Buscar

Faringites e amigdalites

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

 Conceito: 
 Inflamação aguda ou crônica da faringe 
(parte superior da boca que liga o nariz e a 
boca ao esôfago e à laringe), incluindo 
amígdalas (amigdalite) de diferentes 
causas. 
 Causas: 
 Viral (ex: rinovírus, adenovírus, vírus 
influenza, parainfluenza, Coxsakie 
humano, coronavírus) 
 Bacteriana (ex: estreptococos, 
Haemophilus influenzae, Moraxella 
catarrhalis) 
 Alérgica 
 Hemopoética 
 Substâncias inaladas ou aspiradas 
 Refluxo gastroesofágico 
 
 Fatores de risco 
 Alojamentos coletivos 
 Escolas, hospitais, clubes 
 Imunossupressão 
 Tabagismo 
 
 Manifestações clínicas 
 Dor de garganta (principalmente à 
deglutição) 
 Febre e calafrios 
 Salivação intensa 
 Tosse seca 
 Dificuldade à deglutição 
 Mal-estar, 
 anorexia 
 Mucosa da faringe hiperemiada e congesta 
com ou sem pontos purulentos 
 Amígdalas aumentadas de tamanho e 
hiperemiadas 
 Exsudato catarral 
 
 
 
 Faringite Viral: 
 Infecção da faringe causada por vírus 
 Altamente contagiante de pessoa pra pessoa 
 Predominante em crianças e jovens 
 O período de incubação, normalmente, é de 
2 a 5 dias. 
 O período de contágio é desde algumas 
horas antes dos sintomas até dois dias após 
o início dos sintomas. 
 
 Faringite herpética: 
 Causada pelo vírus Cosxackie humano 
 Caracteriza-se por vesículas loalizadas na 
parte posterior da faringe, amígdalas, palato 
mole e pilares amigdalianos, com fundo 
cinzento e periferia eritematosa. 
 Podem sofrer rupturas formando úlceras 
rasas. 
 
 Faringoconjutivite adenoviral: 
 Síndrome causada por adenovírus 
 Consiste em conjuntivite unilateral 
 Febre 
 Faringite exsudativa 
 Náuseas 
 Mialgia 
 
 Diagnóstico diferencial 
o Herpesvírus humano (úlceras múltiplas 
nos lábios e parte anterior da boca) 
o Outros tipos de faringite: estreptocócica 
e diftérica. 
 
 Exames complementares 
o Em geral, não são necessários 
o Hemograma normal 
o Cultura de amostra de secreção da 
faringe em casos especiais. 
 
 Comprovação diagnóstica 
o Dados clínicos 
o O diagnóstico etiológico depende de 
exame laboratorial. 
 
 Tratamento 
o Alívio da dor 
o Gargarejos com água e sal 
Faringites e Amigdalites 
o Alimentação líquida ou pastosa 
o AINEs não alteram a evolução da 
doença 
o Antibióticos só são indicados quando há 
infecção bacteriana secundária, 
identificada pelo aparecimento 
desecreção purulenta. 
 
 Evolução e Prognóstico: 
o Doença autolimitada com resolução em 
3 a 5 dias. 
o Muito frequentemente ocorre infecção 
bacteriana secundária. 
 
 Faringite Estreptocócica 
 Consiste na infecção da faringe e/ou das 
amígdalas por estreptococos beta-
hemolíticos do grupo A. 
 A contaminação ocorre de pessoa pra 
pessoa 
 
 Manifestações clínicas 
o Dor de garganta espontânea e à 
deglutição 
o Febre 
o Mal-estar, 
o mialgia, cefaleia 
o Faringe hiperemiada 
o Amígdalas aumentadas, avermelhadas, 
com pontos ou placas amareladas 
o Exsudato nas amígdalas e faringe 
o Adenomegalia (submandibular e 
cervical) 
o Manchas eritematosas puntiformes, 
palidez ao redor da boca e eritema nas 
dobras flexoras (escarlatina) 
 
 Diagnóstico diferencial 
o Faringite viral 
o Faringite diftérica 
o Angina da PlautVincent 
o Angina hemopoética (agranulocitose e 
leucemia aguda) 
o Angina do sarampo (sinal de Koplik). 
 
 Exames complementares 
o Geralmente não são necessários 
o Hemograma: leucocitose com 
neutrofilia (pode ser útil para 
diagnóstico diferencial com a faringite 
viral e a hemopoética) 
o Cultura de secreção (swab) da garganta 
em casos especiais 
o Testes sorológicos em casos especiais. 
 
 Comprovação diagnóstica 
o Dados clínicos 
o O diagnóstico etiológico é sempre 
presuntivo, exceto quando se faz 
exame bacteriológico. 
 
 Complicações 
o Abscesso periamigdaliano ou 
parafaríngeo 
o Febre reumática 
o Glomerulonefrite pós-estreptocócica 
o Otite média 
o Sinusite 
o Mastoidite 
o Sepse 
o Pneumonia 
 Tratamento 
o Alívio da dor 
o Gargarejos com água e sal 
o Alimentação líquida e pastosa. 
 Tratamento medicamentoso: 
o AINEs não são indicados 
o Mesmo sem comprovação etiológica, 
administrar antibiótico quando houver 
evidência clínica de faringite ou 
amigdalite estreptocócica 
o 1a escolha: Penicilina benzatina, IM, 
1.200.000 unidades, dose única; 
o ou fenoximetilpenicilina, VO, 500.000 
unidades de 8/8 h, durante 10 dias; 
o ou amoxicilina, VO, 30 a 50 
mg/kg/dia, 8/8 h (pode ser associada ao 
ácido clavulânico); 
o ou cefalexina, VO, 30 mg/kg/dia, 8/8 
h; ou azitromicina, VO, 10 mg/kg/dia, 
1 vez/dia, durante 5 dias. 
 
 Evolução e prognóstico 
o Com tratamento adequado, cura sem 
sequelas. 
 
 Angina Fusoespiralar 
 Também conhecida como angina de 
PlautVincent, trata-se de infecção da 
faringe causada pela associação de bacilos 
espiralares (Spirochaeta dentium) e 
fusiformes (Fusobacterium plautivincenti) 
que costumam habitar essa região, 
tornando-se, porém, patogênicos quando há 
lesões locais (infecção por vírus) ou 
diminuição das defesas do organismo. 
 Manifestações clínicas 
o Febre pouco elevada 
o Dor de garganta 
o Halitose acentuada e fétida 
o Odinofagia e disfagia 
o Ulcerações na mucosa da boca e na 
faringe, inclusive nas amígdalas 
o Enfartamento ganglionar cervical 
bilateral 
o Risco de septicemia. 
 Diagnóstico diferencial 
o Faringite de outras causas 
o Mononucleose. 
 Tratamento 
o Igual ao da faringite estreptocócica. 
 
 Faringite Crônica 
 Processo inflamatório crônico da faringe 
e/ou das amígdalas. 
 
 Causas 
o Infecciosa (bacteriana) 
o Alérgica 
o Irritação crônica por secreção pós-
nasal de rinite ou rinossinusite crônica 
o Irritação química 
o Tabagismo 
o Refluxo gastresofágico. 
 
 Manifestações clínicas 
o Dor de garganta 
o Febre apenas nos episódios de 
reagudização 
o Tosse seca 
o Pigarro 
o Sensação de corpo estranho na 
garganta 
o Amígdalas hipertrofiadas com criptas 
alargadas e caseum (amígdalas de 
tamanho grande não são sinônimo de 
amigdalite crônica) 
o Na faringite crônica, observam-se 
mucosas hipertrofiadas com pontos 
amarelados. 
 
 Exames complementares 
o Hemograma 
o Antiestreptolisina O 
o Exame bacteriológico de secreção da 
garganta 
o Radiografia ou TC dos seios 
paranasais. 
 
 Diagnóstico diferencial 
o Sinusite bacteriana 
o Câncer de garganta. 
 
 
 
 Comprovação diagnóstica 
o Dados clínicos + exames 
complementares (dependendo da 
etiologia). 
 
 Complicações 
o Abscesso periamigdaliano ou 
parafaríngeo 
o Obstrução respiratória 
o Artropatia reativa. 
 
 Tratamento 
o Depende da causa 
o Parar de fumar 
o Tratamento da rinossinusite 
o Tratamento do refluxo gastresofágico. 
 
 Tratamento cirúrgico 
o Amigdalectomia em casos 
selecionados.

Continue navegando