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unidade Demonstrações Financeiras

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Explorando a temática I
 F1: Questão de fixação 1
 Explorando a temática II
 F2: Questão de fixação 2
 Explorando a temática III
 F3: Questão de fixação 3
 Explorando a temática IV
 F4: Questão de fixação 4
 F5: Questão de fixação 5
 Conclusão da Unidade
 Atividades
 A1: Atividade avaliativa - Unidade 1
 A2: Atividade avaliativa - Unidade 1
Unidade 1 - Demonstrações Financeiras
#114815453
#114815454
#114815455
#114815456
#114815457
#114815458
#114815459
#114815460
#114815461
#114815463
#114815462
#114815464
#114815465
Explorando a temática I
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Q76tPJ8nlKPz1d2oqYTi4A==
Atualmente, as demonstrações contábeis estão estruturadas de acordo com os critérios da Lei 6.404/76, alterada pelas leis 11.638/07 e 11.941/09. As
duas últimas leis foram responsáveis pela introdução do País no processo de convergência entre as práticas adotadas no Brasil com as IFRS, sigla
inglesa para Normas Internacionais de Relato Financeiro.
 
As IFRS são um conjunto de normas internacionais editadas pelo Conselho Internacional de Normas de Contabilidade (IASB, sigla em inglês), órgão
técnico vinculado ao Comitê Internacional de Normas (IASC), formado por profissionais de diversos países europeus e americanos.
A criação de um padrão internacional de contabilidade visa atender à necessidade de facilitar o processo de análise de investimentos e consolidação de
demonstrativos de empresas localizadas em diferentes países, reflexo da globalização da economia e do desenvolvimento de grupos empresariais
multinacionais.
As demonstrações financeiras são sínteses dos valores contidos em registros contábeis, que são decorrentes dos fatos ocorridos dentro da empresa.
Existe um conjunto de demonstrativos, mas nem todos são obrigatórios a todas as empresas. Cada pessoa jurídica deve elaborar e divulgar aqueles
demonstrativos aos quais está obrigada. Os mais comuns são o Balanço Patrimonial e a Demonstração dos Resultados dos Exercícios, e serão por eles
que iremos iniciar os nossos estudos.
Estrutura das demonstrações financeiras
Para que possamos efetivar uma análise econômico-financeira, devemos ter os documentos citados abaixo, lembrando, mais uma vez, que nem todas as
empresas são obrigadas a confeccionar todos os demonstrativos de acordo com a legislação que citamos anteriormente.
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): de preferência dos três últimos exercícios.
Balancete recente: de preferência com defasagem máxima de três meses.
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA): informa transações que ainda não afetaram o exercício e irão impactar exercícios futuros.
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): mostra a variação que cada rubrica pertencente ao Patrimônio Líquido teve durante o
exercício.
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): exibe o saldo inicial de caixa, as entradas e as saídas de dinheiro decorrentes das atividades operacionais
durante o exercício e, no final, conciliadas com o saldo de caixa apresentado no balanço patrimonial.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA): mostra as receitas e despesas da DRE de acordo com o grupamento pessoal (salários, benefícios etc),
governo (impostos), financiadores (juros), entre outros.
Notas Explicativas: informam políticas contábeis importantes, tais como legislação que foi utilizada para elaborar os demonstrativos, critérios de
avaliação dos ativos, detalhamento de valores agrupados em rubricas com nomes genéricos, despesas e receitas não operacionais incluídas na
DRE etc.
Os demonstrativos deverão conter a assinatura do responsável pela empresa e pelo contador.
Havendo dúvidas quanto às informações apresentadas nessas demonstrações, devemos visitar a empresa para saná-las e depois fazer os devidos
ajustes (assunto a ser discutido nesta unidade) para que os números espelhem a realidade.
Diversas micro e pequenas empresas alegam que não possuem demonstrações contábeis, pois não são obrigadas a manter a escrita organizada. De
acordo com a legislação, isso não está coerente. Dessa forma, para você se inteirar melhor da necessidade de possuir os registros e relatórios contábeis,
leia a notícia que segue:
Adotar normas de contabilidade auxilia na sustentabilidade das empresas
Com a crise financeira, as micro e pequenas empresas aumentaram os pedidos de recuperação judicial e falência. Essas empresas têm faturamento de
até R$ 3,6 milhões e são optantes pelo Simples Nacional, forma simplificada de tributação. A tributação era o motivo alegado pelos empresários para as
dificuldades dos negócios, mas, mesmo com o Simples, os problemas não terminaram. Na verdade, o problema na gestão é o grande motivo para a
descontinuidade dos negócios. Nesse contexto, a contabilidade vem auxiliar os micro e pequenos gestores a administrarem melhor seus negócios, pois a
contabilidade fornece informação para gestão de caixa, custos, precificação de produtos, rentabilidade, dentre outros. Para ler mais sobre a necessidade
de manter a escrita organizada nas micro e pequenas empresas, acesse o texto no link abaixo.
ADOTAR normas de contabilidade auxilia na sustentabilidade das empresas. 09 jul. 2016. In: Site "Administradores.com". Disponível em:
<https://www.administradores.com.br/noticias/economia-e-financas/adotar-normas-de-contabilidade-auxilia-na-sustentabilidade-das-empresas/111943/>.
Acesso em: 20 jul. 2016.
A relação das demonstrações obrigatórias que devem ser elaboradas pelas empresas pode ser visualizada no quadro abaixo.
QUADRO 1 - Demonstrações financeiras obrigatórias por tipo de empresa
 
Fonte: Marion, 2012. (Adaptado).
Para fixar o assunto visto até aqui sobre os relatórios contábeis e a obrigatoriedade de apresentá-los, assista à vídeoaula a seguir.
Vídeoaula: As demonstrações contábeis
 
Balanço patrimonial
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa. A diferença entre eles constitui o patrimônio líquido. Vamos entender melhor o que
significa cada um deles?
• Bens = são as coisas úteis capazes de satisfazerem às necessidades das pessoas. Se eles têm forma física, são chamados tangíveis e podem ser
móveis ou imóveis. Quando não são palpáveis, os bens são chamados intangíveis ou incorpóreos. Temos, como exemplo, marcas e patentes.
• Direitos = é o poder de exigir alguma coisa de alguém. Como exemplo, podemos citar as vendas a prazo. A empresa emite um documento comprobatório
do direito de receber o valor da venda no futuro. Chamamos esse documento de "duplicatas a receber" ou "clientes".
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• Obrigações = são as dívidas perante terceiros. Temos, como exemplo, os empréstimos bancários, em que a empresa deve ao banco. Outro exemplo
decorre das compras a prazo (exatamente o contrário de duplicatas a receber). A empresa fica devendo para o fornecedor da mercadoria. Por essa razão,
essa dívida é conhecida como "duplicatas a pagar" ou "fornecedores".
• Patrimônio líquido = uma empresa pode possuir vários imóveis, salas, fazendas, um parque produtivo cheio de máquinas, uma frota enorme de veículos.
Então, podemos dizer que essa empresa tem muita riqueza? Não necessariamente. Não podemos medir a riqueza de uma pessoa somente pelo seu
patrimônio, ou seja, pelos bens e direitos, pois ela pode ter financiado todos esses bens e somente pagou as primeiras prestações. Então, se somarmos
os bens e excluirmos as obrigações, praticamente não sobra nada para ela e, dessa forma, estamos apurando a riqueza efetiva dessa pessoa, ou seja,
seu patrimônio líquido. Assim, precisamos entender que:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = (BENS + DIREITOS) - OBRIGAÇÕES
Podemos encontrar três formas diferentes de patrimônio líquido. As situações possíveis serão vistas através do infográfico a seguir.
FIGURA 1 - Patrimônio líquido
 
Fonte: Elaborado pela autora.
Geralmente, a soma dos bens e direitos é maior que a das obrigações para com terceiros, o que resulta em patrimônio líquido positivo.
Quando a soma dosbens e direitos for igual às obrigações para com terceiros, teremos patrimônio líquido nulo ou inexistente.
E, por último, se a soma dos bens e direitos for menor que a das obrigações, diz-se que o patrimônio líquido é negativo ou podemos chamar também
PASSIVO A DESCOBERTO, que indica uma situação deficitária.
Agora que já sabemos como podem aparecer as contas dentro do balanço patrimonial, vamos ver o que representa esse relatório. É um demonstrativo
estático padronizado que discrimina, de forma sintética e ordenada, os saldos de todos os valores integrantes do patrimônio de uma empresa em
determinada data. De um lado são relacionadas as contas que refletem a aplicação de recursos, isto é, com que a empresa precisa gastar dinheiro para
se manter funcionando (são os bens e direitos). De outro, são registradas as que representam as fontes de recursos, ou seja, de onde vem o dinheiro
para ela gastar nas aplicações (são as obrigações perante terceiros e o dinheiro dos sócios, que é o patrimônio líquido). 
Do lado esquerdo do balanço patrimonial aparecem todas as aplicações de recursos, chamadas de ativo, e do lado direito aparecem as fontes de
recursos, chamadas de passivo. Como para toda aplicação de recurso a empresa tem que buscar o dinheiro de alguma fonte, então o total das aplicações
têm que ser exatamente igual ao total das fontes. Ou seja, o total do ativo tem que ser igual ao total do passivo, conforme figura a seguir.
FIGURA 2 - Balanço patrimonial
 
Fonte: Elaborada pela autora.
Na estruturação do balanço patrimonial, as contas são classificadas, no ativo, por ordem decrescente de liquidez (transformam-se em dinheiro mais
rapidamente). Por isso, o ativo inicia com os registros dos recursos que estão mais disponíveis (Caixa e Bancos). Depois, seguem-se os direitos de curto
prazo (Clientes ou Duplicatas a Receber), Estoques e Outros Valores de Curto Prazo a Receber, continuando pelos valores a realizar a longo prazo e bens
permanentes, que têm menor liquidez.
Já no passivo, são registrados por ordem de exigibilidade (as obrigações com vencimentos mais próximos da data do balanço aparecem primeiro). Nele
aparecem, em primeiro lugar, as contas de empréstimos bancários e fornecedores, seguidas pelas outras obrigações de curto prazo e longo prazo. Por
último, o patrimônio líquido (os recursos dos sócios aparecem em último lugar). 
De acordo com as novas normas, IFRS, a estrutura do balanço patrimonial divide o ativo em circulante e não circulante. Não existe mais a obrigatoriedade
na subdivisão em realizável a longo prazo, investimento, imobilizado e intangível. 
Quanto ao passivo, também foi subdividido em circulante e não circulante, conforme ilustra figura a seguir.
FIGURA 3 - Estrutura atual do balanço patrimonial
 
Fonte: Elaborada pela autora.
Vamos agora conhecer o balanço patrimonial internamente. Do lado do ativo, temos os bens e direitos, ou seja, as aplicações de recursos que a empresa
faz, geralmente, para manter suas atividades.
O ativo divide-se em:
Circulante = as disponibilidades e os bens e direitos realizáveis no decorrer do exercício seguinte (até 360 dias), representadas pelas contas "Caixa",
"Clientes ou Duplicatas a Receber", "Estoques", "Despesas Antecipadas" etc.
Não circulante = bens e direitos realizáveis após o encerramento do exercício seguinte (mais de 360 dias) e valores aplicados com a intenção de
permanência:
Realizável a longo prazo: representado pelas contas "Duplicatas a Receber", "Empréstimos a Interligadas" etc.
Investimentos: participações de natureza permanente em outras empresas e outros bens e direitos não destinados à manutenção da atividade da
empresa, como "Ações e Participações", "Imóveis para Aluguel" etc.
Imobilizado: bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa, como "Imóveis de Uso", "Máquinas e Equipamentos", Veículos,
Marcas e Patentes etc.
Intangível: são incorpóreos representados por bens e direitos e não são monetários, como patentes, softwares, franquias, licenças, concessões,
pesquisa e desenvolvimento.
Do lado do passivo temos:
Circulante: as dívidas vencíveis no decorrer do exercício seguinte (até 360 dias). É representado, normalmente, pelas contas "Fornecedores", "Salários e
Encargos a pagar", "Impostos a pagar", "Empréstimos bancários", "Provisão para Imposto de Renda".
Não circulante: as dívidas vencíveis após o encerramento do exercício seguinte (mais de 360 dias). Exemplos: "Financiamentos de Longo Prazo",
"Empréstimos de Diretores", Empréstimos de Interligadas etc.
Patrimônio líquido: os recursos pertencentes aos proprietários e que formam o capital próprio da empresa, e que, portanto, não são exigíveis. Subdivide-
se em:
capital social - capital subscrito menos capital a integralizar;
reserva de lucro- os lucros acumulados são contabilizados nessa conta e deve-se ocorrer a imediata distribuição;
prejuízo acumulado- registra os prejuízos ocorridos, sem possibilidade de compensação, com lucros obtidos em períodos subsequentes e
ajuste de avaliação patrimonial - registra as diferenças de ativos e passivos para mais ou para menos, obtidas pela diferença entre o valor contábil e
o valor justo (valor de transação em condições usuais de mercado).
Para fixar o conhecimento sobre a estrutura do balanço patrimonial, assista à videoaula a seguir.
 
Vídeoaula: Estrutura do balanço patrimonial
 
 
 
 
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Agora que terminamos de falar sobre o balanço patrimonial, veremos a demonstração de resultado do exercício. Esses dois relatórios contábeis são os
principais.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
A cada exercício social (normalmente um ano), a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a
contabilidade confronta as receitas (vendas) com o total dos custos das mercadorias ou serviços vendidos, e demais despesas incorridas no período. Se
as receitas forem maiores que os custos e despesas, a empresa teve lucro; se as receitas forem menores, teve prejuízo.
A DRE - Demonstração do Resultado do Exercício é um relatório que demonstra o resultado final da empresa no exercício (lucro ou prejuízo),
discriminando todas as contas de receitas, custos e despesas. Trata-se de um relatório dinâmico, pois retrata os fatos contábeis ocorridos durante o
exercício social.
A receita corresponde, em geral, à venda de mercadorias ou à prestação de serviços. É refletida pelo ingresso de dinheiro no caixa, ou pelo registro de um
direito a receber no futuro, como no caso da conta Duplicatas a Receber.
 
Despesa é todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter receita. É refletida no balanço por uma redução dos recursos em caixa (quando houver
pagamento à vista) ou pelo aumento de uma dívida, quando houver registro de um compromisso a ser cumprido no futuro. A despesa pode ainda se
originar de outras reduções de ativo, como é o caso da depreciação por desgaste de máquinas, por exemplo.
O lucro é apurado durante um período, geralmente um ano, subtraindo das receitas geradas no mesmo período (pode ser que ainda não foram recebidas)
todas as despesas correspondentes (independe se foram pagas). As receitas e despesas são contabilizadas pelo regime de competência para apurar o
lucro e não pelo regime de caixa.
Regime de caixa: toda receita é contabilizada no momento em que ocorrer seu efetivo recebimento, ou seja, quando o dinheiro entrar no caixa; toda
despesa é contabilizada no momento do efetivo pagamento, ou seja, quando o dinheiro sair do caixa.
Regime de competência: a receita é contabilizada no período em que foi gerada, independentemente da data de seu recebimento. Assim, se a empresa
vendeu a prazo em dezembro do ano 1, não importa se o recurso irá ingressar apenas no ano 2. Pelo regime de competência, receita gerada no ano 1,
pertence ao ano 1. A despesa, por sua vez, é contabilizada no período em que foi efetivada, independentemente da data do pagamento.
Vamos agoraentender como é feita a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.
A receita líquida corresponde aos valores que representam efetiva receita da empresa com sua atividade principal. Apura-se da seguinte forma:
Receita bruta (de vendas ou serviços)
( - ) Devoluções, abatimentos e impostos
( = ) Receita líquida
A receita bruta corresponde ao total das mercadorias vendidas no período ou à receita total pela prestação de serviços. Nela estão incluídos valores que
não pertencem à empresa, como os impostos sobre vendas ou serviços, entre outros. A apuração da receita líquida deve considerar esses valores, além
de outros, como abatimentos concedidos e mercadorias devolvidas.
Do lucro bruto são excluídas as despesas de:
despesas de vendas: abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao consumidor (comercialização e distribuição). São
despesas com o pessoal da área de vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, marketing, estimativa de perdas com duplicatas
derivadas de vendas a prazo (provisão para devedores duvidosos) etc;
despesas administrativas: são aquelas necessárias para administrar (dirigir) a empresa. De maneira geral, são gastos nos escritórios que visam à
direção ou à gestão da empresa, como honorários administrativos, salários e encargos sociais do pessoal administrativo, aluguéis de escritórios,
materiais de escritório, seguro de escritório, depreciação de móveis e utensílios, assinaturas de jornais, entre outras;
receitas e despesas operacionais: são despesas ou receitas, auferidas pela empresa, provenientes de atividades que não fazem parte do seu objeto
principal, por exemplo, vendas esporádicas de sucatas, venda de ponta de estoques etc;
resultado de equivalência patrimonial: é a contrapartida da atualização do valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária
da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida;
despesas e receitas financeiras: as despesas são as remunerações aos capitais de terceiros, como juros pagos ou incorridos, comissões e tarifas
bancárias, correção monetária sobre empréstimos, descontos concedidos, juros de mora pagos, entre outros. As receitas são os ganhos com as
aplicações financeiras.
Antes da apuração do resultado líquido, que ficará à disposição dos proprietários, sócios ou acionistas, deve-se ainda considerar a parte dos impostos,
contribuições (instituições ou fundos de assistência ou previdência) e participações nos resultados do exercício (debenturistas, empregados e
administradores).
 
FIGURA 4 - Estrutura atual da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
Fonte: Elaborada pela autora.
 
 
 
Com a nova legislação, as receitas e despesas não operacionais, que eram destinadas para contabilizar a perda ou ganho na alienação (VENDA) de bens
do ativo permanente, agora estão incluídas como outras receitas ou despesas operacionais. Essa informação deve aparecer nas notas explicativas. E
cabe ao analista fazer as devidas ponderações quanto à rentabilidade gerada em consequência dessas verbas, pois sabemos que, por se tratarem de
valores eventuais, os seus efeitos não se repetirão nos exercícios futuros, quando a empresa for pagar as suas obrigações assumidas no presente.
 
Visando facilitar o entendimento sobre a estrutura do relatório contábil Demonstração do Resultado do Exercício, assista à videoaula a seguir:
 
Vídeoaula: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício
 
 
 
 
Para fixar o conhecimento sobre a estrutura e composição dos relatórios contábeis vistos até aqui, Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do
Exercício, realize a atividade de fixação a seguir.
"Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e
financeira da Entidade.
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No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da empresa.
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes
das demonstrações do exercício anterior, para fins de comparação.
Composição 
 
O Balanço Patrimonial é constituído pelo:
 
- Ativo: compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros,
originados de eventos ocorridos.
- Passivo: compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos
para a sua liquidação.
- Patrimônio Líquido: compreende os recursos próprios da Entidade e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo".
Fonte: Disponível em: Portal de Contabilidade <https://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancopatrimonial.htm> Acesso em 29 dez. 2016.
F1: Questão de fixação 1
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=W8bVrgihO8Y6XSv60HbjBg==
Explorando a temática II
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=AAnI4Sm0oFBoMR%20sJOM%20NQ==
Demonstração do Resultado Abrangente - DRA
Adicional à Demonstração do Resultado, tem-se a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) que se inicia a partir da última linha da DRE. Informa
transações que ainda não afetaram o exercício e irão impactar exercícios futuros. Partindo do lucro do período, evidenciam-se os resultados abrangentes
(acréscimos ou decréscimos de patrimônio líquido que não transitaram pelo resultado), como ganhos ou perdas cambiais, ganhos ou perdas atuariais e
ajustes de avaliação patrimonial, chegando ao resultado abrangente do exercício. Interfere na distribuição futura de dividendos.
Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC
O objetivo é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro de uma empresa ocorridos durante um determinado período.
Essa demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período e ainda o resultado do fluxo financeiro. Assim como a
DRE, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no balanço patrimonial.
É uma demonstração que facilita aos investidores, credores e outros usuários o entendimento e a análise sobre a posição financeira da empresa, das
transações de investimentos e de financiamento etc. Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações
contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas.
Basicamente, o relatório de fluxos de caixa deve ser segmentado em três grandes atividades. Estas estão listadas a seguir.
As atividades operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da
empresa. Essas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa.
As atividades de investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo ou no Ativo Permanente, bem como as entradas por venda
de ativos imobilizados.
As atividades de financiamento são os recursos obtidos do Exigível a Longo Prazo e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os
empréstimos e financiamentos de curto prazo.
Na Demonstração dos Fluxos de Caixa existem dois métodos de avaliação, o método direto e o método indireto. 
- Método direto - O método direto explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais, como
recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os pagamentos a fornecedores, tributos e empregados, e não o lucro ajustado, como é feito no
método indireto. Esse método é mais coerente com o objetivo, que é mostrar o fluxo do Caixa.
 
FIGURA 5 - Demonstração do fluxo de caixa - método direto 
 
 
 
Fonte: VILLELAÉ. Revista Digital Simonsen. Online.
 
- Método indireto - O método indireto consiste na demonstraçãodos recursos provenientes das atividades operacionais a partir do lucro líquido ajustado
pelos itens que afetam o resultado, mas que não modificam o caixa da empresa.
 
FIGURA 6 - Demonstração do fluxo de caixa - método indireto 
 
 
 
Fonte: VILLELAÉ. Revista Digital Simonsen. Online.
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL
Detalha a composição do Patrimônio Líquido, informando os acréscimos e as reduções de cada rubrica, chegando ao Patrimônio Líquido no final do
período. Destaca, por exemplo, se houve aumento de capital social, distribuição de dividendos etc. É um subsídio à compreensão da evolução do
Patrimônio Líquido.
Demonstração do Valor Adicionado - DVA
É o informe contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e
sua respectiva distribuição aos empregados, financiadores de recursos, governos e acionistas.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), que também pode integrar o Balanço Social, constitui, desse modo, uma importante fonte de informações, à
medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza,
assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.
Notas explicativas
Representam um resumo das políticas contábeis significativas. Trazem informações sobre a legislação que norteou a elaboração dos demonstrativos,
critérios de avaliação dos ativos, detalhamento de valores agrupados em rubricas com nomes genéricos, montante de despesas ou receitas não
operacionais incluídas na DRE etc.
Reestruturação das demonstrações financeiras
Os principais instrumentos de avaliação da situação econômico-financeira das empresas são as demonstrações contábeis ajustadas.
Não podemos simplesmente pegar uma demonstração contábil, na forma como é elaborada pela empresa, e iniciarmos a análise. Antes disso, temos que
criticá-la, reestruturá-la e ajustá-la, para posteriormente iniciar a análise. Isso tem como objetivo possibilitar uma visão mais clara da empresa.
As contas do Balanço Patrimonial são divididas em dois grandes grupos: circulante (que circulam no curto prazo, ou seja, até 360 dias) e não-circulantes
(valores aplicados que têm a intenção de permanência por longo prazo). Devemos reagrupar as contas do Circulante em Financeiro e Cíclico, no intuito de
identificarmos o que faz parte do operacional da empresa. Assim, para a reclassificação, devemos adotar os procedimentos a seguir:
No ativo circulante financeiro, devemos colocar as contas que representam dinheiro e aplicações financeiras em títulos e ouro.
No passivo circulante financeiro, lançar as contas representativas de dívidas a curto prazo (fontes onerosas de recursos) que não fazem parte das
atividades diárias da empresa e que, normalmente, estão sujeitas a juros (empréstimos bancários, duplicatas descontadas, impostos renegociados,
imposto de renda e contribuição social a recolher etc).
No ativo circulante cíclico devemos impostar as aplicações de recursos em contas que estejam relacionadas com a atividade de compra de matéria-
prima, transformação (beneficiamento) em produto final e venda. Esse grupamento está relacionado com o ciclo operacional da empresa (clientes,
duplicatas a receber, estoques, adiantamento a fornecedores etc), que guarda relação com o dia-a-dia do funcionamento da empresa.
Por último, no passivo circulante cíclico devemos impostar as contas que identificam os financiadores normais da atividade da empresa e que
constituem fontes espontâneas de recursos. Normalmente não estão sujeitos a juros de forma explícita (fornecedores, salários e encargos a pagar,
impostos sobre vendas a recolher etc) e estão ligadas ao dia-a-dia da empresa para colocar em funcionamento a parte operacional.
Na reestruturação das contas da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), procuramos separar os resultados (lucro ou prejuízo) em diversas
fases, visando melhor avaliar a situação. Podemos, por exemplo, a partir do Lucro Operacional Bruto, apurar o resultado operacional em dois momentos:
antes das despesas e receitas financeiras (lucro operacional I) e depois das despesas e receitas financeiras (lucro operacional II). 
E aí, tudo entendido até aqui? Vamos verificar se você fixou bem esses conceitos? Realize a atividade de fixação a seguir.
F2: Questão de fixação 2
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=DMfBgRYmgY/YAQXqMB182A==
Explorando a temática III
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=%208PVp37whKOBSJ/1f20AqQ==
Principais ajustes
Depois de criticar os documentos contábeis quanto à qualidade dos dados e reestruturá-los, chegou o momento de fazer os devidos ajustes e
reclassificações para tornar a análise mais confiável.
Assim, após análise e crítica a cada conta, além das reclassificações para grupamentos que melhor representem o valor contabilizado, são feitos alguns
ajustes que podem implicar contrapartidas para manter o equilíbrio entre o ativo e o passivo.
Constantemente, encontramos no balanço patrimonial contas do ativo que dificilmente transformar-se-ão em dinheiro. Para evitar distorção na análise,
esses valores devem ser excluídos do ativo. Para que este continue idêntico ao passivo, precisamos incluir essas cifras de realização incerta em uma
conta retificadora no patrimônio líquido, que é chamada de "Deduções do Ativo".
Dessa forma, tiramos do ativo os valores que não acreditamos que serão transformados em dinheiro e conseguimos manter o equilíbrio entre o ativo e o
passivo.
Devemos efetuar alguns ajustes no balanço patrimonial com objetivo de o analista de crédito poder identificar, de forma mais fácil e segura, o que está
acontecendo com a empresa. Vejamos os ajustes mais comuns:
Duplicatas descontadas = são, na verdade, valores já recebidos pela empresa, decorrentes de suas vendas a prazo. Referem-se a uma modalidade
de empréstimo bancário e aparecem no ativo como conta retificadora de "duplicatas a receber" ou "clientes". Devemos transferir para o passivo
circulante financeiro, porque o desconto de duplicatas é um empréstimo para capital de giro e, com isso, fica uma análise mais adequada das fontes
de recursos que a empresa vem utilizando.
Provisão para devedores duvidosos = representa uma estimativa da empresa dos créditos vencíveis, no exercício seguinte, que não serão
recebidos. Deve aparecer no balanço patrimonial como conta retificadora de "duplicatas a receber" ou "clientes". Quando inexistente ou apresentar
valor aparentemente subestimado, devemos fazer as devidas correções, aumentando essa provisão e fazendo a contrapartida na conta "deduções
do ativo".
Débitos de diretores, cotistas e solidários = aparecem no ativo circulante e constituem normalmente retiradas feitas pelos sócios, não contabilizadas
como despesa. Excluir do ativo em contrapartida da conta "deduções do ativo".
Outros valores a receber = quando o valor for expressivo (superior a dez por cento do ativo), pedir composição discriminada e dar o tratamento
adequado, de acordo com o detalhamento apurado.
Após essas reclassificações, reestruturações e ajustes, as demonstrações contábeis ficarão mais próximas da realidade da empresa. Com isso,
poderemos efetuar análises mais bem elaboradas e tomar decisões mais assertivas.
Assista à videoaula a seguir. Nela você verá um exemplo de ajustes e reestruturações no balanço patrimonial.
Vídeoaula: Ajustes e reestruturações das demonstrações financeiras
 
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Terminamos de ver os principais ajustes nas demonstrações contábeis. Com isso, para você pensar mais sobre esse assunto, realize a atividade de
fixação a seguir.
F3: Questão de fixação 3
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=uCiLSA9sGML1%20GBa2C9bpw==
Explorando a temática IV
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=aw9Unr1YlQzNfszV9UBJ8A==
Para finalizar esta unidade e começar a treinar análiseeconômico-financeira, utilizando todo o conteúdo visto até aqui, sugiro a você refletir sobre o caso
da empresa Century, descrito nas atividades de fixação a seguir. Vamos lá?
F4: Questão de fixação 4
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Xp/i7YKWKUH%20LJZUwJ4SFg==
F5: Questão de fixação 5
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Pp4ottH/mhJ7fkxEJC7K1w==
Conclusão da Unidade
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=A%20U/jwGo%204R7jWrNqV/2Og==
Agora, com o objetivo de recapitular todos os conceitos vistos nesta unidade, assista à videoaula resumo da Unidade.
Videoaula: Conclusão
 
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Atividades
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Buqhr7JZpLMSErhcGZvqNw==
A1: Atividade avaliativa - Unidade 1
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=B2Jr79/8JCELwlJTpczwPQ==
A2: Atividade avaliativa - Unidade 1
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=FHV0SfGR4z0FIaZA1WM4uA==