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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DE AFOGADOS DA INGAZEIRA A, brasileiro, solteiro, portador do RG nº 12345678, e do CPF nº 12345678, residente e domiciliado na Avenida Manoel Borba, n 380, bairro Centro - Afogados da Ingazeira. Vem através de sua advogada devidamente documentado com procuração em anexo, com endereço profissional na rua Júlio Câmara, n 710, Centro - Afogados da Ingazeira, propor: Memoriais, com base no artigo 403 § 3º do código de Processo Civil pelas razões e fatos a seguir expostos. I - DOS FATOS A, ao sair da padaria acompanhado de sua namorada, foi abordado por policiais militares que encontraram em seu poder uma nota falsa no valor de R$ 20,00 (vinte reais). O indiciado afirmou em ambos os interrogatórios ao que foi submetido, ter recebido a referida nota no caixa da padaria, não percebendo que se tratava de nota falsa, recebendo a de boa fé, o depoimento foi compatível com o de sua namorada. A nota foi imediatamente mandada para um laudo pericial, onde se contatou de fato a falsidade da nota em questão, confirmando ainda a grande semelhança com a nota verdadeira, razão pela qual estaria apta a enganar as pessoas que a subtraíssem. Realizada audiência de instrução, aberto o prazo legal para apresentação de alegações finais por memoriais. Apresentadas as alegações finais o Ministério Público requereu a condenação de A. Il - DOS FUNDAMENTOS Ao se observar o artigo 109, IV da CF, verificamos que a competência para julgar o crime referido no artigo 289 do CP é de do âmbito Federal: Artigo 109 da CF - Aos juízes federais compete processar e julgar: IV- os crimes politicos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens. serviços ou interesses da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; O artigo deixa claro que em causas quer a União é lesada é de competência da Justiça Federal. Não podendo deixar de ser citado que o laudo pericial realizado na nota falsa fica constatado a semelhança com uma nota verdadeira, sendo assim capaz e apta a enganar pessoas comuns, que por ingenuidade podem aceitar a nota em questão, por ser imperceptível a falsidade há olho nú. Fica constatada também a incompetência do juizo, de acordo com o artigo 564, l do CPP, sendo este processo nulo desde o inicio. Artigo 564 do CPP - A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; Podendo ainda ser arguido que A agiu de boa fé, pois deixou claro não ter notado diferenca entra a nota falsa e a nota comum, usando como base o artigo 386, Ill do CPP Artigo 386 do CPP - O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: Ill - não constituir o fato infração penal; Ill - DOS PEDIDOS Requer que seja declarada preliminarmente a anulação do processo desde o início, em razão da incompetência do juízo, artigo 564, I do CPP. Na hipótese de rejeição da preliminar, no mérito requer a absolvição com base no artigo 386, III do CPP. Termo em que, Pede deferimento Afogados da Ingazeira, 25 de Outubro de 2022. Rebeca Rocha Pereira OAB/PE 2018201 O último dia do prazo será dia 21, pois o prazo para memoriais é de 5 dias úteis.
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