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Introdução e Princípios Consumeristas

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Noções Introdutórias
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Surgimento
· Surgimento com a expansão do capitalismo (pós-revolução industrial);​
· Aumento de oferta, homogeneização da produção;​
· Milhares de produtos, milhares de contratos;​
· Nova categoria de sujeitos: consumidores;​
· Falta de legislação específica:​
· Necessidade de proteção dos consumidores na relação de consumo;​
· Ramo do direito privado,​
· Relação jurídica entre as partes.​
Estados Unidos
· Movimento social de proteção ao consumidor;​
· Década de 60, Kennedy.​
ONU​
· 1985, princípio da vulnerabilidade do consumidor;​
· Parte mais fraca na relação de consumo,​
· Necessidade de uma tutela específica.​
​
BRASIL​
· CF/88 seu art. 5º, inciso XXXII (o Estado promoverá a defesa do consumidor);​
· CF/88 art. 170, inciso V, defesa do consumidor na ordem econômica.​
· A lei 8.078, de 11/09/1990, Código de Defesa do Consumidor​
· princípios gerais, abranger todas as situações envolvendo o consumo​
· Microssistema jurídico (civil, penal, constitucional, processual). ​
Campo de Aplicação
 Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
· Como as normas do CDC são normas de ordem pública é possível aos órgãos que representem o Estado a sua aplicação de ofício.
· Exceção: Súmula, 381, STJ: nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
A definição de campo de aplicação importa verificar a vulnerabilidade da pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatária final.
Diálogo das Fontes
A existência de leis específicas não afasta a incidência do CDC. Não existe conflito entre essas leis e o CDC e sim diálogo de fontes, devendo prevalecer a Lei de Proteção do Consumidor, que tem raiz constitucional.
Aplicação mais benéfica
Algumas legislações específicas, por serem mais benéficas que o CDC, devem ser aplicadas em favor dos consumidores. 
Súmula n. 187: “A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva”
Impossibilidade de aplicação de alguns institutos Processuais
Não é possível a intervenção de terceiros e a denunciação da lide, pelo fato de que tais mecanismos tendem a atrasar a conclusão do processo enquanto se discutem os níveis e montantes de responsabilidade da cadeia de fornecedores, trazendo prejuízos ao consumidor, parte mais fraca da relação, que aguarda a indenização pelos danos sofridos.
Princípios
· Vulnerabilidade: É reconhecida, a posição mais fraca nas relações de consumo, ao consumidor, de forma que merece maior proteção a fim de se assegurar um equilíbrio.
Espécies de vulnerabilidade
· Vulnerabilidade técnica: Não tem conhecimento específico sobre o produto ou serviço ao contrário do fornecedor. 
· Vulnerabilidade jurídica: Não entende quais as consequências de firmar um contrato ou estabelecer uma relação de consumo.
· Vulnerabilidade fática: é reconhecida no caso concreto, as particularidades da relação de consumo indicarão a necessidade de um tratamento especial. Ex: consumidor idoso, criança e etc.
· Vulnerabilidade informacional: diz respeito ao contexto de globalização dos meios de comunicação, notadamente em relação à rapidez e fluidez do acesso à informação. 
Vulnerabilidade X Hipossuficiência: Esta é uma marca pessoal, limitada a alguns, até mesmo a uma coletividade, mas nunca a todos os consumidores. Sendo, portanto, distinta da vulnerabilidade, que abrange todos os consumidores.
Vulnerabilidade Presumida: a vulnerabilidade é presumida pela lei. Ex: mesmo que um consumidor muito rico e estudado vá a um restaurante muito humilde haverá vulnerabilidade pois o consumidor não sabe como é preparada a comida, os insumos utilizados e etc.
· Princípio da intervenção Estatal: o Estado deve promover a defesa do consumidor. Isso se dá por meio legislativo e administrativo (elaboração de normas e regulamentos e execução das garantias) e judiciário (efetiva prestação jurisdicional). Dessa forma, o Estado deve atuar diretamente (por meio do poder de polícia) e indiretamente (políticas públicas).
· Princípio do equilíbrio: busca da igualdade substancial, uma vez que diante ao fornecedor, o consumidor é vulnerável. 
· Princípio da publicidade: são aqueles que regem a informação ou mensagem publicitária, evitando quaisquer danos ao consumidor.
· Princípio do dever governamental: proteção efetiva do consumidor, seja por iniciativa direta, incentivo à criação e desenvolvimento de associações, presença do Estado no mercado de consumo ou garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. Assim, entidades como o PROCON e o Judiciário, fiscalizam o direito do consumidor.
· Princípio da informação: responsabiliza pelo esclarecimento dos direitos e deveres dos consumidores e fornecedores, com vistas a harmonizar a relação de consumo e de tornar ilegal qualquer ato ou procedimento que atente contra o direito à informação do consumidor. Todas as informações devem ser amplas, substanciais, extensivas a todos os aspectos da relação de consumo estabelecida.
· Princípio da boa-fé objetiva: a relação jurídica entre as partes deve se pautar na lealdade e cooperação entre consumidor e fornecedor visando combater os abusos praticados no mercado e que os interesses particulares se sobreponham aos interesses sociais.
· Princípio da garantia da adequação ou princípio da proteção da confiança do consumidor: Corresponde à plena adequação dos produtos e serviços à segurança e à qualidade, que é o objetivo do sistema de proteção do consumidor, respeitando seus interesses econômicos e visando à melhoria da qualidade de vida.
· Princípio do acesso à justiça: Garante que todos têm direito do acesso à justiça para invocar perante o Estado um direito. Ex: competência do local do domicílio do consumidor.

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