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Política Nacional das Relações de Consumo

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Política Nacional das Relações de Consumo
	A Politica Nacional das Relações de Consumo está prevista no artigo 4° do Código de Defesa do Consumidor (CDC) , onde tem por objetivo sanar e atender as necessidades dos consumidores, buscando o respeito á sua dignidade, saúde e segurança , proteção de seus interesses econômicos , melhoria da qualidade de vida , transparência e harmonia das relações de consumo .
	Como pode-se observar , tais princípios visam a proteção do consumidor ,que é sempre a parte mais vulnerável na relação de consumo , por não possuir tantas informações quanto o fornecedor .
	Assim o Código em seus artigos busca regulamentar a relação de consumo , tentando gerar um equilíbrio entre as partes .
	Neste trabalho será explicado três princípios ou objetivos que auxiliam o consumidor , para assim equilibrar a relação de consumo .
	 Respeito a Dignidade do Consumidor 
	O Respeito a Dignidade do Consumidor está embasado no principio da Dignidade da Pessoa Humana, que tem sua fundamentação legal no artigo 1°, inciso terceiro da Constituição Federal (CF) e no artigo 4°, em seu caput do CDC , onde estabelece que ;
Art. 4° .’’ A Politica Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores , o respeito à sua dignidade [...]’’ 
	Contudo para falar sobre a dignidade do consumidor , é necessário mencionar e proteger os fatores que são essenciais para o respeito da dignidade, tais fatores estão estabelecidos no artigo 6° CF , onde cita os Direitos Sociais e o artigo 225°, em seu caput , também da constituição , onde menciona direitos e deveres com relação ao meio ambiente .
	O respeito a dignidade é o primeiro valor necessário a ser preenchido , uma vez que todo ser humano nasce com esse direito, e dentro da relação de consumo não é diferente , uma vez que o consumidor possui pleno direito de ter sua dignidade respeitada .
	Este principio envolve , irradia-se sobre os demais princípios e objetivos do Código de Defesa do Consumidor , envolvendo assim o direito a saúde , segurança , proteção aos interesses econômicos , melhoria da qualidade de vida , transparência e harmonia das relações de consumo .
	Contudo tal principio não possui uma definição clara , com seus parâmetros de violação objetivamente estabelecidos , entretanto é de fácil percepção quando o principio da dignidade do consumidor é violado .
	Dados Gerais
	Processo:
	71003655008 RS
	Relator(a):
	Alexandre de Souza Costa Pacheco
	Julgamento:
	28/11/2012 
	Órgão Julgador:
	Segunda Turma Recursal Cível
	Publicação:
	Diário da Justiça do dia 05/12/2012
Ementa
CONSUMIDOR. INDENIZATÓRIA C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. DEMORA NA ENTREGA DE PRODUTO. DESCUMPRIMENTO DO CONTRATO PELOS RÉUS. DIREITO À RESOLUÇÃO CONTRATUAL, COM A RESTITUIÇÃO DO PREÇO PAGO. DANOS MORAIS, CONTUDO, INOCORRENTES. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL QUE NÃO ENSEJA ABALO À ESFERA DA DIGNIDADE DO CONSUMIDOR. SENTENÇA REFORMADA PARA AFASTAR A CONDENAÇÃO POR DANOS MORAIS. RECURSO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO DA AUTORA DESPROVIDO.
(Recurso Cível Nº 71003655008, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Alexandre de Souza Costa Pacheco, Julgado em 28/11/2012)
	
Reconhecimento da Vulnerabilidade do Consumidor 
	O principio da vulnerabilidade está expresso no artigo 4° em seu inciso primeiro do Código de Defesa do Consumidor , onde estabelece que ; 
Art. 4 °,I .’’ O reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo ‘’
Este principio visa garantir a igualdade formal-material ao sujeito da relação jurídica de consumo , pois ele busca uma igualdade .
	A vulnerabilidade pode ser uma situação permanente ou provisória , individual ou coletiva , que tem o poder de enfraquecer o sujeito de direitos, tornando assim a relação de consumo desigual, devido ao fato de uma das partes da relação, no caso o consumidor , ser mais vulnerável, mais fraco e por isso carecer de certa proteção em relação ao fornecedor .
	A vulnerabilidade normalmente é dividida e, três tipos que são a vulnerabilidade técnica, jurídica e fática , existindo ainda uma quarta vulnerabilidade que é considerada básica , a vulnerabilidade informacional. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) considera em seus julgados as quatros espécies citadas anteriormente , entretanto eles consideram que outras formas de vulnerabilidade podem ser apresentadas em determinados casos .
	Cada vulnerabilidade possui sua definição especifica , que são as seguintes ;
Técnica ; é a ausência de conhecimento especifico em relação ao produto ou serviço objeto de consumo. Na vulnerabilidade técnica o comprador ou consumidor não é detentor dos conhecimentos específicos sobre o objeto que está adquirindo , permitindo assim que seja mais facilmente enganado , por este motivo que ela é presumida para o consumidor não profissional , contudo nada impede de que de forma excepcional atinja o consumidor profissional .
Jurídica ; é a falta de conhecimento jurídico contábil ou econômico e de seus reflexos na relação de consumo, tal vulnerabilidade é presumida, uma vez que o consumidor necessariamente não necessita ser detentor dessas informações enquanto o fornecedor necessita, pois até o STJ considera o consumidor um leigo , na relação de consumo, uma vez que ele não conhece todas as informações do contrato e como atualmente a maioria é contrato de adesão , ele não possui a disponibilidade de discutir as clausulas contratuais , por isso o STJ determina que as clausulas devem ser claras, propiciando fácil entendimento do consumidor 
Fática ou Socioeconômica ; é a situação em que a insuficiência econômica, física ou psicológica do consumidor o coloca em pé de desigualdade perante ao fornecedor .
Informacional; é definida como dados insuficientes sobre o produto ou serviço , que sejam capazes de influenciar no processo decisório da compra . Atualmente é bastante discutida tal vulnerabilidade , pois o consumidor não é detentor das informações em relação ao produto , contudo as informações são essenciais na sociedade atual.
As informações são necessárias em relação a novas tecnologias, produtos e medicamentos que possam trazer algum risco a saúde, tanto que as jurisprudências estão valorizando as informações expressas em produtos . 
Uma vulnerabilidade que é bastante mencionada nas relações de consumo onde envolve atividade de consumo intermediaria e não final, é a vulnerabilidade profissional , contudo esta espécie não é presumida , portanto carece de prova .
A doutrina brasileira, dentro deste principio considera o consumidor hipossuficiente , contudo há jurisprudências que consideram e utilizam como parâmetro para considerar tal hipossuficiência o critério da idade, considerando assim os idosos, bebês, crianças e adolescentes ainda outro critério que adotam é a saúde, como no caso de enfermos que necessitam de medicamentos especiais ou portadores de alguma doença física .
	Dados Gerais
	Processo:
	71004679726 RS
	Relator(a):
	Fabio Vieira Heerdt
	Julgamento:
	13/03/2014 
	Órgão Julgador:
	Terceira Turma Recursal Cível
	Publicação:
	Diário da Justiça do dia 17/03/2014
Ementa
RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. VÍCIO DO PRODUTO. NOTEBOOK. DEVOLUÇÃO DO VALOR PAGO. BEM DURÁVEL. AGRAVAMENTO DA CONDIÇÃO DE VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR QUE PRECISOU RECORRER À ASSISTÊNCIA TÉCNICA POR TRÊS VEZES EM MENOS DE UM ANO. DANO EXTRA REM. DANOS MORAIS INDENIZÁVEIS. RECURSO PROVIDO.
(Recurso Cível Nº 71004679726, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Fabio Vieira Heerdt, Julgado em 13/03/2014)
			Respeito a saúde e segurança 
Este principio está expresso no artigo 4° , no caput e no artigo 6° inciso primeiro do CDC , onde estabelecem o seguinte ;
Art. 4°. ‘’A Politica Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidades , saúde e segurança [...]’’
Art. 6 °, I ‘’São direitos básicos do consumidor ; 
I- a proteção da vida,saúde e segurança contra os riscos provocados por praticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos ‘’
Estes direitos são expressos e protegidos ou assegurados ao consumidor devido ao fato de atualmente ainda determinados produtos provocarem riscos a saúde , segurança e até a vida do consumidor .
	Antonio Herman Benjamin denomina ‘’Teoria da Qualidade’’ a necessidade de segurança e qualidade dos produtor, também como seu uso esperado . 
	Todos os fornecedores tem o dever de garantir a segurança aos seus consumidores na utilização de seus produtos e serviços sendo assim o CDC impõem aos fornecedores que seus produtos apresentem segurança, não devendo da mesma forma causar riscos a saúde , sendo assim produtos e serviços que tragam riscos ao consumidor devem vir com informações adequadas , claras e em destaque sobre seus riscos , nos casos de produtos nocivos .
	Contudo se o produto ou serviço for levado ao mercado o fornecedor tem o dever de comunicar imediatamente ao público , quando seu produto apresentar algum risco a saúde ou segurança , enquanto deve providenciar sua retirada do mercado .
Jurisprudência 
	Dados Gerais
	Processo:
	AI 2014241620118260000 SP 0201424-16.2011.8.26.0000
	Relator(a):
	Roberto Solimene
	Julgamento:
	20/10/2011 
	Órgão Julgador:
	6ª Câmara de Direito Privado
	Publicação:
	26/10/2011
Ementa
TUTELA ANTECIPADA - SEGURO SAÚDE
- Ausência de peças obrigatórias para a interposição do recurso -Inocorrência - Peças que não se encontram na mesma seqüência dos autos originários,porém de fácil identificação - Aumento -Faixa etária - Sexagenários - Risco para a segurança e saúde dos consumidores -Possibilidade de a seguradora reaver diferenças se lograr êxito - Precedentes que proíbem majorações como a denunciada pelos agravados - Cautela que se impõe - Preliminar rejeitada e agravo desprovido
Conclusão 
O Código de Defesa do Consumidor trás mais princípios além destes três, pois o código em seus artigos 4° e 6°, sem mencionar os demais artigos presentes na Constituição Federal Brasileira , tem por escopo proteger o consumidor em sua vulnerabilidade, falta de informação, falta de educação e conhecimento . Sendo assim os princípios veem para proteger os consumidores na tentativa de criar certo equilíbrio na relação que por natureza é desigual, devido ao fato de que é inegável que o fornecedor possui mais conhecimentos sobre o produto e serviço , suas especificações como segurança do que o consumidor que apenas usufrui .

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