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Introdução à Citologia: Bases Moleculares e Celulares

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Bases moleculares e celulares 
Introdução a citologia 
Citologia, ou biologia celular, é a ciência que estuda os vários sistemas celulares, a maneira 
como as células são reguladas e a compreensão do funcionamento de suas estruturas. 
Exceção - vírus 
 
Teoria Celular 
O estabelecimento da Teoria Celular foi possível graças ao desenvolvimento da microscopia. 
A Teoria Celular apresenta postulados importantes para o estudo da Citologia: 
• Todos os seres vivos são constituídos por células; 
• As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células; 
• Novas células se formam pela divisão de células preexistentes através da divisão 
celular; 
• A célula é a menor unidade da vida. 
Tipos de células 
A biologia é um campo de estudo muito amplo, deste modo ela se organiza em níveis e cada 
um representa uma área de estudo. Na ordem crescente dos níveis, a citologia ocupa a 
segunda posição: 
Molécula --> Célula --> Tecido --> Órgão --> Sistema --> Organismo --> População --> 
Comunidade --> Ecossistema --> Biosfera 
Todos os seres vivos possuem no mínimo uma célula, está por sua vez pode ser definida como 
uma massa de substância viva limitada por uma membrana que protege o citoplasma e o 
núcleo. Elas são divididas em dois tipos: procarióticas e eucarióticas. 
As células procarióticas são primitivas e possuem uma estrutura simples, os organismos que as 
abrigam são chamados de procariontes. O núcleo desse tipo de célula não é individualizado, 
pois não há cariomembrana; não possuem organelas membranosas e o material nuclear está 
disperso no citoplasma. 
Os organismos que pertencem aos Domínios Bacteria e Archaea (Reino Monera), são 
procariontes, como as bactérias e as cianobactérias. 
Célula procariótica: 
 
Já as células eucarióticas, cujo organismo que as abrigam são chamados de eucariontes, 
apresentam uma estrutura mais completa se comparada com a anterior. O núcleo da célula 
eucariótica é individualizado; o material nuclear é envolvido pela cariomembrana e possuem 
organelas membranosas. 
Todos os organismos pertencentes aos demais reinos de seres são eucariontes, como os 
animais (Reino Animal, Animalia ou Metazoa), vegetais (Reino Plantae, Reino Vegetal ou 
Metaphyta) e os protozoários (Reino Protozoa ou Reino Portista). Os vírus não possuem 
células, logo não são considerados seres vivos. 
Célula animal: 
 
Célula vegetal: 
 
Célula animal x Célula vegetal - os animais e vegetais são organismo eucariontes e apresentam 
poucas diferenças entre suas células que vão além do formato. Por exemplo, as células animais 
possuem uma organela chamada lisossomos, que é ausente nos vegetais; as células vegetais 
possuem parede celular e plastos, enquanto a animal não. 
 
MEMBRANA 
Foi descoberta por Robert Hoocke, quando viu pela primeira vez a célula. Admitia-se que nem 
todas as células possuíam membrana, e chamavam a essas células de células nuas. Na 
realidade, a membrana é constante em todas as células, sendo em algumas bem visível, ao 
passo que em outras não. A membrana é, pois, a parte envoltória da célula. 
Citoplasma 
O citoplasma é uma região delimitada pela membrana plasmática. É onde se encontram o 
núcleo e as organelas (estruturas que funcionam como pequenos órgãos da célula). 
Existem diversas organelas no citoplasma, as principais são: 
• Centríolos: pequenas estruturas que participam da divisão celular. Os centríolos também 
produzem os cílios e os flagelos; 
• Plastos: estruturas membranosas encontradas apenas nas células vegetais, disponíveis nas 
células como cloroplastos, leucoplastos e cromoplastos; 
• Complexo de Golgi: formado por várias unidades (dictiossomos) e apresenta diversas 
funções como auxílio no processo de excreção da célula e formação dos lisossomos; 
• Lisossomos: são encontrados apenas nas células animais e exercem a função de digestão 
celular; 
• Mitocôndrias: liberam energia necessária para o trabalho celular; 
• Peroxissomos: liberam enzimas que destroem as moléculas tóxicas; 
• Retículo endoplasmático liso: formado por membrana lipoproteicas, essa estrutura 
desenvolve várias funções como facilitação das reações enzimáticas, transporte e 
armazenamento de substâncias; 
• Retículo endoplasmático rugoso: desempenha as mesmas funções do retículo liso, além de 
ser composto por ribossomos; 
• Ribossomos: produzem as proteínas; 
• Vacúolos digestivos: resultados da fusão de fagossomos com os lisossomos (fagocitose e 
pinocitose); 
• Vacúolos pulsáteis ou contráteis: realizam a osmorregulação (controle das concentrações 
de sais nas células); 
• Vacúolos de suco celular ou armazenamento: encontrado geralmente nas células vegetais, 
essas estruturas saculiformes desempenham funções como armazenamento de substâncias, 
controle osmótico e manutenção do pH celular. 
Núcleo celular - considerado o cérebro da célula, o núcleo geralmente apresenta uma forma 
esférica e porosa. Também abriga o material genético (DNA) dos organismos unicelulares (uma 
célula) e multicelulares (mais que uma célula), bem como é o lugar que acontece a reprodução 
celular. 
Teoria endossimbiótica 
A Teoria Endossimbiótica foi proposta por Lynn Margulis e explica como as mitocôndrias e 
cloroplastos surgiram nas células eucarióticas. 
 
 Os cloroplastos surgiram nas células eucariontes por meio de um processo de simbiose. 
A teoria endossimbiótica foi proposta por Lynn Margulis, em 1981, em um livro 
intitulado Symbiosis in Cell Evolytion. Essa teoria explica como os cloroplastos e as 
mitocôndrias surgiram nas células eucarióticas. 
→ A teoria endossimbiótica 
Segundo a teoria endossimbiótica, mitocôndrias e cloroplastos eram organismos procariontes 
que viviam de modo livre. Essas estruturas foram englobadas por células eucariontes, o que 
resultou em uma relação simbiótica, em que ambos os envolvidos eram beneficiados com a 
associação. 
As mitocôndrias provavelmente eram organismos procariontes aeróbios, e os cloroplastos 
eram procariontes fotossintetizantes. Esses organismos procariontes forneciam energia para a 
célula que os englobou, e a célula hospedeira fornecia proteção contra o ambiente externo. 
→ Pontos que reforçam a teoria endossimbiótica 
Ao analisar mitocôndrias e cloroplastos, algumas características evidenciam a semelhança 
entre essas organelas e organismos procariontes, além de alguns pontos que reforçam a teoria 
de que essas estruturas foram englobadas em um processo de endocitose. 
I. Mitocôndrias e cloroplastos possuem dupla membrana, resultado, provavelmente, do 
englobamento desses organismos. A mais interna seria proveniente do organismo englobado, 
e a mais externa seria resultado da membrana do organismo que o englobou; 
II. Mitocôndrias e cloroplastos possuem seu próprio genoma. O DNA das mitocôndrias e dos 
cloroplastos é circular e sem as proteínas denominadas de histonas; 
III. Mitocôndrias e cloroplastos possuem capacidade de autoduplicação; 
IV. Os ribossomos encontrados em mitocôndrias e cloroplastos são semelhantes aos de 
procariontes e diferentes dos encontrados em eucariontes; 
V. Certos antibióticos causam alterações na síntese de proteínas de mitocôndrias e 
cloroplastos; 
VI. Mitocôndrias e cloroplastos possuem tamanho semelhante ao das bactérias. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/a-origem-das-mitocondrias.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/cloroplasto.htm
 
Microscópio – Microscopia 
Para que serve um microscópio? 
O microscópio, foi inventado para aumentar ou ampliar imagens de objetos não visíveis a olho 
nu. O poder de resolução dos microscópios atuais é de 0,2 µm, cerca de mil vezes mais que o 
olho humano. 
A história do microscópio 
A curiosidade humana e o fantástico mundo científico apresentaram, dentre inúmeras outras 
descobertas, o microscópio, aparelho capaz de aumentar a imagem de pequenos objetos.O 
crédito por essa incrível invenção foi dado, em 1591, aos holandeses Hans Janssen e seu filho 
Zacarias, fabricantes de óculos. Eles ampliavam as imagens e observavam objetos muito 
pequenos por meio de duas lentes de vidro montadas nas extremidades de um tubo. 
Posteriormente, o holandês Antonie van Leewenhoek construiu microscópios de apenas uma 
lente, pequena e quase esférica, entre duas placas de cobre, aperfeiçoando o instrumento. Ele 
foi o primeiro a utilizar o microscópio visando o entendimento da natureza e por isso estudou 
materiais como água estagnada, embriões de plantas, sangue, esperma e visualizou micro-
organismos. 
Microscópio simples – única lente 
 
Com essas descobertas, Robert Hooke foi encarregado de construir um microscópio ainda mais 
poderoso. Ele desenvolveu um aparelho com duas lentes ajustadas nas extremidades de um 
tubo de metal. E por possuir duas lentes, a ocular e a objetiva, ficou conhecido como 
microscópio composto. Com isso, novas pesquisas foram realizadas e a tecnologia aprimorada. 
Microscópio composto – Ocular + Objetiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microscópio óptico 
O microscópio óptico 
Embora existam muitas variações de microscópios, o microscópio óptico é o mais usado em 
diversas áreas, como pesquisas e análises. Ele é composto por dois jogos de lentes, sendo elas 
a objetiva e ocular, montadas em extremos opostos de um tubo fechado. O principal objetivo 
é criar uma imagem real do objeto examinado, quando se observa através da lente ocular se 
vê uma imagem virtual aumentada da imagem real. 
O microscópio é constituído de um suporte chamado platina que contém a lâmina com o item 
a ser analisado e de um mecanismo que permite aproximar e afastar a lâmina para focar a 
amostra. As espécies ou amostras observadas em um microscópio são transparentes, para sua 
observação é necessário colocar as amostras em uma lâmina que permita que a luz transpasse 
esta amostra possibilitando assim sua visualização. O poder de resolução dos microscópios 
atuais é de 0,2 µm, cerca de mil vezes mais que o olho humano. 
 
 
Microscopia Eletrônica 
Em 1931, através dos engenheiros alemães Ernest Ruska e Knoll Max, foi construído o primeiro 
modelo de microscópio eletrônico do mundo, que, em sua primeira versão, apesar de 
conseguir uma ampliação menor do que a proporcionada pelos microscópios de luz, conseguiu 
provar não apenas que a utilização do feixe focalizado de elétrons era viável, mas que os 
rumos e o futuro da ciência dependiam desse desenvolvimento. 
 
Todos os modelos de microscópios eletrônicos que se sucederam e são amplamente utilizados 
atualmente derivam diretamente desse modelo inicial de 1931, criado por Max e Ruska, sendo 
eles: 
(MET) Microscópio Eletrônico de Transmissão: 
Os microscópios eletrônicos de transmissão são capazes de produzir imagens por meio da 
gravação do feixe de elétrons após esse ter passado por uma fina fatia de amostra. A amostra 
é então colocada em uma grade composta por fio de cobre e, posteriormente, submetida a um 
feixe de elétrons, gerado, na maioria das vezes, por meio da execução de alta tensão através 
de um filamento de tungstênio. Assim, o feixe de elétrons “viaja” por meio de uma lente 
condensadora, atinge a amostra e prossegue por meio de lentes projetivas e objetivas, antes 
de ser recolhido em uma tela de substância fosforescente. Tal qual ocorre com todos os meios 
de microscopia eletrônica, a amostra alvo precisa ser tanto desidratada como isolada sob 
vácuo, com o intuito de evitar uma possível contaminação provocada por vapor de água, 
evitando assim a dispersão de elétrons. Os Microscópios Eletrônicos de Transmissão são 
capazes de produzir as maiores ampliações entre todos os modelos de microscópios 
eletrônicos. 
 
(MEV) Microscópio Eletrônico de Varredura: 
Juntamente com os MET, os Microscópios Eletrônicos de Varredura são os modelos mais 
utilizados de microscopia eletrônica. Todavia, seu funcionamento se dá de forma contrária aos 
METs, uma vez que os MEVs produzem imagens por meio da coleta de elétrons secundários ou 
inelasticamente espalhados que saltam para fora da superfície de uma amostra. Assim, os 
dados eletrônicos são digitalizados com o intuito de produzir imagens da superfície com 
considerável profundidade de campo. 
 
 
(MER) Microscópio Eletrônico de Reflexão: 
Em termos de estrutura, os MER, Microscópios Eletrônicos de Reflexão, operam de modo 
bastante similar ao Microscópios Eletrônicos de Varredura. Todavia, os MER recolhem os 
elétrons retroespalhados ou elasticamente dispersos logo após o feixe de elétrons primários 
atingirem a superfície da amostra. Destaca-se ainda que os MER são mais associados com a 
microscopia eletrônica de baixa energia de rotação polarizada para retratar a marcação de 
domínio magnético das superfícies da amostra na construção de circuitos do computador. 
(METV) Microscópio Eletrônico de Transmissão e Varredura: 
Os Microscópios Eletrônicos de Transmissão e Varredura, tal qual os METs (Microscópios 
Eletrônicos de Transmissão) tradicionais, passam um feixe de elétrons por meio de uma fatia 
fina da amostra. Todavia, em seu processo, um METV focaliza o feixe de antemão e elabora a 
imagem através de varredura no padrão retangular de linhas. Microscópios Eletrônicos de 
Transmissão e Varredura são muito adequados para técnicas de mapeamento de análise, 
como, por exemplo, a microscopia de campo escuro anular e espectroscopia de perda de 
energia eletrônica. 
Membrana Plasmática 
A membrana plasmática é uma estrutura celular que atua delimitando as células, separando o 
interior celular do ambiente e funcionando como uma barreira que seleciona o que entra e o 
que sai. Essa estrutura possui espessura de cerca de 7,5 a 10 nm e é composta por uma dupla 
camada de fosfolipídios, na qual encontramos proteínas inseridas. 
Composição da membrana plasmática 
A membrana plasmática é formada, principalmente, por lipídios e proteínas. Os lipídios atuam 
garantindo a estrutura da membrana, enquanto as proteínas estão relacionadas com as 
principais funções desempenhadas por essa estrutura celular. 
Os lipídios mais abundantes nessa estrutura são os fosfolipídios, os quais formam uma 
bicamada. Os fosfolipídios apresentam uma região hidrofílica e uma região hidrofóbica, 
estando a região hidrofóbica voltada para o centro da membrana e as regiões hidrofílicas 
voltadas para as duas superfícies da membrana. Além dos fosfolipídios também são 
encontrados na membrana os glicolipídios e o colesterol. 
As proteínas presentes na membrana plasmática estão incrustadas na bicamada. Essas 
proteínas podem inseridas totalmente ou apenas parcialmente na membrana. Vale destacar 
que algumas funcionam como verdadeiros canais para a passagem de substâncias. 
Características da membrana plasmática 
A membrana plasmática é uma estrutura constituída basicamente de uma bicamada de 
fosfolipídios com proteínas inseridas nessa camada. O modelo que a descreve atualmente é o 
chamado modelo do mosaico fluído. 
Dizemos que a membrana se parece com um mosaico, pois é constituída por uma série de 
proteínas inseridas na bicamada lipídica. Dizemos que a membrana é fluída, pois seus 
componentes são capazes de movimentar pela estrutura, não sendo, portanto, uma estrutura 
completamente estática. As proteínas e os lipídios apresentam a capacidade de se mover. 
Quando comparadas aos fosfolipídios, as proteínas apresentam uma movimentação mais 
lenta. 
Um ponto interessante a ser destacado é que as duas faces da membrana plasmática são 
diferentes. Isso está relacionado com as diferentesfunções atribuídas à membrana. 
 
Na superfície externa da membrana plasmática, observa-se a presença de uma região mal 
delimitada denominada de glicocálice. O glicocálice é constituído pelas cadeias glicídicas dos 
glicolipídios e glicoproteínas presentes na membrana e por glicoproteínas e proteoglicanos 
que são produzidos pela própria célula. Essa camada rica em carboidratos está relacionada 
com alguns processos como o reconhecimento e união entre células. 
Proteínas de membrana 
As proteínas presentes na estrutura da membrana plasmática desempenham uma série de 
funções importantes para a célula, estando relacionadas, por exemplo, com o transporte de 
substâncias, comunicação entre células vizinhas e atividades enzimáticas. A depender da 
célula analisada, observa-se diferentes quantidades e também diferentes tipos de proteínas. 
Podemos classificar as proteínas presentes na membrana em dois grupos principais: 
• Proteínas integrais: As proteínas integrais são aquelas que penetram na bicamada 
lipídica. Algumas atravessam completamente a membrana, as chamadas proteínas 
transmembrana. A proteína transmembrana pode passar uma vez pela membrana ou, 
então, atravessá-la várias vezes. 
• Proteínas periféricas: As proteínas periféricas são aquelas que não penetram na 
membrana plasmática, estando apenas conectadas a essa estrutura fracamente. 
Funções da membrana plasmática 
A membrana plasmática é uma estrutura presente em todos os tipos celulares, sendo 
encontrada, assim, tanto em células procarióticas, quanto em células eucarióticas. Ela 
desempenha várias funções essenciais para a manutenção dessas estruturas. Entre as 
principais funções da membrana plasmática, podemos citar: 
• Definir os limites da célula. 
• Garantir proteção das estruturas da célula. 
• Permitir que as diferenças entre o meio externo e o meio intracelular sejam mantidas. 
• Selecionar o que entra e o que sai da célula. Em virtude da capacidade de selecionar 
essas substâncias, dizemos que a membrana plasmática apresenta permeabilidade 
seletiva. 
• Conseguir captar sinais externos. 
Transporte pela membrana plasmática 
 
Como sabemos, uma das funções da membrana plasmática é selecionar o que entra e o que 
sai da célula. O transporte pela membrana, no entanto, não é um trabalho simples, sendo, em 
alguns casos, necessário o gasto de energia. Dizemos que o transporte é passivo quando não 
envolve gasto de energia e ativo quando ocorre o gasto de energia. 
• Transporte passivo 
o Difusão simples: Na difusão simples, observa-se o movimento de uma 
substância do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. 
o Osmose: Na osmose, o que se observa é a difusão do solvente pela membrana 
permeável do meio menos concentrado para o meio mais concentrado. 
o Difusão facilitada: Nesse processo, a transferência de substâncias acontece 
com a ajuda de proteínas carreadoras. 
• Transporte ativo 
o Bomba de sódio-potássio: Nesse processo, ocorre o bombeamento de íons 
contra o gradiente de concentração. Na bomba de sódio-potássio, ocorre o 
bombeamento de sódio para fora da célula e potássio para o seu interior. 
Vale destacar que macromoléculas e partículas maiores entram em saem das células por 
processo mais complexos, como a endocitose e exocitose. A endocitose é um processo que 
garante a entrada de substância por meio da formação de vesículas que se invaginam e 
posteriormente se destacam da membrana plasmática. 
Na exocitose, ocorre a liberação de um conteúdo que está dentro da célula. Nesse processo, 
as vesículas migram até a membrana, fusionam-se a ela e liberam o conteúdo para fora da 
célula. 
 Resumo 
• A membrana plasmática é uma estrutura presente em todos os tipos celulares. 
• A membrana plasmática é formada por uma bicamada lipídica, na qual estão inseridas 
proteínas. 
• As proteínas da membrana podem ser classificadas como integrais e periféricas. 
• A membrana plasmática, além de delimitar a célula, está relacionada com a seleção de 
substâncias que entram e que saem da célula e com captação de sinais externos. 
• Substâncias podem passar pela membrana plasmática por transporte passivo (sem 
gasto de energia) ou ativo (com gasto de energia). 
• A endocitose é um processo em que a membrana plasmática se e garante invagina a 
entrada de macromoléculas para o interior da célula. 
• A exocitose é um processo em que vesículas se formam no interior da célula e fundem-
se com a membrana, liberando a substância que estava dentro da célula para fora 
dela. 
Organelas Citoplasmática 
Retículo Endoplasmático 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/transporte-ativo-passivo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/endocitose.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/exocitose.htm
O retículo endoplasmático é um sistema de membranas que percorre o citoplasma das células 
eucariontes e está em continuidade com o envoltório nuclear. Essa organela membranosa é 
constituída por túbulos e cisternas (sacos achatados) interligados. A membrana do retículo 
endoplasmático, em alguns locais, apresenta uma série de ribossomos aderidos, e, em outros, 
essas estruturas estão ausentes. Devido a essa característica, é possível distinguir duas regiões: 
o retículo endoplasmático rugoso e o liso. 
 
• Retículo endoplasmático rugoso, granular ou granuloso 
Caracteriza-se por apresentar ribossomos (na forma de polirribossomos) aderidos à superfície 
externa da sua membrana. Normalmente, apresenta-se como uma série de sacos achatados, 
também chamados de cisternas. A membrana do retículo endoplasmático rugoso é contínua 
com a membrana externa do envoltório nuclear. 
Grande parte dessas proteínas é transportada para o complexo golgiense, no qual sofrem 
algumas modificações e são empacotadas em vesículas que são levadas para locais 
específicos. Células especializadas na secreção de proteínas, como as células do pâncreas e 
plasmócitos, apresentam um retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvido. 
Além da segregação de proteínas, o retículo endoplasmático rugoso participa de processos 
como produção de fosfolipídios, síntese de proteínas de membrana, glicosilação (adição de 
açúcares às proteínas) inicial das glicoproteínas e montagem de moléculas proteicas formadas 
por várias cadeias polipeptídicas. 
• Retículo endoplasmático liso ou agranular 
Apresenta membrana sem ribossomos aderidos e, geralmente, membrana disposta em um 
formato tubular. O retículo endoplasmático liso está em continuidade com o retículo 
endoplasmático rugoso. 
O retículo endoplasmático liso está relacionado com diferentes processos, a depender da 
célula na qual se encontra. Em células produtoras de hormônios esteroides, como as células 
das glândulas suprarrenais, o retículo endoplasmático liso apresenta papel essencial na síntese 
desses hormônios. Além de esteroides, o retículo endoplasmático liso relaciona-se com 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/complexo-golgi.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pancreas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hormonios.htm
a síntese de outros tipos de lipídios, como os fosfolipídios, utilizados em todas as membranas 
celulares. 
O retículo endoplasmático liso é bem desenvolvido também em células do fígado, uma vez que 
apresentam importante papel na inativação (desintoxicação) de substâncias nocivas e tóxicas 
ao organismo. Algumas substâncias, como o álcool, promovem a proliferação do retículo 
endoplasmático liso nesse órgão, garantindo, desse modo, maior desintoxicação. Isso explica, 
por exemplo, por que, com o tempo, as pessoas que fazem uso dessa substância necessitam 
de doses cada vez mais altas para conseguir determinado efeito. 
O retículo endoplasmático liso participa também do metabolismo de carboidratos, sendo 
fundamental na formação de glicose por meio da hidrólise do glicogênio. Além disso, outra 
função atribuída a essa organela é a capacidade de armazenaríons de cálcio, sendo esse papel 
importante no processo de regulação da contração muscular. Vale destacar que, nos músculos, 
o retículo endoplasmático recebe a denominação de retículo sarcoplasmático. 
 
Funções do retículo endoplasmático 
O quadro a seguir apresenta as diferentes funções realizadas pelo retículo endoplasmático, 
separando-as de acordo com a porção do retículo que as desempenha: 
Funções do retículo endoplasmático 
Retículo endoplasmático rugoso Retículo endoplasmático liso 
• Síntese de proteínas 
• Glicosilação de proteínas 
• Montagem de moléculas proteicas 
• Síntese de fosfolipídios 
• Síntese de lipídios 
• Metabolismo de carboidratos 
• Armazenamento de íons de cálcio 
• Inativação de substâncias tóxica 
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/lipidios.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/o-figado.htm
https://brasilescola.uol.com.br/saude/glicose.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/glicogenio.htm
Complexo Golgi 
O complexo de golgiense, também denominado de complexo de Golgi ou aparelho de Golgi, é 
uma organela celular que está relacionada com o processo de secreção de substâncias. É uma 
organela formada por uma série de vesículas achatadas, denominadas de cisternas, que 
possuem porções laterais mais dilatadas. Nessas cisternas, que estão dispostas na célula como 
uma pilha, há diferentes enzimas, as quais variam de acordo com a posição da cisterna no 
complexo. 
 
O complexo golgiense é uma estrutura polarizada, apresentando duas faces: a face cis e a 
face trans: 
• A face cis, ou face de formação, é uma superfície convexa e o local responsável por 
receber as vesículas provenientes do retículo endoplasmático, sendo o local mais 
próximo do retículo. Nela, as vesículas provenientes do retículo endoplasmático 
fundem sua membrana e liberam seu conteúdo. 
• A face trans, ou face de maturação, por sua vez, é a face côncava e é a responsável por 
gerar vesículas que partem do complexo, indo para outras partes da célula. Vale 
destacar ainda que, entre as duas faces, há as chamadas cisternas medianas ou 
mediais. 
O número de cisternas presentes em uma pilha e o número de pilhas encontrados em uma 
célula variam muito de uma célula para outra. Essa organela é bastante desenvolvida em 
células especializadas na secreção de substâncias, como é o caso das células caliciformes 
localizadas no intestino. 
As pilhas do complexo golgiense apresentam cerca de 4 a 8 cisternas, porém, em alguns organismos, como flagelados 
unicelulares, o complexo pode apresentar até 60 cisternas. 
 
Função do complexo golgiense 
O complexo golgiense é uma organela relacionada com uma série de funções importantes para 
a célula. Dentre as funções exercidas pelo complexo golgiense, podemos citar: 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/reticulo-endoplasmatico.htm
• Processamento de lipídios e proteínas; 
• Empacotamento e endereçamento de moléculas sintetizadas na célula; 
• Fabricação de macromoléculas, como polissacarídeos não celulósicos que são 
produzidos nessa organela em células vegetais e incorporados à parede celular; 
• O complexo golgiense é responsável por originar o acrossoma, uma vesícula 
encontrada na cabeça dos espermatozoides que contém enzimas necessárias para a 
penetração desse gameta no ovócito secundário. O acrossoma é essencial para a 
realização da fecundação. 
Obs: O complexo golgiense é, de maneira resumida, uma organela relacionada com a 
produção, processamento, empacotamento e endereçamento de uma série de substâncias no 
interior da célula. 
Como as substâncias movem-se através do complexo golgiense? 
Anteriormente, o complexo golgiense era visto como uma estrutura estática. De acordo com 
essa visão, as vesículas moviam-se do retículo endoplasmático para o complexo golgiense, 
onde se fundiam com a face cis e liberavam seu conteúdo. Os produtos liberados no complexo 
sofriam modificações e passavam de uma cisterna para a outra por meio de vesículas. Na 
face trans, os produtos eram liberados em vesículas, que saíam em direção à superfície celular 
(exocitose) ou outros compartimentos celulares. 
 
Atualmente, considera-se que o complexo golgiense é mais complexo e mais dinâmico do que 
se acreditava e que as substâncias não se movem apenas da forma descrita anteriormente. De 
acordo com o modelo atual, conhecido como modelo de maturação de cisterna, as cisternas 
também sofrem uma espécie de maturação. 
As vesículas movem-se do retículo endoplasmático para o complexo golgiense e fundem-se 
nas cisternas cis. A cisterna então se move da direção cis para a trans, modificando, durante 
esse processo, o produto encontrado em seu interior. Formam-se então vesículas, que saem 
do complexo golgiense carregando os produtos para outros locais de secreção. No modelo de 
maturação de cisterna, considera-se ainda que algumas vesículas podem ser liberadas e voltar 
para regiões menos maduras. Essas vesículas são responsáveis pela reciclagem de enzimas. 
Lisossomas 
O lisossomo é uma organela membranosa presente nas células eucariontes. Sua função é 
digerir substâncias para a célula, processo que ocorre graças às inúmeras enzimas digestivas 
que contêm. 
Estrutura dos Lisossomos 
 
Essas estruturas estão relacionadas com o processo de digestão intracelular, sendo capazes de 
garantir a digestão de materiais capturados no meio externo e de estruturas obsoletas da 
própria célula. Essas organelas contêm muitas enzimas que lhes permite degradar muitas 
substâncias. As enzimas são peptidases (digerem aminoácidos), nucleases (digerem ácidos 
nucleicos), lipases (digerem lipídios), entre outras. Como essas enzimas hidrolases funcionam 
em ambiente ácido, a digestão ocorre dentro dos lisossomos para não prejudicar a célula. 
Resumo sobre lisossomo 
• Lisossomos são organelas membranosas. 
• Estão presentes em células eucarióticas (que possuem núcleo definido), sendo 
considerados, por muitos autores, uma organela exclusiva da célula animal. 
• Contêm enzimas e estão relacionados com a digestão intracelular. 
• Realizam digestão de materiais capturados pela célula e de partes celulares obsoletas. 
Lisossomos Primários e Secundários 
No Complexo de Golgi são formadas vesículas que se soltam originando os lisossomos 
primários. Esses lisossomos ficam no citoplasma até que a célula realize endocitose 
(fagocitose ou pinocitose) e englobe alguma partícula externa. Nesse processo, a partícula é 
interiorizada dentro de uma vesícula, chamada endossomo, que se funde com o lisossomo 
primário formando o lisossomo secundário, que é uma espécie de vacúolo digestivo. 
Função 
A função dos lisossomos é fazer a digestão intracelular, que pode ser por fagocitose ou 
autofagia. 
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-organela-celular.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-nucleo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/enzimas.htm
 
Fagocitose 
 
Quando a célula precisa digerir substâncias vindas do meio externo, ela realiza fagocitose. 
Por exemplo, no caso das células do sistema imunitário humano que atacam células inimigas 
chamadas antígenos. 
A célula inimiga (uma bactéria, por exemplo) é capturada por uma célula APC (célula 
apresentadora de antígeno, que pode ser um macrófago ou um linfócito) através da 
fagocitose. Ela é então envolvida pela membrana plasmática do macrófago e forma uma 
vesícula chamada fagossomo, que vai para o citoplasma. Dentro da célula, o fagossomo se 
funde ao lisossomo, e em seguida, as enzimas digestivas do lisossomo começam a agir. O 
microrganismo invasor é quebrado em partes menores e eliminado para fora da célula. 
Autofagia 
Quando as organelas se tornam envelhecidas, a célula passa por uma reciclagem, ela realiza 
o processo de autofagia, através do qual digere algumas das suas organelasque já não 
funcionam bem. Isso também pode acontecer em situações com poucos nutrientes, em que a 
célula realiza a autofagia para manter a homeostase (equilíbrio interno). 
Mitocôndrias 
As mitocôndrias são as organelas da célula eucarionte que realizam a respiração celular e 
apresentam características que sugerem a origem endossimbiótica. 
 
As mitocôndrias são organelas celulares encontradas exclusivamente nas células eucariontes. É 
nelas que ocorre a respiração celular, um processo em que moléculas orgânicas são utilizadas 
na fabricação de adenosina trifosfato (ATP), que é a principal fonte de energia das células. 
As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas lipoprotéicas semelhantes às demais 
membranas celulares. Enquanto a membrana externa é lisa, a membra- na interna possui 
inúmeras pregas – as cristas mitocondriais – que se projetam para o interior da organela. 
Função: Respiração Celular 
 
As mitocôndrias são formadas por duas membranas lipoproteicas, sendo uma externa e outra 
interna: 
• Membrana externa: semelhante à de outras organelas, lisa e composta de lipídeos e 
proteínas chamadas deporinas, que controlam a entrada de moléculas, permitindo a 
passagem de algumas relativamente grandes. 
• Membrana interna: é menos permeável e apresenta numerosas dobras, chamadas de 
cristas mitocondriais. 
As cristas mitocondriais se projetam para a parte interna da mitocôndria, um espaço central 
chamada matriz mitocondrial, que é preenchida por uma substância viscosa onde estão 
enzimas respiratórias que participam do processo de produção de energia. 
Na matriz são encontrados os ribossomos, organelas que produzem proteínas necessárias à 
mitocôndria. Eles são diferentes daqueles encontrados no citoplasma celular e mais parecidos 
C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia 
com o das bactérias. Outra característica comum a bactérias e mitocôndrias é a presença de 
moléculas circulares de DNA. 
Características das mitocôndrias 
As mitocôndrias são organelas de formato esférico ou alongado encontradas em quase todas 
as células eucariontes, isto é, células que se caracterizam pela presença de material genético 
envolto pela membrana nuclear. Em células procariontes, as mitocôndrias não estão 
presentes. 
O número de mitocôndrias varia de uma célula para outra, porém, normalmente, observam-
se centenas de mitocôndrias em uma única célula. Um número maior é observado em células 
que apresentam grande atividade metabólica. Além disso, as mitocôndrias acumulam-se nos 
locais do citoplasma que possuem maior gasto de energia. 
Essas organelas apresentam um comprimento que varia de 1,0 µm a 10 µm e largura entre 0,5 
µm e 1,0 µm. Apresentam duas membranas: uma membrana interna, que apresenta projeções 
para seu interior (cristas mitocondriais), e uma membrana mais externa, que é lisa. Entre a 
membrana externa e a interna, há o chamado espaço Inter membranoso. A membrana 
interna, por sua vez, delimita um espaço interno, o qual contém a matriz mitocondrial. 
 
As cristas mitocondriais são responsáveis por garantir o aumento da superfície da membrana 
interna. Nessa crista, é possível perceber a presença de enzimas e outros componentes que 
são importantes no processo de respiração celular. 
Na matriz mitocondrial, encontra-se uma grande quantidade de enzimas que atuam na 
respiração celular, outras proteínas, material genético (DNA e RNA) e ribossomos. O DNA 
encontrado nas mitocôndrias é muito semelhante ao das bactérias, apresentando-se como 
filamentos duplos e circulares. Os filamentos de DNA são sintetizados na própria organela, e 
sua duplicação ocorre sem interferência do DNA nuclear. 
Como dito, o RNA está também presente nas mitocôndrias. Nessas organelas, ocorrem o RNA 
ribossomal, RNA mensageiro e RNA transportador. Os ribossomos também são encontrados no 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celulas-eucariontes.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celulas-procariontes.htm
interior das mitocôndrias, porém são diferentes daqueles encontrados no citoplasma da célula. 
Esses ribossomos da mitocôndria são menores e assemelham-se muito aos das bactérias. 
Nas mitocôndrias, também são sintetizadas algumas proteínas, mas em menor quantidade. As 
mitocôndrias são capazes de se fundir e de se dividir por fissão binária, assim como 
organismos procariontes. 
Funções das mitocôndrias 
As mitocôndrias funcionam como um sítio do processo de respiração celular. Esse processo 
metabólico extrai energia armazenada na glicose e em outros combustíveis orgânicos, 
havendo decomposição desses combustíveis, na presença de oxigênio, em gás carbônico e 
água. A energia liberada é utilizada para realizar diversas atividades celulares, como o 
transporte através da membrana. 
Citoesqueleto 
O citoesqueleto é um sistema de proteínas filamentosas presente tanto em organismos 
eucariotos quanto em organismos procariotos. O termo citoesqueleto (originalmente, 
cytosquelette) foi cunhado pelo embriologista e zoologista francês Paul Wintrebert, no ano de 
1931, ao acreditar na existência de uma rede intracelular resistente e elástica. O citoesqueleto 
é constituído por três sistemas filamentosos: microfilamentos (filamentos de actina), 
microtúbulos e filamentos intermediários. O citoesqueleto participa de uma série de eventos 
celulares dinâmicos, tais como: a divisão celular; o transporte intracelular de vesículas; o 
movimento flagelar ou ciliar; mobilidade celular, e a fagocitose. Sendo importante, ainda, para 
a determinação do formato celular e por conferir proteção contra estresses mecânicos. 
Veremos, agora, as principais características estruturais e funcionais de cada tipo de filamento 
que compõe o citoesqueleto. 
Microtúbulo 
 
Os microtúbulos são a terceira classe de proteínas que constituem o citoesqueleto. O diâmetro 
médio de um filamento de microtúbulo é de aproximadamente 25 nm, sendo o mais espesso 
de todos os filamentos que compõem o citoesqueleto. Os microtúbulos estão envolvidos em 
diversos processos celulares, incluindo a formação do fuso mitótico durante a divisão celular, o 
tráfego intracelular de vesículas e organelas, e a formação dos cílios e flagelos das células 
eucarióticas. Assim como nos filamentos de actina, o microtúbulo também é formado pela 
polimerização de proteínas globulares. Estas proteínas, denominadas tubulinas α e β, formam 
os heterodímero responsáveis pelo elongamento do filamento. Os microtúbulos, da mesma 
forma que a actina F, também apresentam uma estrutura polarizada, onde a adição das 
subunidades de tubulina ocorre na extremidade mais (+), e a dissociação destas subunidades, 
na extremidade menos (-). A adição do heterotrímero ao polímero é mediada pela ligação das 
subunidades de tubulina com o trifosfato de guanosina (GTP). Após a incorporação do 
heterotrímero no filamento, o GTP é hidrolisado em difosfato de guanosina (GDP), o que afeta 
a estabilidade do heterodímero no filamento e permite uma eventual separação do mesmo. 
Este processo é conhecido como instabilidade dinâmica e é fundamental para todos os 
processos biológicos regulados pelos microtúbulos. A nucleação e organização dos 
microtúbulos ocorrem em regiões especializadas no citoplasma, denominadas centros 
organizadores dos microtúbulos, e inclui os centrossomos, estrutura supramolecular composta 
por um par de centríolos e os corpúsculos basais. A proteína responsável pela na nucleação 
dos microtúbulos, nos centrossomos, é a tubulina γ. 
 
Obs: Além das tubulinas (85% do total), os microtúbulos são compostos por proteínas 
microtubulares associadas. 
Obs: Os microtúbulos são o alvo farmacológico de uma série de fármacos utilizados no 
tratamento de tumores humanos, entre os quais podemos citar a vimblastina, a vincristina e o 
taxol. Faça uma pesquisa e descubra as bases moleculares da utilização destes compostos no 
tratamentodo câncer. 
Resumo dos microtúbulos 
Destacam-se por serem os filamentos mais grossos e apresentarem-se como tubos ocos. Os 
microtúbulos são formados por subunidades de tubulina e o seu diâmetro é de 25 nm com 
lúmen de 15 nm. Os microtúbulos estão relacionados com uma função fundamental: a 
divisão celular. 
É graças aos microtúbulos que os cromossomos são distribuídos para as células-filhas. 
Também são componentes essenciais de duas estruturas importantes de 
algumas células eucariontes, os flagelos e cílios, estruturas relacionadas à movimentação. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/cromossomos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/cilios-flagelos.htm
Nas células animais, o centrossomo caracteriza-se como o principal centro organizador de 
microtúbulos. 
 
Filamentos de Actina e Microfilamentos 
Estruturas filamentosas de 5-7 nm de diâmetro que se observam nas células eucariotas sob a 
forma de feixes de filamentos paralelos ou de redes de filamentos anastomosados. 
São constituídos pela polimerização da proteína monomérica globular actina G, uma proteína 
abundante em células eucariotas, originando filamentos de actina F. 
Tem-se admitido que os microfilamentos sejam constituídos por duas cadeias de actina F 
enroladas helicoidalmente. 
Contudo, alguns trabalhos com reconstrução de imagem e simulação em computador 
apontam como modelo mais provável, o de um único filamento helicoidal formado por uma 
cadeia simples de monómeros. 
 
Os filamentos de actina, tal como os microtúbulos, são estruturas polarizadas. Os filamentos 
de actina F crescem por adição de monómeros a uma das extremidades, ligação que ocorre a 
maior velocidade na extremidade em que a actina G está associada a uma molécula de ATP 
(polo de crescimento). 
Na interfase, os microfilamentos localizam-se preferencialmente na região cortical das células, 
de forma adjacente à membrana plasmática. 
Os microfilamentos são nucleados na região adjacente à membrana plasmática. 
Os microfilamentos podem interagir com outras estruturas e adquirir diferentes propriedades 
através de várias moléculas genericamente denominadas de proteínas de ligação à actina. 
O filamento formado pela união de dois protofilamentos também é conhecido como actina F. 
A adição das subunidades monoméricas de actina G ocorre na extremidade mais (+), e a 
despolimerização, na extremidade menos (-). A polimerização da actina G nos filamentos 
depende de sua ligação com a molécula de ATP, ao passo que o desligamento das subunidades 
de actina G depende da hidrólise do ATP, formando ADP e fosfato inorgânico. Os filamentos de 
actina podem estar associados a diversas proteínas, que promovem, por exemplo, a sua 
interação com a membrana plasmática, a formação de malhas ou feixes de filamentos, o 
deslocamento de um filamento sobre outro, ou o aumento ou diminuição da estabilidade do 
polímero. Os filamentos de actina são responsáveis pela formação de projeções da membrana 
plasmática em processos de migração celular e fagocitose, além da estruturação das 
microvilosidades presentes em células epiteliais. A actina F também importante na 
determinação do formato celular e no processo de clivagem celular que ocorre durante a 
citocinese. 
 
As proteínas de ligação à actina apresentam enorme diversidade, podendo: 
1. Interferir com a dinâmica de polimerização e despolimerização; 
2. Promover ligações entre diferentes microfilamentos influenciando a sua estabilidade 
estrutural (fimbrina, fodrina, filamina e actina ); 
3. Mediar a interacção dos microfilamentos com membranas celulares - integrinas e 
caderinas; 
4. Funcionar como motores, família das miosinas. 
As proteínas associadas que participam na regulação da dinâmica de polimerização dos 
microfilamentos actuam por vários mecanismos: 
1. Por sequestração dos monómeros de actina G, limitando a sua polimerização (ex. 
profilina); 
2. Por ligação a uma das extremidades dos filamentos de actina F, impedindo o seu 
crescimento ou dissociação (ex. capping proteins, gelsolina, vilina, actinina ); 
3. Por associação lateral a segmentos dos filamentos, impedindo a sua fragmentação (ex. 
tropomiosinas). 
Contração Muscular 
 
Resumo Filamentos de actina ou microfilamentos 
São os filamentos mais finos e estão presentes em todas as células eucarióticas. São formados 
por subunidades de actina e apresentam diâmetro de 7nm. Esse tipo de filamento é mais 
numeroso em células musculares, onde atuam no processo de contração muscular. Além de 
participarem da contração muscular, os filamentos de actina estão relacionados, dentre outras 
funções, a: 
• alterações na forma da célula; 
• realização de movimentos ameboides; 
• divisão de células animais. 
 
FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS 
Os filamentos intermediários possuem um diâmetro de cerca de 8 a 10 nm, situando-se entre 
os filamentos de actina e os microtúbulos. Estes filamentos são importantes na sustentação e 
estruturação do envelope nuclear, na coesão entre células epiteliais (junções célula-célula) e 
na resistência mecânica contra estresses físicos. Os filamentos intermediários são formados 
por uma grande e diversa família de proteínas fibrosas, que são classificadas em 6 tipos 
diferentes de acordo com as homologias das sequências de DNA e resíduos de aminoácidos. 
Existem pelo menos 65 genes codificantes para proteínas que constituem os filamentos 
intermediários em humanos. As proteínas que formam os filamentos intermediários não 
apresentam sítios de ligação a nucleotídeos, como as proteínas relacionadas aos 
microfilamentos ou aos microtúbulos. A formação do polímero ocorre a partir de uma 
associação antiparalela retorcida do tipo cabeça-cauda, onde o domínio amino-terminal de 
uma cadeia polipeptídica encontra-se justaposto ao domínio caboxi-terminal da outra cadeia. 
A contracção muscular deve-se ao deslizamento de filamentos de 
actina (filamentos finos) sobre filamentos de miosina (filamentos 
grossos). 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/contracao-muscular-esqueletica.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/celula-animal.htm
 
 
• Resumo Filamentos intermediários 
Apresentam, como o próprio nome sugere, uma espessura intermediária entre os filamentos 
de actina e os microtúbulos. O diâmetro dos filamentos intermediários é de 8–12 nm. Esses 
filamentos são formados por uma família de proteínas fibrosas. 
Eles atuam, principalmente, garantindo que a célula resista ao estresse mecânico gerado 
quando ela é distendida. Além disso, filamentos intermediários atuam na ancoragem 
do núcleo e de certas organelas e na formação da lâmina nuclear. 
 
TIPO Proteínas Expressão 
I Queratinas ácidas Células epiteliais 
II Queratinas neutras e básicas Células epiteliais 
 
 
 
III 
Vimentina Fibroblastos e glóbulos brancos 
Desmina Células musculares 
Periferina Neurônios periféricos 
Proteína glial fibrilar ácida (GFAP) Células da glia 
 
 
 
 
IV 
α-Internexina Neurônios 
NF-H, NF-L & NF-M Neurônios 
 
Nestina 
Células-tronco de diversos tecidos (nervoso, 
muscular, polpa dentária e epitélio olfatório) 
Sincoilina Neurônios 
Sinemina α & Sinemina β/Desmulina Células musculares 
V Laminas nucleares Expressão ubíqua 
 
VI 
Filesina Células fibrosas do cristalino 
Faquinina Células fibrosas do cristalino 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/o-nucleo-celula.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/organelas-celulares.htm
 
As proteínas dos filamentos intermédios apresentam um domínio central em hélice , com 310 
a 350 aminoácidos, e duas porções globulares em ambas as extremidades de dimensões e 
sequência variáveis. 
A organização dos filamentos intermédios começa com a constituição de dímeros proteicos 
que se agregam em complexos de 4 cadeias (tetrâmeros). 
Os tetrâmeros constituem depois protofilamentos de 2 a 3 nm. Quatro protofilamentos, 
enrolados helicoidalemnte, originam protofibrilas de4 a 5 nm. 
Da associação de 4 protofibrilas resulta o filamento de 10 nm. 
 
Tipos de proteínas constituintes dos filamentos intermédios: 
 
1) Citoqueratinas ácidas; 
2) Citoqueratinas básicas-neutras; 
3) Vimentina, desmina, proteína ácida fibrilar glial e periferina; 
 
4) As três proteínas dos neurofilamentos, a nestina e a - 
internexina; 
5) As laminas nucleares. 
 
As citoqueratinas apresentam a maior diversidade entre todas as proteínas dos filamentos intermédios e constituem os filamentos 
intermédios das células epiteliais 
As citoqueratinas apresentam a maior diversidade entre todas as proteínas dos filamentos 
intermédios e constituem os filamentos intermédios das células epiteliais. 
Ao contrário dos microtúbulos e microfilamentos, os filamentos intermédios parecem não 
apresentar polaridade. 
Funções dos filamentos intermédios 
• Estabilidade mecânica das células e tecidos no seu ambiente natural de organização 
multicelular tridimensional. 
• Estabilidade estrutural, ancoragem e posicionamento do núcleo (lâminas nucleares). 
• Associação entre filamentos intermédios e desmossomos contribui para a arquitetura 
e estabilidade estrutural das células e tecidos. 
 
A associação entre filamentos intermédios e hemidesmossomas contribui para a resistência a 
tracções e estabilidade estrutural da ligação entre o tecido epitelial e o mesênquima 
subjacente. 
Junções mediadas por interinas que estabelecem a adesão celular à lâmina basal em epitélios 
estratificados e em certos epitélios simples. 
Cílios e Flagelos 
A função desempenhada pelos cílios e flagelos é basicamente locomotora. Eles são estruturas 
citoplasmáticas ligadas à membrana plasmática das células. 
 A vista frontal da estrutura ciliar. 
Os cílios são curtos e podem ser relacionados à locomoção e a remoção de impurezas. Nas 
células que revestem a traqueia humana, por exemplo, os batimentos ciliares empurram 
impurezas provenientes do ar inspirado, trabalho facilitado pela mistura com o muco que, 
produzido pelas células da traqueia, lubrifica e protege a traqueia. Em alguns protozoários, por 
exemplo, o paramécio, os cílios são utilizados para a locomoção. 
Os flagelos são longos e também se relacionam a locomoção de certas células, como a de 
alguns protozoários (por exemplo, o tripanosssomo causador da doença de Chagas) e a do 
espermatozoide. 
 
Em alguns organismos pluricelulares, por exemplo, nas esponjas, o batimento flagelar cria 
correntes de água que percorrem canais e cavidades internas, trazendo, por exemplo, 
partículas de alimento. 
Estruturalmente, cílios e flagelos são idênticos. Ambos são cilíndricos, exteriores as células e 
cobertos por membrana plasmática. Internamente, cada cílio ou flagelo é constituído por um 
conjunto de nove pares de microtúbulos periféricos de tubulina, circundando um par de 
microtúbulos centrais. É a chamada estrutura 9 + 2. 
 
Tanto os cílios como flagelos são originados por uma região organizadora no interior da célula, 
conhecida como corpúsculo basal. Em cada corpúsculo basal há um conjunto de nove trios de 
microtúbulos (ao invés de duplas, como nos cílios e flagelos), dispostos em círculo. Nesse 
sentido, a estrutura do corpúsculo basal é semelhante à de um centríolo. 
O núcleo celular 
O pesquisador escocês Robert Brown (1773- 1858) é considerado o descobridor do núcleo 
celular. Embora muitos citologistas anteriores a ele já tivessem observados núcleos, não 
haviam compreendido a enorme importância dessas estruturas para a vida das células. 
O grande mérito de Brown foi justamente reconhecer o núcleo como componente 
fundamental das células. O nome que ele escolheu expressa essa convicção: a palavra “núcleo” 
vem do grego nux, que significa semente. Brown imaginou que o núcleo fosse a semente da 
célula, por analogia aos frutos. 
 
Hoje, sabemos que o núcleo é o centro de controle das atividades celulares e o “arquivo” das 
informações hereditárias, que a célula transmite às suas filhas ao se reproduzir. 
Células eucariontes e procariontes 
A membrana celular está presente nas células eucariontes, mas ausente nos procariontes. Na 
célula eucarionte, o material hereditário está separado do citoplasma por uma membrana – a 
carioteca – enquanto na célula procarionte o material hereditário se encontra mergulhado 
diretamente no líquido citoplasmático. 
 
Os componentes do núcleo 
O núcleo das células que não estão em processo de divisão apresenta um limite bem definido, 
devido à presença da carioteca ou membrana nuclear, visível apenas ao microscópio 
eletrônico. 
A maior parte do volume nuclear é ocupada por uma massa filamentosa 
denominada cromatina. Existem ainda um ou mais corpos densos (nucléolos) e um líquido 
viscoso (cariolinfa ou nucleoplasma). 
Envoltório Nuclear 
 
Envoltório nuclear: o núcleo celular é envolvido por uma dupla membrana denominada 
envoltório nuclear ou carioteca. Entre essas membranas, há um espaço, de 20 nm a 40 nm, 
chamado cisterna perinuclear. Cada uma delas apresenta uma estrutura formada por uma 
bicamada lipídica com proteínas associadas. A membrana mais externa está em contato com o 
citoplasma da célula, apresenta vários ribossomos associados e é, em vários locais, contínua 
com o retículo endoplasmático. A membrana mais interna, por sua vez, mantém contato com a 
matriz nuclear. Em associação com essa última, encontra-se a lâmina nuclear, uma rede de 
proteínas que atua na estabilização do envoltório nuclear. 
O envoltório nuclear é rico em poros circulares, os quais apresentam de 30 a 100 nanômetros 
de diâmetro e possuem suas bordas formadas pelas membranas internas e externas do 
envoltório nuclear. Os poros são importantes para garantir a comunicação entre o interior do 
núcleo e o citoplasma celular. Entretanto, é importante deixar claro que eles não são apenas 
espaço de passagem de substâncias, sendo uma estrutura complexa circundada pelo 
chamado complexo do poro, o qual garante uma regulação do que entra e sai no núcleo. 
• Nucleoplasma: no interior do núcleo, temos o chamado nucleoplasma, uma espécie de 
gel proteico que possui propriedades semelhantes às do citoplasma. É no 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/proteinas.htm
https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&cx=010178560479257371445:irhdoarfd3k&q=https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ribossomos.htm&sa=U&ved=2ahUKEwjUrNDntcrqAhUgIbkGHZ7FAQsQFjAAegQIAxAB&usg=AOvVaw0_FYc8PD2myIUER4DO--PP
nucleoplasma que encontramos a cromatina, definida como DNA associado a 
proteínas histonas. Dois tipos de cromatina podem ser identificados, 
a heterocromatina, em que a dupla hélice de DNA está muito condensada, e 
a eucromatina, em que o DNA está menos condensado. 
No processo de divisão celular, essa cromatina condensa-se e forma o que chamamos 
de cromossomos. Quando não está em divisão, a cromatina aparenta uma massa difusa, não 
sendo possível diferenciar os cromossomos. É importante deixar claro que cada espécie 
apresenta um número próprio deles. A espécie humana, por exemplo, apresenta em suas 
células somáticas 46 cromossomos, enquanto a mosca-das-frutas apresenta oito 
cromossomos, e a Arabidopsis thaliana (uma erva daninha), 10 cromossomos. 
• Nucléolo: dentro do núcleo, quando este não está em divisão, é possível observar uma 
estrutura esférica chamado nucléolo. Nele se observa uma grande quantidade 
de RNA e proteínas, bem como algumas alças de DNA que saem dos cromossomos e 
são conhecidas como regiões organizadoras do nucléolo. Nessa estrutura ocorre 
a formação das subunidades ribossômicas, que, após formadas, saem do núcleo pelos 
poros e seguem para o citoplasma, onde serão responsáveis por formar um ribossomo. 
• Matriz nuclear: é uma estrutura fibrilar que se espalha pelo núcleo. Alguns 
pesquisadores admitem a existênciadela, outros não. Aqueles que não a confirmam 
acreditam que se trata de uma estrutura formada durante a preparação para a 
observação das células. 
Funções do núcleo celular 
 
O núcleo celular é extremamente importante para a célula, exercendo funções como: 
• Controle das atividades celulares, estabelecendo quais e quando as proteínas serão 
produzidas. 
• Armazenamento da informação genética, uma vez que é no núcleo que está presente 
a maior parte do DNA. Dizemos especificamente que a maior parte do DNA está no 
núcleo, pois nas mitocôndrias e plastos observa-se também a sua presença. 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/dna.htm
https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&cx=010178560479257371445:irhdoarfd3k&q=https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-cromossomo.htm&sa=U&ved=2ahUKEwjw1baJt8rqAhXECtQKHRFmAP0QFjAAegQIABAB&usg=AOvVaw1-7cBJcgalXats31ODbjJx
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tipos-rna.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-celula.htm
https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&cx=010178560479257371445:irhdoarfd3k&q=https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mitocondrias.htm&sa=U&ved=2ahUKEwiAle6ltsrqAhW4F7kGHRcADnUQFjAAegQIAhAB&usg=AOvVaw2xqa2n-v9gIdZ0-juroPuN
• Duplicação do DNA. 
• Síntese e processamento do RNA mensageiro, transportador e ribossomal. 
Ribossomos 
Ribossomos são estruturas celulares observadas em todos os tipos de célula. Eles são 
formados por RNA ribossomal e proteínas e são constituídos por uma subunidade maior e uma 
subunidade menor. É nos ribossomos que os aminoácidos se unem e formam as proteínas, 
sendo essas estruturas, portanto, as responsáveis pela síntese proteica. Ribossomos podem 
ser encontrados livres no citoplasma da célula, aderidos ao retículo endoplasmático e 
envelope nuclear ou ocorrerem no interior de plastídios e mitocôndrias. 
 
Resumo sobre ribossomo 
• Ribossomos são formados por RNA ribossomal e proteínas. 
• São estruturas, presentes em células procarióticas e eucarióticas, relacionadas com a 
síntese proteica. 
• Ribossomos são compostos por uma subunidade menor e uma maior. 
• Podem ser observados livres no citoplasma da célula, no interior de mitocôndrias e 
plastídios ou aderidos ao retículo endoplasmático e envelope nuclear. 
O que são ribossomos? 
Ribossomos são componentes celulares presentes em células procarióticas e eucarióticas. 
Apresentam entre 20 e 30 nm e são constituídos por RNA ribossomal (rRNA) e proteínas, 
sendo observadas mais de 50 proteínas diferentes e diversas moléculas de rRNA em cada 
ribossomo. Como as células possuem milhares de ribossomos, o rRNA é o tipo de RNA mais 
abundante dentro de uma célula. 
 
Ribossomos são organelas celulares? 
Os ribossomos são estruturas que não são consideradas organelas celulares. Isso se deve ao 
fato de que uma organela é definida como uma estrutura envolvida por membrana, com 
funções especializadas e suspensa no citosol das células. A ausência de membranas, portanto, 
faz com que ribossomos não sejam considerados organelas. 
Estrutura dos ribossomos 
Os ribossomos são estruturas celulares constituídas por RNAr (RNA ribossômico) e proteínas. 
Essas estruturas são pequenas, apresentando cerca de 12 nm de largura e 25 nm de 
comprimento, e formadas por duas subunidades, uma maior e uma menor. 
Essas subunidades encontram-se separadas, unindo-se apenas durante o processo de síntese 
proteica. Pelo fato de não apresentarem membranas, alguns autores não consideram essa 
estrutura como uma organela. 
Os ribossomos são as estruturas responsáveis pelo processo de síntese proteica. Eles estão 
presentes em células procarióticas e eucarióticas, sendo encontrados em maior quantidade 
em células nas quais há uma intensa síntese de proteínas. Embora sejam bastante 
semelhantes, os ribossomos em células eucariontes são maiores do que os procariontes, são 
sintetizados no nucléolo e depois transferidos ao citoplasma. 
Estrutura e função dos ribossomos 
Os ribossomos possuem duas subunidades, uma maior e uma menor, constituídas por cerca de 
quatro tipos de RNAr e 80 tipos de proteínas. Os ribossomos podem associar-se a uma fita de 
RNAm e formar grupos denominados de polirribossomos. Acredita-se que o RNAr seja o 
principal responsável por sua estrutura e função. O RNAr é responsável pela catalização do 
processo de síntese proteica, atuando aqui como uma ribozima (enzimas de ácidos nucleicos). 
 
Os ribossomos são as estruturas responsáveis pela síntese de proteínas e apresentam em suas 
estruturas três sítios de ligação para o RNAt (RNA transportador, responsável pelo transporte 
dos aminoácidos que irão formar a proteína, do citoplasma para os ribossomos), como 
veremos a seguir: 
 
Sítio P: nele a molécula de RNAt está ligada à cadeia polipeptídica que está sendo formada; 
Sítio A: nele se encontra o RNAt que carrega o próximo aminoácido a ser adicionado na cadeia 
polipeptídica; 
Sítio E: após deixar o aminoácido que será adicionado na cadeia polipeptídica, é nesse local 
que o RNAt deixa o ribossomo. 
Tipos de ribossomos 
As células podem apresentar dois tipos de ribossomos: 
• Ribossomos livres: encontram-se dispersos no citosol, e as proteínas produzidas por 
eles atuarão dentro do citosol; 
• Ribossomos ligados: encontram-se presos ao retículo endoplasmático e ao envelope 
nuclear, sendo que suas proteínas poderão ser inseridas em membranas para serem 
utilizadas por alguma organela ou então secretadas para o exterior da célula. 
Mitose e Meiose 
Mitose e meiose são processos de divisão celular que acontecem nos seres vivos. Na mitose, 
temos como resultado duas células-filha geneticamente idênticas. Na meiose, temos 4 células, 
cada uma com metade dos cromossomos da célula-mãe. 
O que é mitose e quais suas fases? 
Chamamos de mitose o processo de divisão celular que ocasiona 
em crescimento, regeneração e renovação das células. É por causa dela que, por exemplo, 
uma criança cresce ou que um machucado sara. Acontece nas células somáticas, as quais 
estão presentes em quase todo o corpo. 
As células originadas aqui sofrem um processo equacional. Isso significa que as células-filha 
são idênticas às células-mãe, além de ter a mesma quantidade de cromossomos. Dessa forma, 
uma célula diploide divide-se em 2 células também diploides. 
Suas fases são as seguintes. 
Prófase 
Ocorre após a interfase (etapa na qual há o aumento da célula) e é a fase mais longa da 
mitose. Começa com o aumento do volume nuclear, pois o citoplasma cede água ao núcleo e, 
com isso, tornar-se mais denso. 
Nesse início, cada cromossomo tem, em sua constituição, dois filamentos chamados 
de cromátides, que são unidos pelo centrômero. Com o tempo, os cromossomos condensam-
se, e o nucléolo desaparece. 
Prometáfase 
Aqui, ocorre a desintegração da carioteca. Os cromossomos andam em direção à região 
equatorial da célula. 
Metáfase 
Nessa etapa, os cromossomos atingem seu maior grau de condensação e permanecem 
parados por um tempo. As partículas e as organelas movimentam-se intensamente dentro do 
citoplasma, dirigindo-se aos lados opostos da célula. 
Anáfase 
Acontece a separação das células cromátides irmãs. Os cromossomos migram para o lado 
oposto da célula. Metade vai para um lado, e a outra metade, para o outro. 
Telófase 
Os núcleos e os envelopes nucleares são formados. O nucléolo reaparece, os cromossomos 
descondensam-se, e a carioteca reorganiza-se. Temos como resultado uma membrana celular 
dividida em duas partes idênticas, formando duas novas células. 
O que é meiose e quais suas fases? 
Nem todas as células sofrem mitose. A meiose é responsável pela divisão de células 
germinativas, que são aquelas responsáveis pela reprodução sexual. No homem, estão 
presentes nos testículos. Na mulher, nos ovários. 
As células originadas aqui sofrem um processoreducional. Isso significa que as células-
filha não são idênticas às células-mãe. Elas apenas herdam metade de seu material genético. 
Assim, uma célula diploide passa por duas fases e tem como resultado 4 células haploides. 
Metáfase I 
A membrana celular desaparece, e os pares de cromossomos homólogos ordenam-se no plano 
equatorial da célula. 
Anáfase I 
Os cromossomos homólogos separam-se e vão em direção a lados opostos. 
Telófase I 
Com os cromossomos separados em dois grupos de cada polo, o citoplasma divide-se e forma 
duas células-filha. 
Prófase II 
A segunda divisão da meiose acontece nas duas células-filha. Aqui, os cromossomos 
movimentam-se e vão em direção à placa metafásica. 
Metáfase II 
Os cromossomos posicionam-se na placa metafásica. 
Anáfase II 
As cromátides irmãs separam-se e vão para cada um dos polos das células. 
Telófase II 
O nucléolo reorganiza-se, ocorre a citocinese e o surgimento de 4 células-filha haploides. 
Quais são as diferenças entre mitose e meiose? 
Apesar de mitose e meiose referirem-se à divisão celular, podemos notar algumas diferenças 
nesses processos, por exemplo: 
• mitose dá origem a 2 células-filha idênticas à célula-mãe. A meiose gera 4 células-
filha com apenas metade do material genético da mãe; 
• mitose acontece nas células somáticas, enquanto meiose, nas células germinativas; 
• mitose não tem crossing over (troca de material genético), na meiose, por outro lado, 
há; 
• na mitose, o processo é equacional, ou seja, o número de células é mantido. 
Na meiose, acontece o processo reducional, no qual há redução pela metade do 
número de cromossomos nas células-filha.

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