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INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS OLAVO DANIEL DONIZETTI VIEIRA RISCOS OCUPACIONAIS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS BELO HORIZONTE – MG 2023 OLAVO DANIEL DONIZETTI VIEIRA RISCOS OCUPACIONAIS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Pedagógico de Minas Gerais como pré-requisito para obtenção do título de especialista em: Engenharia de Segurança do Trabalho. BELO HORIZONTE – MG 2023 VIEIRA, Olavo Daniel Donizetti. Riscos ocupacionais em sistemas fotovoltaicos. Belo Horizonte: a Instituto Pedagógico de Minas Gerais, 2023. Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. RESUMO A geração de energia elétrica através dos sistemas fotovoltaicos emergiu como uma alternativa para suprir as necessidades energéticos do Brasil, além de criar oportunidades de crescimento econômico, consequentemente, do setor industrial e das organizações empresariais instaladoras de sistemas fotovoltaicos, que acabam por gerar mais empregos. Hoje, a energia fotovoltaica é a fonte de energia renovável mais utilizada no Brasil. Os trabalhadores envolvidos nessa atividade estão expostos a riscos ocupacionais: elétricos, ergonômicos e físicos, pois estão incessantemente expostos às intempéries risco de acidentes e quedas, por realizar trabalhos em altura, além de possíveis lesões musculoesqueléticas. Para obtenção das informações primeiramente, foi realizada análise documental sobre os riscos em sistemas fotovoltaicos, além de sites, revistas, jornais, livros e relatórios. Para os dados coletados foi utilizada imagens encontradas na internet, com o objetivo de identificar os riscos, para que pudessem ser avaliados e ações preventivas desenvolvidas. É importante ressaltar que as premissas perseguidas neste estudo representam um grande risco para os trabalhadores em situações que poder ter sido evitadas se as normas regulamentares tivessem sido seguidas ou mesmo investimentos voltados para adequações feitas no que diz respeito à segurança dessa execução. A ausência de gestão de riscos e governança organizacional provavelmente comprometerá as melhores medidas de proteção. Consequentemente, a melhor forma de abordar o assunto é enfatizar o treinamento e a importância do uso de equipamentos de proteção individual, conscientização e mudança de conduta, preservando a própria saúde. Palavras-chave: Sistemas fotovoltaicos – Riscos – Segurança SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 5 2.1 Conceito de segurança do trabalho ....................................................................... 5 2.2 Riscos ocupacionais e ambientais ........................................................................ 5 2.3 Gerenciamento dos riscos na área de saúde e segurança do trabalho ................... 6 2.4 Análise Preliminar de Risco ................................................................................. 7 2.5 Instalação de sistemas fotovoltaicos ..................................................................... 9 2.6 Boas práticas de segurança ................................................................................. 11 3. CONCLUSÃO .................................................................................................... 15 4. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 16 4 1. INTRODUÇÃO No Brasil, a importância das energias renováveis é cada vez maior para reduzir o consumo de energia em residências, empresas e indústrias, surgindo como exemplo de medidas: aumento do consumo e alta demanda de energia. Outras soluções de curto prazo para atender às necessidades energéticas são as usinas termelétricas, mas que emitem grandes quantidades de gases de efeito estufa (GEE) associados à queima de combustíveis fósseis e são analisadas do ponto de vista econômico, tornando-as prejudiciais ao meio ambiente. Custos, condições operacionais e de geração relativamente elevados, que posteriormente levam a aumentos tarifários. A energia solar tornou-se, portanto, uma opção economicamente viável através da utilização de painéis fotovoltaicos (Carvalho et al., 2019). A própria tecnologia traz maior segurança energética ao país, pois a expansão está acontecendo de forma exponencial, com potencial de crescimento econômico a partir do desenvolvimento do conhecimento técnico sobre a tecnologia, em pesquisas científicas e tecnológicas, a fim de alcançar maior eficiência na produção de energia e assim, o desenvolvimento da indústria e das empresas que instalam sistemas fotovoltaicos, acabando por criar mais postos de trabalho. Hoje, a energia solar é a fonte de energia renovável mais utilizada no Brasil (Caterina, 2015). Para a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA), a instalação de sistemas solares pode apresentar vários riscos profissionais durante a instalação, devido à exposição dos trabalhadores a riscos elétricos em sistemas fotovoltaicos; riscos ergonômicos, quando a empresa não fornece equipamentos de içamento dos painéis fotovoltaicos; risco físico, pois está constantemente exposto às intempéries; risco de acidentes e quedas decorrentes do trabalho em altura, além de possíveis lesões musculoesqueléticas (Ellwood et al., 2011). É importante ressaltar que há outros riscos: psicossociais e problemas organizacionais da empresa instaladora, devem ser levados em consideração quando se trabalha com instalações de sistemas fotovoltaicos, pois podem envolver trabalhadores de diferentes características e habilidades, com situações de subcontratados, imigrantes e trabalhadores inexperientes. Todas as instalações em sistemas solares requerem treinamento para reconhecer os riscos enfrentados pelos funcionários, para que possam ser tomadas medidas adequadas de saúde e segurança. Diante disso, este trabalho tem como objetivo comum identificar os riscos ocupacionais em instalações fotovoltaicas, orientando assim empresas e colaboradores a reduzir acidentes de trabalho no ambiente de trabalho. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Conceito de segurança do trabalho A segurança do trabalho é a aplicação de um conjunto de medidas que visam reduzir os acidentes e doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade laboral dos envolvidos (Peixoto, 2011; Vieira). & Brahan, 2020). A segurança é considerada uma ciência que trabalha para prevenir acidentes de trabalho decorrentes de fatores de risco na operação. Do ponto de vista legal, acidente de trabalho é o acidente que ocorre em decorrência da prestação de trabalho para a empresa, resultando em lesão ou disfunção corporal que leve à morte ou perda permanente ou redução da capacidade laborativa, ou temporária. . No local de trabalho, existem muitas situações de risco que podem levar a acidentes de trabalho. Portanto, a análise dos fatores de risco em cada tarefa e durante a operação é essencial para a prevenção (Saliba & de Freitas Lanz, 2019). 2.2 Riscos ocupacionais e ambientais A Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), a NR-09, no ponto 9.1.5. traz o conceito de que os agentes químicos, físicos e biológicos são considerados riscos ambientais, capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores devido à natureza, concentração, intensidade e duração da exposição. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA é obrigatório e visa proteger a saúde e a integridade dos trabalhadores, antecipando, reconhecendo,avaliando e controlando os riscos existentes ou que possam existir no ambiente de trabalho, garantindo a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Os agentes físicos são diferentes formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos. As coisas envolvidas na soldagem são radiação ultravioleta (UVA, UVB e UVC), radiação infravermelha (IVA), ruído e vibração (Aleixo, 2015). De acordo com a norma regulamentadora do MTE NR-09 no ponto 9.1.5.1, são consideradas como agentes físicos diversas formas de energia a que os trabalhadores possam estar expostos, tais como: ruído, vibração, pressão Acústica anormal, temperaturas extremas, radiação, não ionizante radiação, bem como infrassom e ultrassom. O risco de acidente, também chamado de risco mecânico, é qualquer fator que coloque 6 em risco o trabalhador ou afete sua saúde física ou mental durante o horário de trabalho. Cortes e arranhões em qualquer parte do corpo, queimaduras e eletrocussão são alguns dos acidentes mecânicos que podem levar trabalhadores a perder membros sem levar a óbito e podem até causar desconforto moral e psicológico (BARSONO, BARBOSA, 2014). Os acidentes de trabalho relacionados aos riscos ambientais são uma realidade cada vez mais presente no Brasil e no mundo, afetando trabalhadores, empregadores e a sociedade em geral (Da Silva Carvalho et al., 2020). Os riscos ergonômicos ou ocupacionais são aqueles que podem causar incapacidades mentais e físicas nos trabalhadores. Exemplos de riscos ergonômicos incluem exercícios extenuantes, levantamento manual e carregamento de pesos, requisitos de má postura, controles rígidos de produtividade, ritmos excessivos forçados, turnos noturnos, longas horas de trabalho, monotonia e repetição, situações estressantes, depressão e muito mais. É importante ressaltar que esses riscos podem causar transtornos mentais e fisiológicos, além de graves danos à saúde dos trabalhadores. Doenças como LER/DORT, cansaço físico e mental, dores musculares, hipertensão, distúrbios do sono, diabetes, neuropatia, taquicardia, distúrbios digestivos (gastrite e úlceras), tensão, ansiedade, problemas nas costas, agressividade Doenças que desconhecemos (Barsano & Barbosa, 2018). 2.3 Gerenciamento de riscos na área de saúde e segurança do trabalho Segundo Mattos (2011), o conceito de gestão de riscos surgiu no Brasil na década de 1950 com a criação de empresas multinacionais para minimizar os custos associados ao pagamento de sinistros e prevenir acidentes protegendo ativos de sinistros. Durante as décadas de 1980 e 1990, o conceito de gestão de riscos foi estabelecido com base em informações cada vez mais disseminadas pelas empresas com base em diretrizes internacionais de saúde e segurança. Essa fase foi fortalecida com a promoção de políticas de segurança do trabalho e não prevenção de perdas materiais e humanas relacionadas à prevenção de acidentes de trabalho, estabelecimento de uma fase de desenvolvimento de políticas de prevenção e criação de um plano de ação. Além de identificar riscos e desenvolver soluções para os riscos existentes no processo de transformação da indústria (RUPENTHAL, 2013). Diante disso, a gestão de riscos tornou-se um aspecto social da responsabilidade das organizações por acidentes de trabalho, com foco na intervenção em ambientes produtivos nos quais os trabalhadores utilizam máquinas e equipamentos que requerem controle efetivo para manter a segurança e prevenir acidentes. A gestão de riscos surgiu no Brasil na segunda metade 7 da década de 1970, quando o conceito de risco era amplamente aceito nos serviços aplicados ao setor de seguros para prevenir riscos patriarcais (PONTE JÚNIOR, 2014). O mercado de seguros ampliou-se do ponto de vista da análise de riscos e introduziu conceitos de prevenção, principalmente para ocorrências como incêndio e roubo de veículos. Com o avanço da engenharia de confiabilidade de sistemas, uma série de conceitos passaram a fazer parte do processo de gerenciamento de riscos, desde a aplicação de medidas preventivas e o uso de técnicas de gerenciamento de riscos, medir a probabilidade de um evento (NAVARRO, 2016). Nesse sentido, a existência de muitos eventos de risco que podem ameaçar o patrimônio e os recursos humanos da empresa podem prever danos dependendo da frequência de ocorrência, bem como da gravidade dos danos e perdas, como a morte de trabalhadores no local de trabalho. 2.4 Análise Preliminar de Risco A sensação de risco no ambiente de trabalho proporciona cenários de riscos potenciais com prejuízos financeiros e até mesmo humanos em eventos relacionados a doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Segundo Mattos (2011), a Análise Preliminar de Riscos – APR consiste em ferramentas auxiliares, técnicas que incluem perigos e inclui um meio de identificação de riscos. No campo da saúde e segurança do trabalho, as políticas visam solucionar problemas que possam ocasionar incidentes e acidentes no desempenho das atividades laborais. O papel da APR é contribuir com uma postura metodológica que torne o sistema eficiente. A análise preliminar de riscos inclui a investigação de possíveis causas de acidentes e lesões que muitas vezes levam a perigos no ambiente de trabalho. A APR é usada para categorizar o risco como moderado, baixo ou muito grave. APR ou PHA – Preliminary Hazard Analysis em inglês é uma importante ferramenta utilizada no processo de análise de riscos do sistema durante as etapas de execução e projeto. Tavares (2007) defende o real potencial de risco diante de produtividades que colocam em risco o ser humano, como espaços confinados, comportamento do trabalhador em atmosferas explosivas e outras operações perigosas. , que analisa processos produtivos potencialmente perigosos. Os avanços na tecnologia não eliminam os riscos, mas trazem riscos igualmente ameaçadores. 8 Figura 1: Diagrama conceitual do risco Fonte: Cicco (2016) A Figura 1 ilustra um diagrama conceitual de risco que inclui dois tipos de ambientes: interno e externo. A definição de risco envolve dois fatores importantes: a probabilidade de ocorrência de um evento de risco e suas consequências perigosas de acordo com suas consequências: ameaças, perdas e danos em caso de eventos de risco, são gerados durante atividades que são criadas para colocá-los em risco no que diz respeito à saúde e à integridade física dos trabalhadores (TAVARES, 2007). Outros riscos citados em relação à riqueza financeira têm consequências positivas e negativas (ganhos e benefícios). No caso da avaliação de riscos no ambiente de trabalho, esses eventos podem surgir devido a negligência na manutenção de máquinas e equipamentos ou em situações inseguras nas operações de produção. Alguns eventos perigosos podem resultar de quedas ou exposição a produtos ou substâncias que podem causar reações adversas nos trabalhadores. A gravidade de um evento é vista como resultado do ano e pode levar a lesões, traumas, morte, redução da capacidade de trabalho. Propomos um quadro de avaliação. Isso inclui 25 categorias de risco: biomecânico, ergonômico, químico, biológico, físico e risco de lesões ocupacionais (MORAIS, 2013). As doenças ou enfermidades ocupacionais ocorrem quando não há condições ambientais que assegurem a saúde física e mental. Do ponto de vista da saúde física, o local de trabalho é um local onde o corpo humano está exposto a influências externas, como ruído, ar, temperatura, umidade, luz e equipamentos de trabalho. 9 As doenças ocupacionais e doenças ocupacionais surgem quando não há condições ambientais que assegurem a saúde física e mental. Do ponto de vista da saúde física, o local de trabalho é o local onde ocorre a exposição do corpo humano a agentes externos como ruído, ar, temperatura, umidade, luz e equipamentos de trabalho.2.5 Instalação de sistema fotovoltaico Para identificar falhas relacionadas à saúde e segurança dos colaboradores, foram criados registros fotográficos que mostram as circunstâncias em que os colaboradores se encontravam. Os registros mostram que várias observações foram feitas pelos trabalhadores no local de instalação do sistema fotovoltaico, mostrados a seguir e categorizados por tipo de perigo conforme a Figura 2, os trabalhadores estão trabalhando com fios elétricos sem os devidos equipamentos de proteção. Além de prejudicar o bom funcionamento do equipamento, pode causar curto-circuito ou choque elétrico. A Norma Regulamentadora - NR 10 cita no item 10.4.4 que: “As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos.” Figura 2: Uso incorreto no manuseio de componentes elétricos, configuração de layout inadequado, falta de ancoragem de segurança. Fonte: Lima Filho (2021) Ainda, de acordo com as Figuras 2 e 3, obter EPI aprovado pela autoridade nacional competente em termos de saúde e segurança adequados, conforme previsto no ponto 6.6.1 do 10 Regulamento 06, relativo ao EPI. Cabe ao empregador fazê-lo. Além de instruir os empregados por meio de treinamentos aos empregados sobre o uso, armazenamento e armazenamento adequados, os riscos das atividades que requerem seu uso. Durante o processo de instalação do sistema fotovoltaico, nas duas empresas analisadas, os funcionários formaram grupos onde trabalharam em ambientes insalubres e de alto risco, contribuindo para uma menor conscientização sobre os riscos aos quais os funcionários estavam expostos. Existe uma ampla gama de atividades que representam um alto risco para os trabalhadores. Outros fatores como os psicossociais e o nível de organização e gestão da empresa podem influenciar diretamente na ocorrência desses acidentes. Figura 3: Uso incorreto de equipamentos de segurança, configuração de layout inadequado, aplicação de métodos inseguros. Fonte: Lima Filho (2021) Conforme Figura 2 e Figura 3, o empregado realiza a atividade sem ou com uso incorreto do cinto de segurança sem fecho conforme Anexo 1 da NR 06. A fiscalização obrigatória da empresa não atende ao disposto na NR 35 de 6.6.1. Isso porque o gerente operacional compareceu sem o EPI obrigatório, comprometendo sua segurança e dando mau exemplo para seus funcionários. Um loca de trabalho desorganizado como o das Figuras 2 e 3 pode levar a acidentes graves, dada a possibilidade de quedas por desequilíbrio durante a busca de ferramentas para realização do trabalho. Outro fator relacionado é a postura inadequada na realização das atividades, que pode levar a problemas nas articulações, na coluna, nos membros superiores e inferiores. Os movimentos repetitivos representam outro problema, pois o processo de 11 instalação em altura exige atenção e concentração, além de coordenação motora com movimentos monótonos constantes. Os problemas identificados refletem a falta de treinamento em que os funcionários desconhecem as posturas ideais de trabalho, enquanto a falta de suporte em tempo real coloca os funcionários em situações extremas, conforme mostrado na Figura 4. estão expostos. Os trabalhadores nos locais de instalação mostrados neste estudo estiveram expostos a riscos trabalhistas em situações que poderiam ter sido evitadas caso o cumprimento de normas legais ou o investimento em medidas de saúde e segurança fossem exigidos para a execução deste trabalho, ficando claro que isso representa um sério risco às pessoas. Figura 4: Ausência dos EPI’s, autoconfiança dos colaboradores no trabalho em altura. Fonte: iStock 2.6 Boas práticas de segurança Os trabalhadores devem ser treinados em ergonomia, com atenção especial às posturas recomendadas e aos limites de peso para evitar problemas de saúde. O alongamento laboral pode contribuir para melhorar as queixas de dor. Além disso, as pausas entre os turnos e o rodízio entre os trabalhadores reduzem o tempo de exposição e reduzem o risco. O alongamento também pode reduzir lesões e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, proporcionando conforto para suas articulações e músculos. Além disso, aterramento inadequado e fiação exposta podem resultar em choque elétrico. Um arranjo físico bagunçado pode levar a quedas, e o armazenamento inadequado de garrafas pode levar a explosões. A importância de fiscalizar o uso do EPI, desenvolver planos de acidentes, elaborar e implementar programas como saúde e segurança, motivar os funcionários por meio de palestras e treinamentos e conscientizar sobre o uso do EPI são importantes para identificar perigos 12 iminentes na instalação do sistema fotovoltaico. E relativo à qualificação e formação dos trabalhadores, o ponto 35.3 da NR 35 sugere que os empregadores devem incentivar programas de conscientização para a realização de trabalhos em altura. Para ser treinado no trabalho em altura, o trabalhador deve concluir e ser aprovado em treinamento teórico e prático com carga horária mínima de oito horas. O Anexo 01 da Norma Regulamentadora 06 recomenda equipamentos de proteção individual para proteção contra impacto de objetos no crânio, conforme as Figuras 5, 6 e 7. Trabalhar ao sol requer proteção para os olhos contra iluminação forte e, quando os trabalhadores carregam módulos e inversores, sapatos que protejam os dedos dos pés do impacto de objetos em queda também são importantes. O protetor solar deve ser considerado para proteger a pele da exposição constante ao sol. Figura 5: Capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; Fonte: Provest Uniformes Figura 6: Óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; Fonte: Rio EPI 13 Figura 7: Calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos Fonte: Totalprot A falta de gerenciamento de riscos e controles organizacionais podem comprometer a melhor proteção. Com alto nível de conscientização e melhoria contínua dos padrões de conduta, nossa equipe de colaboradores é treinada em controle de qualidade, uso de novas tecnologias e aplicação de saúde e segurança para reduzir doenças e lesões ocupacionais. De acordo com o ponto 1.2 da NR 06, os cintos de segurança são obrigatórios para evitar riscos de queda em trabalhos em altura e proteger o usuário para proteção durante o posicionamento, conforme Figura 8 e Figura 9. Esses equipamentos eliminam a necessidade de mãos para operar, pois os trabalhadores podem se mover tanto na horizontal quanto na vertical e caminhar por rampas e pilhas de material sem risco de queda. Figura 8: Cinto de segurança Fonte: Loja Zeus do Brasil 14 Figura 9: Trava queda Fonte: Loja do Mecânico O dispositivo da figura 9 não desengata por ação do mecanismo de proteção, mas em caso de movimento brusco, mesmo que o funcionário tropece ou perca o equilíbrio, o dispositivo de proteção trava imediatamente para evitar a queda. A inspeção deve ser rotineira, diária, antes e após o uso, e deve ser rápida, visual ou tátil. Os próprios funcionários podem realizar essa inspeção após treinamento adequado. O treinamento deve ser atualizado sempre que novos equipamentos estiverem em processo de instalação. Figura 10: Passarelas para telhados Fonte: Gulin As passarelas do telhado, conforme mostrado na Figura 10, eliminam vários pontos de ancoragem, auxiliando e facilitando o movimento do trabalhador ao instalar sistemas fotovoltaicos em telhados de alta inclinação. 15 3. CONCLUSÃO Este trabalho mostrou que o comportamento e as preocupações com a segurança ocupacional nainstalação de sistemas fotovoltaicos. Os riscos ocupacionais enfrentados pelos empregados foram considerados elevados. Os equipamentos de proteção individual são fornecidos pelas empresas, mas não havia protocolo de atendimento aos funcionários e não havia treinamento sobre como lidar ou aplicar diálogos rotineiros de segurança para conscientizar os funcionários sobre os riscos. Fazendo com que as pessoas fiquem expostas aos riscos ocupacionais, incluindo riscos de queda, riscos ergonômicos, acidentes ou riscos físicos. A correta aplicação dos cuidados em trabalhos em altura contribui significativamente para o gerenciamento dos riscos ocupacionais e melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, levando à melhoria contínua e ao reconhecimento dos empregadores. Os empregadores devem garantir que todos os instaladores tenham treinamento básico de segurança. O trabalhador não tem plena consciência dos riscos a que está exposto por falta de gestão por parte da empresa, acabando por não utilizar os EPIs adequados e considerar os danos que sua exposição pode causar à sua saúde. Portanto, a melhor forma de abordar as questões acima é enfatizar a importância do treinamento e do uso de equipamentos de proteção individual, além de conscientizar a mudança de comportamentos profissionais para se manter saudável. Sendo assim, neste trabalho, foram propostas medidas preventivas para proteger a integridade física e a saúde dos trabalhadores de acordo com as normas estabelecidas. 16 4. REFERÊNCIAS Aleixo, T. C. 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