Já tem cadastro?
Você viu 1 do total de 5 páginas deste material
Prévia do material em texto
@veterinariando_ Estenose nasal • É caracteriza pelo estreitamento dos orifícios nasais que ficam reduzidos a uma pequena fenda levando a quadros de dispneia inspiratória • As narinas são compostas por cartilagens nasais dorsais, laterais e acessórias • A contração das fibras musculares faz com que ocorra a abdução dessas cartilagens, permitindo o alargamento das narinas • A porção bulbosa desta concha forma a prega alar na narina • Nos cães e gatos braquicefálicos as pregas alares costumam ser curtas e espessas e é uma afecção que acomete cerca de 40-50% desses animais → cavidade nasal curta e estreita • Quando há fraqueza cartilaginosa ou muscular é comum que as pregas alares colapsem para dentro na narina • A estenose nasal está associada à malformação da cavidade nasal e cornetos • A correção precoce reduz a piora de outras condições → palato mole alongado e colapso laríngeo Animais que apresentam dispneia severa (cianose, hipertermia ou colapso), devem ser imediatamente colocados em suporte de oxigênio o Podem ser sedados e colocados na fluidoterapia Em alguns casos há necessidade de realizar intubação (palato alongado e colapso de laringe) RX → utilizadas para descartar hipoplasia traqueal Ressecção em cunha da prega alar (mais comum) Amputação da prega alar Alapexia • Bons resultados cosméticos e bem- sucedida na maioria dos pacientes • A incisão deve ser profunda o suficiente para incluir uma porção da cartilagem ventral • Pacientes que apresentam fraqueza muscular, deve-se suturar as pregas alares na face em posição abduzida (alapexia) Técnica cirúrgica 1. Animal em decúbito esternal (cabeça apoiada em uma toalha) 2. Segurar o meio da porção ventral da prega alar, paralelo à borda medial 3. Preservar uma parte da dobra (limite da abertura nasal) 4. Realizar incisão paralela à borda da abertura nasal 5. Incisão após a pinça do polegar 6. Preserva a inserção da prega alar 7. Inserir a lâmina profundamente 8. Ainda segurando com a pinça, realizar incisão lateral 9. Comece o corte dorsalmente como antes, começando na incisão anterior 10. A cunha resultante terá uma forma piramidal → Suturar com fio monofilamentar absorvível 4.0 (PSS) → Deixe as pontas de sutura longas e prenda-as com uma pinça → Retraia a primeira sutura dorsalmente para visualizar o defeito ventral → Sutura (PSS) no meio do defeito ventral → Soltar a retração → Repita o processo do outro lado (cuidado com a simetria) CONSIDERAÇÕES A hemorragia desaparece ao final da primeira sutura O animal deve utilizar colar elizabetano As complicações com essa técnica são raras e quando há afecção são isoladas Cuidado → a abertura do ducto nasolacrimal é variável nos braquicefálicos Em cães com focinhos médios ou longos, ducto se abre na inserção ventromedial da prega alar Palato mole alongado • O palato se alongar com o aumento da pressão inspiratória secundária à obstrução do trato respiratório superior (paralisia laríngea) • É mais comum em cães braquicefálicos • O palato mole alongado se torna espessando com a evolução do quadro • Animais taquipneicos por estresse, calor ou esforço excessivo podem apresentar cianose, colapso, hipertermia • em casos graves pode haver a necessidade de intubação ou traqueostomia Respiração estertorada Ronco durante o sono Intolerância leve ao exercício Vômitos Engasgos Regurgitação Avaliação do comprimento do palato com o animal anestesiado RX → espessamento e alongamento do palato Outras anomalias podem estar associadas: o Sáculos laríngeos evertidos o Narinas estenóticas o Traqueia hipoplásica o Colapso laríngeo o Crescimento anormal da concha com obstrução das coanas 75% dos cães braquicefálicos com síndrome de vias aéreas superior apresentam gastrite e outras anomalias digestivas concomitantes Evitar a utilização de morfina na MPA, pois prolonga a recuperação, aumentando a chance de aspiração A indução deve ser rápida e a intubação imediata O tubo é preso ao maxilar inferior Utilização de AIE (dexametasona 0,25mg/kg – IV) após a indução anestésica para diminuir o edema Animal em decúbito esternal, com boca aberta e apoiando o maxilar em um suporte A cirurgia feita é a estafilectomia Técnica cirúrgica • É difícil determinar o comprimento adequado do palato -> tubo endotraqueal pode alterar a orientação normal dos tecidos o É feita uma marcação, o animal é extubado temporariamente para que a marcação seja comparada à ponta da epiglote (necessidade de pequena sobreposição) • A ressecção pode ser realizada com: o Laser de dióxido de carbono – hemostasia imediata o Bisturi radiocirúrgico o Técnica de corte e sutura, em que o excesso de tecido palatino é excisado e suturado em etapas 1. Sutura com fio monofilamentar nas margem direita e esquerda do palato 2. Retração da ponto do palato rostralmente 3. Marcar o local, extubar e avaliar o tamanho 4. Corte um terço do palato que será excisado com a tesoura 5. Utilização de sutura monofilamentar 4-0 absorvível, suture a mucosa nasal à submucosa oral (PSC) 6. Coloque uma pinça hemostática na extremidade do fio 7. Espace as suturas de 3 a 4mm 8. Continue a técnica de corte e sutura em duas etapas 9. Depois de completar os nós finais, corte todas as pontas CONSIDERAÇÕES Alguns animais podem precisar de sedação leve Monitoras se animal irá apresentar dispneia e cianose em pós- operatório, além de edema grave ou pneumonia Se a ressecção foi inadequada os sinais clínicos provavelmente voltarão a acontecer Se a recessão for excessiva, o animal fará refluxo de água e comida pelo nariz Traqueostomia É indicada para a traqueostomia temporária com tubo é o alivio emergencial da obstrução das vias aéreas superiores por diversos fatores: → Trauma, neoplasia, cirurgia, infecção, reações alérgicas, inchaço, corpos estranhos, formação de tecido cicatricial , paralisia laríngea Animal em decúbito dorsal e o pescoço estendido Tricotomia e antissepsia do espaço intermandibular até a entrada torácica Incisão na pele, gordura subcutânea e músculo caudal à cartilagem tireóidea Incisão traqueal pode ser horizontal ou vertical e com incisão linear em formatos variáveis U, I ou H 1. Incisão cutânea na linha média de 4- 10cm começando na cartilagem cricóide 2. Dissecação dos tecidos subcutâneos e músculos esterno-hióideo 3. Separação dos músculos esterno- hióideos na linha média com uma lâmina ou tesoura 4. Incisão entre 3 e 4 ou 4 e 5º anéis de cartilagem 5. Posicione suturas de nylon ou polipropileno ao redor do anel de cartilagem acima e abaixo da incisão 6. Tração das suturas para cima e para longe umas das outras para expor o lúmen traqueal 7. Insira o tubo 8. Ressecar uma porção semicircular dos anéis se o tubo estiver entrando com dificuldade 9. Conectar a mangueira de O2 ao tubo de traqueostomia 10. Prendar o tubo no paciente 11. Sutura interrompida na pele CONSIDERAÇÕES Monitoramento do animal Animais acordados o cuff fica desinflado para reduzir a chance de obstrução ou dano traqueal A pele ao redor do tubo deve ser limpa diariamente Se o lúmen ficar estreitado por secreções endurecidas, o tubo deve ser substituído sob sedação Tubo é removido assim que houver resolução da obstrução das vias aéreas superiores Após redução do tubo a ferida cicatriza por segunda intenção Toracostomia • Indicado para remoção de ar ou líquido intrapleural • Ainda podem funcionar como via de lavagem pleural ou para aplicação de medicamentos regionais • É um técnica invasivae com diversas complicações • Pode ocorre pneumotórax ou hemorragia em pós-operatório • O tubo utilizado pode ser de borracha (mais flexível) ou tubo próprio que são mais rígidos e causam maior desconforto no animal, podendo ate perfurar o pulmão durante a colocação • Deve ser feita radiografia torácica para verificar a posição do tubo após sua colocação • O local de saída do tubo é enfaixado para reduzir a contaminação e vazamento • Adição de torneira de 3 vias • Os tubos são removidos cortando a sutura e puxando com firmeza, o tempo de cicatrização é de 1 a 2 dias • Complicações: obstrução do tubo por coágulos ou detritos, pneumotórax, infecção hospitalar, enfisema subcutâneo, formação de seroma, danos ao coração o MazzaroL.; Leon-RomanM. A. Correção de estenose de narina – Relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 55-55, 29 ago. 2016. o Moreira KSC, Santos HGG, Melo GM. SÍNDROME RESPIRATÓRIA OBSTRUTIVA DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES EM CÃES BRAQUICEFÁLICOS. 2021(22); 1238-1250.
Compartilhar