bibliografia básica: NUSSENZVEIG, M. H. Curso de Física Básica: Mecânica. 4. Ed. Editora Edgard Blücher Ltda, v.1, 2002. NUSSENZVEIG, M. H. Curso de Física Básica: Calor, Fluidos, Oscilações e Ondas. 4. ed. Editora Edgard Blücher Ltda, v. 2, 2002. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Mecânica. 6. ed. Livros Técnicos e Científicos Editora S/A, v.1, 2002, Rio de Janeiro – RJ. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 6. ed. Editora S/A, v.2, 2002, Rio de Janeiro – RJ. FÍSICA III (4 créditos) Ementa: Carga Elétrica; Campo Elétrico; Lei de Gauss; Potencial Elétrico; Capacitância; Corrente e Resistência Elétrica; Força Eletromotriz e Circuitos Elétricos; Campo Magnético; Lei de Ampère; A Lei de Indução de Faraday; Indutância; Magnetismo e a Matéria. Bibliografia básica: HALLIDAY, D.; RESNIK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física, 4. ed. Rio de Janeiro Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda, 1996 e edições que seguem. v. 3. SEARS, F.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; ZEMANSKY, M. W. FÍSICA III – Eletromagnetismo, 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2009. TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda, 2009. V.2. FÍSICA IV (4 créditos) Ementa: Oscilações Eletromagnéticas, Correntes Alternadas, Equações de Maxwell, Ondas Eletromagnéticas, Ótica Geométrica, Ótica ondulatória, Interferência de ondas, Difração, Relatividade, Física Atômica e Nuclear, Física Nuclear, Energia Nuclear, Quarks, Léptons e o Big-Bang. 33 Bibliografia básica: HALLIDAY, D.; RESNIK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física, 4. ed. Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda, Rio de Janeiro, 1996 e edições que seguem. HALLIDAY, D.; RESNIK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física, 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda. 1996 e edições que seguem. SEARS, F.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; ZEMANSKY, M. W. FÍSICA III – Eletromagnetismo, 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2009. SEARS, F.; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; ZEMANSKY, M. W. FÍSICA IV – Ótica e Física Moderna. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2004. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Eletromagnetismo. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2003. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Ótica, Relatividade, Física Quântica. 4. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2002. MECÂNICA CLÁSSICA I (4 créditos) Ementa: Elementos da Mecânica Newtoniana; Movimento de uma partícula em uma dimensão; Movimento de uma partícula em duas e três dimensões; O movimento de um sistema de partículas; Corpos Rígidos; Gravitação. Bibliografia básica: SYMON, K. R. Mechanis. Addison-Wesley Publishing Company, 1972. GOLDSTEIN, H. Classical Mechanics. 2. ed. Addison-Wesley, Publishing Company, Inc., 1980. ELETROMAGNETISMO I (4 créditos) Ementa: Eletrostática; Soluções de problemas eletrostáticos; Campo eletrostático em meios dielétricos; Campo magnético de correntes estacionárias; Indução eletromagnética; Equações de Maxwell. Bibliografia básica: REITZ, J. R; MILFORD, F. J; CHRISTY, R. W. Fundamentos da Teoria Eletromagnética. Editora Câmpus, 1982. GRIFFITHS, D. J. Eletrodinâmica. 3. ed. Editora Pearson, 2010. NOTAROS, B. M. Eletromagnetismo. 1. ed. Editora Pearson, 2011. HAYT Jr, W. H. Eletromagnetismo. 8. ed. Ed. Livros Técnicos e Científicos Ltda, 2012. KLEBER , D. M. Teoria do Eletromagnetismo. 2. ed. Editora UEPG, 2004. v. I e II. FÍSICA ESTATÍSTICA (4 créditos) Ementa: Princípios de Física Estatística com discussão de problemas práticos: Estados microscópicos, tratamento estatístico, ensemble microcanônico, número de estados e densidade de estados, contato entre dois sistemas, leis fundamentais da termodinâmica, distribuições canônicas, funções de partição e funções termodinâmicas, estatística de Boltzmann, Fermi e Bose, entropia generalizada. Aplicações das distribuições canônicas e termodinâmica estatística com discussão de problemas práticos: função de partição Grã- canônica, função de partição de distribuições canônicas generalizadas, matriz densidade, função de partição de gases ideais. Bibliografia básica: KUBO, R. Statistical Mechanics. North Holland: Elsevier Science Publishers B.V. 1965. SALINAS, S. R. A. Introdução à Física Estatística. 2. ed. São Paulo: EDUSP, Editora da Universidade de São Paulo, 2005. 34 REIF, F. Fundamentals of Statistical and Thermal Physics. Mc Graw Hill Book Company, 1965 FÍSICA MATEMÁTICA I (4 créditos) Ementa: Variáveis complexas: teorema dos resíduos; Funções de Bessel, funções de Legendre, funções de Hermite, funções de Laguerre, Análise de Fourier. Bibliografia básica: ARFKEN, G. Mathematical Methods for Physicists. New York: Academic Press, 1970. 815p. ARFKEN, G. B.; WEBER, H. J. Essential Mathematical Methods for Physicists. New York: Academic Press, 2004. 932p. FÍSICA MODERNA I (4 créditos) Ementa: Radiação térmica e postulado de Planck; Propriedades corpusculares da radiação; O postulado de De Broglie; Modelo Atômico de Bohr; A teoria de Schroedinger e soluções de sua equação; Átomos de um elétron; Momento de dipolo magnético, spin. Bibliografia básica: EISBERG, R.; RESNICK, R. Física Quântica: Átomos, Moléculas,
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