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Sexualidade resumo


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Resumo do artigo “A disforia de gênero no processo transexualizador”
Nome: Caio Henrique da Luz Silva 
Nome: Evellyn Albuquerque Maciel
A identidade de gênero refere-se à maneira como alguém se sente e se apresenta para si e para os demais, podendo ser como homem, mulher ou ainda uma mescla de ambos, independentemente do sexo biológico e da orientação sexual.
Para ser considerado transexual, o indivíduo deve apresentar características anatômicas diferentes da percepção pessoal, ou seja, da sua identidade de gênero.
Somente é possível a realização de hormonioterapia e cirurgia de redesignação sexual, após o acompanhamento desses pacientes por uma equipe multidisciplinar durante dois anos. Esse procedimento é realizado com os pacientes que procuram pelo tratamento, e tem como objetivo a confirmação da real necessidade de transexualização que, por consequência, gera a redução do sofrimento psíquico. Entende-se por portador da disforia de gênero, aquele que obtém um nível de sofrimento somado à inadequação da identificação de gênero ao seu sexo biológico.
Com base nas leituras realizadas, atualmente para ser diagnosticada como uma pessoa transexual e poder dar início à hormonioterapia há pelo menos três fatores indispensáveis; sendo o desejo de viver e ser aceita como uma pessoa do sexo oposto, optando pela transição através da terapia de reposição hormonal e cirurgia; que este desejo seja persistente e acompanhe a pessoa há, pelo menos, dois anos; que a transexualidade não seja sintoma de algum transtorno mental prévio.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o tratamento transexualizador aos indivíduos que preenchem os critérios de diagnóstico para disforia de gênero, somados pelo sofrimento psíquico, que são consequências do sentimento de inadequação. É necessário apresentar um grau de sofrimento e desajuste suficientemente significativo para o enquadre no diagnóstico, somente assim o indivíduo pode ter acesso ao tratamento transexualizador que é ofertado pelo SUS.
Como descrito antes, em vários dos trabalhos utilizados como base dessa pesquisa, o transexual, transgênero ou travesti, nem sempre sinaliza o desejo do processo transexualizador. No entanto, o sofrimento para outros autodeclarados trans é significativamente importante, proporcionalmente ao desejo de realizar o processo transexualizador, mas nem sempre estes são enquadrados no diagnóstico de transtorno de gênero, algo que bloqueia a realização do procedimento na rede pública de saúde.
O desajuste que leva uma pessoa a realizar intervenções cirúrgicas de modificação no seu corpo, vão além das questões de gênero, ou seja, o sofrimento e inadequação não são normativas das questões de gênero e sim da autoeficácia que permeia a visão subjetiva de cada indivíduo.
Hipoteticamente, podemos refletir sobre a seguinte situação: se para uma mulher, a realização cirúrgica de mamoplastia é o que a fará sentir-se mais feminina e consequentemente segura, talvez para uma mulher trans a modificação seja pareada pelo mesmo sentimento, ou seja, de sentir-se mais feminina e segura. Talvez para essa mulher trans, o processo transexualizador esteja relacionado com a identificação do feminino e perpasse os valores estéticos. Por trabalharmos com hipóteses, falamos do indivíduo sendo respeitado na sua singularidade e na sua subjetividade, sem fórmulas exatas e com inúmeras possibilidades de respostas corretas ou imprecisas
A disforia de gênero é o sofrimento que pode acompanhar a incongruência entre o gênero que uma pessoa vivencia ou expressa e aquele que lhe é atribuído ao nascer. Muitas pessoas transexuais sofrem quando são incapazes de receber o tratamento por meio de hormônios e/ ou cirurgia. O sentimento de estar "no corpo errado" causa desconforto e um senso de inadequação em relação a seu gênero atribuído. Isso tudo pode gerar uma angústia e desencadear um transtorno, além de interferir na maneira de viver no cotidiano, como na escola, faculdade ou no trabalho ou durante atividades sociais, também pode resultar na automutilação, trazendo ainda mais dor ao indivíduo. 
É importante salientar que, o problema clínico é a disforia e não a identidade de gênero da pessoa. 
Relacionando a profissão do psicólogo nesses casos, podemos dizer diálogo entre a psicologia e a psiquiatria se torna crescente, à medida que a psicologia tem de se haver com questões de sexo e gênero, e de participar diretamente do processo cirúrgico de mudança de sexo, sendo o psicólogo parte fundamental na equipe envolvida nesse processo pré e pós cirúrgico. 
Referencia: 
Claro, Clariana, and Sabrina Cúnico. “A DISFORIA de GÊNERO NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR.” Psicologia: Formação Profissional, Desenvolvimento E Trabalho, vol. 1, no. 169, 4 Oct. 2022, pp. 169–176, www.atenaeditora.com.br/catalogo/post/a-disforia-de-genero-no-processo-transexualizador, 10.22533/at.ed.35822041014. Accessed 10 Nov. 2022.