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TICS 14 - Trabalho de Parto

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FACULDADE DE MEDICINA DE GARANHUNS – FAMEG 
 
NATÁLIA FREIRE DA SILVA 
 
 
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS II – SOI II 
TICS 
 
 
1. Quais as etapas do trabalho de parto? O que ocorre em cada uma delas? 
O trabalho de parto é o processo pelo qual o feto é expelido do útero por meio 
da vagina, também chamado de dar à luz. Um sinônimo de trabalho de parto é 
parturição. O trabalho de parto verdadeiro começa quando as contrações uterinas 
ocorrem em intervalos regulares, geralmente provocando dor. Conforme o intervalo 
entre as contrações se encurta, as contrações se intensificam. O trabalho de parto 
verdadeiro pode ser dividido em três fases: 
 
Fase de dilatação 
O período que vai do início do trabalho de parto até a dilatação completa do 
colo do útero é a fase de dilatação. Esta fase, que normalmente dura de 6 a 12 h, 
apresenta contrações regulares do útero, geralmente uma ruptura do âmnio e a 
dilatação completa (10 cm) do colo do útero. Se o âmnio não se romper 
espontaneamente, ele é rompido intencionalmente. O chamado primeiro estágio do 
trabalho de parto é o período de dilatação cervical progressiva, que dura até a abertura 
cervical estar tão grande quanto a cabeça do feto. Esse estágio, geralmente, tem 
duração de 8 a 24 horas, na primeira gestação, mas muitas vezes apenas alguns 
minutos depois de várias gestações. 
 
Fase de expulsão 
O período (10 min a várias horas) que vai da dilatação cervical completa até o 
nascimento do recém-nascido consiste na fase de expulsão. Em mais de 95% dos 
nascimentos, a cabeça é a primeira parte do bebê a ser expelida e, na maioria dos 
outros casos, as nádegas apresentam-se primeiro. Quando o bebê entra no canal de 
parto primeiro com as nádegas ou os pés, isso é chamado apresentação pélvica. A 
cabeça age como uma cunha que abre as estruturas do canal de parto enquanto o 
feto é forçado para baixo. A primeira grande obstrução à expulsão do feto é o próprio 
colo uterino. Ao final da gravidez, o colo se torna friável, permitindo-lhe que se 
distenda quando as contrações do trabalho de parto começam no útero. 
 
Fase placentária 
O período (5 a 30 min ou mais) após o parto até que a placenta seja expelida 
pelas potentes contrações uterinas é a fase placentária. Essas contrações também 
contraem os vasos sanguíneos que foram dilacerados durante o parto, reduzindo a 
probabilidade de hemorragia. Durante 10 a 45 minutos depois do nascimento do bebê, 
o útero continua a se contrair, diminuindo cada vez mais de tamanho, causando efeito 
de cisalhamento entre as paredes uterinas e placentárias, se parando, assim, a 
placenta do seu local de implantação. A separação da placenta abre os sinusoides 
placentários e provoca sangramento. A quantidade de sangue limita-se, em média, a 
350 mililitros pelo seguinte mecanismo: as fibras dos músculos lisos da musculatura 
uterina estão dispostas em grupos de oito ao redor dos vasos sanguíneos, onde estes 
atravessam a parede uterina. Portanto, a contração do útero, depois da expulsão do 
bebê, contrai os vasos que antes proviam sangue à placenta. Além disso, acredita-se 
que prostaglandinas vasoconstritoras, formadas no local da separação placentária, 
causem mais espasmo nos vasos sanguíneos. 
 
Durante as primeiras 4 a 5 semanas depois do parto, o útero involui. Seu peso 
fica menor que a metade do peso imediatamente após o parto no prazo de uma 
semana; e, em quatro semanas, se a mãe amamentar, o útero torna-se tão pequeno 
quanto era antes da gravidez. Esse efeito da lactação resulta da supressão da 
secreção de gonadotropina hipofisária e dos hormônios ovarianos durante os 
primeiros meses de lactação. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica, 13ª ed. Editora Elsevier Ltda, 
2017. 
 
TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia, 14ª ed. Grupo GEN, 2016.

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