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1 Isabela Marquetti Intestino Delgado e Cólon O intestino delgado e o cólon são responsáveis pela maior parte do comprimento do trato GI e são sítio de uma ampla variedade de doenças. Algumas destas relacionam ao transporte de nutrientes e água. A perturbação destes processos pode causar má absorção e diarreia. Os intestinos também são o principal local onde o sistema imunológico se encontra com um grupo de diversos antígenos presentes nos alimentos e nos micróbios intestinais. DISTÚRBIOS Obstrutivas; Vasculares; Disabsortivos; Infecciosos; Inflamatórios; Neoplásicos. Intestino delgado começa no duodeno. Duodeno tem uma porção que está dentro da cavidade abdominal. Na 3° porção é retoperitonial, vai para trás do peritônio e depois começa o jejuno. Cólon é dividido em cólon direito e esquerdo; ascendente, transverso, descendente, sigmoide e reto. VASCULARIZAÇÃO Artéria mesentérica superior, irriga todo intestino delgado, parte direita. Artéria mesentérica inferior, irriga o lado esquerdo, cólon descendente, sigmoide e reto. Intestino delgado ele absorve as coisas, delgado vai absorver os carboidratos, aminoácidos, gorduras. O que ele não absorver, o intestino grosso absorve e vai para o reto o bolo fecal. OBSTRUTIVAS A obstrução intestinal do trato GI pode ocorrer em qualquer nível, mas o intestino delgado está mais frequentemente envolvido por causa do lúmen relativamente estreito. As hérnias, as aderências intestinais, as intussuscepções e o vólvulos são responsáveis por 80% das obstruções mecânicas, enquanto os tumores e o infarto são responsáveis por somente 10 a 15% das obstruções do intestino delgado. As manifestações clínicas da obstrução intestinal incluem dor e distensão abdominais, vômito e constipação. A intervenção cirúrgica é geralmente necessária em casos de obstrução mecânica ou infarto grave. HIRSCHSPRUNG Defeito congênito da inervação do colón, má formação isolada ou em combinação com outras MF’s. H> M mais severo em mulheres. Ausência da evacuação mecônio ao nascimento e constipação. Começa a distender o abdômen, acontece porque falta a inervação no intestino da criança, acontece durante a formação do bebê. PNME migra para parede intestinal durante a embriogênese. Ausência dessa migração normal; faltam plexo Meissner e Auerbach = aganglionose. Ausencia de contrações coordenadas e dilatação do segmento afetado. Sempre afeta o reto, mas pode afetar todo o cólon, a região aganglionar pode estar normal ou retraída enquanto o cólon proximal normalmente inervado pode dilatar devido obstrução distal. Parte do reto não recebe inervação, então a criança não consegue abrir e fechar o reto. Normalmente acomete mais o reto, porém, pode acometer outras partes do intestino. HERNIA Qualquer fraqueza ou defeito na parede da cavidade peritoneal pode permitir a protrusão de uma bolsa de peritônio delimitada por serosa chamada de saco herniário. Alça do intestino entra no buraco do umbigo, ou então em outro qualquer buraco, porém pode entrar e sair. Quando o intestino entra no buraco e não volta, chama-se de hérnia encarcerada. Hérnia estrangulada quando torce o intestino e falta sangue na parte do intestino, resultando em infarto. Pode causar obstrução no intestino, falha apo neurótica da musculatura. Acontece secundárias em processos cirúrgicos abdominais causa aderência entre alça do intestino, então ele pode torcer e faltar sangue. VOLVO INTESTINAL Quem tem cólon sigmoide muito grosso. As vezes tem a doença mega cólon, o cólon sigmoide fica muito mais comprido que deveria e ele torce por cima dele mesmo, e causa uma obstrução intestinal, podendo causa comprometimento vascular também. INTOSSUSCEPÇÃO Intestino faz efeito sanfona dentro dele mesmo. O segmento do intestino, comprimido por uma onda de peristaltismo, se encaixa no segmento distal mais próximo. O intestino delgado, no peristaltismo ele pode dobrar causando efeito sanfona. Causa dor abdominal, distende a parte da mucosa que ficou dobrada, fica isquêmico então ela começa a descamar e sai um 2 Isabela Marquetti pouco de “sangue” nas fezes da criança, chamada “geleia de amora”. VASCULARES A maior parte do trato GI é abastecido pelas artérias celíacas, mesentérica superior e inferior. Ao aproximarem da parede intestinal, as artérias mesentéricas, superior e inferior se ramificam formando as arcadas mesentéricas. As interconexões entre as arcadas, assim como os suprimentos colaterais a partir das circulações celíaca proximal, pudendo distal e ilíaca permitem que o intestino delgado e o cólon tolerem a perda lenta e progressiva do suprimento sanguíneo de uma artéria. Em contraste, o comprometimento agudo de qualquer vaso maior pode levar ao infarto de vários metros de intestino. ISQUEMIA MESENTÉRICA Entope o vaso que nutre o segmento intestinal. Podendo ser no intestino delgado ou no cólon, todo intestino delgado é nutrido pela a. mesentérica superior. Geralmente em pacientes que tem arritmias, cai um êmbolo em alguma artéria da região intestinal e ele fica sem nutrição sanguínea, podendo causar isquemia intestinal, fica necrosado. CLÍNICA Idosos, cardiopatas, vasculopatias. Dor abdominal aguda, intensa e desproporcional. Tem rápida progressão para choque. Quebra da barreira mucosa com entrada de bactérias na circulação, causa sepse. Com alta incidência óbito. HEMORRÓIDA 5% da população geral. São dilatações venosas anais e perianais. FR: constipação, hepatopatas, gravidez, hipertensão portal. CLÍNICA Dor, sangramento, trombose. DIVERTÍCULO MECKEL Saculação do delgado, mais comumente do íleo, resultado do fechamento incompleto do ducto vitelínico. Anormalidade congênita mais comum do TGI – 1-3% da população. 30-90 cm distal do íleo. Borda antimesentérica, com divertículo verdadeiro, mais comumente contém tecido pancreático que causa complicações. Boa parte desse divertículo pode sangrar, maioria das vezes não tem sintomas, mas quanto tem é o sangue. Pode perfurar, torcer, entupir e inflamar podendo achar que é apendicite. CLÍNICA Maioria assintomáticos, sangramento, ulceração. Outras: estrangulação, intussuscepção, torção, encarceramento, neoplasia. Diagnóstico diferencial: apendicite, colecistite, salpingite, dtc. DISABSORTIVO DIARRÉIA Perda de fezes líquidas, subjetivo para os pacientes. Mais de três episódios de evacuação por dia e/ou fezes aquosas em grande volume. Desinteria= quadro infeccioso (febre, sangramento, dor, etc) Etiologia Aquosa + náusea + dor leve = bacteriana. Sangue + queda do estado geral + dor intensa = bacteriana grave Aquosa + dor + febre + vômitos = viral. 3 Isabela Marquetti TEMPO: AGUDAS X CRÔNICAS » Agudas: menos de 2 semanas » Crônicas: mais de duas e três semanas. Acontece com certa regularidade, sempre com intestino irritado ou então as intolerâncias (lactose, glúten). Tipos Secretória: fezes isotônicas (ex: cólera). Osmótica: conteúdo luminal hiperosmolar. Malabsortiva: inadequada absorção de determinados nutrientes. Exsudativa: inflamatória Sintomas variados: diarreia, flatulência, dor abdominal e perda de peso. Repercussão: disvitaminoses, osteopenia, anemia, etc. DIARREIA CRÔNICA É caracterizada pela absorção defeituosa de gorduras, vitaminas lipo e hidrossolúveis, proteínas, carboidratos, eletrólitos, minerais e água. A má absorção pode ser acompanhada pela perda de peso, anorexia, distensão abdominal, borborigmos e perda muscular. Síndrome de intestino irritável: funcionamento aumentado do intestino associado com a ansiedade. Quando o intestino contrai muito, uma anormalidade; quando acelera demais essas contrações não dá tempo de absorvera água, então causa diarreia. DOENÇA CELÍACA Também conhecido como espru celíaco e enteropatia- sensitiva-glúten. Com reação imune ao glúten, ele é digerido pelas enzimas da luz e do epitélio, em aminoácidos e peptídeos. O glúten é digerido pelas enzimas luminais e da borda em escova em aminoácidos e peptídeos, incluindo um peptídeo a-gliadina de 33 aminoácidos, que é resistente à degradação pelas proteases gástricas, pancreáticas e do intestino delgado. Gliadina sofre ação das transglutaminases e interage com os antígenos de cels HLA-DQ2/ HLA-DQ8 e são apresentados para células TCD4. Células T lesam tecido e desencadeiam, via celular B produção de anticorpos (antiglutaminase e anti gliadina). INTOLERÂNCIA À LACTOSE As dissacaridases, incluindo a lactase, estão localizadas na membrana apical da borda em escova das células epiteliais absortivas das vilosidades. Deficiência da lactase, causada por uma mutação no gene que codifica a lactase, e um distúrbio autossômico recessivo. Começa a diminuir a lactase no intestino, então, quando ingerem tudo relacionado ao leite tem dor de barriga, com fezes aquosa e espumantes, podendo ter distensão abdominal na ingestão de leite. Podendo ser congênita ou adquirida. O início da deficiência adquirida de lactase, algumas vezes, está associado a infecções entéricas virais ou bacterianas. INFECCIOSO DIARRÉIA AGUDA Maior causa de diarreia aguda são agentes infecciosos. ENTEROCOLITES INFECCIOSAS Comum em crianças, profissionais da saúde, idosos. Virose que está no nosso meio, a rota-virose ela libera toxinas que dificultam a absorção da glicose, sal e água. Então a pessoa fica com açúcar, sal e água no intestino e evacua grandes quantidades disso. CÓLERA Vibrio cholarae gram intestino. Transmitida por água potável contaminada, pode estar presente também em alimentos e causa casos esporádicos da doença associada com frutos do mar. Os organismos Vibrios não são invasivos e permanecem no lúmen intestinal e suas toxinas aumentam ação da adenilato ciclase que evita a absorção de água e estimula secreção de eletrólitos rapidamente desidratando o paciente. Pode evacuar até 20L por dia. Tto: hidratação e antibiótico. CAMPYLOBACTER, SHIGELLA, SALMONELLA, YERSINIA, E. COLI CAMPYLOBACTER Maioria das infecções da campylobacter estão associadas à ingestão de frango cozido impropriamente, mas os surtos também podem ser causados por leite não pasteurizado ou água contaminada. As quatros propriedades principais da virulência contribuem para mobilidade aderência, produção de toxina e invasão. Com a presença de flagelos facilita a aderência e colonização na mucosa. A febre entérica ocorre quando as bactérias se proliferam na lâmina própria e nos linfonodos mesentéricos. Pode resultar em artrite reativa, eritema nodoso e a 4 Isabela Marquetti síndrome de Guillain-Barré, paralisia flácida causada por inflamação autoimune dos nervos periféricos, não são ligados ao HLA. SHIGELOSE São bacilos gram-negativos. Permanece como uma das causas mais comum da diarreia sanguinolenta, ela é altamente transmissível pela rota oral-fecal, ou por meio de alimentos contaminados e água. A shigella é resistente ao ambiente acídico hostil do estômago, no intestino são captadas pelas células M. Ela prolifera intracelularmente, escapam para lâmina própria e são fagocitas por macrófagos, nos quais elas induzem a apoptose. O processo inflamatório danifica a superfície epitelial e permite que a Shigela, que está no lúmen intestinal, tenha acesso a membrana basolateral do colonócito, única superfície a qual a infecção pode ocorrer nas células epiteliais. SALMONELA São bacilos gram-negativos, a transmissão ocorre por meio de alimentos contaminados, carne crua ou mal cozida, aves domesticas, ovo e leite. Ausência de ácido gástrico, em indivíduos com gastrite atrófica ou aqueles na terapia supressora de ácido, reduz posteriormente o inoculo requerido. Ela possui genes de virulência que codificam um sistema secertório tipo III capaz de transferir proteínas bacterianas para células M e enterócitos. As proteínas transferidas ativam as Rho GTPases da célula hospedeira, iniciando, assim, o rearranjo da actina e a captação bacteriana que possibilitam o crescimento bacteriano dentro dos fagossomos. Além disso, a flagelina, o núcleo proteico dos flagelos bacterianos, ativa o TLR5 nas células hospedeiras e aumenta a resposta inflamatória local. A Salmonella também secreta uma molécula que induz a liberação epitelial do eicosanoide hepoxilina A3, atraindo, assim, os neutrófilos para o lúmen intestinal e potencializando o dano à mucosa. YERSINIA A infecção está ligada a ingestão de porco, leite cru e água contaminada. A Yersinia invade as células M e usa as proteínas de adesão bacteriana, as adesinas, para se ligar à integrinas B1 da célula hospedeira. Uma ilha de patogenicidade codifica um sistema de captura de ferro que medeia a captura e o transporte de ferro. O ferro acentua a virulência e estimula uma disseminação sistêmica, indivíduos com anemia hemolítica ou hemocromatose são mais susceptíveis a desenvolver sepse e estão sob risco maior de morte. E. COLI São bactérias gram-negativos, que colonizam o trato GI saudável. Colite aguda autolimitada, não são distinguíveis por biopsia mais sim por coprocultura. Infiltrado neutrofílico, criptite e abcessos. COLITE PSEUDOMEMBRANOSA Clostriduim difficile está associada ao uso de antibiótico, alteração da microbiota devido ao uso de antibióticos mata as bactérias de competição na microbiota, então permite o crescimento do C.difficile. Elas liberam toxinas que lesam o epitélio, formam pseudomembrana (secreção esbranquiçada). APENDICITE Apêndice é continuação do intestino grosso. Por alguma razão cai um fecálito, entope a luz do apêndice. No apêndice tem bactérias como em todo intestino, elas não conseguem sair e começam a proliferar, então o apêndice fica emadeciado, a bactérias da luz do intestino sai para fora, então começa a causar uma “inflamação”. Quando encosta a parede do abdômen no apêndice dói muito, chamado de sinal de Blumberg. DIVERTICULITE Divertículos colônicos tem tido aumento da prevalência. 5 a 10% da população, com mais de 45 anos; 80% quando tem mais de 85 anos. Existem 3 formas da doença diverticular » Associado a anormalidades da musculatura colônica. » Associado a distúrbios do tecido conectivo. » Associado a anormalidade neuronais. Fatores de risco: idade; aumento da pressão colônia; diminuição da ingesta de fibras; consumo excessivo de carne, sal e gorduras; falta de atividade física e constipação. 5 Isabela Marquetti Intestino contrai, onde as artérias entram tem um buraco na muscular, esses buraquinhos vão ter prolapso e formam o divertículo. O problema é quando inflama e causa sangramento. Quando divide em colo esquerdo (sigmoide, reto e cólon descendente); cólon direito (colo ascendente, transverso). Quando cai alguma coisa (semente) e entope o divertículo do lado esquerdo, é chamado de diverticulite é uma complicação do divertículo (tem dor, Blumberg, febre baixa e dor do lado esquerdo). Geralmente quando sangra precisa procurar do lado direito, do lado esquerdo acostuma a inflamar mais. INFLAMATÓRIO RCUI + DC DII são condições crônicas resultado da ativação autoimune da mucosa colônica. Duas entidades: doença de Crohn e retocolite ulcerativa. » RCUI: limitada ao cólon e reto e atinge somente mucosa e submucosa. Não tem estenose e fistula ali, não perfura o intestino. » DC: qualquer área do TGI e frequentemente é transmural. Inflamação intensa da parede do intestino, podendo ter perfuração de alça, fistulas, etc. Causa dor, diarreia, célula mucosa quedescama e acaba saindo uma como se fosse uma “gosma”. Presença de granuloma, tentativa de defesa do órgão, forma uma bolinha no local, é na doença de Crohn. Faz fistulas, feridas em volta do ânus, deficiência de algumas vitaminas, porque atinge intestino delgado. CAUSAS Interação anormal da microbiota com disfunção do epitélio e resposta imune aberrante. Bactéria pode encostar na mucosa intestinal e desencadear uma resposta imune, gerando uma inflamação. » Genética: aumento de HMF + expressão NOD2. Resposta imune da mucosa: linfócitos T, IL-23. » Defeitos epitélio: disfunção das tight junctions (NOD 2). » Microbiota: fluxo transepitelial de bactérias da luz intestinal, ativa resposta imune e liberam TNF (fator de necrose tumoral), causando o aumento da lesão epitelial e fluxo de bactérias. 6 Isabela Marquetti DOENÇA DE CROHN Da boca ao ânus. Localis mais acometidos: íleo terminal, valva ileal e ceco. 40% somente em delgado. Delgado + cólon 30%. “Lesões salteantes” são comuns assim como estenoses. Fistula é tipo um buraco, faz comunicação de um órgão para o outro. Lesão inicial = ulcera aftosa pode progredir, lesões múltiplas frequentemente se fusionam formando ulceras alongadas e serpentiformes. Resulta em aparência de “pedra de calçamento’, com textura grosseira na qual o tecido doente é depositado em cima do nível da mucosa normal. Fissuras na mucosa são frequentes e podem se aprofundar gerando acometimento transmural até gordura mesentérica. Microscopia: infiltrado neurofílico, “criptite”. Transição de mucosa normal e ulcerações, distorção da arquitetura mucosa (destruição e regeneração). Metaplasia das células de Paneth, pode ocorrer no cólon esquerdo, onde as células de Paneth são normalmente ausentes. Os granulomas não caseoso – característico, podem ocorrer em áreas de doença ativa ou em regiões não envolvidas de qualquer camada da parede intestinal. Os granulomas cutâneos formam nódulos que são conhecidos como doença de Crohn metastásica. Ausência de granuloma não exclui diagnóstico. CLÍNICA Diarreia, febre e dor intermitente. Apenas 20% dos pacientes apresentam doença aguda com dor no quadrante esquerdo inferior, febre e diarreia sanguinolenta. Fistulas particularmente no íleo terminal, estenose, anemia, deficiência B12. MANIFESTAÇÕES EXTRA-INTESTINAIS Uvite, artralgias, artrite, sinovite, espondilite, sacroileite, osteoartropatia hipertrófica. Monoartrite ou poliartrite migratória, não destrutivas. Redução da densidade óssea: osteopenia, osteoporose, osteomalácia e osteonecrose. RETOCOLITE ULCERATIVA Limitada ao cólon e reto. Manifestações extraintestinais semelhantes; associação com colangite esclerosante primária. » Aspecto continuo e não salteado. » Todo cólon – pancolite; » Reto e sigmoide – proctite ulcerativa/proctosigmoidite. » Megacólon tóxico. MICROSCOPIA Ilhas de regeneração = pseudopólipos. Atrofia de mucosa, sem acometimento transmural, sem estenose. Inflamação limitada a mucosa e submucosa, granulomas não estão presentes. NEOPLASIA Pólipos não neoplásicos – hiperplásico; inflamatório; hamartomatosos (polipose juvenil; Peutz Jeghers). Pólipos neoplásicos: Adenomas isolados – síndromes (PAF; PÓLIPOS COLÔNICOS INFLAMATÓRIO Lesão mucosa -> pólipo inflamatório. Apresenta uma tríade de sangramento retal, corrimento mucoso e lesão inflamatória da parede retal 7 Isabela Marquetti anterior. A causa subjacente é o relaxamento prejudicado do esfíncter anorretal, cria um ângulo agudo na protuberância retal anterior e leva à abrasão recorrente e à ulceração da mucosa retal sobrejacente. Pólipo se forma após ciclos de injúria e cura. O aprisionamento do pólipo no fluxo fecal leva ao prolapso da mucosa. Pólipos que se formam como parte da síndrome da ulcera retal solitária, exemplo de lesão puramente inflamatória. DII. HAMARTOMATOSOS Os pólipos hemartomatosos ocorrem esporadicamente e no contexto de várias síndromes geneticamente determinadas ou adquiridas. As hamartomas são crescimento semelhantes a tumores, compostos de tecidos maduros. Isolados ou associados a síndromes familiares. Polipose juvenil (mais comum); Peutz Jeghers. » Polipose juvenil São más formações focais do epitélio da mucosa e da lâmina própria. Mais comum, maioria em crianças menores que 5 anos. A maioria dos pólipos juvenis estão localizados no reto e se apresenta sangramento e prolapso. » Peutz Jeghers Múltiplos pólipos hamartomatosos GI e hiperpigmentação mucocutânea. Formando maculas azul-escuro a morrom ao redor da boca, olhos, narinas e mucosa bucal, superfície palmares das mãos, genitália e região perianal. São mais comuns no intestino delgado, embora podem ocorrer no estomago e no cólon, com muito menos frequência na bexiga e nos pulmões. Tem pólipos e manchas melanocíticas, HIPERPLÁSICOS São proliferações epiteliais comuns, sabe-se que a reposição diminuída das células epiteliais e do atraso na descamação as células epiteliais superficiais, levando a encalhamento das células caliciformes e das células absortivas. Estima-se que essas lesões não apresentam potencial maligno. São comumente encontrados no cólon esquerdo, e tem menos 5cm de diâmetro. São protusões lisas e nodulares da mucosa, frequentemente nas cristas das pregas mucosas. Os pólipos hiperplásicos são compostos das células caliciformes e células absortivas maduras. Elas devem ser distinguidas dos: adenomas serrilhado sésseis, lesões histologicamente similares que têm potencial maligno. ADENOMAS Sésseis ou pediculados. 90% dos cânceres de intestinos vem dos adenomas. Tubulares – faz colonoscopia em 3 anos. Túbulo-viloso. Viloso – está displásico, para virar um câncer é muito rápido. Faz colonoscopia após 3 meses. » Serrátil – quanto maior em cm = maior neoplasia. Bem agressivo. » Polipose adenomatosa familiar (PAF). É um distúrbio autossômico dominante no qual os pacientes desenvolvem numerosos adenomas colorretais quando adolescentes. É causada por mutações do gene da polipose adenomatosa do cólon, ou APC. Centenas a milhares de pólipos por todo cólon. 100 pólipos para diagnóstico. Adolescência, 100% terão adenocarcinoma antes dos 30 anos. Os adenomas podem se desenvolver em qualquer parte do trato GI, particularmente à ampola Vater e no estômago. » Sd Gardner Polipose + osteoma mandíbula, crânio e ossos longos. Cistos epidermoides, tumorações tireoide. Alterações dentárias, incluindo dentes não erupcionados e supranumerários. 8 Isabela Marquetti » Sd Turcot É uma síndrome rara e caracterizada por adenomas intestinais e tumores do sistema nervoso central. Dois terços dos pacientes com a síndrome de Turcot tem mutações no gene APC e desenvolvem medulo blastomas, o terço restante tem mutações em um dos diversos genes envolvidos no reparo do DNA e desenvolvem glioblastomas. Polipose + tu SNC. » Sd Cowden Polipose + fissuras lingua e/ou hiperceratose plantar. NEOPLÁSCIOS – ADENOCARCINOMAS O adenocarcinoma do cólon é a malignidade mais comum no trato GI. O intestino delgado que é responsável por 75% de toda a extensão do trato GI, é um local incomum para tumores benignos e malignos. Adenocarcinoma mais comum, 13.000 casos novos/ano EUA. Dois mecanismos: alteração gene APC, instabilidade microssatélite. Gene APC inibe proliferação celular, para que ela pare de se multiplicar. Gene KRAS, estimula o crescimento celular, pega uma célula estranha e faz com que ela estimule a proliferação. Somado as alterações genéticas começa a aparecer os pólipos adenomatosos. Demora cerca de 6 a 8 anos para acontecer isso. Tem tudo normal, mas tem instabilidade de microssatélite, então ele começaa se multiplicar de forma anormal. É uma causa genética menos comum. Geralmente faz diagnóstico em fase avançada. Maioria das vezes já estão em metástase, indo para o fígado. Pessoas idosas + 50 anos, tabagista, doenças inflamatórias intestinal, radioterapias, histórico familiar para câncer, as pessoas fazem exame quando tem sintomas. Primeiros sintomas é a anemia.
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