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HUMANIZAÇÃO EM SERVIÇOS 
DE SAÚDE 
(AULA 1) 
Profª Tania Maria Santos Pires 
2 
CONVERSA INICIAL 
O ser humano e seus significados 
Os estudos da filosofia, da teologia e da antropologia tentam durante 
séculos entender o ser humano, o que nos torna tão diferenciados na natureza, 
a origem de nossas atitudes de bondade e maldade. A compreensão do que 
significa o humano está na essência de nossas atitudes de cuidado e proteção, 
de justiça e de solidariedade. Por esse motivo, a base doutrinária da justiça está 
na filosofia, tanto quanto a fé, o que orienta o significado de ações que embasam 
nossas sociedades. 
Nas estruturas que organizam as sociedades desenvolvidas no mundo 
contemporâneo estão embutidos conceitos de cuidado, equidade, justiça social, 
com o objetivo de pautar a prestação de serviços públicos. Os serviços de saúde 
estão dentro das ações que são consideradas fundamentais e devem ser 
embasadas por esses conceitos. Mas cabe perguntar: será que sempre foi 
assim? Como e quando iniciamos a visão de cuidado com os semelhantes? 
Na tentativa de refletir sobre o tema, vamos discutir a compreensão da 
natureza humana, a relação do humano com a ética, a moral, direitos humanos 
e ainda as raízes do cuidado, que originaram as profissões da saúde. 
TEMA 1 – O SIGNIFICADO DA NATUREZA HUMANA 
Quando utilizamos o termo humanização, estamos nos referindo àquilo 
que entendemos ser próprio do ser humano, ou seja, aquilo que se relaciona à 
sua natureza ou essência. O termo humanizar nos evoca o sentimento positivo 
de que o ser humano deve ser tratado com bondade, respeito, tolerância, 
compreensão, compaixão, sobretudo quando está fragilizado pela doença. 
Nesse sentido, demonstra-se claramente uma incoerência na prática, uma vez 
que, se estamos falando de seres humanos na sua relação com outros seres 
humanos, por que haveria necessidade de se “humanizar” essas relações? 
Haveria lógica se o termo expressasse nossa relação com as outras 
espécies. Poderíamos dizer que deveríamos humanizar nosso cuidado com os 
cães, com os elefantes, com os gatos, mas não faz sentido falarmos que temos 
que humanizar o tratamento para com a espécie humana, a não ser que 
venhamos a admitir que a humanização não é algo inerente a todos os homens, 
3 
de modo natural ou parte de sua essência, mas um processo de construção, que 
forma nossa consciência ética e moral, na relação de uns com os outros. 
Como processo de construção do humano, é importante destacar que 
nem sempre as sociedades consideraram todas as pessoas “humanas”. Atribuir 
humanidade a outro significa também atribuir respeito por semelhança, e, nesse 
aspecto, de acordo com os costumes de cada época ou com os interesses 
vigentes, isso não seria vantajoso. Para agir sem solidariedade, é sempre 
necessário “desumanizar” o outro. Foi o que aconteceu na escravidão, na 
utilização das mulheres como objetos de prazer ou na exploração de crianças. 
Em outras palavras, não nascemos humanos, mas nos humanizamos no 
desenrolar da nossa vida, de acordo com a compreensão e absorção de valores 
essenciais, dos princípios doutrinários da ética e da moral que são consolidados 
em nós por meio de nossas famílias e da sociedade em que vivemos. 
1.1 Somos essencialmente bons ou somos maus por natureza? 
A filosofia estuda a natureza humana, na tentativa de explicar como 
somos na nossa essência, antes de sermos expostos aos princípios que 
norteiam a sociedade em que vivemos. Nesse sentido, alguns filósofos 
sustentam que a natureza humana é essencialmente boa, entre eles, John Locke 
(1632-1704), filósofo inglês, defensor do liberalismo. Ele diz que o homem tem o 
poder de dominar suas ações, que é essencialmente bom e se modifica ao 
inserir-se numa comunidade diante da necessidade de proteger sua propriedade 
(Sousa, 2018). 
Rousseau, filósofo francês, também entende que o homem é 
essencialmente bom, sendo corrompido quando em contato com uma sociedade 
corrompida. Rousseau busca levar o homem a entender-se como homem (Paiva, 
2007). Nesse sentido, o pensamento de Rousseau assemelha-se em essência 
ao pensamento de Sócrates. A recomendação de Sócrates é que o homem 
conheça a si mesmo, entenda-se na sua essência, perceba sua própria natureza, 
seus pensamentos e, com base nisso, perceba seu lugar no mundo e crie sua 
conduta baseada nas virtudes (Machado, 2018). 
Há aqueles que dizem o contrário, que a natureza do homem é má. Nesta 
linha de pensamento, temos a visão cristã católica sobre o pecado original. Com 
base nas afirmações de são Paulo, fomos separados de Deus em razão da 
desobediência, que se apegou à natureza humana e coloca o homem em 
4 
permanente rebelião contra Deus. Para religar o ser humano a Deus, Jesus o 
Messias foi enviado ao mundo para salvar o homem do seu pecado. Teólogos 
como Tomás de Aquino e Santo Agostinho elaboraram suas teologias sobre essa 
crença doutrinária. A reforma protestante no século XVI reforça essa teologia na 
forma mais purista, sem os dogmas católicos. 
Outros filósofos e pensadores evolucionistas entendem que o ser humano 
tem maior tendência ao mal, pelo fato de ainda estarem presentes na sua 
natureza os resquícios do predador que mata para comer e que dispõe de toda 
a natureza para seu próprio benefício. 
Apesar de todas as suas fraquezas, o ser humano conseguiu evoluir nas 
suas relações na vida comunitária e criar sistemas sociais e legais que 
estruturam a sociedade até os dias de hoje. 
TEMA 2 – ÉTICA, MORAL: A BASE DAS RELAÇÕES NAS SOCIEDADES 
HUMANAS 
Não se consegue perceber a sociedade sem os conceitos de ética e de 
moral. Os dois termos são usados com frequência no mesmo sentido, porém há 
algumas diferenças entre o significado de cada um deles. 
A palavra ética vem do grego ethos, que significa casa, moradia, origem, 
como no termo etiologia. Na filosofia, relaciona-se ao modo de ser, ao caráter. 
Diz respeito às regras que norteiam as condutas nos relacionamentos individuais 
e coletivos, baseadas no respeito, em atitudes identificadas em todas as 
sociedades dentro do que se reconhece como certo e errado (Vasquez, 1993). 
 Ao relacionar-se o termo grego ao significado da ética, vemos como o 
nosso ser, nossa forma de pensar e agir, está ligado diretamente ao nosso ethos, 
com a nossa casa (família), com a nossa origem. Em todas as sociedades, 
assassinar alguém é errado, tanto quanto o é o ato de roubar, ou apoderar-se 
ilegalmente da propriedade do outro. A ética norteia princípios inquestionáveis 
que se relacionam ao indivíduo e que se aplicam a todas as sociedades. 
A moral vem do latim morales, que se relaciona a condutas construídas 
pela sociedade ou comunidade. Relaciona-se aos costumes dos grupos sociais, 
sobre o que é considerado correto ou aceitável dentro daquela comunidade. De 
acordo com esses conceitos, a conduta moral pode variar de acordo com a 
construção social do que é certo ou errado, porém os princípios éticos não 
variam. Como exemplo cito o casamento. Em algumas culturas um homem pode 
5 
casar-se com duas mulheres, sendo isso totalmente aceito dentro da construção 
moral daquele local. Porém, mesmo podendo casar-se com mais de uma mulher, 
jamais pode ter a mulher de outro homem, porque isso seria antiético em todas 
as culturas do mundo. 
A ética e a moral relacionam-se intimamente em todas as sociedades e 
norteiam as leis e os demais regramentos para que as pessoas possam viver em 
paz, conscientes de seus limites e em busca de uma sociedade justa. 
TEMA 3 – A ÉTICA JUDAICO-CRISTÃ E SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE 
OCIDENTAL 
Por volta de 1446 a.C., um povo inicia sua caminhada pelo deserto de 
Sim, em direção ao Monte Sinai. Nesse local, Deus lhes ensinaria sua lei e as 
entregaria de forma resumida em dez quesitos, gravados em pedra. Desde 
então, os Dez Mandamentos foram divulgados ao mundo por meio do povo 
monoteísta, inicialmentechamado de Hebreu (referência ao ancestral Abraão), 
mais tarde conhecidos como judeus (referência ao ancestral Judá) e 
modernamente chamados israelenses (referência a seu pai, Israel ou Jacó). Ao 
lerem-se os livros de Levítico e Deuteronômio, onde há o detalhamento da lei 
judaica, nota-se a essência da ética que é resumida nos Dez Mandamentos. 
Posteriormente, em seus ensinos, Jesus Cristo faz menção à lei de 
Moisés, resumindo-a em dois mandamentos que representam a essência da lei: 
O amor a Deus e o amor ao próximo. Na sua explicação sobre o tema, utiliza-se 
da história de bondade e compaixão demonstradas por um homem que nasceu 
em Samaria, etnia discriminada pelos judeus, com o objetivo de evidenciar a 
insensatez e a falta de ética que, com frequência, estão camufladas nos rituais 
religiosos. 
Essa forma de ver o mundo foi a maior força do cristianismo primitivo e 
marcou o estilo de vida dos primeiros cristãos, que eram pessoas pobres em sua 
maioria, muitos eram escravos, outros eram soldados romanos. O estilo de vida 
solidário e fraterno está evidenciado no Novo Testamento, no livro de Atos, 
capítulo 4, verso 35: “Da multidão dos que creram, uma era a mente e o coração. 
Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas 
compartilhavam tudo o que tinham”. Naquele momento também houve a 
instituição da diaconia (palavra de origem grega que significa ato de servir), para 
que os pobres e necessitados, como as viúvas e órfãos, pudessem ser atendidos 
 
 
6 
e mantidos pela pequena comunidade cristã, pois os que se tornaram cristãos 
foram excluídos das sinagogas. 
A influência do pensamento cristão sobre o mundo grego da filosofia e 
sobre o mundo romano com suas leis criou as bases do direito moderno, dos 
cuidados em saúde, da assistência social e dos direitos humanos, sendo 
fundamental para a sociedade ocidental. 
TEMA 4 – O CUIDADO COM OS VULNERÁVEIS 
A motivação para se cuidar dos mais vulneráveis na sociedade tem sua 
origem em três pilares: a motivação religiosa e humanitária, a motivação social 
e comunitária e a motivação político-econômica. No mundo atual, em vários 
momentos essas três motivações se unem na execução de políticas públicas. 
No entanto, o tema do cuidado enseja um questionamento: afinal, de 
quem é de fato a responsabilidade de cuidar dos vulneráveis? 
4.1 O cuidado por razões religiosas e humanitárias 
Na Idade Média, o número de pessoas doentes e debilitadas era muito 
grande, fruto das epidemias e da falta de condições sanitárias adequadas. Os 
únicos lugares que socorriam os pobres e necessitados eram os mosteiros e as 
abadias. Nesses locais estão as origens dos cuidados paliativos, que visam dar 
conforto e apoio espiritual aos peregrinos, que vinham em busca de cura para 
seus males. 
Os hospices (palavra de origem francesa que significa hospedagem, 
hospitalidade) iniciaram-se no século IV, com os monges beneditinos, e 
posteriormente estenderam-se, abrangendo várias ordens religiosas, entre elas 
os franciscanos. O entendimento de que nada havia a ser feito para curar o 
doente, além das preces, levava o foco para a espiritualidade, os sacramentos e 
a preparação para a morte. Dessa mesma forma operaram os primeiros 
hospitais. 
4.2 O cuidado por razões sociais e humanitárias 
As experiências adquiridas com as grandes epidemias, como a peste e o 
cólera, levaram as comunidades a desenvolver o senso de preservação. O 
estabelecimento de regras de isolamento dos doentes de lepra é um exemplo 
 
 
7 
claro da visão da proteção comunitária. Mesmo na Idade Média há registros de 
ações de saúde pública incipiente, com a organização de uma estrutura 
administrativa para a prevenção de enfermidades e supervisão sanitária para a 
proteção da saúde comunitária (Rosen, 2006). 
TEMA 5 – O CUIDADO POR RAZÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS: O PAPEL 
DO ESTADO 
A partir do século XVII, uma nova visão de cuidado permeava os principais 
países da Europa. Inglaterra, França e Alemanha estavam interessadas em 
aumentar seu poder e influência no mundo. Naquele momento a seguinte 
pergunta estava sendo feita pelos monarcas e soberanos das nações que mais 
se desenvolviam no mundo: “Que rumo o governo deve seguir para aumentar o 
poder e a riqueza da nação?” “Ter uma população grande”, era a resposta 
imediata, para obter mão de obra de qualidade. Nesse caso, há que se cuidar da 
saúde da população e controlar essa população para que seja usada para os 
interesses do Estado (Rosen, 2006). 
A ideia de uma política nacional de saúde desenvolveu-se na Inglaterra, 
mobilizando diversos setores, envolvendo, além de médicos, legisladores, 
homens de negócios, matemáticos e estatísticos, com o objetivo comum de 
cuidar da população para que esta, usufruindo de boa saúde, pudesse ser cada 
vez mais produtiva desde o chão da fábrica até os grandes pensadores. 
Muda-se o foco do cuidado caritativo para o foco do desenvolvimento 
econômico. Na prática, entende-se que é muito mais lucrativo cuidar-se da 
criança para que esta não morra, mas que se desenvolva de forma saudável e 
sirva a pátria em vários aspectos, por isso, institui-se nesse momento o apoio 
financeiro às mulheres nutrizes para que amamentem seus filhos, uma vez que 
isso significava desenvolvimento para a nação e poder econômico e político. 
Essa mesma motivação trouxe as primeiras políticas públicas de saúde ao Brasil 
no início do século XX (Rosen, 2006). 
A visão econômica trouxe novas tecnologias para o cuidado, permitindo 
que o desenvolvimento científico melhorasse a qualidade de vida das pessoas, 
porém também trouxe uma divisão entre o corpo e os demais componentes do 
ser humano, o que influenciou na qualidade do cuidado integral. 
 
 
8 
NA PRÁTICA 
O Sr. José tem 75 anos. Neste momento está internado na UTI do Hospital 
Oswaldo Cruz com complicações respiratórias devido ao agravamento de um 
quadro cardíaco. Ele fez uma cirurgia de revascularização cardíaca, conhecida 
como ponte de safena. Apesar da situação, ele está consciente e percebe o 
agravamento de seu estado. 
Sua família tem vindo visitá-lo e conversou com a equipe médica que está 
cuidando dele. Eles solicitaram a presença de um pastor para fazer uma oração 
e ungir o paciente. 
Seu José também pediu a presença de uma de suas irmãs, com quem 
não conversa há bastante tempo. Eles interromperam o relacionamento há cinco 
anos em razão da disputa por uma herança de seus pais, mas seu José quer 
pedir o perdão de sua irmã, porque acha que pode vir a falecer. 
A equipe resolveu permitir um horário especial para essa visita, separado 
do horário habitual, quando os outros visitantes estão presentes, dessa forma, 
haverá mais silêncio e concentração para que se faça a oração. 
Tudo foi arranjado segundo o desejo de seu José. Sua irmã veio e eles se 
reconciliaram. No outro dia, seu José foi colocado no respirador, sedado e veio 
a falecer quatro dias depois de as situações resolvidas. 
Pense sobre a importância dos fatos que precederam a morte de seu José 
e destaque as ações que indicam qualidade e humanização do atendimento 
prestado. 
FINALIZANDO 
A humanização é a maneira de agir dentro da perspectiva das qualidades 
humanas, que são significativas nas relações dos seres humanos. Parte-se da 
premissa de que o outro, seu semelhante, é digno de respeito, de afeto, de 
solidariedade. Nem sempre todas as pessoas foram tratadas com humanidade, 
devido a interesses como ganância, conquista de poder e outras vantagens. Para 
destratar outro ser humano, é necessário desumanizá-lo, dizê-lo sem alma e, 
portanto, não merecedor de tratamento digno. Assim foi com os escravos e com 
outras pessoas que viviam à margem da sociedade. 
 
 
9 
As atitudes egocêntricas, cruéis dos homens ao longo da história levaram 
os pensadores a refletir a respeito da natureza humana, se na sua essência o 
homem seria bom ou mau.De toda forma, a sociedade, ao organizar-se, sempre cuidou dos 
desfavorecidos. Neste contexto de cuidados, destacam-se as motivações 
religiosas, a caridade dos monges no acolhimento dos pobres e doentes. O 
cuidado também ocorreu por causas sociais e de proteção comunitária, mas foi 
por razões políticas e econômicas que se estruturou como uma ação 
governamental, originando as políticas públicas de saúde. 
 
 
 
10 
REFERÊNCIAS 
FERREIRA NETO, A. Do estado de natureza ao governo civil em John Locke. 
Revista de direito público, Londrina, v. 2, n. 2, p. 75-90, maio/ago. 2007. 
MACHADO, G. M. Sócrates e o direito de pensar. Disponível em: 
<https://www.infoescola.com/filosofia/socrates-e-o-direito-de-pensar>. Acesso 
em: 16 jul. 2018. 
PAIVA, W. A. A formação do homem no Emílio de Rousseau. Revista Educação 
e Pesquisa, São Paulo, v. 33, n. 2, p. 323-333, maio/ago. 2007. 
ROSEN, G. Uma História da Saúde Pública. 3. ed. São Paulo: Hucitec – Unesp, 
2006. 
SOUSA, R. G. John Locke. Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/ciencia-politica.htm>. Acesso em: 16 
jul. 2018. 
VASQUEZ, A. S. Ética. 1. ed. São Paulo: Editora Civilização Brasileira, 1993. 
 
 
https://www.infoescola.com/filosofia/socrates-e-o-direito-de-pensar
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/ciencia-politica.htm
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