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Patologias anel linfático de Waldeyer

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Vict�ria K. L. Card�so
Referência: Tratado de Infect�l�gia de Ver�nese
Pat�l�gias do anel linfático de
Waldeyer
Introdução
Conceito: o anel linfático de Waldeyer é o
primeiro local de encontro entre os patógenos
da área respiratória e da área digestiva -
lembrando que a frequência de encontro desses
patógenos diminui com o aumento da idade,
devido ao aumento da imunidade.
● Do conjunto dessa área, a maior
importância é das tonsilas palatinas, das
adenóides e das tonsilas linguais.
● É importante salientar que as infecções
da faringe acometem toda a mucosa e
toda a área linfóide da faringe, mesmo
que um segmento seja mais afetado que
outro, o que dá origem as tonsilites
palatinas, as adenoidites, as tonsilites
linguais e as faringites.
Faringotonsilites
inespecíficas
Conceito: trata-se de infecções virais ou
bacterianas, em que não se consegue associar o
quadro clínico com um patógeno específico.
Faringotonsilite eritematosa:
● Clínica: etiologia predominantemente
viral e sintomas que duram entre 3-6 dias
no adulto e 6-10 dias na criança - quadro
semelhante com o de odinofagia.
● Sintomatologia:
○ Indisposição geral.
○ Início súbito.
Vict�ria K. L. Card�so
○ Eritema e congestão da mucosa da
faringe - inflamação
faringotonsilar.
○ Exsudato tonsilar.
○ Dor à deglutição.
○ Cefaléia.
○ Calafrios.
○ Febre até 40*C.
○ Dores musculares.
○ Artralgia.
○ Aumento do volume dos gânglios
submandibulares.
○ Crianças: náuseas, vômitos e dor
abdominal, por conta da
proximidade entre a via
respiratória e a digestiva.
● Método diagnóstico: critérios clínicos e
epidemiológicos, seguidos de
confirmação por exames laboratoriais.
○ Padrão ouro: cultura.
○ Outro: detecção antigênica.
■ Enzimaimunoensaio,
imunoensaios ópticos e em
sondas de DNA.
● Principais agentes virais:
○ Adenovírus: causa febre baixa e
exsudato na faringe e nas tonsilas.
■ Outros agentes que
causam esse tipo de
infecção: Rinovírus e
coronavírus.
○ Vírus Epstein-Barr:
mononucleose.
○ Vírus coxsackie e herpes simples:
estomatite e faringite.
● Principais agentes bacterianos:
○ Streptococcus pyogenes,
Mycoplasma pneumoniae
(principalmente entre os 9-19
anos), Chlamydia pneumoniae,
Staphylococcus aureus,
Haemophilus sp e Moraxella
catarrhalis.
○ Esses agentes produzem uma
enzima que inativa as penicilinas,
as betalactamases, dificultando a
ação dos betalactâmicos.
● Complicações: febre reumática,
glomerulonefrite, escarlatina, infecções
invasivas e síndrome do choque tóxico.
○ Ocorre caso o agente seja o
Streptococcus pyogenes do grupo
A (bactéria), mais importante a
partir dos 3 anos, com prevalência
entre os 5 e os 15 anos.
■ Os grupos C e G do
estreptococo não causam
as complicações do grupo
A.
○ Menos frequente antes dos 3 anos,
por conta dos anticorpos IgG
Vict�ria K. L. Card�so
passados pela barreira
transplacentária.
● Diferenciação entre a etiologia viral e
bacteriana: avaliação do hemograma - se
houver leucocitose com desvio à
esquerda é bacteriano.
● Tratamento:
○ Sintomáticos: analgésicos,
antitérmicos e gargarejos com
antissépticos.
○ Gerais: repouso, hidratação e
alimentação adequada.
○ Antibióticos: primeira escolha -
penicilina; em caso de alergia -
eritromicina ou amoxacilina.
Faringotonsilites difteróides:
● Clínica: presença de pseudomembranas
que recobrem as tonsilas palatinas e os
pilares tonsilares.
● Sintomatologia:
○ Hiperemia da mucosa da faringe.
○ Dor local.
○ Hipertermia - o que não ocorre na
difteria.
● Agentes bacterianos: estreptococos que
podem coexistir com pneumococos.
● Tratamento: o mesmo das
faringotonsilites agudas.
○ Antibacteriano: penicilina.
● Complicações: abscessos tonsilar,
peritonsilar, laterofaríngeo ou
retrofaríngeo.
● Abscessos tonsilares: unilaterais no
parênquima tonsilar, pode evoluir para
uma necrose tecidual com exsudato
purulento e edema dos tecidos próximos.
○ Principal sintoma: dor à
deglutição.
○ Exame: visualização de
abaulamento na tonsila palatina.
○ Tratamento: drenagem e
antibioticoterapia.
● Abscessos peritonsilares: comum no polo
superior das tonsilas palatinas e mais
frequente em adultos.
○ Sintomas: dor intensa unilateral,
com irradiação para o ouvido,
sialorreia, dificuldade na
deglutição, voz anasalada, trismo,
febre, mal estar e calafrios.
○ Exames: abaulamento unilateral
que desloca a tonsila para a linha
média, sinais inflamatórios
intensos, edema e eritema.
○ Tratamento: drenagem e
antibioticoterapia.
Faringotonsilites específicas
Conceito: são causadas por agentes específicos e
costumam ter associação entre o agente e as
características clínicas.
Vict�ria K. L. Card�so
Faringotonsilite diftérica: presença de
pseudomembrana que recobre as tonsilas
palatinas,os pilares e a úvula.
● Sintomatologia:
○ Linfonodos submandibulares
muito aumentados.
○ (criança) Toxemia acentuada.
○ Prostração.
○ Alterações cardiovasculares e
neurológicas.
● Tratamento: quando há suspeita de
faringotonsilite diftérica, o tratamento
começa antes do resultado dos exames,
para evitar complicações.
○ Uso de soro antidiftérico com
penicilina ou eritromicina, visto
que pode ter concomitância entre
o bacilo diftérico e o estreptococo.
Faringotonsilite fusoespirilar (Plaut-Vincent):
ocorre mais em pacientes com quadros de
gengivite ou com uma higiene bucal precária -
etiologia não esclarecida.
● Etiologia: comum a associação entre o
bacilo fusiforme e o espirilo.
● Sintomatologia:
○ Disfagia.
○ Dor unilateral.
○ Sialorréia.
○ Infartamento ganglionar
submandibular.
○ Não há hipertermia.
● Evolução: entre 5-7 dias.
● Tratamento: ampicilina ou cefalosporina,
analgésicos e gargarejo com
antissépticos.
Faringotonsilites luéticas: ocorre na sífilis
primária e na secundária.
● Etiologia: Treponema pallidum - causa
características próprias.
● Clínica na fase inicial - sífilis primária:
acomete a tonsila palatina, com as
seguintes características:
○ Tonsila congesta e endurecida.
○ Úlceras rasas.
○ Presença de indulto
pseudomembranoso.
○ Odinofagia e linfadenopatia
submandibular.
● Clínica na fase secundária:
○ Congestão intensa.
○ Placas opalinas no palato mole,
nos pilares tonsilares ou nas
tonsilas.
○ Úlceras rasas e dolorosas.
● Clínica na fase terciária:
○ Lesões profundas, que atingem a
camada muscular do palato mole,
Vict�ria K. L. Card�so
dos pilares tonsilares ou da parede
posterior da faringe.
● Diagnóstico: exames laboratoriais
(bacterioscópico) nas fases primárias e
secundárias. Já na fase terciária,
realizam-se testes sorológicos,
encontrando-se os treponemas nas
lesões.
● Tratamento: penicilina benzatina.
○ Sífilis primária: com cancro duro
- 1 dose intramuscular.
○ S. secundária: com lesões
cutâneas não ulceradas e menos
de 1 ano de evolução - 2 doses com
intervalo de 1 semana.
○ S. terciária: mais de 1 ano de
evolução ou com duração ignorada
- 3 doses com 1 semana entre cada
dose.
Faringotonsilites
decorrentes de doenças
infecciosas
Pode ocorrer nas seguintes doenças:
● Sarampo: faringotonsilite do tipo
eritematoso e sinal de Koplik.
● Escarlatina: manifestações cutâneas,
hipertermia, faringotonsilite eritematosa
intensa de cor avermelhada e pode ter
lesões ulceronecróticas.
○ Tratamento: sintomáticos com
antitérmicos, analgésicos e
antissépticos locais e com
antibioticoterapia (penicilina).
● Febre tifóide: faringotonsilite
eritematosa, com ulceração no pilar
anterior da tonsila palatina.
● Faringotonsilite da febre reumática:
eritema, congestão, edema da mucosa da
faringe, indulto pultáceo, linfadenite
cervical, hipertermia e mau estado geral.
○ Tratamento: sintomáticos e
penicilina ou eritromicina.
● Herpangina - faringotonsilite por
coxsackie A: mais comum em criança,
causa dor de garganta, febre baixa,
cefaléia, vômito e dor abdominal.
○ Tratamento: sintomático.
● Faringotonsilite por adenovírus: farinite
do tipo eritematosa com linfadenite, febre
e disfagia. Pode ocorrer em
concomitância com conjuntivite.
○ Tratamento: sintomático.
● Doença mão-pé-boca: mais comum em
criançasaté 5 anos e causa lesões
ulcerovesiculares no palato duro, na
língua, na mucosa gengival, na faringe e
na tonsila.
○ Tratamento: sintomático.
● Febre aftosa: lesões na mucosa
orofaringe, congestão, vesículas que
rompem dando aftas, inapetência,
vômitos, cefaléias e indisposição.
Vict�ria K. L. Card�so
○ Tratamento: sintomático.
● Mononucleose infecciosa: astenia
acentuada, temperatura irregular,
cefaleia, mal-estar, fígado ou baço
aumentado.
○ Tratamento: sintomático.

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