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C Proposições Matemáticas, Conectivos e Condicionais hamamos de proposição toda oração declarativa que pode ser classificada como verdadeira ou falsa. Sendo assim, uma proposição: • Possui sujeito e predicado; • Não é uma oração interrogativa ou exclamativa. Além disto, toda proposição satisfaz os seguintes princípios: • Princípio da Não Contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. • Princípio do Terceiro Excluído: Uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, não há uma terceira possibilidade. São exemplos de proposições: • Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. • Onze é maior do que sete. (11>7) • Buenos Aires é a capital do Brasil. E não são proposições: • X elevado ao quadrado mais um. (x2+1) • O número Pi é um número irracional? • O dobro de um número somado com dois é igual a doze (2x+2=12) Na primeira temos que a sentença não possui um predicado, a segunda é uma oração interrogativa, e na terceira não temos como classificar a sentença como verdadeira ou falsa, pois depende do valor de x. A partir de uma proposição p podemos construir uma nova proposição, chamada de negação de p, denotada por ~p, cujo valor lógico é sempre o oposto da proposição original p. Exemplos de negação: p: Buenos Aires é a capital do Brasil. (Falso) ~p: Buenos Aires não é a capital do Brasil. (Verdadeiro) p: Cinco vezes sete é igual a trinta e cinco (7⋅5=35) (Verdadeiro) ~p: Cinco vezes sete é diferente de trinca e cinco (7⋅5≠35) (Falso) p: Sete é um número inteiro (7∈ Z). (Verdadeiro) ~p: Sete não é um número inteiro (7∉ Z) (Falso) Conectivos são símbolos lógicos utilizados para gerar novas proposições a partir de uma proposição inicial. Conectivo de conjunção: ∧ (lê-se “e”) Exemplo: p: O número 7 é primo. q: O número 2 é par. p ∧ q: O número 7 é primo e o número 2 é par. p: 5>7 q: 5≠2 p ∧ q: 5>7 e 5≠2. Uma conjunção p ∧ q é verdadeira somente se p e q são ambas verdadeiras. Se pelo menos uma destas sentenças possuem o valor lógico como falso, então a conjunção é falsa. Com isto, a conjunção do primeiro exemplo é verdadeira, enquanto a do segundo exemplo, é falsa. Conectivo de disjunção: ∨ (lê-se “ou”) Exemplo: p: 2 é um número primo. q: 2 é um número composto. p ∨ q: 2 é um número primo ou um número composto. p: 10 é um número ímpar. q: 4 é um número primo. p ∨ q: 10 é um número ímpar ou 4 é um número primo. Uma disjunção p ∨ q só será falsa se ambas as proposições p e q forem falsas. Se pelo menos uma delas for verdadeira, então o valor lógico da disjunção é verdadeiro. No exemplo anterior, temos que a primeira disjunção é verdadeira, enquanto a segunda disjunção é falsa. Existe outro modo de gerar novas proposições a partir de duas proposições iniciais, utilizando os símbolos lógicos condicionais. Condicional → (lê-se: “se p, então q”) Exemplo: p: Cinco é divisor de vinte (5|20) q: Vinte é divisor de 100 (20|100) p q: Se cinco é divisor de vinte, então vinte é divisor de 100 (5|20→20|100) p: Um quadrado possui todos os lados com a mesma medida. q: Todo quadrilátero é um paralelogramo. p q: Se um quadrado possui todos os lados com a mesma medida, então todo quadrilátero é um paralelogramo. A condicional p q terá o valor lógico como sendo falso somente quando p é uma proposição verdadeira e q é uma proposição falsa. Do contrário, a condicional será verdadeira. No exemplo anterior, a primeira condicional é verdadeira, e a segunda, falsa. Condicional (lê-se: “p, se e somente se, q”) p: Cinco é divisor de vinte (5|20) q: Vinte é divisor de 100 (20|100) p q: Cinco é divisor de vinte, se e somente se, vinte é divisor de 100. (5|20↔20|100) p: Um quadrado possui todos os lados com a mesma medida. q: Todo quadrilátero é um paralelogramo. p ↔ q: Um quadrado possui todos os lados com a mesma medida, se e somente se, todo quadrilátero é um paralelogramo. A condicional p ↔ q será verdadeira se p e q tiverem o mesmo valor lógico, isto é, ou p e q são ambas verdadeiras, ou ambas falsas. Se p e q tiverem valores lógicos distintos, então a condicional será falsa. No exemplo anterior, a primeira condicional é verdadeira, enquanto a segunda é falsa. Podemos resumir as relações de valores lógicos na seguinte tabela: Atividade Extra Leitura do Capítulo 1 do livro Introdução à Lógica, de Irving M. Copi. Referência Bibliográfica Iezzi, Gelson Carlos Murakami. Fundamentos de Matemática Elementar, 1: Conjuntos, Funções. 9ª edição. Editora Atual. São Paulo, 2013. COPI, Irwing M. Introdução à lógica. Editora Mestre Jou. São Paulo, 2001 Alencar Filho, Edgard de. Iniciação a Lógica Matemática. Editora Nobel. São Paulo, 2002. Ir para questão
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