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DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
1 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
CURSO DE DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) PARA
AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – AFRF E AUDITOR
FISCAL DO TRABALHO - AFT 
AULA DEMONSTRATIVA - APRESENTAÇÃO PESSOAL 
Bom dia, boa tarde, boa noite! 
Sou a professora Márcia Albuquerque, natural de Fortaleza e ocupo
atualmente o cargo de Procuradora da Fazenda Nacional em São
Paulo. Sou Mestre em Direito Constitucional e Especialista em Direito
Público. 
Fiquei muito feliz com o convite do “ponto” para fazer parte do seu
quadro de professores. Ministro aulas para diversos concursos
públicos, especialmente, para os cargos de Auditor Fiscal da Receita
Federal, Fiscal ICMS e ISS, Auditor do TCU, CGU, Auditor Fiscal do
Trabalho, Analista e Técnico dos Tribunais, OAB, dentre outros, nas
disciplinas Civil, Processo Civil e Empresarial. 
Participei de bancas de concursos públicos na elaboração de diversas
provas escrita objetiva e oral para os cargos de Delegado, Escrivão,
Guarda Municipal. 
Mas minha maior experiência é como concurseira: foram quase 3
(três) anos de preparação até a aprovação, somados a 17 disciplinas.
São quilômetros na estrada dos concursos públicos. 
Nessa fase que é a de dedicação ao estudo ou se é prático, adotando
uma metodologia direcionada para o objetivo, ou se vai malhar em
ferro frio; nadar, nadar e morrer na praia. Assim, você se obriga a,
além de buscar no mercado o material didático eminentemente
voltado para concurso, como também a desenvolver seu próprio
método de estudo. 
OS CARGOS DE AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – AFRF
E AUDITOR FISCAL DO TRABALHO - AFT 
Os cargos de AFRF e AFT têm como público alvo candidatos que
possuam diploma de curso superior concluído em qualquer área, em
nível de graduação, devidamente registrado no Ministério da
Educação (MEC). 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
2 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
O nosso curso on line (teoria e exercícios) de Direito Civil será
voltado para a preparação do concurso público para os cargos de
AFRF e AFT. Abordará todos os itens constantes dos editais e
contemplará resoluções de questões da ESAF pertinentes tantos aos
mencionados concursos, quanto a outros por ela realizados, como 
meio de “treinar” e fixar cada vez mais o aprendizado, bem como o
modo como a banca “cobra” o conteúdo. Será composto de 04 aulas,
além desta. 
A BANCA EXAMINADORA ESAF 
As provas da banca examinadora ESAF são inteligentes e bem
elaboradas. Avaliam o CONHECIMENTO, mas não só. Algumas
questões exigem também a LITERALIDADE DA LEI. 
Algumas questões são tradicionais, objetivas (literalidade); outras
possuem alto grau de subjetividade; algumas vezes a banca coloca
em uma alternativa um conceito ou teoria de um autor que seja a
corrente minoritária sobre o assunto. 
Por isso, a abordagem do material de estudo deve contemplar lei
seca e doutrina, como estratégia para alcançar o resultado da sua
aprovação, indicando sempre os assuntos que a banca cobra a lei
seca e quais serão necessários o aprofundamento na doutrina. Enfim,
o material deve ensinar a você estratégias para uma ótima
capacidade de memorização aliado a uma boa dosagem de
conhecimentos. 
As questões da ESAF são de múltipla escolha, onde você deve marcar
apenas uma correta, entre as cinco alternativas apresentadas. Sua
tática é marcar a resposta correta por eliminação, pelo processo de
exclusão (ELIMINAÇÃO das visivelmente ERRADAS). Essa tática é
muito utilizada na prova de português, especialmente na
interpretação de textos. Pode observar que de “cara”, você exclui 3 
(três) alternativas. Você só vai supostamente ficar em dúvida em 2
(duas). SEMPRE na interpretação de texto, uma alternativa “diz” além
do texto; a outra, aquém, menos do que o texto relata e a outra, fora
daquilo que o texto aborda. 
Pois bem! Estou aqui para orientar o seu estudo e direciona-lo no
caminho rumo à aprovação! Para tanto, há a necessidade de muito
treino e dedicação. 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
3 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
MÉTODO DE ESTUDO – AFRF e AFT 
Para conseguirmos nosso maior objetivo (sua aprovação), importante
utilizarmos técnica de estudo voltada para a banca mencionada.
Técnica significa, no popular, a melhor maneira (modo) de se fazer
algo. Como assim? 
Gestão da informação: para este curso on line, elaborei a “gestão 
da informação”, ou seja, “desenhei as informações” (conteúdo 
programático), fiz a “reprodução gráfica de ideias” através de 
associações criativas, voltadas eminente para a memorização; usei
esta estratégia como forma de você lembrar o conteúdo na hora da
prova. 
Para tanto, criei uma sequência lógica de ideias, de modo a construir
um raciocínio que te leve a aprender definitivamente os diversos
conceitos do Direito Civil e a diferenciá-los. Usei e abusei das
ferramentas “desenhos, figuras e exemplos”, para que, ao final, você 
seja conduzido através da visualização a memorizar somente o que
vai ser cobrado na prova. Os desenhos e exemplos servirão, vão te
levar ao ponto culminante do objetivo: acertar as questões! 
Aprofundei, bem como indiquei os assuntos que a ESAF costuma
exigir a doutrina “pesada”. 
Usei técnicas que oriente você a aprender, dominar, diferenciar (e
decorar) a lei, os conceitos, a identificar as “pegadinhas” e “cascas de 
bananas”. Enfim, orientação e gerenciamento do seu estudo: como 
enxergar o modo que a ESAF abordam a matéria, numa metodologia
(método) voltada unicamente para a sua aprovação! Vamos abusar
dos mapas mentais, dos métodos da associação, do empilhamento e
repetitivo. 
Método da Associação: também como estratégia para sua
aprovação, é necessário praticar o método associativo. Este parte do
que, até então, é desconhecido associando-o ao que é conhecido por 
você. 
Método do Empilhamento: consiste em dar vida àquilo que
queremos lembrar, criar paisagem mental. 
associar a uma 
Cada item a ser lembrado Figuras em sequência 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
4 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
Por exemplo: 
CONHECIDO: 
DESCONHECIDO: 
Art. 202. A interrupção da prescrição,
que somente poderá ocorrer uma vez, 
dar-se-á: 
I - por despacho do juiz, mesmo 
incompetente, que ordenar a citação; 
II - por protesto (boleto protestado); 
III - por protesto cambial (cheque, nota 
promissória, duplicata protestada); 
IV - pela apresentação do título de
crédito em juízo de inventário ou em 
concurso de credores (falência); 
V - por qualquer ato judicial que
constitua em mora o devedor = 
citação; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda 
que extrajudicial, que importe
reconhecimento do direito pelo 
devedor = parcelamento, acordo. 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
5 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
Metodo da Repetição: consiste em ler e reler várias vezes o
texto (literal) da lei, grifando palavras chaves, pontos importantes.
Em qualquer concurso o candidato precisa saber a lei. Aqui, você vai
fotografar e guardar as palavras chaves dos artigos da lei. Este
método não pode ser dispensado, mas ele por si só, na minha
opinião, faz com que você leve mais tempo para assimilar todo o 
conteúdo. Por isso, este aliado aos outros encurta o caminho para a
sua aprovação. Então você deve ler e reler a lei seca, o material de
estudo, fixando, fotografando as palavras chaves.Resolução de Provas anteriores: Como ressaltado, usei questões 
anteriores dos concursos para os cargos de AFRF e AFT da banca
ESAF, bem como de outros concursos realizados por ela. Seguiremos
fielmente tópico a tópico do programa do edital, apresentando-os
com ilustrações, mapas mentais, desenhos e esquema, de modo
associativo e repetitivo, e, principalmente, aplicando uma construção
e sequência lógicas de raciocínio (ideias), encurtando a barreira entre
você e a disciplina, mesclando com questões pertinentes ao tema e
sempre numa didática a tornar mais fácil a marcar o “X” na resposta 
correta. 
Afinal, estamos aqui para CONDUZIR RESULTADO (SUA
APROVAÇÃO) do TAMANHO da MARCA que o PONTO representa! 
Dito isto, apresento com conteúdo programático. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
AULA DEMONSTRATIVA: Prescrição e Decadência. 
AULA 1. Pessoa Natural: conceito, capacidade e incapacidade, começo
e fim, direitos da personalidade. Pessoa Jurídica: conceito,
classificação, começo e fim de sua existência legal, desconsideração. 
AULA 2. Fatos Jurídicos. Ato Jurídico. Negócio Jurídico: conceito,
classificação, elementos essenciais gerais e particulares, elementos
acidentais, defeitos, nulidade absoluta e relativa, conversão no
negócio nulo. 
AULA 3. Ato Ilícito. Abuso de Direito. Responsabilidade Civil no novo
Código Civil e seu impacto no direito do trabalho. 
AULA 4. Lei de Introdução ao Código Civil: vigência e revogação da
norma, conflito de normas no tempo e no espaço, preenchimento de
lacuna jurídica. 
Então, mãos à obra! Numa palavra o nosso mantra: SUPERAÇÃO! 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
Questão 01. (ESAF/Receita Federal/Auditor Fiscal da Receita
Federal/2009) Assinale a opção correta. 
a) A pendência de ação de evicção não é causa suspensiva da
prescrição. 
b) As causas impeditivas da prescrição são as circunstâncias que
impedem que seu curso inicie, por estarem fundadas no status da
pessoa individual ou familiar, atendendo razões de confiança,
parentesco, amizade e motivos de ordem moral. 
c) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr
contra o seu sucessor a título universal ou singular. 
d) As partes podem aumentar ou reduzir prazo prescricional. 
e) A incapacidade absoluta não impede a prescrição. 
A questão nos remete ao estudo da prescrição e da decadência, um
dos assuntos mais árduos na preparação para concurso, na minha
opinião, seja no Direito Civil, Tributário ou em qualquer outro ramo
do Direito. Todos os concursos que contemplam a disciplina de Direito
Civil no edital, incluem e exigem na prova, a prescrição e a
decadência. 
O Código Civil brasileiro traça as normas gerais sobre a prescrição
e a decadência a ser aplicada a todo o ordenamento jurídico. A partir
daí, os outros ramos do Direito dispõem, especificamente sobre a
matéria, traçando suas especificidades, detalhes. 
A aplicação da prescrição e da decadência rege-se pelo “princípio da
especialidade”. Este revela que a norma especial afasta a incidência
da norma geral, “Lex specialis derogat legi generali”, naquilo que lhe
for contrário. 
A norma se diz especial quando contiver os elementos de outra
(geral) e acrescentar pormenores. A norma será preponderante
quando especial. Assim, por exemplo, o Direito Tributário possui 
normas específicas sobre a prescrição e decadência, afastando a
regra geral quando lhe for contrária. 
Assim, vamos, de um modo prático, dominar o tema. 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
7 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
PRESCRIÇÃO: para você entender a prescrição bem como a
diferença entre ela e a decadência vamos usar o seguinte exemplo:
um devedor “A” e um credor “B”: 
Relação de crédito e débito: 
“A” devedor 
”B” credor 
NÃO PAGA 
no vencimento 
Início da contagem do
prazo prescricional 
VIOLA O 
DIREITO do 
credor 
Nasce para o credor 
uma PRETENSÃO 
(Direito de Ação) 
PRETENSÃO 
(Direito de Ação) 
Direito de exigir (cobrar) seu crédito 
no prazo estabelecido pela lei. 
Se o credor NÃO exercer sua PRETENSÃO (direito de 
ação) dentro do PRAZO = PRESCRIÇÃO (extingue a 
pretensão). 
PRESCRIÇÃO: PERDA DO DIREITO DE AÇÃO pela inércia 
do titular do direito por não o ter exercido dentro do
prazo previsto em lei. Ocorrida à prescrição, o credor não
pode mais exigir, cobrar o seu crédito. 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
8 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
Explico: No Direito Civil (norma geral), a PRESCRIÇÃO SEMPRE se
refere a uma RELAÇÃO DE CRÉDITO E DÉBITO. SEMPRE! NUNCA
DEIXE A PROVA “PEGAR” VOCÊ, lhe INDUZIR AO ERRO! A
decadência no Direito Civil NUNCA decorre de uma relação de
crédito e débito. 
Então vamos imaginar uma relação de crédito e débito, em que o
devedor “A” deve ao credor “B” uma quantia “X” com vencimento 
para o dia 20. 
Qual é a obrigação do devedor no dia 20? Pagar o que deve. Caso ele
venha a pagar, a obrigação se extingue pelo pagamento, havendo o
cumprimento espontâneo da obrigação. Porém, sabemos que nem
sempre ocorre dessa forma. Por vários motivos, o devedor NÃO
PAGA NO VENCIMENTO a sua obrigação, o seu débito (dívida). 
Qual a consequência do NÃO PAGAMENTO do débito (dívida)
NO VENCIMENTO? 
O NÃO PAGAMENTO NO VENCIMENTO por parte do devedor
VIOLA O DIREITO DO CREDOR, faz nascer para este, uma
PRETENSÃO. 
A PRETENSÃO nada mais é do que um DIREITO DE AÇÃO. Direito
de ação para que? Para EXIGIR (COBRAR) seu crédito. Veja que a 
PRETENSÃO (DIREITO DE AÇÃO) surge a partir da VIOLAÇÃO
DO DIREITO (guarde bem isto!). A partir do momento em que o
devedor viola o direito do credor, nesse momento é que surge a
pretensão e, consequentemente inicia-se a contagem do prazo
prescricional dentro do qual o credor pode exigir seu crédito. 
Mas veja: o credor possui todo o tempo do mundo para cobrar seu
crédito? NÃO! A lei estabelece, dispõe sobre os prazos de prescrição,
elenca estes prazos, dentro dos quais o credor dispõe para exigir,
cobrar seu crédito. 
Se o credor NÃO exercer sua PRETENSÃO (direito de ação) dentro
do PRAZO, se o credor NÃO EXIGIR, NÃO COBRAR seu crédito no
prazo estabelecido pela lei, ocorrerá a PRESCRIÇÃO (extinção da
pretensão, do direito de ação). 
A PRESCRIÇÃO é a PERDA DO DIREITO DE AÇÃO pela inércia do
titular do direito não o ter exercido dentro do prazo previsto em
lei. Ocorrida à prescrição, o credor não pode mais exigir, cobrar o seu
crédito. 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
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Ambas baseiam-se na estabilidade que a ordem jurídica deve
assegurar às relações jurídicas. 
Prescrição é a extinção de uma suposta (possível) ação judicial, em
virtude da inércia de seu titular (não exerceu o direito de ação no
prazo, no lapso de tempo estabelecido pela lei). 
A decadência é a extinção do direito pela inércia de seu titular,
quando sua eficácia (produção de efeitos do direito) foi subordinada à 
condição de seu exercício (do direito) dentro de um prazo prefixado,
e este se esgotou sem que esse exercício tivesse se verificado. 
A inércia e o tempo são elementos comuns à decadência e à
prescrição. Diferenciam, entretanto, quanto ao seu objetivo e
momento de atuação: na decadência, a inércia diz respeito ao
exercício do direito e o tempo opera os seus efeitos desde o
nascimento deste. Na prescrição, a inércia diz respeito ao
exercício da ação judicial e o tempo opera os seus efeitos desde
a violação do direito, que, em regra, é posteriorao nascimento do 
direito por ela protegido. 
(contrai um empréstimo com vencimento dia 20/06) 
Devedor 20/05 20/06 
Credor 
DEVE $ 500,00 
20/05: NASCE O
DIREITO para o 
credor: possui um 
direito de crédito; 
porém o direito ainda
não é exercitável; só 
se torna exercitável
após o dia 20/06 
(vencimento sem
pagamento). 
NÃO PAGA 
500,00 
VIOLA O
DIREITO DO
CREDOR 
PRETENSÃO (Nasce o direito de ação):
início da contagem do prazo 
prescricional 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
10 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
Tudo bem até aqui? Então vou prosseguir: 
Assim dispõe o Código Civil (veja o primeiro artigo do Código Civil
referente à prescrição): 
A prescrição prejudica a quem? Ao credor (que não exigiu o seu crédito no
prazo legal, foi inerte e não pode mais exigir devido ter ocorrido a prescrição). 
Agora veja a interpretação, o comentário sobre o artigo: 
Na nova concepção do Código Civil de 2002, a prescrição
extingue a pretensão, que é a exigência de subordinação de um
interesse alheio ao interesse próprio. 
De acordo com o art.189 do Código Civil de 2002, o direito material
(crédito) violado dá origem à pretensão, que é deduzida em
juízo por meio da ação. Extinta a pretensão, não há ação.
Portanto, a prescrição extingue a pretensão (direito de ação). 
Pense antes responder: a prescrição favorece a quem? 
Ao devedor, que não pagou o seu débito e, se cobrado após a
prescrição ter se consumado, pode alega-la como meio de defesa
para não efetuar o pagamento. 
A prescrição prejudica a quem? Ao credor, que não exigiu, não
efetuou a cobrança do seu crédito no prazo estabelecido em lei e não
pode mais fazê-lo. 
Mais uma coisa: se a prescrição favorece ao devedor, este pode
renunciá-la e pagar seu débito mesmo prescrito? Pode ou não pode
haver renúncia à prescrição? 
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a
qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os
arts. 205 e 206. 
Art. 189. Violado o direito (pelo NÃO PAGAMENTO, no 
VENCIMENTO), nasce para o titular (credor, titular do 
direito) a pretensão (DIREITO DE AÇÃO, para exigir, cobrar seu 
crédito), a qual se extingue (a pretensão, o DIREITO DE AÇÃO 
se extingue), pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 
205 e 206. 
Atenção! Prazos de prescrição: inicia-se a contagem do prazo no
momento da violação do direito; prazos de decadência: inicia-se a 
contagem no momento do nascimento do direito. Voltarei ao tema 
do início da contagem dos prazos no tópico diferenças entre a
prescrição e decadência. 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
11 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
Sim, pode! Guarde bem isso: pode haver renúncia à prescrição: o
devedor pode renunciar a prescrição e pagar o débito. Adiante
tratarei do tema renúncia à prescrição. 
Decadência: no Direito Civil, a prescrição (ou os prazos sujeitos à
prescrição) decorre sempre de uma RELAÇÃO DE CRÉDITO E 
DÉBITO. A decadência no Direito Civil NUNCA decorre de uma
relação de crédito e débito; os prazos sujeitos a decadência
regulam e se refere aos chamados DIREITOS POTESTATIVOS.
Exemplifiquemos: 
DECADÊNCIA: Decorre do não exercício dos “Direitos
Potestativos”. Direitos Potestativos são direitos que NÃO
decorrem de uma PRETENSÃO (direito de ação para exigir um
crédito) – são direitos SEM PRETENSÃO. 
São direitos que não dependem de nenhuma prestação da outra
parte. O único objetivo destes direitos é constituir ou
desconstituir ou modificar relações jurídicas. 
São poderes, deveres, direitos que se exercitam com uma simples
DECLARAÇÃO DE VONTADE. É aquela espécie de direito, ao qual
não corresponde nenhum dever jurídico da outra parte, do outro
sujeito, mas tão-somente uma situação de sujeição do outro
sujeito da relação jurídica. Uma pessoa faz uma declaração de
vontade. A lei incide nessa declaração de vontade e confere efeitos a
ela. 
À título exemplificativo, o mandato (procuração), que pode a
qualquer tempo ser revogado – e o direito à separação, a que deve a
parte se sujeitar ao pedido de outrem, já que ninguém é obrigado a
permanecer casado. 
A lei confere consequência jurídica (efeitos) à declaração de vontade.
O outro sujeito está em ESTADO DE SUJEIÇÃO: NADA PODE
FAZER, É DISPENSADA SUA VONTADE. Ex: Esposa por erro
essencial sobre seu cônjuge tem direito de anular casamento. O
prazo decadencial tem início, nasce com o direito. Na prescrição o
prazo só se inicia quando o direito do credor é violado (vencimento e
não pagamento). 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
12 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
Tomemos como exemplo um casal (casamento): 
Maria por erro essencial sobre seu cônjuge tem direito de anular
casamento 
Cônjuge: Estado de sujeição (é dispensada sua vontade) 
Note que NÃO há uma relação de crédito e débito. Não há credor ou
devedor. Não há uma pretensão (direito de exigir, cobrar um crédito). 
A decadência está relacionada eminentemente aos direitos
potestativos, direitos sem pretensão; direitos que são exercitáveis
com uma simples declaração de vontade, produzindo eficácia (efeitos
jurídicos) desejada. 
DIFERENÇAS ENTRE A PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA 
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA 
Decorre de um direito de
crédito; uma relação de crédito
e débito. 
Decorre de Direitos
Potestativos (direitos sem
pretensão): insuscetíveis de
violação. 
Direitos patrimoniais. Direitos não patrimoniais. 
A prescrição é a perda do 
direito de ação (de reivindicar 
esse direito por meio da ação 
judicial cabível). 
A decadência é a perda do
direito em si por não ter sido
exercido no prazo. 
Não “corre” contra algumas
pessoas: arts. 197, 198, 199. 
Aplica-se à prescrição a
SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO e
IMPEDIMENTO do prazo. 
Regra: o prazo “corre” contra 
todos. Há uma exceção – art.
207. Em regra NÃO se aplica à
decadência a SUSPENSÃO,
INTERRUPÇÃO e 
IMPEDIMENTO do prazo. 
DECLARAÇÃO DE 
VONTADE 
(exercida no prazo “X”) 
NÃO exercício do direito
no prazo 
DECADÊNCIA 
Nascimento do direito:
início da contagem do 
prazo decadencial 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
13 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
Só há Prescrição legal (prazos
legais): TODOS os prazos de
prescrição decorrem
exclusivamente da lei. NÃO se
pode criar prazos prescricionais. 
A Decadência pode ser Legal
(lei) ou Convencional (contrato). 
Não há prescrição
convencional (as partes não 
podem “criar” prazos 
prescricionais). 
As partes podem “criar”, 
estabelecer prazo decadencial
(convencional, por exemplo, num
contrato) 
Pode ser decretada de ofício
pelo juiz (independente de
alegação das partes) – art. 219,
parágrafo quinto do CPC (revogou
o art. 194 do CC). 
Art. 210. Deve o juiz, de ofício,
conhecer da decadência, quando
estabelecida por lei (legal). 
Art. 211. Se a decadência for
convencional, a parte a quem
aproveita pode alegá-la em
qualquer grau de jurisdição,
mas o juiz não pode suprir a
alegação. 
Só a decadência legal é
decretada de ofício pelo juiz. A
decadência convencional não
pode ser decretada de ofício
pelo juiz. A parte a quem
aproveita deve arguir, alegar a 
decadência convencional. 
Somente as ações
condenatórias estão sujeitas a
prazos prescricionais. 
Somente as ações
constitutivas e 
desconstitutivas estão sujeitas
a prazo decadencial. 
A ação declaratória é
imprescritível. 
Repito: Osprazos
prescricionais estão sujeitos a
suspensão, interrupção e ao
impedimento. 
Repito: Regra: os prazos
decadenciais não se
suspendem nem se
interrompem; há uma exceção
(absolutamente incapaz) - art. 
207. Salvo disposição legal em
contrário, não se aplicam à
decadência as normas que
impedem, suspendem ou
interrompem a prescrição. Art.
208. Aplica-se à decadência o
disposto nos arts. 195 e 198, 
DIREITO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AUDITOR FISCAL DA
RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
14 Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 
inciso I (não corre a prescrição
contra absolutamente incapaz – o
mesmo se aplica à decadência) 
Início do prazo: o prazo
somente começa a fluir com a
violação do direito (quando o 
direito é violado). 
Início do prazo: o prazo começa
a fluir com o direito com o
nascimento do direito (quando 
o direito nasce). 
Renúncia: Pode haver
RENÚNCIA (expressa ou
tácita) da prescrição – art. 191 
Renúncia: Somente pode haver
renúncia do prazo de
decadência convencional. Art.
209. É nula a renúncia à
decadência fixada em lei (legal).
Pode haver RENÚNCIA a
decadência CONVENCIONAL. 
Feitas as diferenças, passo a análise dos tópicos: 
RENÚNCIA A PRESCRIÇÃO: relembremos o explanado acima: 
A prescrição prejudica a quem? Ao credor (que não exigiu o seu
crédito no prazo legal, foi inerte e não pode mais exigir devido ter
ocorrido a prescrição). 
A prescrição favorece a quem? Ao devedor que não pagou o seu
débito e, se cobrado após a prescrição ter se consumado, pode alega-
la como meio de defesa para não efetuar o pagamento. 
Se a prescrição favorece ao devedor, este pode renunciá-la e pagar
seu débito mesmo prescrito? Sim, pode! Guarde bem isso: pode
haver renúncia à prescrição: o devedor pode renunciar a
prescrição e pagar o débito. Mas professora, quem é louco de estar
com um débito prescrito e pagá-lo? Às vezes o sujeito nem sabe que
está prescrito! Veja em que moldes ocorre a renúncia à prescrição.
Dispõe o Código Civil: 
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e
só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a
prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume
de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 
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Vamos às observações: 
A renuncia à prescrição SÓ valerá após sua consumação: após
esgotado o último dia do prazo que o credor teria para exigir seu
crédito do devedor. Imagine agora que o prazo de prescrição seja de
1 ano (o credor tem 1 ano para exigir seu crédito, sob pena de
prescrição): 
(débito, dívida dia 20/06) 
Devedor 20/05 20/06 vencimento 
Credor 
20/06/2010 --- 1 ano --- 20/06/2011 
Vencimento Consumação 
1) A renúncia à prescrição pode ser expressa ou tácita. É
expressa, quando o devedor paga um débito prescrito, renunciando
ou por escrito ou verbalmente: “chega” no credor diz que veio 
pagar. Pode ser por vários motivos, até porque esse devedor ache
que tem um dever moral, íntimo ou que nem saiba que o débito está
prescrito, enfim... ele paga. A renúncia tácita ocorre de atos do
interessado, atos incompatíveis com a prescrição, atos inequívocos
que induzem a renúncia, como por exemplo, um parcelamento. 
2) A renúncia da prescrição só valerá depois que a prescrição se
consumar. 
DEVE $ 500,00 
20/05: NASCE O DIREITO
para o credor: possui um 
direito de crédito; porém o
direito ainda não é 
exercitável; só se torna
exercitável após o dia 
20/06 (vencimento sem 
pagamento). 
NÃO PAGA 
500,00 
VIOLA O
DIREITO DO
CREDOR 
PRETENSÃO (Nasce o direito de ação):
início da contagem do prazo 
prescricional 
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A prescrição se consumou dia 20/06/2011. A partir daí, se houver
pagamento (renúncia expressa) ou parcelamento (renúncia tácita) é
que pode houve renúncia à prescrição. Somente a partir da
consumação da prescrição (crédito prescrito) é que pode haver a
renúncia, pelo simples fato de que NINGUÉM PODE RENUNCIAR O
QUE AINDA NÃO EXISTE (rsrs). 
A contagem do prazo prescricional iniciou-se em 21/06/2010. Até
supostamente meia noite do dia 20/06/2010 o devedor pode pagar.
Vencimento sem pagamento viola direito do credor. Inicia-se a
contagem do prazo. O credor possui 1 (um) ano (no nosso exemplo)
para exigir seu crédito. 
Até o final do dia 20/06/2011 o credor pode exigi-lo! Ainda não há
prescrição. Note que dentro desse período de tempo, o devedor pode
pagar espontaneamente, ou ser cobrado pelo débito e paga-lo, mas
NÃO CARACTERIZA A RENÚNCIA porque a prescrição ainda se
consumou. O prazo prescricional está “correndo”. 
Após o dia 21/06/2011, aí sim, se o devedor paga ou pratica
qualquer ato incompatível com a prescrição, qualquer ato inequívoco
que induza a prescrição caracteriza a RENÚNCIA. 
Cuidado com as pegadinhas, “casca de banana”. São comuns as
questões de concurso, do tipo: 
 A renúncia à prescrição só pode ser expressa (errada). 
 A renúncia à prescrição só pode ser tácita (errada). 
 A renúncia à prescrição pode ser expressa ou expressa e pode 
ocorrer antes dela se consumar (errada). 
 Não pode haver renúncia à prescrição (errada). 
A renúncia à prescrição não pode ocorrer com prejuízo de terceiros. O
exemplo é da prescrição contra o absolutamente incapaz. 
RENÚNCIA A DECADÊNCIA: 
Você já sabe que os prazos de decadência podem ser: legal,
convencional. 
3) A renúncia da prescrição só valerá sem prejuízo de terceiro. 
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei (legal). 
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a) Decadência legal: o prazo decorre da lei. A lei fixa o prazo
para se exercer um direito. Exemplo: art. 45, parágrafo único
do CC: “Decai em três anos o direito de anular a
constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por
defeito do ato respectivo” (...) e art. 48, parágrafo único:
“Decai em três anos o direito de anular as decisões a que 
se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou
forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude”. 
Note que a lei estabeleceu o prazo decadencial para se exercer esse
direito. Note também que aí não se trata de relação de crédito e
débito. Pois bem! Primeira regra: O prazo de decadência fixada em lei
(DECADÊNCIA LEGAL) NÃO PODE SER RENUNCIADO. Caso haja
renúncia, esta será NULA. 
b) Decadência Convencional: as partes (por exemplo, num
contrato) podem estabelecer, criar um prazo para que ambas
ou uma delas possa exercer um direito. Passado o prazo, sem
exercita-lo, decai do direito. O prazo de DECADÊNCIA
CONVENCIONAL PODE SER RENUNCIADO. 
IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA 
PRESCRIÇÃO: As mesmas hipóteses (causas) ora impedem, ora
suspendem a prescrição; dependem do momento em que elas
ocorrem. 
IMPEDIMENTO (do início do prazo prescricional): a contagem do
prazo de prescrição pode ser impedida de ter início. 
Exemplo: um homem e uma mulher se conhecem; iniciam um
namoro. Um dia ele pede uma quantia de dinheiro emprestado a ela
(com prazo para pagamento “X”). 
Antes de vencimento do prazo para pagamento, eles casam. Após o
casamento a dívida vence; porém, mesmo que ele não realize o
pagamento, o casamento impede o início da contagem do prazo
prescricional. 
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Note a sequência: 1. Contrai a dívida; 2. Casamento; 3. Vencimento
e não pagamento. 
A constância da sociedade conjugal impede o início, a fluência do prazo prescricional 
1. Débito 2. casamento 3. vencimento e não pagamento
A constância da sociedade conjugal (casamento) impede o início da
contagem do prazo para, p. ex., a mulher cobrar a dívida do marido
para com ela. 
SUSPENSÃO: 
Início da contagem do prazo prescricional O casamento suspende a fluência do prazo prescricional 
“corre” o prazo de prescrição 
1.Débito 2. Vencimento + não pagamento 3. Casamento
Na suspensão do prazo prescricional ocorre o seguinte: 
1. O débito foi contraído; 
2. Houve vencimento do débito sem pagamento, e aí se inicia a
fluência, a contagem do prazo prescricional; o prazo prescricional tem
início, começa a “correr”..... acontece que: 
3. Eles casam e aqui, nesse caso, a constância da sociedade conjugal
(durante o período em que estiverem casados) é hipótese de
suspensão do prazo prescricional. Durante a constância da sociedade 
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conjugal não “corre” a prescrição, não podendo ela exigir, cobrar do 
seu cônjuge o empréstimo contraído. Se um dia houver a separação
judicial, o prazo prescricional continuará a correr. Atenção! 
Veja que pela mesma causa, hipótese (constância da sociedade
conjugal) pode vir a ocorrer o impedimento ou a suspensão do prazo. 
Note que no impedimento, o débito foi contraído e como o casamento
ocorreu antes do vencimento da dívida, quanto este vier a ocorrer, o 
prazo de prescrição será impedido de ter início. Já na suspensão, o
débito vence sem pagamento; o prazo inicia sua contagem e o
posterior casamento suspende o prazo. 
NA SUSPENSÃO CONTA-SE O PRAZO ANTERIOR E O PRAZO
POSTERIOR; SOMAM-SE OS PRAZOS ANTERIOR E POSTERIOR.
NA INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL, O PRAZO É
ZERADO E VOLTA A CORRER PELO TEMPO TOTAL. 
SUSPENSÃO: 
Ainda não são casados; está correndo o prazo 
prescricional para ela cobrar a ele: 
prazo anterior restante do prazo posterior começa a “correr” 
Casamento: suspende Separação judicial 
a contagem do prazo
vencimento 
O Código Civil dispõe nos arts. 197, 198 e 199 sobre as hipótese de
impedimento e suspensão da prescrição: 
INTERRUPÇÃO: 
Reinicia a contagem do prazo 
Prazo anterior 
Causa que interrompe a preição - zera o prazo 
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PRESCRIÇÃO: IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO 
Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição 
Art. 197. Não corre a prescrição: 
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal; 
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; 
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, 
durante a tutela ou curatela. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º (absolutamente); 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos 
Estados ou dos Municípios; 
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em 
tempo de guerra. 
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição: 
I - pendendo condição suspensiva; 
II - não estando vencido o prazo; 
III - pendendo ação de evicção. 
Das Causas que Interrompem a Prescrição 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá 
ocorrer uma vez, dar-se-á: 
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a
citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei 
processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; 
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou 
em concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que 
importe reconhecimento do direito pelo devedor. 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da
data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para 
a interromper. 
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer
interessado. 
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Vamos às diferenças, dicas, bizus, macetes, enfim as DECOREBAS de
como marcar o “X” na resposta correta: 
SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO 
Contempla PESSOAS:
cônjuges, ascendentes,
descendentes, tutelados,
curatelados, incapazes
(absolutamente), ausentes do
País em serviço público da União,
dos Estados ou dos Municípios;
pessoas que se acharem
servindo nas Forças Armadas, em
tempo de guerra. 
As hipóteses de interrupção
NÃO contemplam PESSOAS
(cônjuges, ascendentes,
descendentes, ausentes, etc.).
Cuidado para as questões do
tipo: O prazo de prescrição entre
os cônjuges é interrompido
durante a constância da
sociedade conjugal (errada).
Falou em “pessoa” NÃO é caso de 
interrupção! 
Contempla FATOS: condição
suspensiva; não vencido o
prazo; pendendo ação de 
evicção. Decore os três fatos
(condição suspensiva, evicção e
não vencimento do prazo). Os
outros fatos são causas de
interrupção! 
TODAS as hipóteses contemplam
ATOS/FATOS (despacho do juiz,
protesto, ato inequívoco, etc.). 
A suspensão da prescrição
poderá ocorrer tantas vezes 
quantas ocorram as hipóteses. 
A interrupção da prescrição 
somente poderá ocorrer uma vez 
Cessada a causa que suspendeu
a prescrição, o prazo “corre” pelo 
tempo restante; somam-se os
prazos anterior e posterior a
suspensão. 
Zera o prazo, que recomeça a
contagem do início. 
Hipóteses: Hipóteses (decorar): 
Pessoas: Cônjuges 
(constância da sociedade
conjugal) 
Ato Judicial:
Despacho do juiz, mesmo 
incompetente, que ordenar a
citação. 
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Pessoas:
Ascendentes e descendentes, 
durante o poder familiar. 
Protesto: 
boleto venceu; devedor não pagou; 
credor protesta no Cartório (Ato). 
Pessoas: Tutelados
ou curatelados e seus tutores
ou curadores, durante a tutela ou
curatela. Tutor se dá ao menor;
curador se dá ao enfermo. 
Protesto
cambial: protesto dos títulos de
crédito (cheque, nota promissória,
duplicata)= Ato. 
Pessoa: Incapazes de 
que trata o art. 3º
(absolutamente); contra os
relativamente incapazes o prazo 
prescricional corre, flui
normalmente. 
Ato: Apresentação do
título de crédito (cheque, nota 
promissória, duplicata) em juízo
de inventário ou em concurso de
credores (=falência). 
Pessoa: Ausentes do País
em serviço público da União, dos
Estados ou dos Municípios. 
Ato judicial:
Qualquer ato judicial que
constitua em mora o devedor:
o melhor exemplo é a citação e a
interpelação judicial (art. 397, 
parágrafo único do CC. 
Pessoa: Servindo
nas Forças Armadas, em
tempo de guerra. Cuidado:
servindo nas Forças Armadas em
tempo de paz, corre a 
prescrição! 
Ato: Qualquer ato 
inequívoco, ainda que
extrajudicial, que importe 
reconhecimento do direito
pelo devedor: parcelamento,
acordo. 
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Fato: Pendência de
condição suspensiva. Se um
dos contratantes não realizou,
ainda, a condição estipulada no
contrato, não há como se
suspendera prescrição. 
Fato: Não vencido o
prazo: se o prazo não está
vencido, não há como ocorrer a
suspensão da prescrição. 
Fato: Pendência de ação
de evicção. 
OBSERVAÇÕES: A interrupção do prazo prescricional SOMENTE
PODE OCORRER UMA VEZ, por expressa disposição do art. 202 do 
Código Civil. Note que quanto à suspensão, o prazo prescricional
pode ser suspenso várias vezes. Cada vez que ocorrer uma hipótese
de suspensão (arts. 197, 198 e 199) o prazo prescricional será
suspenso. 
DECADÊNCIA – IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO: 
Regra: Não se aplicam à decadência as normas que impedem,
suspendem ou interrompem. Em regra, o prazo de decadência
não se suspende, não se interrompe e não é impedido o início
da contagem. 
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à
decadência as normas que impedem, suspendem ou 
interrompem a prescrição. 
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, 
inciso I. 
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Exceção: salvo se a lei dispuser que “tal” prazo de decadência será
suspenso, interrompido ou impedido de ter início. E a lei dispõe no
art. 208 que “Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e
198, inciso I”. 
ALTERAÇÃO DOS PRAZOS: 
Os prazos de prescrição NÃO podem ser alterados por acordo das
partes. Lembre: TODOS os prazos de prescrição são prazos “legais”, 
decorrem de lei; não há prazo de prescrição convencional (por acordo
entre as partes de um contrato) e por isso as partes não podem
alterar o prazo de prescrição, porque decorrente de lei. 
Igualmente os PRAZOS de DECADÊNCIA fixada em LEI
(DECADÊNCIA LEGAL) NÃO PODEM SER ALTERADOS. Porém, os
PRAZOS de DECADÊNCIA CONVENCIONAL PODEM SER 
ALTERADOS PELAS PARTES (eles estabeleceram, criaram o prazo,
podem altera-los). 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por
acordo das partes. 
Art. 198. Também não corre a prescrição: 
I - contra os incapazes de que trata o art. 3º (absolutamente); 
DECADÊNCIA 
Conclusão: não corre a decadência contra os absolutamente
incapazes, bem como estes, enquanto durar a incapacidade, terá o
prazo impedido de ter início. ÚNICO CASO DE IMPEDIMENTO E
SUSPENÇÃO DA DECADÊNCIA. 
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ALEGAÇÃO DA PRESCRIÇÃO/DECADÊNCIA: 
Primeira regra: O art. 219, § 5o. do CPC REVOGOU o ART. 194 do
CC: atualmente o juiz pode decretar de ofício a prescrição
(sem a necessidade que uma das partes alegue). O art. 194 do
CC, dispunha: art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação
de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz. Suprir
significa decretar a prescrição. O juiz não podia, de ofício (sem que a 
parte do processo a quem se beneficiaria da prescrição) decretar,
declarar a prescrição, salvo se esta favorecesse ao absolutamente
incapaz. Repito: este artigo foi revogado pelo CPC. 
Segunda regra: a prescrição pode ser alegada em qualquer grau de
jurisdição, seja em primeiro grau de jurisdição (num processo que
“corre” numa Vara, num Juiz singular), seja em segundo grau de 
jurisdição (no Tribunal); mas não pode ser alegada pela primeira vez
em sede de Recurso Extraordinário, por exemplo, porque nesse caso
exige-se o prequestionamento (a matéria prescrição, no caso, deve
ter havido pronunciamento sobre ela em grau inferior). Mas NÃO se
preocupe com esse tipo de conhecimento. Bastas decorar: “prescrição
pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem 
aproveita”. 
Terceira regra: Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência
LEGAL (estabelecida por lei). O juiz NÃO PODE DE OFICIO
DECRETAR A DECADÊNCIA CONVENCIONAL (final do art. 211)! 
Quarta regra: Se a decadência for convencional, a parte a quem
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o 
juiz não pode suprir a alegação. Ou seja: quando o prazo for de 
decadência legal o juiz pode declarar de ofício. Quando o prazo for de 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de
jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o 
juiz não pode suprir a alegação. 
Art. 219, § 5o (CPC): O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. 
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando
estabelecida por lei. 
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DECADÊNCIA CONVENCIONAL SÓ A PARTE A QUEM SE
BENEFICIA DA DECADÊNCIA PODE ARGUIR, ALEGAR (e pode
alegar em qualquer grau de jurisdição), MAS O JUIZ NÃO
PODE DECLARA DE OFÍCIO! 
RELATIVAMENTE INCAPAZES E PESSOAS JURÍDICAS: 
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas direito de acionar
seus assistentes e representantes legais, casos eles deixarem um
credito prescrever (derem causa à prescrição: não cobrar o crédito de
seu devedor), ou não alegarem a prescrição contra algum de seus
credores. 
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas direito de acionar
seus assistentes e representantes legais, casos eles deixarem derem 
causa à decadência (não arguir, alegar um direito seu no prazo), ou
não alegar a decadência quando esta lhe beneficiaria. 
HERDEIROS E SUCESSORES: 
Caso o prazo de prescrição seja iniciado contra uma pessoa e esta
venha a falecer, por exemplo, o prazo continua a correr contra seus
herdeiros/sucessores (filhos). 
EXCEÇÃO (DEFESA): 
Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a
pretensão. 
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação
contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa
à prescrição, ou não a alegarem oportunamente. 
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a
correr contra o seu sucessor. 
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198,
inciso I. 
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Todas as vezes que vou abordar esse artigo em sala de aula, ouço a
mesma coisa: “Professora, eu leio, leio esse artigo e fico na mesma!
Então chegou a hora de descompactá-lo: primeiro, o vocábulo
“exceção” significa “defesa”. 
Leia-se o artigo assim: “A defesa prescreve no mesmo prazo da 
pretensão”. Ainda lembra o que significa “pretensão”? ah, tá! 
Significa “direito de ação”. Lembra do primeiro desenho? Então vamos 
lá, vamos revisar: 
Art. 189. Violado o direito (vencimento sem pagamento), nasce para
o titular a pretensão (direito de ação por parte do credor para exigir
seu crédito), a qual se extingue (a pretensão), pela prescrição
(perda do direito de ação por inércia do credor em não ter
exigido seu crédito no prazo legal), nos prazos a que aludem os
arts. 205 e 206. 
Art. 190. A exceção (defesa) prescreve no mesmo prazo em que a
pretensão (direito de ação). 
Seguinte: no momento em que prescreve a pretensão (prescreve o
direito de ação), prescreve também a exceção (prescreve todas as
defesas que o credor possivelmente teria contra o devedor). Vamos
exemplificar: 
Situação 1) “A” (devedor) ----- deve a -------- “B” (credor): dois 
amigos “A” e “B”. 
“A” pede dinheiro emprestado à “B”. No vencimento, não houve 
pagamento por parte de “A”. “B”, por ser muito amigo de “A”, não 
cobra seu crédito e este prescreve. 
Devedor A 20/06 vencimento 
Credor B 
DEVE $ 500,00 NÃO PAGA 
500,00 
NÃO COBRA 
PRESCRIÇÃO Todas as defesas (exceções) que “B” 
teria contra “A”, prescreveramjuntamente com a pretensão
(prescreveu juntamente com a
prescrição do direito de ação). 
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Situação 2) Agora “B” ------- deve a ------- “A”: ou seja, 
posteriormente, “B” pede emprestado um dinheiro a “A”: No 
vencimento, não houve pagamento por parte de “B”. 
“A”, cobra, exige seu crédito. 
“B” pode alegar o anteriormente ocorrido? (que emprestou a ele “B”, 
e que este não pagou, e que por amizade não cobrou a dívida e
deixou esta prescrever?). 
“B” NÃO PODE ALEGAR COMO MEIO DE DEFESA O ANTERIORMENTE
OCORRIDO! Não pode ir a juízo e usar em sua defesa que: “ah! Anos 
atrás, eu te emprestei um dinheiro, você não pagou e nem te cobrei,
não intentei ação de cobrança”. 
E por que “B” não pode alegar o ocorrido anteriormente? Porque 
TODAS as DEFESAS (EXCEÇÕES) que “B” teria contra “A”, 
prescreveram juntamente com sua pretensão (prescreveu
juntamente com a prescrição do direito de ação). É isso! 
Credor A 
Devedor B 
DEVE $ 500,00 
COBRA, 
exige seu 
crédito! 
NÃO PAGA 
NÃO PODE alegar como meio de defesa o
anteriormente ocorrido (que dispensou o débito do 
amigo, que não exigiu, não cobrou a dívida) porque
TODAS as DEFESAS (EXCEÇÕES) que “B” teria contra 
“A”, prescreveram juntamente com a pretensão 
(prescreveu juntamente com a prescrição do direito de
ação). 
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TABELA DOS PRAZOS DE PRESCRIÇÃO: muito cobrado em 
concurso: prazos de prescrição. É o “calo” dos candidatos. Para
DECORAR (desculpe!!! Mas é decoreba mesmo! rsrs), fiz a tabela. 
Hipótese: Prazo: 
REGRA GERAL – Art. 205: 10 anos (A prescrição ocorre em
dez anos, quando a lei não lhe
haja fixado prazo menor). 
Única hipótese que prescreve
em 2 anos: 
Prestações alimentares
(pensão alimentícia, § 2º, art.
206) 
Única hipótese que
prescreve em 4
anos: 
Tutela (§ 4º, art.
206) 
Hipóteses que prescrevem em 1
ano: 
Hospedeiros; 
Segurado contra o segurador;
Tabeliães, auxiliares da justiça, 
serventuários judiciais, árbitros e
peritos; Credores não pagos (§
1º, art. 206). 
Hipóteses que prescrevem em 5
anos: 
Cobrança de dívidas; 
Profissionais liberais; 
Procuradores judiciais; 
Curadores e professores; 
Vencedor para haver do vencido
(vencido no processo, § 5º, art.
206) 
Por EXCLUSÃO TODAS as
demais hipóteses prescrevem em
3 anos: (§ 3º, art. 206). 
Aqui chamo a atenção apenas na
hipótese “beneficiário contra o
segurador”. Note que segurado 
contra segurador e vice versa é
hipótese de 1 ano de prescrição.
Aqui trata-se do beneficiário (as
vezes o seguro tem como
destinatário um terceiro e não a
se próprio (pai que faz seguro de
vida e põe como beneficiário
terceiros: esposa e filhos). As
bancas costumam trocar esses
prazos de prescrição. 
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Quanto aos prazos de prescrição (muito cobrados em todos o
concursos), você vai decorar assim: 
Ao final desta aula, você já vai ter que saber (até passar) que: 
 Só existe um prazo de prescrição que prescreve em 2 anos: 
prestação alimentícia. 
 Só existe um prazo de prescrição que prescreve em 4 anos: 
tutela. Não precisa saber nem o que “isso” significa. 
 Decore as hipóteses que prescrevem em 1 ano. 
 Decores as hipóteses que prescrevem em 5 anos. 
 Por EXCLUSÃO, TODAS as outras hipóteses prescrevem em 3 
anos. 
 Conclusão: você só vai decorar as hipóteses de 1 e 5 anos!
Transcrevo a lei: Art. 205. (Regra geral): A prescrição ocorre em 
dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
Art. 206. Prescreve: 
§ 1o Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres
destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento
da hospedagem ou dos alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra
aquele, contado o prazo: 
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da
data em que é citado para responder à ação de indenização proposta
pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a
anuência do segurador; 
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da
pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários
judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e
honorários; 
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que
entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado
da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas
e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de
encerramento da liquidação da sociedade. 
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a
partir da data em que se vencerem. 
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§ 3o Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; 
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas
temporárias ou vitalícias; 
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer
prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um
ano, com capitalização ou sem ela; 
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem
causa; 
V - a pretensão de reparação civil; 
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos
recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada
a distribuição; 
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por
violação da lei ou do estatuto, contado o prazo: 
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da
sociedade anônima; 
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos
sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha
sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva
tomar conhecimento; 
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à
violação; 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a
contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; 
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do
terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil
obrigatório. 
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data
da aprovação das contas. 
§ 5o Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de
instrumento público ou particular; 
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores
judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o
prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos
contratos ou mandato; 
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu 
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em juízo. 
SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO - CREDORES SOLIDÁRIOS: 
Você vai ver os trocadilhos, pegadinhas, cascas de bananas dos arts.
201, 204 e seus parágrafos. As bancas adoram esses artigos porque
sabem da dificuldade que os candidatos têm em absorver esses 
conteúdos. Mas calma!!! Iremos abordar e decorar (é isso mesmo!!
Decorar!!! Esses artigos dependem de decoreba sim!) de maneira
bem simples, através de desenhos, mapas mentais. 
Credores solidáriosA B C 
Deve a A, B e C 
Devedor X
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores 
solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for
indivisível. REGRA DO SSS (três S). 
Regra 1: Suspensa a prescrição em favor de 
um dos credores solidários (C) 
NÃO APROVEITA aos outros credores 
solidários (A e B). 
Regra 2: SÓ APROVEITA aos outros credores 
solidários (A e B) se a obrigação for
indivisível. 
Obrigação indivisível 
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Só para você compreender melhor: 
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA 
A indivisibilidade diz respeito ao
OBEJTO da obrigação. Uma coisa
(bem) é indivisível quando ela
não puder ser dividida sem
prejuízo do todo, como por
exemplo, o cavalo. 
Pela solidariedade, o credor
poderá ser exigir a totalidade da
dívida. 
Art. 201 – veja o exemplo: supondo que ocorra uma das hipóteses
dos arts. 197, 198 ou 199 (suspensão da prescrição): devedor se
casa com a credora solidária. 
A constância da sociedade conjugal suspende o prazo de prescrição. A
regra é a de que havendo credores solidários e ocorrendo a
suspensão da prescrição, a suspensão NÃO aproveita aos outros
credores. SÓ aproveita aos outros credores solidários se a obrigação
for indivisível. Imagine que a obrigação do devedor seja a de
entregar um cavalo da raça quarto de milha ou manga larga. 
Como o cavalo é indivisível (não pode ser dividido), nesse caso fica
também suspensa a prescrição para os outros credores solidários. 
Note que o CC NÃO disciplina o caso de suspensão da prescrição com
credores comuns (sem solidariedade entre eles), ao contrário do que
faz com a interrupção da prescrição: 
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO – CREDORES COMUNS E 
CREDORES SOLIDÁRIOS: 
Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não
aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada
contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais
coobrigados. 
Regra dos 3 S: S de Suspensão; S de credor Solidário e S de SÓ.
Na suspensão da prescrição com credor solidário = SÓ suspende se
a obrigação for indivisível. 
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Credores Comuns (NÃO há solidariedade entre eles): 
A B C 
Credores Solidários: 
A B C 
Regra 1: Interrompida a prescrição por um 
dos credores comum (C) 
NÃO APROVEITA e aos outros credores 
comuns (A e B). E NÃO PREJUDICA aos
codevedores ou seus herdeiros. 
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos
outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor
solidário envolve os demais e seus herdeiros. 
Regra 1: Interrompida a prescrição por um 
dos credores Solidários (C) 
APROVEITA aos outros credores solidários (A 
e B). 
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Devedores solidários 
E F G G Herdeiros H I J K 
SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO 
Art. 201 CREDOR SOLIDÁRIO:
Só existe 1 (uma) regra (e
sempre se refere a credor
solidário): 
Art. 204, § 1o CREDOR
SOLIDÁRIO: 
Regra: Suspensão da
prescrição (para um) NÃO
APROVEITA aos OUTROS 
A interrupção por um dos
credores solidários
APROVEITA AOS OUTROS 
Exceção: Suspensão SÓ
APROVEITA aos OUTROS se a
OBRIGAÇÃO for INDIVISÍVEL 
Art. 204. CREDOR COMUM: 
A interrupção da prescrição
por um credor NÃO APROVEITA
AOS OUTROS. 
Art. 204, § 2o DEVEDOR
SOLIDÁRIO: 
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor 
solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão 
(salvo) quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 
A interrupção contra um dos
herdeiros do devedor solidário 
c
o
n
t
r
a
Não prejudica os outros
herdeiros (H, I e J), salvo se
a obrigação for indivisível. 
Não prejudica
os outros
devedores (E
e F), salvo se
a obrigação
for indivisível. 
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A interrupção contra um dos
herdeiros do devedor
solidário NÃO prejudica os
outros herdeiros, salvo se a
obrigação for indivisível. 
A interrupção contra um dos
herdeiros do devedor
solidário NÃO prejudica os
outros devedores, salvo se a
obrigação for indivisível. 
Você ainda lembra da questão 01? 
Questão 01. (ESAF/Receita Federal/Auditor Fiscal da Receita
Federal/2009) Assinale a opção correta. 
a) A pendência de ação de evicção não é causa suspensiva da
prescrição. 
b) As causas impeditivas da prescrição são as circunstâncias que
impedem que seu curso inicie, por estarem fundadas no status da
pessoa individual ou familiar, atendendo razões de confiança,
parentesco, amizade e motivos de ordem moral. 
c) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr
contra o seu sucessor a título universal ou singular. 
d) As partes podem aumentar ou reduzir prazo prescricional. 
e) A incapacidade absoluta não impede a prescrição. 
Comentários: 
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser
apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da
respectiva sentença definitiva. 
§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor
(locatário, inquilino) PREJUDICA o fiador. 
Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer
interessado. 
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A alternativa “a” e “e” estão erradas: Art. 198. Também não corre a 
prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3º 
(absolutamente) e Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
III - pendendo ação de evicção. Tanto a incapacidade absoluta
quanto a pendência de ação de evicção impedem/suspendem o prazo
prescricional. 
A alternativa “b” está correta. As causas impeditivas da prescrição
são as circunstâncias que impedem que seu curso inicie, por estarem
fundadas no status da pessoa individual ou familiar (cônjuges,
ascendentes, descendentes, tutores, curadores), atendendo razões de
confiança, parentesco, amizade e motivos de ordem moral. 
A alternativa “c” está errada. Art. 196. A prescrição iniciada contra
uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. 
A alternativa “d” está errada. Art. 192. Os prazos de prescrição
não podem ser alterados por acordo das partes. 
Gabarito: b 
Questão 02. (Analista de Controle/Área Jurídica/TCE/PR/dez/2011)
Interrompe-se a prescrição 
a) durante a demora que tiverem as repartições públicas no estudo
do direito pleiteado pelos particulares. 
b) pelo casamento entre devedor e a credora. 
c) se sobrevier incapacidade absoluta ou relativa ao credor. 
d) durante o período no qual o servidor público estiver trabalhando 
em país estrangeiro no exercício de seu cargo ou função. 
e) pelo protesto cambial. 
A questão aborda a interrupção do prazo prescricional. Conforme
você aprendeu os casos de interrupção do prazo prescricional estão
estampados no art. 202 do Código Civil, que assim dispõe: Art. 202.
A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma
vez, dar-se-á: I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que
ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma
da lei processual; II - por protesto, nas condições do inciso
antecedente; III - por protesto cambial; IV - pela apresentação do 
título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora odevedor; VI -
por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe
reconhecimento do direito pelo devedor. Parágrafo único. A
prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que
a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. 
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SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO 
Contempla PESSOAS:
cônjuges, ascendentes,
descendentes, tutelados,
curatelados, incapazes
(absolutamente), ausentes do 
País em serviço público da União,
dos Estados ou dos Municípios;
pessoas que se acharem
servindo nas Forças Armadas, em
tempo de guerra. 
As hipóteses de interrupção
NÃO contemplam PESSOAS
(cônjuges, ascendentes,
descendentes, ausentes, etc.).
Cuidado para as questões do 
tipo: O prazo de prescrição entre
os cônjuges é interrompido
durante a constância da
sociedade conjugal (errada).
Falou em “pessoa” NÃO é caso de 
interrupção! 
Contempla FATOS: condição
suspensiva; não vencido o
prazo; pendendo ação de
evicção. Decore os três fatos
(condição suspensiva, evicção e
não vencimento do prazo). Os
outros fatos são causas de
interrupção! 
TODAS as hipóteses contemplam
ATOS/FATOS (despacho do juiz,
protesto, ato inequívoco, etc.). 
A suspensão da prescrição
poderá ocorrer tantas vezes
quantas ocorram as hipóteses. 
A interrupção da prescrição 
somente poderá ocorrer uma vez 
Cessada a causa que suspendeu
a prescrição, o prazo “corre” pelo 
tempo restante; somam-se os
prazos anterior e posterior a
suspensão. 
Zera o prazo, que recomeça a
contagem do início. 
Dá pra resolver por exclusão: A alternativa “a” essa hipótese não 
existe, seja como causas de suspensão ou interrupção do prazo
prescricional. 
A alternativa “b”, o casamento (PESSOAS) é hipótese de suspensão
do prazo de prescrição. 
Na alternativa “c” SOMENTE a incapacidade absoluta (PESSOA) é
causa de suspensão do prazo prescricional. A incapacidade RELATIVA
NÃO É CAUSA DE SUPENSÃO/IMPEDIMENTO. 
A alternativa “d” está incorreta porque somente contra os ausentes
(PESSOAS) do País em serviço público da União, dos Estados ou dos
Municípios é que o prazo prescricional se suspende. 
Gabarito: e 
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Questão 03. Considere as seguintes afirmações sobre a prescrição e a
decadência: 
I – a prescrição ocorre em 15 anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor. 
II – em nenhuma hipótese o juiz pode suprir, de ofício, a alegação da
prescrição. 
III – deve o juiz conhecer, de ofício, da decadência, tanto a
convencional, quanto a estabelecida em lei. 
IV – entre as causas que interrompem a prescrição, inclui-se o
protesto, salvo o cambial. 
Pode-se afirmar que não são integralmente corretas as afirmações: 
a) I e II, somente. 
b) III e IV, somente. 
c) I, II, III, somente. 
d) I, II, III e IV. 
O item I está incorreto. A regra geral está contemplada no art. 205:
A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor. Ou seja, se a lei não fixar o prazo de prescrição, este
será de 10 anos. 
O item II está incorreto. Vejamos: Art. 219, paragrafo quinto do
Código de Processo Civil: O juiz pode decretar de oficio a
prescrição. Este artigo revogou o art. 194 do Código Civil que previa
que o juiz não poderia decretar de ofício a prescrição. O vocábulo
“suprir”, nesse contexto, significa decretar, decretar a prescrição. 
O item III está incorreto. Vejamos o que reza o art. 210: Deve o juiz,
de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei
(legal). Veja: o juiz só pode decretar a DECADÊNCIA LEGAL, o
prazo de decadência fixado pela lei. O JUIZ NÃO PODE CONHECER
(DECRETAR) A DECADÊNCIA CONVENCIONAL (aquele prazo 
decadencial fixado por um acordo entre as partes, por exemplo, num
contrato). Está lá naquela tabela das diferenças entre a prescrição e a
decadência. 
O item IV está incorreto. O art. 202 transcrito logo acima assim
dispõe: A interrupção da prescrição, que somente poderá 
ocorrer uma vez, dar-se-á: II - por protesto, nas condições do
inciso antecedente; III - por protesto cambial. 
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O item exclui o protesto cambial como hipótese de interrupção da
prescrição. 
Gabarito: d 
Questão 04. (ESAF/2010/SMF-RJ/Fiscal de Rendas) A suspensão da
prescrição em favor de um dos credores solidários: 
a) aproveita a todos os demais credores. 
b) só aproveita àquele a que se refere, jamais se estendendo aos
demais credores. 
c) estende-se aos demais credores, quer seja a obrigação 
divisível, quer seja indivisível. 
d) estende-se aos demais credores, se a obrigação for também
indivisível. 
e) estende-se aos demais credores, se a obrigação for divisível. 
Comentário: Art. 201, CC. Suspensa a prescrição em favor de um dos
credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for 
indivisível.
SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO 
Art. 201 CREDOR SOLIDÁRIO: Art. 204, § 1o CREDOR
SOLIDÁRIO: 
Regra: Suspensão da
prescrição (para um) NÃO
APROVEITA aos OUTROS 
A interrupção por um dos
credores solidários
APROVEITA AOS OUTROS 
Exceção: Suspensão SÓ
APROVEITA aos OUTROS se a
OBRIGAÇÃO for INDIVISÍVEL 
Art. 204. CREDOR COMUM: 
A interrupção da prescrição
por um credor NÃO APROVEITA
AOS OUTROS. 
Art. 204, § 2o DEVEDOR
SOLIDÁRIO: 
A interrupção contra um dos
herdeiros do devedor
solidário NÃO prejudica os
outros herdeiros, salvo se a
obrigação for indivisível. 
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A interrupção contra um dos
herdeiros do devedor
solidário NÃO prejudica os
outros devedores, salvo se a
obrigação for indivisível. 
Gabarito: d 
Questão 05. (ESAF/2002/MPOG/Especialista em Políticas Públicas) 
Assinale a opção falsa. 
a) O juiz não pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais
se não foi invocada pelos interessados. 
b) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua correr 
contra seu herdeiro. 
c) A prescrição pode ser alegada em qualquer instância, ou fase 
do processo, pela parte a quem aproveita. 
d) Somente depois de consumada a prescrição, desde que não
haja prejuízo de terceiro, é que pode haver renúncia expressa ou
tácita por parte do interessado. 
e) As pessoas que a lei priva de administrar os próprios bens têm
ação regressiva contra os seus representantes legais, quando estes,
por dolo, ou negligência, derem causa à prescrição. 
Comentários: ATUALMENTE, HÁ DUAS LETRAS ERRADAS: Pela nova
regra de que o juiz pode conhecer de ofício a prescrição (ART. 219, §
5° DO CPC), a alternativa “a” está falsa. 
A alternativa “b” está falsa: Art. 196. A prescrição iniciada contra
uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor. 
A alternativa “c” está correta: Art. 193. A prescrição pode ser
alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem 
aproveita. 
A alternativa “d” está correta: Art. 191. A renúncia da prescrição
pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar;
tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado,
incompatíveis com a prescrição. 
A alternativa “d” está correta: Art. 195. Os relativamente incapazes e
as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a 
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alegarem oportunamente. 
Gabarito: letras “a” e “b”. 
Questão 06. (ESAF/2002/TJ-CE/Auxiliar de Administração) Assinale a
alternativa incorreta. 
a) Quem pagou dívida prescrita não pode reclamar devolução. 
b) Ainda que não invocada pelas partes, o juiz pode reconhecer,
de ofício, a prescrição de direitos patrimoniais. 
c) Não corre a prescrição contra os absolutamente incapazes. 
d) Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários,
só aproveitam os outros, se o objeto da obrigação for indivisível.
Gabarito: TODAS AS ALTERNATIVAS ESTÃO CORRETAS: ela foi
elaborada sob a vigência do Código Civil, que previa que o juiz não
poderia declara de ofício a prescrição, salvo se favorecesse a
absolutamente incapaz. 
Comentários: 
A alternativa “a” está correta: trata-se de renúncia à prescrição: Art.
191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só
valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição
se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do
interessado, incompatíveis com a prescrição. 
A alternativa “b” está correta: hoje, pela nova regra do art. 219 do
CPC, que revogou o art. 194 do CC, o juiz pode reconhecer de ofício a
prescrição: art. 219 § 5° do CPC o juiz pode conhecer de ofício a
prescrição. 
A alternativa “c” está correta: Art. 198. Também não corre a
prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o. 
A alternativa “d” está correta: 
Questão 07. (ESAF/2008/CGU/Analista de Finanças e Controle)
Aponte a opção falsa. 
a) O juiz só pode conhecer, ex officio, a decadência ex vi
voluntatis. 
b) A decadência ex vi legis, por ser de ordem pública, é
irrenunciável. 
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores 
solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for
indivisível. REGRA DO SSS (três S). 
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c) São imprescritíveis as ações que versam sobre os direitos da
personalidade. 
d) A prescrição pode ser alegada em qualquer instância ou fase do
processo, pela parte a quem aproveita. 
e) A causa suspensiva da prescrição é a circunstância que paralisa
temporariamente seu curso, de modo que, superado o fato
suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo
decorrido antes dele. 
Comentários: veja as diferenças entre a prescrição e a decadência
que tenham pertinência com a questão: 
PRESCRIÇÃO: Pode ser decretada de ofício pelo juiz
(independente de alegação das partes) – art. 219, parágrafo quinto
do CPC (revogou o art. 194 do CC). 
Somente as ações condenatórias estão sujeitas a prazos
prescricionais. 
Renúncia: Pode haver RENÚNCIA (expressa ou tácita) da
prescrição – art. 191. 
A prescrição pode ser alegada em qualquer instância (grau de
jurisdição), MAS NÃO EM QUALQUER FASE DO PROCESSO: Art. 
193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição,
pela parte a quem aproveita. Alternativa “d” está errada; é o 
gabarito. 
A causa suspensiva da prescrição é a circunstância que paralisa
temporariamente seu curso, de modo que, superado o fato
suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo
decorrido antes dele. Na interrupção, zera o prazo, que reinicia. 
DECADÊNCIA: Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da
decadência, quando estabelecida por lei (legal). 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem
aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o
juiz não pode suprir a alegação. 
Só a decadência legal é decretada de ofício pelo juiz. A
decadência convencional não pode ser decretada de ofício pelo
juiz. A parte a quem aproveita deve arguir, alegar a decadência
convencional. 
As ações constitutivas e desconstitutivas estão sujeitas ao prazo
decadencial. As ações declaratórias são imprescritíveis. Aqui é
imperioso demonstrar, que as ações referente aos direitos de
personalidade são imprescritíveis. 
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RECEITA FEDERAL – AFRF e AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT 
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Renúncia: Somente pode haver renúncia do prazo de decadência
convencional. Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada
em lei (legal). Pode haver RENÚNCIA a decadência CONVENCIONAL.
Gabarito: d 
Questão 08. (ESAF/2001/Banco Central/Analista) Considere as
afirmações abaixo. 
I. As causas que impedem, suspendem ou interrompem a
prescrição aplicam-se à decadência, ante a similitude dos institutos. 
II. O prazo prescricional é fruto de previsão legal, enquanto o
decadencial tanto pode ser legal como resultar de acordo entre as
partes. 
III. À decadência, de regra, não se aplicam as causas que
impedem, suspendem ou interrompem a prescrição, por expressa
disposição legal. 
IV. O Juiz não pode conhecer a decadência de ofício, quando ela for
convencional. Está correto APENAS o que se afirma em 
a) I e IV. 
b) I e II. 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
e)II e III.
Comentários: 
Item I, errado e Item III, certo: Art. 207. Salvo disposição legal em
contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem,
suspendem ou interrompem a prescrição. 
Item II: O prazo prescricional é fruto de previsão legal (lei), enquanto
o decadencial tanto pode ser legal (lei) como resultar de acordo
(voluntária/ ex voluntatis) entre as partes, está correta. 
Gabarito: c 
Questão 09. (ESAF/2000/TCU/Analista de Finança e Controle Externo)
Com relação à prescrição, é correto que 
a) a prescrição ocorre em 20 anos quando a lei não haja fixado
prazo menor. 
b) o Juiz não pode suprir de ofício a alegação de prescrição,
inclusive quando favorecer absolutamente incapaz. 
c) a prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr
contra o seu sucessor. 
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d) os prazos de prescrição podem ser alterados por acordo entre
as partes, diferentemente da decadência. 
e) prescreve em 5 anos a pretensão para haver prestações
alimentares, a partir da data em que se vencerem. 
Comentários: Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei
não lhe haja fixado prazo menor. 
Art. 219 § 5° do CPC o juiz pode conhecer de ofício a prescrição. 
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr
contra o seu sucessor. 
Os prazos de prescrição e os da decadência legal NÃO podem ser
alterados por acordo entre as partes, diferentemente da decadência
convencional. 
Art. 206, § 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações
alimentares. ÚNICO PRAZO DE 2 ANOS. 
Gabarito: C 
Questão 10. (ESAF/2002/SRF/Técnico da Receita Federal) São
imprescritíveis as pretensões que versam sobre 
a) os bens públicos, o estado da pessoa e a cobrança de
prestações alimentares vencidas. 
b) a ação para anular inscrição do nome empresarial feita com
violação de lei ou do contrato. 
c) o estado da pessoa, os direitos da personalidade e a cobrança 
de prestações vencidas de rendas vitalícias. 
d) o direito a alimentos e a ação de reparação civil em razão de
contrafação. 
Comentários: A alternativa “a”: os bens públicos (imprescritíveis), o
estado da pessoa (imprescritíveis) e a cobrança de prestações
alimentares vencidas (prescrição): art. 206, § 2o Em dois anos, a
pretensão para haver prestações alimentares. 
A alternativa “b”: a ação para anular inscrição do nome empresarial
feita com violação de lei ou do contrato (imprescritível): Art. 1.167.
CC: Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo (imprescritível), ação
para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei
ou do contrato. 
A alternativa “c”: estado da pessoa (imprescritível), os direitos da
personalidade (imprescritível) e a

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