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SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS

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@bene.med 
 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS 
Câncer são varias doenças distintas que tem uma 
característica em comum: o crescimento desenfreado. 
É a 2ª causa de morte em países desenvolvidos. 
Epidemiologia com grande variação de acordo com as 
regiões geográficas. Tem causas multifatoriais. 
Aspecto celular: 
→ Crescimento descontrolado: aumento dos 
sinais de multiplicação celular e perda dos 
pontos de freios normais. 
→ Incapacidade de regenerar DNA 
→ Erros de replicação 
→ Hiperexpressão ou hiperativação de proteínas 
estruturalmente normais: genes supressores 
perdem sua função, proto-oncogenes ganham 
função (malignidade). 
→ Anulação de apoptose. 
→EFEITO DE MASSA: 
→ Invasão tumoral 
→ Obstrução: tumor de cabeça de pâncreas 
obstrui colédoco. 
→ Complicações 
→ Distúrbios metabólicos, nutricionais, 
coagulopatias, outros. Depende do tumor 
(glucagonoma gera hiperglicemia, insulinoma 
gera hipoglicemia, tumores da MO geram 
coagulopatia). 
→EFEITO PSÍQUICO: 
→ Negação 
→ Raiva 
→ Negociação 
→ Depressão 
→ Aceitação 
→EFEITO REMOTO: são as síndromes paraneoplásicas. 
São manifestações que não podem ser diretamente 
atribuídas aos efeitos físicos do tumor primário ou 
metastático ou aos distúrbios metabólicos, nutricionais 
e outris efeitos causados por uma malignidade. 
→ Tem que ser gerado indiretamente. 
Podem gerar um risco iminente de toxicidade e 
distúrbios metabólicos que podem levar à morte. Não 
devemos desconsiderar. 
 
Existe o estadiamento em que procura o tumor, e 
aquele em que não se procura (pcte 90 anos etc). 
→ Pode preceder ou suceder o diagnostico do 
tumor. 
É possível resolver os sintomas paraneoplasicos, ainda 
que não seja possível tratar a neoplasia. Tratamento do 
tumor em si pode levar à resolução da síndrome 
paraneoplásica. 
→ Algumas síndromes neurológicas são 
relacionadas à produção de anticorpos, não 
resolvem caso trate o tumor em si. 
CAUSAS DAS SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS: 
→ Produção de substâncias pelas células 
tumorais responsáveis por efeitos sistêmicos: 
ex produção de vitamina D 
→ Diminuição de substancias habitualmente 
presentes no organismo, que leva ao 
aparecimento de sintomas 
→ Resposta imunitária do hospedeiro ao tumor. 
 ETIOPATOGENIAS: 
→ Peptídeos (hormônios ou citocinas) que 
podem provocar ações biológicas 
→ Fenômenos autoimunes 
→ Fatores de crescimento 
→ Produtos não identificados das células 
tumorais que causam alterações hormonais, 
hematológicas, vasculares, dermatológicas, 
neurológicas, gastrointestinais, renais, 
reumatológicas etc. 
Câncer mais comumente associado é o CA pulmonar 
de pequenas células, sugere-se que seja pela origem 
neuroectodermica. 
@bene.med 
 
Outros tumores associados são mama, ovário, doenças 
linfoproliferativas (+ Hodgkin), timoma e CA 
pancreático. 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS – ENDÓCRINAS 
Geram secreção de peptídeos hormonais e seus 
precursores, citocinas e hormônios (vitamina D, 
hormônios tireoidianos etc, PTHrp). São a produção 
ectópica hormonal, não a própria glândula. 
Podem ser mais graves que o tumor. Ao exemplo do 
PTHrp, que causa ativação osteoclastica (dosa PTH 
normal). Caso cálcio urinário alto, é metástase. 
Raramente a secreção hormonal responde aos testes 
de supressão, tem secreção independente ao feedback 
negativo. 
Podem simular síndromes de hipersecreção hormonal 
por produzir peptídeo parecido que simula suas ações 
biológicas. 
Critérios diagnósticos: 
→ Síndrome clinica e/ou bioquímica de secreção 
hormonal exacerbada associada à uma 
neoplasia 
→ Produção ectópica do hormônio 
→ Níveis hormonais séricos e/ou urinários 
elevados combinados a uma secreção 
hormonal endógena normal ou suprimida 
→ Exclusão de outros fatores causais. 
 
A produção ectópica geralmente causa alteração 
quantitativa, fisiologia anormal associada à produção 
ectópica, altos níveis sem que tenha feedback 
negativa. Tem regulação anormal do processamento 
dos peptídeos. 
MECANISMOS: 
→ Rearranjos genéticos: raro 
→ Produção excessiva de diversos peptídeos 
→ Desdiferenciação celular: volta a ter as 
características das suas células precursoras 
fetais. 
Mais comuns: 
→ Hipercalcemia: PTHrp e outros fatores 
→ Hiponatremia: vasopressina 
→ Síndrome de Cushing: ACTH 
Menos comuns: 
→ Hipoglicemia: IGF-II e insulina não produzida 
pelas células beta 
→ Feminilização em homens: hCG 
→ Diarreia ou hipermotilidade: calcitonina e VIP 
→ Osteomalácia oncogênica: fator de 
crescimento de fibroblasto 23 
→ Acromegalia: GH e GHrH 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS – NEUROLÓGICAS 
Podem acometer qualquer local que contenha sistema 
nervoso. Efeitos dramáticos irreversíveis independente 
do estadiamento do tumor, podendo ser mantido 
mesmo com a retirada do tumor. 60% precedem o 
câncer. 
Necessita de uma relação de causalidade com a 
neoplasia. Afastar efeito direto do tumor ou metástase 
cerebral e/ou meníngea, afastar 
coagulopatia/AVC/distúrbios metabólicos, infecções, 
efeitos colaterais dos medicamentos (pulsoterapia 
com corticoide causa psicose). 
 
Pode ser tanto por expressão de antígenos e o sistema 
imune responde, quanto por expressão antigênica 
tumoral. Ativa micróglia, gliose e perda neuronal. Pode 
ter destruição. 
Combinação de tumor indolente com sinais graves 
neurológicos sugere alta atividade do sistema 
imunológico contra o tumor e consequente 
degeneração cerebral autoimune. São raras. 
@bene.med 
 
Tratamento realizado pela ressecção da fonte dos 
antígenos (cirurgia ou tto oncológico) ou por supressão 
da resposta imunológica. 
→ Como o mecanismo causal é imunomediado ou 
desconhecido, é recomendado a supressão dos 
dois braços imunológicos (humoral e celular). 
Exemplos: 
→ Encefalite límbica 
→ Degeneração cerebelar paraneoplasica 
→ Síndrome miastenica de Lambert-Eaton 
→ Miastenia gravis 
→ Neuropatia autonômica 
→ Neuropatia sensorial subaguda 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS HEMATOLÓGICAS 
Importante diferenciar dos distúrbios 
mieloproliferativos causados pela doença subjacente. 
Geralmente acompanha a evolução do tumor primário. 
Pode causar eritrocitose (eritropoitina), granulocitose 
(não requer tratamento, afastar infecção, necrose 
tumoral, medicação), eosinofilia 
(alergia/parasitose/câncer, IL5). 
35% dos pctes com trombocitose (>400.000/microl) 
tem algum câncer subjacente. Causado por IL6, 
trombopoitina, causas indeterminadas. Geralmente 
assintomático, baixa relação com trombose, não 
requer tratamento, marca pior prognostico. 
Exemplos: 
→ Síndrome de Trousseau: tromboflebite 
migratória em locais atípicos 
→ TVP e EP 
→ Traide de Wirchow: estase venosa, lesão 
endotelial (HAS, DM, Trauma) e 
hipercoagulabilidade. 
→ SAAF 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS – DERMATOLÓGICAS 
São muito variadas, podem ou não estar relacionados 
à doenças malignas. São encontradas células malignas 
na pele em biopsias e aquelas que não se encontram 
células malignas (inespecíficas). 
Inespecíficas: 
→ Prurido 
→ Eritrodermia (dermatite esfoliativa): pode ser 
o primeiro sinal de Doença de Hodgkin ou 
leucemia. 
→ Lesões uricariformes 
→ Herpes Zoster 
→ Pênfigo paraneoplasico 
→ Outros 
Apesar da maioria não ser fatal, algumas síndromes 
paraneoplásicos dermatológicos, como o pênfigo, 
podem resultar na morte em 30% dos casos. 
Glutacagonoma geralmente manifesta eritema 
migratório necrolitico. 
 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICOS – RENAIS 
→ Glomerulonefrite membranosa com síndrome 
nefrotica, 20% associada a CA. Resolve com 
tratamento da causa base. 
→ Glomerulonefrite membranoproliferativa 
→ Glomeruloesclerose focal e segmentar 
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS – CAQUEXIA 
É a mais comum (80%). É uma síndrome de consumo, 
queixa de fraqueza profunda, anorexia, consumo 
muscular, perda de tecido subcutâneo e anemia. Pode 
piorar com efeitos do tratamento.Provavelmente resulta de ação de citocinas produzidas 
pelo tumor e/ou pelo hospedeiro e resposta ao tumor 
( TNF; IL-1; IFN-γ) e/ou fatores solúveis ( PIF- fator 
indutor da proteólise) produzidas pelo tumor e/ou pelo 
hospedeiro e resposta ao tumor 
NÃO É CAUSADA PELAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
DO TUMOR 
É causada por consumo proteico, ma absorção, 
desregulação imune, aumento do ciclo da glicose. 
Anorexia relacionada a anormalidades no paladar e no 
controle central do apetite. Perda igual de gordura e 
musculo. 
 
@bene.med 
 
OUTROS SISTEMAS 
→ Febre cíclica no mesmo horário, sudorese 
noturna 
→ Hepatopatias – síndrome de Stauffer: 
disfunção hepática, febre e emagrecimento 
→ Osteoartropatia 
→ Disfunção imunológica

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