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Infecções de vias aéreas superiores

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Luana Villafuerte – Aula + Sanar 1 
INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS 
SUPERIORES 
 Doenças ou infecções que ocorrem no trato respiratório, tanto 
superior como inferior, nas quais há a obstrução da passagem do ar, tanto a 
nível nasal quanto a nível bronquiolar e pulmonar. Elas variam desde infecções 
agudas, como pneumonias e resfriados comuns, a infecções mais graves, 
como a tuberculose. 
 As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) compreendem todas as 
infecções do trato respiratório acima da laringe, tendo como exemplo o 
resfriado comum, influenza, amigdalite e rinossinusite. 
• Um dos problemas mais comuns no atendimento pediátrico 
• Acontecem principalmente no inicio do outono até inicio da 
primavera 
• Gravidade da doença depende do patógeno, do meio ambiente e fatores do hospedeiro 
o Extensão da infecção viral é modulada pela idade, estado fisiológico e imunológico do paciente 
• Sintomatologia autolimitada 
• Geralmente quadros leves a moderados → mas responsáveis por alta frequência de absenteísmo, 
principalmente, escolas e trabalho 
• 0,5 a 2% das IVAS evoluem para uma rinossinusite bacteriana, e aproximadamente 90% das rinossinusites 
bacterianas são precedidas por um episódio viral. 
Na busca de serviços médicos para IVAS, o paciente pode ter várias queixas como obstrução nasal, 
rinorreia, tosse, dor de garganta, febre, cefaleia espirros e prostração, dependendo da doença envolvida. IVAS 
mais comuns: resfriado comum, gripe, amigdalite e rinossinusite. 
No exame físico destes pacientes pode ser observado desidratação leve, desânimo, coriza, 
vermelhidão/secreção ocular e na ausculta pulmonar identificar roncos (sugerem a existência de secreção nas 
vias respiratórias). 
 O que é resfriado? Doença localizada das vias aéreas superiores, especificamente cavidade nasal; ele pode 
causar sintomas LEVES sistêmicos. Tem evolução autolimitada. 
 O que é gripe? Doença sistêmica potencialmente grave causada pelo H. influenza. Pode matar. Pode evoluir 
de forma autolimitada, mas pode ter agravos clínicos importantes, principalmente em idosos e portadores de 
doenças associadas. 
 O que é rinite? Inflamação da mucosa nasal. Causa prurido, espirro, obstrução nasal e pode ter vários tipos: 
alérgica, viral (manifestações clássicas dor esfriado comum). 
. 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 2 
AMIGDALITE/FARINGITE AGUDA: 
 É a infecção aguda das amígdalas. Pode ter faringite não infecciosa (alérgica, tabagismo, exposição a ar 
seco). A principal causa é viral e autolimitada. O problema é que há uma grande sobreposição de sintomas com a 
bacteriana, principalmente pela: 
• Agente bacteriano mais comum: estreptococo beta-hemolítico do grupo A 
o Em relação a etiologia bacteriana, usualmente afeta crianças a partir dos 3 
anos, com pico de incidência entre 5 e 10 anos, podendo acometer qualquer 
idade. 
o Manifesta-se com dor de garganta intensa e abrupta, disfagia, otalgia 
reflexa, febre de intensidade variável, que pode ser acompanhada de 
queda do estado geral 
▪ edema orofaríngeo 
▪ exsudato tonsilar 
▪ adenopatia proeminente 
▪ petéquias no palato 
▪ rash escarlatiniforme → pequenas pápulas; a pele fica áspera 
o Importante o diagnóstico da amigdalite estreptocócica para diminuir risco de doença reumática e 
complicações. 
o Complicações 
▪ Não supurativas: são mais tardias, causadas por reações imunológicas 
▪ Supurativas: infecção em si 
 
Clínica: 
• Marca da doença: dor de garganta que piora ao deglutir 
o Muitas vezes referida nos ouvidos 
o Crianças ficam sem conseguir comer direito 
• Linfadenopatia 
o Cervical anterior principalmente 
• Anginas eritematosas → mais frequentes 
o Origem viral ou bacteriana 
• Pode ter: 
o Febre alta 
▪ Sugere mais etiologia bacteriana 
o Cefaleia 
o Astenia 
o Mal-estar 
o Halitose 
o Voz abafada 
o Indisposição gastrointestinal 
*geralmente não dá determinar a etiologia pela clínica. O “pulo do gato” é ver o que mais o paciente tem: 
Paciente que apresenta dor de garganta com outros sintomas respiratórios (IVAS), como coriza, obstrução nasal, 
disfonia, tosse, fadiga, conjuntivite, espirros, otalgia, desconforto em seios de face, é muito provável que seja 
portador de amigdalite viral. Vírus raramente vai direto para garganta. Algumas características virais: 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 3 
✓ Febre baixa 
✓ Adenopatia discreta 
o Quando é maior, chama mais para bacteriana 
✓ Menos pus na garganta 
o Placas de pus, maior quantidade, fala mais a favor de bactéria 
✓ Exantema viral 
No exame: 
▪ mucosa orofaríngea arroxeada 
▪ amígdalas edemaciadas e aumentadas de volume 
▪ pode ter exsudato esbranquiçado puntiforme ou confluente → se desprende facilmente da mucosa 
▪ hiperemia 
▪ adenomegalia 
 
• Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda indica muito etiologia bacteriana 
• Diagnóstico: clinico. Mas pode fazer cultura de orofaringe (padrão ouro) 
p.s.: é importante o diagnóstico correto de amigdalide estreptocócica, porque seu tratamento vai diminuir 
o risco de doença reumática. Complicações não supurativas: febre reumática, escarlatina, glomerulonefrite aguda 
e síndrome do choque tóxico. 
• Febre reumática: 2 a 3 semanas após amigdalite estreptocócica 
o Crianças entre 5 e 15 anos 
o Diagnótico: critério de JONES modificado: confirmado na presença de 2 critérios maiores ou 1 
critério maior e 2 menores, associados à evidência de infecção estreptocócica recente 
O diagnóstico é clinico, basicamente. Mas, é possível utilizar métodos para confirmação da etiologia 
estreptocócica: 
• Cultura de orofaringe → padrão ouro 
o Demora de 18 a 48 horas para sair o resultdo 
• ELISA 
*sinais de complicações: 
 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 4 
Tratamentos de suporte: analgesia, hidratação e repouso. 
Se a suspeita for forte para quadro viral → não precisa fazer teste rápido para estreptococo nem ATB. Apenas 
terapia de suporte e pedir para o paciente voltar caso não melhore em 5-7 dias. 
Se o paciente apresentar sintomas compatíveis com estreptococo e ausência de síndrome viral → fazer o 
teste microbiológico (teste rápido). Se vier positivo → aí sim tratamos com ATB. 
• Quem vamos testar? 
o Exsudato tonsilar 
o Linfadenopatia cervical anterior 
o Febre 
o Ausência de tosse 
• Na prática, alguns lugares não têm teste rápido facilmente, então não tem como testar, logo, se o paciente 
tiver clínica bem sugestiva de bacteriana, já se dá ATB. (mas essa não é a resposta da prova). 
Medicamentos: 
• AINEs 
• Analgésicos tópicos estão disponíveis como pastilhas e sprays, os ingredientes incluem benzocaína, fenol, 
lidocaína e outras substâncias 
Em etiologias bacterianas: tratamento é o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, corticoesteroides e 
antibioticoterapia. Pode ser iniciado imediatamente ou adiado até resultado da cultura (se ele for iniciado e a cultura 
vier negativa, parar o tratamento). 
• Amoxicilina é o mais usado para estreptocócica, por 7 a 10 dias 
• Penicilina benzatina em dose única intramuscular é muito boa para pacientes que não querem tratamento 
prolongado via oral 
o Alérgicos à penicilina → azitromicina 
Amigdalectomia: muito considerada se migdalite por estreptococo beta-hemolítico do grupo A recorrer 
repetidamente (> 6 episódios/ano, > 4 episódios/ano por 2 anos ou > 3 episódios/ano por 3 anos) ou se a infecção 
aguda é grave e persistente mesmo após o uso dos antibióticos. Outros critérios: 
• Distúrbios obstrutivos do sono 
• Abcesso periamigdaliano recorrente 
• Suspeita de câncer 
 
 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 5 
 
RESFRIADO COMUM: 
 É uma doença benigna, autolimitada. É uma síndrome clínica → grupo de doenças benignas autolimitadas, 
com vários tipos de vírus causadores. 
 Várias etiologias: rinovírus (mais comum), coronavirus, adenovírus, enterovírus, vírus parainfluenza, vírus 
sincial respiratório. Nãotem como saber qual é o vírus apenas pela clínica. 
 Período de incubação: 24 a 72 horas. 
 A transmissão é por contato com as mãos da pessoa infectada, pequenas gotículas (espirro e tosse), 
grandes gotículas (contato interpessoal), superfícies contaminadas. 
• Lavar as mãos, cobrir a boca e nariz ao espirrar/tossir! 
• Indivíduo pode transmitir o vírus no período entre 2 dias antes dos sintomas e 5 dias depois deles → o pico 
de transmissão é entre o segundo e terceiro dia 
Fatores de ricos: 
• Baixa idade 
• Prematuridade 
• Exposição a crianças que vão para cresches/escolinhas 
• Estresse psicológico 
• Sedentarismo pouco sono 
• Tabagismo 
• Doença crônica 
• Imunodeficiências 
• Desnutrição 
Manifestações clínicas: 
• Resposta imunológica 
• Rinite e congestão nasal → mais comuns 
o Anosmia por causa da rinite, não porque o vírus causa anosmia 
• Mal estar leve 
• Odinofagia 
o “garganta arranhando” 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 6 
o Geralmente acompanha os sintomas nasais até o 3º dia 
 
• Conjuntivite 
• Se febre, é baixa 
o Febre é incomum em adultos 
• Prurido nasal e rinorreia 
o Pode ser purulenta, verde, amarela e continuar sendo resfriado comum (isso tudo não significa que 
é bactéria) 
o Geralmente rinorreia é hialina 
• Tosse 
o Pode ser produtiva (secreção de via alta) 
o Sem crépitos 
o Começa comumente no 4º dia, quando os sintomas nasais normalmente diminuem 
• Duração geralmente de 3-10 dias 
Diagnóstico: é clínico, por história e exame físico (conjuntivite, edema de mucosa nasal, congestão nasal, 
enantema em orofaringe). Não precisa exames complementares. Não precisa ir atrás de qual é o vírus (hoje em dia 
faz exames para afastar Sars-Cov-2. 
Diagnóstico diferencial: 
• Rinite alérgica 
• Faringite 
o Tem odinofagia mais intensa, costuma poupar o nariz 
• Sinusite 
• Gripe → nela, tem: 
o Febre mais alta 
o Maior acometimento do estado geral 
o Cefaleia 
o Mialgia 
Complicações: 
• Sinusite 
• Comprometimento do trato respiratório inferior 
• Otite media aguda 
• Exacerbação de asma e DPOC 
Tratamento: 
• Doença auto limitada 
• Sintomas leves → pode não ser necessária terapia 
• Orientar o paciente 
o Orientar retorno se piorar ou se não melhorar 
• Tratar sintomáticos: 
o Analgesia: paracetamol, dipirona, AINEs 
o Associação de anti-histamínico e descongestionante nasal 
▪ Descongestionantes nasais tópicos são mais eficazes que os orais, mas uso de 
medicamentos tópicos por >3 a 5 dias pode causar congestão rebote. 
▪ Para alívio da rinorreia → anti-histamínico de 1ª geração: clorfeniramina ou brometo de 
ipratrópio intranasal 
▪ Aula: descongestionante VO é melhor → evitar descongestionante nasal 
o Cromoglicato sódico → spray nasal 
o Xaropes, spray nasal, solução salina, expectorantes → beneficio incerto 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 7 
o Antibióticos, antivirais, vitaminas → sem benefício 
▪ Vitamina C na hora do resfriado não adianta. 
 
SINUSITE/RINOSSINUSITE: 
 É a inflamação na cavidade nasal e seios paranasais. 
 O maior causador são os vírus (95%), geralmente em 
associação com resfriado comum. O principal desafio é diferenciar 
da bacteriana. 
• Isso significa que grande maioria dos pacientes não tem 
indicação para ATB 
A sinusite pode ser: 
• Aguda: <4 semanas de evolução 
o Pode ser viral, bacteriana não complicada e bacteriana complicada 
• Subaguda: 4-12 semanas 
• Crônica: >12 semanas 
• Recorrente: 4 ou mais episódios de aguda/ano 
Vamos falar da sinusite aguda aqui. 
 Fatores de risco: 
• Idosos → faixa etária mais acometida: 45-64 anos 
• Tabagismo 
• Viagem aérea 
• Exposição a mudanças de pressão atmosférica 
• Natação 
• Asma e alergias respiratórias 
• Doenças odontológicas 
• Imunodeficiência 
Fisiopatologia: grande maioria é viral (rinovírus, influenza, parainfluenza). A rinite viral acomete de forma 
secundária os seios da face. Já a sinusite bacteriana, geralmente é a complicação de um quadro viral, uma rinite 
alérgica ou obstruções nasais → bactéria infecta cavidade previamente infectada. 
 
Manifestações clinicas: 
• Congestão nasal 
• Obstrução nasal 
• Secreção nasal purulenta 
• Dor em face, sensação de “pressão em face” 
o Piora ao abaixar a cabeça 
o É pior pela manhã 
• Febre 
• Fadiga 
• Tosse 
• Hiposmia ou anosmia → devido a congestão 
• Pressão em ouvidos 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 8 
• Cefaleia 
• Edema e dor em seios da face 
• Rinorreia 
• Halitose 
• Pressão em ouvidos 
• Os sintomas de viral e bacteriana se sobrepõem → não tem critérios para distinguir com segurança. Mas o 
curso de ambas é diferente: 
o viral: autolimitada, 7-10 dias. Pode durar mais, mas com melhora. Febre é incomum e ocorre no 
inicio do quadro e melhora 
o bacteriana: >10 dias. Os sintomas podem ser mais intensos 
 Complicações: sinusite tem complicações graves, por isso, não podemos apenas despachar o paciente. Se 
não há condições de acompanhar o paciente, infelizmente teremos que administrar ATB (mas o certo é ter o 
acompanhamento antes de ATB). As complicações são raras e ocorrem em etiologia bacteriana, porque a infecção 
se estende além dos seios da face. 
 
 Diagnóstico: 
• Da rinossinusite aguda (RSA) não complicada: <4 semanas de secreção nasal purulenta + obstrução 
nasal, dor e/ou pressão na face 
o Se durar <10 dias ou os sintomas não estão piorando → RSA não complicada viral 
o Se > 10 dias ou sintomas mais intensos, com evolução de piora e “dupla piora” → RSA não 
complicada bacteriana 
• Se o paciente chegar com 5 dias de sintomas e ainda não der para dizer se é bacteriana ou viral, é indicado 
esperar mais um pouquinho antes de dar ATB 
• Não existe indicação de exames de imagem em sinusite aguda não complicada clinicamente 
diagnosticada, só em suspeita de complicações ou se for sinusite crônica ou recorrente 
o Radiografia tem baixa sensibilidade e especificidade 
▪ Não tem indicação nenhuma 
o TC é o método de escolha quando precisa de avaliação por imagem 
▪ Tem alta sensibilidade e baixa especificidade 
▪ “se quiser fazer exame, escolha TC” 
o RM tem indicação para avaliação de complicações regionais e intracraniais 
• Para o diagnóstico de sinusite bacteriana, o exame padrão ouro é a cultura de secreção do seio acometido 
por punção ou endoscopia 
o Indicados em poucos casos (recorrentes, crônicos ou de difícil resposta ao tratamento) 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 9 
 
 Tratamento: Desobstruir o seio, restabelecer a drenagem e erradicar o agente etiológico. 
• RSA viral: é autolimitada, trata só os sintomáticos 
• RSA bacteriana: pode ser autolimitada 
o Não faz ATB sempre nem para todos → avaliar 
o Em caso que há observação: ausência de melhora em 7 dias ou qualquer piora → ATB 
▪ ATB é empírico 
▪ Se melhorar com ATB, administrar por 5-7 dias 
▪ Se não melhorar ou piorar → afastar suspeita de complicações e tratar com segunda linha 
de ATB 
o Se tiver sinais de complicação → investigar 
o Corticoides sistêmicos: marina prescreve se o paciente tiver muito sintomático e se tiver usando ATB 
 
• Uteis na desobstrução: hidratação adequada, umidificação do ambiente, evitar exposição a alérgeno, 
lavagem nasal com solução salina (solução salina fisiológica ou hipertônica) 
o Descongestionantes podem ser tópicos ou orais. Os tópicos devem ser usados por no máximos 3 
dias, porque pode dar efeito rebote e rinite medicamentosa 
▪ Tópicos: cloridrato de oximetazolina, nitrato de nafazolina 
▪ Orais: cloridrato de fenilefrina; geralmente associados com anti-histamínico (diminuem a 
tosse) 
• Fitoterápicos 
o Pelargonium sidoides Extrato EPs 7630, por 5 a 7 dias 
• Sprays nasais com corticosteroide → a partir de 2 anos pode usar a mometasona 
• Se for bacteriana: amoxicilina 
o Se em 4 a 5 dias o quadro não melhorar, recomenda-se o uso de outros antibióticos de segundaopção, como amoxicilina com clavulanato de potássio, cefuroxima axetil ou cefprozil 
▪ adição de clavulanato à amoxicilina melhora a cobertura de Haemophilus influenzae 
resistente à ampicilina, bem como de Moraxella catarrhalis 
o recomendado uso do ATB por 10 a 15 dias 
 
 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 10 
OTITE MÉDIA AGUDA: 
Resumo de otite by Marina: febre + dor no ouvido + tímpano vermelho na 
otoscopia → ATB. Melhorou, ótimo. Não melhorou → complicação? → troca ATB. 
É a infecção/inflamação do ouvido médio → acúmulo de fluido no ouvido 
médio, que vira meio de cultura e gera e inflamação da mucosa. É uma das causas mais 
comuns de uso de ATB. 
Geralmente é uma infecção bacteriana. Mas, pode ter etiologia viral também, 
sendo essa muitas vezes o evento inicial. 
Fisiopatologia: obstrução da tuba auditiva → retenção de fluido → infecção por uma bactéria→ supuração. 
 Clínica: 
• Precedido de quadro de outra IVA ou rinite alérgica 
• Febre 
• Otalgia e diminuição da acuidade auditiva 
o Geralmente unilateral 
o Pode ter zumbido 
• Se tiver alívio da dor e tiver otorreia → o tímpano pode ter rompido 
o Geralmente a secreção não sai do ouvido, porque a membrana timpânica fica fechadinha, 
impedindo. Mas, se ela se rompe → otorreia 
o Dor passa porque a pressão interna do ouvido diminui 
• Se tiver febre alta, dor retroauricular intensa ou paralisia facial → sinais de complicações 
Diagnóstico: clínica + otoscopia. Na otoscopia, procurar: 
• Abaulamento da membrana timpânica 
• Eritema 
• Opacidade 
• Nível hidro aéreo 
• Redução de mobilidade com otoscópio pneumático 
• Bolhas (miringite bolhosa) 
 
➔ Membrana timpânica normal: rosinha, transparente, brilha, dá para ver a sombra dos 
ossinhos. 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
• Alívio sintomático 
• Antibioticoterapia: 
o Primeira escolha: amoxicilina + clavulonato 
o Se não melhorar com 48-72 horas → reavaliação 
 
Luana Villafuerte – Aula + Sanar 11 
• Falha inicial: 
o Dose aumentada de amoxicilina + clavulonato por mais de 10 dias 
o Quinolonas respiratórias (levofloxacino, moxifloxacino) 
• Se tiver ruptura de membrana → acrescentar ATB tópico 
GRIPE: 
 Normalmente conhecida como influenza. É uma doença grave, geralmente associada ao aumento das taxas 
de hospitalização e de mortes por pneumonia. 
 Período de incubação de 1 a 4 dias → pico de excreção viral: 2º dia. 
Sintomas: 
• Febre 
• Mialgias 
• Cefaleia 
• Tosse → principal sintoma respiratório da gripe 
• Hiposmia/anosmia 
• Pressão facial 
• Rinorreia posterior 
Diagnóstico: clinica positiva + testes diagnósticos, onde a principal amostra é vida da secreção respiratória 
→ swabs nasofaríngeo, aspirado nasofaríngeo e lavado nasal, swabs nasais e de garganta 
• Em até 5 dias do inicio dos sintomas → imunofluorescência e testes rápidos 
o Realizado com mais frequência 
• Em até 7 dias → PCR 
Exames laboratoriais: 
• Leucocitose 
• Leucopenia 
• Neutrofilia 
• Aumento de CPK, TGO e TGP e bilirrubina 
Tratamento: 
• Específico → inibidores da neuroaminidase: atuam impedindo a replicação do vírus. Fármacos: 
o Oseltaminavir → via oral 
o Zanamivir → aerossol 
▪ Cuidado em pacientes asmáticos e com DPOC, pois pode 
promover broncoespasmo 
▪ Não recomendado em mulheres grávidas 
Devemos lembrar da vacina! No Brasil, a vacina anti-influenza é composta de 
vírus inativados, fracionados e purificados. 
Complicações: 
• Pneumonia 
• Miosite 
• Miocardite 
• Síndrome de Guillain-Barré

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