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Pediatria IVAS eralmente autolimitadas, duram cerca de 1 semana Resfriado Comum rinossinusite viral aguda, nasofaringite viral aguda, rinofaringite viral aguda Infecção viral mucosa nasal, seios paranasais e nasofaringe sem associação com outras condições respiratórias Nos primeiros 5 anos de vida 6 – 8 resfriados/ano (se em creche: 10 a 12 resfriados/ano) Etiologia Rinovírus Outros coronavírus, influenza, parainfluenza, VSR Clínica Coriza nos 2 primeiros dias é hialino, depois torna-se purulenta (pegadinha de prova, perguntam se por causa da coriza purulenta é necessário antibióticoterapia) Obstrução nasal, espirros, roncos, dor de garganta, hiperemia de mucosas Tosse predominantemente noturna (gotejamento pós nasal) Febre (febre alta isolada não significa complicação bacteriana) os sintomas iniciam-se 2 dias após a inoculação do vírus em infecções por rinovírus ou coronavírus e 5 dias por VSR ↳ os sintomas tendem a durar 5 dias, mas podem chegar a 10 Tratamento ATB não oferecem benefício inicial ⦁ Antipiréticos → dipirona, paracetamol (NÃO PODE USAR AAS) → se influenza ou varicela + AAS aumenta o risco de síndrome de reye = encefalopatia + disfunção hepática) ⦁ Desobstrução nasal lavagem com solução salina fisiológica Não usar medicamentos desnecessários (antitussígenos, mucolíticos, descongestionantes nasais) (essa parte cai bastante em prova) Como evitar a doença lavagem de mão, vacinação! ↳ a vacina contra o parainfluenza é segura e imunogênica entre 6 e 18 meses Rinossinusite aguda Inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais ⦁ aguda: sintomas < 4 semanas ⦁ subaguda: 4-12 semanas ⦁ crônica: > 12 semanas Etiologia Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis Clínica → dificuldade de diferenciar entre viral e bacteriana ↳ importante: evitar uso excessivo de ATB ⦁ sintomas nasais (congestão/obstrução), tosse, odinofagia, petéquias no palato ↳ a tosse normalmente é complicação de IVAS ⦁ secreção nasal começa hialina, mas pode evoluir para mais espessa a purulenta, revertendo para hialina novamente → a maioria não tem febre, mas se houver, ocorre no inicio da doença e acompanha cefaleia e mialgia ↳ desaparecem em 24-48 → os sintomas respiratórios duram ± 5-10 dias, sendo o pico com 3-6 e regridem a partir daí Na bacteriana, ocorre rinorreia purulenta persistente, tosse noturna persistente, dor em face, halitose, dura ≥ 10 dias sem sinal de melhora ↳ surgimento de sintomas graves ou febre alta (>39°C), secreção nasal purulenta ou dor facial por 3-4 dias seguidos do inicio. Evolução bifásica: paciente inicia quadro tipicamente viral por 5-6 dias, obtem melhora inicial e piora em seguida, com novo aparecimento de febre, cefaleia ou aumento da secreção nasal DIAGNÓSTICO É CLINICO NÃO pedir RX Exame de imagem não responde se inflamação no seio é viral ou bacteriana Exceções imunodeprimidos Tratamento Pode-se prescrever ATB para sinusite bacteriana aguda se quadro grave ou piora do mesmo ↳ TA ≥ 39°C + secreção nasal purulenta ≥ 3 dias consecutivos ↳ piora do quadro de IVAS Nesses casos, pode-se oferecer à família a opção de observar por 3 dias e, se não melhorar ou piorar, iniciar ATB ou iniciar ATB de cara. ↳ avaliar: grau de gravidade dos sintomas, qualidade de vida do paciente, uso recente de ATB, experiencias anteriores, custo do ATB, persistência e/ou complicações. QUAL ATB: ⦁ ≤ 2 anos, não complicada, quadro leve a moderado e não fez uso de ATB nas últimas 4 semanas: amoxicilina 45 mg/kg/dia, 12/12h ⦁ comunidades de alta prevalência para Streptococcus pneumoniae: 80-90 mg/kg/dia, 12/12h (max.: 2g/dose) ⦁ doença moderada a grave e/ou < 2 anos, que frequenta creche, usou ATB nas ultimas 4 semanas: amoxicilina + clavulanato (80-90 mg/kg/dia de amox + 6,4 mg/kg/dia de clavulanato) Faringoamigdali te aguda - inflamação das estruturas faríngeas com eritema, edema e exsudato farígeo, úlceras e vesículas. Etiologia e quadro clínico → maioria < 3 anos é viral ⦁ Parainfluenza, influenza, coronavírus → quadro leve, com sintomas de tosse e coriza ⦁ adenovírus → faringoamigdalite exsudativas com adenomegalia por até 7 dias ⦁ Streptococcus β-hemolítico A é a bactéria mais comum diagnóstico diferencial difícil → exige swab para teste rápido de detecção do Ag do S. β-hemolítico A ↳ em crianças e adolescentes o teste rápido negativo deve ser confirmado com cultura ↳ se houver características claramente virais não precisa de swab → rinorreia, tosse, rouquidão Tratamento Se for viral, é conduta expectante, se for bacteriana é ATB: ⦁ penicilina ou amoxicilina > cefalosporina de 1ª geração > clindamicina ou claritromicina > azitromicina OMA Complicação mais frequente do resfriado comum ⦁ Infecção bacteriana com inflamação da orelha média Maior ocorrência em < 2 anos (menor tuba auditiva) → instalação rápida dos sinais e sintomas da inflamação Etiologia ⦁ H. influenzae (não tipável), S. pneumoniae (pneumococo), M. catarrhalis (menos frequente) ⦁ Vírus ⦁ < 8 semanas, pensar em Streptococcus B, enterobactérias gram-negativas e chlamydia → canal vaginal no parto Clínica Otalgia, febre, irritabilidade, choro, febre e dificuldade de dormir Fisiopatologia ⦁ Disfunção tubária → acúmulo de secreção no interior da orelha média → proliferação bacteriana ⦁ Orelha média se comunica com a nasofaringe pela tuba de auditiva No esfriado comum, tem inflamação da tuba auditiva por contiguidade → fica disfuncional, o que leva ao acúmulo de secreções, então a bactéria que estava na nasofaringe ao ascender ao ouvido médio se prolifera nessas secreções (meio de cultura) tornando-se em secreção purulenta ⦁ A secreção purulenta pode aumentar a pressão, levando à perfuração da membrana timpânica → otorréia Diagnóstico Otoscopia: ⦁ Normal → transparente, brilhante (reflexão do trângulo luminoso), côncava, móvel ⦁ Otoscopia pneumática → consegue visualizar se é móvel ⦁ Otoscopia alterada → opaca, hiperemiada, abaulada (+ específico), otorréia (cuidado, otorréia também é presente em paciente com otite externa) (pegadinha de prova, fala que membrana está hiperemiada, mas não é otite, tem que ter abaulamento) Tratamento ⦁ Analgésico ⦁ Avaliar antibioticoterapia → indicações (academia americana de pediatria) Indicações de antibioticoterapia ⦁ Se <6 meses tratar todos ⦁ Entre 6m e 2a tratar graves ⦁ ≥ 2a tratar graves Grave TAx ≥ 39°C / dor moderada-intensa / > 48h de doença / otorreia bilateral ⦁ Amoxicilina – 50-90 mg/dia/dia por 10 dias (alguns autores aceitam duração menor) ⦁ 2ª opção: amox-clavulanato (50mg/kg/dia + 6,5 mg/kg/dia) ⦁ 3ª opção: azitromicina 10mg/kg/dia no 1º dia e 5 mg/kg/dia nos próximos 4 dias → reavaliar se sintomas piorarem ou sem resposta ao tratamento em 48-72h ↳ considerar troca de ATB Mecanismo de resistência Hemófilo e moraxela beta lactamase Pneumo menor afinidade de PBP (penicilin binding protein) ⦁ Usar dose dobrada se < 2anos, creche, uso recente de antibióticos ⦁ Usar amoxicilina-clavulanato falha terapêutica, uso recente de antibiótico (últimos 30 dias), otite + conjuntivite (cai bastante em prova) (quem causa otite + conjuntivite é o haemophilus, o “Eyemofilo”), Complicações Otite média serosa (otite média com efusão ou otite média secretória) Efusão sem inflamação mesmo depois da inflamação a tuba auditiva as vezes demora pra retomar sua função Observação por 3 meses Após 3 meses avaliar tubo de timpanostomia (carretel) Mastoidite aguda Inflamação do periósteo no osso mastoide Sinais de inflamação retroauricular apagamento do suco retroauricular (por edema), deslocamento do pavilhão Sempre hospitalizar e iniciar antibiótico parenteral Sinusite bacteriana aguda Aguda < 30 dias Crianças < 5 anos apenas seio etmoidal e maxilar Faringite aguda Dor de garganta, benigna, autolimitada Faringite bacteriana Streptococcus beta hemolítico do grupo A (S. pyogenes) Risco de febre reumática erradicação do Streptococcus Se febre reumática não consegue evitar glomerulonefrite (depende da cepa) Mas se erradicação evita febre reumática Exames Testes rápidos verifica antígeno streptocócico alta especificidade Cultura de orofaringe mais sensível Se teste rápido positivo ATB Se teste rápido negativo cultura Se cultura positiva ATB. Se cultura negativa não usar atb Para profilaxia primaria de febre reumática pode iniciar ATB até o 9° dia da faringite bacteriana aguda Tratamento Erradicar usar penicilina (Streptococcus universalmente sensível à penicilina) com nível sérico por 10 dias Analgésico e antipirético Antibioticoterapia penicilina benzatina (dose ún ica) ou amoxicilina (10 dias) Complicações supurativas Abcesso periamigdaliano Adulto jovem História de amigdalite Disfagia / sialorreia (marcador de disfagia grave) Trismo (espasmo do pterigoide) Desvio da úvula ATB clindamicina Abcesso retrofaríngeo Complicação de qualquer IVAS < 5 anos: gânglios no espaço retrofaríngeo Febre alta e odinofagia Disfagia e sialorreia Dor à mobilização cervical (dx diferencial de torcicolo na infância) Laringotraqueít e | laringite aguda - inflamação da porção subglótica da laringe Etiologia → vírus parainfluenza (parainfluenza é aquele que não para de descer, não para na laringe, não para na traqueia, ele vai descendo) → influenza A e B e VSR Clínica ⦁ Evolução lenta → Prodromos catarrais (inicia com coriza, febrícula e tosse seca) e evolução com tosse rouca, disfonia, afonia, choro rouco e estridor inspiratório → 24-48h: tosse metálica (tosse ladrante, de cachorro por obstrução leve a grave), afonia e rouquidão, estridor Tosse metálica + afonia e rouquidão + estridor recebe o nome de crupe → persistência do quadro por 2-3 dias e regressão com 5 dias ⦁ grave: estridor intenso, tiragem supraesternal, batimentos de aletas nasais, agitação ⦁ extremos: dispneia intensa, palidez, cianose, torpor, apneia, convulsões Diagnóstico Clinico! ⦁ radiografia cervical → estreitamento da região infraglótica → sinal da torre da igreja (pouco específico) tratamento Manutenção das VA pérvias ⦁ se tem estridor em repouso → adrenalina (nebulização) imediatamente; corticoide (VO ou IM) (dexametasona) ↳ adrenalina 0,5ml/kg, max de 5 ml, não precisa diluir ↳ OBS: manter em observação por 2-3h após nebulização ⦁ Se não tem estridor em repouso apenas corticoide
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