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Prévia do material em texto

Profª. Cristiane Pauli 
Prof. Douglas Azevedo 
Profª. Luciana Aranalde 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queridos alunos, 
 
Cada material da Revisão Turbo foi preparado com 
muito carinho para que você possa absorver, de forma 
rápida, conteúdos de qualidade! 
 
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso! 
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo! 
 
 
Com carinho, 
Equipe Ceisc ♥ 
 
 
 
 
3 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
 
 
 
1. Lei nº 11.101/05 
 
 
 *Para todos verem: esquema 
 
 
 1.1 Tipos de crise
 
a) Sanável: talvez, com a injeção de dinheiro, seja possível se recuperar. Pede-se 
recuperação judicial. Arts. 47,48 e 51 da LRF. 
b) Insanável: não há possibilidade de recuperação. Em alguns casos, a empresa poderá 
pedir autofalência. Art. 105 da LRF. 
 
Legitimados: empresário individual e a sociedade empresária. Não se aplica às 
sociedade simples. 
Exceções: Art. 2º da Lei 11.101/05 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade 
de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade, 
seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às 
anteriores. 
 
Recuperação 
extrajudicial
161
Recuperação 
judicial
47
Falência
75
4 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
1.2 Motivos da Falência 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
Nem sempre a pessoa jurídica começa com uma recuperação judicial. Em alguns casos, 
quando a crise já está tão aguda na empresa, não resta alternativa a não ser a falência. 
 
1.3 Ações Revocatórias 
Artigo 129 e 130 da LRF. 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
Autofalência
Art. 105, LRF
Impontualidade
Art. 94, I, LRF
Execução 
frustrada
Art. 94, II, LRF
Atos de falência
Art. 94, III, LRF
Art. 129
Não exige prova de fraude
Deve ocorrer dentro do período 
suspeito
Atos são declarados ineficazes
Hipóteses são apenas as do 129
Teoria dos atos inexistentes
Art. 130
Deve haver intenção de lesar 
credores; 
prova de fraude
Não tem um período de vincule, 
contudo, deve ser proposta em até 3 
anos contados da decretação da 
falência
Atos tornam-se revogáveis
Não possui rol taxativo
Fraude contra credores
5 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
Importante: É o artigo 99 da Lei de Falências que fala da fixação de um período suspeito, 
que é o chamado termo legal. 
 
 
 
2. Títulos de Crédito 
 
 
Atos Cambiários: Decreto-Lei nº 57.663/66. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 Endosso 
Art. 11 e seguintes da LUG. 
1) Transmissão; 
2) Garantia; 
3) Cuidar cláusula “sem garantia”; 
4) Regra: verso; 
5) Anverso: com indicação do ato. 
 
2.2 Tipo de endosso 
1) Parcial: nulo; 
2) Em preto/em branco; 
3) Caução; 
4) Mandato; 
5) Póstumo. 
 
Principais 
atos
Aval
AceiteEndosso
6 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
2.2.1 Endossos próprios 
Em branco: 
• Tradição; 
• Circula ao portador; 
• Pode ser transformado em preto; 
• Pode ser transferido em branco (não há responsabilidade). 
 
Em preto: 
• Identifica beneficiário; 
• Transmissão por endosso. 
 
2.2.2 Endossos impróprios 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
2.2.3 Endossos mandato 
Artigo 18, LUG: “Para cobrança” “valor a cobrar” “por procuração”. 
Súmula 475, STJ: responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário 
que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou 
intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas. 
Súmula 476, STJ: o endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde 
por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário. 
 
2.2.4 Endossos caução 
• Endosso pignoratício; 
Mandato
PóstumoCaução
7 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
• Art. 19, LUG; 
• “Valor em garantia” “valor em penhor”; 
• Pagamento da dívida: resgato o título. 
 
2.2.5 Endossos póstumo/tardio 
 
Art. 20. O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso 
anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois 
de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma 
cessão ordinária de créditos. 
 
• Pós protesto do título. 
• A presunção é a de que o endosso sem data foi feito antes do prazo para a realização 
do protesto. 
 
2.3 Aval 
1) Em preto; 
2) Em branco; 
3) Simultâneo (coaval); 
4) Sucessivo (aval do aval); 
5) Parcial. 
 
2.3.1 Características gerais 
• Artigo 30, LUG; 
• Vênia conjugal (art. 1.647, CC) – salvo separação absoluta; 
• Garantia pessoal prestada por terceiro; 
• Relação autônoma; 
• Responsabilidade solidária; 
• Regra: anverso. Pode no verso com indicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
2.3.2 Aval parcial 
*Para todos verem: esquema 
 
*Ver proibição do C.C. 
 (art. 897) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota
promissória
Cheque
Letra de 
câmbio
9 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
 
 
3. Introdução 
 
 
 
3.1 Empresário 
Atualmente, existe no ordenamento jurídico duas categorias que são enquadradas no 
conceito de empresário: a) o Empresário Individual; e b) a Sociedade Empresária. 
O Empresário Individual é uma pessoa natural, porém, de natureza jurídica. Como indica 
o seu próprio nome, representa um tipo empresarial onde não é admitida a existência de um 
sócio. Seu modelo já não é tão corriqueiro tendo em vista que a escolha atrai a obrigação da 
responsabilidade direta e ilimitada. Ou seja, o CPF e o CNPJ acabam interpenetrando-se. 
A responsabilidade do Empresário Individual é direta e ilimitada. O Enunciado 5 das 
Jornadas de Direito Comercial veio a indicar que primeiramente deve o Empresário responder 
com os bens da empresa, depois com os particulares. 
Conforme referido, o Art. 966 do CC conceitua o Empresário: “não se considera 
empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda 
com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa”. Isso impõe destacar que aqueles que exercem profissão intelectual 
(dentistas, contadores, médicos, advogados, professores…) não são considerados empresários 
para os fins legais. A exceção é quando o exercício da profissão constituir elemento de empresa, 
ou seja, quando exploram a profissão de forma a fazer desaparecer as características 
personalíssimas do profissional. 
O Art. 972 do CC indica que para que se possa exercer a atividade de empresário é 
necessário estar em pleno da capacidade civil e, ainda, não pode ser legalmente impedido. Um 
exemplo disso é a restrição aos magistrados, que não podem ser empresários. Não se pode 
confundir esse impedimento com a possibilidade de ser sócio/acionista que lhe é resguardada 
desde que a responsabilidade seja limitada e não exerçam cargos de administração. 
10 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
Caso aquele legalmente impedido exerça a atividade, irá responder pessoalmente pelas 
obrigações contratadas. Nesse caso, precisamos diferenciar impedimento com incapacidade. O 
Art. 974 do CC indica que “poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente 
assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo 
autor de herança”. Assim, não se pode começar uma empresaindividual sendo incapaz, contudo, 
é possível em casos de incapacidade superveniente ou incapacidade do sucessor na 
sucessão por morte que a empresa continue as atividades dessa forma. 
Como visto, o Art. 974 disciplina a questão referindo que para tanto é necessária 
autorização judicial e que nesse caso uma espécie de limitação da responsabilidade, referindo 
que "não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da 
sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela". A questão deve estar clara 
no alvará que concede a autorização. 
O legislador previu no Art. 975 que "se o representante ou assistente do incapaz for 
pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a 
aprovação do juiz, um ou mais gerentes". 
Em relação ao empresário casado, a regra do Art. 978 merece muita atenção pois refere 
textualmente que “o empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer 
que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá- 
los de ônus real”. Contudo, há que destacar-se que o Enunciado 58 das Jornadas de Direito 
Comercial que a regra apenas vale "desde que exista prévia averbação de autorização conjugal 
à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, com a 
consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no registro público". Porém, cumpre 
reforçar que pelo Código Civil esse "porém" não existe. 
O Empresário deve observar sempre a regra do Art. 979 do Código Civil, mantendo o 
arquivamento na Junta de todos os pactos e declarações antenupciais, bem como os títulos de 
doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade. 
Ainda, destaque para a previsão do Art. 980 que determina que a "sentença que decretar ou 
homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos 
a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis". 
Por fim, um empresário pode ser representado pela Sociedade Empresária, que será 
estudada com maiores detalhamentos na Seção 2. Contudo, para fins de caracterização, tem-se 
que possuir natureza jurídica de pessoa jurídica. Os sócios podem ser pessoa natural ou jurídica
11 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
e a responsabilidade dos sócios é subsidiária e limitada, ilimitada ou mista, a depender do 
tipo societário eleito. 
 
3.2 Estabelecimento Empresarial 
A primeira questão a ser pontuada é a de que Estabelecimento Empresarial não é 
sinônimo de local onde são desenvolvidas as atividades empresariais, o conceito do 
estabelecimento comercial é muito mais longo. Segundo o Art. 1.142 do Código Civil, "considera- 
se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária". Ainda, o local onde se exerce a atividade empresarial 
poderá ser físico ou virtual: 
Com isso é preciso entender que o Estabelecimento Comercial compreende tanto os bens 
de natureza material quanto imaterial, utilizados para que possa se dar o exercício da atividade 
econômica. Tem-se, portanto, um olhar à universalidade dos bens. Tanto é, que é possível ser 
realizada a venda do estabelecimento empresarial como um todo: o chamado contrato de 
trespasse conforme regulado no Art. 1.144 do Código Civil. 
Percebe-se que para que seja válido perante terceiros é necessário o seu registro e 
posterior publicação. Há que se pontuar que o Código Civil determinou diversas regras aplicáveis 
ao trespasse, tendo em vista a sua evidente importância. 
Assim, por exemplo, a regra insculpida no Art. 1.145 prevê que antes da alienação deve 
ser providenciado o pagamento dos credores ou deve ser colhida uma autorização que contenha 
o consentimento desses. Essa autorização se dá por meio de uma notificação cuja resposta deve 
dar-se em trinta dias, sob pena de ser considerada uma autorização tácita. 
Outro ponto de suma importância diz respeito à sucessão empresarial, prevista no Art. 
1.146 do CC: "o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores 
à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo 
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano (...)". Esse prazo de um ano é contado em relação 
aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
Obviamente tal regra é considerada apenas em relação às dívidas que podem ser 
negociadas, o que não se aplica no caso das dívidas de natureza tributária e trabalhista. Nesses 
casos devem ser observadas as previsões do Art. 133 do Código Tributário Nacional e do Art. 
448 da Consolidação das Leis Trabalhistas.
12 
 Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem 
 Direito Empresarial 
 
É lícito e usual que esses contratos venham com a previsão de uma cláusula de não 
concorrência. Em referência a isso, inclusive, o Art. 1.147 do Código Civil indica que “não 
havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao 
adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência”. Nada impede de ser previsto um 
prazo menor, valendo esse regramento no silêncio. 
Por fim, vale mencionar o caso de sub-rogação nos contratos de exploração, pelo Art. 
1148 do Código Civil, que indica que "salvo disposição em contrário, a transferência importa a 
sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se 
não tiverem caráter pessoal". Refere ainda que nada impede que os terceiros rescindam o 
contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, 
ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. 
 
3.3 Nome Empresarial 
O nome empresarial é o que irá identificar a pessoa jurídica perante a sociedade em todas 
as suas relações. A escolha do nome empresarial irá aparecer no ato constitutivo da sociedade, 
ou seja, ou no contrato social ou no estatuto, que posteriormente será arquivado na Junta 
Comercial. Não se confunde o nome empresarial com a marca, nome de domínio e nem com o 
nome fantasia. 
Ele deve obedecer ao princípio da novidade e da veracidade (Art. 1.158 e 1.165 do 
Código Civil). Isso quer dizer que não pode valer-se de uma expressão que não corresponda à 
realidade empresarial e, ainda, não deve utilizar-se de um registro igual ou que guarde notória 
semelhança com outro já registrado na Junta Comercial (vide Arts. 1.163 e 1.666, Código Civil). 
O nome empresarial pode ser constituído de firma ou denominação. Essa é a regra 
trazida no Art. 1.155, CC. Enquanto a firma necessita possuir um nome civil em seu núcleo 
(extenso ou abreviado), a denominação admite a inserção de qualquer expressão linguística. 
Existe uma polêmica no que diz respeito à necessidade de indicação da atividade 
empresarial. Na firma a indicação é facultativa, já na denominação em que pese haja exigência 
pelo Art. 1.158 do Código Civil, a Lei 8.934/1994 indica a desnecessidade. 
Um cuidado importante é que na sociedade limitada há a opção de escolha entre firma e 
denominação, contudo, ao final do nome deve estar incluída a palavra "limitada" ou "ltda". Caso 
essa regra não seja observada haverá responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores 
que assim utilizarem-se da firma ou denominação.
Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem 
Direito Empresarial 
 
13 
 
 
Outro importante detalhe é que a cooperativa deve utilizar-se de denominação integrando 
a palavra "cooperativa'' por extenso. Por outro lado, as sociedades anônimas devem utilizar-se 
da denominação junto do vocábulo "sociedade anônima" ou "companhia", sendo facultado 
utilizar-se da abreviatura "cia" ou "S.A.". Nada impede que o nome de um fundador ou acionista 
importante componha o nome empresarial. 
Por seu turno,as sociedades em comandita por ações podem optar, desde que acresça ao 
nome "comandita por ações". A sociedade em conta de participação também pode optar entre 
firma e denominação. 
 
*Para todos verem: quadro comparativo 
 
 
TIPO SOCIETÁRIO NOME EMPRESARIAL 
EI FIRMA OU CNPJ 
COMANDITA SIMPLES FIRMA OU CNPJ 
COMANDITA POR AÇÕES FIRMA, DENOMINAÇÃO OU CNPJ 
EM NOME COLETIVO FIRMA OU CNPJ 
LTDA FIRMA, DENOMINAÇÃO OU CNPJ 
ANÔNIMA DENOMINAÇÃO OU CNPJ 
EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO SEM REGISTRO 
 
 
4. Propriedade Industrial 
 
 
4.1 Propriedade Industrial: Patentes 
A patente consiste no direito temporário garantido pelo Estado ao titular para que possa 
explorar economicamente um dos seguintes bens: invenção e modelo de utilidade. Em outras 
palavras, quando você desenvolve um dos bens que a seguir iremos trabalhar, você possui um 
determinado tempo para, exclusivamente, usufruir desta criação derivada do seu intelecto. 
O art. 6 da LPI nos revela quem pode ser titular de uma patente (via de regra, o próprio 
autor ou seus sucessores), já o art. 7 nos introduz uma importante noção sobre a LPI: não importa 
quem foi o primeiro a criar algo, o dono será aquele que primeiro buscar a concessão da patente 
junto ao INPI – por isso, lembrem: a busca da patente é ato constitutivo do direito. 
Os artigos subsequentes nos trazem o conceito de modelo de utilidade e os requisitos da 
patente de invenção e de modelo de utilidade: 
Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem 
Direito Empresarial 
 
14 
 
 
Invenção: Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, 
atividade inventiva e aplicação industrial. 
Modelo de utilidade: Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso 
prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou 
disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em 
sua fabricação. 
Importante: Requisitos da Patentiabilidade 
1) novidade; art. 11 e 12 
2) atividade inventiva; art. 13 e 14 
3) aplicação industrial art. 15 
4) ausência de impedimentos legais (art. 18) 
 
Já o art. 10 nos ilustra o que não pode ser considerado uma invenção. São muitos 
incisos, mas associem sempre a algo derivado da criatividade humana e com aplicação prática 
na indústria. Por exemplo, descobrir algo é diferente de inventar algo. Na descoberta, o objeto já 
existia. No ato de inventar, algo novo é criado. Obras artísticas são protegidas pela lei de direitos 
autorais, e não pela LPI. Ainda, vale destacar que softwares independentes (aplicativos, por 
exemplo) são protegidos pela lei de softwares, contudo, se estivermos falando de um software 
acoplado em uma criação, esta poderá ser patenteada junto do software. 
Após concedida, a patente vigorará por: 20 anos, se for invenção, e 15 anos, se for modelo 
de utilidade. Importante atentar que o prazo passa a contar da data do depósito, ou seja, do 
dia em que houve o encaminhamento do pedido ao INPI, e não da concessão. 
Os direitos concedidos ao titular da patente encontram-se no art. 41 e subsequentes. 
Violação a estes direitos gerarão indenizações, cujo marco temporal vem previsto no art. 44 da 
LPI. 
 
4.2 Contratos de Licença 
Temos três tipos de contratos de licença: 
I – Voluntária (art. 61) – ato de vontade do autor da patente, que deseja, voluntariamente, 
licenciar outrem para realizar a exploração. Tal ato deverá ser averbado junto ao INPI para que 
produza efeitos – a contar a partir de sua publicação. Caso a parte que esteja utilizando, 
mediante licença, patente, venha a melhorá-la, tal melhoria lhe pertence (art. 63). 
II – Por oferta (64) – cuida-se de espécie de “leilão” – o titular da patente solicita ao INPI 
Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem 
Direito Empresarial 
 
15 
 
 
que este a coloque em oferta para fins de exploração. Ou seja, o INPI anuncia a oferta e em suas 
revistas no intuito de atrair interessados. 
III – Compulsória (68) – caso o titular exerça a patente de forma abusiva, ou pratique 
abuso de poder econômico (decisão administrativa do CADE), poderá ter sua patente licenciada 
de forma compulsória após decisão administrativa ou judicial. Isso significa que, em virtude da 
má utilização da patente, o ente público permite que outras empresas a utilizem, desde que 
preenchidos requisitos (legitimo interesse e capacidade de produção). O titular não deixa de ser 
dono da patente, apenas perderá a exclusividade na exploração econômica da mesma. 
Não haverá a concessão da licença compulsória caso o titular (art 69): 
I - justificar o desuso por razões legítimas; 
II - comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou 
III - justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal. 
Fala-se, ainda, em licença compulsória nos casos do art. 70, se preenchidos alguns 
requisitos cumulativamente: 
 
I - ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra (aquela 
cuja exploração depende obrigatoriamente da utilização de patente anterior. Imaginem 
uma invenção que é aplicada à uma linha de montagem recém inventada – temos duas 
patentes distintas, mas a primeira depende da segunda para funcionar) 
II - o objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à 
patente anterior; e 
III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da 
patente anterior. 
 
Por fim, há a patente compulsória nos casos de emergência nacional ou interesse público 
(art. 71). 
Nesses casos, se o titular não for capaz de suprir demanda emergencial (como uma 
epidemia, por exemplo), poderá haver a licença da patente de ofício – sem prejuízo dos direitos 
do titular. Trata-se de medida temporária para suprir alguma questão emergencial. 
 
4.3 Patente por empregado ou prestador de serviço 
Temos, como regra apresentada pelo art. 88 da LPI, que as patentes desenvolvidas 
durante a vigência do contrato de trabalho pertencem ao empregador. Isto porque é o 
empregador quem fornece os meios e recursos por meio dos quais o empregado desenvolve a 
produção intelectual que resultará na patente. A remuneração do empregado, nesses casos, é o 
próprio salário. Contudo, é importante atentarmos para um detalhe, caso o empregado 
Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem 
Direito Empresarial 
 
16 
 
 
interrompa seu contrato de trabalho: 
 
Art. 88, § 2º. Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do 
contrato a invenção ou o modelo de utilidade, cuja patente seja requerida pelo empregado 
até 1 (um) ano após a extinção do vínculo empregatício. 
 
Ainda sobre a remuneração, o empregador poderá conceder ao empregado, autor do 
invento, participação nos ganhos econômicos resultantes da exploração da patente. Tal 
participação, contudo, não conta como salário do empregado. 
Já nas hipóteses em que o empregado desenvolver algo no seu âmbito particular, sem 
utilização de recursos do empregador, a ele toca a propriedade da patente. Caso empregado e 
empregador contribuam com recursos materiais, monetários, intelectuais etc., a patente 
pertencerá a ambos. 
 
4.4 Propriedade Industrial: Patentes e Desenho Industrial 
A característica de fundo do Desenho Industrial é a sua futilidade: a alteração não amplia a 
utilidade do objeto, apenas o reveste de um aspecto diferente. Esse traço também aproxima o DI 
da obra de arte, com a diferença de que o objeto revestido de desenho industrial tem 
necessariamente função utilitária, ao contrário da arte, desprovida dessa função. 
Os requisitos do Desenho industrial são a novidade absoluta (art. 95), a originalidade (art. 
97), a aplicação industrial (art. 95) e a legalidade (art. 100). 
Já o prazo de proteção é diferente do da patente. Aqui, conforme art. 108, temos que o 
período de proteção é de 10 anos a contar da concessão, prorrogável por mais 3 períodos de5 
anos, ou seja, o mínimo é 10 anos e o máximo é 25 anos. 
 
4.5 Propriedade Industrial: Marca 
Marca é o sinal distintivo visualmente perceptível. Ou seja, é o elemento visual que serve 
para diferenciar um produto ou um serviço, facilitando muito a vida dos consumidores que 
buscam estes produtos/serviços. No Brasil, os sinais sonoros não são suscetíveis de registro 
como marca. O mesmo ocorre com características de cheiro, gosto ou tato de que se revestem 
os produtos os serviços. 
Apenas podem ser registrados como marca no INPI os sinais visualmente perceptíveis. 
Os signos não-visuais são tutelados pela disciplina jurídica da concorrência, se sua usurpação 
servir de meio fraudulento para desviar clientela. 
Revisão Turbo | 37° Exame de Ordem 
Direito Empresarial 
 
17 
 
 
4.6 Classificação das Marcas 
1) Nominativas (compostas exclusivamente por palavras, sem apresentar particular 
forma de letras); 
2) Figurativas (consistentes de desenhos ou logotipos); 
3) Mistas (palavras escritas com letras revestidas de uma particular forma, ou inseridas 
em logotipos). 
Para fins jurídicos, qualquer que seja o tipo de marca, a proteção é idêntica. 
 
4.7 Requisitos das Marcas 
1) Novidade relativa: a marca precisa ser nova dentro da sua classe, quer dizer, seu ramo 
de atividade. O INPI possui um alista com diversos segmentos mercadológicos e, ao fazer o 
registro, o titular deve especificar a qual classe o produto pertence. Assim, a marca precisa ser 
novidade dentro daquela classe, sendo perfeitamente possível marcas com o mesmo nome 
coexistirem, contanto que em segmentos distintos. 
Ex: desinfetante VEJA e revista VEJA. Não há como haver confusão entre os 
consumidores. 
2) Não colidência com marca de alto renome ou notória: a marca não pode incidir nas 
hipóteses previstas nos artigos 125 e 126 da LPI (veremos a seguir). 
3) Ausência de impedimento legal: o art. 124 da LPI apresenta um rol de diversos 
incisos apontando o que não é registrável como marca. A ideia central do artigo é, por um lado, 
proteger o consumidor, que não pode ser enganado, e, em um segundo momento, proteger o 
titular legitimo de marca e evitar que este seja prejudicado. Assim, temos incisos versando, por 
exemplo, da proibição da utilização de bandeiras na marca (o que passa a ideia de que o produto 
foi fabricado em outro país), bem como vedação de marcas muito semelhantes ou idênticas à 
marcas já registradas. 
O que é uma marca de Alto Renome? 
 
Art. 125. À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada 
proteção especial, em todos os ramos de atividade. 
 
 
• Sua eficiência e alcance extrapolam a marca originária (exorbitando o princípio da 
especialidade – proteção dentro de um ramo de atividade) 
• Para conseguir, requerer no INPI provando: 
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Direito Empresarial 
 
18 
 
 
• reconhecimento da marca por ampla parcela do público; 
• qualidade, reputação e prestígio dos produtos ou serviços; 
• grau de distintividade e exclusividade do sinal marcário. 
 
O que é uma marca Notoriamente Conhecida? 
 
Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º 
bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de 
proteção especial, independentemente de estar previamente depositada ou registrada no 
Brasil. 
 
4.8 Vigência da Marca 
O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data da 
concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos. Ou seja, diferente dos 
outros bens da propriedade industrial, a marca pode, em tese, vigorar para sempre, contanto que 
seja renovada a cada dez anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Societário 
 
 
*Para todos verem: esquema 
1.090 a 1.092, CC 
Soci 
As Sociedades Simples exercem atividades de natureza intelectual e não econômica, 
sejam científicas, literárias ou artísticas, consoante ao disposto no parágrafo único do art. 966 
do Código Civil. Devem ser registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
Atenção: A Sociedade de Advogados deve ser registrada no Conselho Seccional da OAB. 
Já as Sociedades Empresárias são aquelas que exercem atividades entendidas como 
Sociedades
Personificadas
Sociedade 
Simples
- Simples Pura: arts. 997 a 
1.038, CC.
- Em nome coletivo: arts. 
1.039 e 1.044, CC.
- Em comandita simples: art. 
1.045, CC
- Limitada: arts. 1.052 a 
1.087, CC.
- Cooperativas - arts. 1.093 
a 1.906, CC
- Sociedade Advogados: 
Estatuto da OAB 
Sociedade
Empresaria
- Em nome coletivo: arts. 1.039 e 
1.044, CC.
- Em comandita simples: art. 
1.045, CC.
- Limitada: arts. 1.052 a 1.087, 
CC.
- Comandita por ações: art. 1.090 
a 1.092, CC.
- Sociedade Anônima: Lei 
6.404/76
Não 
Personificadas
Sociedade em 
Comum
Arts. 986 a 990, CC
Em conta de 
Participação 
Arts. 991 a 996, CC
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Direito Empresarial 
 
20 
 
 
empresárias, conforme art. 966, caput, do Código Civil. Devem ser registradas no Registro 
Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais. 
 
Art. 966, CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Art. 982, CC. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que 
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); 
e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade 
por ações; e, simples, a cooperativa. 
 
5.1 Sociedade Simples - Sociedade Limitada - Sociedade Anônima 
 
 *Para todos verem: tabela 
 
 
Sociedade Limitada 
 
Sociedade Anônima 
Sociedade 
Simples 
 
 
Legislação 
Aplicável 
Arts. 1.052 a 1.087, CC 
Subsidiariamente – arts. 
997 a 1.038, CC e Lei 
S/A, quando previsto no 
Contrato Social 
Arts. 1.088 a 1.089, CC 
Lei 6.404/76 
Em caso de omissão – 
arts. 997 a 1.038, CC 
 
 
 Arts. 997 a 1.038, 
CC 
Constituição Contrato Social Estatuto Contrato Social 
 
 
 
Responsabilidade 
dos Sócios 
Responsabilidade 
subsidiária e limitada ao 
capital investido por cada 
sócio, mas todos os 
sócios respondem 
solidariamente perante 
terceiros pela 
integralização do capital. 
Responsabilidade 
limitada ao preço de 
emissões das ações 
subscritas ou adquiridas 
por cada acionista. 
Responsabilidade 
subsidiária e 
limitada na 
proporção das 
quotas, salvo se 
houver 
responsabilidade 
solidária expressa 
no contrato social. 
 
 
 Dissolução 
Dissolve-se de pleno 
direito por qualquer das 
hipóteses elencadas no 
art. 1.033, do CC e, se 
empresária, pela 
declaração de falência. 
 
 Capital Quotas Ações Quotas 
 
Atenção: a sociedade não se dissolve mais pela ausência de pluralidade de sócios em 
face da revogação do inciso IV do artigo 1.033, do CC e pela possibilidade de converter em 
Sociedade Unipessoal Limitada. 
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Direito Empresarial 
 
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5.2 Dissolução da Sociedade Anônima 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Art. 206 da LSA. Dissolve-se a companhia: 
I - de pleno direito: 
a) pelo término do prazo de duração; 
b) nos casos previstos no estatuto; 
c) por deliberação da assembléia-geral (art. 136, X); 
d) pela existência de 1 (um) único acionista, verificada em assembléia-geral ordinária, se 
o mínimo de 2 (dois) não for reconstituído até à do ano seguinte, ressalvado o disposto 
no artigo 251; 
e) pela extinção, na forma da lei, da autorizaçãopara funcionar. 
 
 
Após a dissolução, a companhia mantém sua personalidade jurídica enquanto durar a 
liquidação. 
É o liquidante que representa a companhia nesse período e é dele a capacidade de onerar 
bens móveis e imóveis, transigir, receber e dar quitações. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
Uma vez pago o passivo, o liquidante deve apresentar as contas finais. Se aprovadas as 
Extrajudicial
Quando ocorrer por meio de 
Assembleia ou Distrato
Judicial
Quando ocorrer através de processo 
judicial
Liquidação
A pedido de qualquer acionista, se os 
administradores ou a maioria de 
acionistas deixarem de promover a 
liquidação, ou a ela se opuserem.
A requerimento do Ministério Público, à 
vista de comunicação da autoridade 
competente, se a companhia, nos 30 
dias subsequentes à dissolução, não 
iniciar a liquidação ou, se após iniciá-la, 
a interrompe por mais de 15 dias.
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Direito Empresarial 
 
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contas, encerra-se a companhia e o acionista que não concordar tem 30 dias para propor a ação. 
Importante: Destaca-se que a responsabilidade do liquidante é a mesma do 
administrador, e os deveres e responsabilidade dos administradores, fiscais e acionistas 
subsistirão até a extinção da companhia. 
Importante: Assembleia Virtual – Alteração dada pela Lei n° 14.030/2021. 
 
Art. 1.080-A, CC. O sócio poderá participar e votar à distância em reunião ou em 
assembleia, nos termos do regulamento do órgão competente do Poder Executivo federal. 
Parágrafo único. A reunião ou a assembleia poderá ser realizada de forma digital, 
respeitados os direitos legalmente previstos de participação e de manifestação dos sócios 
e os demais requisitos regulamentares. 
 
Art. 121, LSA. A assembleia-geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto, 
tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as 
resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento. 
Parágrafo único. Nas companhias, abertas e fechadas, o acionista poderá participar e 
votar à distância em assembleia geral, nos termos do regulamento da Comissão de 
Valores Mobiliários e do órgão competente do Poder Executivo federal, respectivamente. 
 
5.3 Sociedade Anônima de Futebol - Lei 14.193/2021 
 
Art. 1º. Constitui Sociedade Anônima do Futebol a companhia cuja atividade principal 
consiste na prática do futebol, feminino e masculino, em competição profissional, sujeita 
às regras específicas desta Lei e, subsidiariamente, às disposições da Lei nº 6.404, de 15 
de dezembro de 1976, e da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998. 
 
O objeto social da Sociedade Anônima do Futebol poderá compreender as seguintes 
atividades (art. 1º, § 2º, Lei 14.193/2021): 
• o fomento e o desenvolvimento de atividades relacionadas com a prática do futebol, 
obrigatoriamente nas suas modalidades feminino e masculino; 
• a formação de atleta profissional de futebol, nas modalidades feminino e masculino, e 
a obtenção de receitas decorrentes da transação dos seus direitos desportivos; 
• a exploração, sob qualquer forma, dos direitos de propriedade intelectual de sua 
titularidade ou dos quais seja cessionária, incluídos os cedidos pelo clube ou pessoa 
jurídica original que a constituiu; 
• a exploração de direitos de propriedade intelectual de terceiros, relacionados ao 
futebol; 
• a exploração econômica de ativos, inclusive imobiliários, sobre os quais detenha 
direitos; 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9615consol.htm
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Direito Empresarial 
 
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• quaisquer outras atividades conexas ao futebol e ao patrimônio da Sociedade Anônima 
do Futebol, incluída a organização de espetáculos esportivos, sociais ou culturais; 
• a participação em outra sociedade, como sócio ou acionista, no território nacional, cujo 
objeto seja uma ou mais das atividades mencionadas nos incisos deste parágrafo, com 
exceção do inciso II. 
 
5.3.1 Denomiação da SAF 
Deve conter a expressão “Sociedade Anônima do Futebol” ou a abreviatura “S.A.F.” (art. 
1º, §3º, da Lei 14.193/21). 
 
5.3.2 Governança 
Na SAF, acionista controlador, individual ou integrante de acordo de controle, não poderá 
deter participação, direta ou indireta, em outra Sociedade Anônima do Futebol (art. 4º, da Lei 
14.193/2021). 
Já o acionista que detiver 10% (dez por cento) ou mais do capital votante ou total da 
Sociedade Anônima do Futebol, sem a controlar, se participar do capital social de outra 
Sociedade Anônima do Futebol, não terá direito a voz nem a voto nas assembleias gerais, nem 
poderá participar da administração dessas companhias, diretamente ou por pessoa por ele 
indicada (art. 4º, parágrafo único, da Lei 14.193/2021). 
 
5.4 Marco Legal das Startups - Lei Complementar nº 182/2021 
Uma startup é uma empresa que possui um modelo de negócios repetível e escalável, 
e que trabalha para desenvolver soluções em um cenário de incertezas. Além disso, ela 
necessita de inovação para não ser considerada uma empresa tradicional. 
Visualize os esquemas na próxima página... 
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6. Contratos Empresariais 
 
 
O cotidiano da vida empresarial deixa evidente a importância de se estabelecerem 
negócios com terceiros como meio de viabilizar a atividade econômica voltada para a satisfação 
de alguma necessidade do mercado. 
Da atividade econômica desemprenhada pela empresa surge a celebração de contratos, 
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25 
 
 
que podem ser de variados regimes jurídicos: trabalhistas, administrativos, comerciais, inclusive 
de consumo. Esse último é entendido como uma exceção na relação empresarial. 
Por se tratar, em regra, de contratos atípicos, nos contratos empresarial, se nota uma 
maior prevalência do princípio da força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda), 
embora sua criação e interpretação ainda devam seguir as regras ordinárias aplicadas aos 
contratos em geral. 
*Para todos verem: quadro comparativo 
 
*Para todos verem: esquema 
 
CONTRATO PREVISÃO 
Compra e venda mercantil Arts. 481 a 532 do CC 
Arrendamento mercantil Lei nº 6.099/1974 e Resolução 2.309/1996 do Banco 
Central 
Alienação fiduciária Arts. 1.361 a 1.368-A do CC e Lei 9.514/1997 (coisa 
imóvel) 
Locação comercial Lei nº 8.245/1991 
Factoring Não possui legislação específica 
Franquia Lei nº 13.966/2019 
Representação comercial Lei nº 4.886/1965 
Distribuição Arts. 710 a 721 do CC 
 
Concessão 
Em geral se trata de um contrato atípico (sem 
previsão), exceto nos casos de automóveis, regulados 
pela Lei 6.729/79 
Mandato Arts. 653 a 691 do CC 
Comissão Arts. 693 a 790 do CC 
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1) FGV – 2022 - OAB - XXXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
 
Pedro Laurentino deseja constituir uma sociedade limitada unipessoal cuja denominação será Padaria São Félix do 
Piauí Ltda., sediada em Teresina. A inscrição dos atos constitutivos da pessoa jurídica, ou as respectivas averbações 
de atos posteriores no registro empresarial, assegura o uso exclusivo do nome empresarial 
 
A) nos limites do estado do Piauí.  
B) nos limites do município de Teresina.  
C) em todo o território nacional. 
D) em toda a Região Nordeste.  
 
2) FGV – 2022 - OAB - XXXV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
A fisioterapeuta Alhandra Mogeiro tem um consultório em que realiza seus atendimentos mas atende, também, em 
domicílio. Doutora Alhandra não conta com auxiliares ou colaboradores,mas tem uma página na Internet 
exclusivamente para marcação de consultas e comunicação com seus clientes. 
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não se trata de empresária individual em razão do exercício de profissão intelectual de natureza científica, 
haja ou não a atuação de colaboradores. 
B) Trata-se de empresária individual em razão do exercício de profissão liberal e prestação de serviços com 
finalidade lucrativa. 
C) Não se trata de empresária individual em razão de o exercício de profissão intelectual só configurar empresa 
com o concurso de colaboradores. 
D) Trata-se de empresária individual em razão do exercício de profissão intelectual com emprego de elemento 
de empresa pela manutenção da página na Internet. 
 
3) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
As sociedades empresárias Y e J celebraram contrato tendo por objeto a alienação do estabelecimento da primeira, 
situado em Antônio Dias/MG. Na data da assinatura do contrato, dentre outros débitos regularmente contabilizados, 
constava uma nota promissória vencida havia três meses no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). O 
contrato não tem nenhuma cláusula quanto à existência de solidariedade entre as partes, tanto pelos débitos 
vencidos quanto pelos vincendos. 
Sabendo-se que, em 15/10/2018, após averbação na Junta Comercial competente, houve publicação do contrato 
na imprensa oficial e, tomando por base comparativa o dia 15/01/2020, o alienante 
 
A) responderá pelo débito vencido com o adquirente por não terem decorrido cinco anos da publicação do 
contrato na imprensa oficial. 
B) não responderá pelo débito vencido com o adquirente em razão de não ter sido estipulada tal solidariedade 
no contrato. 
C) responderá pelo débito vencido com o adquirente até a ocorrência da prescrição relativa à cobrança da nota 
promissória. 
D) não responderá pelo débito vencido com o adquirente diante do decurso de mais de 1 (um) ano da 
publicação do contrato na imprensa oficial. 
 
4) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Amambaí Inovação e Engenharia S/A obteve, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), patente 
de invenção no ano de 2013. Dois anos após, chegou ao conhecimento dos administradores a prática de atos 
violadores de direitos de patente. No entanto, a ação para reparação de dano causado ao direito de propriedade 
industrial só foi intentada no ano de 2019. 
Você é consultado(a), como advogado(a), sobre o caso. 
Assinale a opção que apresenta seu parecer. 
 
A) A reparação do dano causado pode ser pleiteada, porque o direito de patente é protegido por 20 (vinte) 
anos, a contar da data do depósito. 
B) A pretensão indenizatória, na data da propositura da ação, encontrava-se prescrita, em razão do decurso 
de mais de 3 (três) anos. 
C) A pretensão indenizatória, na data da propositura da ação, não se encontrava prescrita porque o prazo de 
5 (cinco) anos não havia se esgotado. 
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D) A reparação do dano causado não pode ser pleiteada, porque a patente concedida não foi objeto de 
licenciamento pelo seu titular. 
 
5) FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
Tibagi Verduras e Legumes Ltda. requereu sua recuperação judicial no juízo do seu principal estabelecimento, 
localizado em Apucarana/PR. Na petição inicial informou sua condição de microempresa, comprovando na 
documentação acostada seu enquadramento legal e que apresentará, oportunamente, plano especial de 
recuperação. Considerando as informações prestadas e as disposições da legislação sobre o plano especial de 
recuperação, assinale a única afirmativa correta. 
 
A) A sociedade devedora poderá oferecer aos credores quirografários, inclusive àqueles decorrentes de 
repasse de recursos oficiais, o pagamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, 
acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC, podendo propor o abatimento do valor das dívidas. 
B) O plano especial de recuperação deverá prever que o devedor realize o pagamento da primeira parcela aos 
credores sujeitos à recuperação, no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias, contados da data da 
concessão da recuperação judicial. 
C) A sociedade limitada não poderá incluir no plano especial os credores titulares de propriedade fiduciária de 
bens móveis ou imóveis, proprietários em contrato de compra e venda com reserva de domínio, que terão 
preservadas as condições contratuais e as disposições legais. 
D) Por se tratar de devedora microempresa e em razão do tratamento favorecido que lhe é dispensado, o plano 
especial de recuperação poderá ser apresentado em até 60 (sessenta) dias, contados da data do pedido de 
recuperação, admitida uma única prorrogação e por igual prazo. 
 
6) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Socorro, empresária individual, sacou duplicata de venda na forma cartular, em face de Laticínios Aguaí Ltda. com 
vencimento para o dia 11 de setembro de 2020. Antes do vencimento, no dia 31 de agosto de 2020, a duplicata, já 
aceita, foi endossada para a sociedade Bariri & Piraju Ltda. 
Considerando-se que, no dia 9 de outubro de 2020, a duplicata foi apresentada ao tabelionato de protestos para ser 
protestada por falta de pagamento, é correto afirmar que o endossatário 
 
A) não poderá promover a execução em face de nenhum dos signatários diante da perda do prazo para a 
apresentação da duplicata a protesto por falta de pagamento. 
B) poderá promover a execução da duplicata em face do aceitante e do endossante, por ser facultativo o 
protesto por falta de pagamento da duplicata, caso tenha sido aceita pelo sacado. 
C) poderá promover a execução da duplicata em face do aceitante e do endossante, pelo fato de o título ter 
sido apresentado a protesto em tempo hábil e por ser o aceitante o obrigado principal. 
D) não poderá promover a execução em face do endossante, diante da perda do prazo para a apresentação 
da duplicata a protesto por falta de pagamento, mas poderá intentá-la em face do aceitante, por ser ele o 
obrigado principal. 
 
7) FGV – 2022 - OAB - XXXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
A sociedade Corinto & Curvelo Ltda. é composta apenas por dois sócios, sendo o sócio Corinto titular de 40% do 
capital e o sócio Curvelo titular do restante. Nesta situação, a exclusão extrajudicial motivada do sócio minoritário 
de sociedade limitada poderá ser realizada pelo sócio Curvelo, independentemente de ter havido 
 
A) justa causa, ou seja, de modo discricionário.  
B) previsão no contrato de exclusão por justa causa.   
C) alteração do contrato social. 
D) reunião ou assembleia especial para esse fim.  
 
8) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Duas sociedades empresárias celebraram contrato de agência com uma terceira sociedade empresária, que 
assumiu a obrigação de, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência com as proponentes, promover, 
à conta das primeiras, mediante retribuição, a realização de certos negócios com exclusividade, nos municípios 
integrantes da região metropolitana de Curitiba/PR. 
Ficou pactuado que as proponentes conferirão poderes à agente para que esta as represente, como mandatária, na 
conclusão dos contratos. Antônio Prado, sócio de uma das sociedades empresárias contratantes, consulta seu 
advogado quanto à legalidade do contrato, notadamente da delimitação de zona geográfica e da concessão de 
mandato ao agente. 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2022-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxiv-primeira-fase
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Sobre a hipótese apresentada, considerando as disposições legais relativas ao contrato de agência, assinale a 
afirmativa correta.  
 
A) Não há ilegalidade quanto à delimitação de zona geográficapara atuação exclusiva do agente, bem como 
em relação à possibilidade de ser o agente mandatário das proponentes, por serem características do 
contrato de agência. 
B) Há ilegalidade na fixação de zona determinada para atuação exclusiva do agente, por ferir a livre 
concorrência entre agentes, mas não há ilegalidade na outorga de mandato ao agente para representação 
das proponentes. 
C) Há ilegalidade tanto na outorga de mandato ao agente para representação dos proponentes, por ser vedada 
qualquer relação de dependência entre agente e proponente, e também quanto à fixação de zona 
determinada para atuação exclusiva do agente. 
D) Não há ilegalidade quanto à fixação de zona determinada para atuação exclusiva do agente, mas há 
ilegalidade quanto à concessão de mandato do agente, porque é obrigatório por lei que o agente apenas 
faça a mediação dos negócios no interesse do proponente. 
 
9) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Anadia e Deodoro são condôminos de uma quota de sociedade limitada no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais). 
Nem a quota nem o capital da sociedade – fixado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) – se encontram 
integralizados. Você é consultado(a), como advogado(a), sobre a possibilidade de a sociedade demandar os 
condôminos para que integralizem a referida quota. Assinale a opção que apresenta a resposta correta.  
 
A) Eles são obrigados à integralização apenas a partir da decretação de falência da sociedade. 
B) Eles não são obrigados à integralização, pelo fato de serem condôminos de quota indivisa. 
C) Eles são obrigados à integralização, porque todos os sócios, mesmo os condôminos, devem integralizar o 
capital. 
D) Eles não são obrigados à integralização, porque o capital da sociedade é inferior a 100 salários mínimos. 
 
 
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Gabarito das questões: 
 
 
1 - A 2 - A 3 - D 4 - C 5 - C 6 - C 7 - D 8 - A 9 - C 
 
 
Caderno de Questões – Direito Empresarial 
Cristiane Pauli, Luciana Aranalde e Douglas Azevedo

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