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Lista de exercícios P1 - Geologia Econômica 2 - Vitória de Azevedo

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Lista de exercícios P1 (2022.2) – Geologia Econômica 2
Vitória de Azevedo Silva
Professora: Mariana Brando
· GB = Greenstone belt
1. Quais são os principais tipos de depósitos minerais que ocorrem no estado do Amapá? Qual o contexto geotectônico no qual estes depósitos estão inseridos? Disserte sobre a evolução do terreno onde os depósitos se localizam. O que é RENCA e quais suas implicações sociopolíticas? Como foi definida?
R: O Cráton Amazônico está localizado na porção norte da plataforma sul-americana. O Estado do Amapá situa-se na da Faixa Móvel Maroni-Itacaiúnas, formada por complexos granito-gnáissicos, núcleo granulítico e faixas vulcano-sedimentares metamorfizadas na fácies xisto verde até anfibolito. Os dados geocronológicos para a Província são escassos. O padrão regional é de intensa atividade ígnea juvenil e eventos metamórficos (2,25 G.a e 1,95G.a). É encontrada crosta continental Arqueana. O Bloco Amapá é de expressivo segmento de crosta continental arqueana retrabalhada durante o Ciclo Transamazônico, que foi deformado, metamorfizado e dividido por diversos corpos magmáticos em tempos distintos. O embasamento é composto por ortognaisses de alto grau, possui tonalitos, migmatitos, granitos e granulitos ácidos e básicos. Intenso magmatismo afetou o embasamento arqueano durante o Paleoproterozóico, representado por plútons de granitóides (suítes intrusivas Igarapé Careta e Parintins, Alaskito Urucupatá, Granito Charuto, de idade entre 2,22 a 1,99 G.a). Na região sul/sudoeste do Amapá, as sequências supracrustais que caracterizam a Província Maroni-Itacaiúnas estão agrupadas no Grupo Vila Nova. O Grupo Vila Nova é uma sequência metavulcano-sedimentar metamorfizada na fácies xisto verde a anfibolito. Suas associações litológicas são quartzitos, metaconglomerados, xisto, mármore manganesífero, formação ferrífera bandada e anfibolito. Na região da Serra do Navio, porção Central do Amapá tem depósito supergênico de manganês. Idade mínima a geração de rochas 1.91 M.a-2.26 M.a. Essas rochas máficas-ultramáficas com cromita associada e são representadas por anfibolitos, serpentinitos, tremolitos e cromitos. Condições metamórficas da fácies anfibolito. Depósito de ferro e magnésio associado a BIF/Ferrífera Bandada (terrenos arqueanos, tipo Algoma), pouco espesso e associado a Greenstone belt Arqueano. O minério é alterado de forma intempérica, gera bolsão de manganês e ferro. O minério é de ferro, transforma rocha por intemperismo, empobrece em tudo que não é ferro e concentra ferro. Forma gondito, rocha manganífera, rica em manganês, psilomelano, óxido e hidróxido de ferro. Contém espessartita (granada de manganês), plagioclásio e pirita. Rocha metamorfizada e deformada. Depósito formado por enriquecimento supergênico, em condições climáticas tropicais. Há 4 tipos de minérios: eluvial, maciço, xistoso (com substituição de Fe, SiO2 e Al2O3 por óxido e manganês) e o protominério carbonático e granatífero. Durante a gênese, o minério passou pelos estágios sedimentar, metamórfico e supergênico.
O Domínio Lourenço ocorre ao norte do Bloco Amapá. Há granito-greenstone, representada por conjunto de gnaisses e granitóides de composição diorítica, tonalítica e granodiorítica. Idade 2,18 G.a-2,16 G.a Assinatura geoquímica cálcico-alcalina metaluminosa a peraluminosa de 2,15 G.a. Os depósitos auríferos do Domínio Lourenço são de ouro aluvionar. A rocha encaixante nessas minas é um biotita tonalito foliado. Ocorrência menor de mica xistos. Há muitos depósitos minerais na região do Amapá. Destacam-se os depósitos: 1. Depósitos estratiformes de cromita, descontínuos, associadas a unidade ultramáfica, o minério friável apresenta uma matriz argilosa, tremolita, clorita, ortopiroxênio e olivina. 2. Depósito de ouro em paleoplacer em Santa Maria, (porção Sul do Amapá) que está mais concentrado na base da sequência e ao metaconglomerado basal junto aos xistos, há bandas turmaliníferas (associadas a ouro) e a veios de quartzo (teor de prata). No metaconglomerado superior e no quartzito conglomerático possui uma disseminação do ouro, sugere origem sedimentar primária. São associados às rochas metassedimentares do grupo Vila Nova (contexto geológico semelhante a depósitos do tipo Rand). 3. Depósito de ouro do Vicente, com ferro por conta dos Greenstones belts. Possui veios de quartzo auríferos (associados a sulfetos, como pirita, calcopirita e arsenopirita)que cortam as rochas metassedimentares e metavulcânicas (Grupo Vila Nova). 4. Depósito de manganês na Serra do Navio. 
Os minérios de ferro são divididos em quatro jazidas: Bacabal, Leão, Santa Maria e Baixio Grande. Camadas descontínuas de hematita compacta e especularita, intensamente falhados, às encaixantes do minério são itabirito, sericita xisto e quartzito do Grupo Vila Nova que, a exemplo dos demais depósitos. Na Jazida Bacabal, a camada de hematita é na forma de sinforme. Os depósitos e ocorrências de ferro localizam-se na margem esquerda do rio Araguari, no médio curso do rio Tracajatuba. O minério está associado a quartzitos e itabiritos com magnetita da sequência metavulcanossedimentar. Idade 2,26 G.a.
Depósitos auríferos no Bloco Amapá ocorrem na porção sudeste do domínio e associado ao Vila Nova. O depósito de Amapari localiza-se 18 km a leste da Serra do Navio, dois corpos principais formam esse depósito: Urucum localizado ao Norte, e Taperebá ao Sul, separados por cerca de 1km. As rochas encaixantes pertencem ao Vila Nova que são xistos pelíticos, formações ferríferas, rochas carbonatadas e escarnitos subordinados, de mineralogia anfibolítica. Esse conjunto supracrustal foi intrudido pelo Granito Amapari, de 1,99 G.a, gerou metamorfismo de contato nas rochas carbonatadas, formando os escarnitos. É um depósito orogênico de ouro. A formação do depósito é relacionada ao segmento continental acrescionário em que espessamento crustal e colisão continental levaram a fusão crustal e geração de granitos peraluminosos. As rochas mais deformadas apresentam maiores concentrações de sulfetos, eles aparecem também, disseminados em camadas paralelas as foliações, em fraturas e zonas brechadas. O minério é composto por pirrotita e em menor quantidade pirita, calcopirita, esfarelita, galena e arsenopirita. 
A sequência Vila Nova é composta, da base para o topo por mica xisto e quartzo xisto com turmalina e fuchsita; seguido de quartzito xistoso microconglomerático com bandas de turmalinito e veios de quartzo boudinados e concordantes; segundo de metaconglomerado polimítico e oligomítico, com seixos de quartzo, quartzito, mica xisto, turmalina quartzito e rochas máfíco-ultramáfícas e com quartzo, feldspato, sericita, turmalina, fuchsita e cromita na matriz; seguido de quartzito conglomerático com intercalações cm-mm de metaconglomerado que passa a um pacote espesso de mica xisto, com formação ferrífera e rochas metavulcânicas. 
Na porção no Centro-Sul do Amapá em Bacuri e Igarapé do Breu os depósitos são um corpo estratiforme com pacote de rochas ultramáficas intercaladas a rochas máficas. Corpos de cromitito de geometria planar, lenticular, cônica e dobrada devido as deformações que o terreno sofreu. O cromitito principal tem camada com espessura entre 3 e 30 m de cromitito maciço com mais de 60% vol. de cromita imersa em matriz composto por silicatos metamórficos (serpentina, clorita e tremolita). 
Os depósitos de ferro de origem sedimentar (formações ferríferas, itabiritos, quartzitos ferruginosos) e seus equivalentes supergênicos estão distribuídos no Centro-Sul e Centro-Leste do estado do Amapá, precisamente nas regiões de Santa Maria, Serra das Coambas, Serra do Navio e Matapi. Esses depósitos são encontrado na sequência metavulcanossedimentar do Grupo Vila Nova. Os depósitos de ferro hematítico da região estão na parte sudeste do Amapá, são constituídos por camadas descontínuasde formação ferrífera que foi metamorfizada, dobrada, falhada e intercalada em uma sequência de xistos pelíticos, itabiritos e quartzitos do Grupo Vila Nova. No minério principal a hematita especular é de granulação fina, faz alternância com o minério maciço e porções bandadas. Caolinita, quartzo e magnetita são as fases subordinadas mais comuns e pirita, ilmenita, rutilo, turmalina e muscovita ocorrem como inclusões na hematita. Óxido de Mn e goethita e/ou limonita ocorrem nas porções superficiais oxidadas. Os Itabiritos presentes podem conter fluorita, apatita, magnetita e turmalina. 
A Reserva Nacional de Cobre e Associados (RENCA) criada por militares em 1984. Dentro do bloco do setor Amapá. É um bloco Arqueano retrabalhado. Faz parte do Escudo das Guianas.
A ação foi de forma nacionalista, para que as mineradoras brasileiras tivessem exclusividade na extração econômica do cobre e minerais associados. A reserva tornou-se um dos trechos mais protegidos da Amazônia. Mesmo que se possa produzir na Renca ela tem 9 áreas protegidas. Não tem problema interferir na Renca, contando que seja de forma sustentável. Nessa área, há populações tradicionais, povos quilombolas e indígenas que dependem da floresta para sobreviver. A riqueza mineral está abaixo das florestas preservadas é imensa, com reservas de cobre, ouro (ambos dentro de Greenstone belt), ferro, fosfato, titânio, manganês, nióbio, tântalo e ETR. Intrusão de alcalina. São três depósitos dentro do Renca: 1. Complexo Maicuru: alcalina-máfica-ultramáfica. Rubídio e estrôncio. Piroxenito, sienito, dunito, carbonatito, fosforitos, apatita. Fosfato e titânio supergênico. Potencial para nióbio e ETR. 2. Maraconaí: parecida com Maicuru, pouco conhecida e alcalina-máfica-ultramáfica. 3. Mina de Carará: ouro dentro de quartzo, hospedado por sericita quartzo xisto e quartzitos.
Segundo a legislação ambiental, a mineração não pode ser realizada em Terras Indígenas e em Unidades de Conservação de Proteção Integral. Apenas 10% da RENCA (áreas não protegidas) é passível de mineração de forma imediata. Com isso, para a exploração mineral total da RENCA, o Governo Federal teria que mudar a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (LEI do SNUC) e teria que mudar o Código da Mineração para permitir a exploração nas Terras Indígenas. 
2. Qual a relação entre os depósitos dos Greenstone belts de Vila Nova e de Rio Itapicuru (Fazenda Brasileiro)? Disserte sobre as principais características destes depósitos, seu contexto geotectônico e gênese. Existem ocorrências correspondentes na região de Carajás? E na região do Quadrilátero Ferrífero?
R: A relação entre os Greenstone belts de Vila nova e Rio Itapicuru são as sequências metavulcanossedimentares. Vila Nova se localiza no Amapá, no cráton Amazônico, e esse complexo possui unidades que ocorrem como Greenstone belts, nomeados Serra do Navio, Tumucumaque e Ipitinga.
Seguindo da base para o topo, o complexo vila nova é composto pelas formações: Vila Nova Indiviso (anfibolitos e actinolita xistos), Santa Maria (xisto com granada, biotita e cordierita), Jornal (anfibolitos e actinolita-xisto), Igarapé Araújo e Serra das Coambas (quartzitos aluminosos, BIFs e xisto pelítico). Além disso, há depósitos de cromitas que se apresentam em forma de corpo intrusivo no complexo Vila Nova, composto por anfibolitos, serpentinitos e cromititos.
O Rio Itapicuru (Fazenda Brasileiro) se localiza na Bahia, no centro-norte do cráton São Francisco. A Fazenda Brasileiro e Maria Preta estão localizados nas rochas vulcânicas félsicas (uma característica muito importante desses depósitos). São compostos por meta dacitos e meta andesitos, o que indicam uma estratigrafia de GB mais evoluída (Paleoproterozoico - 2,2-2,1G.a.). 
Ocorrência de Au do tipo orogênico nas zonas de cisalhamento, havendo assim uma relação espacial entre os depósitos com essas zonas. É comum a mineralização de arsenopirita (1a fase de sulfetação) e pirita (2a fase de sulfetação); a pirita é onde está o Au nativo.
A ocorrência que se relacionaria com Carajás seria o Greenstone belt Andorinhas, com seus depósitos auríferos. Já no Quadrilátero Ferrífero, há os Greenstone belts chamados de Rio da Velha.
3. O que é a Província Estanífera de Rondônia? Qual a relação com os depósitos da região de Pitinga na Província Uaimiri (exemplo Madeira e Água Boa) e Seis Lagos na Província Rio Negro? Quais as principais rochas associadas a estes depósitos e suas respectivas idades? Estes depósitos têm sua origem relacionada a qual(is) evento(s) tectônico(s) reconhecido(s) globalmente?
R: A Província Estanífera de Rondônia (PER), descoberta em 1952,na porção Nordeste do Cráton Amazônico, formado pelas orogenias dos eventos da Província Rio Negro-Juruena e afetado pelos eventos acrescionários formacionais da província Rondoniana - San Ignácio. 
Uma das maiores produtoras de estanho do mundo, com dezenas de depósitos já explorados por ocorrências de cassiterita, columbita-tantalita e wolframita, ou seja, além de ser uma região que produz Estanho fortemente, também é produtora de elementos que hoje em dia são essenciais economicamente, como nióbio, tungstênio, molibdênio e ETRs em geral, além da sua produção de cobre e chumbo. 
Os depósitos primários dos minerais, estão associados principalmente aos granitos pós-orogênicos / anorogênicos da suíte intrusiva Santa Clara (1,08 G.a) e a Suíte Intrusiva Rondônia (0,98 G.a), que estão associados a processos hidrotermais que resultaram em eventos de albitização, greisenização, sericitização, epidotização, potassificação, cloritização e argilização (Bettencourt, 1992). 
Suas principais unidades litoestratigráficas são o Complexo Jamari e as suítes intrusivas graníticas Meso-Neoproterozoicas e sequências metassedimentares, metavulcanossedimentares e derrames basálticos. 
O estanho (Sn) possui diversas características que o tornam essencial para a produção de diversos materiais. Por ser maleável, não-tóxico, pouco dúctil, resistente à corrosão e com temperatura de fusão relativamente baixa, suas principais aplicações na indústria siderúrgica, de solda e química, consistem na produção de ligas metálicas de bronze e latão, produção de fusíveis e resistências elétricas, galvanoplastia, componente de pequenos aparelhos tecnológicos e em produtos químicos em geral como fungicidas, preservantes de madeira. 
A Cassiterita é o principal mineral de minério de estanho explorado no mundo, sendo composto por até 78,7% de estanho e 21,3% de oxigênio. A exploração de estanho na região é associada a granitogênese intrusiva, ou seja, é possível encontrar cassiterita em diversas estruturas geradas por conta desses eventos intrusivos, como veios de quartzo, greisens e pegmatitos, bem como sua ocorrência com elementos associados, ou seja, Tungstênio, Molibdênio, ETRs, Nióbio e Tântalo. 
O Modelo evolutivo utilizado nesta avaliação para explicar o contexto de formação do Cráton Amazônico e os locais que original a ocorrência da PER será o Modelo de Quelogênese, ou anexação anelar no entorno do núcleo semente, no caso, a província Central, em forma de sucessivos orógenos acrescionários no Paleoproterozóico e Mesoproterozóico (Brito Neves, R.A Fuck 2013). 
A província Amazônia Central sofre de eventos de acresção desde 3.4 G.a, evento conhecido como a amalgamação dos núcleos arqueanos, que gera esse Proto Cráton. A Província Amazônia Central sofre posteriormente de um evento orogênico que liga os núcleos de Carajás e Roraima aos núcleos do Cráton do Oeste Africano (2,2 - 1,95 G.a) que forma um Paleocontinente, expressado como possível parte do Colúmbia, representadas do Ciclo Transamazônico. Posteriormente, a ocorrência de sucessivos arcos magmáticos e terrenos são aglutinados à borda Oeste do paleocontinente durante o Paleo-Mesoproterozóico,sendo estes: Terreno Ventuari - Tapajós (1.95 - 1.8 G.a), Rio Negro - Juruena (1.8 - 1.55 G.a) e Rondoniana - San Ignácio(1.55 - 1.3 G.a). Por fim, a borda oeste do Cráton amazônico, agora parte do paleocontinente da Colúmbia, entra em colisão com o Paleocontinente Laurentia, formando o Rodínia, através do Orógeno Sunsás - Nova Brasiliana (1.25 - 1.0 G.a), que, finalmente, torna-se um cráton estável no entorno de 1.0 G.a. 
Todas as províncias desenvolveram-se em ambientes geotectônicos diferentes e tiveram evoluções geológicas distintas, contudo é importante ressaltar a principal província à qual as unidades que recobrem a PER e seus arredores estão associadas (Província Rio Negro-Juruena) bem como a província a qual está localizada a PER (Sunsás). Além da ocorrência de depósitos contendo estanho e enriquecimento em ETRs na Província Estanífera de Rondônia, há ocorrências na província de Tapajós, no domínio Uaimiri, o depósito de classe mundial Pitinga bem como a ocorrência na província Rio Negro, no depósito de Nióbio de Seis Lagos. 
A ocorrência desse enriquecimento em elementos em diferentes regiões (mais especificamente, em cada Terreno do Cráton Amazônico) se dá pela ocorrência de intrusões alcalinas em cada uma dessas regiões; Entretanto, vale ressaltar a diferença de idade entre cada uma dessas ocorrências: Seis Lagos: ~1.8 G.a (Rossoni 2016) Pitinga: 1.9~1.8 G.a e PER: ~1.6 a 0.9 G.a. O acontecimento de intrusões anorogênicas no cráton possui algumas explicações, uma dessas explicações será discutida no próximo item, bem como as rochas associadas. Pode-se partir do pressuposto de que com a ocorrência de diversos arcos magmáticos e eventos acrescionários que aconteceram no terreno Amazônico, por conta do acúmulo de alta densidade nas regiões um pouco mais próximas à província Amazônia Central, a ocorrência da subducção de placas nas porções mais próximas aos múltiplos cinturões orogênicos gerou magmatismo “normal” (Granitos tipo I, Granitos tipo S), e as porções mais distais, acabaram por TAMBÉM terem eventos magmáticos, contudo por conta da alta depleção do magma nos arcos principais, geraram intrusões ricas em elementos LILE.
4. Disserte sobre a evolução da Província mineral de Carajás desde o Mesoarqueano até o Paleoproterozoico. Cite e descreva os principais depósitos com idades dentro deste range temporal. Qual a relação entre eventos magmáticos e os depósitos do tipo IOCG como Salobo?
R: A Província Mineral de Carajás é uma das maiores e principais províncias metalogenéticas do Brasil e do Mundo, principalmente devido a sua imensa variedade de bens minerais. A região de Carajás é localizada no centro-leste do Estado do Pará, e no contexto geotectônico do Escudo do Brasil-Central no Cráton Amazônico, que apresenta uma geologia antiga com rochas que compõe o núcleo crustal. 
Sobre a porção sudeste do Cráton Amazônico, a Província Mineral de Carajás, possui a geologia mais antiga do cráton (3,0-2,5 G.a) e com rochas bem preservadas. Compreendendo rochas relacionadas à Greenstone belts e granitoides de idade do arqueano ao Mesoproterozoico. 
A Província Mineral de Carajás pode ser dividida em dois domínios tectônicos principais, um mais antigo, o Domínio Rio Maria (3,0-2,86 G.a) à sul, e o mais novo, Domínio Carajás (2,76-2,55 G.a) à norte, que são separados estruturalmente por uma descontinuidade regional de direção aproximadamente E-W. O Domínio Rio Maria, compreende as rochas mais antigas e menos deformadas da província, é composto por rochas do Greenstone belts Mesoarqueanas do Grupo Sapuicaia e por uma série de granitoides, clássicos de terrenos arqueanos, que são os granitoides de série TTG como os Tonalitos do Arco Verde (2,97-2,92 G.a) e os granodioritos do Rio Maria (2,88-2,82 G.a), e as intrusões cálcio-alcalinas de alto potássio, dos granitos Mata Surrão. 
O Domínio Carajás é um dos focos da dissertação, e apresenta várias zonas de cisalhamentos que marcam as feições estruturais e a distribuição das litologias. É composto por granulitos máficos Mesoarqueanos do Complexo Xicrim-Cateté, ortognaisses e máficas granulíticas Mesoarqueanas do Complexo Xingu, Greenstone belts Mesoarqueanos do Grupo Sequeirinho, intrusões calcioalcalina Mesoarqueanas do Granito Cruzadão, Greenstone belts Neoarqueano do Supergrupo Itacaiúnas, as intrusões máfica-ultramáficas Neoarqueana do Complexo Luanga, as intrusões de granito do Tipo A Neoarqueanas e pôr fim a cobertura sedimentar Paleoproterozoica da Formação Águas Claras. 
Dentro do Domínio Carajás, os Greenstone belts de idade Neoarqueana do Supergrupo Itacaiúnas são os mais importantes no ponto de vista metalogenético, porque é onde se encontra a maioria das rochas cristalizadas principalmente relacionada ao contato de ortognaisses e granitoides mais novos. Nessa idade geológica, era quando estava ocorrendo o primeiro tectonismo de placas, de maneira muito mais acelerada, tendo terremos intensamente deformados e tendo muita geração de crosta continental, com isso, entendemos que as rochas mantélicas estavam sofrendo cada vez mais interações (retrabalhamento) e se transformando em rochas de crosta continental, assim os elementos incompatíveis foram se concentrando nessas rochas, assim sendo vista como um momento prolifero para a geração de mineralizações. Além de sofrer inúmeras reativações tectônicas no Domínio Carajás, havendo tempo suficiente para a concentração dos 
O Domínio Carajás apresenta depósitos do tipo World-Class, ou seja, de escala mundial de minérios de Fe, Mn, Cu, Au, Ni e além de concentrações significativas de Sn, U, W, Bi, elementos do grupo da platina e elementos terra raras. O domínio geomorfológico é composto principalmente por serras, controlados pelas estruturas da Zona de Cisalhamento do Cinzento, a Falha Central de Carajás, e a Zona de Cisalhamento Canaã. Os principais depósitos do domínio são os depósitos das formações ferríferas bandadas, relacionados aos Greenstone belts, os depósitos do tipo IOCG, relacionados aos contatos dos Greenstone belts com os granitoides, os depósitos de Metais-Base e EGP, relacionados aos complexos máficos-ultramáficos, e os depósitos de Ouro e polimetálicos, relacionados as intrusões de granitos. 
5. Qual a relação do depósito de Luanga com o garimpo de Serra Pelada? Descreva os dois depósitos em detalhes. O que é a mina S11D ? Onde se localiza? Qual é o tipo de minério produzido nesta localidade e qual a sua gênese? Por que essa mina é diferenciada em termos da sua estrutura de produção?
R: O depósito de serra pelada localiza-se próximo da intrusão máfica-ultramáfica de Luanga e está associado aos fluidos que intrudiram o Greenstone belt e cristalizaram os depósitos de Luanga, parte desses fluidos foram responsáveis por cristalizar o Au-Pd de Serra Pelada. A combinação geoquímica de rochas do Greenstone belt, como das formações ferríferas bandadas, rochas máficas e ultramáficas gerou o ouro paladiado, ou seja, as partículas de oura eram cobertas por uma película de paládio, resultando em uma coloração escura. Essa combinação geoquímica é associada com enriquecimento supergênico, ocorrendo posteriormente a formação do depósito, favoreceu a formação de grandes pepitas de ouro e a presença de platinoídes.
O depósito de Luanga é um complexo máfico-ultramáfica acamadado, de 2,79 G.a, localizado a 11 km do depósito de Au-Pd-Pt de Serra pelada. É constituído por dunitos e peridotitos na base, grada para ortopiroxenitos com níveis de cromititos. Pode ser dividido em três zonas da base para o topo: (1) Zona Ultramáfica com serpentinito e olivina + cromita cumulados; (2) Zona de transição com harzburgito, ortopiroxenito, cromitito e norito. 
Ocorre as mineralizaçõesestratiformes de Ni-EGP e cromititos; (3) Zona Máfica com gabros intercalado de forma descontínua de ortopiroxenito e cromitito. O complexo é deformado devido reativação da zona de cisalhamento do Cinzento. As zonas mineralizadas em Ni-EGP contém metaortopiroxenitos cumuláticos com pirrotita, pentlandita e calcopirita; níveis de cromita disseminada e maciça e clorita-tremolita-actinolita-talco milonitos, originados do cisalhamento das rochas metaultramáficas. 
O principal corpo de minério de Ni-EGP, denominado de “Luanga Reef” é associado a ortopiroxenito e harzburgito. As zonas hidrotermalizadas contêm flogopita, carbonatos, turmalina, ortoclásio e albita associados a talco, tremolita, serpentinita, clorita, epidoto e actinolita. A gênese do depósito de Luanga se deu pelo fracionamento dentro da câmara magmática, é um processo endotérmico.
O depósito de Au-Pd-Pt de Serra Pelada é conhecido pela a corrida do Ouro, no início da década de 80, 32,6 t de ouro foram lavradas, assim como platina e paládio. O depósito ocorre no contato de Greenstone belt com a formação Águas claras, unidade metassedimentar e associado ao Complexo máfico-ultramáfico de Luanga. Principais rochas do depósitos são metassedimentares clásticas como: metarenitos as vezes manganesíferos; metasiltito carbonoso, ferruginoso e caolinizado; metasiltitos laminados com óxidos de ferro; brechas alternadas a metasiltitos e metarenitos silicificados ricos em hematita; mármore quartzo dolomítico. O depósito está no segmento leste da Zona de Cisalhamento do Cinzento. Observa-se pirita, calcopirita, arsenopirita, covelita, bornita, galena, sulfetos de níquel (pentlandita e millerita), carrolita e siegenita. Ouro ocorre em pepitas entre material terroso e argiloso desagregado rico em quartzo, caolinita, goethita, hematita, óxidos de manganês e material carbonoso. Ouro paladiado, paládio nativo, ligas de Au-Ag-Pd e outros minerais portadores de EGP ocorrem associados ao ouro.
A mina S11D está situada no município de Canaã dos Carajás, no Pará. O minério da S11D tem um teor de 65% de ferro, o que diferencia de outros depósitos. O Projeto Serra Sul (S11D) é uma mina tecnológica e sustentável, possibilita uma operação eficiente, de menor impacto ambiental utilizando processos automatizados. 
O depósito de ferro está relacionado a Formação Ferrífera Bandada da formação Carajás e a processos supergênicos, através da alteração intempérica sobre a rocha primária enriquecida em ferro, gera hematita friável nas zonas de alteração intempérica, o minério só ocorre nas porções mais superficiais do depósito. Associada a zona de alteração alterada por processos supergênicos, ocorre a canga, uma camada superficial de material laterítico.
6. Cite ao menos um empecilho para a produção de minério na região do Greenstone belt Três Palmeiras. Localize os depósitos minerais que ocorrem nesta região no espaço e em termos de contexto geotectônico. O que é a “corrida do ouro” de Alta Floresta e Peixoto de Azevedo? Como são os depósitos nesta região? Disserte sobre sua classificação e gênese.
R: A região do Greenstone belts Três Palmeiras é marcado por conflitos sociais e políticos que dificultam a produção de minério nessa região, como por exemplo o fato dela estar localizada em uma área de proteção ambiental e em terras indígenas. Essa região situada no Domínio Bacajá, ao sul da Bacia do Amazonas, é composta por granulitos e charnokitos, sequências de rochas supracrustais (Greenstone belts), gnaisses migmatitos e granitos. Incorpora fragmentos arqueanos e siderianos retrabalhados no Riaciano, granitóides de arcos magmáticos continentais riacianos, granitóides e charnokitos relacionados a estágios sin- colisional (2,11 – 2,09 G.a) e pós colisional (2,08 – 2,06 G.a) da orogenia riaciana. 
Relacionada à colisão desses arcos contra um cráton arqueano, comum a outros dos domínios da Província Transamazonas. As mineralizações auríferas da região do Greenstone belts Três palmeiras estão concentradas na Serra Três Palmeiras e estão em granitóides e veios de quartzo que cortam a serra. Os depósitos de Ouro Verde, Gaúcho, Canela, Serrinha, Grota Seca, Galo, Japão e Nobelino estão na Grande Volta do Rio Xingu, no noroeste da serra Três Palmeiras, em zonas de cisalhamento que cortam corpos granitóides relacionados ao granodiorito Oca. 
Na região do Rio Bacajá, parte central da serra, há ocorrências auríferas filonianas associadas a veios de quartzo encaixados em zonas de cisalhamento que cortam granodioritos, filitos e metabasaltos relacionados à sequência Três Palmeiras. Na Faixa Prima, extremo sudeste da serra, os corpos mineralizados são veios de quartzo, zonas de falha em formações ferríferas e disseminações e venulações em rochas metevulcânicas alteradas.
A ‘’corrida do ouro’’ iniciou-se em 1978 descobrindo depósitos auríferos nos municípios de Peixoto de Azevedo, com a construção da rodovia BR-163, atraiu grande contingente de garimpeiros à região, resultou na descoberta de inúmeros depósitos de ouro aluvionar ao longo do Rio Peixoto de Azevedo e seus afluentes. 
No setor leste da Província Aurífera de Alta Floresta (PAAF), nas regiões das cidades de Novo Mundo, Matupá, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, concentra-se um grande número de depósitos auríferos que ocorrem na forma de veios ou disseminações associadas a suítes graníticas e sequências vulcânicas, ambas de idade Paleoproterozoica. 
Essas mineralizações auríferas são divididas em 2 grupos: (1) Au ± Cu (± Bi ± Te ± Ag) pirita e calcopirita e hematita; (2) Au + Zn + Pb ± Cu concentração de pirita, esfalerita e galena, calcopirita e digenita subordinadas. As mineralizações tem uma ligação genética com as rochas do complexo Cuiú-Cuiú e estão associadas a fluidos tardios. A assinatura química desses depósitos lembra os depósitos do tipo pórfiro e epitermal de alta e baixa sulfetação.
7. O que são as minas de Tocantinzinho e Palito? Qual a relação entre elas? Como são comumente classificadas? Disserte sobre a gênese do minério nestas minas e uma possível causa para diversas pausas na produção do minério nestas regiões.
R: Tocantinzinho e Palito são duas minas localizadas na Província Mineral dos Tapajós, localizada no Escudo do Brasil Central e abaixo das bacias do Amazonas e Solimões.
Além do principal mineral de minério extraído dessas minas, ambas são classificadas como depósitos do tipo epitermal, possuem processos metalogenéticos e estruturas de seus corpos mineralizantes bem semelhantes. Ambas as minas estão na Província Mineral dos Tapajós, rochas em comum de idade Paleoproterozoicas, de 2.0 até 1.7 G.a, magmatismos básicos e félsicos relacionados à processos de rifting em bacias. 
Os granitóides da província ígnea tem assinatura tipo A, origem de magmatismo anorogênico. Existem alguns granitóides do tipo I, mais antigos que a LIP Teles Pires, foram cristalizados a partir de arcos magmáticos.
Na Mina do Palito, o sistema metalogenético é do tipo pórfiro, gerado nas fases finais evoluídas de um arco magmático continental, em rochas cálcio-alcalinas de alto potássio. Essa mina tem padrão de zonamento das alterações hidrotermais potássica, propilítica e serícitica e associação da mineralização de Au–(Cu) com veios sulfetados, sulfetos maciços, zonas de sulfetos disseminados no granito Palito. 
A alteração hidrotermal é por fluidos magmáticos de temperatura 450°C, baixa salinidade gera alteração potássica, os fluidos ao se misturar com fluidos meteóricos de menor temperatura e salinidade geram as alterações propilítica e serícitica, gera as condições para a precipitação do minério. Os corpos mineralizados na Mina do Palito ocorrem associados a stockworks e veios fraturados e brechados, significa que as alterações hidrotermais ocorreram em um sistema tectonicamente ativo.
A formação do depósito de Tocantinzinho foi através de intrusão de magma granítico oxidado que passou pelo processo de alteração hidrotermal, gerando alteração potássica na parte central, tem granito microclinizado e alteração fílica nasporções intermediárias, nas zonas de alteração ocorre depósitos de ouro e rochas hematitizadas (informalmente de salame), possui coloração avermelhada e smoky, possui coloração esverdeada e tons acinzentados a esbranquiçados. 
A formação do ouro é devido está associado a sulfetos com baixo conteúdo metálico (<5%); principalmente pirita, calcopirita, esfalerita e galena. Ouro ocorre em finos cristais dentro da pirita ou disseminado em fraturas. No depósito de Tocantinzinho os corpos mineralizados ocorrem em forma de veios fraturados e brechados, forma de vênulas, formam um padrão de stockwork.
Nas duas minas ocorre diversas pausas e retomadas em suas produções. Elas estão localizadas em regiões onde a atividade de garimpo ocorre por muito tempo, tornando mais difícil encontrar novas formas de exploração que sejam economicamente favoráveis. Há também disputas por território. Diversas minas dessa região, assim como Tocantinzinho e Palito, eram garimpos, levando a crer que essa atividade garimpeira contribuiu para que seja mais difícil a expansão da exploração. Ambas ocorrem a céu aberto, fazendo com que o tratamento e elaboração de projetos para a pilha de rejeito e a cava sejam mais complexos.
8. Existe relação entre os depósitos minerais do Grupo Roraima, da região de Roosevelt em Rondônia, Castelo dos Sonhos na Província Tapajós, Juruena no setor setentrional do cráton São Francisco e da Formação Moeda na porção Meridional deste mesmo cráton? Se existir, explique tal relação, se não existir disserte porque podem ser confundidas. Disserte sobre cada um destes depósitos e sua relação com ocorrências similares na África do Sul.
R: Sim, existe uma relação entre estes depósitos minerais. Todos são depósitos de paleoplacer, alguns de ouro e outros de diamante. Após a decomposição da rocha fonte por processos sedimentares, o mineral detrítico de elevado valor econômico, é mais denso (exemplo diamante, ouro, zircão, rutilo, ilmenita, etc.), se deposita e acumula nas rochas de outras formações (metaconglomerados/e metarenitos). Os sedimentos do Grupo Roraima estão sobre as rochas vulcânicas Paleoproterozoicas dos grupos Surumu e Iricoumé. Os sedimentos se depositaram a cerca de 1,8 B.a, devido à quebra do supercontinente Colúmbia, relacionados geneticamente a movimentos distensivos. As rochas são ortoquartzitos, conglomerados e arcósios com siltitos, folhelhos e tufos jasperóides. 
O grupo é subdividido, da base para o topo, pelas formações Araí, Uiramutã, Verde, Pauré, Cuquenán, Quinô, Uaimapuê e Malauí. Relacionadas ao Grupo Roraima, de 1,8 B.a, estão as rochas básicas do Magmatismo Avanaveiro, é responsável pelas intrusões de sills e diques de diabásio na região, marcando a idade de deposição dos diamantes encontrados nos depósitos, originados em kimberlitos diamantíferos de idades mais antigas.
Os diamantes da região de Roraima são explorados em depósitos de paleoplacers aluvionares recentes, encontrados ao longo de rios que cortam a região, como rios Maú, Cotingo, Quinô e Suapi, a fonte é nos níveis conglomeráticos clasto-suportados do Grupo Roraima, intercalados no meio da sequência sedimentar.
Na região de Roosevelt, em Rondônia, há duas áreas produtoras de diamante: região de Pimenta Bueno e Juína. Os depósitos estão no interior da área indígena de Aripuanã, próximo da área indígena de Roosevelt. Afloram rochas sedimentares das formações (base para o topo) Pimenta Bueno (Carbonífero), Fazenda Casa Branca (Permiano) e Parecis (Cretáceo), sobre o embasamento Proterozoico granítico-gnáissico da borda sudoeste do Cráton Amazônico.
A produção de diamantes ocorre dentro da Província Kimberlítica Pimenta Bueno, os kimberlitos são do Triássico, intrudem rochas graníticas-gnáissicas do embasamento Proterozoico e rochas fanerozóicas basais da Bacia de Parecis, sobrepostos pelas rochas cretáceas da Formação Parecis. Os sedimentos da Bacia preenchem o graben de Pimenta Bueno com conglomerados, arenitos, siltitos e folhelhos, além de ocorrências de carbonatos e sedimentos glaciais. Apesar dos kimberlitos aflorarem nesta região, as explorações mineral dos diamantes são provenientes de depósitos de paleoplacer aluvionares recentes a sub recentes, localizados nos rios Machado, Fortuna e Igarapé relacionados aos conglomerados e arenitos cretáceos.
Castelo dos Sonhos, Província Tapajós: O depósito de Castelo dos Sonhos (ou Esperança) na região sudeste da Província Mineral do Tapajós, na divisão entre domínios Iriri Xingu e Tapajós/Juruena, tem rochas hospedeiras das mineralizações de ouro, pertence à Formação Castelo dos Sonhos, composta por arenitos quartzosos, conglomerados com seixos e grânulos de quartzo e arcósios silicificados, os quartzitos são metamorfizados na fácies xisto verde. 
Os conglomerados que afloram na região tem idade de 2.1 B.a, sobrepostos ao granito Maloquinha. No depósito, ouro ocorre de forma livre, detrítica, entre grãos de quartzo, muscovita e hematita nos níveis conglomeráticos, depósito do tipo paleoplacer. Os níveis ricos em ouro são as zonas fraturadas, silicificadas e nas zonas mais ricas em hematitas, pode ser um produto de remobilização supergênica por fluidos oxidantes. Os garimpos na região ocorrem por meio de dragagem.
O depósito ocorre na Serra de Jacobina, é uma cadeia montanhosa orientada em N-S, a noroeste de Salvador, na borda leste do bloco Gavião-Lençóis. Situada ao longo do Lineamento Jacobina-Contendas com diferentes unidades litoestratigráficas devido a tectônica de cavalgamento Paleoproterozoica, marca a sutura da colisão continental e o limite entre os blocos Jequié (2.8-2.6 G.a) e Gavião (3.4-3.0 G.a). As litologias são rochas metassedimentares e metavulcanossedimentares do Complexo Saúde; metaultramáficas, metavulcânicas máficas e félsicas e metassedimentos do Greenstone belt Mundo Novo e metassedimentos do Grupo Jacobina. Há intrusões ultramáficas, máficas e leucograníticas, cortando as litologias já citadas.
O Grupo Jacobina é composto pelas formações Serra do Córrego, Rio do Ouro, Cruz das Almas, Serra do Córrego e Serra da Paciência, depositado em bacia de foreland, de conteúdo metassedimentar. A idade do grupo é incerta, o mais aceito é idade Mesoarqueana (3.3-3.2 G.a). Nos depósitos da região de Jacobina, o ouro ocorre associado a piritas nos metaconglomerados fluviais e intercalações quartzíticas basais da Formação Serra do Córrego, depósito tipo paleoplacer. Maiores teores ocorrem em reefs com recristalização oblíqua da matriz, cristais recém-formados de pirita, fuchsita, rutilo, turmalina e andaluzita nas fraturas e nos poros. As partículas de ouro tem textura fibrosa ou ovalada. 
Em menores quantidades, encontra ouro hospedado em diques de gabro e diorito alterados por processos hidrotermais, intrudem as formações Serra do Córrego e Rio do Ouro. Pode ocorrer em halos de alteração hidrotermal na lapa dos diques ultramáficos e nos veios de quartzo nos quartzitos das formações Rio do Ouro e Cruz das Almas.
A Formação Moeda é a unidade basal do Supergrupo Minas, na região do Quadrilátero Ferrífero. Depositada de forma discordante com as rochas do Supergrupo Rio das Velhas. É composta por quartzitos, metaconglomerados e filitos. Os metaconglomerados ocorrem em lentes de espessuras métricas, com os quartzitos, so ambos de origem aluvionar, representam paleocanais que fluíam sobre uma superfície de aplainamento, percorrendo sobre os xistos arqueanos do Grupo Nova Lima. 
Os conglomerados tem caráter monomítico a oligomítico, são compostos por seixos de quartzo. Na região da sinclinal de Ouro Fino, os conglomerados tem caráter mais polimítico, com a presença de seixos de filitos, formações ferríferas bandadas e metavulcânicas, pertencentes ao Grupo Nova Lima. Os minerais comuns encontrados na matriz dos conglomerados são o zircão, turmalina, monazita e rutilo. Nos conglomerados basais da Formação as mineralizações de ouro ocorrem, caracterizadas pela associação do ouro com a uraninita e pirita de origem detrítica, nas sinclinais Moeda, Gandarela e Ouro Fino. 
Osmetaconglomerados tem três tipos de pirita: 1) grãos maciços, detríticos alogênicos e com sobre crescimento comum de pirita de geração posterior; 2) agregados microcristalinos porosos e bandados, esferoidais com estrutura concêntrica, lamelar ou fibrosa e inclusão de material carbonoso-argiloso e 3) grãos maciços euédricos, em cubos. O ouro ocorre nas piritas do tipo 2, porosas, e nas bordas da pirita tipo 1. Foi classificado como um depósito de paleoplacer do tipo Witwatersrand.
Ocorrências similares na África do Sul: Os depósitos anteriormente citados são parecidos com os que ocorrem na Bacia de Witwatersrand, que consiste de uma sucessão de 5 a 8km de espessura, composta por sedimentos clásticos depositados sobre o embasamento continental arqueano. O Supergrupo Witwatersrand é subdividido, da base para o topo, em Grupo West Rand, com uma sequência pelítica a psamítica e o Grupo Central Rane com rochas psamíticas a psefíticas com conglomerados e arenitos com intervalos restritos de rochas vulcânicas, onde concentra a maior parte dos depósitos de ouro, semelhante aos depósitos dos crátons São Francisco e Amazônico. 
A hipótese mais aceita pela comunidade científica é que a origem da mineralização de Witwatersrand tenha origem hidrotermal. Com isso, os teores de Au e U depositados por fluidos hidrotermais, concentrados nos horizontes conglomeráticos sobrepostos a inconformidades do Grupo West Rand e no Grupo Central Rand. Tem concentração de ouro de origem detrítica, de forma nativa entre os grãos grossos nas camadas sedimentares sobre superfícies de erosão (concentrados por gravidade) ou no topo de camadas individuais. 
A Bacia de Witwatersrand é uma das mais estudadas, de típicos depósitos minerais do tipo paleoplacer, relacionado aos depósitos auríferos brasileiros da Formação Moeda, Jacobina, Castelo dos Sonhos e diamantíferos de Roosevelt e Grupo Roraima.
9. Qual a relação entre os depósitos de Caraíba, Campo Formoso, Medrado, Ipueira, Campo Alegre de Lourdes, Angico dos Dias e Maracás no estado da Bahia? Esta relação é temporal, genética ou os dois? Disserte sobre cada um dos depósitos e seu contexto evolutivo geotectônico.
R: No Cráton São Francisco, plataforma no qual se localizam esses depósitos, o embasamento do é de idade arqueana/Paleoproterozoica. Se localiza entre os estados de Minas Gerais e Bahia, compreendendo uma grande porção da parte leste/nordeste do país. O cráton é composto por 5 unidades tectonoestratigráficas, arranjadas de oeste para leste. São estas: Bloco do Sobradinho, Fragmento de Barrinha, Cinturão Saúde-Itapicuru-Jacobina, Cinturão Salvador-Curaçá e Bloco de Serrinha. 
A evolução metalogenética do Cráton de São Francisco estão relacionadas a diferentes etapas que se formaram entre 3,3 G.a e 500 M.a, com uma diversidade de depósitos minerais. 
O depósito de Caraíba é destaque quando o assunto se trata de mineralização econômica de cobre (Cu). Sua gênese Neoarqueana está relacionada às intrusões de corpos máficos e ultramáficos nesse depósito em conjunto com Tanque Novo-Ipirá, no Cinturão Salvador-Curaçá. Em suma, é composto principalmente por piroxenitos e leucogabros. Essas intrusões foram submetidas a 3 fases deformacionais e resultaram em paragêneses das fácies granulito e anfibolito. Pelas razões Pb/Pb, a idade de cristalização gira em torno de 2,6 G.a e, diferente de outros depósitos de Cu, a razão Cu/Ni é mais alta que o comum, bem como a presença de magnetita e ouro associados aos depósitos, sendo caracterizada como uma associação Cu-Fe-Au. 
O depósito de Campo Formoso consiste em complexo ultramáfico, composto por Peridotito serpentinizado com estrutura original preservada. Se localiza no Cinturão de Saúde-Itapicuru-Jacobina. É um depósito de cromita, que se dispõem em banda maciças com inclusões de liga de ferro-níquel e cobre. Infere-se que houve diferentes ciclos, com alteração hidrotermal que modificaram os minerais do complexo ultramáfico, porém, a cromita foi pouco afetada, tendo resistido as alterações, apenas com bordas de ferro cromita nos cristais. A idade é desconhecida, porém, segundo estudos geocronológicos de intrusões graníticas, gira em torno de 2 G.a. 
Medrado e Ipueira os depósitos estão associados a um complexo máfico-ultramáficos. São conhecidos cerca de 15 depósitos corpos semelhantes no vale do Rio Jacurici. Os complexos de Medrado e Ipueira estão num contexto intrusivo no Cinturão Salvador-Curaçá com predomínio de harzburgitos e gabros, principalmente. No que foi classificado como um sill estratificado, se destaca um horizonte de cromita na base do harzburgito, no qual abaixo o predomínio é de dunitos. 
No Complexo Sobradinho destacam-se depósitos de Ferro-Titânio-Vanádio de Campo Alegre de Lourdes e a primeira associação carbonática de idade radiogênica, o carbonatito Angico dos Dias. De idade Paleoproterozóica e composição Toleítica Alcalina, o complexo de Campo Alegre de Lourdes é composto principalmente de piroxenitos, gabros e anortosito, com faixas de Fe-Ti-V. Dados analíticos de amostras indicam alta porcentagem de magnetita. Esse complexo é uma das principais anomalias magnetométricas. 
Carbonatito Angico dos Dias, constitui-se também de apatita e álcali-feldspato granito. É caracterizado como a primeira associação carbonática do Cráton São Francisco, validado por estudos geocronológicos na razão U-Pb em zircões, indicando uma idade aproximada de 2 G.a. Jazidas de rochas fosfáticas também ocorrem associadas ao complexo alcalino. As altas concentrações fósforo em Angico dos Dias se dão nas bordas da bacia, na porção norte, entre a divisa dos estados da Bahia e do Piauí. 
No Cinturão de Salvador-Curaçá, ocorre mais uma associação de Fe-Ti-V em formas de corpos maciços. O depósito de Maracás tem idade inferida em 2,9 G.a de acordo com a técnica Rb-Sr e Sm-Nd. Os corpos maciços de magnetita-titanífera ricos em vanádio ocorrem intercalados em gabros e piroxenitos, de forma estratificada, sendo mais antigos que os depósitos de Caraíba. 
Bloco de Sobradinho: Composto pelo complexo Gnáissico-Migmatítico com associação de crosta continental de composição tonalito-trondhjemito-granodiorito com complexos Greenstone belts. Com idade estimada em 3,3 G.a pela geocronologia (Rb-Sr). No Bloco Sobradinho há uma carência de conhecimento tectonoestratigráfico, o que prejudica a compreensão da história evolutiva. 
Fragmento de Barrinha: Composto pelo complexo Tonalito-trondhjemito-granodiorito de Mairi, com idade estimada em 3 G.a. Esses fragmentos foram o que restaram da separação dos crátons de Serrinha e Lençóis, na separação dos blocos entre 2,3-2,6 G.a. 
Cinturão Saúde-Itapicuru-Jacobina: Composto pelo complexo sedimentar de Saúde e vulcanismo e sedimentação de Itapicuru e Jacobina. Foram formados pela separação dos blocos de Serrinha e Lençóis, no qual se consolidou como rifte Saúde-Itapicuru. A sedimentação do complexo de Jacobina iniciou por volta de 2,1 G.a. 
Cinturão Salvador-Curaçá: Composto pelos complexos de Caraíba e Tanque Novo Ipirá. Formado há cerca de 2,9 G.a a 2,6 G.a pela fusão parcial de eclogitos que gerou Granitóides na base da crosta do complexo de Caraíba. Posteriormente se instalou na Suíte São José de Jacuípe, crosta oceânica formada na separação dos blocos de Serrinha e Lençóis e iniciou a deposição dos sedimentos do complexo de Tanque Novo Ipirá. Em 2,2 G.a, com a subducção da crosta oceânica, houve a formação dos granitóides do complexo de Caraíba. 
Bloco de Serrinha: complexos Tonalito-trondhjemito-granodiorito de Uauá e Santa Luz com Greenstone belts do Paleoproterozóico. Idade em 3,2 G.a no complexo de Uauá e 3 G.a no complexo de Santa Luz. O bloco de Serrinha junto com o Bloco de Lençóis pode ter sido constituído por um único núcleo cratônico. 
Existe uma relação entre os depósitos principalmente genética devido fazerem parte das unidadestectonoestratigráficas que formam o Cráton São Francisco no Arqueano-Paleoproterozóico. Na Província São Francisco, o período Orosiriano é caracterizado pela presença de importantes manifestações magmáticas intraplaca de origem mantélica, típicas dos ambientes pós orogênicos. Esse fenômeno acontece imediatamente após o desfecho da colisão Riaciana–Transamazônica, ocorrido há 2,08 G.a.
10. Quais os principais tipos de minério identificados e produzidos na região do Quadrilátero Ferrífero? Qual a idade destes depósitos? Agrupe e explique os depósitos de forma sucinta divididos por tipo de commodity. Por que esta região é tão rica em minérios? Como são os depósitos de ouro desta região? Como estão as partículas de ouro nos depósitos de diferentes gêneses? Quais os principais controles geradores destas mineralizações de ouro?
R: No Quadrilátero Ferrífero é explorado Fe, Mn, Au, em arsenopiritas, piritas, hematitas, goethita, rodocrositas, pentlandita, espessartita, tefroíta, cromitas, paladseíta, isomertieíta, arsenopaladinita. Outros minerais identificados são: magnetita, quartzo, clorita, pirita, turmalina, calcopirita. No geral os depósitos possuem idade Arqueana e Paleoproterozóica. Os principais Greenstone Belt são: Supergrupo Rio das velhas; Pitangui e Rio Manso de 2.9 a 2.7 G.a do Mesoarqueano até o Neoarqueano.
Deposito de Níquel – GB Morro do Ferro: O GB Morro do Ferro contém os depósitos de níquel mais importantes, os quais são de Morro do Níquel, de origem laterítica e de O’Toole com Ni-Cu-Co-Pt sulfetado. A mineralização é pirrotita, pentlandita, calcopirita, cobaltita e EGP.
Depósitos de Mn: Serra da Moeda, Serra de Gandarela, Ouro Preto. São do tipo gonditos e queluzitos, a alteração laterítica dos protominérios enriquece o teor de Mn. São constituídos por metavulcânicas máficas e ultramáficas intercaladas com níveis de BIF, sobreposto por metapelitos grafitosos, BIF e níveis manganesíferos. O conjunto apresenta intenso dobramento, metamorfismo de xisto verde a anfibolito. Estão associadas à sequência vulcanossedimentar do Grupo Barbacena, correlacionado ao Grupo Nova Lima do GBRV. Os minérios são rodocrosita, espessartita, tefroíta e Mn-cumingtonita.
Depósitos de Cromita de Serro/Alvorada de Minas: Hospedada em talco-carbonato xistos, formando um corpo estratiforme, sendo associadas a corpos ultramáficos de natureza komatiítica.
Depósitos Fe Tipo Itabirito: Itabiritos da Formação Cauê e os dolomitos da Formação Gandarela, constituem o Grupo Itabira, caracterizam a instalação de uma plataforma marinha de aproximadamente 2,4 G.a. Os itabiritos da Formação Cauê encontram-se deformados pelo Evento Transamazônico. Aos itabiritos relacionam-se os enormes depósitos de ferro do QF. Tipos de itabiritos: Itabirito comum ou silicoso e/ou Itabirito dolomítico, sendo os minerais utilizados para a exploração de ferro a hematita, goethita e a magnetita subordinada. Os itabiritos apresentam-se duros ou friáveis, com diferentes graus de enriquecimento dependendo da intensidade dos processos supergênicos associados à alteração laterítica. A intensa percolação da água de origem superficial provoca a lixiviação da sílica e a concentração relativa do ferro na forma de hematita residual friável e de goethita neoformada.
Jazidas de Ferro da Serra da Serpentina, Conceição do Mato Dentro: Os três principais depósitos de ferro são Serra do Sapo, Serra da Serpentina e Morro do Pilar. hematitas do tipo especular, tabular e globular, além de magnetita.
Depósitos de Ouro Associados ao GB Rio das Velhas: Os corpos mineralizados possuem forma alongada, os depósitos de ouro estão hospedados em BIFs do arqueano, na maior parte na fácies xisto verde, pertencentes ao Grupo Nova Lima da base do Supergrupo-Greenstone Belt Rio das Velhas. Os depósitos de Moro Velho e Cuiabá são de classe mundial. Idade Neoarqueano. Zonas de cisalhamento são acompanhadas por intensa alteração hidrotermal nas rochas máficas e ultramáficas.
Os depósitos de ouro se encontrarem preferencialmente associados a zonas de cisalhamento afetando as fácies BIF e Lapa Seca. Ouro associado a arsenopirita, pirita e pirrotita. Exemplo de Minas: Mina de Nova Lima–Caeté e Barão dos Cocais.
Depósitos Au-U-Pi da Formação Moeda: Na base do Supergrupo Minas, ocorrências minerais principais nos conglomerados basais da Formação Moeda com associação Ouro-Uraninita-Pirita detríticos. Na matriz dos conglomerados existe: zircão, turmalina, monazita e rutilo. A deposição dos conglomerados foi realizada por leques aluviais e de rios entrelaçados, com posterior influência da tectônica dúctil-rúptil, sendo então o depósito classificado como Paleoplacer Modificado.
Depósitos Au do Distrito de Mariana: Localizados por volta de Ouro Preto e Mariana, depósitos atualmente bem escassos.
Depósito Au de Passagem de Mariana: A Mina de Passagem situa-se na zona de contato entre os xistos do Grupo Nova Lima e os itabiritos do SGM, a qual é caracterizada como uma zona de cisalhamento, subparalela à superfície da xistosidade Sn e do acamamento S0. Dois tipos de minério ocorrem na Mina de Passagem: Anfibólio xisto, rico em pirrotita na forma de lente hospedada no itabirito dolomítico; e Veios de quartzo branco, ricos em turmalina (dravita) com ankerita, sericita e sulfetos, constituindo o principal minério. O principal sulfeto é a arsenopirita, associada à pirrotita, pirita, calcopirita, galena, bertierita e lölingita subordinadas. O ouro é associado à arsenopirita e ocorre nas fraturas deste mineral.
Depósito Au de Antônio Pereira: Localizado no flanco nordeste do anticlinal de Mariana, encaixado em diferentes dolomitos da Formação Gandarela, intercalados com itabiritos silicosos, dolomíticos e manganesíferos da Formação Cauê. Nos dolomitos ao leste da Formação Gandarela, o sistema de veios mineralizados encontra-se alterado numa massa friável argilo-arenosa, de coloração vermelho escuro a amarelo, que constitui o minério chamado “Bugre”. O “Bugre” resulta da alteração do material que compõe os veios e consiste num saprólito vermelho quartzo-goetítico com importante contribuição de magnetita martitizada, hematita e caulinita, além de turmalina, criptomelana e pirolusita. Contém os maiores teores de ouro e altos teores de arsênio.
Depósitos Au do Distrito de Cauê: Localizados no Distrito de Itabira, são associados aos itabiritos tipo Lago Superior da Formação Cauê (Grupo Itabira) do SGM. Encontram-se num minério, denominado Jacutinga de cor preta, friável, com ausência de sulfetos, com presença de quartzo, de óxidos de ferro, como hematita granular e especular, magnetita, limonita e goethita, e de óxidos de manganês, possui associação com talco, caulinita, apatita, monazita e turmalina, e principalmente tem teores muito elevados de ouro associado ao paládio e mais subordinadamente, à platina. As principais ocorrências de Jacutinga no QF se distribuem nas seguintes minas: Gongo Soco, Morro Água Quente. Os minerais do grupo da platina (EGP) são paladseíta, isomertieíta, arsenopaladinita.
A região do Quadrilátero Ferrífero (QF) é bastante rica em depósitos minerais devido ter evolução geológica policíclica bastante complexa, com sistemas de falhas sendo reativados, que serviram para o transporte de fluidos enriquecidos em Fe, Mn, Au. A fertilidade ocorreu junto aos períodos de acresção continental. Houve ciclicidade de picos metalogenéticos com a acresção crustal. Existiu também a ocorrências de processos hipogênicos que enriqueceram o minério. Outro fator para a fertilidade foi a existência de rochas reativas.
Os depósitos de ouro são do tipo ouro orogênicos, boa parte hipozonal, associados a rochas reativas, também se encontra o ouro em conglomerados de um sistema de Paleoplacer Modificado, na forma Jacutinga. No geral o ouro encontra-se disseminado na arsenopirita ou nas fraturas deste mineral, bem como nos conglomerados e disseminado em outros sulfetos. Os principais controladores foram falhas regionais, que foram posteriormente reativadas, rochas reativas, sistemas fluviais no casodo Paleoplacer.
11. Qual a relação entre os depósitos da região de Tumucumaque-Serra do Navio e do lineamento Jaceaba-Bonsucesso? Como se formam? Quais são os minerais de minério e idade dos depósitos? Qual a relação entre depósitos de ouro do lineamento Congonhas-Itaverava e os da região de Brumado na Bahia? Como se formam, quais são os minerais de minério e a idade dos depósitos?
R: Os depósitos da região da Serra Tumucumaque- Navio estão na porção central do setor Amapá, a norte do cráton amazônico. A região é caracterizada por granitóides do tipo TTG e Greenstone belts Paleoproterozoicos, com destaque aos Greenstone belts de Tumucumaque e Vila Nova.
O setor Amapá caracteriza uma porção de costa continental deformada no ciclo no metamorfismo de alto grau, com ocorrências vulcânicas. O embasamento corresponde aos complexos metamórficos ortoderivados Jari Guaribas, Baixo-Mapari, Tumucumaque e Guianense, a idade de formação da crosta é entre 2,83 e 3,31 G.a. Um evento granulítico Paleoproterozoico (2,10 e 2,08 G.a), na fase colisional do ciclo Transamazônico, e outros eventos tectonotermais posteriores, nas fases tardi- a pós-colisional, afetaram o embasamento nos corpos granitóides das suítes intrusivas Igarapé Careta e Parintins, Alaskito Urucupatá, Granito Charuto. Outros corpos intrusivos incluem o Complexo Bacuri, com rochas máfico-ultramáfica acamadada, cortando o embasamento gnáissico-migmatítico do Complexo Tumucumaque de 2,85 G.a. O cinturão metavulcanossedimentar do grupo Vila Nova marca o limite norte do setor Amapá, é representado por sequências metamáfico-ultramáficas, químico-exalativas e metassedimentares, com metamorfismo em fácies xisto verde a anfibolito, idade de 2,08 G.a.
O Grupo Vila Nova tem diversos depósitos auríferos, o principal é o depósito de ouro orogênico o Amapari, os maiores corpos de minério são Urucum, ao norte, e Taperebá, ao sul. A formação do depósito está ligada a intrusão granito Amapari, às encaixantes seriam xistos pelíticos, formações ferríferas (fácies óxido e silicato), rochas carbonatadas e escarnitos subordinados, cuja mineralogia indica metamorfismo em fácies anfibolito causado possivelmente pelo contato com o corpo granítico. Essa ocorrência ígnea é contemporânea nas fases finais do ciclo orogênico Transamazônico, onde colisão continental deu origem à fusão crustal, gerando granitos peraluminosos e criando às condições estruturais para migração de fluidos. Os minerais de minério são pirrotita, pirita, calcopirita, pentlandita, esfalerita, galena e arsenopirita. As idades Pb-Pb obtidas por lixiviação de sulfetos nos corpos Taperebá e Urucum, são 2115 ± 65 M.a e 2118 ± 32 M.a, seriam as idades de formação do minério.
Os depósitos de ferro teriam origem sedimentar, sugerido pela grande continuidade lateral da formação ferrífera, originalmente depositado em 2,26 G.a, sofreu enriquecimento supergênico entre Eoceno e Oligoceno. Os depósitos seriam Bacabal, Leão, Santa Maria, Baixio Grande ou Lagos e Serra das Coambas, distribuídos nas porções centro-sul e centro-leste do estado do Amapá, o mineral de minério é a hematita. Os depósitos são camadas descontínuas de formação
ferrífera intercalada em uma sequência de xistos pelíticos, itabiritos e quartzitos do Grupo Vila Nova.
O Grupo Vila Nova nessa região é composto, por três unidades, o metamorfismo aumenta de fácies xisto verde a anfibolito da base para o topo : (1) metaconglomerado quartzito com intercalação de metaconglomerado; (2) xistos cloríticos ou hematíticos, quartzito ferruginoso e itabirito; (3) anfibolito, e clorita xisto com intercalações de quartzito sericítico. A presença de
diamante picrito indica uma fonte ultramáfica. As idades de mineralização são ~2260 M.a, depósitos sedimentares do tipo paleoplacer.
Os depósitos manganesíferos da Serra do Navio no grupo Vila Nova são referentes aos pacotes de anfibolitos da Formação Jornal acima do embasamento gnáissico arqueano e sobrepostos por xistos com almandina, andaluzita e sillimanita podendo ser quartzosos ou grafitosos, quartzitos e lentes de protominério manganesífero. A formação dos depósitos está relacionada a calcários manganesíferos puros ou impuros, depositados em ambiente redutor em associação com pelitos ricos em matéria carbonosa que deram origem à xistos grafitosos. O metamorfismo em fácies anfibolito originou as formações manganesífera resultando em lentes de protominério carbonático devido a presença de carbonato de manganês nos calcários e gondítico devido a presença de silicatos granatíferos. 
O Lineamento Jaceaba-Bom Sucesso marca o limite norte do Cinturão Mineiro na porção
meridional do cráton São Francisco, se estende desde a Serra da Moeda até a cidade de Lavras, é representada a oeste quartzitos , granitoides, xistos, rochas máficas e ultramáficas, anfibolitos e gnaisses e a leste pela sequências de estratos alongadas de rochas vulcanossedimentares do tipo Greenstone belt (Greenstone Belt Rio das Mortes, Nazareno e Dores do Campo) cortados por intrusões graníticas e tonalíticas Paleoproterozoicos, associados aos estágios de deformação do Cinturão Mineiro. A evolução das rochas granitoídes do tipo TTG tem origem na acreção de crosta no período 3,21- 2,77 G.a. Posteriormente um evento Neoarqueano que inclui magmatismo rico em K e associado a Orogenia Rio das Velhas, onde se formou o Greenstone belt Rio das Velhas e os complexos granito-gnaisse em um contexto de margem ativa que data 2,79 e 2,70 G.a. O lineamento possui BIFs associados ao Supergrupo Minas na formação Cauê, no entanto na região do lineamento as rochas associadas a essa formação ferrífera estão intensamente deformadas durante o Paleoproterozoico.
A Formação Cauê representa uma formação ferrífera do tipo Lago Superior metamorfizada em itabiritos contendo as variedades siliciosas, dolomíticas, anfibolíticas e ricas em Mn, também mármores dolomíticos e grandes pacotes de alto teor, e minérios de ferro supergênicos. Idade de formação é 2453 ± 18 M.a. Os minérios presentes nas formações ferríferas do tipo lago superior variam quanto às fácies sedimentares dos ambientes de deposição de maneira que os depósitos se tornam mais oxidantes em direção ao litoral (óxido, silicato, carbonato e sulfeto). Sendo formações que se originam na deposição em margens cratônicas, plataformas continentais marinhas e em bacias rasas do tipo rift, estão possivelmente ligados às fases extensionais da orogênese Transamazônica e alguns de seus minerais de minério são magnetita e hematita (fácies óxido), siderita e ankerita (fácies carbonato) e pirita (fácies sulfeto).
Os depósitos do Lineamento Tumucumaque-Serra do Navio possuem relações genéticas com os depósitos do Lineamento Jaceaba-Bom Sucesso, ambos tem a origem de seus depósitos ligadas a deformação do evento de orogênese Transamazônica e seus depósitos tem associações com sequências metavulcanossedimentares do tipo Greenstone belt. Outro fator em comum aos depósitos de Fe dessas regiões é a presença de BIFs .
O Lineamento Congonha-Itaverava é uma grande zona de cisalhamento, marca o limite nordeste do Cinturão Mineiro. A região contém rochas como granitóides, metamáficas e metaultramáficas, a evolução desse terreno relacionada ao evento colisional Paleoproterozoico de Orogenia Riaciano. O lineamento abriga várias sequências metavulcanossedimentares correlacionadas a Greenstone belts compondo o Cinturão Congonha-Itaverava, onde poderiam ser síncronas as rochas do Supergrupo Rio das Velhas no Quadrilátero Ferrífero assim Neoarqueanas. Mas também o Cinturão Congonhas-Itaverava seria ser pertencentes ao Greenstone belt Barbacena que se divide em Greenstone belt Rio das Mortes e Greenstone belt Nazareno que apresentam idades Paleoproterozoicas. A origem dos depósitos auríferos possivelmente ligadas a Orogenia do Riaciano, às ocorrências se hospedam em zonas de cisalhamento e são sincrônicas à atividade de estruturas de caráter compressivo classificando os depósitos como de ouro orogênico. Os minerais de minério são pirrotita, pirita,calcopirita e arsenopirita, os depósitos têm idades 2672 ±14 M.a medidas por U-Pb em monazita dos depósitos Cuiabá e Morro Velho e 2730 ±42 M.a, medidas por U-Pb em monazita no depósito Lamego.
O Greenstone belt Brumado está localizado no Bloco Gavião, porção ocidental do Cráton São Francisco. Essa porção do bloco é formada por um conjunto de gnaisses co, protólito em granitóides TTG, alguns migmatizados, anfibolitos, granulitos de idade arqueana-Paleoproterozoica e pacotes reliquiares das sequências metavulcanossedimentares arqueanas nos terrenos Greenstone belt de Umburanas, Ibitira-Ubiraçaba, Brumado e Guajeru. A metalogênese da região estão associadas a diferentes eventos deformacionais, no arqueano com os depósitos associados a granito- Greenstone e a intrusões máfico-ultramáficas em terrenos do tipo TTG, alguns são o zinco do Greenstone belt de Mundo Novo, associação de Fe-Ti-V±EGP de Maracás, cobre do Vale do Curaçá, ferro de Caetité e de magnesita-talco de Brumado. Já no Paleoproterozoico esses mesmos depósitos foram deformados pelo evento Brasiliano, os esforços colisionais causaram falhas de empurrão e dobras com vergência para o cráton gerando metamorfismo e remobilização e enriquecimento de depósitos anteriormente formados, a exemplo do Fe e Mn de Urandi-Licínio de Almeida-Caetité, magnesita e talco de Brumado. Ao todo o intervalo que corresponde aos processos evolutivos desses depósitos compreende o intervalo entre 3300 a 500 M.a. Há diversas mineralizações auríferas no Bloco Gavião, porém o depósito marcante é o de magnesita da Serra das Éguas no Greenstone belt Brumado, reservas de 150 Mt e de talco com reservas estimadas em 1 Mt.
As mineralizações auríferas mais significativas localizam-se na Serra do Eixo e Morro do Sucuriú, destaca-se como mais consistentes para ouro, agrupados em doze faixas, seguindo zonas de cisalhamento e contatos litológicos onde ocorrem afloramentos de derrames komatiíticos, quartzitos e metachert cortados por zonas de cisalhamento com veios de quartzosos em sequências metavulcanossedimentares. Os principais minerais de minério envolvem calcopirita, pirrotita, arsenopirita e pirita.
13. O que caracteriza a geologia das regiões de Iriri-Xingu e dos Tapajós? Qual a idade predominante das rochas que afloram nestas regiões? O que isso significa em termos de geotectônica e metalogenia? Cite e descreva exemplos mais jovens (ex: Cretáceo, Cenozoico) onde a geologia e os depósitos minerais são semelhantes.
R: O cráton amazônico, é uma plataforma Arqueana retrabalhada e reativada durante o evento Transamazônico. O cráton é dividido em províncias geocronológicas, o Domínio Iriri-Xingu, ao sul da Província Amazônia Central (1,90-1,86 G.a), o Domínio Tapajós representa o maior segmento da Província Tapajós Parima, pertencente à porção central desta província (2,03- 1,86 G.a), limitada ao leste pela região Iriri-Xingu. 
Na região de Iriri-Xingu tem rochas vulcano-plutônica associadas ao magmatismo Uatumã, representadas pelas rochas vulcânicas félsicas do Grupo Iriri e granitóides Paleoproterozoicos calcioalcalinos. Com sequências de cobertura sedimentares depositadas devido a evolução do rifte continental, com relação ao afinamento crustal, ocorreu depois do amalgamento de massas continentais no Riaciano e o Orosiriano.
As rochas vulcânicas da região são de idade Paleoproterozóica (1886 a 1878 M.a). Na região de Tapajós é raro rochas metavulcanossedimentares, gnaisses, granitóides e rochas vulcânicas relacionadas a possíveis ambientes de arco magmático (Orogênese Cuiú-Cuiú), de associação vulcano-plutônica intracontinental e coberturas sedimentares de rifte continental, possui grande produção de crosta continental, envolveu eventos de acresção e encurtamento crustal em 2,00 G.a e 1,96 G.a e entre 1,90 e 1,87 G.a. Além das rochas ígneas cálcio-alcalinas de 1,89 a 1,88 G.a do Domínio Tapajós podem estar relacionadas ao arco magmático Parauarí, que foi um magmatismo pós-orogênico.
Há zoneamento de mineralizações de metais básicos do tipo pórfiro Au–Cu–(Mo), epitermal de metal base Au–Ag e granitóides do tipo A, que se desenvolveu entre 2,0 e 1,88 G.a. O zoneamento se relaciona a zona de subducção do tipo andino, com geração inicial de magmatismo cálcio-alcalino de alto K. 
A mineralização epitermal de alta sulfetação Paleoproterozoica ocorre em rochas vulcânicas félsicas cálcio-alcalinas do Grupo Iriri. Estudos detalhados na Província Dourada do Tapajós reconheceu-se uma mineralização de ouro de alta sulfetação Paleoproterozóica preservada e hospedada por riolitos e rochas vulcanoclásticas formadas em vulcões pós-caldeira do Grupo Iriri. As rochas cálcio alcalinas metaluminosas tem relação geoquímica e geocronológica com os granitoides cálcio alcalino Pedra Pintada e Água Branca, se relacionam ao estágio final do evento transamazônico.
A Província Tapajós tem relação com mineralizações auríferas, uma das maiores províncias produtoras de ouro do país. Nos depósitos primários tem associação do ouro com a prata e metais base, como o cobre. As mineralizações são associadas a zonas de cisalhamento e intrusões graníticas, com associação de diques máficos e de andesitos, depósitos do tipo epitermal e supergênicos, essa mineralização é compatível com depósito do tipo orogênico. 
Há mineralizações auríferas, alterações hidrotermais como sericitização, silicificação, sulfetação, cloritização e carbonatação, na principal zona de cisalhamento, denominada Ouro Roxo-Cantagalo. Devido conta dessa zona de cisalhamento há ocorrências primárias de ouro no veios de quartzo encaixados nos ortognaisses do Complexo Cuiú-Cuiú (rochas hospedeiras da mineralização aurífera), à leste da zona de cisalhamento Ouro Roxo-Cantagalo, com concentrações de sulfetos. Há pirita disseminada em veios de quartzo, relacionado a abundância de ouro na região. Com o aumento da atividade garimpeira, descobriu-se ocorrências de calcopirita, galena e esfalerita, associadas a zonas de alteração serícitica em rochas ígneas félsicas. No norte da zona, ocorre ouro em veios de quartzo encaixados nos granitos da Suíte Parauarí. Os depósitos auríferos do Domínio Tapajós têm relação a modelos magmático-hidrotermais, são associados ao desenvolvimento de arcos magmáticos continentais e a modelos metamórfico-hidrotermais, correspondem aos depósitos de ouro orogênico ao longo de zonas de cisalhamento.
Castelo de Sonhos é um depósito aurífero contendo metaconglomerados e metarenitos da Formação Castelo dos Sonhos (<2080 M.a). Há quatro formas de ocorrência do ouro: em aluviões, em depósitos coluviais e coberturas lateríticas, em metaconglomerados e em metarenitos. Situado na porção centro-sul do Cráton Amazônico, próximo ao limite entre os domínios Tapajós e Iriri-Xingu. A mineralização aurífera está nos depósitos alojados nos terrenos de granito-greenstone do Arqueano, com produção de ouro. Os Greenstone belts, associados a rochas dos depósitos com diversas substâncias, como ouro, prata, chumbo, cobre, níquel, cromo e zinco.
A província do quadrilátero ferrífero em Minas Gerais, com os depósitos de ouro são exemplo de depósitos orogênicos no Greenstone belt Arqueano Rio das Velhas. O QF tem associação a formações ferríferas bandadas do tipo Algoma. As rochas originais são do Arqueano-Cenozoico. Outro caso são depósitos das Províncias Ferríferas de Carajás (PA), de Vila Nova (AP), do Quadrilátero Ferrífero (MG), com formações ferríferas originais do Arqueano e do Paleoproterozoico, desde o Cretáceo superior, no Brasil que com clima tropical úmido, a região foi submetida a um intenso processo de intemperismo químico, rochas originais foram lixiviadas, formando espessa camada de intemperismo enriquecido em ferro, alumínio e em outros elementos, incluindo ouro.