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RESUMO: DOENÇAS (PROVA 1 E PROVA 2) – BASES MOLECULARES E CELULARES Lara Miranda Rodrigues da Cunha PENFIGO VULGAR - Doença autoimune, onde os anticorpos atacam as desmogleínas 1 e 3 (tipos de caderina), que são proteínas de adesão, acarretando a acantólise (obstrução da coesão entre as células aderidas, formando assim espaços, vesículas ou bolhas pelo fato do corrimento do fluído que se situava preso entre as células) - Formação de bolhas, principalmente, na pele e na boca. Possui erosões e ulcerações no epitélio e na mucosa, tais quais mucosa bucal, faríngea, esofágica e nasal. - Pode ser tratada com hormônios imunossupressores, sugerindo altas doses de corticoide , ou através da via endovenosa. Além disso, pode-se, em casos extremos, optar pela plasmafierese, que consiste na retirada os anticorpos responsáveis pela auto destruição dessas desmogleínas. MATRIZ EXTRACELULAR E NEOPLASIAS - Funções da MEC: controle da organização celular, adesão e suporte celular. Contém proteínas com função de sustentação, adesão e elasticidade (colágeno, elastina, fibronectinas, etc.) - Células tumorais conseguem liberar enzimas com atividade proteolítica (quebra de proteínas) sobre a MEC, degradando-a. O que faz com que a adesão se rompa, e as células tumorais consigam se espalhar pelo organismo Metástase! - Fatores angiogenicos: nutre e irriga as células. No caso de células tumorais que os liberam, esse acontecimento auxilia na sua proliferação cada vez maior e rápida. - Células tumorais conseguem alterar a MEC a seu favor: são capazes de sintetizar proteínas que as possibilitam se aderir nos tecidos, invadi-los e provocar metástase. UBIQUITINAÇÃO - As ubiquitinas são responsáveis por marcar/sinalizar proteínas que foram enoveladas de forma incorreta, para serem degradadas e seus aminoácidos da quebra serem aproveitados para a produção de outras proteínas. Enzimas: E1 – responsável por ativar a ubiquitina E2- responsável pela aglomeração de diversas ubiquitinas (formação da poli-ubiquitinas) E3- responsável pela ligação das ubiquitinas com a proteína que deve ser degradada. - A proteína p53 tem um papel importante em marcar as moléculas tumorais para possível degradação, ou para provocar apoptose das células que as contém. No caso das células normais, a p53 é degradada, para que esta não provoque a apoptose de células normais. * Obs.: Vírus HPV, por exemplo, tem a capacidade de promover a rápida degradação da p53, favorecendo assim a proliferação das células infectadas. Além disso, há diversas doenças (ex.: Fibrose Cística, Alzheimer etc) que apesar de apresentar ubiquitinas ligadas às proteínas que devam ser degradadas, essa ligação não efetua o processo. DOENÇAS PROVOCADAS POR ALTERAÇÕES NOS TIPOS DE COLÁGENOS # Prolapso Mitral # - É causada por uma degradação do colágeno tipo III, fazendo com que haja um enfraquecimento da válvula mitral, o que faz com que o fluxo de sangue no coração esteja comprometido. # Escleroderma # - É causada por um excesso de colaginase (que converte pró-colágeno para colágeno no Complexo de Golgi, através da clivagem das porções N e C terminais), acarretando numa produção maciça de colágeno. Isso pode causar espessamento da pele, e em casos mais graves, afetar os órgãos, enrijecendo-os. Neste último caso, a doença é sistêmica. # Lúpus Eritematoso Bolhoso # - É uma doença autoimune, pela qual, há a destruição do colágeno tipo VII. Isso faz com que haja a formação de bolhas e manchas. SÍNDROME DE MARFAN - É uma doença hereditária, tal qual é caracterizada pela mutação do gene FBN-1, responsável pela produção de fibrila. Com essa mutação, a fibrila produzida será defeituosa ou nem haverá produção da mesma. - Apresenta as seguintes manifestações: Ossos defeituosos e longos, encurvamento da coluna, pés chatos, hipotonia, rosto fino e estreito, alta flexibilização de articulações, miopia, palato muito arqueado, pectus excavatum e pectusus carinatum, problemas de aprendizado, fragilidade de vasos etc. - É recomendado que se faça fisioterapia, vá ao oftalmologista, cardiologista etc. Profissionais estes responsável pelo tratamento multidisciplinar, de acordo com os quadros clínicos do paciente.l HIDROXILAÇÃO PROTEÍCA Estrutura do colágeno: Glicina + Prolina + Hidroxiprolina (...) ou Glciina + Lisina + Hidroxilisina *Obs.: Nosso organismo não consegue sintetizar de foma direta hidroxiprolina e hidroxilisina. Então, no R.E.R.: Prolina _____prolil hidroxilase + O2 + Fe + ascorbato__-> Hidroxiprolina Lisina _____lisil hidroxilase + O2 + Fe + ascorbato_____-> Hidroxilisina (esta é glicosilada, sendo importante para a estabilização da estrutura) Ps.: Anemia Ferropriva (ausência de Fe) Má formação do colágeno Escorbuto (ausência de ascorbato) DOENÇA DE I-CELL -Ocorre quando a manose não consegue ser fosforilada, para ser convertida em manose 6 fosfato, na face cis do Complexo de Golgi. - Logo a manose não consegue ser reconhecida pelo receptor de manose 6 fosfato presente na face trans do Complexo de Golgi, que é o responsável por direcionar as enzimas lisossomais aos lisossomos. Por isso, há o desvio das enzimas lisossomais (portanto, ausência destas no lisossomo). - Manifestações: Macroglossia, surdez, atraso psico-motor, hérnias, infiltrações subcultâneas, hipertrofia gengival , etc DOENÇA DE GAUCHER - Ocorre pela ausência da enzima chamada Beta glucosidase ácida ou glucocerebrosidade, responsável pela quebra de alguns lipídios. - Acúmulo de lipídeos em órgãos como: fígado, baço, na medula óssea, no cérebro e nos pulmões. - Orgãos afetados aumentam de tamanho, podendo acarretar insuficiência, como a cirrose; desconforto abdominal; fraturas espontâneas e etc - Tratamento: Terapia de Redução ao Substrato e Terapia de Repozição Enzimática GRANULOMATOSE CRÔNICA - Ausência de enzimas responsáveis pela oxidação de certos microorganismos presentes nos fagolisossomos. Estas não conseguem produzir radicais livres que apresentariam essa função. - Incapacidade de eliminar o agente estranho Propensão a algumas infecções (aquelas que possuem como agente estranho que, para serem eliminados, precisariam desse complexo NADPHOxidase. (Ex.: Infecções Respiratórias). Além disso, há a formação de granulomas em vários órgãos (Ex.: hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, etc) - Não tem cura. Mas há pesquisas sobre transfusão de células hematopoiéticas e tratamento genético. FIBROSE CÍSTICA - Defeito genético, que codifica uma proteína canal denominada CFTR. Esta é responsável por permitir a passagem de cloro para dentro da célula, além de influenciar a passagem de sódio. - Essa proteína está presente, inclusive, em células epiteliais. - O cloro não consegue atravessar a membrana celular, e o sódio possui dificuldades também. Assim, o excesso de Cl e Na é liberado pelas glândulas sudoríparas, formando um suor “salgado” (um dos testes importantes para se fazer diagnóstico). - Presença de muco pouco fluído, pelo fato do Cl ter papel de dar fluidez ao muco. Como ele não entra na célula e é perdido pelo suor, o muco fica “solidificado”, obstruindo a passagem de, por exemplo, suco pancreático nos ductos pancreáticos e de ar, nos alvéolos pulmonares. Além disso, ele perde a sua função de filtrar o ar quando inspiramos. - Recorrência à infecções, problemas respiratórios, íleo meconial, problemas digestivos, emagrecimento etc. - Dieta livre, terapia genética, antibióticos, etc. HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR - Doença genética: deficiência de receptores deLDL que deveriam ser capazes de reconhecer essa lipoproteína para a promoção da sua endocitose, e em seguida, dissociação do colesterol nas células teciduais. - Acúmulo de LDL na corrente sanguínea -> Aterosclerose, arteriosclerose, problemas cardiovasculares e etc. - Terapia Genética (pesquisa), regulação na alimentação, atividade física regular. PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA - Grande oxidação lipídica, causando problemas na formação de membranas plasmáticas. - Perda de fluidez das membranas Hemácias têm a suas membranas muito enrijecidas, o que pode acarretar na sua “morte” Anemia! - Perda de seletividade da membrana: alteração da passagem intra e extracelular de moléculas - Formação de células espumosas lipídios oxidados envolvidos por macrófagos que são inativados no seu processo de fagocitose. Acumulam-se no endotélio das artérias Aterosclerose! - Constata-se que pessoas com insuficiência renal corre o risco de sofrer peroxidação lipídica, mas ainda não se sabe ao certo as causas.