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Data: 30-01-2023 Nutricionista Silvio da Rosa Fontes: Orientações gerais adaptadas do livro: Nutrição e dietoterapia obstétrica e pediátrica. (Miwa, 2018). GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS • VERSÃO RESUMIDA (Ministério da Saúde, 2021) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida.pdf Resumo de orientações gerais para lactantes LEITE MATERNO: O PRIMEIRO ALIMENTO Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses. A recomendação é que as crianças sejam amamentadas até dois anos de idade ou mais. E, enquanto a criança estiver em amamentação exclusiva, ou seja, até os 6 meses de vida, nenhum outro tipo de alimento precisa ser oferecido: nem líquidos, como água, água de coco, chá, suco ou outros leites; nem qualquer outro alimento, como frutas, verduras, papinha e mingau. Mesmo em regiões secas e quentes, não é necessário oferecer água às crianças alimentadas somente com leite materno, pois ele possui toda a água necessária para a hidratação nesse período. Em dias quentes, a criança poderá querer mamar com mais frequência para matar a sede. A oferta de outros alimentos antes dos seis meses para as crianças que estão sendo amamentadas, além de desnecessária, pode ser prejudicial, porque aumenta o risco de a criança ficar doente e pode interferir na absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, como o ferro e o zinco. Além disso, em geral a criança só está madura para receber outros alimentos em torno dos seis meses. O leite materno é o alimento completo e ideal para lactentes, devido aos seus aspectos nutricionais, imunológicos, cognitivos, econômicos e afetivos, e, dessa forma, há um consenso mundial sobre os benefícios do aleitamento materno. Com isso, o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e, a partir dessa idade, a criança deverá iniciar a alimentação complementar. Durante a amamentação a nutriz sente muito mais fome e sede. Isso porque durante o processo de amamentação o corpo demanda de mais energia para produção de leite. Segundo orientações estima-se que ingestão energética adicional para a nutriz é de 500 Kcal por dia. Além disso, a necessidade de proteínas, vitaminas e minerais está aumentada na nutriz, para garantir que seus depósitos não sejam totalmente utilizados para a produção do leite materno. Dessa forma, além do aumento energético, a alimentação deve ser equilibrada, fracionada no mínimo seis vezes por dia, para manter uma regularidade na concentração energética nas diferentes refeições. A seguir algumas recomendações importantes à nutriz durante o período de amamentação: - Consumo adequado de água. É importante que a nutriz mantenha sua hidratação adequada com no mínimo quatro copos de água no dia, além do consumo de verduras, frutas e legumes. Baseado nisso, é importante realizar uma educação com relação ao consumo de água, pois o consumo de outros líquidos como sucos, refrescos ou refrigerantes não são o suficiente para manter uma boa hidratação. “A produção de leite depende da frequência da sucção do bebê ou do esvaziamento da mama, enquanto o volume produzido pode sofrer influência https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida.pdf Data: 30-01-2023 Nutricionista Silvio da Rosa Fontes: Orientações gerais adaptadas do livro: Nutrição e dietoterapia obstétrica e pediátrica. (Miwa, 2018). GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS • VERSÃO RESUMIDA (Ministério da Saúde, 2021) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida.pdf do estado de hidratação materno e dos fatores psicológicos. Além disso, a composição do leite também pode variar de acordo com a dieta consumida pela nutriz” (Miwa, 2018). - A ingestão de álcool não é recomendada durante a lactação, pois, segundo alguns estudos, o etanol pode alterar a composição, o valor nutricional e o aroma do leite humano, o que leva à recusa da criança, além da diminuição dos reflexos fisiológicos da lactação e de efeitos deletérios ao lactente. - O consumo de peixe três vezes na semana, como sardinha, arenque ou salmão, garante os níveis de ácidos graxos ômega-3 no leite materno, proporcionando substratos para o desenvolvimento do sistema nervoso e retina do lactente. Esta influência foi confirmada em estudos. Os resultados, estatisticamente significantes, mostraram que o consumo de peixe favorece a concentração desses ácidos graxos no leite materno (PATIN et al.,2006). O tabagismo está associado a uma menor produção de leite, além da diminuição na concentração de gordura, redução do tempo de amamentação e também pela agressão drástica das vias áreas da nutriz e do lactente (CIAMPO, 2009) - A amamentação é parcialmente um comportamento aprendido, ou seja, não inteiramente instintivo. No começo, a mãe pode enfrentar algumas dificuldades para amamentar, as quais interferem na manutenção da amamentação, como dor, demora na descida do leite, além da pega incorreta do bebê. Com isso, são de extrema importância o apoio e as orientações adequadas para proporcionar condições essenciais para o sucesso do aleitamento e a prevenção do desmame precoce. - A resposta do sistema imunológico inicia no segundo trimestre da gestação, com maturação gradual até o completo desenvolvimento na adolescência. Portanto, o leite materno possui componentes que atuam na defesa do lactente, que são: as imunoglobulinas, fatores anti-inflamatórios e imune estimuladores, atuando especificamente contra agentes infecciosos e no crescimento celular da mucosa intestinal do bebê. - Portanto, o alimento ideal para lactentes é o leite materno, pela sua função imunológica, nutricional e emocional. Dessa forma, é importante a promoção e apoio ao processo do aleitamento materno. Porém, em casos em que não é possível a amamentação, é importante a escolha de fórmulas adequadas ao lactente, que possam suprir suas necessidades e contribuir para seu desenvolvimento. Ministério da Saúde, 2018 Alimentação da mãe durante a amamentação deve conter essencialmente alimentos in natura ou minimamente processados. No período de aleitamento materno, a mulher deve dar preferência a comidas feitas em casa e pratos que incluam alimentos naturais como frutas, legumes, verduras, arroz, feijão, carnes e ovos. Alimentos como óleos, gorduras, sal e açúcar devem ser utilizados em pequena quantidade. E bebidas estimulantes como café, chá e chimarrão podem ser consumidas com moderação. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida.pdf Data: 30-01-2023 Nutricionista Silvio da Rosa Fontes: Orientações gerais adaptadas do livro: Nutrição e dietoterapia obstétrica e pediátrica. (Miwa, 2018). GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS • VERSÃO RESUMIDA (Ministério da Saúde, 2021) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida.pdf Manual: “Dez Passos para Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos”, (2013) Passo 1: dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. Passo 2: ao completar 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. Passo 3: ao completar 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), trêsvezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno. Passo 4: a alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança. Passo 5: a alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; iniciar com consistência pastosa (papas/ purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. Passo 6: oferecer à criança diferentes alimentos por dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. É importante que, ainda que do mesmo grupo, sejam oferecidos diferentes alimentos, para contemplar todos os nutrientes. Passo 7: estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Neste passo, é reforçada a importância das frutas, verduras e legumes, além de estimular a oferta desses grupos de alimentos. Lembrando que, em média, para a criança aceitar um novo alimento, são necessárias oito a dez exposições. Passo 8: evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. Passo 9: cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados. O cuidado na preparação da alimentação do lactente é de extrema importância para evitar diarreia e morbidades nos primeiros anos de vida. Orientações: • Lavar as mãos em água corrente e sabão antes de preparar e oferecer a alimentação para a criança; • Manter os alimentos sempre cobertos; • Usar água tratada, fervida e filtrada para oferecer à criança e também para o preparo das refeições; • Não oferecer à criança sobras de alimentos da refeição anterior. Passo 10: estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. Esse passo refere-se à criança com risco de desnutrição ou com pouco ganho de peso, que apresenta pouco apetite ou também, que tenha uma doença que possa prejudicar ainda mais sua ingestão alimentar. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida.pdf
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