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Ponto de Equilíbrio e Gestão Financeira

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Técnicas de 
Apreçamento 
Estratégico
Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Fabiano Siqueira dos Prazeres
Revisão Técnica e Adequação:
Prof. Ms. Jean Carlos Cavaleiro 
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli 
5
•	Sistema de Custeio
•	Ponto de Equilíbrio
Aqui vão algumas dicas para que você aproveite ao máximo a disciplina:
•	 Leia atentamente o conteúdo da disciplina;
•	 Alguns conceitos exigirá que o aluno pesquise sobre o tema para entender em 
profundidade os custos.
•	 Onde há calculo, é importante que se faça seguindo o modelo que está no material;
•	 Não deixe de participar do fórum de discussão e de todas as atividades propostas.
 
 Atenção
A sua participação ativa nessas atividades fará com que seu aprendizado se potencialize. Organize-
se e aproveite! Durante leitura, aproveite para registrar os aspectos que achar mais importantes e as 
dúvidas que surgirem. 
 · Mostrar de forma sucinta a relação existente entre as vendas, os 
custos fixos e variáveis, o nível de atividade desenvolvido e o 
lucro alcançado ou desejado, além da margem de contribuição 
relacionada com o custeio variável.
 · Essa unidade aponta a necessidade das empresas de estarem 
sempre em controle permanente do lucro, prejuízo, investimentos 
realizados, tecnologia empregada e qual o resultado alcançado, 
através de ferramentas como o ponto de equilíbrio padrão, ponto 
de equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio financeiro, ponto de 
equilíbrio econômico, gerando informações suficientes capazes de 
mostrar realmente a situação da empresa ou organização, e se está 
com lucro ou prejuízo, e analisar a Margem de Contribuição, que 
cobre os custos e despesas fixas.
 · Na unidade anterior, deu-se uma prévia do que é ponto de equilíbrio, 
aqui vamos entender sua aplicação e as formas existentes.
Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
6
Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
Contextualização
A gestão financeira precisa ter olhar para toda a organização, podemos dizer que a área 
financeira é o coração da empresa, não por ser a mais importante, mas sim por ter transitado 
no local todo e qualquer acontecimento de uma organização. Tudo que ocorre em uma 
empresa passa pelo financeiro, tais como: propaganda, contratação de funcionário, compra de 
maquinário, vendas etc. Assim grande parte do planejamento estratégico de uma organização 
deve passar pelo crivo e disponibilidade financeira. 
Tal situação pode ser confirmada observando algumas ações, como preço de venda, para 
que um produto seja vendido por determinado valor se faz necessário que algumas condições 
sejam atendidas, como previsão de demanda, custos fixo e custos variáveis sejam respeitados.
Assim alguns conceitos são relevantes para o gestor financeiro, deve saber o quanto deve 
vender para cobrir os custos fixos e variáveis, assim saberá que ao ultrapassar esse valor 
corresponderá ao ganho da empresa. Verá que há três formas de fazer essa análise, chamada 
de ponto de equilíbrio. 
O ponto de equilíbrio contábil verifica o volume necessário para de vendas para cobrir as 
despesas fixas e variáveis, assim não terá ganhado nenhum, mas não deverá nada também, é 
o chamado lucro zero. 
Mas sabe-se que há despesas chamadas despesas não desembolsáveis, como por exemplo, a 
depreciação, assim é importante saber o ponto de equilíbrio que leva em consideração o fluxo 
de entrada e saída da empresa, considerando somente as despesas que geram saída de caixa. 
Uma outra forma de calcular o ponto de equilíbrio é incluir nos custos fixos e variáveis os 
lucros desejados, esse seria o ponto de equilíbrio econômico, sendo importante para saber o 
volume a ser vendido para obter o lucro desejado. 
Para que esses três itens sejam atingidos o preço de venda é crucial, o gestor financeiro deve 
entender as técnicas de apontamento de preços. 
7
1. Sistema de Custeio
O sistema de custeio variável, como já foi dito, é útil para a tomada de decisões administrativas 
ligadas à fixação de preços, decisão de compra ou fabricação, determinação do mix de produtos 
e, ainda, possibilita a determinação imediata do comportamento dos lucros em face das 
oscilações de vendas.
É uma das formas de custeio, pois considera os custos indiretos de acordo com o volume 
trabalhado e dispêndio que tal produto ou serviço representa ou consome.
Para que não se esqueçam de custo e despesas 
variáveis variam diretamente com o volume da produção 
ou das vendas, exemplo: mão-de-obra direta, matéria-prima 
e comissões de vendas. Uma técnica que gosto de apresentar 
aos alunos para fazerem essa classificação se determinado 
custo é ou não variável é fazer a seguinte pergunta:
Se produzir ou vender um volume maior vai gastar mais? 
Se a resposta for positiva será custo ou despesa variável.
Os custos e despesas variáveis têm as seguintes características para Oliveira (2008):
•	variam	no	total	em	produção	direta	ao	volume	de	atividades;
•	permanecem	constantes	do	ponto	de	vista	unitário,	ainda	que	varie	o	volume	de	produção;	
•	podem	ser	apropriados	com	maior	precisão	aos	produtos.
O controle de seu consumo é de responsabilidade dos níveis inferiores da administração.
A apuração deve ser precisa e é específica para cada tipo de produto, por exemplo, se vamos 
vender sorvete na praia quais seriam os custos de despesas que poderíamos apontar como variáveis?
Vamos desenhar um cenário:
O vendedor de sorvete é um torcedor roxo que busca dinheiro extra para assistir aos seus 
jogos de futebol, ter suas roupas do time etc. 
Então, o meio encontrado foi vender sorvete na porta do estádio.
A diária do carrinho é de R$ 50,00; cada sorvete é R$ 0,50; precisa, para hidratar-se, beber 
um copo de água mineral a cada uma hora, que custa R$ 1,00 (trabalha oito horas por dia); o 
custo com almoço diário é de R$ 20,00; precisa oferecer guardanapo para os clientes, o pacote 
com 100 unidades custa R$ 3,00. 
Lembrete:
Custo – ligado ao produto 
.
Despesa – é administrativ
o – 
suporte ao processo produt
ivo.
8
Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
Nesse cenário, quais seriam os custos variáveis:
Separando os custos:
Aluguel do carro - 50,00
Água - 8,00
Almoço - 20,00
Guardanapo - 0,03
Sorvete - 0,50
Agora para reforçar faça a pergunta acima apontada e veja como é fácil fazer as classificações. 
1.1 Custos e despesas fixos
Não variam diretamente com o volume de produção ou de vendas, exemplo: aluguel de 
fábrica, salários de gerentes, honorários da diretoria e despesas administrativas.
Possuem as seguintes características:
 – o volume total é fixo dentro de certo intervalo de produção;
 – diminuem, unitariamente, à medida que aumenta o volume de produção;
 – seu controle depende de níveis superiores da administração.
Vejamos um exemplo de estudo feito em uma fábrica:
Fixos:
Aluguel do carro - 50,00
Água - 8,00
Almoço - 20,00
Variáveis:
Guardanapo - 0,03
Sorvete - 0,50
9
Para Oliveira (2008), a separação entre fixos e variáveis deve ser entendida com algumas 
observações. Os custos variáveis, que são sempre iguais por unidade produzida, podem, a partir 
de certo volume de produção, aumentar unitariamente. Os fixos também podem ser alterados 
em seu total quando a empresa se aproxima de sua capacidade máxima de produção. Dessa 
forma, o comportamento dos custos fixos e variáveis deve ser analisado dentro de certa faixa 
de produção ou intervalo de significância, como apontado acima.
Para Martins (2000), uma empresa não oscila tão facilmente o seu volume de atividade, e 
isso simplifica bastante a tarefa, já que o importante é analisar o comportamento dos custos e 
despesas fixos e variáveis dentro de certos limites normais de variação.
Por isso, talvez seja bastante conveniente uma representação linear de ambos, mas lembrando 
que sempre que ela tem validade restrita; aumentando ou diminuindo bastante o volume da 
atividade da empresa, a representação terá também que mudar.
ParaRodney (2004), custos, preço e volume são fatores considerados no planejamento e na 
análise da variação do lucro.
Você concorda com isso?
Pense
Vamos imaginar uma situação hipotética: uma empresa, ao chegar período de pagar 13º 
salário, e não tem dinheiro em caixa para honrar esse compromisso. O que essa empresa deve fazer?
O que você faria?
Acredito que alguns responderiam pegar empréstimo, pegar uma linha de crédito. Isso até poderia ser 
um subterfúgio imediato, mas e em médio prazo, o que isso pode significar?
Significaria aumento de custos, pois dinheiro do mercado sai caro, e aqui se faz outra necessidade: 
se houve aumento de custos o que fazer? Aumentar preço de venda para cobrir os custos, ou cortar 
custos e se equilibrar?
Você já deve ter entendido a direção dessa discussão, preço de venda não se mexe sem que 
o mercado aceite isso, não depende de você, a mesma coisa preço de compra dos fornecedores, 
nem sempre há margem para essa negociação, então o gerenciamento que depende de você é 
a gestão dos custos internos.
Preço de venda geralmente é de controle limitado, o custo e o volume possuem elementos 
mais controláveis. As decisões gerenciais requerem uma análise cuidadosa do comportamento 
de custos e lucros em função das expectativas do volume de vendas.
No curto prazo a maioria dos custos e preços dos produtos da empresa podem ser 
determinados. A principal incerteza para Martins não está relacionada com custos e preços dos 
produtos, mas com a quantidade que irá ser vendida. A análise de custo/volume/ lucro aponta 
os efeitos das mudanças nos volumes de vendas na lucratividade da organização.
Pois como visto acima, quanto maior o volume produzido, o rateio dos custos fixos será menor, 
resultando em custos unitários menores, isso pode dar margem para custos mais competitivos. 
10
Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
Podemos então entender que volume reduz custos unitários, mas devemos ficar alertas, pois 
os custos unitários de produção não são os únicos custos de uma empresa, a operação em si 
gera outros custos, como por exemplo, se o produto ficar estocado em grande quantidade muito 
tempo, isso seria um custo significativo para as operações da empresa.
1.2 Margem de contribuição
Na unidade anterior, fizemos uma breve análise de margem de contribuição, aqui se faz 
necessário explorar mais essa discussão. Para Oliveira (2008), margem de contribuição é um 
conceito de extrema importância para o custeio variável e para a tomada de decisão gerencial. 
Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a 
soma dos custos e despesas variáveis. Podendo entender que margem de contribuição como a 
parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá para 
a absorção dos custos fixos e, ainda, para a formação do lucro.
Como visto a margem de contribuição é dada pela fórmula:
MC = PV –(CV + DV)
MC = margem de contribuição
PV = preço de venda
CV = soma dos custos variáveis
DV = soma das despesas variáveis
Para Rodney (2004), margem de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade, 
depois de deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto o comercializado, 
esse valor contribuirá para pagar os custos fixos da empresa e gerar lucro.
1.2.1 Vantagens e limitações da margem de contribuição.
O estudo da margem de contribuição é elemento fundamental para decisão de curto prazo. 
Além disso, o estudo da margem de contribuição possibilita análises objetivando a redução 
dos custos, bem como políticas de incremento de quantidade de vendas e redução dos preços 
unitários de venda dos produtos ou mercadorias.
Entre as vantagens e desvantagens do conhecimento das margens de contribuições dos 
setores, em percentagem, das linhas de produção e de produtos podem ser listados os seguintes:
a) é um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições 
especiais, por exemplo: quando existem restrições de matéria-prima ou horas de trabalho 
disponíveis ou por preços e quantidades diferentes dos praticados;
b) ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda 
ou colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos benefícios de 
vendas que possam trazer a outros produtos;
c) são essenciais para auxiliar os administradores e decidirem se um segmento produtivo 
(ou de comercialização) deve ser abandonado ou não;
11
d) podem ser usadas para avaliar alternativas quanto às reduções de preços, descontos 
especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o volume 
de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação dos custos 
adicionais, visando ao aumento na receita de venda. Quanto maior for o índice de 
margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais 
baixo o índice, maior será o aumento do volume de vendas necessário para recuperar os 
compromissos de promover vendas adicionais;
e) a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, 
preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões vendas;
f) também a desvantagem pode acontecer quando se baseia o cálculo dos preços de venda 
somente com dados da margem de contribuição, podendo resultar em valores que não 
cubram todos os custos necessários para manter as atividades em longo prazo;
g) é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar a administração a 
menosprezar a importância dos custos fixos.
Para Megliorini (2002), os produtos, ao serem fabricados, provocam a ocorrência dos custos 
variáveis e de certas despesas também variáveis: comissões, fretes, seguros etc.
Assim, temos custos e despesas que ocorrem em virtude de produzir e vender.
O custeio variável considera que os produtos devem ser alocados apenas nos custos variáveis, 
diferentemente do custeio por absorção, em que, além dos custos variáveis, os produtos recebem 
também os custos fixos.
Enquanto no custeio absorção pode falar em lucro por produto, ou seja, que do preço de 
venda, deduzimos os custos de produção, temos o lucro, no custeio variável isso não ocorre, 
gerando uma margem de contribuição.
A margem de contribuição para Megliorini (2002) é o que resta do preço, ou seja, do valor 
de venda de um produto são deduzidos os custos e despesas que os produtos provocam. A 
empresa só começa a gerar lucro quando a margem de contribuição dos produtos vendidos 
superar os custos e despesas fixas do exercício.
Assim, essa margem pode ser entendida como a contribuição dos produtos aos custos e 
despesas fixas e também ao lucro.
Conforme Martins (2000), a margem de contribuição, conceituada como a diferença 
entre receita e soma de custos e despesas variáveis, tem a faculdade de tornar bem mais 
facilmente visível a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para, 
primeiramente, amortizar os gastos fixos e, depois, formar o lucro propriamente dito.
2. Ponto de Equilíbrio
Ponto de equilíbrio refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, no 
qual os gastos totais (custos totais + despesas totais) são iguais às receitas totais. 
12
Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
Para Martins, o ponto de equilíbrio nasce da conjunção dos custos totais com as receitas 
totais. Estas, numa economia de mercado, têm uma representação macroeconômica também 
não linear; isto é, para um mercado como um todo, no caso de computadores, por exemplo, 
tende a haver uma inclinação para menos, já que cada unidade tenderia a ser capaz de produzir 
menor receita.
 Para uma empresa em particular, é quase certo que isso não ocorra, por ter ela um preço 
fixado para seu produto, fazendo com que sua receita total seja o preço vezes o número de 
unidades vendidas; com isso, sua representação seria de fato linear.
As alterações de preços provocam o mesmo impacto que sobre os custos variáveis, isto é, 
inclinando para mais oupara menos a curva.
Simplificando nossas visualizações e admitindo como absolutamente lineares as 
representações tanto das receitas quanto dos custos e despesas, teremos a seguinte reprodução 
gráfica do ponto de equilíbrio.
Até esse ponto, a empresa está tendo mais custos e despesas do que receitas, encontrando-
se, por isso, na faixa do prejuízo; acima, entra na faixa do lucro. Esse ponto é definido tanto em 
unidades (volume) quanto em reais.
Para Oliveira (2008), ponto de equilíbrio refere-se ao nível de venda em que não há lucro 
nem prejuízo, ou seja, no qual os gastos totais são iguais às receitas totais.
13
Supondo que o preço de venda constante para qualquer volume vendido, o comportamento 
da receita total será linear, ou seja, diretamente proporcional à quantidade vendida.
Receita total = Quantidade X preço de venda
Receita total 1 = 2.000
Receita total 2 = 5000
Ilustrativamente observem que a reta menos inclinada é do gasto total, soma os fixos e os 
variáveis. O ponto onde a reta da receita total corta a de gasto total é o ponto de equilíbrio, ou 
seja, receita total igual a gasto total, ou seja, quantidade x (preço de venda – gasto variável) = 
gasto fixo total, onde a quantidade no ponto de equilíbrio é igual ao gasto fixo total dividido 
pela diferença entre o preço de venda e o gasto variável.
Senhores vejam como o preço de venda – gasto variável = margem de contribuição pode-se 
refazer a fórmula, efetuando-se as devidas substituições, como segue:
A quantidade no ponto de equilíbrio é igual ao custo fixo total dividido pela margem de 
contribuição, que por sua vez é preço de venda – gasto variável.
Pode-se interpretar essa fórmula da seguinte maneira: a divisão do gasto fixo total pela 
margem de contribuição unitária demonstra a quantidade de produtos necessária para cobrir 
os gastos fixos. Isso pode ser mais bem percebido se modificar a maneira como a fórmula está 
escrita.
GFT = Qpe x MC
Para Rodney (2004), o gestor necessita saber qual o volume de atividades é o suficiente para 
que a empresa não tenha prejuízo, na forma prática no mercado.
Ou ainda qual o nível de produção ou vendas deve ser atingido para que a empresa alcance o lucro 
desejado pelos acionistas. Estas indagações são respondidas pela equação do ponto de equilíbrio.
14
Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
O ponto de equilíbrio representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro 
ou prejuízo, em outras palavras o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é o 
suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro.
2.1 Tipos de ponto de equilíbrio
Dependendo da necessidade da empresa ou do gestor, o ponto de equilíbrio possibilita 
adaptações que suprem as informações gerenciais não possuídas.
Essas adaptações originam tipos de ponto de equilíbrio distintos que se ajustam às diversas 
situações de planejamento das atividades da empresa. Por exemplo: em alguns casos é 
necessário fazer o estudo de ponto de equilíbrio em valor e em outras situações é recomendável 
a determinação do ponto de equilíbrio em unidades.
As diversas variantes de ponto de equilíbrio são elaboradas com a retirada de alguns fatores 
(custo e despesas) da fórmula de cálculo, com introdução do valor de lucro que se pretende 
atingir ou pela inserção de pagamentos a serem efetuados no período analisado. 
Assim, sendo os tipos existentes, conforme necessidade de informação da empresa segue abaixo:
2.2 Ponto de equilíbrio contábil
O ponto de equilíbrio contábil em unidades define o número de produtos (peças, metros, 
quilos etc.), que deve ser fabricado e vendido para que o resultado seja zero (não haja prejuízo). 
Para determinar tal quantidade, divide-se o valor total dos custos fixos pelo valor da margem de 
contribuição unitária.
Assim, cada produto vendido irá cobrir, com sua margem de contribuição unitária, uma parte 
dos custos fixos totais da empresa.
Para Rodney (2004), o ponto de equilíbrio contábil em unidades pode ser considerado o 
mais utilizado no cotidiano do analista de custos, tendo em vista sua facilidade de entendimento 
e obtenção, bem como as muitas aplicações a que pode ser destinado.
Exemplo:
Levantamento dos custos de uma empresa:
Custo fixo total R$ 100.000,00
CV unitário R$ 20,00
Preço de venda estimado R$ 50,00
MC – Margem de contribuição 50 – 20 = 30,00
PEc 100.000 / 30 = 3.333,33 unidades 
15
Vejamos 
Unidades vendidas 3.333.33
PV R$ 50,00
Receita R$ 50,00
R$ 166.666,50
CV R$ 66.666,50
CF R$ 100.000,00
Total (CF + CV) R$ 166.666,50
Receita – custos totais 0 
Observação, aqui seria prudente arredondar para 3334 unidades.
Para Martins (2000), o ponto de equilíbrio será obtido quando a soma das margens de 
contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas; esse é 
o ponto em que contabilmente não haveria nem lucro nem prejuízo (supondo produção igual à 
venda). Logo, esse é o ponto de equilíbrio contábil.
Mas um resultado contábil nulo significa que, economicamente, a empresa está perdendo 
pelo menos o juro do capital próprio investido, não seria interessante, mas é possível fazer uma 
projeção de volume que resultaria nos resultados desejados.
2.2.1 Ponto de equilíbrio contábil em valor
Para Rodney (2004), o ponto de equilíbrio contábil em valor representa qual o valor mínimo 
em reais que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo nem lucro.
Esse tipo de ponto de equilibro para Rodney é utilizado quando o número de produtos 
comercializados é muito grande, havendo dificuldades de se obter o mix ideal de produtos e suas 
quantidades; e existem dificuldades de identificar os custos e despesas fixas para cada produto.
Esse ponto de equilíbrio contábil em valor é obtido por meio da fórmula:
Exemplo:
Tomando como base, a MC calculada acima, de R$ 30,00, e o PV de R$ 50,00 o percentual 
da MC foi de: 30/50 x 100 = 60%.
Então:
CF/ % MC 
100.000/0,60 = R$ 166.666,60 em reais, e em quantidade basta dividir pelo preço de venda. 
O ponto de equilíbrio contábil em valor tem maior utilidade àqueles executivos que 
preferem tomar decisões considerando as informações em moeda corrente. Sua utilização 
concomitantemente ao do PE em unidades é comum e ambos têm o mesmo significado em 
termos decisórios.
16
Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
2.3 Ponto de equilíbrio financeiro
Para Rodney (2004), no ponto de equilíbrio financeiro calculam-se o nível de atividade suficiente 
para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas 
que a empresa tenha que saldar no período como empréstimos e financiamento bancários.
A diferença básica em relação às fórmulas do ponto de equilíbrio já comentadas é que neste 
tipo exclui-se dos custos fixos totais o valor relativo à depreciação. O motivo dessa exclusão é 
que esse fator é um custo não desembolsável. Além disso, pode ser considerada no cálculo a 
parcela de débitos bancários ou para com terceiros que a empresa necessita saldar.
 Dessa forma, o nível de atividade determinado como ponto de equilíbrio financeiro é 
suficiente para cobrir todos os custos e despesas variáveis.
A fórmula do ponto de equilíbrio financeiro em quantidades:
A utilização do ponto de equilíbrio financeiro é mais adequada ao gerente financeiro em face 
das características do cálculo, que considera somente os movimentos de caixa do período. No 
entanto, sua utilização é de grande valia mesmo para outras áreas, principalmente quanto à 
tomada de decisões relativas a investimentos de capital. Para Martins (2000), mais importante 
que elaborar um ponto de equilíbrio financeiro é a elaboração do segundo ponto de equilíbrio, 
que leva em consideração parcelas financeiras de desembolso obrigatório no período em que 
não sejam computadas nos custos e despesas. 
Esse tipo de calculo é presente em situação em que haja gastos não desembolsáveis de 
imediato, como a depreciação. 
Depreciação: valor de desgastedo bem 
há uma escala percentual reconhecido por 
lei, por exemplo: maquinário 10% ao ano, 
equipamentos de informática 20% ao ano etc. 
Exemplo:
Custo fixo total R$ 100.000,00
Depreciação R$ 1.000,00
CV unitário R$ 20,00
Preço de venda estimado R$ 50,00
MC – Margem de contribuição 50 – 20 = 30,00
PEf 99.000 / 30 = 3.300 unidades 
Vamos supor que tenha equipamentos em que a depreciação anual seja de R$ 12.000,00, 
sendo a depreciação mensal de R$ 1.000,00.
Assim sendo, o PEf será de 3.300 unidades vendidas.
Como fonte de estudos: 
•	 http://goo.gl/CemfQY
http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2003/pergresp2003/pr460a473.htm
17
2.4 Ponto de equilíbrio econômico
Rodney (2004), a cobrança para atingir metas de lucros obriga o gestor a buscar a 
informação de qual número de unidades é necessário vender para alcançar o objetivo fixado 
pela diretoria da empresa.
A quantidade necessária para atingir o lucro desejado é calculada pelo ponto de equilíbrio 
econômico. O ponto de equilíbrio econômico é representado pela fórmula:
PE Econômico = custos fixos + lucro desejado dividido por margem de contribuição unitária
Devemos tomar cuidado com os lucros desejados, pois esses devem levar em consideração o 
retorno desejado. Se a empresa desejar, por exemplo, obter R$ 20.000,00 de lucro nas condições 
dos exemplos já mencionados.
PEe= CF + L / MCu
PEe = 100.000 + 20.000 / 30 = 4.000 unidades 
Assim, 3.333 unidades seriam para compor os custos e o que passar disso formaria os lucros desejados.
Para Megliorini (2002), além de suportar os custos e despesas fixas e margem de contribuição, 
deve, também, cobrir o custo de oportunidade do capital investido na empresa. Basicamente a 
ideia é a seguinte: normalmente o empreendedor tem à sua disposição mais de uma alternativa 
para investimento.
Dada a escassez de capital, ele decide por aquela que promete a melhor remuneração. Isso 
quer dizer que a alternativa escolhida é melhor que aquela rejeitada.
O custo de oportunidade corresponde exatamente à remuneração da alternativa descartada. 
E esse é o valor mínimo que se espera do investimento realizado, pois, caso contrário, não seria 
escolhida essa alternativa.
2.5 Margem de segurança
A margem de segurança é o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de 
equilíbrio. Ou seja, representa o quanto as vendas podem cair sem que haja prejuízo para a empresa.
O volume de vendas excedente para analisar a margem de segurança pode ser tanto o valor 
das vendas orçadas como o valor real das vendas.
Para Rodney (2004), a margem de segurança pode ser expressa quantitativamente, em 
unidades físicas ou monetárias, ou sob a forma percentual. Para a obtenção da margem de 
segurança podem ser utilizadas as seguintes fórmulas: 
•	 margem de segurança em valor = vendas efetivas – vendas no ponto de equilíbrio;
•	 margem de segurança em unidades = vendas efetivas em unidades – vendas em unidades 
no ponto de equilíbrio;
•	 margem de segurança em percentual = margem de segurança / vendas totais.
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Unidade: Volume X Lucro: Ponto de Equilíbrio
Exemplos: se o ponto de equilíbrio é de 3.000 reais e as vendas efetivas forem de 4.500 
reais, a margem de segurança em reais é de 1.500 reais. Se o ponto de equilíbrio é de 600 
unidades e as vendas efetivas forem de 820 peças, a margem de segurança em unidades é de 
220 unidades.
A margem de segurança em percentual será obtida dividindo 1.500 reais e multiplicando por 100.
2.6 Mark-up
A taxa de marcação é um índice aplicado sobre os custos de um bem ou serviço para a 
formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre 
vendas (ICMS, IPI, PIS, COFINS etc.), e percentuais incidentes sobre o preço de vendas como 
(comissões sobre vendas, franquias, comissão da administração do cartão de crédito etc.), 
despesas administrativas, fixas, despesas vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e 
margem de lucro.
Um dos pontos para Martins (2000) mais polêmicos é a margem de lucro que deve ser 
utilizada no mark-up. O percentual de margem de lucro a incluir no mark-up depende de 
inúmeros fatores e difere de empresa para empresa, mesmo se atuantes no mesmo segmento 
mercadológico.
Além disso, no comércio é comum a utilização de margens de lucros baixas em determinados 
produtos que servem como atração aos consumidores, como exemplo as ofertas de 50%%, 70%, 
com a intenção de que os clientes venham comprar o produto e levem junto outra mercadoria, 
comercializada com margem de lucro maior.
Assim, compensam a pequena margem numa mercadoria com margens maiores em outras.
Quanto à elaboração existem duas formas de utilização do mark-up, o divisor e o multiplicado.
2.7 Mark-up divisor
Listar todas as despesas variáveis de vendas como ICMS s/ vendas, comissões s/ vendas, e 
lucro desejado, somar as despesas variáveis de vendas, dividir a soma por 100, para achar a 
fórmula. Daí dividem-se os custos unitários da mercadoria, como exemplo: 500 reais, o preço 
de venda à vista seria de 666,67 reais, pois, (500/0,75 = 666,67).
CF + DF = 500,00
ICMS = 18
Comis. 12%
Lucro= 40%
Total 75% 
Dividido por 100 = 0,74
19
A exatidão do cálculo pode ser verificada pelo preço de venda menos o total de percentagem 
consumido pelo produto em determinada transação ou venda, dando como resultado o valor 
de custos da matéria-prima e o preço do produto final.
2.8 Mark-up multiplicador
Novamente listar todas as despesas variáveis, somar todas as percentagens em relação à 
venda, subtrair por 100, novamente dividir o resultado por 100. Ilustrativamente:
17% + 3% + 5% = 25%
100% - 25% = 75 %
O mark-up multiplicador é obtido dividindo 100 pelo resultado da fase anterior 100: 75 = 1,33.
O preço venda à vista é obtido multiplicando os custos unitários das mercadorias pelo mark-
up multiplicador.
Exemplo:
Se o custo unitário é de 500 reais * 1,33,o preço de venda é 666, 67 reais. A mesma 
comprovação utilizada no divisor pode ser utilizada no multiplicador.
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Material Complementar
Prezado aluno, para ampliar sua leitura veja esse material do Sebrae:
•	 http://www.sebraerj.com.br/docs/margem_contribuicao.pdf
 
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Assistam ainda os vídeos:
•	 http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=1WfRtMVyHms
•	 http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=fMWF03jj3b0
 
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Indico também estes livros:
NAGLE, T. T.; HOLDEN, R. K. Estratégia e táticas de preços: um guia para decisões lucra-
tivas. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
SANTOS, J. J. Fundamentos de custos para formação do preço e do lucro. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2012.
WIND, Y.; MAHAJAN, V.; GUNTHER, R. E. Marketing de convergência: estratégias para con-
quistar o novo consumidor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. 
http://www.sebraerj.com.br/docs/margem_contribuicao.pdf
http://www.youtube.com/watch%3Ffeature%3Dplayer_detailpage%26v%3D1WfRtMVyHms
http://www.youtube.com/watch%3Ffeature%3Dplayer_detailpage%26v%3DfMWF03jj3b0
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Referências
LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos: contém ABC. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2000.
______. Curso de contabilidade de custos: livro de exercícios. Contém ABC. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2000.
MARTINS, E. Contabilidade de custos: inclui ABC. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Pearson Education, 2001.
OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G.; PEREZ, J. H. J. Gestão estratégica de custos. 5. ed. São 
Paulo: Atlas, 2008.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos: fácil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
WERNKE, R. Gestão de custos: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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