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GE - Estagio Supervisionado II Pedagogia_03

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Prévia do material em texto

UNIDADE III
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
PEDAGOGIA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
_____________________________________________________________________
Alves Pessoa, Dayse
Douglas, Anderson
Estágio Supervisionado II - Pedagogia
Recife: Grupo Ser Educacional, 2020.
____________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - PEDAGOGIA
UNIDADE 3
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, querido(a) aluno(a)! Tudo bem?
Como vai? Tendo como ponto de partida o diagnóstico feito a partir das suas obser-
vações e coparticipação durante o primeiro momento do estágio, como você avalia as 
práticas desenvolvidas nos anos iniciais do Ensino Fundamental?
De que forma você, com seus conhecimentos pedagógicos, pode contribuir para o pro-
cesso de ensino-aprendizagem da turma observada? As práticas que você acompanhou 
são propostas de maneira interdisciplinar?
Essas reflexões iniciais são pertinentes, pois a partir das suas observações você irá 
organizar as suas regências. Pois é, agora, você assumirá um momento importante do 
estágio, a regência. Coragem, muita organização e planejamento. O importante nesse 
momento é pesquisar e conhecer experiências exitosas. Elas podem servir de fontes 
inspiradoras. Não caia na tentação de copiá-las. Primeiro, porque seria plágio. Segun-
do, porque não considera a realidade, necessidades e o interesse dos estudantes da 
turma em que você desenvolverá a sua regência.
Nesse contexto, considerando a sua necessidade de ter orientações para desenvolver 
brilhantemente as suas 30h/a de regência, nessa unidade iremos conversar sobre a in-
terdisciplinaridade, as modalidades organizativas do trabalho pedagógico, orientando 
você para desenvolver a sua proposta de intervenção na escola. Assim, este guia III 
está organizado da seguinte forma:
GESTÃO DO CURRÍCULO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL - apresenta-
mos algumas reflexões sobre a organização do currículo na perspectiva interdisciplinar, 
destacando que ainda há nos cursos de formação de professores, uma perspectica 
disciplinar. A própria interdisciplinaridade é tratada na formação inicial de professores 
numa disciplina, entretanto precisamos avançar no sentido de reinventar a escola e as 
nossas práticas.
1- ESPAÇOS E TEMPOS NA ESCOLA DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
– destacamos quatro possibilidades de organização do trabalho na sala de aula: ati-
vidades permanentes, sequências didáticas, projetos e atividades de sistematização. 
São proposições que ajudarão você na organização das suas intervenções.
2- ORGANIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES - são propostos alguns questionamentos que 
devem orientar a organização de cada aula, bem como modelos para que você possa 
organizar sua sequência didática, projeto ou plano de aula.
4
VEJA O VÍDEO!
Antes de iniciarmos com as proposições, vamos assistir ao 
vídeo “Interdisciplinaridade e Transversalidade” que irá lhe 
ajudar a pensar as suas regências, ajudando a escolher um 
tema para propor no seu planejamento. Vale a pena assistir. 
(Duração 16:15)
Acesse o link: 
https://www.youtube.com/watch?v=cNpTwye78Vk
PALAVRAS DO PROFESSOR
A partir do trabalho que você acompanhou durante as 30h/a de observação da prática 
docente, provavelmente você já começou a pensar num tema que esteja relacionado ao 
contexto da turma e que possa lhe ajudar a organizar as suas aulas. Vamos conversar 
mais um pouco sobre tudo isso.
GESTÃO DO CURRÍCULO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
PARA REFLETIR 
Vamos iniciar a nossa conversa sobre a organização do currículo, resgatando como 
eram as aulas no seu tempo de escola. Quais as disciplinas que você tinha mais facili-
dade? Em quais você tinha mais dificul- dade? Analisando essas questões hoje, a partir 
dos seus conhecimentos pedagógicos, você avalia que a metodologia utilizada pelo(a) 
professor(a), a empatia que você tinha com ele(a) eram elementos que influenciavam 
na sua aprendizagem? Por quê?
Essas reflexões são importantes porque você está compondo a sua identidade docente. Assim, refletir 
sobre as experiências que tivemos enquanto estudantes a luz dos novos conhecimentos é significativo 
para reconhecermos que precisamos exercitar práticas educacionais em consonância com a contempora- 
neidade.
Logo, práticas que considerem a nossa realidade social, política, econômica, histórica e cultural, a rea-
lida- de dos(as) estudantes e da comunidade em que estão inseridos(as), o uso das novas tecnologias, a 
diversidade trazida por cada sujeito, o papel social e político da docência, entre outras tantas questões 
importantes. Nesse contexto, uma discussão que está muito disseminada na atualidade é a organização 
curricular a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Você já ouviu falar sobre isso? Organiza as suas 
práticas de maneira interdisciplinar?
https://www.youtube.com/watch?v=cNpTwye78Vk
5
Em caso positivo, parabéns! Em caso negativo, vamos começar a fazer essa tentativa. Insistir nessa 
abordagem é reconhecer que precisamos estar conectados com práticas dos nossos tempos, práticas 
condizentes com a postura do(a) professor(a) do século XXI.
Mas, vamos iniciar essa discussão apresentando o conceito de interdisciplinaridade e diferenciando-o de 
outros. Ao pensarmos em interdisciplinaridade, nos cabe ressaltar que a vivência interdisciplinar visa a 
integração de diferentes componentes curriculares, buscando tratar o conhecimento a partir da sua multi- 
dimensionalidade, abordando-o de forma ampla e em articulação íntima com os dilemas sociais.
A organização do currículo de maneira interdisciplinar implica a abordagem de um determinado tema 
em diferentes componentes curriculares, não necessariamente todos, onde cada componente curricular/ 
disciplina vai se integrando ao outro possibilitando entender o fenômeno estudado a partir de uma ampla 
gama de informações.
Nesse contexto, ela estabelece conexões, relações entre o arcabouço das diferentes disciplinas/compo- 
nentes curriculares nas suas infinitas possibilidades de conhecimento. Sendo extremamente significativa 
por possibilitar que o conhecimento de determinada temática e/ou conteúdo seja pedagogicamente vi- 
venciada a partir da utilização de recursos e estratégias inovadoras e contextualizadas o que favorece que 
as aprendizagens também sejam dilatadas.
A interdisciplinaridade não propõe que o conhecimento específico de cada disciplina/componente curri- 
cular seja desconsiderado, caminha exatamente no sentido contrário de manter a individualidade de cada 
uma e as suas inter-relações. Ao considerar a necessidade de aproximar os campos de conhecimentos, 
tendo como elemento estruturante o entendimento da multiplicidade de componentes que incidem no 
nosso cotidiano, a interdisciplinaridade dialoga com as variadas linguagens que possibilitam a formação 
dos conhecimentos, bem como, a sua expressão e aliança de sentidos e formas de exposição de sentidos.
Como a compreensão do contexto interdisciplinar, implica uma multiplicidade de conceitos, nos cabe 
esclarecer que a abordagem multidisciplinar está baseada na organização que leva em conta uma mera 
questão numérica, sem que se exija em nenhum momento relações entre os conteúdos, temas propostos, 
ou seja, um determinado objeto de conhecimento é considerado por duas ou variadas disciplinas, sem 
que necessariamente seja estabelecido um elo entre elas, o que pode representar um desperdício de 
oportunidades de estabelecer proposições integradas.
Já a proposiçãointradisciplinar faz referência à discussão dentro de cada componente curricular/discipli- 
na, ou seja, as possibilidades de aprofundamento de determinada área do conhecimento. É uma aborda- 
gem interna que não estabelece conexões com outras áreas do conhecimento.
Assim, reforçamos o fortalecimento de abordagens interdisciplinares porque acreditamos que o conheci- 
mento precisa fazer sentido para o(a) estudante, implicando na modificação de sua forma de ver, pensar, 
agir e interagir no mundo. Logo, o conteúdo/componente curricular precisa possibilitar sentido.
Nesse contexto, a organização curricular interdisciplinar possibilita que um determinado tema ou conteú- 
do seja vislumbrado por mais de um componente curricular de forma planejada e intencional pelos(as) 
seus(suas) professores(as) mediadores(as) para que auxilie o(a) estudante a reconhecer e estabelecer 
relações entre eles, possibilitando uma visão de mundo mais ampliada, plural e ao mesmo tempo coesa.
6
Entretanto, cabe destacar que não é necessário, nem aconselhável que essas relações se estabeleçam de 
forma forjada, nem que desconsidere os conhecimentos oriundos de cada campo, mas que se considere 
e valorize cada área do saber, mas que ao mesmo tempo se estabeleçam questionamentos, sínteses, 
aprofundamentos e desfechos.
VEJA O VÍDEO!
Para esclarecer ainda mais a questão, assista ao vídeo com 
a professora Dra. Ivani Catarina Arantes. O vídeo aborda a 
formação do conceito de inter-disciplinaridade. (Duração 15:24) 
Acesse o link: 
https://www.youtube.com/watch?v=Ix7XglAJ3TY
GUARDE ESSA IDEIA!
O contexto interdisciplinar favorece que nos posicionemos a partir de uma nova ênfase 
frente ao co- nhecimento, considerando a formação de um sujeito harmônico, integral. 
O conhecimento assume uma dimensão globalizante permitindo o rompimento da 
lógica fragmentada das disciplinas. Nesse sentido, é primordial a junção de conteúdos, 
revertendo a ideia fragmentada do conhecimento para a possibilidade de integração, 
unidade. Também se avança no sentido de juntar o ensino e a pesquisa.
A proposição interdisciplinar contribui para que os(as) estudantes possam nas experiências em grupo 
aprender a aprender, bem como lidar com as diferenças. Nós, os(as) professores(as), somos levados(as) 
a buscar mais conhecimentos para atender as expectativas dos estudantes, bem como, aprendemos com 
nossos pares e também com os estudantes. Certamente, uma escola que assume esse posicionamento 
conta com um grupo mais integrado e responsável.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Entretanto, propor e vivenciar práticas interdisciplinares não é tão fácil, considerando 
que fomos e ainda somos formados dentro de uma lógica disciplinar, mesmo nos nos-
sos cursos de graduação. Mas, vamos aceitar o desafio de reinventar a escola e com 
ela as nossas práticas e o currículo. Nós sabemos que ainda há muito que fazer.
De acordo com a professora Ivani Catarina Arantes Fazenda, Livre docente em Didática 
pela Universidade do Estado de São Paulo (2015), não podemos nos limitar a pensar-
mos a interdisciplinaridade como mera junção de disciplinas, porque isso a limitaria 
apenas a reorganização da malha curricular.
https://www.youtube.com/watch?v=Ix7XglAJ3TY
7
Segundo ela a interdisciplinaridade precisa ser assumida como uma atitude ousada 
diante do conheci- mento que implica repensar a cultura dos cursos de formação de 
professores no seu aspecto humano. Ou seja, na formação inicial os(as) professores(as) 
precisam romper com a lógica disciplinar, estabelecer elos, diálogos, aproximações. 
Logo, precisam ter disponibilidade para ouvir, fazer juntos, construir sem competições, 
sem vaidades.
A referida professora ainda nos ensina que a prática docente interdisciplinar é com-
posta por cinco princí- pios norteadores: a humildade, a espera, o respeito, a coerência 
e o desapego.
Ao referir-se à Humildade, Ivani Fazenda (2011) salienta a premência de reconhecer as 
nossas limitações no que se refere ao conhecimento e saberes e a necessidade da bus-
ca de novos conhecimentos. A ideia de mantermos a humildade na docência perpassa 
pelo reconhecimento do outro como sujeito e a sua valorização na sua singularidade 
e na sua diferença. Quantas vezes desmerecemos o outro e os seus saberes? Quantas 
vezes usamos e abusamos do outro? Como dialogar com o outro respeitando-o?
A Espera no contexto interdisciplinar a que faz referência a necessidade da escuta. 
Vivemos num contexto de muita pressa, muito imediatismo. Precisamos respeitar os 
processos, o tempo de maturação dos sujei- tos e de nós mesmos. Assim, enveredar 
pelo contexto de práticas interdisciplinares pode ser o começo de ações bem tímidas, 
mas que com amadurecimento e escuta irão se fortalecendo.
Nesse contexto ainda, como não falar de Respeito! Mais do que nunca precisamos de 
forma ética, nos perguntar: eu sou respeitoso com o outro? Eu exijo posturas respei-
tosas comigo? Precisamos trabalhar o respeito por nós mesmos e pelo outro. O des-
respeito fomenta o apagamento, invisibilização do outro. Nesse sentido, eu só consigo 
trabalhar de forma interdisciplinar se consigo me respeitar e também o outro.
A Coerência perpassa o argumento que é preciso dar o exemplo com as próprias ações, 
ou seja, de- monstrar com seus atos aquilo que você discursa. Ser interdisciplinar exige 
mudança de postura de se relacionar com o mundo, necessita de relações solidárias. E, 
por fim, o desapego. A autora salienta a necessidade de desapegar de nossas certezas, 
convicções, de abrir-se para novas formas de agir, pensar, ver e sentir a si mesmo e ao 
outro.
Ufa, quanta coisa!! O exercício da docência nos ajuda a nos refazermos como ser hu-
mano a todo o mo- mento. Pensar a interdisciplinaridade é pensar a si mesmo na sua 
possibilidade de abrir-se para o outro.
ESPAÇOS E TEMPOS NA ESCOLA DE ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Para lhe ajudar a organizar as suas intervenções na sala de aula, ou seja, as suas regências vamos 
conversar sobre as possibilidades de organização do trabalho didático na sala de aula. Nesse sentido, a 
professora Alfredina Nery (2007) ressalta que o planejamento precisa levar em consideração a realidade 
8
e identidade da escola, assim, o projeto político pedagógico – PPP – é o primeiro elemento que precisa 
ser consultado.
Nesse sentido, pensar o planejamento perpassa questões que consideram desde a distribuição dos(as) 
estudantes nas turmas, anos, ciclos, a proposição dos objetivos para cada momento desses, da mesma 
forma que a organização do tempo, dos espaços e materiais de acordo com as diferentes formas de orga-
nização das atividades a serem propostas.
De acordo com a referida autora a participação dos pais no cotidiano da escola é muito significativa e 
pouco valorizada. Em geral, convidamos os pais ou responsáveis ao final de cada bimestre para informar 
o resultado das avaliações e o comportamento dos seus filhos e isso é muito pouco, pois os pais podem e 
precisam participar da escola compartilhando as suas vivências e experiências.
E ainda, precisamos considerar o currículo como um território em conflito que precisa, sobretudo con- si-
derar a participação dos(as) estudantes e da comunidade escolar. Para a consolidação do currículo apre-
sentamos abaixo quatro possibilidades de organização do trabalho e do tempo pedagógico baseadas nas 
orientações de Alfredina Nery (2007) em seu texto “Modalidades organizativas do trabalho pedagógico: 
uma possibilidade”.
Quadro 1 – POSSIBILIDADES DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Formas de 
organização do 
trabalho 
pedagógico
O que é? Exemplos de atividades
ATIVIDADE 
PERMANENTE
Tipo de atividade fixa que acontece com certa regu-
laridade tendo como propósito que os estudantes 
criem mais experiência, intimidade com de- termi-
nado assunto ou tema.
Chamada, Hora do conto, Você sabia? 
Mural de novidades, o que aprendi 
hoje, Fazendo arte, roda de leitura, no-
vidade do dia.
SEQUÊNCIAS 
DIDÁTICAS
Como o próprio nome já indicatrata-se de uma se-
quência de atividades que se organiza durante um 
determina- do tempo a partir de um determinado 
eixo. Podendo esse eixo ser um tema, conteúdo, um 
gênero textual.
As sequências didáticas proporcionam a integração 
entre o professor e o es- tudante, a partir da estru-
turação con- catenada do conhecimento.
Lendo poesias, A vida animal. Brinca- 
deiras africanas, Combate ao Aedes 
Aegypti
9
PROJETOS
Essa forma de organização do traba- lho propõe 
uma abordagem interdis- ciplinar do tema a ser es-
tudado. Tem o(a) estudante como o centro, principal 
protagonista. Estrutura-se a partir de um problema, 
questão que necessita ser solucionada e da organi-
zação de um produto final que responde a questão 
proposta.
Apresenta-se como uma atividade intencional e 
planejada com um pro- blema, objetivos e a produ-
ção de algo concreto que precisa ser compartilha- 
do com a comunidade. Considera as competências, 
habilidades e conheci- mentos prévios dos estudan-
tes. É uma forma de organização que instiga a coo-
peração e a autonomia.
Conhecendo o nosso bairro, A histó- 
ria da população indígena do nosso 
estado, A escassez de água no nosso 
estado.
ATIVIDADES DE
SISTEMATIZA-
ÇÃO
São atividades que visam a sistemati- zação/regis-
tro dos conhecimentos dos(as) estudantes, após 
eles serem trabalhados. Essas atividades podem 
ser apresentadas de maneira lúdica e criativa.
Oficinas de produção de textos, jogos 
de trilha, júri simulado, teatro, mapa 
conceitual.
Fonte: autores do Guia 3
Agora você tem o desafio de conversar com o(a) professor(a) da turma que observou e propor uma forma 
de organizar as suas intervenções. Realize a leitura proposta abaixo.
LEITURA COMPLEMENTAR
Para saber mais sobre essa etapa do ensino e orientações 
didáticas, leia o texto “Modalidades organizativas do trabalho 
pedagógico: uma possibilidade” de Alfredina Nery. O artigo 
inicia na pág.109 e vai até a pág.135. 
Acesse o link: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/
Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf
ORGANIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES
Vamos começar a organizar as suas intervenções na sala de aula? Antes de iniciar a regência, você preci-
sa pensar em algumas questões, entre elas destacamos:
• Com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC – temos a organização dos conteúdos e objetos de 
conhecimento estabelecidos para cada ano. Dessa forma, lembre-se de que esse documento é funda-
mental para que você possa organizar suas intervenções e realizar as regências. 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf
10
• Como acessar os conhecimentos prévios dos(as) estudantes antes de cada aula?
• As minhas aulas serão propostas de forma dinâmica e inovadora?
• Elas se adequam a faixa etária dos estudantes?
• A minha proposição é interdisciplinar?
• Estou dialogando com o uso das novas tecnologias?
• O estudante está sendo o protagonista dessas aulas?
• Estou inovando na forma de propor a sistematização dos conhecimentos?
• A aula tem começo, meio e fim?
• Fiz pesquisas de vivências de aulas com a temática ou assunto proposto?
• Estou utilizando diferentes linguagens (música, dança, artes plásticas, teatro)?
• Busquei novas formas de tratar esse assunto, tema, conteúdo?
• Estou registrando as aprendizagens das crianças?
• Antes de iniciar as regências apresentei meu planejamento para o(a) professor(a) da turma?
Pedi sugestões? Fiz modificações? 
Ao apresentar as atividades em seu plano de aula, projeto didático ou sequência didática, explicite com 
muita clareza cada passo. Exemplos: Leitura do texto X – escreva quem é o autor, qual o gênero, anexe o 
texto no final e explique o motivo da escolha do texto. Informe se a leitura será compartilhada, silenciosa, 
feita pela professora. Entendeu? Esses são detalhes que fazem muita diferença.
Uma consideração também significativa é lembrar que a aula tem começo meio e fim. Nesse contexto, 
é muito importante registrar no seu planejamento como você dará início a aula (estratégia para aces-
sar os conhecimentos prévios dos estudantes e inserir a temática, pode ser uma música, uma série de 
perguntas, um pequeno vídeo, uma imagem), as atividades propostas ao longo da aula (conteúdo – será 
apresentado com exposição oral, em seguida realizados questionamentos e experimentos e as crianças 
farão as conclusões) e ao final de alguma forma as atividades de sistematização.
Considerando que sua intervenção pode ser a partir de projetos e sequências didáticas, vamos então ver 
algumas orientações de como fazer esse registro. Dessa forma você escolherá uma forma de organizar as 
suas regências e em seguida também irá realizar o relato de sua experiência. 
Lembre-se que o(a) professor (a) deverá assinar sua ficha de regência a cada ida sua à escola. Cada 
aula, no turno completo, correspondemte a 5h/a diárias, totalizando 30h/a.
Planejando uma sequência didática
Título da sequência didática:
Nome da escola:
Turma: Registre o ano (1º, 2º...) Idade das crianças: Ex: 6 a 7 anos
PROFESSOR(A) REGENTE: Coloque o seu nome
PROFESSOR(A) SUPERVISOR(A): Coloque o nome do professor da turma 
11
Nº DE AULAS PREVISTAS: Aqui devem ser informadas as seis aulas contemplando as 30h/a. 
DATA DE INÍCIO:
DATA DE TÉRMINO:
OBJETIVOS (OBJETOS DE CONHECIMENTO/HABILIDADES): Para escrever o objetivo é importante res- 
ponder à questão: O que eu desejo que os(as) alunos(as) aprendam? O verbo deve estar no infinitivo. Ex: 
analisar, reconhecer, comparar...
CONTEÚDOS: Esse item responde a seguinte questão: o que pretendo ensinar a meu aluno?
EIXO DE ARTICULAÇÃO: Você lembra que as sequências didáticas são atividades sequenciais, orga-
niza- das pelo(a) professor(a) num tempo determinado que se propõe a trabalhar um determinado tema, 
através de variados conteúdos. Ou ainda, pode ser considerado o trabalho com determinado conteúdo 
organizado em etapas concatenadas, com um passo a passo articulado favorecendo o processo de en-
sino-aprendizagem. Assim, registre nesse item o que motivou essa sequência. O eixo de articulação da 
sequência é um tema? Qual? É um conteúdo didático específico? Qual?
EX: A história do bairro
DESENVOLVIMENTO:
REGÊNCIA 1: A cada aula registre a organização de cada momento. Registre etapa por etapa do que será 
proposto para a aula. Assim, cada dia terá várias etapas ou momentos. Lembre-se que nesse momento é 
preciso detalhar o que será feito e como será feito. Em algumas sequências, no lugar de aulas, o registro 
é feito em etapas.
REGÊNCIA 2:
REGÊNCIA 3:
REGÊNCIA 4:
REGÊNCIA 5:
REGÊNCIA 6:
RECURSOS: Registre os recursos que serão utilizados ao longo da sua sequência didática. Não se es-
queça de que as crianças, nesse período estão na fase que Piaget caracterizou como pré-operatório e de-
pendendo do ano em que está realizando a regência, algumas estarão no início do período das operações 
concretas. Assim é importante considerar a utilização de material concreto, bem como, as brincadeiras, 
interações, desafios. A criança aprende vendo, sentindo, tocando, sendo desafiada. 
AVALIAÇÃO: Toda aula precisa ser avaliada. Registre como será a avaliação da sequência didática, ou 
seja, que instrumentos você utilizou para avaliar o desempenho dos estudantes durante a sequência.
REFERÊNCIAS: Registre de acordo com as normas da ABNT, os autores que fundamentam a sua ação na 
turma/ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
12
LEITURA COMPLEMENTAR
Acesse o link a seguir e conheça uma sequência didática 
interessante que foi desenvolvida na pré-escola sobre a água.
https://novaescola.org.br/conteudo/5927/descubra-com-
seus-alunos-onde-ha-agua-no-planeta
Esse segundo link lhe dará acesso à outra sequência didática 
sobre o sistema numérico, trabalhado a partir de rótulos. 
https://novaescola.org.br/conteudo/5542/apresentacao-do-
sistema-numerico-por-meio-dos-rotulos-dos-alimentos
Nesse outro link você pode procurar planos de aula, adaptá-los, criar novos planos de aula e compartilhar com outros 
professores do Brasil.
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/
Título do Projeto:
Nome da escola:
Turma: Registre o ano da turma
Idade das crianças: Ex: 7 a 8 anos
PROFESSOR(A) REGENTE: Coloque o seu nome
PROFESSOR(A) SUPERVISOR(A): Coloque o nome do professor da turma 
Nº DE AULAS PREVISTAS: Aqui devem ser informadas as seis aulas contemplando as 30h/a. 
DATA DE INÍCIO:
DATA DE TÉRMINO:
Planejando um projeto
PROBLEMA INICIAL: O projeto responde a uma questão. Assim, é preciso explicar a que esse projeto se 
propõe e qual a motivação para desenvolvê-lo, ou seja, que fatos podem justificar que esse é um projeto 
pertinente. Você pode justificá-lo a partir de aspectos da sua observação e da construção a partir das 
próprias crianças. 
Ex: Qual a história do bairro X?
OBJETIVOS (OBJETOS DE CONHECIMENTO/HABILIDADES): Para escrever o objetivo é importante res- 
ponder à questão: O que eu desejo que os(as) alunos(as) aprendam? O verbo deve estar no infinitivo. Ex: 
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/descubra-com-seus-alunos-onde-ha-agua-no-planeta
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/descubra-com-seus-alunos-onde-ha-agua-no-planeta
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/descubra-com-seus-alunos-onde-ha-agua-no-planeta
https://novaescola.org.br/conteudo/5927/descubra-com-seus-alunos-onde-ha-agua-no-planeta
https://novaescola.org.br/conteudo/5927/descubra-com-seus-alunos-onde-ha-agua-no-planeta
https://novaescola.org.br/conteudo/5542/apresentacao-do-sistema-numerico-por-meio-dos-rotulos-dos-alimentos
https://novaescola.org.br/conteudo/5542/apresentacao-do-sistema-numerico-por-meio-dos-rotulos-dos-alimentos
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/
13
analisar, reconhecer, comparar...
CONTEÚDOS: Esse item responde a seguinte questão: o que pretendo ensinar ? DESENVOLVIMENTO:
REGÊNCIA 1: A cada aula registre a organização de cada momento. Registre etapa por etapa do que será 
proposto para a aula. Assim, cada dia terá várias etapas ou momentos. Lembre-se que nesse momento é 
preciso detalhar o que será feito e como será feito. O projeto didático, no lugar de aulas, da mesam forma 
que em algumas sequências, o registro é feito em etapas.
REGÊNCIA 2:
REGÊNCIA 3:
REGÊNCIA 4:
REGÊNCIA 5:
REGÊNCIA 6:
RECURSOS: Registre os recursos que serão utilizados ao longo do desenvolvimento do Projeto. 
PRODUTO FINAL: O que será produzido pelo grupo para ser socializado com a comunidade escolar, em 
um momento de culminância ou apenas com a socialização da produção. 
AVALIAÇÃO: Toda aula precisa ser avaliada. Registre como será a avaliação do projeto didático, ou seja, 
que instrumentos você utilizou para avaliar o desempenho dos(as) estudantes durante o projeto.
REFERÊNCIAS: Registre de acordo com as normas da ABNT, os autores que fundamentam a sua ação na 
turma de Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
LEITURA COMPLEMENTAR
Acesse o link a seguir e conheça o projeto desenvolvido na 
nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Observe como a 
professora detalha as situações vivenciadas.
https://novaescola.org.br/conteudo/5904/danca-criativa-e-
jogos-na-pre-escola-da-solidez-a-fluidez
Plano de aula
Prezado(a) estudante, se o(a) professor(a) da sala em que você está realizando o estágio não permitir que 
você apresente uma proposta de sequência didática ou projeto, você precisará organizar um plano de aula 
para cada aula dada, totalizando também uma carga horária de 30h/a. O seu plano deverá apresentar: 
Nome da escola:
Turma: Registre o ano da turma Idade das crianças: Ex: 0 a 1 ano
PROFESSOR (A) REGENTE: Coloque o seu nome
https://novaescola.org.br/conteudo/5904/danca-criativa-e-jogos-na-pre-escola-da-solidez-a-fluidez
https://novaescola.org.br/conteudo/5904/danca-criativa-e-jogos-na-pre-escola-da-solidez-a-fluidez
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PROFESSOR(A) SUPERVISOR(A): Coloque o nome do professor da turma 
CONTEÚDOS: Esse item responde a seguinte questão: o que pretendo ensinar a meu aluno?
OBJETIVOS: Quais conhecimentos serão desenvolvidos e por que?
METODOLOGIA: Registre a organização de cada momento da aula. É preciso detalhar o que será feito 
e como será feito.
RECURSOS: Registre os recursos que serão utilizados na aula. 
AVALIAÇÃO: Toda aula precisa ser avaliada. Registre como será a avaliação da sua aula, ou seja, que 
instrumentos você utilizou para avaliar o desempenho dos estudantes durante a aula.
REFERÊNCIAS: Registre, de acordo com as normas da ABNT, os autores que fundamentam a sua ação 
na turma dos anos iniciais do Ensino Fundamental. 
PALAVRAS FINAIS
Olá, aluno(a)
Após concluir o seu planejamento, considerando a sua escolha dentre as propostas que 
aqui foram apresentadas, retome as indagações propostas no início do item 3 e observe 
se suas aulas estão alinhadas com as questões pontuadas. 
Lembre-se que ao mesmo tempo que você observa a prática do(a) professor(a), você 
também está sendo observado(a). 
Assim, capriche! Sempre busque parceria com o(a) professor(a) regente, pesquise em 
várias fontes planos de aula, sequências didáticas e projetos. Não copie. Tome as prá-
ticas já vivenciadas por vários(as) professores(a) como fonte de inspiração, adeque a 
realidade da turma que você está acompanhando e mãos a obra.
Também não se aflija se tudo não sair exatamente como o planejado. Faz parte. Suces-
so!
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PARA RESUMIR
Essa é a segunda e útima etapa do estágio nos anos iniciais do Ensino Fundamental 
que corresponde ao planejamento e a experiência da regência. 
Após a apresentação do seu planejamento para a regência ao(a) docente regente da 
turma que você está acompanhando, você poderá iniciar a sua regência em comum 
acordo com ele(a). 
A carga horária da regência é de 30h/a, somando-se a carga horária de observação 
também de 30h/a, seu estágio irá totalizar 60h/a em campo de estágio. 
O(a) professor(a) da sala de aula é o(a) professor(a) supervisor(a) do seu estágio e pre-
cisa assinar a ficha de frequeência individual a cada regência realizada.
Organize a sua regência em formato de sequências ou projetos numa perspectiva inter-
disciplinar. Caso, não tenha autorização para escolher livremente o seu tema, organize 
as aulas através da produção de planos de aula.
Após realização de todas as regências você deve inserir os registros das aulas realiza-
das e os planos de cada uma delas no relatório final do estágio, seguindo as orientações 
contidas no template que está disponível no ambiente virtual de aprendizagem – AVA. 
É importante que você insira aspectos conceituais na produção de seu texto, tomando 
como referenciais teóricos autores e materiais que indicamos neste e os demais guias 
de estudos das unidades 1 e 2. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. INTERDISCIPLINARIDADE: Didática e Prática de En-
sino. In: Interdisci- plinaridade / Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade 
(GEPI)– Educação: Currículo – Linha de Pesquisa: Interdisciplinaridade – v. 1, n. 6- es-
pecial (abril. 2015) – São Paulo: PUCSP, 2015.
NERY, Alfredina. Modalidades organizativas do trabalho pedagógico: uma possibilida-
de. In: Org. BEAU- CHAMP, Janete; PAGEL, Denise; NASCIMENTO, Aricélia R. Ensi-
no Fundamental de nove anos: orienta- ções para a inclusão de seis anos de idade. 
Brasília: MEC/SEB, 2007. (Disponível em: http://portal.mec. gov.br/seb/arquivos/pdf/
Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf)
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf
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