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Atividade Avaliativa II - Seminário Temático III
Coordenador: Prof. Ricardo Sparapan Pena
Prezado aluno, siga os passos a seguir para elaborar sua Atividade Avaliativa II
(AA2). Lembre-se das orientações em relação à formatação do texto: fonte Times New
Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5; texto justificado, em formato pdf e em 
até 5 (cinco) laudas . – destacamos que os trabalhos não enviados na formatação indicada
serão zerados. Para que não esqueça de elementos importantes da identificação do seu
trabalho, sugerimos o seguinte formato:
Disciplina: Seminário Temático III
Nome da Atividade: Atividade Avaliativa II
Nome do aluno: Rickison Luciano Pereira Da Silva
Polo: Itaocara Matrícula: 19213110198
Atividade Avaliativa II – 2022-2
Prezados alunos, para a AA2, buscamos trabalhar o conhecimento sobre os modelos de
atenção à saúde, também conhecidos como modelos assistenciais ou tecnoassitenciais em
saúde. Levando em conta o que foi visto no Módulo I, é possível relacionar a estrutura
organizacional das políticas de saúde, mais especificamente do SUS, ao modelo de atenção
cuja finalidade é promover cuidados à população garantindo a saúde como direito. Sendo
assim, a partir das leituras de Silva Junior e Alves (2007) e Gil e Maeda (s/d), EXPLIQUE o
que você entende por modelo de atenção à saúde, ENFATIZANDO a importância da
regionalização para organização dos serviços de saúde em rede. Em seguida, com base nos
textos de Carvalho et. al (2017) e Santos (2017) DISCORRA sobre o que é a regionalização
em saúde, ABORDANDO a Região de Saúde em seus aspectos organizativos.
No Brasil as Políticas Públicas de Saúde e de Assistência Social foram sendo
formuladas a partir da Constituição Federal de 1988. Até a década de 1970 o modelo de
atenção a saúde era pautado no controle de endemias (modelo sanitarista campanhista) –
fomentado pela cultura do café e pela agro-exportação. Nesse período, as pessoas que
não tinham como pagar por tratamentos de saúde tentavam assistência em dispositivos
de caridade. A medida que o contingente de trabalhadores crescia e movimentava a economia
foram surgindo equipamentos governamentais que cuidavam dessa parte da população,
segregando uma grande parte da população que estava desempregada ou subempregada.
Nesse momento temos o modelo médico previdenciário que substitui o modelo sanitarista
campanhista, pautando seu modo de atenção na prevenção de doenças de massa , fomentado
pela necessidade de gerir a qualidade e a vida do trabalhador. Nesse contexto, surgem
movimentos por todo o país – que reuniam diversas camadas da população, intelectuais,
lideranças políticas pluripartidárias, profissionais de saúde , que não somente pediam o retorno
da democracia, uma vez que estavam regidos por um golpe militar, mas também pediam que
esse retorno democrático fosse acompanhando da melhoria de vida dos cidadãos que estavam
sofrendo com desemprego crescente, aumento exponencial das desigualdades sociais e nenhum
tipo de amparo de um sistema que tratasse da saúde das pessoas de modo gratuito e universal.
O movimento que foi denominado: Reforma Sanitária. É nesse ambiente de pressão de diversos
setores sociais e precarização crescente do sistema previdenciário que se desenvolveram teses e
discussões políticas acerca das condições de saúde da população. Sendo assim, em 1986 na 8ª
Conferência Nacional de Saúde foi consenso que saúde era um direito de todos e deveria ser
viabilizada pelo Estado, corroborando para as proposições dos integrantes da Reforma
Sanitária. Com o fim da ditadura militar, foi assinada a Constituição Federal de 1988 que
marcou a criação de um Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela Lei Orgânica da
Saúde de 1990, tendo como princípios os conceitos de equidade, universalização e
descentralização. A partir de então, o conceito de saúde passa a entender o ser humano
de modo integral, com um olhar amplo, multi profissional e multicultural surgindo a
ideia de uma equipe de Saúde da Família que viabilizaria uma reorientação do modo de
cuidado para com a família e a sociedade como um todo, pensada de acordo com os
princípios supracitados. 
Nesse sentido, surgiu o Programa de Saúde da Família, que pretende um
acompanhamento de modo integral não sendo uma emergência muito menos um
ambulatório, não havendo especialistas, mas, sim um médico que de preferência seja
especialista em saúde da família. Com essa estruturação, abrem-se portas para que a
entrada do cidadão no sistema público de saúde seja feita de modo a conhecer seus
aspectos sociais, históricos e culturais, estabelecendo assim um vínculo com este que
auxilia no seu cuidado e na triagem dos serviços. O PSF então faz parte da Atenção
Primária de Saúde, porta de entrada do cidadão no sistema único de saúde.
O profissional de saúde da família diferencia-se dos diversos profissionais de
saúde por manter um vínculo e entender a lógica do território onde trabalha, de modo
que corrobora com uma visão ampla de saúde, reafirmando a noção de que a maior parte
do adoecimento de uma pessoa tem relação direta com seu modo de vida, seu meio
ambiente, seus hábitos e relações sociais.
As equipes de saúde da família estudam os aspectos físicos, biológicos, sociais e
psíquicos de seus pacientes, criando um vínculo com estes pela permanência dos
cuidados, de modo que também responsabilizam os usuários pelo seu tratamento,
verificando a soma de aspectos que podem levar o homem ao adoecimento. Cada equipe
é formada por no mínimo um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de
enfermagem e seis agentes comunitários de saúde, podendo ainda ser inserido um
dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico de higiene mental.
Desse modo pode-se delinear a definição de saúde preventiva como uma série de
ações de saúde com a finalidade de prevenir doenças e/ou seu agravamento,
compreendendo-se doença como qualquer tipo de agravo a saúde. Trabalha-se com
campanhas e programas de saúde, tendo a primeira data de início e término, possuindo
um objetivo específico de acordo com os aspectos mais determinantes de doença de
uma população e a segunda sendo ações continuadas, não havendo prazos de
encerramento, mas sim um cuidado com a promoção de saúde por meio de diversos
subterfúgios que sensibilizem a população para as doenças mais prevalecentes em seu
meio. Assim sendo, pode-se traçar uma ideia de como a estrutura do SUS se dá de
modo a priorizar um vínculo entre profissionais de saúde e seus usuários, de forma que
para além de um tratamento haja uma nova visão de saúde, integrada a realidade de cada
comunidade. Há diversas dificuldades em tratar de um sujeito único com um projeto de
intervenção coletiva, porém, a configuração de unidades de saúde divididas conforme a
lógica de um território, bem como a circulação de informações por meio de ações e
campanhas faz com que o usuário possa ser protagonista de seu tratamento.
O protagonismo é a resultante principal dos cuidados integrais e sistemáticos da
saúde. Informado sobre como os cuidados do cotidiano podem evitar doenças ou
agravos como Diabetes, Hipertensão e Câncer, doenças que preocupam o mundo por
sua prevalência o usuário tem uma visão mais ampla do que seria ser saudável e das
mudanças necessárias em sua vida a fim de vivê-la de modo benéfico e satisfatório.
Sendo de grande importância o estudo, o registro e o acompanhamento de dados pela
Saúde Preventiva, uma vez que a doença instaurada gera sofrimentos e agravos que
podem ser evitados com um diagnóstico precoce.
Em suma, para além da doença, a Política de Humanização do SUS deixa clara a
reformulação da lógica do modelo hospitalocêntrico, ao criar frentes de trabalho que aliem
vínculo, sensibilização e prevenção, aumentando nossa preocupação com políticas
econômicas que garantam um meiode vida digno a cada cidadão. 
Os desafios do Brasil nessa estruturação é capacitar seus profissionais a fim de
mantê-los atualizados, aumentar a cobertura dos PSF e criar novas unidades, sendo tal
processo acompanhado de políticas públicas que viabilizem o acesso do usuário a
condições dignas de vida, tais como: água, luz, saneamento básico, transporte público
de qualidade, lazer, entre outros fatores. Somente com uma política econômica de
enfrentamento da pobreza e de melhores condições para o trabalhador os ideais do SUS
poderiam se concretizar.
O debate atual sobre o tema da regionalização no sistema de saúde brasileiro
ganhou novo fôlego nos últimos cinco anos , tanto em decorrência da publicação pelo
governo federal de denso arcabouço normativo sobre o tema , quanto em decorrência do
grande número de estudos sobre o tema , desenvolvidos principalmente como resultado
da criação do Sistema Nacional de Saúde .
A necessidade de pensar políticas com foco regional , adequadas a uma realidade
que respeite os aspectos históricos e culturais dos processos de governança , torna - se
cada vez mais evidente , permitindo consolidar o desenvolvimento igualitário do SUS.
Nesse sentido , é fundamental aprimorar os processos de planejamento , bem como as
práticas de monitoramento e avaliação , com isso será necessário investir nas pessoas
que operam o sistema , principalmente em programas de treinamento que lhes permitam
profissionalizar a gestão do sistema . Considerando o regime federativo do Brasil , também fica
claro que a relação entre União , estados e municípios deve ser fortalecida para cumprir os
compromissos e responsabilidades associados ao processo de regionalização.
Isso exigirá mais esforço no sentido de obter maior precisão sobre o papel de
cada ente federativo na organização do sistema, em especial o papel do Estado na
coordenação da formação da rede e na identificação das ofertas e necessidades de
serviços , bem como cooperação com seus municípios. É preciso investir na transição
do modelo na oferta para outro que se baseie nas necessidades de saúde e que , além dos
serviços prestados , seja o foco a implementação de estratégias preventivas de promoção
da saúde. Regionalização é diretriz organizacional que orienta um processo de
descentralização das ações e serviços de saúde, e os processos de negociação e
pactuação entre gerentes nos níveis de governo, e para a qual os arranjos internos e a relação
política administrativa são variáveis que permeiam o planejamento a gestão e a
organização de redes de atenção à saúde.
A região de saúde é fundamental para a formação do SUS nacional , com
territórios que aglutinam municípios para atingir a escala e densidade tecnológica
necessárias para garantir a integralidade dos serviços de saúde a pelo menos 90% das
necessidades das pessoas.
Referências Bibliográficas:
1. SILVA JÚNIOR, Aluísio Gomes da.; ALVES, Carla Almeida. Modelos
Assistenciais em Saúde: desafios e perspectivas. In: M OROSINI, Marcia Valéria
G.C.; CORBO, Anamaria D’Andrea. Modelos de Atenção à Saúde da Família .
Rio de Janeiro: EPSJV: Fiocruz, 2007. p. 27-41.
2. Carvalho, Andre Luis Bonifácio de; Jesus, Washington Luiz Abreu de; Senra,
Isabel Maria Vilas Boas: Ciência & Saúde Coletiva: Regionalização no SUS:
processo de implementação, desafios e perspectivas na visão crítica de gestores
do sistema, 2017.
3. Santos, Lenir: Ciência & Saúde Coletiva: Região de saúde e suas redes de
atenção: modelo organizativo-sistêmico do SUS.
4. Costa, Ana Cleide Mineu; Oliveira, A na Emilia Figueiredo; Ferreira, Elza
Bernardes; Júnior, Eurides Florindo de Castro; Pinho, Judith Rafaelle Oliveira;
Garcia, Paola Trindade; Reis, Regimarina Soares: Processo de trabalho e
planejamento em saúde. São Luís: EDUFMA, 2015
	Atividade Avaliativa II - Seminário Temático III
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