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Finanças Públicas: Teoria e Análise Histórica

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................1
2.TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS...................................................2 
2.1. As falhas do mercado .......................................... ...................3 
2.2. Funções do governo ................................................................4
2.3 Formas de tributação ................................................................5
3. DESPESAS E DÍVIDAS PUBLICAS ....................................................5
3.1 O setor público brasileiro e seu orçamento...............................7
3.2 Falhas do governo .................................................................. 8
3.3 A influência do déficit ............................................................. 8
4. ANÁLISE HISTÓRICA ....................................................................... 9
4.1 Finanças públicas de 1964 a 1980 ......................................... 10
4.2 Finanças Públicas no Regime de Alta Inflação: 1981/1994 ... 11
4.3. As finanças públicas na fase de estabilização: 1995/1998 .... 11
5. CONCLUSÃO....................................................................................... 12
6. REFERÊNCIAS.................................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO
Finanças públicas é o nome que se dá ao estudo de toda a circulação do dinheiro, trata de analisar de que forma é gasto o valor arrecadado através de impostos e tributos pagos por todos os cidadãos, uma gestão que deve ser, ou se tornar de conhecimento geral. 
Ao longo do desenvolvimento desta atividade foram tratados temas diretamente relacionados a teoria das finanças públicas que tem como conteúdo expor as falhas do mercado, funções do governo e formas de tributação, capítulos explorados juntamente com a análise das despesas e dívidas públicas, alinhados a análise histórica financeira especificamente no Brasil estudo este que se tornará fundamental para compreensão do uso das nossas contribuições para o Estado.
Acompanhar estes capítulos nos levará a compreender a necessidade da 
intervenção do Estado na economia, que dá origem aos setores públicos. Finanças públicas é também associada a prestação de serviços pelo estado, é a área onde é analisado o uso do dinheiro em bens públicos, e suas finalidades em investimentos. 
Na análise histórica será visto sobre os orçamentos, despesas e dívidas, destacando-se as fases mais importantes do processo histórico brasileiro durante o século XX. Frente a estes temas temos como objetivo principal gerar conhecimento levando informações fundamentadas através de artigos eletrônicos e livros acadêmicos, além de conteúdo compartilhado em sala ao longo das aulas deste curso. 
2. TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
A teoria das finanças públicas tem seus estudos voltados para as falhas do mercado, que fazem com que seja necessária a existência do governo, as suas funções e a tributação.
2.1. AS FALHAS DO MERCADO
As falhas do mercado são situações que atuam como barreira impedindo que a economia atinja o bem-estar social, através do livre mercado, ou seja, sem a interferência do governo, algumas dessas falhas estão relacionadas abaixo:
· A existência de bens públicos 
Os bens públicos podem ser classificados como indivisíveis, já que o uso por parte de um indivíduo não exclui o direito de uso de outro, todos os integrantes de uma sociedade se beneficiam desses bens, que podem ser tangíveis como ruas e praças ou intangíveis como segurança e justiça.
· As externalidades
As externalidades podem ser tanto positivas como negativas, ações de empresas, ou indivíduos que beneficiem ao mesmo tempo a si próprio e ao próximo são consideradas externalidades positivas, já medidas que prejudicam aqueles ao nosso redor são classificadas como negativas, nestes casos o governo deve gerar subsídios para a produção de medidas positivas e multas ou impostos que desestimulam as ações negativas dos agentes.
· As falhas de informação
Em situações que ocorra falhas de informação é papel do Estado intervir fornecendo os dados necessários para a tomada de decisão consciente dos consumidores, que pode ocorrer por exemplo por meio da introdução de legislações que levem à maior transparência possível nas transações do mercado.
2.2. FUNÇÕES DO GOVERNO
As funções do governo envolvem três atribuições básicas são elas:
· Função alocativa
A função alocativa está ligada a forma como o governo destina os recursos com o objetivo de fornecer bens públicos. Esta alocação leva em conta; o tipo e a quantidade de bens que precisam ser ofertados e a contribuição que cada consumidor deve apresentar referente a ela. Os processos políticos demonstram grande relevância nesse momento de alocação, pois fazemos nossas escolhas baseados nas prioridades de emprego de recursos que os candidatos nos oferecem, como por exemplo se nosso bairro apresenta carência na área de segurança iremos buscar eleger aquele que nos prometer a maior atenção para tal necessidade, ainda que seja preciso um aumento nos impostos pagos.
“A eleição mostra não apenas quais bens públicos são
considerados prioritários, como quanto os indivíduos estarão
dispostos a contribuir sob a forma de impostos para o financiamento
da oferta de bens públicos.” (Finanças Públicas: Teoria e prática no
Brasil, 2011, pág. 12)
· Função distributiva
Essa função diz respeito a distribuição das rendas de forma considerada justa por toda a sociedade, para que isso ocorra os órgãos governamentais utilizam-se de algumas medidas como; a transferência; os impostos e; os subsídios.
As transferências são feitas quando ocorre a redistribuição das rendas, do ponto de vista que é possível aplicar uma tributação maior aos indivíduos que apresentam renda mais alta, assim servindo como subsídios aqueles de renda menor, esses recursos passam a ser utilizados para financiar programas voltados para a população mais pobre, como construção de moradias e outros. O governo também pode aplicar alíquotas mais altas sobre bens ou serviços considerados de luxo, e alíquotas baixas a bens de primeira necessidade. E assim passando a destinar e distribuir da melhor forma a renda da sociedade, mantendo o papel de segurador social.
· Função estabilizadora
Anteriormente a publicação das teorias de John Maynard Keynes, acreditava ser que o mercado tinha a função de se auto estabilizar, mantendo o pleno funcionamento da economia através da flexibilização dos preços. Após o reconhecimento dos estudos de Keynes, passa-se a reconhecer a função estabilizadora do Estado, a fim de impedir o desemprego, manter a estabilidade dos preços, e as altas taxas de crescimento econômico, o governo deve agir também controlando a demanda, Keynes ressalta o papel de criação de políticas monetárias e fiscais do governo. Através das políticas fiscais o governo pode-se trabalhar com a variação dos gastos públicos de consumo e investimento, a redução dos impostos que podem incentivar o aumento da demanda, que resulta em maior emprego da renda na economia, o estado também pode diminuir as taxas que geram maiores possibilidades de investimentos, ou ao sinal de excessos, pode intervir com medidas contrárias todas com o objetivo de controlar e estabilizar.
2.3 FORMAS DE TRIBUTAÇÃO
Os tributos são impostos arrecadados da população com o objetivo de investir em recursos necessários à sociedade, também função do estado alocar esses valores da melhor forma possível visando o desenvolvimento e a manutenção dos projetos públicos.
De acordo com a teoria da tributação temos algumas formas possíveis de arrecadar tributos duas delas são relacionadas abaixo:
· Conceito de progressividade: Este conceito equivale ao de que cada indivíduo deve contribuir de acordo com a sua renda, resultando assim para muitos, uma forma de tributação mais justa.
· Conceito de neutralidade: O conceito de neutralidade tem como objetivo
arrecadar valores de forma que essa ação não impeça o crescimentodo consumo, da produção e dos investimentos.
3. DESPESAS E DÍVIDAS PUBLICAS 
A classificação de despesa se dá pela inauguração de algum meio público que precisa ser usado um valor determinado. É um recurso aplicado que pode ser buscado de algum setor público.
Pode-se dizer que se melhorarem a educação, garantindo atribuições:
· Infraestrutura descente 
· Melhorar tecnologia 
· Escolas em ensino integral
Esses meios que poderiam ser utilizados, geram despesas públicas mensais, onde as verbas não sairiam somente do Ministério da Educação, como também por exemplo sairiam do Ministério da Justiça e Cidadania. É assim que funciona a despesa de um estado, também exemplo de novas vias rodoviárias, transporte público etc. Todos os governantes que passam a ter algum compromisso com o capital tende a apresentar documentos fiscais comprovando o uso dos recursos.
A classificação de dívida é o débito em que é reembolsado. No setor público a
dívida é separada de três formas. Pode ser externa – paga no estrangeiro, interna – paga com moeda nacional, consolidada – perpétua e a dívida comum – feita através de acordos. É todo o empréstimo que ficamos por pagar.
3.1 O SETOR PÚBLICO BRASILEIRO E SEU ORÇAMENTO
Setor Público se refere a participação inicial centrada diretamente ao estado. Sendo o protagonista do setor, onde atua assuntos administrativos que encadeia a atividade econômica no país.
O Estado, por assim dizer, politicamente estruturado, capacidade de atuar em todos os setores públicos, eles traçam os meios de atuação, por exemplo parques,
transporte, escolas, infraestrutura, mineração. É uma responsabilidade e importância, todos esses setores serem de domínio público e atendendo todos os cidadãos no Brasil. Onde é taxado como muito burocrático, inepto e corrupto.
É responsável pela segurança, bem-estar social, educação e saúde, o que vem sendo um grande problema desde muitos anos no Brasil, e isso diferencia do setor privado por ser de direito humano, escrito em lei e garantido a todo cidadão. Com base nisso começamos falando do orçamento público, que tem a ver conosco cidadãos consumidores. Tudo o que adquirimos e pagamos de impostos indiretos retirados de mercadorias que consumimos e impostos diretos como no caso o imposto de renda. E eles deixam ''claro'' onde será gasto cada valor arrecadado, que se chama ciclo orçamentário e é o planejamento elaborado, sendo eles "Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA)" são as três leis que regem esse ciclo e ligadas entre si. O orçamento público é criado para então equipar um novo instrumento e orientar as atividades governamentais, parte fundamental no sistema financeiro afim de controlar as demandas da sociedade e suas despesas acumuladas, reduzindo as falhas de mercado. A necessidade de construir esse sistema se deu quando a sociedade passou a não aceitar as exorbitâncias tributarias que eram cobradas para manter a economia e a administração pública. 
Podemos entender melhor como funciona o setor público através de um pequeno exemplo, a empresa Correios, responsável pela entrega de correspondências, não tendo nenhum concorrente, sendo uma única empresa no país inteiro neste ramo, seu lucro é direcionado ao Governo federal tendo por volta de 16,666 bilhões de renda arrecadado ao ano. Que por sinal não sabemos de que forma é administrado o valor e onde eles investem.
Podemos pôr fim concluir que o impasse causado, é quando favorecemos a certo serviço público, de forma que nem toda a população tenha total reconhecimento e desfavorecer de outro serviço. Isso é ligado ao orçamento, por conta da estratégia em garantir que as atividades ali oferecidas, não vão prejudicar o cumprimento da lei e da base econômica do país, causando alguma falha governamental.
3.2 FALHAS DO GOVERNO
O primeiro assunto em destaque que pode ser tratado nesse tema é a ''regulação'' que é a atividade desenvolvida pelo Estado, onde ele fórmula leis e cria, nada mais que um regulamento que somos obrigados a cumprir. E é por meio de interesse público que cumprimos essa lei, seja na parte econômica ou social. Tem por objetivo simplificar as ações estabelecidas, a política pública indireta no mercado por meio da atuação de iniciativa privada, a fim de garantir o controle das atividades.
A regulação econômica está ligada aos impostos, o controle legislativo e 
administrativos por conta das taxas cobradas e outras particularidades relacionadas ao ambiente econômico.
E através desse processo seria determinada uma regulação que pudesse eliminar alguma falha de mercado, como era o monopólio a anos atrás, sem concorrência onde só um meio administrava, com ineficiência no mercado. Por conta disso temos algo externo, onde indivíduos realizam ações que beneficiam só o meio privado, tendo uma insatisfação social.
A externalidade é positiva quando garante um bem público indiretamente ao consumidor, tendo custo ou não, beneficiando e tendo um impacto social neste consumo, já a externalidade negativa é quando se impõe um custo sobre terceiros, o abastecimento de água em uma cidade é um exemplo, onde impõe impostos para cobrir os custos causados.
Agora que se entende o que é externalidade positiva e negativa, podemos falar sobre o setor público e privado, e a concorrência entre eles. Vemos o impacto da privatização e isso poderia ser favorável, se não fosse extremamente ruim, por ter uma exclusão no mercado, e isso acabar atingindo diversos setores. A Petrobras, Banco do Brasil, se encaixam nesse tema, por ter uma certa ''concorrência'' privada internacional, e o Banco do Brasil ser o próprio concorrente dos bancos privados. As empresas privadas oferecem um certo valor ao estado e faz seus produtos com uma grande demanda e pior qualidade, por ser de mais fácil acesso.
A privatização ocorre quando empresas estatais não garantem mais o lucro necessário e partem para a iniciativa privada, o que causou um certo impacto, porque aliás o lucro que as empresas privadas passam a oferecer não estavam gerando melhoras no Brasil, e isso começou a gerar uma aversão a esse tipo de sistema, isso causa uma desnacionalização das empresas estatais no Brasil.
A falha ocorrida do setor público se deve a lentidão em novas estruturas na demanda, os meios tecnológicos ineficientes e o mais preocupante, o pouco crescimento nas empresas estatais, que não estabelecem melhorias através dos impostos pagos pela sociedade e o setor privado, o que de fato deveria ser estabelecido por conta da alta inflação e alto imposto cobrado que só vem crescendo.
3.3 A INFLUÊNCIA DO DÉFICIT
Déficit é o nome dado para aquilo que está em falta, não tem quantia suficiente para ser preenchido, isto é, o valor das despesas sobe grandemente enquanto não se obtém receita. É quando um país termina de pagar todas as suas despesas e não sobra mais nada, acaba tendo um prejuízo maior e a receita cada vez menor. E isso é modificado o tempo inteiro, o contra seria o superávit, quando o país arrecada muita receita mais do que despesas. Isso acarreta o crescimento de um país, havendo cortes orçamentais e prejudicando os cidadãos com o aumento dos impostos. O PIB é um fator importante, por conta dele o déficit e o superávit é tão importante, todo o produto que sai e que entra danifica ambas as partes. O Brasil é um alvo, pelo alto crescimento de impostos, gerou o desemprego a taxa inflacionária, que acaba repercutindo na falta de renda. Isso acaba abalando a estrutura orçamentária pública, gerando muitas dívidas. Pode-se dizer então que para direcionar essa grande influência, a alternativa seria os empréstimos e a iniciativa privada para conseguir ''cobrir'' os recursos gastos. 
4. ANÁLISE HISTÓRICA
O Brasil sempre teve suas inconsistências, nas finanças públicas não é diferente. Historicamente é notável a instabilidade de cada período, isso porque a partir dos anos de 1964 houve várias mudanças políticas, o que acarretou em várias mudanças financeiras também, e essa inconsistência dura até os dias dehoje, porém pode se destacar três fases cruciais na economia Brasileira, até o fim do século XX.
4.1 FINANÇAS PÚBLICAS DE 1964 A 1980 
O começo da década de 60 foi marcado pela elevação dos déficits públicos, pela inflação alta e a ausência de um mecanismo de medição da necessidade de financiamento do setor público (NFSP), que dificultava proibição das práticas de correção monetária e de taxas de juros de 12% ao ano. Por resultante, foi um período no qual as pressões inflacionárias começaram a aflorar, exigindo ações do governo, que programou um conjunto de reformas em meados da década de 60, onde o destaque foi o Programa de Ação Econômica (PAEG), lançado no final de 1964.
O PAEG foi um programa de estabilização, porém não era apenas isso, ele incluía também um conjunto importante de reformas que se preparava para o desenvolvimento econômico posteriormente. O programa propunha um ajuste fiscal, uma política tributária destinada a fortalecer a arrecadação e a combater a inflação, uma política bancária que visava fortalecer o sistema crediário, estimulando ao investimento e combatendo a inflação, além de aumentar os investimentos estatais em infraestrutura e atrair os investimentos externos.
Outro fator importante que ocorreu nas finanças públicas no ano de 1964, foi à reforma institucional ocorrido com a criação do Banco Central instituída pela lei nº4.595 de 31 de dezembro de 1964. Essa reforma visava dinamizar o sistema financeiro nacional, para que a eficiência na intermediação pudesse ser alcançada, facilitando a transferência de recursos nos setores superavitários para os deficitários da economia.
A constituição Brasileira de 1967 previa que as operações de resgate e de colocação de títulos do tesouro nacional, relacionados a amortização de empréstimos internos, não atendidos pelo orçamento anual, deveriam ser regulados em lei complementar. Em 971, com a edição da Lei Complementar n12, eliminou os limites para a expansão da dívida pública ao permitir o Banco Central do Brasil emitir títulos públicos sem que tivessem que transitar pelo OGU (orçamento geral da união).
Em 1979, houve a criação da Secretaria de Controle das Empresas Estatais, que foi responsável pela elaboração do terceiro orçamento fiscal no Brasil: o das empresas estatais.
Pode-se afirmar que o programa de estabilização diferenciado (PAEG), a criação da Correção Monetária - que possibilitou o financiamento do déficit público - e a lei complementar 12, além da multiplicidade orçamentária, foram responsáveis pela inconsequente política fiscal no período de 1964 a 1980.
4.2 FINANÇAS PÚBLICAS NO REGIME DE ALTA INFLAÇÃO: 1981/1994
O começo dos anos 1980, a análise fiscal do Brasil foi marcada pelo Déficit público elevado e pela ausência de estáticas confiáveis. Havia também um debate econômico, sobre sanar ou não as contas públicas. No mesmo período o debate econômico, entre os economistas denominados “ortodoxos” e os adeptos da escola estruturalista, denominados “heterodoxos”. Os ortodoxos acreditavam que a emissão monetária requerida pelo financiamento do déficit público, era a principal causa da inflação desenfreada. Os heterodoxos viam o processo produtivo e/ou da política cambial, como as principais causas.
Em 1983, o Brasil teve que pedir ajuda financeiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), por conta de uma crise política ortodoxa de 1982. Quando o acordo passou a vigorar, o FMI tratou de criar mecanismos para avaliação do desempenho fiscal. O Banco Central ficou responsável por medir o nível de endividamento público, e a apuração do déficit público, mas por conta das dificuldades de achar dados e nas estáticas imprecisas, sofriam fortes reavaliações. Outro fator que dificultou o bom desempenho fiscal era a alta inflação. 
Contudo, como houve o aumento da inflação durante o período de acordo com o FMI, a hegemonia heterodoxa passou a vigorar na segunda parte de 1980.
Nesse momento, para a estabilização, o governo orientou diminuir a inflação através de uma política na intervenção no sistema de preços, sem se preocupar com as contas fiscais, argumentando que havia condição de financiamento, e que não era
necessário à expansão monetária.
Com as mudanças na constituição de 1988, limitou consideravelmente a margem de manobra das autoridades econômicas. Houve avanços, como a incorporação gradual, as contas do orçamento monetário como, por exemplo, o financiamento de estoque regulador e os custos de diversos subsídios, a extinção da conta movimento do Banco do Brasil, entre outros. Em contraposição, a nova constituição de 1988, criou uma série de dificuldades economicamente falando.
No ano de 1990, em que se iniciou a administração Collor de Mello, ocorreu um processo de abertura da Economia. Passou a existir uma preocupação central em “eliminar o déficit público”. Para combater a inflação, Collor bloqueou quase todos os títulos públicos e restitui-os a partir de 1991, com uma perda real, como será observado no gráfico abaixo. E a segunda, expressando o valor a ser cobrado dos contribuintes não mais na moeda nacional, e sim nas unidades de referência. Vale ressaltar também Fundo Nacional de Emergência (FSE), que foi aprovado no início de 1994, que foi importante para o recorde 5,21% do PIB do superávit primário do mesmo ano.
4.3. AS FINANÇAS PÚBLICAS NA FASE DE ESTABILIZAÇÃO: 1995/1998 
Depois do início do plano real, a possibilidade de que a queda da inflação levaria inevitavelmente a um aumento do déficit público, deixou de existir, já que os recursos liberados em um mês tinham praticamente o mesmo valor real do que no mês anterior. Depois de 1994, a inflação cedeu, e em 1998 quase não existia. O do Plano Real, a Unidade de Referência de Valor (URV) e a Âncora cambial, foram os maiores responsáveis pela estabilização da inflação, acomodando os preços e banalizando as expectativas. Como resultado, o efeito Baixa perdeu sua relevância e o Fundo social de emergência não evitou o superávit primário do setor público.
Outra crise que é notável no período, é a das finanças de estados e municípios, que pesou mais para os estados, isto porque o município tem uma dívida mais modesta, a restrição do crédito limita sua despesa de caixa. Já os estados possuem mais facilidade nos financiamentos, permitindo que historicamente os déficits dos estados, sejam maiores do que os do município. As principais “causas” de piora fiscal dos estados, depois de 1994, foi basicamente o aumento inicial do gasto com o funcionalismo (reajustes salariais) e o peso crescente dos inativos na folha de pagamento dos estados.
Os estados são independentes, sendo assim podendo decidir onde alocar os seus recursos, porém não autônomos, já que dependem do Senado Federal e das autoridades centrais. O governo federal teve que aperfeiçoar seus mecanismos de controle do déficit estadual, e aplicou algumas mudanças cabíveis como: O maior controle da AROS (Antecipações de receitas orçamentárias) e o fim do uso de Bancos Estatais para o financiamento dos tesouros estaduais. O governo federal precisava procurar um substituto para o imposto da inflação, pois a constituição federal de 1988 tinha feito aumentar as demandas sociais. Contudo, houve a criação de algumas fontes temporárias para conter o desajuste fiscal, e uma se destacou. O imposto provisório sobre movimentações financeiras (IPMF) e depois chamado de CPMF, e conseguiu aumentar 5% do imposto de renda retido nas fontes de aplicações financeiras.
A necessidade de respeitar a restrição orçamentária foi ocasionada pelo reajuste dos benefícios previdenciários de 1995 e o aumento do OCC. É possível estabelecer dois tipos de regime fiscal. Neste sentido, esse período foi caracterizado pela responsabilidade do estado por tarefas, que o estado não podia arcar e esse foi um dos principais desafios do período.
5. CONCLUSÃO 
O tema tratado nesta atividade prática, que é voltado para o estudo das finanças públicas, principalmente no Brasil, possibilitou-me analisar diversos artigos especificamente direcionados à compreensãodas falhas do mercado, correlacionando-os às funções do governo e suas e atribuições, permitiu-me explanar sobre despesas e dívidas públicas, trazendo enorme conhecimento sobre de que maneira o estado lida com essas situações, explorando áreas como o orçamento público brasileiro e seus déficits. Ainda foi possível desenvolver sobre o histórico do Brasil ante a uma visão econômica e principalmente pública.
Nota-se após ter finalizado este estudo a relevância que ele traz para todos os indivíduos de uma sociedade, já que possuir conhecimento sobre áreas financeiras inclusive públicas, que incluem a maneira como é gasto o dinheiro recebido através de impostos, suas aplicações cotidianas e investimentos para o futuro, deve se tornar um assunto de consciência geral.
O indivíduo que passa a conhecer o histórico financeiro de seu próprio país e também que acompanha a desenvoltura do cenário econômico atual, adquire muito mais poder para buscar uma sociedade justa livre de corrupção, portanto atinge -se o objetivo inicial de demonstrar que a informação como fonte incessante de conhecimento é indispensável para uma população que busca dias melhores.
6. REFERÊNCIAS
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CYSNE, RUBENS PENHA. Economia Brasileira no Período Militar. Est. Econ. São Paulo. 1993. Acesso em 23 setembro. 2022 
ECONOMIA BR NET. Teoria das finanças públicas. Disponível em:
<http://www.economiabr.net/economia/7_tfp.html>. Acesso em: 09 nov. 2022.
FGV EDITORA. Setor público. Disponível em: <http://blog.editora.fgv.br/tags/setorpúblico>. Acesso em: 10 set. 2022.
GESTÃO UNIVERSITÁRIA. A importância das finanças públicas equilibradas para o desenvolvimento econômico de um país. Disponível em:
<http:// www. gestaouniversitaria.com.br/artigos/a -importância-das-finanças-publicas-equilibradas-para-o-desenvolvimento-economico-de-um-pais>. Acesso em: 16 set.2022.
GIAMBIAGI, Fabio; ALÉM, Ana Cláudia. Finanças públicas: Teoria e prática no brasil. 4 ed. Rio de janeiro: Campus, 2011.MISES BRASIL. A questão das "externalidades". Disponível em: <https://www.mises.org.br/article.aspx>. Acesso em: 27 nov. 2022.
NETO, Carlos de Carvalho Macedo. FINANÇAS PÚBLICAS NO BRASIL: ANÁLISE HISTÓRICA. PUC. Rio de Janeiro. 2012. Acesso em 21 nov. 2022
PORTAL EDUCAÇÃO. Diferença entre dívida e despesa. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteúdo/artigos/farmacia/diferença-entre-dívidas-e-despesa/63519>. Acesso em: 30 set. 2022.
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Revista Historiador. Número 02. Ano 02. dezembro de 2009. Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador. Acesso em: 14 Novi. 2022.
SANSON, João Rogério. Teoria das finanças públicas. 1 ed. João Rogério Sanson. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração: CAD, 2011. 130 p. Acesso em: 13 nov. 2022

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