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RACIOCÍNIO LÓGICO CRÍTICO E ANALITICO CONTABEL AULA 1

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RACIOCÍNIO LÓGICO, CRÍTICO 
E ANALÍTICO CONTÁBIL 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Aline Purcote 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Utilizamos a lógica em várias situações de nosso dia a dia. 
Frequentemente, a palavra lógica é utilizada para afirmar que algo é obvio ou 
evidente. Mas o que significa lógica e como a utilizamos? 
Segundo Barbosa (2017), o que precisamos entender e aceitar a respeito 
da lógica é que ela não se refere a nenhum ser ou objeto em particular, nem 
mesmo a algum conteúdo, mas a um modo de dar forma ao pensamento, de 
forma que possamos chegar à verdade ou à falsidade sobre nós mesmos ou 
sobre algo. 
Dentro da lógica definida como a ciência do raciocínio, estudamos a lógica 
matemática, que tem como base o estudo de proposições que permite raciocinar 
na investigação da verdade. De acordo com Barbosa (2017), a lógica 
matemática, também conhecida como lógica simbólica, é a que se preocupa com 
o discurso da linguagem natural e seus enunciados. Foi desenvolvida por meio 
de símbolos matemáticos para se entender a estrutura lógica das proposições, 
dos argumentos e do desenvolvimento lógico-matemático. 
CONTEXTUALIZANDO 
A lógica estuda os conceitos de prova e verdade, tendo como objetivo 
determinar se a argumentação utilizada para se chegar a certa conclusão é 
válida ou não. 
Saiba mais 
Vamos conhecer um pouco mais sobre lógica? Acesse: 
CABREIRA, I. Você já percebeu o quanto a lógica faz parte do nosso dia a dia? 
Implantando Marketing, 11 de julho de 2017 Disponível em: 
<https://www.implantandomarketing.com/logica-faz-parte-do-nosso-dia-a-dia/>. 
Acesso em: 27 set. 2019. 
UMA BREVE história da Lógica | História da Ciência. Humor com Ciência, 2 de 
dezembro de 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ozMbm
Bp3onE>. Acesso em: 27 set. 2019. 
Nesta aula estudaremos as proposições, os valores lógicos, os 
conectivos, as notações, as operações lógicas e a construção da tabela-verdade. 
 
 
3 
TEMA 1 – PROPOSIÇÃO E VALORES LÓGICOS 
Segundo Castanheira (2016), uma proposição é um conjunto de palavras 
ou de símbolos que exprime um pensamento de sentido completo. Chamamos 
de proposição toda sentença declarativa afirmativa que permite raciocinar na 
investigação da verdade. Dessa forma, sentenças exclamativas (“Que belo 
dia!”), sentenças interrogativas (“O jogo terminou empatado?”) e sentenças 
imperativas (“Estude mais!”) não são consideradas proposições. 
Para cada proposição, podemos atribuir um valor lógico, ou seja, atribuir 
um valor verdadeiro ou um valor falso. Assim, uma proposição só pode assumir 
um de dois valores lógicos: verdadeiro (V) ou falso (F). 
Na lógica matemática, consideramos três princípios fundamentais: 
1. Princípio da identidade: uma proposição verdadeira é verdadeira; uma 
proposição falsa é falsa. 
2. Princípio da não contradição: uma proposição não pode ser verdadeira 
e falsa ao mesmo tempo. 
3. Princípio do terceiro excluído: toda proposição ou é verdadeira ou é 
falsa, sendo assim, não há um terceiro valor. 
As proposições são classificadas em simples ou compostas. A proposição 
simples não contém nenhuma proposição como parte integrante de si mesma. 
Já a proposição composta é formada pela combinação de duas ou mais 
proposições simples por meio de um elemento de ligação que chamamos de 
conectivo. Observe os exemplos: 
Proposição simples: 
 Diego é médico. 
 Ana é dentista. 
 Brasília é a capital do Brasil. 
 O número 2 é par. 
Proposição composta: 
 Diego é médico e Ana é dentista. 
 Se chover amanhã, então não irei à praia. 
 O número 2 é par ou 6 + 8 = 14. 
 
 
 
4 
TEMA 2 – CONECTIVOS 
Segundo Barbosa (2017), as proposições simples podem ser combinadas 
com outras proposições por elementos de ligação que chamamos de conectivos, 
por meio dos quais, como o termo indica, elas se conectam umas às outras. 
Os conectivos são símbolos que representam letras ou palavras, sendo 
os mais usuais a negação, a conjunção, a disjunção, a condicional e a 
bicondicional, conforme veremos na Tabela 1: 
Tabela 1 – Conectivos 
Conectivos Símbolos Lê-se Exemplos 
Negação ~ Não ~p 
Conjunção ^ E p ^ q 
Disjunção v Ou p v q 
Condicional  Se... então p  q 
Bicondicional ↔ Se e somente se p ↔ q 
Disjunção 
exclusiva 
v Ou... ou p v q 
Vamos analisar alguns exemplos de proposições compostas destacando 
o uso dos conectivos: 
 Não está chovendo. 
 Diego é médico e Ana é dentista. 
 O número 2 é par ou 6 + 8 = 14. 
 Se chover amanhã, então não irei à praia. 
 O esporte é saudável se e somente se for bem praticado. 
 Ou te darei uma bola ou te darei uma bicicleta, mas não ambas. 
Ao verificar se uma proposição composta é verdadeira ou falsa, levamos 
em consideração os valores lógicos das proposições componentes e o tipo de 
conectivo que as une. 
TEMA 3 – NOTAÇÃO 
Uma proposição simples é designada por letras minúsculas (p, q, r, ...), 
chamadas letras proposicionais. Já uma proposição composta formada por duas 
ou mais proposições simples é representada pelas letras maiúsculas (P, Q, R, 
...). Veja os exemplos: 
 
 
 
5 
Proposição composta (P): 
 P: Diego vai trabalhar e está de terno. 
Proposições simples (p e q): 
 p: Diego vai trabalhar. 
 q: Diego está de terno. 
O valor lógico de uma proposição simples p qualquer é representado por: 
V(p) = V, se for verdadeira, ou V(p) = F, se for falsa. Vamos analisar duas 
proposições simples: 
 p: 2 é um número ímpar. 
 q: Um quadrado tem quatro lados. 
Analisando as proposições, temos que p é uma proposição falsa, assim 
V(p) = F e a proposição q é verdadeira, logo V(q) = V. 
Se considerarmos uma proposição composta, teremos os valores lógicos 
V(P) = V ou V(P) = F. Vamos analisar alguns exemplos: 
 p: 3 + 4 = 9 
 q: 20 = 1 
 P: p ^ q: 3 + 4 = 9 e 20 = 1 
Ao analisar o valor lógico de cada proposição simples, temos que V(p) = 
F, pois a soma de 3 + 4 é 7 e não 9. Já a proposição q tem resultado verdadeiro, 
pois todo número elevado ao expoente zero é 1, logo V(q) = V. Analisando a 
proposição composta p ^ q, temos V(P) = F. Quando utilizamos o conectivo e, a 
proposição composta só é verdadeira se as duas proposições simples forem 
verdadeiras. 
Quando formamos novas proposições ou temos proposições compostas, 
escrevemos as proposições na linguagem simbólica. Vamos considerar as 
seguintes proposições e indicar qual a linguagem simbólica de cada uma: 
 P: Se 4 é par, então 7 é par. 
Primeiramente, verificamos qual o conectivo presente na proposição, 
neste exemplo é o se... então. Após, identificamos as proposições simples que 
chamaremos de p e q e, por fim, indicamos a linguagem simbólica: 
 P: Se 4 é par, então 7 é par. 
 p: 4 é par. 
 
 
6 
 q: 7 é par. 
 Logo, p  q. 
 P: 3 é ímpar se e somente se 4 é par 
 Conectivo = se e somente se. 
 Proposições: 
 p: 3 é ímpar. 
 q: 4 é par. 
 Logo: p ↔ q. 
Aplicamos o mesmo raciocínio nas diferentes proposições compostas. 
Vamos analisar uma proposição composta e indicar qual a linguagem simbólica 
que a representa: 
 P: Não é verdade que se Daniel não fez a prova então João estudou. 
Verificando quais são os conectivos presentes na proposição, temos a 
negação e o se... então: 
 P: Não é verdade que se Daniel não fez a prova então João estudou. 
Agora, identificamos as proposições simples que chamaremos de p e q: 
 p: Daniel fez a prova. 
 q: João estudou. 
Por fim, indicamos a linguagem simbólica a qual vamos dividir em duas 
partes. Segue a primeira parte: 
 Se Daniel não fez a prova então João estudou. 
 Daniel não fez a prova = ~p. 
 João estudou = q. 
 Logo, ~p  q. 
Para finalizar a linguagem simbólica, precisamos considerar a frase 
inteira, assim: 
 P: Não é verdade que se Daniel não fez a prova então João estudou. 
Como temos um não no início da frase precisamos negar toda a sentença,logo: ~(~p  q). 
 
 
 
7 
TEMA 4 – OPERAÇÕES LÓGICAS 
Segundo Castanheira (2016), as operações lógicas são as realizadas 
sobre as proposições. Entre as operações temos: negação, conjunção, 
disjunção, disjunção exclusiva, condicional e bicondicional. 
A negação, também chamada de modificador lógico de uma proposição, 
tem a função de inverter o valor lógico. Dessa forma, se a proposição é 
verdadeira, a negação a torna falsa e, se for falsa, fica verdadeira. O símbolo 
que a representa é o ~ (til), assim, se temos uma proposição p, sua negação 
será ~p, ou seja, “não p”. Vamos considerar a seguinte proposição e realizar a 
sua negação: 
 p: Curitiba é a capital do Paraná 
 ~p: Curitiba não é a capital do Paraná. 
A proposição p é verdadeira e a sua negação ~p tornou a proposição 
falsa. 
A conjunção, também definida como produto lógico de duas proposições, 
representa o conectivo e é indicada pelo símbolo ^. Quando temos duas 
proposições p e q, a conjunção é dada por p ^ q (p e q). O conectivo e só é 
verdadeiro quando as duas proposições são verdadeiras, pois, ao utilizar este 
conectivo, consideramos que as duas proposições precisam ocorrer 
simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Vamos avaliar as seguintes 
proposições: 
 p: A Terra gira em torno do Sol. 
 q: A Lua gira em torno da Terra. 
 p ^ q: A Terra gira em torno do Sol e a Lua gira em torno da Terra. 
A proposição p é verdadeira e a proposição q também, assim p ^ q é uma 
proposição verdadeira. Vamos analisar mais um exemplo: 
 p: A Terra gira em torno do Sol. 
 q: O Sol gira em torno da Lua. 
 p ^ q: A Terra gira em torno do Sol e o Sol gira em torno da Lua. 
A proposição p é verdadeira e a proposição q é falsa, assim p ^ q é uma 
proposição falsa. 
 
 
8 
Na disjunção, ou soma lógica de duas proposições, temos o conectivo ou 
indicado pelo símbolo v. Quando temos duas proposições, p e q, a disjunção é 
dada por p v q (p ou q). O conectivo ou é verdadeiro quando pelo menos uma 
das proposições for verdadeira, pois, ao utilizá-lo, consideramos que ocorrendo 
uma das proposições, a proposição composta se torna verdadeira. A disjunção 
só será falsa quando as duas proposições forem falsas. Vamos avaliar as 
seguintes proposições: 
 p: 4 > 2. 
 q: 8 é um número ímpar. 
 p v q: 4 > 2 ou 8 é um número ímpar. 
A proposição p é verdadeira e a proposição q é falsa, assim p v q é uma 
proposição verdadeira, pois uma das proposições é verdadeira. 
Quando analisamos uma disjunção exclusiva, temos que a proposição só 
será verdadeira quando uma for verdadeira e a outra falsa. Isso ocorre porque 
temos a exclusividade, ou seja, duas proposições não podem ocorrer 
simultaneamente e só poderá ser verdade se for um caso ou outro, mas não os 
dois. Utilizamos o símbolo v e quando temos duas proposições, p e q, a disjunção 
exclusiva é dada por p v q (ou p ou q). Avaliando as seguintes proposições, 
temos: 
 p: O estudante é curitibano. 
 q: O estudante é carioca. 
 p v q: Ou o estudante é curitibano ou o estudante é carioca. 
Na proposição condicional, também conhecida como implicação, 
utilizamos o símbolo → e teremos um resultado falso sempre que a primeira 
proposição for verdadeira e a segunda falsa. Quando temos duas proposições, 
p e q, a condicional é dada por p → q (se p então q). Analisando as seguintes 
proposições, temos: 
 p: O time venceu o jogo. 
 q: O time empatou o jogo. 
 p → q: Se o time venceu o jogo, então o time empatou o jogo. 
Por fim, temos a proposição bicondicional ou equivalência, que possui 
como símbolo ↔. Quando temos duas proposições, p e q, a bicondicional é dada 
por p ↔ q (p se e somente se q). Segundo Barbosa (2017), a equivalência em 
 
 
9 
lógica é uma relação de igualdade lógica ou implicação mútua entre duas 
proposições, de tal forma que cada uma delas só é verdadeira se a outra também 
o for. Assim, será verdadeira somente quando as proposições forem ambas 
verdadeiras ou falsas, ou seja, será verdadeira sempre que os valores lógicos 
forem iguais, caso contrário, será falsa. Analisando as proposições, temos: 
 p: Aline é paranaense. 
 q: Aline nasceu no Paraná. 
 p ↔ q: Aline é paranaense se e somente se nasceu no Paraná. 
Após a análise de cada conectivo, temos a tabela a seguir, que resume as 
condições em que o valor lógico é verdadeiro e falso. 
Tabela 2 – Resumo das operações lógicas 
Conectivo Estrutura lógica Verdadeiro quando Falso quando 
Conjunção (e) p ^ q 
p e q são ambos 
verdadeiros 
um dos dois for falso 
ou ambos falsos 
Disjunção (ou) p v q 
um dos dois for 
verdadeiro ou ambos 
ambos são falsos 
Disjunção exclusiva 
(ou... ou) 
p v q 
p e q tiverem valores 
lógicos diferentes 
p e q tiverem valores 
lógicos iguais 
Condicional (se... 
então) 
p → q nos demais casos 
p é verdadeiro e q é 
falso 
Bicondicional (se e 
somente se) 
p ↔ q 
p e q tiverem valores 
iguais 
p e q tiverem valores 
diferentes 
TEMA 5 – TABELA-VERDADE 
A tabela-verdade é um dispositivo que demonstra os valores lógicos de 
uma proposição. Também é conhecida como matriz de verdade. Dessa forma, 
registram-se os valores lógicos, facilitando a verificação de proposições 
compostas e verificando a condição de verdade de todas as hipóteses possíveis. 
Vimos que quando temos apenas uma proposição simples há somente 
dois valores lógicos possíveis: V (verdadeiro) e F (falso). Assim, a tabela-verdade 
dessa proposição pode ser descrita como: 
p 
V 
F 
Segundo Barbosa (2017), para construir uma tabela-verdade, sempre 
começamos definindo o número de linhas que a compõem, o qual está em 
função do número de proposições simples (n), obedecendo à lei de formação de 
linhas = 2n. Logo, se tivermos uma proposição, temos n = 1 e 21 = 2, ou seja, 
 
 
10 
teremos duas linhas conforme a tabela anterior. Quando tivermos duas 
proposições, p e q, a tabela apresentará quatro linhas (22 = 4), como visto a 
seguir: 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
Se tivermos uma proposição composta com três proposições, teremos 
oito linhas no total, pois 23 = 8. 
p q r 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
Já avaliamos cada conectivo, então vamos verificar a tabela-verdade para 
cada um, considerando as proposições p e q. 
 Negação: inverte o valor lógico. 
p ~p 
V F 
F V 
 Conjunção: só é verdadeira quando as duas proposições são 
verdadeiras. 
p q p ^ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 Disjunção: é verdadeira quando pelo menos uma das proposições for 
verdadeira. 
p q p v q 
V V V 
V F V 
F V V 
F F F 
 
 
 
 
11 
 Disjunção exclusiva: só será verdadeira quando uma for verdadeira e a 
outra falsa. 
p q p v q 
V V F 
V F V 
F V V 
F F F 
 Condicional: falsa sempre que a primeira proposição for verdadeira e a 
segunda falsa. 
p q p → q 
V V V 
V F F 
F V V 
F F V 
 Bicondicional: será verdadeira sempre que os valores lógicos forem 
iguais, caso contrário, será falsa. 
p q p ↔ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F V 
Considerando as proposições p e q, temos a seguinte tabela-resumo que 
representa o resultado para cada conectivo estudado: 
p q p ^ q p v q p v q p → q p ↔ q 
V V V V F V V 
V F F V V F F 
F V F V V V F 
F F F F F V V 
Para elaborar a tabela, consideramos a seguinte ordem: negação, 
disjunção, conjunção, condicional e bicondicional. Quando temos parênteses, 
colchetes e chaves, consideramos esta ordem para a elaboração. Vamos 
analisar as seguintes proposições compostas e elaborar a tabela-verdade que 
representa cada proposição. 
1. ~[(~p) ^ (~q)] 
Analisando a proposição composta, temos duas proposições simples, p e 
q. Assim, a tabela terá quatro linhas (22 = 4). Temos também a negação (~) e o 
conectivo e (^), além de parênteses e colchetes. Vamos iniciar com os possíveis 
resultados de p e q. Após, faremos a negação destas proposições, a negação 
de p (~p) e q (~q). Lembre-se quea negação troca o valor lógico. 
 
 
 
12 
p q ~p ~q 
V V F F 
V F F V 
F V V F 
F F V V 
Após a negação vamos analisar os resultados de [(~p) ^ (~q)], lembrando 
que no conectivo e só temos verdade se ambos forem verdadeiros. Para esta 
análise, utilizamos as colunas 3 (~p) e 4 (~q): 
p q ~p ~q (~p) ^ (~q) 
V V F F F 
V F F V F 
F V V F F 
F F V V V 
Para finalizar, precisamos resolver a proposição completa, ~[(~p) ^ (~q)], 
encontrando a negação da quinta coluna. 
p q ~p ~q (~p) ^ (~q) ~[(~p) ^ (~q)] 
V V F F F V 
V F F V F V 
F V V F F V 
F F V V V F 
2. p ∨ ~(p ∧ q) 
Temos duas proposições, p e q. Assim, a tabela terá quatro linhas (22 = 
4). Temos também a negação e os conectivos e (^) e ou (v), além de parênteses. 
Vamos iniciar com os possíveis resultados de p e q. Após, faremos p ^ q, a 
negação ~(p ^ q) e, por fim, p v ~(p ^ q). 
 Possíveis resultados de p e q: 
p q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 Resolver p ^ q, lembrando que no conectivo e (^) só temos verdade se 
ambas proposições forem verdadeiras: 
p q p ^ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
 
 
 
13 
 Resolver a negação ~(p ^ q), ou seja, trocar os valores lógicos de p ^ q da 
terceira coluna: 
p q p ^ q ~(p ^ q) 
V V V F 
V F F V 
F V F V 
F F F V 
 Por último, resolver p v ~(p ^ q). Lembrando que, no conectivo ou, é 
verdadeiro quando pelo menos uma das proposições for verdadeira. 
Neste último passo, analisamos a primeira coluna (p) com a quarta coluna 
~(p ^ q). 
p q p ^ q ~(p ^ q) p v ~(p ^ q) 
V V V F V 
V F F V V 
F V F V V 
F F F V V 
3. (p ^~ q) ↔ (~p v r) 
Neste exemplo, estamos trabalhando com três proposições (p, q e r), logo 
teremos oito linhas na tabela-verdade. Para resolver esta proposição composta, 
consideramos os seguintes passos: 
 Indicar todas as combinações de p, q, r: 
p q r 
V V V 
V V F 
V F V 
V F F 
F V V 
F V F 
F F V 
F F F 
 Resolver a negação de p e q:~p e ~q: 
p q r ~p ~q 
V V V F F 
V V F F F 
V F V F V 
V F F F V 
F V V V F 
F V F V F 
F F V V V 
F F F V V 
 
 
 
 
14 
 Resolver o primeiro parêntese (p ^ ~q), utilizando a primeira e quinta 
coluna: 
p q r ~p ~q (p ^ ~q) 
V V V F F F 
V V F F F F 
V F V F V V 
V F F F V V 
F V V V F F 
F V F V F F 
F F V V V F 
F F F V V F 
 Resolver o segundo parêntese (~p v r), utilizando a quarta e a terceira 
coluna: 
p q r ~p ~q (p ^ ~q) (~p v r) 
V V V F F F V 
V V F F F F F 
V F V F V V V 
V F F F V V F 
F V V V F F V 
F V F V F F V 
F F V V V F V 
F F F V V F V 
 Por fim, resolver a sentença completa (p ^ ~q) ↔ (~p v r). 
p q r ~p ~q (p ^ ~q) (~p v r) (p ^ ~q) ↔ (~p v r) 
V V V F F F V F 
V V F F F F F V 
V F V F V V V V 
V F F F V V F F 
F V V V F F V F 
F V F V F F V F 
F F V V V F V F 
F F F V V F V F 
TROCANDO IDEIAS 
Para aplicarmos a lógica, é importante conhecermos uma proposição e a 
utilização dos conectivos nas proposições compostas para assim construir e 
interpretar a tabela-verdade. Os conectivos são sinais de ligação entre as 
proposições e as tabelas-verdade são recursos que facilitam a verificação das 
proposições. 
 
 
 
15 
NA PRÁTICA 
Saiba mais 
A lógica é amplamente utilizada em diversas áreas, visto que 
constantemente precisamos tomar decisões. Podemos utilizá-la para nos auxiliar 
nesses processos, pois a lógica está relacionada ao modo de pensar. 
 Leia um artigo sobre a importância do raciocínio lógico e assista a um 
vídeo sobre lógica no cotidiano nos links a seguir: 
VIDEOAULA Matemática: Lógica no Cotidiano. Mayara Farias, 21 de junho de 
2015. Disponível em: < https://youtu.be/qFe9_YM8QFU>. Acesso em: 27 set. 
2019. 
ARAÚJO, M. A. L. de. Raciocínio lógico: uma maneira diferente de usar a 
matemática e tomar decisões mais assertivas. Recanto das Letras, 3 de 
setembro de 2017. Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/artigo
s/6103684>. Acesso em: 27 set. 2019. 
Com base nos conteúdos apresentados nesta aula, vamos praticar os 
conceitos resolvendo alguns exercícios. 
1. Inúmeras sentenças fazem parte da nossa linguagem usual, mas nem 
todas podem ser classificadas em verdadeiras ou falsas. As sentenças 
que podem ser classificadas são chamadas de declarativas e toda 
sentença declarativa é uma proposição. Com base nesta afirmação, 
analise as seguintes sentenças e verifique qual é uma proposição. 
a. Saia já daqui! 
b. Não se esqueça de trabalhar. 
c. Como é seu nome? 
d. Todos os animais são mamíferos. 
Sabemos que uma proposição é toda sentença declarativa afirmativa que 
permite raciocinar na investigação da verdade. Dessa forma, sentenças 
exclamativas, sentenças interrogativas e sentenças imperativas não são 
consideradas proposições. Assim, analisemos cada sentença: 
a. Saia já daqui! 
Essa é uma sentença exclamativa, logo não é uma proposição. 
 
 
16 
b. Não se esqueça de trabalhar. 
Sentença imperativa, logo não é uma proposição. 
c. Como é seu nome? 
Sentença interrogativa, logo não é uma proposição. 
d. Todos os animais são mamíferos. 
É uma proposição cujo valor lógico é F. 
2. Um posto de combustível funciona apenas nos feriados ou em dias que 
não sejam segundas-feiras. Do ponto de vista da lógica, conclui-se que 
esse posto não funciona (Leite; Castanheira, 2017, p. 31): 
a. aos domingos. 
b. às segundas-feiras. 
c. em sábados que sejam feriados. 
d. em sábados que não sejam feriados. 
e. às segundas-feiras, desde que não sejam feriados. 
Neste exercício, temos a utilização do conectivo ou, em que, para ser 
verdadeiro, basta uma das duas condições ser satisfeita. Assim, se for um 
feriado ou um dia que não seja segunda-feira, o posto funciona 
normalmente. Dessa forma, não ocorrerá atendimento nas segundas, mas 
não pode ser feriado. Logo, o atendimento não ocorrerá nas segundas-
feiras, desde que não sejam feriados. 
3. Analise as seguintes proposições compostas e verifique qual é falsa: 
a. 2 é par ou 8 > 12. 
b. 5 é ímpar se e somente se 6 é par. 
c. Se 5 > 3, então 5 < 2. 
Vamos analisar cada proposição simples para depois analisar a 
proposição composta, levando em consideração o conectivo: 
a. 2 é par ou 8 > 12. 
Nessa proposição, temos o conectivo ou, em que basta uma das 
proposições simples ser verdadeira para o resultado ser verdadeiro. 
Vamos analisar cada proposição: 
 2 é par = verdadeiro. 
 
 
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 8 > 12 = falso. 
Assim, verdadeiro ou falso = verdadeiro. 
b. 5 é ímpar se e somente se 6 é par. 
Nesta proposição, temos o conectivo se e somente se, em que o resultado 
é verdadeiro sempre que os valores lógicos forem iguais. Vamos analisar 
cada proposição: 
 5 é ímpar = verdadeiro. 
 6 é par = verdadeiro 
Assim, verdadeiro se e somente se verdadeiro = verdadeiro. 
c. Se 5 > 3, então 5 < 2. 
Nesta proposição, temos o conectivo se então, em que o resultado é falso 
sempre que temos a combinação verdadeiro e falso, nesta ordem. Vamos 
analisar cada proposição: 
 5 > 3 = verdadeiro. 
 5 < 2 = falso. 
Assim, verdadeiro se então falso = falso. 
FINALIZANDO 
Estudamos aqui as proposições simples e compostas, os valores lógicos, 
os diferentes conectivos, a linguagem simbólica, as operações lógicas e os 
principais elementos para a construção de uma tabela-verdade. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BARBOSA, M. A. Introdução à lógica matemática para acadêmicos. Curitiba: 
InterSaberes, 2017. 
CARVALHO, S.; CAMPOS, W. Raciocínio lógico simplificado. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2010. 
CASTANHEIRA, N. P. Cálculo aplicado à gestão e aos negócios. Curitiba: 
InterSaberes, 2016. 
LEITE, A. E.; CASTANHEIRA, N. P. Raciocínio lógico e lógica quantitativa. 
Curitiba: InterSaberes, 2017. 
QUILELLI, P. Raciocínio lógico matemático. Rio de Janeiro: Ferreira, 2010. 
SÉRATES, J. Raciocínio lógico. Brasília: Jonofon, 2004.

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